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© Instituto Ayrton Senna 2012 Roteiro da etapa de Planejamento 7ª série (8º ano) 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caro professor, 
 
Esperamos que as duas primeiras etapas do SuperAção Jovem – Mobilização e Iniciativa – 
tenham ajudado seus alunos a ter interesse e prazer com a leitura, incentivando-os a: participar 
ativamente das atividades propostas; colaborar com os colegas nos times, de modo a resolver 
os problemas de convívio, motivação ou compreensão; exercitar a iniciativa para escolher suas 
leituras, com base em suas preferências; ler para valer, praticando estratégias de compreensão 
enquanto leem. Assim, ao final dessas etapas, eles deverão ter se reunido em times de 
trabalho, escolhido um ou mais títulos para ler e, mais ainda, praticado importantes habilidades 
para fazer escolhas, conviver, pensar e produzir. 
 
Nesta nova etapa, do Planejamento, as atividades de leitura livre propostas trazem estratégias 
para que os jovens intensifiquem a compreensão de suas leituras. Além disso, convidamos os 
times a refletirem sobre a importância de uma boa organização antes e durante a leitura. 
Percorrendo este itinerário, seus alunos colocarão em prática as habilidades que convergem 
com o desenvolvimento das competências pessoais, relacionais, cognitivas e produtivas. 
 
Cada atividade traz um passo a passo bem explicado para nortear suas aulas, além de dicas 
para aprimorar seu desempenho com relação às habilidades a serem trabalhadas e fortalecer 
sua interação com os alunos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Leia, a seguir, três reflexões para compreender a fundo o que consiste o ensino de estratégias 
de leitura e a importância de se trabalhar a oralidade dos alunos em sala de aula. 
 
Boa leitura! 
 
 
 
 
 
 
 
Ensinar estratégias para que os jovens se organizem diante da 
leitura em sala de aula e no tempo livre, de modo colaborativo, 
trabalhando em times e com a mediação do professor. 
 
O
b
je
ti
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Et
ap
as
 
Mobilização 
e 
Iniciativa 
 
Planejamento 
Execução 
e 
Avaliação 
 
Apropriação 
dos Resultados 
Atividades de Leitura Livre 
Escola de Tempo Integral / Secretaria da Educação do Estado de São Paulo 
 
P L A N E J A M E N T O 
Roteiro para estimular o planejamento dos jovens para 
crescerem leitores protagonistas 
 
 
 
 
 
 
© Instituto Ayrton Senna 2012 Roteiro da etapa de Planejamento 7ª série (8º ano) 2 
 
 
 
 
Planejamento e estratégias de leitura 
 
Para envolver os jovens nas atividades propostas neste Roteiro e transformar esta etapa em um 
momento de aprendizagem significativa para eles, é fundamental refletir sobre a importância do 
planejamento. 
 
Planejar qualquer atividade possibilita desenvolver um comportamento estratégico, que implica 
intencionalidade e propósito. Isto é, ao antecipar nossas ações, mobilizamos aspectos de 
organização pessoal que contribuirão para tornar mais eficazes os nossos esforços pessoais na 
conclusão dessas ações. Assim, o planejamento contribui para o alcance de nossos objetivos e 
metas a partir do uso de nossas habilidades e também da identificação e superação de nossas 
dificuldades. 
 
Ao planejarmos uma atividade, realizamos um processo de metacognição: escolhemos uma entre 
várias alternativas para agir, transformamos nossas habilidades em ações conscientes (estratégias) 
e desenvolvemos autocontrole dos nossos processos de aprendizagem. É, portanto, um exercício 
que traz à consciência o tipo de informação que temos a respeito de nossa própria aprendizagem e, 
ao mesmo tempo, possibilita maior controle do que podemos exercer sobre os recursos que 
dominamos. 
 
No caso da leitura, o autocontrole refere-se ao conhecimento de diversos tipos de estratégias a 
serem usados em situações variadas de leitura e à capacidade de detectar erros e contradições no 
material escrito, além da habilidade de separar o que tem do que não tem sentido na informação. 
Planejar a leitura é, portanto, um exercício que possibilita relacionar o ato de ler com nossos valores 
e princípios pessoais, tornando-o, mais do que uma tarefa meramente escolar, uma atividade que 
pode ser utilizada a nosso favor ao longo dos anos de nossa vida. 
 
Seguem abaixo as principais estratégias que são utilizadas por um leitor competente, aquele que 
sabe como utilizar suas qualidades e talentos (habilidades) para superar suas dificuldades na leitura: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Reflexão 1 
Examina ligeiramente o texto 
Examina a estrutura do texto 
Levanta hipóteses acerca do conteúdo do texto a ser lido 
Pensa a respeito da finalidade ou necessidade de realizar a leitura 
 A
n
te
s 
d
e
 le
r 
 
Sublinha ideias ou palavras principais 
Toma notas 
Cria imagens mentais de conceitos ou fatos descritos no texto 
Relaciona o conteúdo do texto com seus valores e conhecimentos prévios 
Pensa acerca de implicações ou consequências do que diz o texto 
Para e reflete se compreende bem o que lê 
Relê palavra, frase, parágrafo, quando não os compreende 
Volta a ler partes que os precederam 
Quando não os compreende, consulta fonte externa 
 
D
u
ra
n
te
 a
 le
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u
ra
 
 
© Instituto Ayrton Senna 2012 Roteiro da etapa de Planejamento 7ª série (8º ano) 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Na escola, não se aprende só a ler, mas também se aprendem maneiras de ser leitor. Assim, 
programas específicos para o ensino da leitura, em que sejam explorados e colocados em prática 
aspectos metacognitivos do uso de estratégias, certamente favorecem comportamentos mais 
conscientes, mais ativos entre os estudantes, pois lhes ensina maneiras conscientes de realizar 
atividades de leitura, de conhecer melhor o que elas representam para o domínio efetivo desse 
processo, de saber quando usá-las e como monitorá-las. É tarefa da escola encorajar os alunos a ler 
com estratégias, a fazer paráfrases após a leitura, a usar técnicas que os auxiliem a tornar 
consciente o comportamento que desempenham quando leem; a entender como o que leem 
influencia na forma pessoal de compreender. 
 
 
 
 Leitura livre, estratégias de leitura e habilidades 
 
Especialmente quando se trata de adolescentes e jovens é urgente encontrar novas rotas para 
aproximar a leitura do seu universo existencial, pois muitos deles ainda não desenvolveram suas 
preferências de leitura nem aprenderam a usar estratégias que permitam ler com compreensão a 
diversidade de textos a que são expostos na escola e na vida cotidiana, perdendo assim o interesse 
pela leitura, conforme evoluem na vida escolar. O desafio é, então, manter os estudantes 
antenados com a leitura ao longo de sua vida escolar e para além dela, formando leitores 
proficientes. 
 
Para isso, aprender a gostar de ler – ler por prazer, como hábito e por interesse próprio – e 
aprender a ler com compreensão diversos gêneros textuais são duas habilidades fundamentais 
para o desenvolvimento cognitivo dos alunos e sua participação em diversas práticas sociais. Essa 
foi uma das conclusões do PISA1 2009, cujo foco foi leitura: “Em todos os países [participantes da 
avaliação], estudantes que têm maior prazer em ler apresentam desempenho significativamente 
melhor do que aqueles que têm menor prazer em ler.” Além disso, os resultados do PISA apontam 
que “para que os estudantes se tornem leitores proficientes é essencial o domínio de estratégias que 
ajudam a aprendizagem - com métodos para memorizar, compreender ou resumir textos, e hábitos 
diversificados de leitura. A leitura por prazer é particularmente benéfica quando associada a altos 
níveis de pensamento crítico e aprendizagem estratégica.”2 Ou seja, o ensino de leitura que alie o 
gosto pela leitura (o prazer em ler, a leitura livre) com estratégias de compreensão leitora é mais 
eficaz para melhorar o desempenho dos estudantes em leitura.1
 O PISA, Programa Internacional de Avaliação de Estudantes, que analisa a qualidade, equidade e eficiência dos 
sistemas escolares em cerca de 70 países, entre os quais, o Brasil. A edição de 2009 teve como foco a pesquisa das 
habilidades e conhecimentos dos estudantes em leitura. 
2
 Resultados do PISA 2009: aprendendo a aprender – Envolvimento, estratégias e práticas dos estudantes (volume 
III), p.13. OCDE, Editora Moderna Ltda, 2011. 
Faz releitura do texto 
Procura recordar pontos fundamentais sem retornar ao texto 
Volta ao texto e relê os pontos significativos 
Avalia quanto entendeu do texto 
Volta às partes de compreensão incerta 
Verifica se suas hipóteses foram ou não confirmadas 
Procura fazer paráfrase ou resumo do texto lido 
 
D
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is
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le
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u
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Reflexão 2 
© Instituto Ayrton Senna 2012 Roteiro da etapa de Planejamento 7ª série (8º ano) 4 
No SuperAção Jovem a prática de leitura está ancorada nesses dois pilares (gosto e compreensão) 
traduzidos em sequências de atividades que visam reconhecer as leituras praticadas pelos alunos 
fora ou dentro da escola, ampliar seus interesses, promovendo a escolha de títulos pelos alunos, 
qualificar gradualmente essas escolhas, contagiando-os para outras leituras e favorecer o 
aprendizado de atitudes e habilidades fundamentais para garantir o envolvimento com a leitura e o 
controle antes, durante e depois da leitura. Além disso, a dimensão do trabalho colaborativo com o 
professor e em times amplia a experiência leitora para além da mera prática individual, 
constituindo-se também como uma experiência de convívio com leitores, livros e histórias. 
 
A proposta do SuperAção Jovem compreende o desenvolvimento de habilidades cognitivas e não 
cognitivas que são fundamentais para o desenvolvimento integral dos estudantes. Por isso, antes 
de começar a trabalhar com as atividades propostas nessa segunda etapa, relembre o quadro 
abaixo e, no caso de dúvida ou do desejo de se aprofundar, releia a “Reflexão 3 - Competências e 
Habilidades”, que está no Roteiro das Etapas de Mobilização e Iniciativa – 7ª série (8º ano), página 
5. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O ensino de leitura que engloba concomitantemente a prática de habilidades que impulsionam a 
construção da autonomia, a determinação, a colaboração, a comunicação e o trabalho em time, 
favorece a entrada dos estudantes num ciclo de desempenho virtuoso, em que “as atitudes em 
relação à leitura e à aprendizagem, a motivação, envolvimento em atividades de leitura e 
proficiência em leitura reforçam-se mutuamente”3. 
 
Conheça mais sobre o ensino de estratégias de leitura na próxima reflexão. 
 
 
 
 
 Hora do Desafio: as estratégias de leitura 
 
Segundo Isabel Solé4, formar leitores autônomos também significa formar leitores capazes de 
aprender a partir dos textos. A compreensão leitora depende de um grande número de fatores, 
muito complexos e interrelacionados. Conhecer esses fatores permite detectar as fontes das 
dificuldades de compreensão e, numa perspectiva pedagógica, mediar a interação do leitor com o 
texto. 
 
 
3
 Resultados do PISA 2009: aprendendo a aprender – Envolvimento, estratégias e práticas dos estudantes (volume 
III), p.13. OCDE, Editora Moderna Ltda, 2011, p. 27. 
4
 SOLÉ, Isabel. Estratégias de Leitura, Porto Alegre: Artmed, 1998. 
Reflexão 3 
Autonomia (Habilidades 
para fazer escolhas) 
 
Autoconfiança e Determinação: favorece a autonomia 
dos estudantes na escola e na vida. 
Aprender a SER 
(Competências pessoais) 
 
Gestão 
(Habilidades de gestão) 
 
Trabalho em Time: favorece a aprendizagem 
colaborativa na escola e na vida. 
Aprender a FAZER 
(Competências produtivas) 
 
Leitura 
 (Habilidades de 
pensamento) 
 
Leitura: favorece a capacidade de ler por prazer e o 
uso de estratégias de leitura na escola e na vida. 
Aprender a CONHECER 
(Competências cognitivas) 
 
FORMAÇÃO PARA 
 
HABILIDADE 
 
DIMENSÃO 
 
Colaboração 
(Habilidades de convívio) 
 
Colaboração e Comunicação: favorece a colaboração 
e comunicação dos estudantes na escola e na vida. 
Aprender a CONVIVER 
(Competências relacionais) 
 
© Instituto Ayrton Senna 2012 Roteiro da etapa de Planejamento 7ª série (8º ano) 5 
Na atividade da Hora do Desafio presente neste roteiro, busca–se levar os alunos a exercitarem 
procedimentos de leitura que colaboram para o desenvolvimento de algumas das capacidades – ou 
estratégias – de compreensão transcritas abaixo, classificadas por Roxane Rojo em seu artigo 
“Letramento e capacidades de leitura para a cidadania”5 : 
 
5 Este artigo pode ser lido na íntegra em: http://bit.ly/rojaneroxo 
Checagem de hipóteses 
Ao longo da leitura, no entanto, o leitor estará checando constantemente essas suas hipóteses, isto 
é, confirmando-as ou desconfirmando-as e, consequentemente, buscando novas hipóteses mais 
adequadas. Se assim não fosse, o leitor iria por um caminho e o texto por outro. 
Antecipação ou predição de conteúdos ou propriedades dos textos 
O leitor não aborda o texto como uma folha em branco. A partir da situação de leitura, de suas 
finalidades, da esfera de comunicação em que ela se dá; do suporte do texto (livro, jornal, revista, 
outdoor etc.); de sua disposição na página; de seu título, de fotos, legendas e ilustrações, o leitor 
levanta hipóteses tanto sobre o conteúdo como sobre a forma do texto ou da porção seguinte do 
texto que estará lendo. Esta estratégia acontece durante toda a leitura e é também responsável por 
uma velocidade maior de processamento do texto, pois o leitor não precisará estar preso a cada 
palavra do texto, podendo antecipar muito de seu conteúdo. 
Comparação de informações 
Ao longo da leitura, o leitor está constantemente comparando informações de várias ordens, 
advindas do texto, de outros textos, de seu conhecimento de mundo, de maneira a construir os 
sentidos do texto que está lendo. Para atividades específicas, como as de resumo ou síntese do 
texto, esta comparação é essencial para medir a relevância das informações que deverão ser retidas. 
Localização e/ou cópia de informações 
Em certas práticas de leitura (para estudar, para trabalhar, para buscar informações em 
enciclopédias, obras de referência, Internet), o leitor está constantemente buscando e localizando 
informação relevante, para armazená-la – por meio de cópia, recorte-cole, iluminação ou sublinhado 
– e, posteriormente, reutilizá-la de maneira reorganizada. É uma estratégia básica de muitas práticas 
de leitura (mas não de outras, como a leitura de entretenimento ou de fruição), mas também não 
opera sozinha, sem a contribuição das outras que estamos comentando. 
Generalização (conclusões gerais sobre fato, fenômeno, situação, problema, etc. após análise de 
informações pertinentes ) 
Uma das estratégias que mais contribuem para a síntese resultante da leitura é a generalização 
exercida sobre enumerações, redundâncias, repetições, exemplos, explicações etc. Ninguém guarda 
um texto fielmente na memória. Podemos guardar alguns de seus trechos ou citações que mais nos 
impressionaram, mas em geral armazenamos informações na forma de generalizações, responsáveis, 
em grande parte, pela síntese. 
Ativação de conhecimentos de mundo 
Previamente à leitura ou durante o ato de ler, o leitor está constantemente colocando em relação 
seu conhecimento amplo de mundo com aquele exigido e utilizado pelo autor no texto. Caso esta 
sincronicidade falhe, haverá uma lacuna de compreensão, que será preenchida por outras 
estratégias, em geral de caráter inferencial. 
Estas estratégias de caráter inferencial são amplamente utilizadas pelos leitores proficientes para 
construir o sentido dos textos, afinal são conseguidas no diálogo com o texto. 
 
http://bit.ly/rojaneroxo© Instituto Ayrton Senna 2012 Roteiro da etapa de Planejamento 7ª série (8º ano) 6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Assim, as atividades desenvolvidas na Hora do Desafio são exercícios que objetivam desenvolver 
estratégias que permitem monitorar a compreensão antes, durante e após a leitura. Podemos dizer 
que as capacidades de leitura elencadas por Roxane Rojo podem ser entendidas como processos 
cognitivos desenvolvidos a partir do exercício das estratégias que os leitores competentes utilizam 
para construir o sentido do texto. 
 
A prática de aspectos metacognitivos pela explicitação do uso de estratégias favorece 
comportamentos mais conscientes, mais ativos entre os estudantes. Podemos dizer que, a partir do 
exercício de metacognição (em que se trazem à consciência os processos de aprendizagem), 
colabora-se para o desenvolvimento das capacidades para realizar atividades de leitura. 
 
Oralidade 
 
Apesar de lerem mais e demonstrarem atitudes protagonistas diante da leitura, muitas vezes 
percebemos que, nos momentos de debate e discussão organizados em sala de aula ou na escola, 
os alunos apresentam dificuldades com a oralidade: timidez, vocabulário pobre, argumentação 
frágil etc. Por que isto acontece? 
 
Não é raro constatar que há certo descuido com a prática oral em sala de aula, o que vem causando 
diversos problemas na formação dos estudantes, tanto de ordem linguística quanto social. Os 
problemas de natureza linguística correspondem à falta de habilidade dos alunos em expor suas 
opiniões e pontos de vista. Eles têm dificuldades de utilizar a linguagem para argumentar em seu 
favor, defender ou refutar ideias, tampouco para simplesmente fazer sugestões (SCHNEUWLY & 
DOLZ, 2004). O segundo problema, de natureza social, relaciona-se com o primeiro: se os alunos 
não conseguem organizar sua fala para argumentar, expor, opinar e sugerir, consequentemente, 
não conseguem participar efetivamente de determinadas práticas sociais, pois não conhecem outra 
variedade oral da língua que não a coloquial. Os estudantes precisam compreender que a oralidade 
é a primeira habilidade pela qual serão avaliados quando estiverem fora da escola - por exemplo, 
no mundo do trabalho - e esta, por sua vez, precisa criar situações que coloquem em foco esta 
compreensão. 
 
Concordamos com Schneuwly (2004) que, ao optarmos pelo ensino oral da língua materna, é 
necessário refletirmos sobre o que é o “oral” que a escola precisa desenvolver. Conforme postula o 
autor, a oralidade deve ser concebida como lugar em que vários componentes estão envolvidos, 
englobando não apenas aspectos fônicos, fonológicos, de entonação ou timbre de voz, mas 
também elementos mais amplos, como o contexto e a situação de produção do texto oral, os 
interlocutores envolvidos, o espaço em que a fala se dá, entre outros. Assim, é necessário 
compreender que há vários “orais” que não estão totalmente livres da expressão escrita da língua, 
Reflexão 4 
Produção de inferências locais 
No caso de uma lacuna de compreensão provocada, por exemplo, por um vocábulo ou uma 
estrutura desconhecidos, recorremos a estratégias inferenciais, isto é, descobriremos, pelo contexto 
imediato do texto (a frase, o período, o parágrafo) e pelo significado anteriormente já construído, 
novo significado para este termo até então desconhecido. 
Produção de inferências globais 
Nem tudo está dito ou posto num texto. O texto tem seus implícitos ou pressupostos que também 
têm de ser compreendidos numa leitura efetiva. Para fazê-lo, o leitor lança mão, ao mesmo tempo, 
de certas pistas que o autor deixa no texto, do conjunto da significação já construída e de seu 
conhecimento de mundo. 
© Instituto Ayrton Senna 2012 Roteiro da etapa de Planejamento 7ª série (8º ano) 7 
mas que podem relacionar-se com ela, seja de maneira mais ou menos próxima. Ao mesmo tempo 
em que há gêneros orais que dependem totalmente da escrita, como o teatro, a leitura dramática, 
as ladainhas religiosas; há outros que estão mais distanciados, como as conversas do cotidiano e o 
debate. Dessa forma, entendemos que existem práticas de linguagem muito diferenciadas que 
envolvem a oralidade, e todas elas parecem ser passíveis de tornarem-se objetos de trabalho 
escolar. 
 
Para os PCNs, o ensino de língua oral deve ir além da interação dialogal de sala de aula. Assume-se 
que o aluno dispõe de competência discursiva e linguística para uso cotidiano, mas não está 
devidamente preparado para a "fala pública" e para os seus campos discursivos, isto é os contextos 
e as situações de comunicação em que a oralidade se instaura: como na ciência, na religião, na 
filosofia, na política, na arte, na literatura etc. Verifica-se, portanto, a necessidade de levá-lo a 
desenvolver competências para dar conta da variedade de usos linguísticos que as situações sociais 
contemporâneas exigem do campo da língua oral, como por exemplo apresentações públicas, 
entrevistas profissionais, debates... Assim, propõem-se objetivos, estratégias e abordagens 
embasadas na diversidade de gêneros do oral e das situações de uso público da fala. 
 
Propondo uma simetria de valores, em que o oral e o escrito aparecem destacados e evidenciados 
como conteúdos a serem desenvolvidos, os PCNs identificam dois campos bem articulados 
(linguagem oral/linguagem escrita) pelas práticas de escuta/leitura e produção de textos 
orais/escritos. Nos seus objetivos de ensino estas práticas da oralidade apresentam-se 
resumidamente assim: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
No processo de escuta de textos orais, espera-se que o aluno: 
 amplie, progressivamente, o conjunto de conhecimentos discursivos, semânticos e 
gramaticais envolvidos na construção dos sentidos do texto. Esse conjunto de conhecimentos 
discursivos, semânticos e gramaticais está relacionado aos vários aspectos envolvidos na 
situação do texto oral: fônicos, fonológicos, de entonação ou timbre de voz, o contexto de 
comunicação, os interlocutores envolvidos, o espaço em que a fala se dá, entre outros. 
 reconheça a contribuição complementar dos elementos não-verbais (gestos, expressões 
faciais, postura corporal); 
 utilize a linguagem escrita, quando for necessário, como apoio para registro, documentação e 
análise; 
 amplie a capacidade de reconhecer as intenções do enunciador, sendo capaz de aderir a ou 
recusar as posições ideológicas sustentadas em seu discurso. 
 
No processo de produção de textos orais, espera-se que o aluno: 
 planeje a fala pública usando a linguagem escrita em função das exigências da situação e dos 
objetivos estabelecidos; 
 monitore seu desempenho oral, levando em conta a intenção comunicativa e a reação dos 
interlocutores e reformulando o planejamento prévio, quando necessário; 
 considere possíveis efeitos de sentido produzidos pela utilização de elementos não-verbais; 
 considere os papéis assumidos pelos participantes, ajustando o texto à variedade linguística 
adequada (esse conceito está relacionado com a ideia de que a língua não é usada de modo 
homogêneo por todos os seus falantes, pois este uso está sujeito a variações de época, de 
região, de classe social etc., além de precisar se adequar a diferentes situações (formais e 
informais), a diferentes lugares sociais e campos discursivos (profissionais, acadêmicos, 
religiosos etc.) e assim por diante. Isto é, nem individualmente podemos afirmar que o uso 
da língua seja uniforme: dependendo da situação, uma mesma pessoa pode usar diferentes 
variedades. 
 saiba utilizar e valorizar o repertório linguístico de sua comunidade na produção de textos. 
 
© Instituto Ayrton Senna 2012 Roteiro da etapa de Planejamento 7ª série (8º ano) 8 
 
É importante reforçar a ideia de que falar, escutar, escrever e ler, nas práticas sociais 
contemporâneas, são atividadescomplementares e imbricadas. Assim, ao se tratar didática e 
pedagogicamente a linguagem oral e a escrita, é preciso levar em conta a impregnação mútua que 
as práticas cotidianas de linguagem requerem de qualquer cidadão. Acreditando nesta indicação, 
propomos que as atividades de leitura e de protagonismo desenvolvidas neste Roteiro estejam 
também preocupadas com o desenvolvimento das habilidades orais. 
 
Assim, chamamos a atenção para dois blocos de habilidades que envolvem as capacidades de falar 
e ouvir: 
 
 Relativas à comunicação, ao saber ser e conviver, que se referem à oralidade no campo 
relacional, do respeito ao outro, do cuidado. 
 Relativas à cognição, que refletem a clareza, a capacidade de compreensão, a riqueza de 
vocabulário, a adequação da linguagem à finalidade da situação etc. 
 
É fundamental, portanto, reconhecer que todas as atividades aqui propostas precisam ser também 
encaradas como possibilidades de fortalecer a oralidade dos estudantes, entendidas como 
exercícios planejados para que estes, sendo envolvidos em ações que exigem protagonismo (nos 
debates, nas apresentações, nas tomadas de decisões etc.) desenvolvam as capacidades leitoras e, 
tenham também, a oportunidade de desenvolver a oralidade. 
 
 
 
 
 
 
Veja, na página seguinte, o mapa das atividades propostas neste Roteiro, lembrando que a 
organização deste é feita a partir de uma estrutura composta por cinco momentos, o Módulo do 
SuperAção, em que estão distribuídas as atividades de leitura livre. 
 
 
Bom trabalho! 
E não se esqueça: Jovem não é problema! Jovem é protagonista 100% leitor! 
Equipe do Programa SuperAção Jovem 
 Instituto Ayrton Senna 
 
 
Como este Roteiro está estruturado? 
 
Expediente: 
Instituto Ayrton Senna: Viviane Senna – Presidente Simone André – Coordenadora da Área de Educação Complementar 
Equipe Superação Jovem – ETI/ São Paulo: Helton Lima e Silvia Mattiazzo –Gerentes de Programas  Vanessa Lira – Assistente de Programas Daniela 
Capelletti– Assistente Administrativo 
Elaboração de materiais didáticos: Cynthia Sanches e Simone André 
Consultora em Leitura: Roselene dos Anjos 
Coordenação de Agentes Técnicos: Renata Monaco Maria Regina dos Santos 
Agentes Técnicos: Cléa Ferreira Juliana Sales Helena Faro Lisandra Saltini  Rosimeire Moreira Silvia Lima 
© Instituto Ayrton Senna 2012 Roteiro da etapa de Planejamento 7ª série (8º ano) 9 
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1. Reúna os jovens em roda e esclareça que esta é a primeira atividade da etapa de 
Planejamento. Pergunte-lhes se saber se planejar é importante para crescer comoleitor. Ouça as respostas atentamente e escreva no quadro os principais conceitos 
que surgirem e discuta-os com a turma. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Meu livro é... 
 
Objetivo da atividade: Mobilizar a turma para a etapa de 
Planejamento e promover a troca de experiências com as leituras já 
realizadas. 
Materiais necessários: Papel Sulfite; caneta. 
Principais habilidades trabalhadas: Comunicação e Leitura (Gosto). 
 
 
 
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1ª 
aula! 
 
Planejando a execução da atividade: 
 Leia o passo a passo e compreenda o caminho pedagógico proposto nesta atividade. Um 
dos objetivos dela é iniciar a reflexão sobre a importância de ter atitudes de planejamento 
antes e durante a leitura. Esta atividade deve ocupar 3 aulas. 
 Outro objetivo é proporcionar um momento de interação entre leitores, livros e histórias. 
Saber se planejar antes de executar qualquer atividade é fundamental! Da mesma forma 
que o planejamento da leitura é importante para possibilitar o desenvolvimento das 
capacidades leitoras, o planejamento da escrita é também essencial para que o texto se 
desenvolva da melhor forma possível. Por isso, nessa atividade, você ensinará aos jovens 
algumas dicas para se comunicarem por meio do gênero textual cartas. 
 Fique atento à estrutura da atividade: ela se inicia em uma grande roda, cujo objetivo é 
explorar os conhecimentos prévios da turma sobre a ligação entre planejamento e leitura. 
A seguir, os jovens serão convidados a compartilharem suas experiências de leitura e de 
planejamento para leitura até o momento com um colega, por meio de uma carta (escrita 
individual). Por fim, os jovens serão convidados a ler e refletir sobre o conteúdo das cartas 
recebidas. Com isso, esperamos que os jovens sejam motivados pelos seus próprios 
colegas e se mobilizem para outras possibilidades de leituras. 
 A mediação do professor em toda a realização da atividade é fundamental. Muitas pistas 
sobre o envolvimento dos jovens com a leitura aparecerão no decorrer dela. Esteja atento 
ao que os jovens escrevem e falam, exercitando sempre sua presença pedagógica. 
 
 
 
 Como em outras atividades humanas, o hábito e o prazer de ler podem ser 
intensificados se os alunos agregarem à leitura formas de se planejarem. A prática da 
leitura exige a disposição para se planejar: da escolha do título, passando pela definição 
do tempo que será dedicado à leitura até o exercício de estratégias para ler com 
compreensão. 
 Observe como seus alunos associam leitura com planejamento: eles conseguem 
identificar algumas ações e atitudes de planejamento que já incorporaram no ato de ler, 
mesmo que sejam atitudes básicas? 
 
Planejamento e leitura. 
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© Instituto Ayrton Senna 2012 Roteiro da etapa de Planejamento 7ª série (8º ano) 11 
2. A seguir, esclareça que o objetivo da etapa de Planejamento é aprenderem a se auto-
organizar para tirar o melhor proveito da leitura, tornando-se assim, leitores cada vez 
mais protagonistas e antenados. Conte que, nesta atividade, vocês trocarão 
experiências entre leitores, porque todo leitor gosta de compartilhar sua opinião 
sobre os livros escolhidos e de ouvir as opiniões dos colegas! A dinâmica é a 
seguinte: distribua uma folha de papel para cada jovem e faça a seguinte comanda: 
cada um deverá escrever uma carta para um colega da sala, contando sobre sua 
aventura com o livro que está lendo. 
 
3. Para garantir que todos recebam uma carta, escreva o nome de todos os alunos em 
pedaços de papel e dobre-os. O modelo a ser utilizado é o mesmo da brincadeira 
‘amigo secreto’: cada aluno deverá pegar um nome, à exceção do seu próprio e do 
nome de um colega de seu time! Após o sorteio, peça-lhes segredo sobre quem são 
os destinatários de suas cartas e faça algumas orientações sobre como estas devem 
ser escritas. 
 
4. Utilize as questões abaixo para ajudá-los a refletirem sobre suas vivências antes de 
escrever as cartas e ‘aquecê-los’. Dessa forma, evitaremos que os jovens se limitem a 
manifestar opiniões evasivas. Oriente-os a respondê-las para depois dar início à 
escrita da carta. Estabeleça um tempo para a conclusão das cartas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
a. O nome do livro que está lendo e o nome do autor. 
b. Por que você escolheu esse livro? 
c. Quais foram suas maiores dificuldades na leitura? 
d. Como busca superar as suas dificuldades na leitura? 
e. Você recomendaria essa leitura? Por quê? 
f. Conte uma dica do que você faz para se planejar para a leitura! 
 
 
 
 Procure deixar os jovens à vontade com essa tarefa, esclarecendo que não deverão 
temer a escrita. Muitos jovens podem ter dificuldade de escrever, por razões diversas. 
Quebrar a barreira do medo e da vergonha de escrever errado é o primeiro passo. 
Lembre-os que o objetivo é sempre fazê-los crescer como estudantes e leitores. 
 Oriente-os que o objetivo da carta é deixar seu amigo secreto com muita vontade de ler 
o livro (se estiverem gostando da leitura, claro!) ou com muita vontade de ajudá-lo a 
superar suas dificuldades com a leitura (se não estiver gostando do livro ou se estiver 
com dificuldade de compreender o que está lendo). Estimule-os para que escrevam 
mais do que simples afirmações como ‘o livro é legal’, ‘estou gostando’, ‘achei o livro 
chato’ etc. Ofereça ajuda a quem precisar. 
 Além disso, a carta oferecerá a oportunidade de trocarem algumas experiências sobre as 
estratégias de planejamento que utilizam para ler com mais gosto e compreensão. 
Estimule que escrevam o que fazem para se planejarem, mesmo que pareça ser algo 
banal. 
 Para envolver os jovens na escrita da carta, é importante resgatar com eles a situação 
de produção deste gênero textual. No nosso caso, ela pode ser revelada da seguinte 
forma: trata-se de uma carta pessoal em que o autor (o chamado remetente), 
estabelece/provoca um diálogo à distância com o leitor (destinatário) e, em tom pessoal 
e intimista, tem como objetivo compartilhar um momento de sua história particular, ou 
 
>>> Continua... 
 
Orientando a escrita da carta. 
 
© Instituto Ayrton Senna 2012 Roteiro da etapa de Planejamento 7ª série (8º ano) 12 
 
5. Após o tempo determinado, peça a um dos jovens para entregar sua carta a seu 
amigo secreto. E peça ao jovem que a recebeu, que a leia em voz alta. Proceda dessa 
forma com mais dois ou três jovens. Depois, oriente os demais para entregarem suas 
cartas para o seu amigo secreto. No momento em que todos estejam com as cartas 
recebidas em mãos, dê um tempo para que possam ler. Aproveite para observar as 
expressões e atitudes dos alunos. 
 
6. Pergunte se alguém ficou com vontade de ler o livro citado ou ajudar o colega, a 
partir do depoimento do amigo. Ouça os motivos dos jovens que disseram ‘sim’ e 
peça para um deles ler, em voz alta, a mensagem recebida. 
 
7. Pergunte, também, os motivos dos jovens que não se interessaram pela dica de 
leitura recebida. Deixe claro que o importante é aprender a conhecer seus gostos e 
preferências na leitura e é natural que nem todos os livros agradem a todos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
seja, sua experiência de leitura. Por se tratar de uma conversa por escrito e à distância, a 
carta pessoal precisa preocupar-se o tempo todo com a manutenção do diálogo, 
incorporando ao seu conteúdo expressões e construções que envolvam o leitor e o 
tornem presentes. 
 Explique que é por isto que a carta inclui uma saudação inicial (Olá,...! Querido amigo, 
...!) e muitas vezes, já no início, esclarece ao leitor o motivo pelo qual ela foi escrita 
(escrevo-lhe para contar..., para dizer..., para saber sua opinião... ou porque gostaria de 
sua ajuda..., queria saber sua opinião...). Outra característica importante da carta que 
também mostra este diálogoé a despedida no final (Até breve!, Um forte abraço!, um 
beijo! Saudades!...), acompanhada muitas vezes por um apelo pela resposta (Espero 
receber notícias suas..., Aguardo sua resposta...). Além disso, no corpo da carta, o uso de 
perguntas (Como vai? Você já leu este livro? Que livro você está lendo agora?...) é 
importante para manter a interlocução e estimular uma resposta, afinal, quem escreve 
uma carta pessoal quer ser correspondido! 
 O diálogo à distância que a carta estabelece também é a razão para que seja 
incorporado ao texto o lugar e a data em que ela foi escrita: lembre aos alunos que esta 
é uma característica marcante das cartas. 
 
 
 Leve seus alunos a perceber que o primeiro passo para planejarem seu crescimento 
como leitores é saber identificar o que gostam de ler e, também, suas dificuldades para 
gostar de ler ou compreender o que leem. Com esta atividade, estão começando a dar 
um novo passo para crescerem na leitura, que é aprender a falar de suas preferências e 
dificuldades, conquistando o apoio dos colegas para se superar. 
 Essa atividade também provocou que os alunos refletissem sobre a importância do 
planejamento para a leitura e, também, expressassem sua relação com os livros 
escolhidos. Estimulou o contágio entre os jovens em relação às suas experiências como 
leitores e os livros que estão lendo. Essa é uma forma de despertar o desejo dos alunos 
para ler, pois quando um jovem conta para o outro suas experiências com a leitura, cria 
um canal de identificação e incentivo “de jovem para jovem”. Com isso em mente, 
avalie se os jovens: 
o Demonstraram nas cartas estarem motivados para ler (ainda que não tenham 
gostado do livro escolhido). 
o Demonstraram nas cartas que estão mais conscientes do que os motiva a ler e do 
que os impede de ler melhor. 
o Demonstraram interesse pelos livros e experiências de leitores de seus colegas. 
 
 
Dicas para avaliar o desempenho de habilidades dos alunos na atividade: 
 
 
 
2ª e 3ª 
aulas! 
 
© Instituto Ayrton Senna 2012 Roteiro da etapa de Planejamento 7ª série (8º ano) 13 
8. Uma carta pessoal pressupõe uma resposta! Oriente a turma a responder as cartas 
recebidas, utilizando as dicas que receberam sobre esse tipo de gênero textual. Peça-
lhes que escrevam suas cartas em casa e lembre-os que a carta-resposta deverá 
estabelecer o diálogo com a carta recebida. Oriente-os, também, a guardarem as 
cartas recebidas nas pastas dos times. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9. A seguir, apresente o cronograma e as atividades da etapa de Planejamento, 
elaborando uma linha do tempo. Lembre-se que apresentar e esclarecer os objetivos 
das atividades gera expectativa e motiva os jovens para a participação. Para preparar 
sua fala, utilize os quadros que contêm a descrição das atividades que estão na 
página 9. Ao final, pergunte-lhes qual atividade mais chamou a atenção e por quê. 
 
10. Esclareça que na próxima aula vocês realizarão uma atividade divertida, em que 
todos conhecerão seus perfis de leitores. Deixe seus alunos curiosos: o que será um 
perfil de leitor? 
 
Todos Juntos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. Reúna os participantes nos times de trabalho e relembre o objetivo da atividade: 
descobrir o “perfil de leitor” de cada um. Como eles ainda não conhecem o que são 
O meu perfil de leitor! 
 
Objetivo da atividade: Descobrir o perfil de leitor de cada jovem e 
escolher um novo livro para leitura. 
Materiais necessários: Guia do Leitor Antenado – volume 1, cópias do 
Capítulo 3 (página 2 do Caderno do Estudante). 
Principais habilidades trabalhadas: Colaboração e Leitura: Gosto. 
 
 
 
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1ª 
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 É interessante que você leia o que os jovens escreveram. Por isso, recolha as pastas dos 
times e avalie o grau de motivação com a leitura e a competência na escrita de cada um. 
 No caso de perceber problemas muito sérios em relação ao domínio da escrita, converse 
com o professor de Língua Portuguesa do período regular, buscando sua parceria no 
sentido de solucionar estes problemas. 
 Sugira aos amigos secretos que continuem trocando cartas para, ao mesmo tempo, 
exercitar a escrita e buscar cada vez mais maneiras de superar suas dificuldades. 
 
Conheça o conteúdo das cartas. 
 
Planejando a execução da atividade: 
 Nesta atividade, os jovens descobrirão, por meio de um jogo, quais são seus perfis de 
leitor. A partir dessa descoberta, escolherão os próximos livros para ler. Esta atividade 
deve ocupar 2 aulas. 
 Você apresentará, também, alguns gêneros literários que estão presentes no rol de 
indicações de leitura do Guia do Leitor Antenado- volume 1. O reconhecimento pelos 
jovens da diversidade de gêneros é importante para a ampliação do repertório leitor. 
 É fundamental que você leia com antecedência a atividade ‘Reconhecendo seu perfil de 
leitor’, no Guia do Leitor Antenado- volume 1 (páginas 10 a 12). 
 
 
 
© Instituto Ayrton Senna 2012 Roteiro da etapa de Planejamento 7ª série (8º ano) 14 
os “perfis de leitor”, proponha um ‘aquecimento’, perguntando a alguns jovens se 
conseguem se definir como leitores. Ouça atentamente as respostas, registrando no 
quadro os principais conceitos que surgirem. 
 
2. Relembre que eles escolheram o primeiro livro para ler a partir das quatro portas da 
Casa da Leitura. Esclareça que, agora, aprenderão como motivar e apoiar os colegas 
na leitura: a partir do perfil de leitor. 
3. Para começar, distribua uma cópia do Capítulo 3 (página 2 do Caderno do Estudante) 
para cada time e oriente que cada jovem escreva suas respostas para as perguntas 
individualmente em uma folha. Estabeleça um pequeno tempo para que respondam 
e, ao final, peça que alguns jovens leiam suas respostas. Esclareça que as cinco 
questões são importantes de serem pensadas, para que todos se planejem na leitura 
e continuem crescendo como leitores. Oriente-os a guardarem o Capítulo 3 e as 
folhas com as respostas escritas na pasta de seus times. 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. A seguir, para identificar o perfil de leitor de cada aluno, peça-lhes que abram o Guia 
do Leitor Antenado - volume 1 na página 10 e leiam o passo a passo da atividade até 
o item 9. Estabeleça um tempo para a conclusão dessa tarefa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
5. Após o tempo combinado, todos deverão ter descoberto qual é o perfil de leitor que 
mais se aproxima de suas características atuais. Então, faça uma leitura 
compartilhada, em voz alta, dos quadros que estão na página 12 do Guia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Os quatro tipos de leitores apresentados possuem características diversas. É importante 
que você converse sobre essas características com os alunos e informe que elas podem 
variar de um período a outro da vida. 
 O leitor iniciador é um leitor mais fluente, que já tem o hábito de ler com frequência e 
prazer em fazê-lo. Este leitor gosta de escolher os livros que vai ler. O texto da carta 
“Iniciador” (página 37 do Guia) lhe dará mais pistas sobre este perfil. A tarefa do jovem 
iniciador é mobilizar os colegas de seu time a ler mais, ajudando-os na escolha do livro. 
 O leitor propagador é aquele jovem que gosta de conversar, fazer amigos e dar dicas de 
leitura para os colegas. Ele conhece muita gente e é popular entre os alunos. Sua 
principal característica é falar com todos que conhece sobre os livros que leu e gostou 
ou que seus colegas e professores gostaram, propagando o ‘vírus da leitura’ na escola. A 
tarefa dele é mobilizar ao menos sete jovens para ler um livro de que tenha gostado. 
 
>>> Continua... 
 
Para cada perfil de leitor, uma tarefa. 
 
 
 Posteriormente, leia as respostas de seus alunos. Elas são interessantes para identificar 
os recursos que seus alunos estão se valendo para superar os desafios na leitura. 
Conhecer essas respostas e descobrir as melhores estratégias que estão sendoutilizadas 
por eles é um tesouro que deve ser compartilhado com toda a turma! 
 
 
Leia as respostas de seus alunos. 
 
 
 
 Sempre que os jovens estiverem reunidos em times para realizar uma tarefa, lembre-se 
de circular pela sala, sentando por alguns momentos com todas as equipes para 
acompanhar os debates. Coloque-se à disposição de todos, pedindo aos alunos que o 
chamem caso estejam com alguma dificuldade. 
 
 
Acompanhe o trabalho dos times. 
 
 
© Instituto Ayrton Senna 2012 Roteiro da etapa de Planejamento 7ª série (8º ano) 15 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6. Na aula seguinte, promova uma roda de conversa ressaltando as tarefas de cada 
perfil. A seguir, oriente-os a seguir em frente com a atividade, fazendo o que dizem 
os itens 10 e 11 (página 11 do Guia). Chegou a hora de escolher o segundo livro para 
ler, utilizando a indicação que consta em cada perfil de leitor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7. Finalize a aula reunindo todos em uma grande roda. Peça aos líderes que leiam o 
resultado da atividade (o quadro final, conforme o modelo da página 11 do Guia) e 
interaja nesse momento, fazendo perguntas sobre como foi fazer a segunda escolha 
do livro, o que descobriram sobre seu perfil de leitor, se já têm ideia sobre como 
pretendem fazer acontecer a tarefa de seu perfil etc. 
 
2ª 
aula! 
 
 
 Já o leitor comunicador é uma pessoa que gosta de divulgar dicas de leitura nos canais 
de comunicação: cartazes, jornais, revistinhas, rádio da escola etc. A tarefa do jovem 
comunicador é criar formas criativas de divulgação na escola dos livros mais legais que 
seu time está lendo. 
 Por fim, temos o leitor apreciador. Em geral, é um leitor que prefere ler o que seus 
colegas e professores indicam, a escolher um livro por conta própria. Pode não ser ainda 
um leitor muito voraz, mas está a caminho de apreciar cada vez mais os livros. Sua 
tarefa é ler os livros indicados pelos seus colegas iniciadores ou pelo professor. 
 
 
 
 
 Antes de solicitar que os alunos partam para a escolha dos livros, converse sobre a 
infinidade de textos que circulam na sociedade, chamando a atenção para o fato de 
que os textos literários, embora tenham todos a intenção de possibilitar a leitura pelo 
prazer e para a fruição, são diferentes entre si por se agruparem em gêneros distintos 
que diferem em relação ao tema (alguns tratam de aventuras, outros de histórias de 
amor, outros refletem sobre o cotidiano etc.), à estrutura (há os que são narrativos, há 
os que são reflexivos, há os que são organizados em parágrafos, há os que são 
organizados em versos etc.) e ao estilo (alguns são mais poéticos, outros são mais 
dinâmicos..., uns utilizam linguagem mais formal, outros são escritos de maneira mais 
informal etc.). Fale que é por este motivo que o Guia do Leitor Antenado apresenta 
diferentes gêneros literários que eles podem escolher de acordo com o interesse 
pessoal de cada um: 
contos de vários tipos (de amor, populares, de aventura...) 
crônicas 
poemas 
romances 
fábulas 
 Chame, também, a atenção para a presença de gêneros como histórias em quadrinhos e 
biografia que também estão presentes no Guia do Leitor Antenado. 
 É importante também estimulá-los a experimentar a leitura de vários gêneros, pois 
muitas vezes deixamos de ler bons livros por puro preconceito. Por exemplo, há muitos 
depoimentos de pessoas que diziam ter preconceito contra os poemas, por acharem 
que todos são românticos e melosos, mas, ao descobrirem o mundo de possibilidades 
que estão presentes nos poemas, lamentam não terem se aventurado na leitura deles 
há mais tempo. 
 Fale também de suas experiências com os diferentes gêneros literários e faça um 
levantamento na classe sobre os gêneros literários que os alunos já leram ou estão 
lendo. 
 
>>> Continua... 
 
 
Apresente os diversos gêneros literários. 
 
© Instituto Ayrton Senna 2012 Roteiro da etapa de Planejamento 7ª série (8º ano) 16 
8. Oriente aqueles que já terminaram a leitura do primeiro livro, para que procurem na 
sala de leitura pelo segundo título escolhido. Esses jovens, já podem colocar no 
Painel do Leitor a avaliação do livro lido. Lembre-se de que este momento é 
insubstituível porque coloca os alunos em contato direto com os títulos. 
 
9. Esclareça que a próxima aula será dedicada ao planejamento de cada jovem de sua 
tarefa do perfil de leitor. Peça que organizem a sala em times antes de sua chegada! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Nessa atividade, propusemos que os jovens colaborem entre si, a partir de seus perfis 
de leitor, para motivar os colegas para a leitura. Por isso, você pode avaliá-los pela 
capacidade de colaborar e de contagiar os colegas. Como você avalia o envolvimento 
dos jovens com a tarefa de cada perfil? Eles aceitaram bem o desafio de colaborar com 
os colegas, motivando-os como iniciadores, propagadores, comunicadores ou 
apreciadores? A indicação ou propaganda feita pelos colegas os estimulou a fazer 
novas escolhas de leitura? Identifique aqueles que são bons na colaboração e os que se 
motivaram a partir dessa atitude colaborativa dos colegas. Todos ganharam no 
desenvolvimento dessas habilidades. 
 Nessa atividade, você conversou com seus alunos sobre os diversos gêneros literários. 
Conhecer a Casa da Leitura significa conhecer a infinidade de opções para ler. É dessa 
forma que o gosto e as preferências dos alunos se ampliarão. Você observou se seus 
alunos se interessaram em ampliar suas preferências de leitura, tendo conhecido 
diversos gêneros literários ou, ainda, tendo sido influenciados pelo gosto dos colegas? 
 
 
Dicas para avaliar o desempenho de habilidades dos alunos na atividade: 
 
 
Nosso time leitor! 
 
Objetivo da atividade: Planejar como colocar em prática as tarefas 
propostas para cada perfil de leitor. 
Materiais necessários: Guias do Leitor Antenado- volume 1, cópias do 
Capítulo 4 (página 3 do Caderno do Estudante). 
Principais habilidades trabalhadas: Trabalho em time. 
 
 
 
A
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 3
 
 
Planejando a execução da atividade: 
 Esta atividade ajudará os jovens a se planejar para colocar em prática a tarefa exigida em 
seu perfil de leitor e deve ocupar 2 aulas. 
 Lembre-se que: o jovem cujo perfil é Iniciador deverá acompanhar a leitura dos colegas de 
seu time, ou seja, deverá ficar atento às possíveis dificuldades de leitura que possam 
existir entre os seus colegas. Já o jovem de perfil Propagador tem a tarefa de propagar a 
leitura escolhida pelo seu time para outros sete jovens da escola. O aluno de perfil 
Comunicador deverá comunicar os títulos que seu time está lendo para toda a escola. E, 
por fim, o leitor de perfil Apreciador tem a tarefa de ajudar os colegas na divulgação dos 
livros, mas principalmente, de conversar muito com quem lhe indicou o livro para 
compartilhar o que esse livro tem de muito legal e, claro, pedir ajuda para superar 
possíveis dificuldades. 
 É possível que nem todos os perfis apareçam em cada time, o que não gera nenhum 
problema na execução da atividade. 
 
 
© Instituto Ayrton Senna 2012 Roteiro da etapa de Planejamento 7ª série (8º ano) 17 
1. Peça os jovens para que se reúnam em seus times e escolham um líder que conduzirá 
a atividade. Caso já tenham se organizado dessa forma, parabenize-os! Pergunte-
lhes se conseguem se recordar de suas tarefas a partir do perfil de leitor. Ouça o que 
os jovens dizem e complete as lacunas de compreensão surgidas. Se necessário, 
promova nova leitura, em voz alta, do quadro da página 12 do Guia do Leitor 
Antenado para relembrar quais são as tarefas de cada perfil. 
 
2. Após relembrarem as tarefas, distribua uma cópia do Capítulo 4 (página 3 do 
Caderno do Estudante) para cada time e oriente-osa escrever seus planejamentos 
em uma folha de papel. Lembre-os, ainda que eles podem contar com o apoio das 
reflexões que fizeram por escrito na atividade anterior. Observe como os jovens 
trabalham, estimule-os a praticar as regras de trabalho em time e ofereça ajuda, caso 
necessário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. Na aula seguinte, reúna-os em uma grande roda e peça aos líderes que leiam o 
planejamento das tarefas. Oriente as possíveis dúvidas e peça-lhes que armazenem 
nas pastas de seus times o Capítulo 4. 
 
4. Oriente-os a continuar suas leituras em casa e informe que na próxima aula será 
dedicada a leitura livre! Por isso, ninguém pode esquecer-se de trazer seu livro. 
 
 
 
 1 - Formulação dos objetivos (pensar sobre a tarefa e para quê a realizarão): definir os 
objetivos que pretendem alcançar com a tarefa proposta no seu perfil. Para identificar 
estes objetivos, é importante responder às seguintes perguntas: Qual é minha tarefa?, O 
que pretendo realizar ou modificar com esta tarefa? 
2 - Análise das qualidades e limitações (pensar quais são seus pontos fortes e suas 
fragilidades, mas primeiro apoiar-se nas forças para realizar a tarefa): fazer uma 
análise de seu perfil para avaliar os principais pontos fortes e os pontos fracos. Os 
pontos fortes devem ser vistos como propulsores da organização para facilitar o alcance 
dos objetivos e, portanto, devem ser reforçados. Os pontos fracos devem ser analisados 
como limitações que dificultam ou impedem o alcance dos objetivos e que devem ser 
superados. Para facilitar esta análise, é importante buscar responder às seguintes 
perguntas: Onde estou atualmente? Quais são meus pontos fortes e quais são os meus 
pontos fracos para realizar essa tarefa? 
 3- Formulação das estratégias de ação (planejar como fazer a tarefa): planejar os 
caminhos para alcançar os objetivos pretendidos, tendo em vista suas qualidades, sem 
deixar de cuidar de suas limitações. Para formular as estratégias, é importante 
responder às seguintes questões: de que forma posso utilizar melhor minhas qualidades 
para realizar essa tarefa? O que posso fazer para superar minhas limitações? O que vou 
fazer concretamente, com quem e quando. 
 
 
 
Oriente os jovens a elaborar seus planejamentos com base 
nos passos a seguir: 
 
 
 Eles demonstraram capacidade de planejar as tarefas no time? Conseguiram se 
organizar na resolução dos problemas propostos? Avalie se os times estão crescendo 
na resolução dos problemas por si mesmos ou se ainda estão trabalhando em grupo 
ao invés de começarem a agir como um time. Lembre-se que estão em processo de 
aprendizagem e que todo pequeno crescimento deve ser considerado: 
o Mais alunos se envolvem na realização das tarefas? 
o Os problemas de convívio já são mais bem cuidados pelo time? 
o Os times estão menos dependentes do professor para realizar o trabalho? 
 
 
 
Dicas para avaliar o desempenho de habilidades dos alunos na atividade: 
 
 
1ª 
aula! 
 
2ª 
aula! 
 
© Instituto Ayrton Senna 2012 Roteiro da etapa de Planejamento 7ª série (8º ano) 18 
Mãos à Obra 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. Reúna os alunos em roda e identifique se todos estão com seus livros em mãos. Caso 
alguém tenha esquecido, disponha de alguns títulos para que possam escolher. A 
seguir, pergunte quem está conseguindo se planejar para ler em casa e se estão 
sendo atacados por algum ‘vilão da leitura’. Ouça os alunos com atenção e ajude-os a 
identificar o que os atrapalha a ler com prazer fora da escola. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Leitura para que te quero! 
 
Objetivo da atividade: Estimular a leitura dos livros escolhidos e 
incentivar que os leitores iniciadores colaborem com os jovens que estão 
com desafios para ler. 
Materiais necessários: Livros escolhidos pelos jovens. 
Principais habilidades trabalhadas: Colaboração e Leitura: Gosto e 
Leitura: Compreensão. 
 
 
 
A
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 4
 
 
1ª 
aula! 
 
Planejando a execução da atividade: 
 Esta é uma atividade que propicia mais um momento dedicado à leitura livre, assim como 
o que foi desenvolvido durante as etapas de Mobilização e Iniciativa. No entanto, agora, 
os jovens aprenderão a ter uma atitude de planejamento para a melhor fruição da leitura 
e para o seu desenvolvimento como leitores autônomos. Esta atividade deve ocupar 2 
aulas. 
 Tenha em mente que os jovens iniciadores já podem colocar em prática suas tarefas, 
auxiliando os colegas que apresentam dificuldades. É importante conhecer o 
planejamento de cada iniciador e oferecer seu apoio qualificado para que esses jovens 
possam ajudar seus colegas e não deixar ninguém para trás. 
 Lembre-se que esta atividade pode ser realizada em diferentes espaços, tais como: a sala 
de leitura, o pátio, a sala de aula com os alunos sentados em almofadas etc. O importante 
é que, nesse momento de leitura, eles possam relaxar e se sentir confortáveis com o livro. 
Esteja sempre atento aos locais em que os alunos estarão, para que você possa 
acompanhar a atividade e observá-los. Combine com o professor da sala de leitura, bem 
como com os demais funcionários que seus alunos poderão ir até lá para ler, porque essa 
atividade faz parte da oficina de Hora da Leitura. 
 
 
 
 É importante que os alunos saibam que existem algumas dicas que podem facilitar o 
momento da leitura, seja em casa ou em outro local. Para não deixar que os ‘vilões da 
leitura’ atrapalhem é necessário ficar longe de estímulos que podem dispersar a leitura, 
como a televisão, o mp3, o computador etc. Embora alguns jovens tenham facilidade de 
conciliar diversas ações, proponha que o momento da leitura seja dedicado somente a 
ela mesma, empenhando 100% de atenção. 
 Incentive-os a procurar ou criar um ambiente gostoso para ler. 
 O tempo que cada um deve dedicar à leitura é uma escolha bastante particular: 
esclareça que podem estabelecer quando e quanto tempo podem se dedicar à leitura. O 
 
>>> Continua... 
 
Ensine algumas dicas para que os alunos se planejem para a leitura. 
 
© Instituto Ayrton Senna 2012 Roteiro da etapa de Planejamento 7ª série (8º ano) 19 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. A seguir, é hora de ler. Lembre a eles que no momento da leitura, o silêncio e a 
concentração são necessárias. Para começar, oriente que cada jovem exercite uma 
importante estratégia de leitura: reler os últimos parágrafos para “entrar” 
novamente na história e se recordar do ponto em que parou a leitura. Essa 
estratégia simples, usual para os leitores experientes, pode fazer toda a diferença 
para os leitores que estão em formação, garantindo maior motivação para o texto. 
 
3. Enquanto isso, peça aos jovens iniciadores da turma que se reúnam com você. 
Converse a respeito das ideias que eles tiveram para ajudar os colegas em 
dificuldades com a leitura e conte que tipo de intervenção você vem fazendo com 
eles. Apoie a vontade de fazer a diferença desses jovens, assinalando que um leitor 
protagonista não deixa ninguém para trás. 
 
4. Peça aos iniciadores que comecem a colocar em prática seus planejamentos, atuando 
como uma espécie de tutor dos alunos que precisam de maior apoio. 
 
5. Dedique seu tempo à observação das interações estabelecidas entre os jovens 
iniciadores e àqueles que necessitam de ajuda. Observe o grau de motivação dos 
alunos com essa tarefa colaborativa e ofereça ajuda quando necessário. 
 
que não vale é usar a desculpa de ‘falta de tempo’, pois sabemos que esse é um grande 
vilão da leitura! Cada um é capaz de se organizar e fazer o seu tempo para a leitura 
 Conte, também, como você costuma se planejar para ler em casa. Compartilhe suas 
dicas com a turma! 
 É importante quetoda vez que reiniciar a leitura, cada jovem releia os últimos trechos 
lidos, para se recordar do ponto em que parou e se envolver novamente com o texto. 
Este resgate é importante para retomar o processo de interação com o texto e assumir o 
controle de seu processo durante a leitura. 
 É também importante refletir com os jovens que aprende-se a ler, lendo. É somente 
com esforço para superar as dificuldades que é possível crescer como leitor. E, é na 
interação com o texto que desenvolvemos as estratégias de leitura para ler mais e 
melhor. 
 Combine que durante a semana, experimentem essas dicas de planejamento em casa e 
contem como se saíram! 
 
 
 Sugira aos iniciadores que questionem seus colegas sobre os livros que estão lendo: 
provocando seu interesse por citar algum trecho que lhes chamou a atenção; 
estimulando que eles se manifestem sobre algo que já foi lido e que precisa ainda ser 
esclarecido no decorrer da leitura; ajudando a formular suspeitas inteligentes e 
desafiando-os a dialogar com o autor do texto. 
 Sugira, também, que eles solicitem dos colegas que, durante a leitura das próximas 
páginas de seus livros, anotem (numa folha de papel), os pontos significativos (trechos 
marcantes, trechos que indicam a confirmação ou o descarte das suspeitas 
formuladas, trechos que contêm frases e expressões interessantes etc.). Cuide para 
que eles conversem com os colegas que estão sendo assistidos para conhecer os 
pontos anotados. 
 Esclareça que, ao fazerem intervenções como as sugeridas acima, os iniciadores 
estarão colaborando com os colegas para que eles desenvolvam estratégias 
fundamentais para a leitura. 
 
Leitores iniciadores em ação! 
 
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6. Minutos antes de terminar o tempo da aula, peça-lhes, de maneira delicada, para 
que voltem ao ‘mundo real’. Formem uma roda de conversa e compartilhem as 
sensações proporcionadas pela leitura: os livros estão interessantes? Quem gostaria 
de contar algo a respeito do seu livro? 
 
7. Aos jovens que receberam atenção dos iniciadores, pergunte-lhes: o que vocês 
acharam dessa experiência: Vocês gostariam de repeti-la? Quais estratégias para ler 
melhor e superar dificuldades de compreensão vocês aprenderam com seus colegas? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8. Esclareça que os demais perfis de leitor, em breve, se organizarão para colocar em 
prática seus planejamentos. 
 
9. Mostre que o momento da leitura é único, pois nesse momento, o tempo é do leitor. 
A formação e a prática de um leitor envolvem ler em diversos tempos e lugares. Por 
isso, oriente-os que continuem a ler em casa, utilizando as dicas de planejamento 
aprendidas. 
 
 
 
 Lembre-se de verificar se todos estão à vontade com o seu livro, em silêncio e 
concentrados. Para isso, procure garantir um ambiente de calma e tranquilidade. 
 Continue observando a reação de cada aluno durante a leitura dos livros. Essas 
observações são importantes para você trabalhar as particularidades e as necessidades 
de cada jovem. 
 Você já identificou quem são os jovens que apresentam mais dificuldades na leitura e 
que precisam mais de seu apoio. Procure observar esse grupo de alunos com maior 
cuidado e, caso necessário, sente-se com eles para promover uma leitura 
compartilhada. 
 No caso dos jovens mais dispersos, que não se mostram concentrados na leitura, 
procure conversar sobre o livro, estimulando-os a resgatar suas expectativas em relação 
ao texto. Para isto, pergunte sobre os motivos que os levaram a escolher o livro e 
converse sobre as perspectivas de continuidade da leitura. Procure, durante esta 
conversa, identificar as maiores dificuldades de cada jovem, estimulando-os a superá-
las. Se for necessário retome com eles as cartas escritas na atividade anterior. Busque 
também avaliar o que está causando a dispersão e encontre - junto com eles - formas de 
eliminá-las. Às vezes, uma simples mudança de lugar da leitura (uma carteira mais 
isolada, um cantinho menos barulhento...) pode ser de grande ajuda. É também 
importante verificar se não seria o caso de uma nova escolha: pode-se descobrir que o 
gênero do livro, o seu volume (às vezes extenso demais), a temática abordada etc. 
provocam a falta de estímulo e a dispersão. 
 Se você perceber que o problema de alguns jovens é o fato de eles se perderem na 
leitura por fazerem suspeitas inteligentes pouco relacionadas com o texto, busque 
auxiliá-los a resgatar a leitura, retomar as pistas e a renovar suas hipóteses. 
 
 
 
Para estimular a leitura: 
 
 
 Como você e os alunos se saíram nessa atividade que pode acontecer fora da sala de 
aula? Você conseguiu acompanhar a leitura dos alunos circulando pelos espaços em 
que eles estavam? As orientações e acompanhamento que você dedicou aos jovens 
iniciadores e seus colegas de leitura foram satisfatórios para que algumas dificuldades 
pudessem ser sanadas? 
 
 
Dicas para avaliar o seu próprio desempenho na condução da atividade: 
 
 
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10. Repita a atividade de leitura livre por mais uma aula, cuidando para que os alunos 
que apresentam maiores dificuldades contem com o apoio dos leitores iniciadores da 
turma. 
 
11. Para realizar a próxima atividade, peça-lhes que tragam, para a próxima aula, revistas 
velhas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Os leitores iniciadores envolveram os alunos que apresentavam dificuldades a ponto de 
motivá-los a superar seus desafios? Foi possível observar situações ou falas em que o 
vínculo de colaboração entre eles foi explícito? 
 Em mais uma rodada de aulas dedicadas à prática de leitura livre, seus alunos tiveram a 
oportunidade de crescer como leitores antenados. A partir de suas observações, você é 
capaz de dizer se eles estão lendo por prazer? Estão aproveitando o tempo dedicado à 
leitura livre para mergulhar nos livros? Trazem depoimentos de que estão crescendo 
como leitores? Dizem que estão lendo mais dentro e fora da escola? Já reconhecem 
mudanças de atitude que repercutem nos estudos e nas aulas da escola? Se sim, 
parabéns! Seus alunos continuam no caminho certo para desenvolver essa habilidade 
fundamental para o século 21: gostar de ler! 
 A partir das intervenções dos jovens iniciadores, foi possível identificar novas posturas 
em relação à leitura por parte dos jovens auxiliados por eles? Os alunos passaram a 
utilizar estratégias de compreensão durante a leitura? Esses são alguns dos indicadores 
de que os alunos estão crescendo na compreensão dos textos. 
 
 
Dicas para avaliar o desempenho de habilidades dos alunos na atividade: 
 
 
2ª 
aula! 
 
Álbum de família: imagens que contam! 
 
Objetivo da atividade: Desenvolver a oralidade (expressão e 
compreensão) na construção de uma narrativa. 
Materiais necessários: Revistas velhas, tesoura, papel e cola. 
Principal habilidade trabalhada: Comunicação. 
 
 
 
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 Oriente sempre seus alunos a realizarem suas leituras no tempo livre, pois essa é uma 
prática que deve ser incentivada na formação de jovens leitores. A cada aula, promova 
rápidas conversas para verificar como seus alunos estão envolvidos com as leituras 
escolhidas, permitindo que aqueles mais envolvidos possam falar sobre o que estão 
lendo e propagar suas leituras. Continue identificando quem são os alunos que estão 
com maiores dificuldades (seja porque não gostaram do título escolhido, seja por 
apresentarem dificuldades de compreensão) e ofereça seu apoio! 
 
 
 
Ler no tempo livre. 
 
Planejando a execução da atividade: 
 Essa atividade envolve o trabalho em times e necessita do empenho e da participaçãode 
todos para ser realizada com sucesso. Resumidamente, ela consiste na construção de uma 
sequência narrativa que tenha por base imagens diversas para apresentação oral. Esta 
atividade deve ocupar 2 aulas. 
>>> Continua... 
 
 
© Instituto Ayrton Senna 2012 Roteiro da etapa de Planejamento 7ª série (8º ano) 22 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. Reúna os alunos em times e certifique-se de que trouxeram as revistas velhas. Peça que 
cada aluno escolha e recorte uma imagem que contenha pessoas. Estabeleça um tempo 
curto para essa tarefa. 
 
2. Depois que todos terminarem, recolha as revistas e explique que as imagens escolhidas 
fazem parte de uma história que deverá ser contada: cada time imaginará que as 
fotografias fazem parte do álbum de uma família e deverá construir uma narrativa 
lógica para que elas se agrupem e façam sentido juntas! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. Depois de tomadas as decisões iniciais, os times devem planejar a apresentação oral do 
seu álbum de família. Para isto, eles precisam definir o fato ou episódio que cada 
fotografia ilustra. Assim é importante que eles façam um roteiro com a legenda de cada 
imagem. Cada aluno deverá ficar responsável pela apresentação da imagem que 
escolheu, na sequência em que ela aparecer no álbum. Sendo assim, os times precisam 
ensaiar a fala do conjunto, cuidando para que todos estejam preparados para se 
expressar com desenvoltura, sem a necessidade de nenhum apoio escrito. Novamente, 
estabeleça um tempo para a realização da tarefa, de modo que os alunos sejam 
estimulados a trabalhar com eficácia. 
 
 
 
 
 
 
 
 Os times devem planejar a fala de seus membros de tal maneira que cada um consiga, 
com segurança e desinibição, apresentar oralmente o trecho da história que ficou sob sua 
responsabilidade. Assim, há o momento de negociação e criatividade coletiva em que os 
times decidem a ordem das imagens e a sequência que cada uma ilustra. Em seguida, será 
necessária a performance individual em que cada participante do time deverá expor com 
clareza o trecho da narrativa que lhe couber. 
 Esclareça bem os objetivos da atividade e encaminhe o processo de modo a intervir nos 
momentos necessários, garantindo a organização dos times e o direito de todos se 
expressarem. 
 Não se esqueça de solicitar aos alunos que tragam de casa revistas velhas que possam ser 
recortadas. Se possível, leve também algumas revistas, caso eles necessitem. 
 
 
 
 
 Em primeiro lugar, é preciso decidir qual será a família (encontrar um jeito das pessoas 
que aparecem na imagem se relacionarem entre si), identificando seus membros (o 
parentesco entre elas, nomes, idades, local onde moram etc). 
 Depois é necessário identificar uma das personagens para ser a “proprietária do 
álbum”, de modo que a história seja contada a partir de seu ponto de vista. 
 Em seguida, deve-se encontrar uma sequência temporal para indicar a ordem em que 
as imagens aparecerão no álbum. 
 Esclareça que não há necessidade de se prenderem aos detalhes presentes nas 
imagens. Oriente-os a soltarem a imaginação e a inventarem um jeito de fazer as 
imagens combinarem entre si. Se for necessário, uma pessoa loira pode aparecer 
morena em outra fotografia. O que importa mesmo é que os fatos narrados 
componham uma história lógica. 
 
Oriente-os a se organizarem para a construção da narrativa: 
 
 
 Oriente os times a “passarem a história” quantas vezes forem necessárias para que as 
falas estejam bem afinadas e para que seus membros não tropecem nas palavras. 
>>> Continua... 
Oriente-os como se prepararem para a apresentação oral: 
 
1ª 
aula! 
 
© Instituto Ayrton Senna 2012 Roteiro da etapa de Planejamento 7ª série (8º ano) 23 
 
 
 
 
4. Na aula seguinte, estabeleça um tempo para que os times se organizem e inicie a 
apresentação dos álbuns, orientando que as falas sejam ilustradas com as fotografias 
correspondentes. Ao final, avalie com eles aspectos próprios da oralidade 
trabalhados na atividade, tais como: falar com clareza, se expressando de forma 
organizada, ouvindo com respeito e atenção etc. Avalie, também a capacidade que 
estão demonstrando de superar a timidez para falar em público. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conquistas e Desafios 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. Reúna-os em times e peça que cada equipe eleja um jovem que deverá resumir, para 
toda a turma, o livro que está lendo ou que já leu. Organize o tempo de fala de cada 
jovem, em torno de 5 minutos. Após as ‘mini apresentações’, observe qual título mais 
empolgou a turma. 
 
2. A seguir, proponha uma rodada de avaliação para verificar os aprendizados dessa 
etapa. Oriente-os a escolher um líder que será o escriba. Escreva no quadro, as 
questões e oriente-os que as escrevam nos Diários de Bordo. Estabeleça um tempo 
para a realização da avaliação. 
Avaliar para crescer 
 
Objetivo da atividade: Avaliar as atividades e os aprendizados da etapa 
de Planejamento. 
Materiais necessários: Diário de Bordo e Painel do Leitor. 
 
 
 
A
ti
vi
d
ad
e
 6
 
 
 
 Todos conseguiram se expressar de forma clara, organizada e criativa, conseguindo 
dar sequência à narrativa e apropriando-se bem do ato de narrar? Eles 
demonstraram atenção, respeito e organização ao ouvir o outro? 
 
 
Dicas para avaliar o desempenho de habilidades dos alunos na atividade: 
 
 
 Peça para evitarem expressões de tempo que são repetidas na fala cotidiana, como: aí, 
daí, então... Indique a utilização de expressões mais sofisticadas e planejadas, tais 
como: no dia seguinte, após três anos, passado um mês etc. 
 
 
Planejando a execução da atividade: 
 Essa é uma atividade que propõe uma autoavaliação dos jovens para elaborarem e 
organizarem suas experiências até o momento. Isso permite uma avaliação do processo 
pelo professor e serve para que você acompanhe continuamente o desenvolvimento da 
turma e registre as informações para usar como referência quando for avaliar os alunos no 
instrumento de avaliação das habilidades da turma, que será compartilhado com os 
gestores escolares, com a Diretoria de Ensino e com o Instituto Ayrton Senna. Esta atividade 
deve ocupar 2 aulas. 
 Reflita e elabore a sua avaliação da turma, focando nas habilidades indicadas neste Roteiro. 
Sua devolutiva para os alunos será importante para estabelecer uma relação de confiança e 
de exigência com a turma. Procure focar os aspectos positivos da turma e, caso avalie que 
precisam melhorar em algum ponto, desafie-os a melhorarem, contando com a sua ajuda! 
 
 
2ª 
aula! 
 
1ª 
aula! 
 
© Instituto Ayrton Senna 2012 Roteiro da etapa de Planejamento 7ª série (8º ano) 24 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. Após o término do tempo, escreva no quadro as habilidades trabalhadas na etapa de 
Planejamento: Autoconfiança, Determinação, Colaboração, Comunicação, Leitura 
(Gosto e Compreensão), e Trabalho em Time. É importante que você explique 
resumidamente o que quer dizer cada uma delas (utilize o quadro da página 4 ajudá-
lo a compor seu discurso). Peça aos times que observem a lista de habilidades no 
quadro, debatam e escolham uma habilidade que eles tiveram que usar bastante 
para crescer como leitor e uma em que eles precisam se aprimorar. Estabeleça um 
tempo para essa tarefa. 
 
4. Na aula seguinte, reúna-os em uma grande roda. Peça aos líderes que leiam as 
respostas do seu time para as questões de avaliação da etapa. Depois, peça que 
leiam quais foram as habilidades escolhidas. Anote-as no quadro e registre-as, 
também, em seu caderno, pois essas informações são importantes para o seu 
acompanhamento do desenvolvimento de habilidades dos alunos, ao longo do ano. 
 
5. Escreva no quadro as 3 estratégias de leitura abaixo elencadas utilizadas por leitores 
competentes. Convide a turma a refletir se as estão praticando quando

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