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ATENÇÃO À SAÚDE DA PESSOA E FAMÍLIA EM SITUAÇÃO DE RISCO
Unidade III
5 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE POLITRAUMATIZADO
O politrauma é uma síndrome decorrente de lesões múltiplas, com reações sistêmicas que podem 
levar à falha ou à disfunção de órgãos ou sistemas vitais não diretamente lesados pelo trauma.
Segundo as estatísticas, em um dia médio, 170 mil homens, mulheres e crianças sofrem traumatismos, 
e aproximadamente 400 morrem como resultado de suas lesões.
Na assistência aos politraumas, os profissionais devem conhecer, identificar e atuar, na medida do 
possível, em situações que representam risco imediato de morte à vítima.
O avanço na condução dos pacientes politraumatizados deu-se de modo que o atendimento a essas 
vítimas ficou mais sistematizado e houve a exclusão das medidas terapêuticas impraticáveis. Muitas 
vezes, as indicações e os procedimentos terapêuticos são baseados no exame clínico inicial.
O atendimento inicial do politraumatizado deve ser como uma patologia única, contudo, com uma 
avaliação global de todos os sistemas.
 É importante que se estabeleçam prioridades de avaliação e tratamento no atendimento inicial desses 
pacientes baseadas nas lesões que impedem as funções vitais. A complexidade e a multiplicidade das 
lesões, somadas à necessidade de iniciar rapidamente o atendimento do politraumatizado, predispõem 
a um atendimento caótico.
Por razões didáticas, dividiremos o atendimento nas seguintes fases:
• avaliação inicial: ressuscitação;
• avaliação secundária: tratamento definitivo.
5.1 Avaliação inicial
Na avaliação inicial são identificados e tratados os fatores que oferecem risco de morte ao paciente, 
obedecendo às seguintes prioridades:
• aérea: obstrução das vias aéreas e controle da coluna cervical;
• boca a boca: respiração;
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Unidade III
• circulatório: alteração da circulação e controle da hemorragia;
• déficit neurológico;
• exposição completa do paciente.
5.1.1 Obstrução das vias aéreas
Um dos principais problemas encontrados no politraumatizado são as vias aéreas obstruídas devido 
à queda da língua quando inconsciente, presença de corpos estranhos, restos alimentares, sangue ou 
hematomas e edema da laringe por traumatismo direto. Outra condição para suspeitar de obstrução das 
vias aéreas ocorre em pacientes com TCE, trauma bucomaxilofacial e na região cervical.
A identificação da obstrução das vias aéreas deve ser realizada imediatamente. No primeiro contato, 
devemos fazer uma pergunta para o paciente e, na ausência da resposta verbal, devemos avaliar e 
identificar o nível de consciência.
Alguns sinais podem facilitar no diagnóstico de obstrução de vias aéreas: agitação sugere hipóxia e 
sonolência sugere hipercapnia. Respiração ruidosa ou com estridor e disfonia deve ser investigada como 
possível corpo estranho. 
Os objetivos das condutas na obstrução das vias aéreas são sua permeabilização, obtenção e 
manutenção. As condutas aplicadas dependem da causa da obstrução, para a obstrução por queda de 
língua quando a conduta aplicada é tracioná-la através da elevação da mandíbula, seguida da colocação 
de uma cânula de Guedel. Sangue e secreções podem ser removidos com aspiração.
Obstrução das vias aéreas
Manobra tríplice Manobra tríplice 
modificada
Figura 20 – Técnica para desobstruir vias aéreas superiores
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ATENÇÃO À SAÚDE DA PESSOA E FAMÍLIA EM SITUAÇÃO DE RISCO
Quando houver ventilação inadequada, faz-se necessária a obtenção de uma via aérea. As alternativas 
disponíveis são:
• ventilação com ambu e máscara;
• intubação orotraqueal;
• intubação nasotraqueal;
• cricotireoidotomia por punção;
• cricotireoidotomia cirúrgica.
Quando é identificada a necessidade de obter uma via aérea, todos os pacientes devem ser ventilados 
com ambu e máscara até que todo o material esteja à disposição.
A cricotireoidotomia por punção é uma alternativa temporária e aceitável quando, em algumas 
circunstâncias, não é permitida a intubação da traqueia por via oral ou nasal. Permite ventilação 
adequada por 30 a 45 minutos. A cricotireoidotomia cirúrgica é facilmente realizada através de 
uma incisão sobre a membrana cricotireoideana e colocação de uma cânula de traqueostomia de 
5-7mm. Quando os pacientes necessitam de intubação por longo tempo, a cricotireoidotomia deve 
ser substituída por uma traqueostomia.
Todas as manobras devem ser executadas com a mínima movimentação possível, evitando-
se a hiperextensão e hiperflexão da cabeça, pois considera-se que todo paciente politraumatizado, 
principalmente aquele com lesões acima da clavícula, é portador de uma fratura de coluna cervical até 
prova em contrário.
A lesão na coluna cervical não é descartada com o exame neurológico. A integridade da coluna só 
pode ser avaliada adequadamente realizando-se uma radiografia da coluna cervical com todos os sete 
corpos vertebrais visíveis.
5.1.2 Respiração
A permeabilidade da via aérea não assegura uma respiração adequada. As condições traumáticas 
que mais frequentemente comprometem a respiração são:
• pneumotórax hipertensivo;
• pneumotórax aberto;
• hemotórax;
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Unidade III
• afundamento torácico com contusão pulmonar;
• hérnia diafragmática traumática.
O diagnóstico pode ser realizado através da inspeção da caixa torácica. É preciso observar a expansão 
adequada, a simetria e a presença de movimento paradoxal. Na palpação, pesquisar crepitações de 
arcos costais e presença de enfisema de subcutâneo. Auscutar o MV em ambos os hemitórax. Observar 
presença de cianose e a frequência respiratória.
No politraumatizado com problemas respiratórios, a ventilação inicial deve ser feita com ar 
enriquecido com oxigênio. As condutas iniciais para solucionar as dificuldades ventilatórias resumem-se 
em assistência ventilatória e drenagem da cavidade pleural.
5.1.3 Circulação
Avalia-se o estado de perfusão tecidual através do pulso, da coloração da pele e do enchimento 
capilar. Geralmente, quando o pulso radial é palpável, a pressão sistólica está acima de 80 mmHg. A 
pressão arterial, a palidez cutânea e a sudorese são parâmetros que ajudam no diagnóstico.
Quando o volume de sangue circulante se reduz pela metade ou mais, a perfusão cerebral 
torna-se comprometida, levando o paciente à perda da consciência. Ao contrário, se o paciente 
se encontra orientado e consciente, podemos presumir que a volemia é suficiente para manter a 
perfusão cerebral.
A causa principal de instabilidade hemodinâmica no politraumatizado é a perda sanguínea. 
O tamponamento e a compressão das lesões controlam adequadamente os sangramentos externos. 
As hemorragias externas não controladas com o tamponamento da lesão são mais bem tratadas 
levando o paciente para a sala de cirurgia e realizando a exploração cirúrgica do ferimento, sob 
anestesia geral. Além disso, deve-se assegurar acesso venoso através da punção de, no mínimo, 
duas veias periféricas com cateter calibroso. 
5.1.4 Déficit neurológico
O estado neurológico é rapidamente avaliado verificando o nível de consciência e o estado das 
pupilas. A avaliação do nível de consciência é feita pelo tipo de resposta ao estímulo verbal e ao doloroso. 
Deve-se observar se as pupilas estão isocóricas e fotorreagentes.
Um exame neurológico mais apurado deve ser realizado para atendimento secundário através da 
Escala de Coma de Glasgow, como vemos na tabela a seguir. A deterioração do estado neurológico pode 
indicar a presença de lesão intracraniana ou a diminuição da oxigenação do SNC.
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ATENÇÃO À SAÚDE DA PESSOA E FAMÍLIA EM SITUAÇÃO DE RISCO
Tabela 2 – Escala de Glasgow para avaliação do nível de consciência
Variáveis Escore
Abertura ocular
Espontânea
À voz
À dor
Nenhuma
4
3
2
1
Resposta verbal
Orientada 
Confusa 
Palavras inapropriadas
Palavras incompreensivas
Nenhuma
5
4
3
2
1
Resposta motora
Obedece comandos
Localiza dor
Movimento de retirada
Flexão anormal
Extensão anormal
Nenhuma
6
5
4
3
2
1
Total máximo Total mínimo
15 3
5.1.5 Exposição
Deve-se retirar todas as vestimentas do paciente, o que permitirá e facilitará a sua avaliação global.
5.1.6 Ressuscitação
As fases de ressuscitação e avaliação inicial são realizadas simultaneamente.
O objetivo dessa etapa é assegurar o metabolismo aeróbio das células, por meio da manutenção 
de uma perfusão adequada. A oxigenação e a reposição volêmica são os meios utilizados para atingir 
essas metas. 
Durante a ressuscitação, executam-se reavaliações repetidas dos parâmetros vitais para averiguar a 
eficácia das medidas adotadas, como observado na figura a seguir.
5.2 Avaliação secundária
A avaliação secundária não deve ser iniciada até que a avaliação primária tenha sido completada e 
a fase de ressuscitação, iniciada.
Nessa etapa do atendimento, realiza-se o exame minucioso de todos os segmentos do corpo. Deve-
se recorrer às técnicas de propedêutica convencional, como medida da PA, FC, FR e PVC. Inspeção, 
palpação, percussão e ausculta são feitas cuidadosamente, incluindo cabeça, face, pescoço, tórax, 
abdome e membros. A seguir, os pontos relevantes a serem observados:
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• Cabeça: couro cabeludo, ferimentos e deformidades.
• Olhos: diâmetro das pupilas, reflexo fotomotor, hemorragias conjuntivais, ferimentos ou corpos 
estranhos e acuidade visual.
• Orelha: presença de sangue ou líquor.
• Exame neurológico: Escala de Coma de Glasgow para detectar alterações de consciência e 
acompanhar sua evolução.
• Exame dos ossos da face e cavidade oral.
• Região cervical: face anterior e posterior, cartilagem tireoide, traqueia, apófises espinhosas da 
coluna cervical.
• Tórax: região anterior e posterior, ferimentos, deformidades, respiração paradoxal, clavículas, arcos 
costais, enfisema subcutâneo. Auscultar as bulhas cardíacas e o MV.
• Abdome: escoriações, hematomas, equimoses (lesão intra-abdominal), dor à palpação e RHA.
• MMSS, MMII e ossos da bacia: fraturas e lesão neurovascular.
Na avaliação secundária devem ser realizados os exames ginecológico e o toque retal à procura de 
sangramento, espículas ósseas, flutuação da próstata e ferimentos da vagina ou reto. Utilizam-se as 
sondas nasogástrica e vesical quando não contraindicadas.
Avaliação primária e secundária
Escala de Coma 
de Glasgow
Fotorreatividade
Pele, coloração e Ta
Avaliar a 
responsabilidade e 
expansividade
Pulso AUSENTE,
iniciar protocolo
de PCR
Se pulso
PRESENTE, abrir
VA e iniciar suporte
ventilatório
Não
responsivo
SEM
movimentos
respiratórios
COM movimentos 
respiratórios
Hipertensão da cabeça 
e elevação do queixo
Cânula orofaríngea
Aspiração
Retirada de prótese
VA definitiva
Máscara com 
reservatório
Bolsa 
valva-máscara
Dispositivos 
supraglóticos
Padrão ventilatório
DEVE SER REALIZADA EM TODA A 
ABORDAGEM DE PACIENTES
Simetria torácica
Avaliar ventilação
Avaliar estado 
circulatório
Presença de hemorragias externas 
de natureza não traumática
Pulso periférico ou 
centrais
Tempo de EC.
Frequência
Ritmo
Amplitude
Simetria
Compressão direta
Reposição 
volêmica
Uso de drogas 
vasoativas
Na presença de 
instabilidade 
hemodinâmica, 
avaliar:
Sangramento ativo
Simetria
Pupila
Avaliar 
estado 
neurológico
Frequência respiratória
Considerar O2
Considerar suporte 
ventilatório
Presença e simetria 
de MV
IOT
Responsivo
Figura 21 – Fluxograma da avaliação primária e secundária do politraumatizado
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ATENÇÃO À SAÚDE DA PESSOA E FAMÍLIA EM SITUAÇÃO DE RISCO
5.2.1 Tratamento definitivo
Nessa fase, as lesões recebem o tratamento específico. Portanto, o hospital deve ser adequado para 
o tratamento das lesões que coloquem em risco a vida do paciente.
6 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NAS AFECÇÕES NEUROLÓGICAS 
6.1 Acidente Vascular Encefálico (AVE)
O acidente vascular encefálico, o AVE, é popularmente conhecido como derrame cerebral e 
AVC. Ele é manifestado quando se tem o rompimento ou o entupimento de algum vaso sanguíneo 
no cérebro. A maioria dos casos está interligada com vários fatores, que, muitas vezes, nem 
nos damos conta: problemas cardíacos, diabete, hipertensão, má alimentação, álcool e drogas, 
anticoncepcionais e estresse.
Existem dois tipos de acidente vascular encefálico: AVC isquêmico, diagnosticado pelo bloqueio 
de um vaso sanguíneo responsável por alimentar o cérebro; e o AVC hemorrágico, quando há um 
sangramento ao redor ou dentro do cérebro.
6.1.1 Acidente vascular encefálico isquêmico
É o tipo de AVC mais comum – acomete cerca de 80% dos pacientes. O AVC isquêmico é decorrente 
da falta do fluxo sanguíneo para o cérebro. Isso pode ocorrer por três motivos:
• obstrução arterial, através de um trombo ou um êmbolo;
• queda na pressão de perfusão sanguínea, como em casos de choque.
• obstrução na drenagem do sangue venoso – como acontece na trombose venosa, o que dificulta 
a entrada do sangue arterial no cérebro.
É importante salientar que, nos primeiros momentos em que o AVC ocorre, não há morte do tecido 
cerebral, mas, por conta da falta de suprimento sanguíneo, ele se degenera muito rapidamente. Porém, 
há uma região em volta do acidente que possui um fluxo de sangue reduzido e que se mantém viva por 
um tempo ainda, a chamada penumbra. É justamente nela que os esforços terapêuticos se concentram 
na hora do tratamento.
Dentro do AVC isquêmico há ainda um subtipo, chamado Ataque Isquêmico Transitório (AIT). O AIT se 
caracteriza por um entupimento passageiro em um dos vasos sanguíneos, mas que não chega a causar 
uma lesão cerebral. Ou seja, é um déficit de sangue momentâneo que se reverte em poucos minutos ou 
em até 24 horas, sem deixar sequelas. Caso o tempo de 24 horas ultrapasse e o AIT ainda não tenha sido 
revertido, ele passa a se chamar acidente isquêmico vascular por definição.
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6.1.2 Causas do AVC isquêmico
Dentre os fatores que causam o AVC isquêmico, estão:
• tabaco;
• hipertensão arterial;
• obesidade;
• alto nível de colesterol;
• histórico familiar de doenças cardíacas ou diabetes;
• uso abusivo de bebidas alcoólicas.
Outra causa possível é ter um ritmo de batimento cardíaco irregular, o que pode gerar coágulos 
sanguíneos no cérebro. Essa irregularidade no batimento cardíaco pode ser consequência de:
• hipertensão;
• doença da artéria coronária;
• doença da válvula mitral;
• pericardite;
• hipertireoidismo;
• uso abusivo de bebida alcoólica;
• ingestão de muita cafeína – contida em chás, cafés e energéticos.
6.1.3 Sintomas do AVC isquêmico
Como sintomas do AVC isquêmico, temos:
• perda repentina da força muscular e/ou da visão;
• sensação de dormência no rosto, braços ou pernas;
• dificuldade em se comunicar e compreender;
• fala arrastada;
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• tontura;
• formigamento em um dos lados do corpo;
• alterações da memória.
6.2 Acidente vascular encefálico hemorrágico
Esse tipo de AVC é o menos comum de ocorrer, mas não deixa de ser grave. Ele acontece quando 
há uma ruptura de um vaso sanguíneo localizado dentro do crânio do paciente, causando uma ação 
irritativa por conta do contato do sanguecom o parênquima nervoso (tecido cerebral com maior função). 
Além disso, essa inflamação, juntamente com a pressão que o coágulo faz sobre o tecido nervoso, 
prejudica e degenera o cérebro, bem como a sua função.
A hemorragia intracraniana acontece por um destes dois motivos:
• Ruptura dos aneurismas de Charcot-Bouchard – pequenas bolsas das artérias cerebrais que se 
formam por hipertensão arterial descontrolada ou não tratada.
• Sangramento de aneurismas cerebrais no espaço liquórico ou subaracnoide (partes formadoras do 
cérebro) – provavelmente possuem origem congênita.
Como esse tipo de AVC acontece por conta da falta de sangue no cérebro, alguns fatores podem 
ser extremamente perigosos para que ele acometa uma pessoa – ainda mais se ela já tiver idade 
mais avançada. 
6.2.1 Causas do AVC hemorrágico
A principal causa do AVC hemorrágico é a hipertensão arterial, condição que acaba enfraquecendo 
as artérias do cérebro, tornando-as mais propensas à ruptura.
Vários são os fatores que podem aumentar a sua pressão arterial:
• estar acima do peso ou ser obeso;
• beber álcool de forma exagerada;
• fumar;
• não se exercitar;
• estresse.
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Além da hipertensão, outra causa comum do AVC hemorrágico é o acontecimento de um trauma 
na cabeça. Na maioria dos casos, a causa é óbvia. Porém, há alguns pacientes que não apresentam sinal 
algum de trauma na região do crânio, especialmente pessoas idosas.
Além dos fatores que acabam por agilizar o acontecimento das causas do AVC, há diversos outros 
que podem ser classificados da seguinte forma:
Gênero
Os casos de AVC são mais comuns em homens do que em mulheres, a não ser que se trate da 
terceira idade, quando o problema acomete mais as mulheres do que os homens. Supõe-se que 
isso acontece pelo fato de as mulheres viverem mais do que os homens, e o AVC ser mais comum 
em pessoas de mais idade.
A gravidez e o uso de pílulas anticoncepcionais podem aumentar ainda mais o risco de um AVC 
nas mulheres.
Raça
As pessoas listadas a seguir possuem maior chance de terem AVC do que os brancos – porém essas 
chances diminuem conforme a idade vai avançando:
• americanos nativos;
• hispânicos;
• asiáticos;
• afro-americanos.
Estilo de vida
Alguns fatores do estilo de vida podem influenciar diretamente na ocorrência de um AVC:
• fumar;
• dieta;
• falta de exercício físico;
• excesso de álcool;
• excesso de drogas.
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ATENÇÃO À SAÚDE DA PESSOA E FAMÍLIA EM SITUAÇÃO DE RISCO
6.2.2 Sintomas do AVC hemorrágico
A seguir, alguns sintomas do AVC hemorrágico:
• dor de cabeça repentina;
• edema cerebral;
• aumento da pressão intracraniana;
• náuseas e vômitos;
• déficits neurológicos bem parecidos com os do AVC isquêmico.
6.2.3 Diagnóstico 
Para fazer o diagnóstico do AVC hemorrágico, é preciso:
• exame clínico/Escala de Cincinnati;
• exames laboratoriais;
• tomografia computadorizada;
• ressonância magnética;
• ultrassom de carótida;
• ecocardiograma;
• angiografia cerebral.
6.2.4 Tratamento
6.2.4.1 Tratamento para AVC isquêmico
Para tratar esse tipo de AVC, os médicos precisam restaurar rapidamente o fluxo sanguíneo para o 
cérebro do paciente.
Tratamento emergencial com medicamentos: esse procedimento, se feito de maneira rápida, pode 
não só aumentar a chance de sobrevivência, mas também reduzir as eventuais complicações. Os médicos 
podem se utilizar de:
• aspirina: reduz a probabilidade de outro AVC ocorrer;
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• injeção intravenosa de ativador do plasminogênio dos tecidos: restaura o fluxo sanguíneo através 
da dissolução do coágulo.
Os procedimentos emergenciais podem ser:
• medicamentos injetados diretamente no cérebro;
• remoção mecânica do coágulo.
 Observação
Estudos recentes dizem que esses dois procedimentos não são benéficos 
para grande parte dos pacientes com AVC. É preciso que os médicos 
verifiquem detalhadamente se o uso deles pode ser feito ou não.
Demais procedimentos:
• Endarterctomia carotídea: esse procedimento visa à retirada das placas que estão impedindo 
o sangue de realizar o seu fluxo normal dentro das artérias localizadas no pescoço. É preciso 
enfatizar que a endarterctomia também possui certos riscos, principalmente em pessoas que 
tenham doenças cardíacas ou outras condições médicas.
• Angioplastia e stents: através do uso de um balão, as artérias estreitadas são expandidas. Em seguida, 
um stent – pequeno tubo expansível e em forma de malha – é inserido a fim de apoiar a artéria aberta.
6.2.4.2 Tratamento para AVC hemorrágico
No caso de um AVC hemorrágico, trabalha-se para controlar o sangramento que há dentro do 
cérebro e também diminuir a pressão exercida sobre ele.
Cirurgia para reparar os vasos sanguíneos: o procedimento cirúrgico pode ser utilizado para reparar 
anomalias que estão presentes nos vasos sanguíneos em decorrência de um AVC. O procedimento 
indicado pode ser um dos seguintes:
• Clipagem cirúrgica: o médico coloca uma pequena braçadeira na base do aneurisma para estancar 
o fluxo de sangue que está indo em direção a ele.
• Embolização endovascular: através de imagens provindas de raios x, o médico insere pequenas 
bobinas destacáveis para dentro do aneurisma. Essas bobinas bloqueiam o fluxo de sangue e 
fazem com que ele coagule.
• Remoção cirúrgica do aneurisma: caso o aneurisma esteja em um local acessível do cérebro, o 
médico pode optar por removê-lo e, assim, evitar que o AVC se agrave.
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• Desvio intracraniano: em alguns casos, o desvio de certos vasos sanguíneos pode ser uma opção 
para melhorar a circulação do sangue na região do cérebro.
• Radiocirurgia esterotáxica: através de múltiplos feixes de radiação, essa radiocirurgia é um 
tratamento usado para reparar eventuais más formações vasculares.
Quadro 5 – Escala de Cincinnati para avaliação pré-hospitalar do AVC
Sinal/sintoma Como testar Normal Anormal Sim Não
Assimetria 
facial
Pede-se para o 
paciente mostrar os 
dentes ou sorrir
Ambos os lados 
da face movem-se 
igualmente
Um lado da face não 
se move tão bem 
quanto o outro
Debilidade dos 
braços
O paciente fecha os 
olhos e mantén os 
braços estendidos
Ambos os braços 
movem-se 
igualmente ou não 
se movem
Um braço não se 
move ou cai baixo, 
quando comparado 
com o outro
Fala anormal
Pede-se para o 
paciente dizer “o 
rato roeu a roupa 
do rei de Roma”
Usa as palavras 
corretas, com 
pronúncia clara
Pronuncia palavras 
ininteligíveis, usa 
palavras incorretas 
ou é incapaz de falar
6.3 Assistência de enfermagem ao paciente com acidente vascular encefálico
O paciente com acidente vascular encefálico requer cuidados intensivos em algum momento do 
período de hospitalização, sobretudo na emergência, e, posteriormente, em domicílio:
• Fazer exercícios passivos nos membros afetados. Fazer os exercícios lentamente para permitir que 
os músculos tenham tempo de relaxar e apoiar extremidades acima e abaixo da articulação para 
prevenir lesões nas articulações e nos tecidos.
• Durante os exercícios, os braços e as pernas do paciente devem ser movimentados 
delicadamente no limite de sua intolerância à dor e realizar o exercício lentamente, permitindo 
o relaxamento muscular.
• Ensinar o cliente a realizar exercícios ativos nos membros não afetados, no mínimo quatro vezes 
por semana.
• Apoiar as extremidades com travesseiros para evitar ou reduzir o edema.
• Posicionar em alinhamento para prevenir complicações. Usar apoio para os pés.
• Evitar períodos prolongados sentado ou deitado na mesma posição.
• Mudar a posição dasarticulações do ombro a cada 24 horas.
• Apoiar a mão e o punho em alinhamento natural.
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• Proporcionar mobilização progressiva.
• Auxiliar lentamente para a posição sentada.
• Permitir que as pernas fiquem suspensas sobre a lateral da cama por alguns minutos antes de ficar 
em pé.
• Limitar em 15 minutos, três vezes por dia, as primeiras saídas da cama.
• Aumentar o tempo fora da cama em 15 minutos conforme o tolerado.
• Evoluir para a deambulação com ou sem auxílio.
• Encorajar a deambulação por períodos curtos e frequentes.
• Aumentar progressivamente as caminhadas a cada dia.
• Implementar as precauções de segurança.
• Proteger as áreas com sensibilidade diminuída dos extremos de frio e calor.
• Orientar quanto às complicações da imobilidade: flebite; lesão por decúbito.
• Auxiliar nos cuidados diários, como higiene geral, vestir-se, alimentar-se.
• Administrar medicações conforme prescrição médica.
• Aferir sinais vitais e nível de consciência.
6.4 Trauma cranioencefálico
O traumatismo cranioencefálico, ou craniano, é uma lesão na cabeça que pode afetar apenas o 
crânio, no caso de fraturas, ou provocar danos graves no cérebro, como contusão ou coágulo sanguíneo, 
passando a ser chamado de traumatismo cranio-encefálico.
Normalmente, o crânio protege o cérebro de pancadas externas moderadas, como dar uma cabeçada. 
Contudo, casos de trauma grave, como uma queda de grande altura ou acidentes de carro, podem 
causar lesões cerebrais que devem ser tratadas o mais rápido possível.
O traumatismo craniano tem cura, dependendo da sua causa e gravidade; no entanto, o indivíduo 
pode ficar com sequelas, como um estado de coma, epilepsia, paraplegia ou cegueira, principalmente 
quando o cérebro é afetado.
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6.4.1 Sintomas de traumatismo cranioencefálico
Os sintomas de traumatismo craniano surgem, especialmente, nos casos graves e incluem:
• sangramentos graves na cabeça ou rosto;
• saída de sangue ou líquido transparente pelo nariz e ouvidos;
• dor de cabeça intensa;
• desmaio, perda de consciência ou sonolência excessiva;
• olho roxo ou manchas roxas nas orelhas;
• pupilas com tamanhos diferentes;
• confusão, perda de equilíbrio ou fala alterada;
• perdas de memória ou alterações visuais.
Em alguns casos, os sintomas de traumatismo craniano surgem algumas horas depois, principalmente 
quando acontece a ruptura de um vaso na cabeça, já que pode haver acúmulo lento de sangue dentro 
do crânio e, por isso, é importante vigiar a vítima durante 12 horas após o episódio.
Nas crianças, os sintomas de traumatismo craniano podem também incluir choro persistente, recusa 
para comer e depressões na cabeça após quedas de superfícies altas, como mesa ou cama, por exemplo.
6.4.2 Tratamento para traumatismo cranioencefálico
O tratamento para traumatismo craniano deve ser feito por um neurologista no hospital e, 
geralmente, é iniciado com exames de diagnóstico, como tomografia computadorizada ou ressonância 
magnética para detectar se existem danos no cérebro ou fraturas no crânio.
Assim, caso existam danos leves, podem ser utilizadas injeções anticoagulantes para evitar a formação 
de coágulos no cérebro ou remédios anti-inflamatórios na veia para reduzir a inflamação cerebral, sendo 
que o paciente pode ter alta até 48 horas após o internamento, mantendo os remédios por via oral e 
sob orientação do médico.
No entanto, nos casos de traumatismo craniano grave, em que existem hemorragias internas, 
fraturas ou lesões cerebrais graves, pode ser necessário utilizar cirurgia e, por isso, o internamento pode 
ser prolongado por vários dias.
O TCE pode ser classificado em três categorias: leve, moderado e grave. No grau leve, o paciente pode 
apresentar-se consciente, confuso e levemente sonolento, como vemos na tabela a seguir. 
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Os casos intermediários são classificados como moderados. Apesar da alta incidência de traumatismo 
craniano, felizmente, tanto nas incidências norte-americanas quanto nas nacionais, a grande maioria 
(50 a 75%) é considerada leve. Esses pacientes acabam recebendo alta após as investigações.
Os pacientes vítimas de TCE grave são os que apresentam piores prognósticos com mortalidade, que 
podem variar de 25 a 45%, dependendo da gravidade do trauma, da qualidade do resgate pré-hospitalar 
e do tratamento recebido na UTI.
Tabela 3 – Classificação de gravidade do TCE
Classificação do TCE ECG
Leve 13-15
Moderado 9-12
Grave <= 8
São considerados pacientes com TCE leve (ECG de 13) de baixo risco: 
• TCE por mecanismo de trauma de pequena intensidade, totalmente assintomáticos, exame físico 
geral normal, sem alteração neurológica. Raios X de crânio podem ser realizados a critério médico, 
bem como Tomografia Computadorizada de Crânio (TCC).
Sinais ou sintomas mínimos:
• cefaleia discreta e não progressiva;
• tontura ou vertigem temporária;
• hematoma subgaleal e/ou laceração pequeno, com raios X de crânio ou TCC (se realizada) normal;
• pacientes com raios X de crânio que revelarem qualquer alteração, durante a internação, serão 
submetidos à TC de crânio;
• raios X de crânio podem ser feitos a critério médico.
São considerados pacientes com TCE leve (ECG 14) de médio risco:
• história de sintomas neurológicos ou envolvimento em acidente grave e/ou com vítimas fatais e/
ou história admissional obscura ou não confiável (por exemplo criança espancada);
• equimose órbito-palpebral, retroauricular ou lesão significativa de couro cabeludo;
• quadro clínico sugestivo de intoxicação por álcool ou drogas ilícitas;
• cefaleia progressiva, vômitos ou convulsão;
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• perda momentânea da consciência;
• desorientação temporoespacial, amnésia retrógrada ou pós-traumática;
• síncope pós-traumatismo (síndrome vasovagal);
• idade inferior a 2 anos, exceto se o traumatismo for muito trivial;
• pacientes com múltiplos traumatismos;
• suspeita de lesão penetrante ou lesão facial grave;
• paciente com fratura de crânio, sem lesões intracranianas à tomografia de crânio com anosmia 
ou anacusia;
• paciente de baixo risco que evolui com sintomatologia clínico-neurológica persistente.
São considerados pacientes com TCE leve (ECG 15) de alto risco:
• ECG 14 (vide exto anterior);
• criança espancada;
• TCE em gestante (avaliar risco x benefício da realização de TCC);
• distúrbio da coagulação e crase sanguínea;
• fístula liquórica com ou sem débito de LCR;
• TCE com múltiplos traumatismos;
• lesões petequiais sugestivas de embolia gordurosa;
• piora do nível e conteúdo da consciência ou sinais de localização;
• síndrome de irritação meníngea;
• distúrbios de funções mentais superiores;
• déficit de acuidade visual;
• ferimento por arma branca com suspeita de envolvimento encefálico;
• lesão vascular traumática cérvico-craniana.
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São definidos como pacientes com TCE moderado aqueles que se apresentam com 9 a 12 pontos 
na ECG seis horas após o TCE. Se houver piora neurológica, queda de 2 pontos na ECG, repetir 
imediatamente a TCC.
Classicamente existe uma correlação direta entre o desvio de linha mediana evidenciado pela TCC 
e o nível de consciência apresentado pelo paciente vítima de TCE. Assim, os TCEs moderados e graves 
costumam associar-se a alterações tomográficas mais exuberantes.
A monitorização da pressão intracraniana (PIC) nos pacientes com TCE moderado é realizadapelos 
métodos extradural, subdural ou intraparenquimatoso ou intraventricular, sendo, sobretudo, indicada a 
pacientes com tumefação cerebral hemisférica.
São considerados pacientes com TCE grave aqueles admitidos com nível de consciência de 3 a 9 
pontos na ECG após 6 horas do TCE. Em 10% a 32% do TCE leve ou moderado, há evolução com piora 
rápida da consciência para o TCE grave. 
Existem também pacientes com histórico que os classificam como de alto risco e que apresentam 
radiografia de crânio normal, internados por até 48 horas, e que evoluem rapidamente para piora 
neurológica, chegando a apresentar coma aperceptivo, arreativo e midríase paralítica.
6.4.3 Tipos de lesões
Lesões primárias
As lesões primárias do cérebro ocorrem como resultado direto das forças envolvidas no evento 
traumático: as contusões e lacerações da superfície cerebral (que ocorrem na parte inferior dos lobos 
frontal e temporal, quando o cérebro se choca contra a base do crânio).
• a lesão difusa do axônio (relacionada com o cisalhamento que rompe os axônios nervosos na 
substância branca cerebral);
• lesão vascular difusa, com hemorragias petequiais no cérebro;
• contusão dos nervos cranianos (com mais frequência do nervo olfatório);
• laceração do pedículo hipofisário.
Lesões secundárias
Os danos secundários do cérebro resultam do evento traumático, com manifestação mais tardia, 
sugerindo que podem ser evitadas.
Os principais tipos de lesões secundárias são:
• hemorragia intracraniana (extradural, subdural, subaracnoide ou intracerebral);
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• edema cerebral;
• aumento de pressão intracraniana;
• danos cerebrais associados à hipóxia;
• infecção intracraniana (em particular, nas lesões penetrantes);
• hidrocefalia.
Também é considerada como lesão secundária a cascata de eventos neuroquímicos após lesão 
cerebral, que leva à morte neuronal.
6.4.4 Assistência de enfermagem no paciente com traumatismo cranioencefálico 
Considerando os cuidados específicos para pacientes com esse tipo de patologia, apresentamos a 
seguir um plano de cuidados:
• manter vias aéreas pérvias;
• realizar aspiração orotraqueal para manter boa oxigenação; 
• manter acesso venoso calibroso ou cateter venoso central para quantificação da volemia;
• executar balanço hídrico de 6 em 6 horas;
• imobilizar coluna até descartar trauma raquimedular (colar cervical, prancha rígida e mobilização 
em bloco);
• aferir sinais vitais; 
• manutenção de pressão arterial média de 90 mmHg;
• realizar passagem de sonda nasogástrica para descompressão gástrica. Em caso de lesão facial ou 
trauma de base de crânio (confirmado ou suspeita), é contraindicada a passagem nasogástrica, 
devendo ser feita orogástrica;
• fazer passagem sonda vesical de demora para controle do balanço hídrico;
• efetuar controle de glicemia capilar na admissão e de 3/3 horas.
• criar um ambiente acolhedor para a família, que certamente se encontra angustiada e apreensiva 
por ter um ente querido gravemente enfermo e ocupando um leito na UTI. 
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 Observação
Quando o TCE evolui para edema cerebral, pode haver aumento da 
pressão intracraniana (hipertensão craniana), que veremos a seguir.
6.5 Hipertensão craniana
O cérebro ocupa posição singular no corpo humano porque está contido dentro de uma caixa óssea, 
fechada no adulto, juntamente com o líquido cefalorraquiano (LCR) e com o sangue circulante.
Quando há livre comunicação entre os espaços liquóricos, a pressão intracraniana (PIC) é definida 
como pressão liquórica. Como essa pressão apresenta flutuações características, ela pode ser definida 
como a pressão de um estado de equilíbrio em relação à atmosfera sobre o qual se superpõem os 
componentes cardíaco e respiratório. 
Dependendo da inter-relação dinâmica entre o cérebro, o LCR e o sangue, e entre outros componentes 
que possam vir a ocupar espaço dentro do crânio, podem ocorrer situações em que a PIC sofra aumento.
Basicamente, as doenças que provocam hipertensão intracraniana (HIC) o fazem por um ou mais dos 
seguintes mecanismos:
• crescimento de lesões que ocupam espaço na caixa craniana;
• obstrução da circulação liquórica (hidrocefalia);
• aumento de líquido nos espaços intersticial e/ou intracelular do encéfalo (edema cerebral);
• ingurgitamento da microcirculação (aumento do volume sanguíneo intracraniano).
6.5.1 Fisiopatologia
O LCR constitui 10% do volume intracraniano, atingindo um volume de cerca de 150 ml no sistema 
nervoso (20-30 ml nos ventrículos e o nos espaços subaracnóideos intracraniano e raquiano). 
O LCR produzido circula, através dos forames de Monro, dos ventrículos laterais para o terceiro 
ventrículo. Posteriormente, passa para o quarto ventrículo por meio do aqueduto cerebral. Do quarto 
ventrículo, o LCR sai pelos forames de Luschka e Magendie e alcança as cisternas basais. Por via anterior, 
através das cisternas anteriores do tronco cerebral, alcança a convexidade do encéfalo após passar pela 
base dos lobos frontais e temporais. 
Por via posterior, o LCR circula pela cisterna magna, cisternas supracerebelares, cisternas ambientes 
e cisternas do corpo caloso, atingindo também a convexidade cerebral. Além disso, o LCR circula ao 
redor da medula no canal raquidiano em um movimento de entrada e saída na caixa craniana.
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A propagação da corrente liquórica é atribuída ao efeito de “martelo d’água” exercido pelas pulsações 
cardíacas nas artérias do plexo coróideo, o qual provoca uma onda de pressão.
Outra condição para a HIC é o edema cerebral, que constitui o acúmulo anormal de líquido nos 
espaços intersticial e/ou intracelular, resultante do funcionamento inadequado dos mecanismos de 
transporte da água e eletrólitos entre os capilares e espaços extra e intracelular. 
Sangue 
venoso
PIC = Normal
PIC = Normal compensada
PIC = descompensada
Liquor
75 ml 75 ml
Figura 22 – Quantidade de líquidos dentro do cérebro normal e com HIC
6.5.2 Tratamento
O tratamento ideal da HIC visa à remoção da sua causa. Esse objetivo pode ser alcançado em 
pacientes que apresentam lesões expansivas que podem ser removidas. Quando isso não é possível, 
medidas concomitantes ou de emergência devem ser tomadas enquanto a causa não é removida. Essas 
medidas podem ser gerais ou específicas.
Medidas gerais
Entre as medidas gerais para redução da PIC, destacam-se o posicionamento elevado da cabeça 
do doente em relação ao tórax para facilitar o retorno do sangue do segmento cefálico, a completa 
desobstrução das vias aéreas, a manutenção da pressão arterial e a correção de distúrbios hidroeletrolíticos.
Se a respiração espontânea do paciente não é suficiente para manter a PO2 acima de 60-70 mmHg 
e a PCO2 arterial entre 30-40 mmHg, geralmente, para essa correção, a ventilação mecânica deve ser 
instalada. A avaliação de possíveis distúrbios deve ser feita antes de medidas específicas.
Medidas específicas
• inibição da produção de líquido cefalorraquidiano;
• drenagem de líquido cefalorraquidiano;
• hiperventilação;
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• diuréticos;
• barbitúricos;
• glicorticoides;
• cirurgia.
6.5.3 Assistência de enfermagem no paciente com hipertensão intracraniana
Para o paciente com hipertensão intracraniana, são necessários alguns cuidados específicos: 
• Lembrar que o LCR é claro, seroso.
• O transdutor que decodifica o valor da PIC deve permanecer ao nível do meato auricular.
• O cateter de PIC é confeccionado por fibra ótica, portanto, não pode dobrar, poisse rompe.
• As conexões do cateter com o equipamento devem permanecer bem atadas.
• Deve-se ainda manter uma fixação secundária para evitar tração.
• O curativo na inserção do cateter deve manter-se limpo e seco.
• A cabeça deve ser posicionada de modo que não fique sobre o cateter.
• Monitorização da PIC: manusear todo o sistema com técnica asséptica e interpretar os resultados 
(ondas e valor numérico).
• Cuidados gerais: avaliação cuidadosa da influência de estímulos que possam gerar estresse (dor, 
banho, procedimentos médicos, fisioterápicos e de enfermagem, iluminação e ruído ambiental).
• Avaliação neurológica: avaliar continuamente o nível de consciência, EEG, tamanho e reatividade 
pupilar, movimentos oculares, padrão respiratório e respostas motoras).
• Avaliar continuamente os sinais vitais: PA, P, T, R, saturação O2 e CO2.
• Vias aéreas e ventilação: avaliar frequência, ritmo e padrão respiratório, presença de cianose, 
ausculta torácica, manter vias aéreas permeáveis para prevenir hipóxia – retenção de CO2 – 
edema cerebral, aspiração traqueal, instalar oximetria de pulso, monitorar gases sanguíneos com 
gasometria arterial e venosa.
• Posição e movimentação do paciente: manter a cabeça elevada 30° e alinhada com o corpo para 
facilitar a drenagem.
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• Evitar que o paciente faça esforço físico como tossir, espirrar, esforço para evacuar, movimentos 
bruscos no leito ou fora dele, pois aumenta a PA e a PIC.
• Terapias com drogas: conhecer a ação, a dosagem, o preparo e os efeitos colaterais das drogas 
utilizadas para diminuir a PIC.
• Reconhecer sinais sugestivos de infecção.
• Eliminação urinária e intestinal: monitorar débito urinário, facilitar a eliminação intestinal (dietas, 
laxantes e manobras).
• Proteger e prevenir lesões de pele.
• Drenagem ventricular: conhecer o nível adequado da derivação para manutenção do sistema de 
drenagem e manter técnica asséptica no seu manuseio.
6.6 Morte encefálica
Morte cerebral, mais corretamente chamada de morte encefálica (ME), corresponde à perda total, 
definitiva e irreversível das funções do tronco cerebral, que faz parte do encéfalo. 
O encéfalo, por sua vez, é constituído pelo diencéfalo, cérebro, cerebelo e tronco encefálico, onde 
estão o mesencéfalo, a ponte e o bulbo. O tronco cerebral é a sede das estruturas nervosas que controlam 
as funções que mantêm vivo o indivíduo, como pressão arterial, batimentos cardíacos, atividade 
respiratória e nível de consciência. 
A morte encefálica é, na verdade, um novo conceito de morte, baseado no conceito de estado de coma 
irreversível. Mas a morte cerebral não é a mesma coisa que o estado de coma. No estado de coma, as funções 
cerebrais estão ativas; na morte cerebral, há a perda definitiva das funções neurológicas do cérebro.
Toda agressão ao encéfalo pode afetar finalmente o tronco cerebral e alterar ou paralisar as funções 
vitais. A lesão do encéfalo pode ser causada por um problema primário dessa estrutura ou ser a via final 
de uma agressão isquêmica, anóxica ou metabólica consequente de uma enfermidade sistêmica.
De uma forma mais concreta, pode-se apontar como causas da morte cerebral as mesmas causas 
do estado de coma: traumatismos cranianos, falta de oxigênio no cérebro, parada cardiorrespiratória, 
acidente vascular cerebral, inchaço no cérebro, tumores, overdose de drogas, falta de glicose no sangue 
e edema cerebral.
O diagnóstico de morte cerebral fundamenta-se em exame clínico neurológico que confirme a 
falência do tronco cerebral. Muitos países dispensam exames complementares, mas outros os exigem. 
Os exames de eletroencefalograma, arteriografia, doppler, cintilografia, protocolo de ME, utilizados hoje 
em dia, usados isoladamente, sem exame neurológico, não bastam para confirmar o diagnóstico.
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Além dos exames descritos acima, para a confirmação do diagnostico, há a obrigatoriedade do 
protocolo de ME.
6.6.1 Protocolo de morte encefálica
Exclusão de condições clínicas que possam causar interferência no exame clínico:
• Distúrbios acidobásicos e hidroeletrolíticos graves.
• Alterações hormonais causadoras de coma.
• Ausência de hipotermia (temperatura ≥ 36,5 °C), hipotensão (PA sistólica ≥ 90 mmHg), intoxicação 
exógena ou uso de drogas sedativas e bloqueadores neuromusculares (suspender e aguardar o 
triplo da meia-vida da medicação para iniciar o protocolo); se indicado, considerar dosagem sérica 
da droga.
• Importante: achados clínicos que não excluem o diagnóstico de ME:
— Movimentos involuntários (reflexos espinhais).
— Sinal de Lázaro (movimentação dos membros).
— Reflexos tendíneos, abdominais, cremastéreo ou sinal de Babinsky persistentes; movimentos 
ondulares dos dedos dos pés.
— Ereção peniana reflexa, arrepio, reflexos reflexores de retirada dos membros inferiores ou 
superiores, reflexo tônico cervical.
— Contrações faciais (“caretas”).
• Níveis tensionais normais:
— Adulto: PAS > 90 mmHg ou PAM > 65 mmHg.
— Recém-nascidos: PAS > 60 mmHg.
— Lactentes: PAS > 70 mmHg.
— Crianças maiores de 2 anos: PAS > 70 + (2 x idade em anos).
Avaliar os critérios para abertura do protocolo de ME:
• Conhecer a causa do coma, através da história clínica, exame físico e exames complementares.
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• Estado de coma arreativo e aperceptivo.
• Escala de Coma de Glasgow = 3.
• Ventilação mecânica (assistida).
• Excluir uso de drogas depressoras do sistema nervoso central com níveis capazes de causar o 
coma e mimetizar a ME.
• Ausência de hipotermia, hipotensão ou distúrbios hidroeletrolíticos.
Mínimo de 6 horas de tratamento intensivo/observação hospitalar após a lesão.
Parâmetros hemodinâmicos e metabólicos recomendados para abertura de protocolo de morte encefálica:
• PAS > 90 mmHg.
• PAM > 65 mmHg.
• Sat O2 > 90%.
• PaCO2: 20-45 mmHg.
• PaO2/ FiO2 > 100.
• Ureia < 300.
• Sódio plasmático: 120-160 mEq/L.
• Glicemia: 80 a 300 mg/dL.
• Hemoglobina > que 9.
• Temperatura > 32,5 °C.
Primeiro exame clínico neurológico:
• Checklist:
— coma aperceptivo;
— pupilas fixas e arreativas;
— ausência de reflexo;
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— ausência de reflexos oculocefálicos;
— ausência de resposta às provas calóricas;
— ausência de reflexo de tosse.
• Apneia – etapas:
— confirmar o coma (Escala de Coma de Glasgow = 3), com exame bilateral;
— estímulo retromandibular (pares cranianos V e VII);
— estímulo axial (esternal ou supraorbitário) e apendicular (ungueal).
• Examinar reflexos do tronco encefálico:
— ausência de reflexo pupilar fotomotor (II e III pares) bilateral;
— ausência de reflexo córneo-palpebral (V e VII pares) bilateral;
— ausência de reflexo oculoencefálico bilateral (VIII par);
— rotação da cabeça em 90º, para cada lado e no plano vertical, com movimentos rápidos de 
báscula. Atenção para presença de trauma raquimedular cervical;
— ausência de reflexo oculovestibular (VII, III, VI pares) bilateral:
— otoscopia (verificar se obstrução ou perfuração) inicial, seguida da Prova Calorimétrica: com 
a cabeceira a 30º, instilar 50 mL de SF 0,9% gelado (próximo a 0 °C) ao longo de um minuto. 
Observar por até 1 minuto após. Aguardar 5 minutos antes de testar outro lado.
— ausência de reflexo de tosse (IX e X pares): testar com espátula na faringe posterior bilateral e 
sonda de aspiração pelo tubo endotraqueal;
— ausência de drive respiratório (“teste de apneia”).
• Teste de apneia:
— pré-requisitos: temp. ≥ 36,5 oC; PA sist ≥ 90 mmHg; balanço hídrico nas 6 horas positivo);— ventilar o paciente (±10 minutos com FiO2 de 100%), para PaO2 alvo ≥ 200 mmHg);
— desconectar o circuito do respirador, mantendo uma cânula de O2 na topografia da carina com 
fluxo 6 L/min);
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— observar movimentos respiratórios (se possível, com ventilômetro acoplado) por até 10 minutos 
ou até PCO2 ≥ 55 mmHg;
— o teste deverá ser interrompido se houver hipotensão, arritmia ou queda da saturação 
de O2.
 Lembrete
Para pacientes cujo PCO2 basal já é ≥ 55 mmHg, aguardar elevação 
acima de 20 mmHg do PCO2 basal para teste confirmatório.
Interpretação:
• Positivo:
— PCO2 > 55mmHg.
— Aumento da PCO2 em 20mmHg comparada com a gasometria inicial.
• Negativo:
— Movimentos respiratórios.
— Resultados de PCO2 na gasometria inferiores aos resultados anteriores.
• Inconclusivo:
— Instabilidade hemodinâmica durante o teste.
— SaO2 < 90%.
— Arritmias cardíacas.
Segundo exame neurológico: 
Os exames devem ser realizados 6 horas após o primeiro por profissionais diferentes, que não poderão 
ser integrantes da equipe de remoção e transplante, sendo pelo menos um dos exames realizado por 
neurologista ou neurocirurgião.
O intervalo mínimo exigível entre os exames depende da faixa etária do paciente:
• 7 dias-2 meses: 48 horas.
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• 2 meses-1 ano: 24 horas.
• 1-2 anos: 12 horas.
• 2 anos: 6 horas.
Exame complementar confirmatório: 
Escolher um dentre os disponíveis: de fluxo, atividade elétrica ou metabolismo. Principais opções:
• Eletroencefalograma.
• Doppler transcraniano.
• Arteriografia cerebral de quatro vasos.
• Tomografia por emissão de fóton único (Spect).
• Tomografia por emissão de próton (PET).
• Potenciais evocados somatossensitivos (Pess).
Interpretação:
• EEG: é o único exame possível abaixo de 1 ano de idade. Deve demonstrar ausência de atividade 
bioelétrica cerebral (silêncio elétrico cerebral é definido como a ausência de atividade elétrica 
maior que 2 microV, por um mínimo de 30 minutos).
• Doopler transcraniano: demonstra ausência de insonação dos vasos cerebrais em pacientes 
previamente insonados; ausência de fluxo diastólico ou reverberante; pequenos picos 
sistólicos isolados.
• Arteriografia cerebral: ausência de fluxo sanguíneo na entrada do cérebro dos quatro vasos em 20 
segundos; parada circulatória no polígono de Willis; enchimento lento acima de 15 segundos do 
seio longitudinal superior cerebral.
• Cintilografia cerebral: ausência de perfusão cerebral pelo radioisótopo confirma o diagnóstico de 
morte encefálica.
Nota: para pacientes abaixo de 2 anos:
• De 1 ano a 2 anos incompletos: 2 EEGs, com intervalo de 12 horas.
• De 2 meses de idade a 1 ano incompleto: 2 EEGs com intervalo de 24 horas.
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• De 7 dias a 2 meses de idade (incompletos): 2 EEGs com intervalo de 48h.
• Conclusão: a constatação do óbito se dá no momento da conclusão do protocolo, o que pode ser 
no momento da segunda avaliação clínica ou do exame complementar (prevalece aquele que for 
realizado por último).
Após constatada a ME, deve-se: comunicar o médico assistente; comunicar a família do paciente – 
sem falar sobre transplante de órgãos; comunicar a central de doação de órgãos e considerar o protocolo, 
se indicado; enviar uma cópia da declaração ao órgão controlador estadual; registrar todos os passos do 
protocolo na folha de evolução e na folha padronizada.
O Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) é um sistema de vigilância epidemiológica 
nacional cujo objetivo é captar dados sobre os óbitos do país a fim de fornecer informações sobre 
mortalidade para todas as instâncias do sistema de saúde. 
O documento de entrada do sistema é a Declaração de Óbito (DO), padronizada em todo o 
território nacional.
 Observação
Toda morte violenta deverá ser encaminhada ao Instituto Médico Legal 
(IML), acompanhada do relatório cirúrgico de cada órgão retirado.
É adequado, diante da constatação da ME em não doador, suspender os procedimentos de suportes 
terapêuticos. O cumprimento dessa decisão deve ser precedido de comunicação e esclarecimento (pelo 
médico assistente ou seu substituto) sobre a ME aos familiares ou representantes, com registro adequado 
no prontuário. Nesse caso, a data e hora registradas na declaração de óbito devem ser as mesmas da 
determinação de morte encefálica.
Após o primeiro exame ser conclusivo para ME, comunicar à comissão de transplante do hospital. 
Após a confirmação por outro profissional, comunicar à família a confirmação diagnóstica. 
A morte encefálica é de notificação obrigatória ao RIO Transplante. O Termo de Declaração de Morte 
Encefálica deve ser preenchido, bem como o laudo do exame complementar confirmatório, e ser anexado 
ao prontuário do paciente (mesmo em pacientes não doadores). Cópia do termo deve ser encaminhada 
ao órgão controlador estadual.
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Figura 23 – Termo de Declaração de Morte Encefálica
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6.7 Doação de órgãos
Após o diagnóstico de morte encefálica, a família deve ser consultada e orientada sobre o processo 
de doação de órgãos. Depois de 6 horas de atestada a falência cerebral, o potencial doador passa por 
um novo teste clínico para confirmar o diagnóstico. Em seguida, a família é questionada sobre o desejo 
de doar os órgãos. 
Mensagens por escrito deixadas pelo doador não são válidas para autorizar a doação. Por 
isso, apenas os familiares podem dar o aval da cirurgia, após a assinatura de um termo. De 
acordo com o Ministério da Saúde, metade das famílias entrevistadas não permite a retirada 
dos órgãos para doação. Por isso, é importante conversar com a família ainda em vida para 
deixar claro esse desejo. 
6.7.1 Entrevista familiar
Depois da confirmação da morte encefálica e de manifestado o desejo pela família de doar os órgãos 
do parente, a equipe médica realiza um questionário com os familiares para detalhar o histórico clínico 
do paciente. A ideia é investigar se os hábitos do doador teriam levado ao desenvolvimento de possíveis 
doenças ou infecções que possam ser transmitidas ao receptor.
Doenças crônicas como diabetes, infecções ou mesmo uso de drogas injetáveis podem acabar 
comprometendo o órgão que seria doado, inviabilizando o transplante. Por isso, a equipe médica 
verifica o passado clínico do doador. A entrevista é um guia para os médicos, que ainda realizam 
testes biológicos e físicos que indicam também a possível compatibilidade com os receptores na 
fila do transplante. 
6.7.2 Retirada de órgãos
De um mesmo doador, é possível retirar vários órgãos para o transplante. Em geral, as cirurgias mais 
recorrentes são as de coração, pulmões, fígado, pâncreas, intestino, rins, córnea, vasos, pele, ossos e 
tendões. Com isso, inúmeras pessoas podem ser beneficiadas com os órgãos de um mesmo doador. Os 
órgãos que duram menos tempo uma vez fora do corpo são retirados antes. 
6.7.3 Transporte
Quando a doação é entre pessoas de estados diferentes, o Ministério da Saúde viabiliza o 
transporte aéreo dos tecidos e órgãos. A pasta tem um acordo voluntário de cooperação com 
companhias aéreas para assegurar o translado. As empresas transportam os órgãos gratuitamente 
em voos comerciais.
Para reforçar o processo de transporte, a Força Aérea Brasileira (FAB) também forneça apoio ao 
Ministério da Saúde, especialmente em missões solicitadas pela Central Nacional deTransplantes.
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6.7.4 Recuperação
Depois de transplantado, o paciente tem um pós-operatório semelhante ao de outras cirurgias. 
Contudo, o sucesso da operação depende de vários fatores, como as condições do órgão e o estado de 
saúde do paciente. No entanto, ele terá de tomar remédios imunossupressores durante toda a vida para 
evitar uma possível rejeição do corpo ao novo órgão.
A estimativa do Ministério da Saúde é de que a sobrevida dos pacientes depois de cinco anos da 
cirurgia é de 60% nos casos de transplante de fígado e pulmão; 70% para cirurgias de substituição do 
coração; e 80% para os transplantes de rim.
Nos 27 centros de notificação integrados, os dados informatizados do doador são cruzados com os 
das pessoas que aguardam na fila pelo órgão para que o candidato ideal, conforme urgência e tempo de 
espera, seja encontrado em qualquer parte do País.
Os profissionais envolvidos no processo trabalham em contagem regressiva para não ultrapassar o 
tempo limite para a retirada dos órgãos e sua preservação durante o transporte.
Tabela 4 – Tempo máximo para retirada 
do órgão e preservação do órgão
Órgão/tecido Tempo máximo para retirada Tempo máximo de preservação extracorpórea
Córnea 6 hs Pós PC* 7 dias
Coração Antes da PC* 4 a 6 horas
Pulmão Antes da PC* 4 a 6 horas
Rim Até 30 min Pós PC* Até 48 horas
Fígado Antes da PC* 12 a 24 horas
Pâncreas Antes da PC* 12 a 24 horas
Ossos 6 hs Pós PC* Até 5 anos
 *PC: Parada Cardíaca.
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CAMINHO DO 
TRANSPLANTE
Diagnóstico de morte encefálica
Família é avisada e precisa assinar 
termo por escrito mediante 
testemunhas para autorizar retirada
Entrevista com família para 
investigar histórico clínico (diabetes, 
fumo, uso de drogas, tatuagens) 
e rastrear possíveis doenças; se 
necessário, pede biópsia
É feita a cirugia para retirar o órgão, 
que é refrigerado e levado para a 
central de notificação até se definir 
quem será o receptor ideal
Órgão é levado para o hospital onde 
está o receptor, enquanto ele passa 
pelo pré-operatório
Medicação para evitar rejeição
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Figura 24 – Fluxograma do caminho para o transplante
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Figura 25 – Termo de Doação de Órgão e Tecidos
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 Saiba mais
Sobre a remoção de órgãos, tecidos e partes do corpo humano para fins 
de transplante e tratamento, leia:
BRASIL. Lei nº 9.434, de 4 de fevereiro de 1997. Dispõe sobre a remoção 
de órgãos, tecidos e partes do corpo humano para fins de transplante e 
tratamento e dá outras providências. Brasília, 1997. Disponível em: <http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9434.htm>. Acesso em: 7 ago. 2017.
 Resumo
Após a leitura desta unidade, tivemos uma melhor compreensão da 
assistência de enfermagem ao paciente politraumatizado, considerando 
que há a necessidade de realizar a avaliação primária e secundária, 
incluindo a reanimação cardiorrespiratória. As condutas previamente 
sabidas colaboram para um atendimento de excelência sem trazer maiores 
prejuízos à vítima.
Posteriormente, verificamos as principais afecções neurológicas. O 
acidente vascular encefálico isquêmico acontece quando há obstrução 
de sangue na parede dos vasos, causando a falta de circulação daquela 
região e, assim, a falta de oxigenação. Vimos também o acidente vascular 
hemorrágico, no qual há o rompimento do vaso cerebral, causando o 
extravasamento de sangue na região encefálica. Ambas as afecções 
resultam em sequelas de pequeno, médio e grande comprometimento 
das atividades físicas diárias. O tratamento pode ser medicamentoso 
ou cirúrgico e, em ambos os casos, a assistência de enfermagem é o 
diferencial para a recuperação do paciente, juntamente com um plano 
assistencial multiprofissional. 
A hipertensão intracraniana é uma patologia que pode resultar de 
diversas patologias, bem como traumas. O tratamento, na maioria das 
vezes, é cirúrgico, e a atenção à pressão intracraniana é vital para a 
otimização terapêutica e recuperação do paciente. Esse paciente necessita, 
sem dúvidas, de cuidados intensivos.
Todas as afecções descritas aqui podem resultar em morte encefálica. 
Para tal condição, há necessidade da habilidade da equipe para a realização 
do protocolo para o diagnóstico da inatividade cerebral e, em seguida, 
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efetivar a morte encefálica. Além disso, são necessários exames de imagem 
complementares e o eletroencefalograma para verificar a perfusão cerebral.
A doação de órgãos de pessoas falecidas ocorre somente após a 
confirmação do diagnóstico de morte encefálica. Tipicamente, são pessoas 
que sofreram um acidente que provocou traumatismo craniano (acidente 
com carro, moto, quedas etc.) ou sofreram acidente vascular cerebral 
(derrame) e evoluíram para morte encefálica.
A cirurgia para retirada dos órgãos é como qualquer outra, e todos os 
cuidados de reconstituição do corpo são obrigatórios pela Lei n° 9.434/1997.
Após a retirada dos órgãos, o corpo fica como antes, sem qualquer 
deformidade. Não há necessidade de sepultamentos especiais. O doador 
poderá ser velado e sepultado normalmente.
 Exercícios
Questão 1. (Enade 2013) Um paciente de 5 anos de idade foi encontrado pela enfermeira 
não responsivo e sem apresentar respiração em uma unidade de pediatria de um hospital geral. A 
enfermeira tentou, durante 10 segundos, detectar o pulso carotídeo, sem sucesso. Por ter sido treinada 
segundo as diretrizes da American Heart Association, identificou que esse paciente estava em parada 
cardiorrespiratória e, assim, iniciou os procedimentos de assistência a seguir.
1. Solicitou chamada do médico.
2. Observou obstrução de vias aéreas.
3. Iniciou compressão torácica.
4. Iniciou ventilação.
Assinale a alternativa que apresenta a ordem correta dos procedimentos realizados.
A) 1 – 2 – 4 – 3.
B) 1 – 3 – 2 – 4.
C) 1 – 3 – 4 – 2.
D) 2 – 4 – 3 – 1.
E) 4 – 3 – 1 – 2.
Resposta correta: alternativa B. 
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Análise da questão
Seguindo as Diretrizes da AHA, após a detecção de uma PCR em uma unidade pediátrica, a enfermeira 
deve acionar imediatamente o (1) serviço médico de emergência ou a equipe médica da unidade de 
saúde. Sequencialmente, a enfermeira deve aplicar as (3) manobras de RCP seguindo a ordem: (2) 
compressões torácicas, (4) abertura das vias aéreas e ventilação (C-A-B).
Questão 2. (Enade 2013) Um paciente de 23 anos de idade foi internado na unidade de terapia 
intensiva (UTI), em período pós-operatório imediato de cirurgia de craniotomia para exérese tumoral. 
O paciente encontra-se em ventilação mecânica por tubo orotraqueal, com monitorização pressórica 
arterial, cardíaca e da pressão intracraniana (PIC), além de oximetria de pulso. Mantém acesso venoso 
central em subclávia direita com curativo oclusivo. Apresenta anisocoria e sinais de hipertensão 
intracraniana como complicações pós-operatórias.
Nessa situação, qual a intervenção de enfermagem indicada para o posicionamento do paciente 
no leito?
A) Manter o paciente em decúbito dorsal, com elevação da cabeceira do leito de 15° a 30° de 
inclinação, e com a cabeça e o pescoço alinhados em posição anatômica.
B) Manter o paciente em decúbito dorsal, com elevação da cabeceira do leito acima de 30° de 
inclinação, e a cabeçae o pescoço alinhados.
C) Manter o paciente em decúbito lateral, com elevação da cabeceira do leito de 15° a 30° de 
inclinação, e com membros flexionados.
D) Manter o paciente em decúbito lateral, com elevação da cabeceira do leito acima de 30° de 
inclinação, e com membros flexionados.
E) Manter o paciente em posição de Trendelenburg, com a cabeça e o pescoço alinhados em 
posição anatômica.
Resolução desta questão na plataforma.

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