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‘CAPOEIRA E JIU-JITSU” 1- História da Capoeira: A história da capoeira começa no século XVI, na época em que o Brasil era colônia de Portugal. A mão de obra escrava africana foi muito utilizada no Brasil, principalmente nos engenhos (fazendas produtoras de açúcar) do nordeste brasileiro. Muitos destes escravos vinham da região de Angola, também colônia portuguesa. Os angolanos, na África, faziam muitas danças ao som de músicas. 2- Como chegou ao Brasil: História ligada à escravidão Ao chegarem ao Brasil, os africanos perceberam a necessidade de desenvolver formas de proteção contra a violência e repressão dos colonizadores brasileiros. Eram constantemente alvos de práticas violentas e castigos dos senhores de engenho. Quando fugiam das fazendas, eram perseguidos pelos capitães do mato, que tinham uma maneira de captura muito violenta. Os senhores de engenho proibiam os escravos de praticar qualquer tipo de luta. Logo, os escravos utilizaram o ritmo e os movimentos de suas danças africanas, adaptando a um tipo de luta. Surgia assim a capoeira, uma arte marcial disfarçada de dança. Foi um instrumento importante da resistência cultural e física dos escravos brasileiros. A prática da capoeira ocorria em terreiros próximos às senzalas (galpões que serviam de dormitório para os escravos) e tinha como funções principais à manutenção da cultura, o alívio do estresse do trabalho e a manutenção da saúde física. Muitas vezes, as lutas ocorriam em campos com pequenos arbustos, chamados na época de capoeira ou capoeirão. Do nome deste lugar surgiu o nome desta luta. Até o ano de 1930, a prática da capoeira ficou proibida no Brasil, pois era vista como uma prática violenta e subversiva. A polícia recebia orientações para prender os capoeiristas que praticavam esta luta. Em 1930, um importante capoeirista brasileiro, mestre Bimba, apresentou a luta para o então presidente Getúlio Vargas. O presidente gostou tanto desta arte que a transformou em esporte nacional brasileiro. 3- Contribuição da Capoeira para o Brasil Duas das principais referências que o mundo tem do Brasil são a música e o futebol. Embora pouco se diga, a capoeira está na raiz de ambas. Esse caldeirão cultural fervilhante de ginga e sons espalha-se por todo o planeta, é visível nas ruas, nos shows, nos estádios, mas, mesmo no nosso país, não é completamente compreendido. É uma história complexa, perdida nos escaninhos da tortuosa memória brasileira que por séculos tentou sonegar a devida importância de suas origens básicas africanas ou indígenas, e os reflexos desse conflito identitário permanecem até os dias atuais. A partir de 1532, milhões de africanos foram arrancados de suas nações e trazidos para o Brasil, dando início ao maior processo de migração forçada da história. Ao longo dos séculos, os escravizados deixaram impressas suas marcas na cultura brasileira. Uma das mais importantes e influentes dessas raízes foi a capoeira. JIU-JITSU 1- História do Jiu-Jitsu Jiu Jitsu é uma arte marcial de origem incerta. A tradução das palavras Jiu Jitsu é “arte versátil, suave”. No Jiu Jitsu usa-se a força e o peso do adversário contra ele, sendo permitido, inclusive, lançar o adversário em queda. São utilizados golpes traumáticos e de defesa pessoal (saídas de gravata, contra-golpes, esquivas). Porém, a principal caracteristica da modalidade são os golpes que buscam imobilizar e neutralizar o adversário, através de golpes de articulação, como estrangulamentos e torções das articulações, como braço, tornozelo, etc. É permitido o uso dessas técnicas de luta de chão, com ambos deitados. São proibidas atitudes como: atingir os órgãos genitais, morder, enfiar os dedos nos olhos, puxar cabelo, torcer dedos, etc. A área onde ocorre a luta, o tatame, deve ter no mínimo 64,00 m2 e no máximo 100 m2. Se a área total é de 64 m2, a área interna, onde a luta irá acontecer, deve ser de 36,00 m2. O restante é considerado área de Segurança, e deve ter cor diferente. Quanto à origem do Jiu Jitsu, não há um consenso entre historiadores. A versão mais difundida entre o meio, é a de que o Jiu Jitsu teve origem no Japão. Uma outra versão, muito mais complexa, diz que o Jiu Jitso surgiu na Índia, onde era praticado por monges budistas. Segundo essa versão, o Jiu Jitsu foi levado então para a China, e depois para o Japão, por intermédio da expansão do próprio budismo. A terceira versão defende que o Jiu Jitso originou-se na China. Já a origem do Jiu Jitso no Brasil não é motivo de desacordo. O Jiu Jitso foi trazido ao Brasil em 1915, pelo japonês Esai Maeda Koma, ou, como ficou conhecido, Conde Koma. Em 1916, esse japonês conheceu Gastão Gracie, que se tornou um entusiasta do jiu-jitsu. Gastão, então, levou o mais velho de seus oito filhos, Carlos Gracie, então com 15 anos, para aprender a arte com o japonês. Assumiu a profissão de lutador e professor de Jiu Jitsu, e, aos 19 anos mudou- se com a família para o Rio de Janeiro. Após algumas viagens para São Paulo e Minas Gerais, onde foi ministrar aulas e participar de algumas lutas, voltou ao Rio em 1925, e abriu a primeira Academia Gracie de Jiu-Jitsu, com seus irmãos Gastão e Oswaldo como acessores. Os Gracie aprimoraram as técnicas do Jiu Jitsu, sendo que, a maior diferença para o Jiu Jitsu tradicional, é o fato de que os japoneses privilegiam as quedas, enquanto a técnica dos Gracie privilegia as lutas no chão. Atualmente, o Jiu Jitsu brasileiro é mais difundido que o original japonês, sendo inclusive, exportado para o Japão e para todo o resto do mundo. 2- Como o Jiu-jitsu chegou ao Brasil Especialista nas artes marciais do Oriente, o japonês Mitsuo Meada vinha de uma turnê pela América do Norte e Central, onde apresentara – pela primeira vez no continente – o judô e o jiu-jitsu. Por volta de 1914, chega ao Brasil Mitsuo Meada, mestre japonês em lutas marciais, também conhecido como Conde Kaoma. Depois de percorrer alguns países como o Reino Unido, México, Cuba e França, meada chegou ao Brasil fazendo demonstrações e lutas e fixa-se em Belém do Pará. Nessa época, havia uma confusão quanto ao nome da luta e até no Japão, o termo “já justo” ou” Kano já -justo” era utilizado se referindo à parte técnica, e o termo “judô” quando se referia à parte filosófica. Somente em 1925 o governo japonês oficializou o nome judô, nomeando assim a luta que era ensinada nas escolas públicas do país. Quando chegou ao Brasil, o nome judô ainda não estava oficializado e era comum aquela luta ser chamada, pelos japoneses, de “jujútsu ou “Kano ju- jutsu”. Os brasileiros chamavam “jiu-jitsu”. Tornou-se amigo de Gastão Gracie, empresário influente, que o ajudou a estabelecer-se. Como gratidão, Maeda ensinou o jiu- jitsu japonês tradicional a Carlos Gracie, primogênito de Gastão. Carlos aprendeu por alguns anos e, depois, encarregou-se de ensinar aos irmãos. A transformação do Jiu-Jitsu A primeira Escola Gracie foi fundada em 1925 no Rio de Janeiro. Carlos e seus irmãos ensinavam o jiu-jitsu aprendido com Maeda. Hélio Gracie, o mais novo dos irmãos, proibido de treinar porque era muito franzino, ficava só observando. Após muito tempo observando as aulas, Hélio percebeu que poderia adaptar as técnicas até então utilizadas, criando um estilo próprio de luta, baseado em suas próprias limitações físicas. Hélio passou a modificar o que observava nos ensinamentos do irmão e com determinação de executar eficientemente os golpes, modificando-os e adaptando-os a sua frágil estrutura física. Enfatizou os princípios da alavanca e a escolha do momento cero, sobre a velocidade; assim conseguiu modificar todas as técnicas, entre muitas tentativas e erros, criando um estilo nacional de jiu-jitsu, o Gracie jiu-jitsu,o jiu-jitsu Brasileiro. 3- Vantagens do Jiu-Jitsu. O Jiu Jitsu é uma ótima arte marcial e um dos benefícios é o desenvolvimento da defesa pessoal. Principalmente para mulheres, já que o Jiu Jitsu usa mais técnica do que a força. Você pode imobilizar uma pessoa com um peso maior que o seu, por exemplo Diminui o stress e aumenta o bem-estar Qualquer atividade física tem o poder de diminuir o stress. Esse também é um benefício do Jiu Jitsu. Isso porque o nosso cérebro libera um hormônio chamado endorfina durante e após uma atividade. Esse hormônio regula a emoção e a percepção da dor, relaxando e trazendo bem estar ao praticante. Define o corpo O Jiu Jitsu apesar de não necessitar de tanta força é um ótimo esporte para definir o corpo, isso porque algumas posições necessitam do movimento de vários músculos, e manter essas posições ajuda a tonificar o corpo. Melhora a capacidade cardiovascular e trabalha a respiração Por aliar exercícios no chão junto a exercícios aeróbicos, o Jiu Jitsu proporciona uma grande melhoria na respiração e faz bem para o coração. Melhora essa que o praticante não vai querer ficar sem depois de descobrir. Melhora os reflexos O Jiu Jitsu é um esporte que se baseia mais na técnica do que na força, por isso o praticante tem de estar sempre atendo ao mínimo movimento do seu adversário. Desenvolve o caráter Além das aulas de luta, o Jiu Jitsu também ensina as atitudes de um lutador. A capacidade de se superar, de pensar sobre pressão, de respeitar o próximo e ter persistência para conquistar a vitória. Esses são valores passados pelo Jiu Jitsu. Perda de peso Um dos principais benefícios do Jiu Jitsu é a perda de peso. Numa aula de 90 minutos o praticante pode perder de 500 a 1000 calorias.
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