projeto TCC estágio supervisionado

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SERVIÇO SOCIAL
ANA CAROLINA DE CASTRO LIMA EMÍDIO 
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ESTÁGIO SUPERVISIONADO:
A necessidade da experiência em campo para o acadêmico de serviço social com o crescimento da modalidade EAD.
Nova Iguaçu
2020
ANA CAROLINA DE CASTRO LIMA EMÍDIO
ESTÁGIO SUPERVISIONADO:
A necessidade da experiência em campo para o acadêmico de serviço social com o crescimento da modalidade EAD
Trabalho de Projeto de Conclusão de curso apresentado como requisito parcial para a obtenção de média bimestral na disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso 1 do curso de Serviço Social 
Orientador: Prof. Ma. Valquíria Aparecida Dias Caprioli
Nova Iguaçu
2020
SUMÁRIO
1.INTRODUÇÃO......................................................................................................... 3
2.DELIMITAÇÃO E FORMULAÇÃO DO PROBLEMA ............................................... 4 
3.FORMULAÇÃO DOS OBJETIVOS GERAL E ESPECÍFICOS................................ 4 
4.JUSTIFICATIVA....................................................................................................... 5
5.METODOLOGIA: .................................................................................................. 6 6.REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................... 7 7. CRONOGRAMA DA PESQUISA.............................................................................. 9 8. ORÇAMENTO ....................................................................................................... 9 9. RESULTADOS ESPERADOS ............................................................................. 9 10. REFERÊNCIAS.. .............................................................................................… 10
INTRODUÇÃO
Inserido na grade curricular obrigatória do serviço social em 1996 o estágio supervisionado ainda é a maior via de contato do acadêmico com a prática profissional dos assistentes sociais, sendo assim um elemento crucial para a plena formação do acadêmico, dessa maneira, essa escrita busca trazer e realizar uma análise desse processo educativo, enaltecendo e reconhecendo a relevância desse processo, cuja discussão é urgente. 
Atualmente a modalidade EAD cresce exponencialmente no ensino superior, devido a falta de vagas suficientes no ensino público presencial que tem levado estudantes jovens, com perfil para o ensino presencial, a ingressarem em cursos à distância, às vezes, sem necessidade. A defesa da formação profissional dos assistentes sociais é uma das principais frentes de luta do serviço social brasileiro diante da ofensa neoliberalista, o desmonte de políticas públicas e o sucateamento dos equipamentos nos quais existem profissionais inseridos. Este processo de formação vem sendo acompanhado cuidadosamente pelas entidades da categoria e o número de graduandos não vem correspondendo à entrada no mercado de trabalho, nem tampouco às inscrições nos CRESS, mesmo já existindo algumas inscrições de alunos EAD nos conselhos, ainda é um número bem menor ao de alunos formados. 
Diante dessa oferta EAD, o presente trabalho visa oferecer algumas reflexões sobre a iminente necessidade e a grande importância da realização do estágio supervisionado. O texto dessa pesquisa não está baseado apenas em bases bibliográficas, mas também está baseado na experiência em campo de estágio realizada no decorrer da formação acadêmica, ressaltando o viés pedagógico no processo de ensino-aprendizagem, discutindo sobre o crescente preconceito que diz haver uma “incompatibilidade entre a graduação a distância e o serviço social”.
Delimitação e formulação do problema. 
Como a experiência do estágio pode contribuir para a formação profissional do assistente social frente ao crescimento da modalidade EAD?
3. OBJETIVOS:
3.1 OBJETIVO GERAL:
Fomentar a discussão acerca do importante viés prático-pedagógico do estágio supervisionado para o acadêmico de serviço social EAD
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
· Fundamentar a realização do estágio supervisionado como a etapa mais importante da formação acadêmica;
· Explicitar a opinião de diversos autores sobre o tema;
· Apontar o campo de estágio como principal ambiente aproximador da atuação do assistente social;
· Definir que ambiente formador do estágio ultrapassa a concepção de exigência curricular.
4. JUSTIFICATIVA
Esse trabalho vem enaltecer o processo de estágio supervisionado e fomentar a discussão sobre a importante realização desse processo. Durante a escrita desse projeto o mundo foi acometido por uma pandemia que ocasionou não só muitas mortes, mas também gerou muito transtorno social, esse momento histórico pra essa geração intensificou essa discussão e a proposta do trabalho, analisando o caso de alunos universitários, por exemplo, em modalidade presencial que estão habituados com o contato direto com seus docentes diariamente, sofreram um choque ao deparar-se com aulas online, material virtual, trabalhos por e-mail, provas virtuais… Os estudantes que já fazem a distância, também sofreram com mudanças de prazo e no sistema. Porém o maior transtorno foi o congelamento dos estágios, com o isolamento social, muitos campos de estágio precisaram parar, foram fechados, tendo suas atividades interrompidas. Alguns alunos nem mesmo conseguiram ser inseridos no campo de estágio.
Esse momento realça ainda mais a relevância desse tema, tornando mais atual essa discussão, visivelmente, um semestre inteiro foi “perdido” em meio a essa pandemia, muitas horas em campo deixaram de acontecer, estudando a distância sem previsão para voltar as salas de aula, sem saber quando voltar ao campo de estágio.
Através dessa escrita, que busca intensificar a urgência desse processo pedagógico do estágio, considera-se que os locais de estagio supervisionado, devam ser os principais lugares de inserção de alunos em formação, pois o processo de formação profissional no ambiente de campo, vem sendo um instrumento propositivo para essa dimensão formativa do serviço social, esse processo formativo do estágio envolve duas personagens importantíssimas: o supervisor acadêmico e o supervisor de campo e entre eles está o graduando, formando assim essa interessante tríade. Através desses encontros vai moldando-se esse processo tão positivo, um processo de aproximação da realidade profissional, é ali que esse futuro assistente social vai receber os aportes práticos para pautar sua formação profissional e crítica.
5 METODOLOGIA:
A composição bibliográfica desta pesquisa será realizada através da leitura de livros que contextualizam o tema, monografias escritas (para consulta), artigos escritos, resumos sobre o tema, consultas ao tema na Internet, além de material já utilizado anteriormente durante a graduação.
6. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Muitas são as dificuldades dos acadêmicos no que se refere a progressão de sua graduação, maiores ainda são as adversidades dos estudantes que realizam seu ensino na modalidade EAD, ou seja, a distância. A proposta do ensino a distância era de facilitar o acesso àqueles que não tinham condições financeiras, ou até mesmo tempo para ingressar em uma instituição de ensino regular presencial.
 “Uma política de ensino superior pobre para pobres, já que declaradamente EaD está associada à oferta de ensino para segmentos mais pauperizados, conforme consta no Plano Nacional de Educação (PNE) aprovado no governo Cardoso. A formação e atualização de professores em serviço é outro dos focos da implementação do EaD desde o governo Cardoso. Essas duas metas, formação de professores e acesso de segmentos mais empobrecidos ao ensino superior, continuaram sendo o horizonte da implementação do EaD durante o governo Lula.” (CFESS, 2011)
A medida que mais pessoas buscavam essa forma de ingresso as universidades, o ensino EAD foi crescendo e ganhando proporções, mas para Tonegutti (2010), o EaD só deve ser considerado para estudantesmais maduros, que precisam se beneficiar das vantagens da flexibilidade de horários e têm condições de estabelecer hábitos de estudo independentes. Para estudantes mais jovens, a intervenção mais direta do professor, com metodologias de ensino motivadoras, é fundamental para uma aprendizagem mais profunda. 
Diante disso surge um interessante questionamento sobre o ensino EAD para o serviço social. A profissão de assistente social surge como instrumento em resposta as expressões da questão social e das lutas de classes, o assistente social atua em meio a uma correlação de forças sendo um importante mediador dos interesses das classes subalternizadas.
Segundo Iamamoto e Carvalho (2009) a inserção do serviço social deve ser aprendida dentro dos reais limites em que se encontra circunscrita a prática profissional e não como um mecanismo dos setores que a legitima, como estratégia do controle social e da difusão da ideologia dominante.
Sendo assim faz-se necessário assumir uma visão mais crítica sobre o fazer profissional do serviço social e a partir desse momento crítico, gerar um novo posicionamento diante das demandas sociais impostas pelo capitalismo e pela ofensiva neoliberal. Assim é extremamente importante voltar atenção para a prática do estágio supervisionado, prática esta que, além de ser obrigatória para graduação é fundamental para a formação. Como o aluno vai compreender o que são tais demandas sociais sem a prática? Como entenderá a intervenção profissional diante da ameaça do neoliberalismo? Através da atuação, da prática no campo de estágio.
O estágio insere o acadêmico no meio profissional, ajudando-o a perceber quais as consequências e os efeitos de uma atuação profissional pautada na práxis, pautada na transformação e na autonomia do indivíduo, interpretando a realidade e desenvolvendo a prática articulada à teoria. “O processo de supervisão de estágio é demarcado pela instrumentalidade, que é a capacidade de que o serviço social tem adquirido na sua trajetória histórica de responder as demandas da sociedade” (Lewgoy,2010).
Através dessa rica experiência do discente no campo de estágio, abre-se uma gama de informações e experiências práticas da atuação, onde o futuro profissional adquire habilidades necessárias ao trabalho do assistente social, desenvolvendo competências inerentes as atribuições privativas da prática do Serviço social, essas competências são instituídas pelas diretrizes curriculares para o curso de graduação do serviço social proposta pela ABEPSS e estão em consonância com as determinações da lei que regulamenta a profissão. “A formação profissional deve viabilizar uma capacidade teórico-metodológica e ético-política para o exercício da atividade técnico-operativa.” (Brasil,2002).
7. CRONOGRAMA DA PESQUISA. 
	ETAPAS
	FEV
	MAR
	ABR
	MAI
	JUN
	Elaboração do Projeto
	X
	
	
	
	
	Revisão de Literatura
	X
	
	
	
	
	Apresentação do Projeto
	
	
	
	XxX
	
	Coleta de Dados
	
	X
	
	
	
	Conclusão e Redação
	
	X
	
	
	
	Correção
	
	
	X
	
	
	Entrega
	
	
	
	X
	
8. ORÇAMENTO
	
MATERIAL
	
CUSTO
	Material para impressão
	38,00
	Revista Serviço social e Sociedade
	36,00
	Livro supervisão de estágio em serviço social- Alzira Lewgoy
	59,00
	Livro Ética e Serviço social- Lúcia Barroco
	50,00
	
TOTAL
	
R$ 183,00
	
	
	
9. RESULTADOS ESPERADOS. 
O resultado esperado com a realização deste trabalho é explicitar a relação do estágio com o referencial teórico recebido em classe e demolir o preconceito criado em torno do ensino na modalidade EAD para o serviço social.
10 REFERÊNCIAS 
ABEPSS. Diretrizes Gerais Para o Curso de Serviço Social. Rio de Janeiro,1996. Disponível em: <http://www.abepss.org.br/documentos/lei_de_diretrizes_curriculares_1996.pdf> acesso em 16/04/2020.
ABEPSS. Política Nacional de Estágio da Associação de Ensino e Pesquisa em Serviço Social. Rio de Janeiro, 2009. Disponível em:<http://www.abepss.org.br/briefing/graduacao/politica_nacional_estagio.pdf> Acesso em 16/04/2020.
BARROCO, Maria Lúcia Silva. Ética e Serviço Social: Fundamentos Ontológicos. São Paulo, Cortez, 2010.
BRASIL. Lei nº11.788/08 Dispõe Sobre o Estágio de Estudantes. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11788.htm > Acesso em 10/05/2020.
CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL. Sobre a Incompatibilidade Entre a Graduação a distância e o Serviço Social, Volume 1. Brasília. CFESS, 2011. Disponível em: www.cfess.org.br
CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL. Sobre a Incompatibilidade Entre a Graduação a distância e o Serviço Social, Volume 2. Brasília. CFESS, 2014. Disponível em: www.cfess.org.br
IAMAMOTO, Marilda Vilela, CARVALHO, Raul de. Relações Sociais e Serviço Social. São Paulo. Cortez, 2009.
LEWGOY, Alzira Maria Baptista. Supervisão de Estágio em Serviço Social: Desafios para a formação e exercício profissional. São Paulo. Cortez, 2010.
SILVA, Dulce Maria. O Estágio na Formação Profissional – Elementos Para Análise. Revista de Serviço Social: Ano XV – nº 45 – agosto de 1994. 
TONEGUTTI, Cláudio Antônio. Ensino a distância no Brasil: aspectos da realidade para estudantes e docentes. In: Universidade e Sociedade. Brasília: Andes. 2010.