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Cartilha de Diversidade Sumário Conexão com nosso Propósito ● Legislação e Discriminação ● Raça e Etnia ● Identidade de Gênero ● Sexualidade e Orientação sexual ● Classe Social ● Deficiência ● Dica boa Essa cartilha dá início a um trabalho que tem o objetivo de reforçar o nosso propósito que é: “facilitar o acesso ao conhecimento para empoderar as pessoas e transformar o futuro”. Queremos que esse seja um material de orientações e o disparador de debates que possam nos ajudar a criar um ambiente em que discriminação e preconceito sejam veementemente combatidos. Sabemos, mais do que nunca, que é através do aprendizado, colaboração e empatia que vamos abraçar a diversidade e prevenir a opressão para enfim, tornar o mundo um lugar melhor por meio de pequenos atos que garantam o direito à igualdade e acolhimento das diferenças. Ressaltamos ainda que essa cartilha é um material vivo e que não pretende ser um guia definitivo. Ela deverá ser atualizada constantemente de forma coletiva a fim de abranger as atualizações sociais. 3 1 Legalidade e Discriminação Em 2006, em Yogyakarta, Indonésia, ocorreu uma conferência com a participação de 29 países, entre eles o Brasil, coordenada pela Comissão Internacional de Juristas e pelo Serviço Internacional de Direitos Humanos. Essa conferência deu origem aos Princípios de Yogyakarta, que abordam a aplicação da legislação internacional de direitos humanos em relação à orientação sexual e à identidade de gênero. Entre os direitos a serem garantidos está o direito à igualdade e à não discriminação. 4 1. Legalidade e Discriminação A Constituição Federal de 1988 tem como objetivo fundamental promover o bem de todos, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer formas de discriminação (art. 3º, IV). Também prevê como direito fundamental que a lei puna qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais (art. 5º, XLI). Alguns Estados já contemplam expressamente a orientação sexual e a identidade de gênero como uma forma de discriminação em suas Constituições, ou possuem leis específicas sobre discriminação contra LBGTQ+. Discriminar é contra a lei 5 1. Legalidade e Discriminação A Passei Direto está comprometida em promover um ambiente de trabalho diverso, seguro, saudável, incluso, livre de discriminação e assédios praticados de forma física ou verbal, baseados em raça, cor, sexo, regionalidade, nacionalidade, condição social, religião, idade, deficiência, orientação sexual, opinião política ou qualquer outro status protegido pela lei aplicável e senso ético. Estas orientações se aplicam tanto à atração e seleção de novos membros para o nosso time, como também às decisões relativas à promoção, vínculo de trabalho e outras condições. De forma geral, trate o outro como ele(a) gostaria de ser tratado(a). Para saber mais sobre o código, clique aqui. Código de Ética e Conduta da PD 6 https://www.google.com/url?q=https://docs.google.com/presentation/d/1fdfR_jdK9AydPnSQ8gQV508TNbAk95scs1zb0noHTsg/edit&sa=D&ust=1602272715205000&usg=AFQjCNEcRnMQgzTWBQrJ5AnzLd2B_qTHFg 1. Legalidade e Discriminação 7 Caso você queira relatar alguma situação considerada antiética ou alguma conduta inadequada que tenha acontecido com você ou com terceiros, tendo em vista as informações acima divulgadas, siga as orientações a seguir. Os relatos podem ser feitos de forma identificada ou anônima e a PD garante a não retaliação e proteção aos denunciantes. Forma identificada Forma anônima RAÇA 8 2 Raça Geneticamente, o conceito de raça não tem sustentação científica. Ou seja, a espécie humana é única e indivisível. Portanto, seria incorreto afirmar que existem diferentes raças humanas. As diferenças de fenótipo (cor de pele, tipo e textura de cabelo, formato do nariz, do crânio e do rosto) e as influências de manifestações culturais não devem ser usadas para justificar a distinção hierárquica entre as pessoas, de forma a determinar o destino e o lugar das pessoas na sociedade (raças superiores ou inferiores). 3 Etnia Refere-se a um grupo de pessoas que consideram ter um ancestral comum e compartilham da mesma língua, da mesma religião, da mesma cultura, das tradições e visão de mundo, do mesmo território ou das mesmas condições históricas. No Brasil prevalecem três formas de identificação da população: por fenótipo (aparência física), genótipo (origem) e autodeclaração (a forma como o indivíduo se reconhece). O IBGE privilegia a autodeclaração, incluindo no conceito de “negro” aqueles que se reconhecem pretos ou pardos. FIQUE SABENDO 9 10 2. Raça Racismo contra pessoas negras Fomos o último país do mundo a abolir a escravidão, em 1888. Estima-se que, entre os anos 1500 e 1900, o comércio de escravos vitimou mais de 15 milhões de homens, mulheres e crianças. Esse número seria ainda maior se incluísse todos os escravos que morreram nas viagens, desde suas terras de origem, na África, até as colônias escravistas da América. De acordo com o Censo de 1872, havia então no País mais de 1,5 milhão de escravos (15,24%) sendo 69% pretos e 31% pardos. Mesmo após o fim da escravidão no País, a segregação racial continuou. A maior parte dos negros livres não encontrou lugar no mercado de trabalho. A maioria dos afro-americanos foi atirada para fora dos antigos cultivos e em seu lugar vieram imigrantes da Europa e do Japão. Assim, mesmo depois de receber o status de homens e mulheres livres, uma larga parcela da população negra brasileira continuou sem oportunidades de trabalho e sem emancipação política. 11 2. Raça Racismo contra pessoas negras O período de escravização do Brasil deixou uma triste herança que é a exclusão social da população negra. A lei 7.716, sancionada em janeiro de 1989, define o que configura crime de preconceito racial e determina punição a quem o pratica. Hoje, não é permitida a discriminação de pessoas com base em sua cor, mas para além da lei existe uma cultura e um modo de pensar que ainda precisam ser excluídos: é o que chamamos de racismo estrutural. Ele se manifesta sempre que, de maneira intencional ou não, discriminamos ou julgamos uma pessoa com base em: • Suas características físicas (cor da pele, textura de cabelo, etc.) • Hábitos culturais (músicas, danças, forma de se vestir, etc.) • Crenças religiosas (candomblé, umbanda, etc.) Essas e outras características ainda são constantemente usadas para constranger, humilhar e até negar direitos e oportunidades. 2. Raça 12 Diferentes configurações de Racismo Individualista Racismo como um fenômeno ético ou psicológico de caráter individual ou coletivo, atribuídos a grupos específicos ou a uma “irracionalidade”, a ser combatida no campo jurídico por meio de sanções civis e penais. Institucional Entende que o racismo transcende o âmbito da ação individual. A desigualdade racial é uma característica da sociedade não apenas por causa da ação isolada de grupos ou de indivíduos, mas porque as instituições são hegemonizadas por grupos étnico-raciais que utilizam mecanismos institucionais para impor interesses políticos e econômicos. Estrutural O racismo entendido como processo político e histórico, bem como decorrência da própria estrutura social, não sendo apenas uma patologia social ou um desarranjo institucional, mas sim um elemento definidor da estrutura das relações nas mais diversas esferas e formas. Recreativo Racismo exteriorizado por meio de manifestação jocosa em piadas e brincadeiras de caráter pejorativo. O racismo recreativo decorre da reprodução de estereótipos raciais e de generalizações. Cultural Naturalização da ausência de negros em ambientes de produção cultural e em outros espaços historicamente marcados pela predominância da figura do homem tido como tradicional (o homem branco heterossexual). 13 COMPORTAMENTOS E FALAS PARA CORTAR DO DIA A DIA 14 “Eu não vejo cor, vejo pessoas”Essa afirmação anula os valores culturais, expectativas e experiências de vida de pessoas não-brancas. Mesmo que um indivíduo branco ignorasse a “cor” de uma pessoa, a sociedade não o faz. Ao dizer que não enxerga “cor”, um indivíduo branco está também dizendo que não enxerga sua condição branca, negando assim seus próprios privilégios “Qualquer pessoa pode ter sucesso, basta ter força de vontade” A crença nesse discurso de meritocracia é baseada na negação do impacto tanto da opressão quanto do privilégio sobre a chance de uma pessoa obter sucesso, como se todas as pessoas tivessem as mesmas chances. “Eu sou branco e já sofri racismo, na infância me chamavam de branquelo/palmito” Ser uma pessoa branca já te privou de entrar em algum ambiente? Ser uma pessoa branca já fez alguém questionar a sua credibilidade intelectual? Ser uma pessoa branca já foi motivo para o segurança do shopping seguir você em uma loja, pelo fato de você parecer uma pessoa “suspeita”? Racismo e preconceito são duas coisas completamente distintas. O racismo é um sistema de poderes que priva pessoas não-brancas de terem direitos iguais socialmente. 15 “Tem caroço nesse angu” A expressão, que significa que alguém estaria escondendo algo, tem sua origem em um truque realizado pelos escravos para se alimentarem melhor. Se muitas vezes o prato servido era composto exclusivamente de uma porção de angu, a escrava que lhes servia por vezes conseguia dar um jeito de esconder alguns pedaços de carne debaixo do angu. “A dar com pau” “Pau” é um substantivo utilizado em algumas expressões brasileiras e tem sua origem nos navios negreiros. Muitos negros capturados preferiam morrer a serem escravizados e, durante a travessia da África ao Brasil, faziam greve de fome. Para resolver a situação, foi criado então o “pau de comer’, uma espécie de colher que era enfiada na boca dos prisioneiros por onde se jogava a comida até alimentá-los enfim. “Mulata” A palavra se refere à mula, um animal originado do cruzamento de burro com égua. Na época da escravidão, muitas escravas eram abusadas pelos patrões e acabavam engravidando. Os filhos eram chamados de mulatos por serem o resultado do cruzamento de um homem branco com uma mulher negra. Hoje, as pessoas utilizam esse termo para se referir às pessoas pardas. “Denegrir” Sempre que alguém utiliza essa palavra é para dizer que está sendo difamado ou injustiçado por outra pessoa. Mas segundo o dicionário Aurélio, a definição de “denegrir” é “tornar negro, escurecer”. Então, utilizar a palavra denegrir de forma pejorativa é extremamente racista. “Não sou tuas negas” Essa é uma expressão extremamente racista. Na época da escravidão, eram recorrentes estupros, assédios e agressões contra as mulheres negras. Já com as mulheres brancas o tratamento não era o mesmo. A frase se remete a essas mulheres, escravas, que no imaginário popular tudo podia se fazer. “Criado-mudo” O nome do móvel que geralmente é colocado na cabeceira da cama vem de um dos papéis desempenhados pela escravos dentro da casa dos senhores brancos: o de segurar as coisas para seus “donos”. Como o empregado não poderia fazer barulho para atrapalhar os moradores, ele era considerado mudo. Logo essa expressão se refere a esses criados. 16 EXPRESSÕES FUNDAMENTAIS Breve glossário do que você NÃO PODE dormir sem saber 17 FEMINISMO NEGRO Surgiu por volta dos anos 70, buscando trazer atenção para as mulheres pretas que ainda carregam o peso da escravatura e seguem em posição de subordinação. Segundo a pesquisa Desigualdades Sociais por Cor ou Raça, publicada pelo IBGE em 2019, mulheres brancas têm rendimento superior ao dos homens pretos. Já estes, têm rendimento superior ao das mulheres pretas, deixando-as na camada mais vulnerável da sociedade. VIESES INCONSCIENTES Conjunto de padrões estabelecidos ao longo da vida, que influenciam a maneira como percebemos, nos relacionamos e interagimos com os outros. Ou seja, um conceito preestabelecido, um preconceito. APROPRIAÇÃO CULTURAL é quando você adota alguns elementos específicos de uma cultura distinta à sua. Por exemplo, formas de vestir ou adorno pessoal (turbantes, tranças), música e arte, religião, língua ou comportamento social (gírias). Portanto, apropriação cultural é um fenômeno estrutural e sistêmico. Isso significa compreender que ele não pode ser entendido ou problematizado sob o ponto de vista particular, individual. Claro que um indivíduo pode usufruir da apropriação cultural de um grupo ou povo, quando não possui autocrítica ou conhecimento sobre o tema. No entanto, as consequências desse processo são sempre em nível coletivo, na estrutura: favorecimento do processo de marginalização desses grupos ou povos socialmente invisibilizados e oprimidos inconscientemente. LUGAR DE FALA é um termo que aparece com frequência em conversas entre militantes de movimentos sociais. O conceito representa a busca pelo fim da mediação: a pessoa que sofre preconceito fala por si, como protagonista da própria luta e movimento. É um mecanismo que surgiu como contraponto ao silenciamento da voz de minorias sociais por grupos privilegiados em espaços de debate público. Ele é utilizado por grupos que historicamente têm menos espaço para falar. Assim, negros têm o lugar de fala - ou seja, a legitimidade - para falar sobre o racismo, mulheres sobre o feminismo, transexuais sobre a transfobia e assim por diante. 18 GÊNERO 19 Identidade é tudo aquilo que torna as pessoas elas mesmas. É a maneira como alguém se sente e se apresenta para ela e para o mundo. Isso independe da sua genitália ou orientação sexual. Pode ser masculino, feminino, uma combinação entre masculino e feminino ou nenhum. Ou seja, é a forma como nos reconhecemos e desejamos que as outras pessoas nos reconheçam. 4 Identidade de Gênero CIS Chamamos de cisgênero as pessoas que se reconhecem com o gênero que foi determinado no nascimento. TRANS Já as pessoas transgênero são pessoas que não se reconhecem com o gênero que lhes foi designado ao nascer. Essas pessoas desejam ser reconhecidas pelo gênero com o qual se identificam, sendo que o que determina se a pessoa é transexual é sua identidade, e não qualquer processo cirúrgico. Existem tanto homens trans quanto mulheres trans. TRAVESTI Travesti é uma pessoa que nasceu com um determinado sexo, ao qual foi atribuído determinado gênero considerado correspondente na sociedade, mas que passa a se identificar e construir nela mesma o gênero oposto. Muitas modificam seus corpos por meio de hormonioterapias, aplicações de silicone e/ou cirurgias plásticas, porém vale ressaltar que isso não é regra para todas. O termo correto é “A” travesti. FIQUE SABENDO 20 INTERSEXUAIS Pessoas intersexuais, termo usado para designar uma variedade de condições em que uma pessoa nasce com uma anatomia reprodutiva ou sexual que não se encaixa na definição típica de sexo feminino ou masculino, incluindo cromossomos, gônadas e/ou órgãos genitais de forma que não seja possível a identificação de um indivíduo como totalmente feminino ou masculino. Essa variação pode envolver ambiguidade genital, combinações de fatores genéticos, aparência e variações cromossômicas sexuais diferentes de XX para mulher e XY para homem. Pode incluir outras características de dimorfismo sexual como aspecto da face, voz, membros, pelos e formato de partes do corpo. 4. Identidade de Gênero AGÊNERO Pessoas agêneras, que não se identificam com nenhum estereótipo de gênero. Em geral, os indivíduos agêneros preferem se identificar como indivíduos, e não gêneros, simplesmente negando que há uma identidade de gênero. NÃO-BINÁRIO Pessoas que rejeitam as identidades binárias (homem ou mulher) se reconhecem como pessoas não-binárias. Gêneros não-binários são as identidades de gênero de pessoas que não se identificam com a construção social de gênerofeminino e masculino. Alguns exemplos de gêneros não-binários: Aligênero, Andrógene, bigênero, Damyboy e Demygirl, pangênero e gênero fluido. FIQUE SABENDO 21 4. Gênero Sociedade Patriarcal A heteronormatividade é um sistema machista da sociedade patriarcal que normatiza comportamentos e expectativas sociais baseados no binarismo de gênero. Quando nascemos somos, conforme nossa genitália, designadas como mulheres ou designados como homens, socializados de maneiras muito diferentes, e essa socialização é vital para a manutenção de um sistema heteronormativo. Com isso, foram criados papéis sociais, onde homens atuam na esfera pública (política e negócios) e mulheres na esfera privada (casa e filhos). Sendo assim, as mulheres não recebem o mesmo tratamento que os homens, mesmo em termos de alimentação, saúde e educação. Além disso, é transmitido a elas que por serem inferiores em seu papel social o tratamento desigual é justificável. Por mais que a discriminação contra mulheres seja ilegal no Brasil, isso não muda o índice de violência direcionado a elas. 22 COMPORTAMENTOS E FALAS PARA CORTAR DO DIA A DIA 23 “Até parece um homem/mulher de verdade” Um pensamento transfóbico que considera apenas pessoas cis legitimamente homens ou mulheres. Até porque, parafraseando Simone de Beauvoir e a reflexão de que gênero é uma construção social, “ninguém nasce homem, torna-se”. “Intersexo significa que a pessoa possui dois genitais.” Intersexo frequentemente não tem nada a ver com o genital da pessoa. A vasta maioria de pessoas intersexo possui genitais que aparentam habitualmente masculino ou feminino, existindo uma pequena minoria possuindo genitais atípicos. e nem toda pessoa com pênis é xy e com vagina xx. “Você operou? como fica?” Ninguém deve sair perguntando como é o genital das pessoas, isso é da intimidade individual. Genital não define o gênero de ninguém e não é uma regra pessoas transsexuais passarem por cirurgia de redesignação. “Você prefere que te chame no feminino ou masculino?” Apesar da língua portuguesa definir os artigos feminino e masculino para pessoas e coisas, é possível utilizar uma linguagem mais neutra. Ao questionar se a pessoa prefere masculino ou feminino, há uma tentativa inconsciente de tornar binário o não-binário. Ao invés disso, pergunte como a pessoa gostaria de ser chamada. 24 EXPRESSÕES FUNDAMENTAIS Breve glossário do que você NÃO PODE dormir sem saber 25 MISOGINIA A repulsa, desprezo ou ódio contra as mulheres. Esta forma de aversão patológica ao sexo feminino está diretamente relacionada com a violência que é praticada contra a mulher. MANSPLAINING Quando um homem tenta explicar a uma mulher algo muito óbvio e sobre o qual ela já possua conhecimento: normalmente a intenção de um homem ao explicar repetidamente algo que uma mulher já sabe é desmerecer o seu conhecimento e tirar a confiança dela em relação ao assunto. BROPRIATION Quando um homem apropria-se de ideias dadas por mulheres: é comum homens acabarem levando o crédito por ideias inicialmente dadas por mulheres ao repeti-las como se a ideia fosse deles. MANTERRUPTING Quando um homem interrompe uma mulher enquanto ela está dando uma explicação: muitos homens acreditam saber mais de determinado assunto, ainda que a mulher com a palavra possua o mesmo ou maior conhecimento sobre o tema. EQUIDADE (diferente de igualdade, viu?) Igualdade é o sistema legal que tem como objetivo garantir os mesmos direitos para mulheres e homens. Equidade busca garantir igualdade de oportunidades e quebrar as desigualdades de gênero. FEMINICÍDIO Assassinato motivado por ódio contra mulheres. Os feminicídios dentro de casa aumentaram 17,1% nos últimos 5 anos. O feminicídio de mulheres negras aumentou em 29,9% em 10 anos. FEMINISMO Movimento que tem por objetivo garantir equidade de direitos e oportunidades em uma sociedade livre dos padrões patriarcais. GASLIGHTING Tipo de abuso psicológico que leva a mulher a achar está equivocada sobre certo assunto. É um jeito de fazer a mulher duvidar do seu senso de percepção, raciocínio, memória e até sanidade. Aquela sensação de “será que eu tô louca?” depois de ser manipulada em uma conversa. MANSPREADING Expressão que nomeia a atitude cotidiana do homem que abre as pernas ao estar sentado no transporte público. SORORIDADE Apoio recíproco entre as mulheres para conseguir o poder para todas e cada uma. SEXUALIDADE 26 27 5 Sexualidade 6 Orientação Sexual Refere-se às construções culturais sobre os prazeres e os intercâmbios sociais e corporais que compreendem desde o erotismo, o desejo e o afeto, até noções relativas à saúde, à reprodução, ao uso de tecnologias e ao exercício do poder na sociedade. As definições atuais da sexualidade abarcam, nas ciências sociais, significados, ideias, desejos, sensações, emoções, experiências, condutas, proibições, modelos e fantasias que são configurados de modos diversos em diferentes contextos sociais e períodos históricos. Trata-se, portanto, de um conceito dinâmico que vai evolucionando e que está sujeito a diversos usos, múltiplas e contraditórias interpretações e que se encontra sujeito a debates e a disputas políticas (GÊNERO, 2009). A Orientação sexual refere-se à capacidade de cada pessoa de ter uma profunda atração emocional, afetiva ou sexual por indivíduos de gênero diferente, do mesmo gênero ou de mais de um gênero, assim como ter relações íntimas e sexuais com essas pessoas (PRINCÍPIOS, 2006). Basicamente, há três orientações sexuais preponderantes: pelo mesmo sexo/gênero (homossexualidade), pelo sexo/gênero oposto (heterossexualidade) ou pelos dois sexos/gêneros (bissexualidade). Estudos demonstram que as características da orientação sexual variam de pessoa a pessoa (KINSEY et al., 1948). Assim, as três orientações sexuais preponderantes mencionadas acima não são as únicas. 28 ASSEXUAL Nenhuma atração sexual, ou raros e específicos momentos de atração sexual. Note que a assexualidade não é o mesmo que celibato (abstinência deliberada de atividade sexual). BISSEXUAL Atração afetiva ou sexual por mais de um gênero. Não significa, necessariamente, atração por homens e mulheres e nem sempre se refere a atrações simultâneas. HETEROSSEXUAL Atração afetiva ou sexual pelo gênero oposto. HOMOSSEXUAL Atração afetiva ou sexual pelo mesmo gênero, como gays e lésbicas. PANSEXUAL Atração afetiva ou sexual por todos os gêneros. Atualmente, a cidade de São Paulo é anfitriã da maior Parada de Orgulho LGBTQ+ anual do mundo. Não obstante, em descompasso do que se poderia inferir, o Brasil é o país em que mais se mata pessoas LGBTQ+ no mundo: segundo relatório divulgado pelo Grupo Gay da Bahia informa que 329 LGBTQ+ (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais) tiveram morte violenta no Brasil, vítimas da homotransfobia, em 2019. Foram 297 homicídios e 32 suicídios. Isso equivale a 1 morte a cada 26 horas. O grupo indica uma redução de 26%, se comparado com o ano anterior. Em 2017 foram 445 mortes e em 2018, 420. FIQUE SABENDO 6. Orientação Sexual 29 COMPORTAMENTOS E FALAS PARA CORTAR DO DIA A DIA 30 “Como vocês fazem sexo?/o que vocês fazem não é sexo de verdade” Sexo é qualquer exercício sexual praticado entre duas ou mais pessoas em busca de prazer ou reprodução. Portanto, não é necessário envolver penetração para ser considerado ato sexual. “Ele é gay, mas nem parece” O que faz de uma pessoa homossexual é ela se atrair por uma pessoa do mesmo gênero. Qualquer outra coisa é estereótipo. É por conta desses estereótipos de gênero, desde meninos usam azul e meninas rosa, que ocorrem ataques homofóbicos a pessoas heterossexuais que não agem conforme esta norma. “Você gosta mais de homem ou de mulher?” Pessoas bissexuais não são atraídas por todos os homens ou todas as mulheres de uma maneira uniforme. Não é algo objetivo,como “tenho 75% interesse em mulheres e 25% interesse em homens” e bissexuais podem inclusive sentir atração por pessoas que não se identificam nem como mulheres nem como homens. “Pansexualidade é desculpa para promiscuidade” Panssexuais podem se atrair por qualquer gênero, isso não significa que sentem atração por um número maior de pessoas, portanto a associação com promiscuidade é descabida. “É Homossexualismo” O sufixo “ismo” é usado para indicar patologias, bem como doutrinas e ideologias. Portanto o uso de tal prefixo no termo “homossexual”, tornando-se “homossexualismo”, considera as homossexuais pessoas portadoras de patologias, distúrbios de natureza psíquica. “Você não se apaixona por ninguém?” Assexuais podem se apaixonar normalmente, assim como podem não se apaixonar. Nada se torna uma regra, e nem exclui a possibilidade da pessoa ter uma vida sexual ativa. 31 EXPRESSÕES FUNDAMENTAIS Breve glossário do que você NÃO PODE dormir sem saber 32 SEXISMO Sexismo é o ato de discriminação e objetificação sexual.É quando se reduz alguém ou um grupo apenas pelo gênero ou orientação sexual. PINK MONEY O termo Pink Money foi criado para ilustrar, figurativamente, o dinheiro gasto por pessoas pertencentes ao grupo LGBTQ+ (lésbicas, gays, bissexuais, transsexuais) na aquisição de produtos e serviços voltados a essa parcela da sociedade. É estimado que o pink money movimente mais de US$ 3 trilhões por ano ao redor do mundo. ALIADOS Pessoas que, independente da orientação sexual ou identidade de gênero, tomam ação para promover os direitos e a inclusão LGBTQ+. Elas são comumente conhecidas como Simpatizantes. CURA GAY Por não ser doença, não existe a possibilidade e, principalmente, a necessidade de uma “cura” para as orientações sexuais não-hétero e para as identidades de gênero não-cis. As chamadas terapias de reorientação sexual, conforme estudos nas áreas de sociologia, psicologia e psiquiatria tiveram como resultado, tão somente, o aumento do sofrimento da pessoa que não aceita sua orientação. Exatamente para evitar que essas “terapias” causem sofrimento às pessoas, o Conselho Federal de Psicologia as impede, por meio da resolução 01/1999. DRAG QUEEN É uma pessoa identificada com o gênero masculino (neste caso, não interessa a orientação sexual da pessoa) que se veste com roupas femininas como forma de expressão artística. DRAG KING Versão “masculina” da Drag Queen. Ou seja, quando uma mulher se veste com roupas masculinas para fins artísticos/culturais. LGBTQ+FOBIA Termo usado para englobar sentimentos de ódio ou repulsa irracionais por pessoas LGBTQ em geral. Em todas as suas vertentes, pode ser considerada uma verdadeira doença social, que em média uma pessoa por dia no país. As maiores vítimas têm sido as pessoas trans e travestis. Ela é causa de adoecimento psíquico também deste grupo. Os índices de depressão e suicídio nessa população é maior do que na população geral, fruto do preconceito e da violência física e psicológica. HETERONORMATIVIDADE Termo que descreve o conjunto de normas sociais que associam o comportamento heterossexual como “padrão”. CLASSE SOCIAL 33 34 Nossa sociedade é formada por classes, ou seja, grupos com características econômicas, culturais, políticas semelhantes. Essas classes possuem níveis de privilégios e suas formações não se dão por mera vontade, e sim por condições objetivas. Dizer isso é importante para desmistificar que alguém migra de uma determinada classe para outra pelo mérito de seus esforços pessoais, ou ainda, desmistificar que é da natureza de alguém pertencer a determinada classe, e para entender como a desigualdade social – referente a poder aquisitivo, acesso a renda, posição social, nível de escolaridade, padrão de vida, gênero, sexualidade, raça, entre outros – é constituída na nossa sociedade, uma vez que a desigualdade é fruto direto das diferenças de classes e seus níveis de privilégio. Classe Social NO BRASIL Quanto à sociedade brasileira, por exemplo, existem diversos institutos públicos e privados como IBGE , IPEA , ABEP , OXFAM , que medem e avaliam dados referentes a estratificação e mobilidade social, a partir de diversos indicadores como renda, posses, escolaridade. Independentemente de quais sejam os indicadores ou institutos que estejam sendo analisados, a base da pirâmide estará sempre composta esmagadoramente pela população pobre que em geral é negra e feminina. É nela que encontramos também grupos marginalizados como LGBT, e outros grupos vulneráveis socialmente. Outro ponto em comum entre as classes mais baixas é o fato de ser compostas por pessoas empregadas em setores (alguns em regime exploratório) cuja a função é manter a sua sobrevivência e os privilégios da classe dominante. Já classe dominante (não no sentido número, mas que está no topo) cumpre entre outros papéis a função de impor a sua estrutura social mais adequada para perpetuar a exploração e ditar os padrões na sociedade. 7 35 7. Classe Social Preconceito Social O preconceito social é qualquer tipo de discriminação voltada contra grupos ou classes sociais historicamente desfavorecidas, podendo relaciona-se ao poder aquisitivo, ao acesso à renda, à posição social, ao nível de escolaridade, ao padrão de vida, etc. Entende-se como preconceito social a ideia de que as classes mais abastadas economicamente (pessoas milionárias, ricas, classe média alta) são superiores ou mais dignas de direitos que outras com menos recursos (classe média, média baixa, pobres, miseráveis), sendo a renda o fator determinante de sua posição social e, dessa forma, do preconceito de classe. 36 O QUE SABER PARA #NÃOMANDARMAL 37 Não trate pessoas de classes sociais mais vulneráveis como incapazes Tratar alguém como incapaz torna ainda mais clara a necessidade de pessoas de se sobreporem socialmente. Muito embora alguém de classe mais baixa possa não ter tido acesso a educação formal ou possuir algum desnível técnico mas isso não torna os outros conhecimentos adquiridos na sua vida inferiores ou inválidos. Ofereça ajuda sem ser paternalista Para evitar o paternalismo, seja empático, abandone seus julgamentos, se atente ao tom como fala e perceba a raíz do problema para agir. Não discrimine a forma de falar ou de se expressar de alguém Um país com dimensões continentais como o Brasil jamais apresentaria uma uniformidade na modalidade oral. Cada grupo social utiliza um vocabulário específico, que evidencia suas idiossincrasias e revela um pouco de sua cultura e história. Existe a forma culta da língua, porém, as variações fazem parte da construção de cada recorte social. Recriminar alguém pelo modo como fala, por suas gírias e sotaques é uma forma de preconceito linguístico. Repense o conceito de meritocracia As camadas mais pobres da sociedade, as principais vítimas da desigualdade social, não possuem condições socioeconômicas de adquirir os pré-requisitos indispensáveis para disputar as posições sociais mais relevantes, as quais, em regra, serão ocupadas pelos mais privilegiados, que tiveram acesso, desde novos, a uma gama de bens materiais e culturais, que farão toda a diferença na disputa por cargos, posição e reconhecimento social. DEFICIÊNCIA 38 39 Segundo os dados do IBGE, 6,7% da população brasileira têm algum tipo de deficiência. Essas condições podem ser congênitas, hereditárias, adquiridas ou doença rara. CONGÊNITA aquela que existe no indivíduo ao nascer e, mais comumente, antes de nascer, isto é, durante a fase intrauterina. HEREDITÁRIA é resultante de doenças transmitidas por genes, e pode se manifestar desde o nascimento ou surgir posteriormente. Deficiência8 ADQUIRIDA é aquela que ocorre depois do nascimento, em virtude de infecções, traumatismos, intoxicações, acidentes, traumas, idade, etc… DOENÇAS RARAS são caracterizadas por ampla diversidadede sinais e sintomas e variam não só de doença para doença, mas também de pessoa para pessoa. No Brasil cerca de 6% a 8% da população (cerca de 15 milhões de brasileiros), pode ter algum tipo de doença rara. Estima-se que 80% das doenças raras têm causa genética e as demais, têm causas ambientais, infecciosas, imunológicas, entre outras. 40 8. Deficiência DEFICIÊNCIA FÍSICA É a alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento da função física, apresentando-se sob a forma de paraplegia, tetraplegia, paralisia cerebral, nanismo e membros com deformidade, exceto as deformidades estéticas e as que não produzem dificuldades para o desempenho de funções. DEFICIÊNCIA VISUAL BAIXA VISÃO Significa acuidade visual (capacidade de sentir e discriminar estímulos sensoriais) entre 0,3 e 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica; ou seja, uma pessoa com baixa visão enxerga entre 30% e 5% do que uma pessoa sem alteração da visão enxergaria, mesmo após tratamento e/ou correção. Os recursos utilizados geralmente são: lupas, aumento de contraste em ferramentas como computador, uso de monitor. Em impressões, o ideal é aumentar o espaçamento entre as linhas e usar uma fonte 20. CEGUEIRA É a condição de falta de percepção visual, devido a fatores fisiológicos ou neurológicos. A pessoa com deficiência visual tem condições de consultar o relógio (adaptado), discar o telefone ou fazer sua assinatura com auxílio de uma régua. O uso de óculos escuros tem duas finalidades: proteção do globo ocular e estética. Além disso, é importante respeitar os recursos de acessibilidade, como a bengala, uso de software de leitura de tela para computador, Braille e o cão-guia. Em todo o Brasil, apenas 4,7%, segundo o IBGE, das calçadas são acessíveis para pessoas com deficiência física. Em São Paulo, uma cidade que sempre foi sensível aos problemas de mobilidade urbana, apenas 9% das calçadas são acessíveis a essas pessoas, o que significa que 91% não o são. FIQUE SABENDO 41 8. Deficiência DEFICIÊNCIA AUDITIVA Considera-se “surda” a pessoa que, por perda auditiva, compreende e interage com o mundo por meio de experiências visuais, manifestando sua cultura principalmente pelo uso da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS). Não utilize o termo “surda-muda”, ele é considerado pejorativo e não condiz com a condição da maioria das pessoas surdas. O termo correto é “ pessoa surda”. Considera-se “pessoa com deficiência auditiva” aquela que tem uma perda auditiva mas é oralizada, usa aparelho auditivo e não utiliza LIBRAS. DEFICIÊNCIA INTELECTUAL Funcionamento intelectual significativamente inferior à média, com manifestação antes dos 18 anos, e limitações associadas a duas ou mais áreas de habilidades adaptativas, tais como: comunicação, cuidado pessoal, habilidades sociais, utilização da comunidade, saúde e segurança, habilidades acadêmicas, lazer e trabalho. DEFICIÊNCIA PSICOSSOCIAL é dado a partir da constatação de significativa sequela decorrente um diagnóstico psiquiátrico. Convém salientar que o termo "pessoa com deficiência psicossocial" não é o mesmo que "pessoa com transtorno mental". Trata-se, isto sim, de "pessoa com sequela de transtorno mental", uma pessoa cujo quadro psiquiátrico já se estabilizou. Os transtornos mentais mais comuns são: mania, esquizofrenia, depressão, síndrome do pânico, transtorno obsessivo-compulsivo e paranóia. DEFICIÊNCIA MÚLTIPLA é a ocorrência de duas ou mais deficiências simultaneamente 42 8. Deficiência Capacitismo Podemos definir o capacitismo como uma atitude preconceituosa e discriminatória que vê a pessoa com deficiência inapta para o trabalho e incapaz de cuidar da própria vida. Muita gente exclui ou afasta quem é diferente e não segue um padrão. No entanto, a partir do momento que se tem consciência de que ser diferente é normal, essa atitude de exclusão deve deixar de existir. Quando o preconceito se torna explícito e consciente, com a intenção de excluir, afastar e ofender as pessoas com deficiência, por esses serem considerados “inferiores ou incapazes” ocorre a discriminação, conforme a Lei Brasileira de Inclusão, deixa de ser uma simples ofensa e se torna um crime, previsto na legislação e com suas penalidades. 43 O QUE SABER PARA #NÃOMANDARMAL 44 Não segure nem toque na cadeira de rodas Ela é parte do espaço corporal da pessoa. Apoiar-se ou encostar-se na cadeira equivale a apoiar-se ou encostar-se na pessoa. Não movimente a cadeira de rodas sem antes pedir permissão para a pessoa e procure manter-se no mesmo nível de olhar que a pessoa cadeirante ou com baixa estatura em caso de conversas mais longas. Não classifique alguém somente como deficiente. Devemos pensar que alguém possui uma condição diferente da gente porém a humanidade e existência dela não se reduz a sua deficiência. A deficiência não é algo além do corpo, mas faz parte da sua composição. Cada pessoa tem muitas outras características que, juntas, compõem sua identidade. Ao lidar com cegos, sempre pergunte antes de agir! Se não souber em quê e como ajudar, peça explicações de como fazê-lo. Para guiar uma pessoa cega, ela deve segurar você pelo braço, de preferência no cotovelo ou no ombro. À medida que encontrar degraus e outros obstáculos, vá orientando-a. Se você não sabe corretamente como direcionar uma pessoa cega, diga algo como “eu gostaria de ajudar, mas como devo descrever as coisas?”. Não use expressões como “aqui” ou “ali” mas sim orientações claras como “à esquerda” , “à direita”, “x metros a frente”. Respeite as fases da vida da pessoa com deficiência intelectual Não a trate como se fosse uma criança quando não for essa a condição dela. Nunca grite para ser ouvido Caso não consiga comunicar-se por LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) ou se a pessoa surda não fizer uso dela, utilize recursos escritos (bloco e caneta ajudam). Procure falar calmamente, mas sem exagero - não é necessário gritar; Valorize as diferentes inteligências Adquirir a leitura, escrita e noções lógicas matemáticas pode ser difícil muitas vezes. Porém, outras habilidades precisam também ser reconhecidas, como as sociais e artísticas, por exemplo. 45 DICA BOA 46 FEMINISMO Quem tem medo do feminismo negro- Djamila Ribeiro O segundo sexo- Simone de Beauvoir Os homens explicam tudo pra mim- Rebecca Solnit O Livro do Feminismo- Várias autoras Feminismo na atualidade: a formação da Quarta Onda- Jacilene Maria Silva Afiadas: as mulheres que fizeram da opinião uma arte- Michelle Dean Sejamos todos feministas- Chimamanda Ngozi Adichie RACISMO Irmã outsider- Audre Lorde Mulheres, raça e classe- Angela Davis Pequeno Material Antirracista- Djamila Ribeiro Por que eu não converso mais com pessoas brancas sobre raça- Reni Eddo-lodge Racismo linguístico: os subterrâneos da linguagem e do racismo- Gabriel Nascimento Os negros na América Latina- Henry Louis Gates Jr. 1. Livros CLASSE SOCIAL A invisibilidade da desigualdade brasileira- Jessé Souza Homens invisíveis: relatos de uma humilhação social- Fernando Braga da Costa Trabalhadores e sindicatos no Brasil- Marcelo Badaró Mattos DEFICIÊNCIAS O que é deficiência (Coleção Primeiros Passos) Deficiência em questão: para uma crise da normalidade - Vários autores Por um pensar sociológico sobre a deficiência- Gustavo Martins Piccolo LGBTQ+ O quarto de Giovanni- James Baldwin O fim de Eddy- Édouard Louis Com amor, Simon- Becky Albertalli Me chame pelo seu nome- André Aciman 47 FEMINISMO A cor púrpura A dama de ferro As horas As Sufragistas Anne with an E Coisa mais linda Feministas: o que elas estavam pensando? Felicidade por um fio Frida Histórias Cruzadas What Happened, Miss Simone? PROTAGONISMO NEGRO POSITIVO Atlanta Felicidade por um Fio High Fidelity #BlackAF How to get away with murder Tudo e todas as coisas Sangue e Água Um crime para dois 2. Filmes e sériesPARA REFLETIR SOBRE RACISMO À Espera de Um Milagre Infiltrado na Klan Fruitvale Station Green Book Corra 12 Anos de Escravidão Cidade de Deus Selma - Uma Luta Pela Igualdade Moonlight Ó paí, ó DEFICIÊNCIAS Intocáveis Colegas Hoje eu quero voltar sozinho Cordas A forma da Água Special LGBTQ+ Azul é a Cor Mais Quente Vantagens de ser Invisível A garota dinamarquesa Meu corpo é político Meu nome é Ray Laerte-se Grace And Frankie Carol Madame Satã Pariah Pose Sense 8 Everything Sucks RuPaul’s Drag Race 48 Referências ALMEIDA, Silvio. O que é racismo estrutural? São Paulo: Letramento, 2018. P. 27/28; (ii) Adilson Moreira no vídeo disponível em: https://drauziovarella.uol.com.br/videos/ cabine/racismo-recreativo-adilson-jose-m oreira/, Acesso em 10.06.2020. As diferenças entre sexualidade e identidade de gênero - Biscate Social Club http://biscatesocialclub.com.br/2014/10/ cis-e-trans-e-o-grupo-lgbtdiferencas-entr e-sexualidade-e-identidade-de-genero/ Declaração Universal dos Direitos Humanos www.ohchr.org/EN/UDHR/Documents/UD HR_Translations/por.pdf Dicas para Atender Bem LGBT; Embratur, Ministério da Justiça e Cidadania, e Ministério do Turismo. Cartilha de Diversidade TW https://files.thoughtworks.com/pdfs/Books/ca rtilha-diversidade.pdf Informe anual 2016/2017: O Estado dos Direitos Humanos no Mundo - Anistia Internacional https://anistia.org.br/direitos-humanos/infor mes-anuais/relatorioanual-o-estado-dos-direit os-humanos-mundo-20162017/ Manual de Comunicação LGBTI+; Gay, Aliança Nacional LGBTI e Gay Latino rede pela igualdade de direitos; Não-binaridade de gênero http://pt-br.identidades.wikia.com/wiki/N%C3 %A3o-binaridade_ de_g%C3%AAnero ONU – Organização das Nações Unidas. Joint Statement No. A/63/635 on Human Rights, Sexual Orientation and Gender Identity. 2008. Disponível em: . Acesso em: 11 out. 2017. OS PRINCÍPIOS de Yogyakarta: Princípios sobre a aplicação da legislação internacional de direitos humanos em relação à orientação sexual e identidade de gênero. Yogyakarta, Indonésia, 2006. www.clam.org.br/pdf/principios_de_yogyak arta.pdf Promoção dos Direitos Humanos de Pessoas LGBT no Mundo do Trabalho: Construindo a igualdade de oportunidades no mundo do trabalho: combatendo a homo-lesbo-transfobia; OIT, UNAIDS, PNUD SCHWARCZ, Lilia. O Espetáculo das Raças: cientistas, instituições e questão racial no Brasil do Século XIX. São Paulo: Cia das Letras, 1993)
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