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Contabilidade Agropecuária

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Contabilidade Agropecuária: você sabe como funciona? 
A Contabilidade Agropecuária é uma ferramenta que apresenta informações claras e 
objetivas, capazes de auxiliar o produtor rural nas tomadas de decisões, além de 
contribuir para melhorar os aspectos organizacionais, econômicos e financeiros das 
propriedades rurais, capacitando-as para acompanhar a crescente evolução do setor. 
Assim, atualmente, mais empresários do agronegócio passam a enxergar a contabilidade 
como decisiva para melhor administrar as atividades e os resultados. Essa mudança no 
cenário é muito boa, pois nem todos têm a compreensão de como a contabilidade pode 
contribuir para o desenvolvimento das atividades rurais, seja uma grande propriedade ou 
um minifúndio. 
A Contabilidade Agropecuária possui características próprias, pouco ou nada 
conhecidas da maioria dos profissionais da contabilidade. Para entender o seu 
funcionamento e suas peculiaridades, acompanhe o artigo. 
O empresário e a atividade rural 
O Novo Código Civil (NCC), instituído pela Lei nº 10.406 de 10 de janeiro de 2002, em 
seu artigo 966 define o conceito de empresário nos seguintes termos: “quem exerce 
profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de 
bens ou de serviços”. 
Dessa forma, o empresário rural é a pessoa física ou jurídica que realiza a atividade de 
exploração da capacidade produtiva da terra ou da água. Seus objetivos podem estar 
ligados à produção vegetal, à criação de animais e à industrialização de produtos obtidos 
de ambos, ou seja, produtos agroindustriais. 
Podemos perceber, então, que as atividades rurais são divididas em três grupos 
distintos: 
1. produção vegetal — atividade agrícola; 
2. criação animal — atividade zootécnica; 
3. indústrias rurais — atividade agroindustrial. 
 
De acordo com o artigo 249 da Instrução Normativa (IN RFB) n.º 1700 de 14 de março 
de 2017, são consideradas atividades rurais: 
 
I. agricultura; 
II. pecuária; 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htm?utm_source=blog&utm_campaign=rc_blogpost#art2044
http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?visao=anotado&idAto=81268&utm_source=blog&utm_campaign=rc_blogpost#1706802
http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?visao=anotado&idAto=81268&utm_source=blog&utm_campaign=rc_blogpost#1706802
III. extração e exploração vegetal e animal; 
IV. exploração de atividades zootécnicas, tais como apicultura, avicultura, cunicultura, 
suinocultura, sericicultura, piscicultura e outras culturas animais; 
V. cultivo de florestas que se destinem ao corte para comercialização, consumo ou 
industrialização; 
VI. venda de rebanho de renda, reprodutores ou matrizes; 
VII. transformação de produtos decorrentes da atividade rural, sem que sejam alteradas 
a composição e as características do produto in natura, feita pelo próprio agricultor ou 
criador. A atividade deve ser feita com equipamentos e utensílios usualmente 
empregados nas atividades rurais, utilizando exclusivamente matéria prima produzida 
na área rural explorada. 
A IN 1700 também determina as atividades que não são consideradas rurais embora 
sejam desenvolvidas no meio rural, como é o caso do arroz beneficiado em máquinas 
industriais e da fabricação de bebidas alcoólicas em geral. 
A Contabilidade Agropecuária 
Toda e qualquer atividade rural, por menor que seja, precisa de um controle eficiente 
para um bom gerenciamento do agronegócio. Isso é possível por meio das informações 
contábeis, assim como acontece com os outros setores da economia. 
O grande problema que acontece na maioria das propriedades rurais é que essas 
informações, mesmo que sejam importantes ferramentas de gestão, não são analisadas e 
utilizadas por seus proprietários ou administradores. 
Ao contrário, grande parte dos empresários rurais está acostumada a práticas nada 
saudáveis para seu negócio, tais como: 
 não registrar informações extremamente importantes, guardando-as apenas em sua 
memória e deixando de usá-las no momento da comercialização dos produtos; 
 não ter organização financeira, misturando as despesas particulares com as da atividade 
profissional; 
 não apurar o lucro adequadamente, uma vez que não conseguem avaliar de maneira 
correta os custos e as receitas. 
http://portal.blbbrasilescoladenegocios.com.br/gestao-de-custos-e-precos/?utm_source=blog&utm_campaign=rc_blogpost
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Dessa forma, empresário e administradores não conseguem mensurar os resultados 
obtidos com seus cultivos, analisar os custos envolvidos em cada plantio, perceber onde 
poderiam reduzir os custos de produção etc. 
Essa situação piora quando há mais de uma atividade rural na propriedade: eles não são 
capazes de distinguir o dinheiro recebido com a venda do arroz do capital obtido com a 
venda do leite, por exemplo. Logo, o controle de caixa fica desordenado, 
impossibilitando a contabilização exata dos resultados. 
A Contabilidade e o Agronegócio 
A contabilidade, por sua vez, pode comprovar toda a evolução do agronegócio. Por isso, 
é fundamental que, também na atividade rural, a contabilização dos fatos e sua 
estruturação sejam realizadas com o devido conhecimento técnico e operacional, sempre 
respeitando as especificidades da atividade. 
Com o objetivo de mudar esse cenário, o profissional contábil precisa realizar um 
trabalho preciso e dinâmico, de maneira clara e objetiva, para haver aceitação e, 
sobretudo, entendimento da importância da contabilidade por parte do produtor rural, 
permitindo que ele perceba as melhorias disponibilizadas por esse recurso. 
Contudo, o aumento da tributação da renda rural e a extinção de subsídios e incentivos 
fiscais, entre outros fatores, têm aumentado a procura por profissionais da contabilidade 
rural. 
Especialmente nesse cenário, a Contabilidade Agropecuária, quando devidamente 
aplicada, tem o poder de identificar, registrar, mensurar e possibilitar a análise dos fatos 
ocorridos no agronegócio, proporcionando informações para as tomadas de decisões que 
aumentarão a lucratividade. 
A prática da contabilidade no agronegócio 
Como já visto, a Contabilidade Agropecuária dispõe de algumas particularidades que 
devem ser observadas na sua prática, por isso, precisa ser aprofundada e compreendida 
pelos profissionais contábeis. Afinal, essa é uma área muito importante para o país e sua 
economia. 
 
 
http://portal.blbbrasilescoladenegocios.com.br/incentivos-fiscais/?utm_source=blog&utm_campaign=rc_blogpost
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Exercício Social 
Diferentemente da contabilidade geral, na qual o exercício social equivale a um ano de 
1º de janeiro até 31 de dezembro, na contabilidade rural o exercício social corresponde 
ao ano agrícola, que é o período abrangido pelos processos de plantação, colheita e 
comercialização da safra. 
Isso porque sua produção é sazonal. Se uma propriedade tiver mais de uma atividade 
rural, o exercício social corresponderá ao ano agrícola da atividade com maior 
representatividade econômica. 
Culturas temporárias e permanentes 
Na Contabilidade Agropecuária, a contabilização de cada cultura varia de acordo com o 
tipo: temporária ou permanente. 
Culturas temporárias 
Temporárias são culturas sujeitas ao replantio após a colheita, ou seja, são arrancadas 
da terra para que seja feito um novo plantio, como é o caso do milho, do feijão, do arroz 
etc. 
Na cultura temporária, todos os custos com a formação do plantio — como sementes, 
mudas, fertilizantes, inseticida, mão de obra, demarcações, depreciação de tratores, 
entre outros — são contabilizados no Ativo Circulante na conta “Cultura 
Temporária” e em uma subconta com nome “Cultura em Formação”, classificada 
como “Estoque”.Quando a colheita terminar, essa conta será baixada para a conta 
“Produtos Agrícolas”. 
 
Culturas permanentes 
Permanentes são aquelas que estão vinculadas ao solo, duram mais de um ano e dão 
mais de uma colheita, como a citricultura (laranja, limão etc), as árvores frutíferas 
(cajueiro, jaqueira, mangueira, goiabeira etc), cana-de-açúcar, cafeicultura e outros. 
Na cultura permanente, todos os custos necessários para a formação do plantio, como 
sementes, adubação, formicidas, herbicidas, produtos químicos, seguro de safra, entre 
outros, serão lançados no Ativo Não Circulante — Imobilizado, sub-conta “Cultura 
Permanente em Formação”. 
Depois da formação da cultura — etapa que pode levar até alguns anos — transfere-se o 
valor da conta “Cultura Permanente em Formação” para a conta “Cultura Permanente 
Formada”. A partir daí, a conta não pode mais receber custos e, após a colheita ou a 
partir da primeira produção, os custos adicionais são lançados no Ativo Circulante —
 Estoque, na conta “Colheita em Andamento”. 
Essa cultura deverá ser corrigida monetariamente por ser parte do Imobilizado desde o 
início da formação. A partir da primeira produção, deve ser reconhecida a sua 
depreciação. 
Assim que a colheita for concluída, o total acumulado é transferido da conta “Colheita 
em Andamento” para a conta “Produtos Agrícolas”. Caso ainda haja mais custos como 
acondicionamento, beneficiamento ou qualquer processo semelhante aplicado aos 
produtos, eles também são lançados nessa conta. 
Quando ocorrerem as vendas, transfere-se os valores desses custos da conta “Produtos 
Agrícolas” para a conta “Custo de Produtos Vendidos”. 
 
Depreciação, amortização e exaustão 
Na atividade rural, a depreciação é a apropriação ao resultado, da perda de efeito ou 
capacidade de produção dos bens tangíveis, elementos do Ativo Permanente que servem 
a vários ciclos de produção e não são destinados à venda. 
Ou seja, no agronegócio, a depreciação incide sobre as culturas permanentes — uma 
vez que os frutos são colhidos, mas as árvores mantidas —, gados reprodutores, animais 
de trabalho, máquinas e equipamentos, tratores etc. 
A atual legislação tributária não determina taxas de depreciação para bens rurais, 
deixando a estipulação do prazo a critério do empresário, mas é preciso fundamentar 
como ocorreu essa estipulação. 
A amortização na atividade rural é aplicada na aquisição de direitos sobre trabalhos em 
propriedades de terceiros com tempo limitado, como são os casos em que um produtor 
adquire — por três ou mais anos — o direito de extrair madeira em propriedade de 
terceiros. 
Já a exaustão ocorre quando a árvore é cortada ou extraída da terra, como acontece no 
caso da cana-de-açúcar ou de pastagens e espécies vegetais enviadas à industrialização 
ou corte, por exemplo. 
 
 
 
O papel da contabilidade para o desenvolvimento do 
agronegócio 
Com o avanço da tecnologia e a concorrência acirrada, surge a necessidade de uma 
contabilidade diferenciada para o agronegócio, capaz de desenvolver informações 
concretas, com as quais proprietários e administradores consigam discernir o verdadeiro 
desempenho de seu negócio. 
A atualização dos mecanismos de gestão nas propriedades rurais é, hoje, uma 
necessidade fundamental para alavancar a produção, aumentar a produtividade e, 
consequentemente, alcançar os resultados esperados. 
Assim, a Contabilidade Agropecuária, quando feita por profissionais qualificados e 
dedicados a essa área, podem contribuir para que as empresas rurais obtenham 
rendimentos adicionais, diluam custos, economizem insumos, aumentem os lucros, 
gerem maior renda e mais empregos. 
Perspectivas nacionais 
O agronegócio tem grandes perspectivas de crescimento no Brasil. Por isso, 
sua profissionalização é extremamente importante para o aumento da competitividade 
dos produtos nacionais, sobretudo para o desenvolvimento da economia do país. 
Logo, os profissionais da Contabilidade Agropecuária que desejam aperfeiçoar seus 
conhecimentos devem buscar cursos de especialização, além de terem atenção a todas as 
mudanças na legislação para, assim, poderem orientar e direcionar os proprietários 
rurais. 
 
http://portal.blbbrasilescoladenegocios.com.br/contabilidade-agropecuaria/ 
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