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Resumo AP1 Psicologia da Educação UER/CEDERJ

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Reconhecimento da psicologia como ciência = confiabilidade 
O status da psicologia como ciência é questionado =natureza do seu objeto de estudo: o homem mutável 
Subdivisão da psicologia em subáreas, considerando toda a sua complexidade.
Até o final do século XIX, psico-filosófico /estruturas inatas e percepção 
	Empirismo, Locke, tábula rasa, ou seja, sem impressão sobre o mundo e as coisas. A experiência no mundo associada à sua capacidade de percepção faz com que o conhecimento do homem seja gradativamente construído, em sucessivas experiências. Aprendizagem = treino e experiência. produto direto da experiência.
	Racionalismo ou Inatismo, Descartes: razão. As estruturas da inteligência formadas a priori, responsáveis por conduzir ao conhecimento, determinismo biológico. Previamente formado no sujeito, através de suas estruturas inatas de pensamento.
Ambientalista: a psicologia buscou estabelecer o seu status científico. 
	O behaviorismo ou teoria do comportamento, Skinner uma vez conhecidas as relações entre os estímulos presentes no meio e o homem, é possível prever ou controlar determinado padrão de comportamento. 
Interacionista o conhecimento é produto de construção ativa elaborada pelo indivíduo, que tem como base a sua ação sobre o meio. Piaget e Vygotsky. 
	Disciplina-ponte (Nova Psicologia da Educação): estimular a relação interdisciplinar entre áreas afins à Educação, observação das diferenças individuais dentro do ambiente escolar. fracasso escolar pode ter como causa múltiplos fatores.“erro construtivo”
	Psicologia da Educação como Técnica aplicada: testes para explicar os fenômenos educativos. Crítica: tender a reduzir as diferenças individuais em problemas de aprendizagem potenciais. Patologização do saber: Atendimento clínico a crianças, diagnosticá-las e medicá-las a partir de “supostos” transtornos neurológicos. 
Psicologia da educação: padrões de comportamento, a natureza humana, através dos fundamentos psicológicos de modo a orientar os educadores auxiliá-los nas questões do contexto escolar. Campo teórico que envolve a relação entre psicologia e o contexto educativo. 
Psicologia Escolar a um campo de ação do Psicólogo (tem as mesmas funções do orientador educacional, as difere na formação (pedagogo x psicólogo).
Orientação educacional: Promover uma escuta atenta das relações interpessoais presentes no cotidiano escolar, bem como, auxiliar na reflexão sobre os diferentes contextos de aprendizagem que existem no espaço escolar. Mediador entre o aluno, as situações de caráter didático-pedagógico e as situações socioculturais. Area do pedagogo, atrelada à área da gestão escolar. A instrumentalização teórica advém da Psicologia da Educação
"nova visão de orientação educacional" que surgiu na década de 80 voltada para a ‘construção’ de um cidadão que esteja mais comprometido com seu tempo e sua gente. Desenvolvimento do seu processo de cidadania, trabalhando a subjetividade e a intersubjetividade, diálogo nas relações estabelecidas.
Orientador educacional. Esse é o profissional que trabalha diretamente com o aluno e se preocupa com a sua formação pessoal. 
	os alunos: a criação de espaços de participação social e exercício da cidadania, mediador entre o aluno e o meio social, por meio da problematização. 
	a escola: a participação nos momentos coletivos, participar da construção coletiva para integrar todos os segmentos que compõem a comunidade escolar.
	a família: a criação de ambientes socioeducativos. Planejando momentos culturais; elo articulador entre a situação aluno e a família.
	a comunidade: o conhecimento do contexto local. Compreender a comunidade e constante diálogo, uma vez que a escola deve estar aberta à comunidade.
	a sociedade: a participação em lutas maiores. não tendo um currículo a seguir, pode se organizar para trazer aos alunos os fatos sociais e propor a participação em lutas maiores. 
Coordenador: encarregado de cuidar da atualização docente em serviço, de fornecer condições estruturais e materiais para que o trabalho docente se desenvolva.
O diretor ou gestor administra a escola como um todo; 
O professor cuida da especificidade de sua área do conhecimento; 
Aprendizagem: A atividade que possibilita ao indivíduo ampliar o padrão de comportamento que possui, permitindo-o agir de forma mais eficiente no meio em que se encontra inserido. 
A aprendizagem consiste em um processo complexo, contínuo, dinâmico, pessoal, e, intransferível. 
a) Modelo clássico ou tradicional - o indivíduo é passivo ou depositário do conhecimento, tomando como foco o professor, transmissor do conhecimento e os métodos de ensino. 
b) Modelo tecnológico (tecnicista) - técnicas e o domínio do conteúdo, a transmissão de informações e o desenvolvimento de competências visualizáveis através de comportamentos observáveis e mensuráveis. 
c) Modelo personalizado – destaca o indivíduo como centro do processo, seus interesses, experiências, necessidades e aspectos emocionais são considerados de forma dissociada do envoltório social.
d) Modelo interacional - dá relevo à dialética da interação entre professor e aluno e importância à interação, à comunicação, ao diálogo. Volta-se para a análise crítica de problemas socioculturais.
Paradigma Objetivista 
	Fundamenta-se na Psicologia Experimental e na visão do homem como um “fato” observável. 
	O meio o controla e condiciona. 
	Educação: manipulação de estímulos externos que possam conduzir a respostas consideradas desejadas, adaptação passiva ao ambiente. 
 
Thorndike (1874-1949) – formulou a Lei do Efeito (todo e qualquer ato que produz satisfação fica indissociavelmente ligado à situação em que ocorreu e, quando ela se reproduz, a probabilidade de repetição do ato é maior do que antes, havendo a fixação do acerto inicialmente acidental). 
Pavlov (1849-1936) – condicionamento clássico ou respondente (transferência de uma resposta associada a um estímulo para outro, que inicialmente não a provocava). 
Watson (1878-1958) – criador do termo Behaviorismo e do conceito de generalização de estímulos. Controle do comportamento através de estímulos externos. behaviorismo metodológico: comportamento observável, adotando procedimentos objetivos, controlados e que poderiam ser reaplicados em diferentes contextos e indivíduos, visando atender às regras do método científico “dado o estímulo, prever a resposta – dada a resposta, prever o estímulo”.
Skinner (1904-1990) – Behaviorismo radical comportamento através da análise experimental condicionamento operante, o comportamento pode ser modelado através da utilização de reforços positivos e negativos. O comportamento ocorre através da interação entre algo que provoca o comportamento e aquilo que o segue, recompensa ou punição. esquema S 1 - R - S (estímulo – resposta – estímulo reforçador ou punitivo). Indivíduo ativo, que é estimulado pelo ambiente a produzir um comportamento, bem como, o influencia, através dos efeitos que produz, fazendo com que seja mantido ou eliminado. O comportamento respondente resposta a um estímulo não é realizado de forma voluntária padrão clássico de condicionamento, estímulo-resposta (S-R) e se encontra independente do processo de aprendizagem. São produzidos ou eliciados por estímulos neutros, mas não ocorre de forma natural, sendo necessário que o novo estímulo seja temporalmente pareado com o comportamento reflexo. O comportamento operante podemos verificar a ação do indivíduo no meio, as circunstâncias que o levou a agir e as consequências da sua ação. A consequência reforçadora ou elemento reforçador consiste no evento seguido ao comportamento (resposta) que aumenta a probabilidade do comportamento.
	O reforço positivo aumenta a probabilidade do comportamento ocorrer, sendo semelhante à ideia de “recompensa”. 
	O reforço negativo, leva à eliminação, prevenção ou atenuação de algo presente no contexto e que desencadeou o comportamento, sendo semelhante a ideia de “alívio” .
Todo reforço tem como função aumentar a probabilidadede um comportamento ocorrer, independentemente, dele ser positivo ou negativo. 
O comportamento pode deixar de ocorrer pela retirada do reforço
A punição suprimi o comportamento entendido como inadequado considerando o contexto em que ocorreu através de um desconforto ou aversão. 
A crítica ênfase na obtenção de padrões de respostas, sem haver o cuidado com o desenvolvimento de uma reflexão crítica acerca do que está sendo aprendido. . 
Generalização: comportamentos semelhantes sempre que percebemos os estímulos como semelhantes. 
O behaviorismo radical e a Educação Atenção aos seguintes aspectos: 
• Quem deve ser ensinado; 
• O que deve ser ensinado, 
• Para quê deve ser ensinado, 
• Quanto deve ser ensinado 
• Como deve ser ensinado? 
Eficiência do ensino Implica em ação planejada e dependente de um indivíduo ativo. 
• Estabeleça o que o aluno não sabe 
• Ensine de modo progressivo 
• Mantenha o aluno em atividade (indisciplina é incompatível com atividade) 
• Crie condições de autoavaliação e forneça feedback 
• Dificuldade das atividades crescentes e compatíveis 
• Rápido feedback às tarefas realizadas pelos alunos. 
Paradigma Subjetivista 
	Fundamenta-se na Psicologia de cunho filosófico; a centralização do processo educacional está na satisfação das necessidades dos educandos, desenvolvimento de forma “natural”. 
	Modelos não-diretivistas de Educação. 
	Homem autônomo, criado para a liberdade. 
	A Educação: criar situações favoráveis ao desenvolvimento pleno das suas potencialidades, tendências e predisposições naturais. 
Dewey (1859-1952) – iniciativa e a independência levam à autonomia e ao autogoverno, propõe a “educação progressiva”, que amplia a experiência da criança e lhe permite o domínio sobre a própria vida. A aprendizagem se dá através da pesquisa individual e coletiva. 
Maslow (1908-1970) – motivação humana através de um ciclo e da hierarquização das necessidades do homem em uma pirâmide. 
Rogers (1902 -1987) – corrente humanista em Psicologia, natureza positiva do ser humano. O homem precisa desenvolver plenamente as potencialidades pessoais, tendência natural da evolução humana à busca da harmonia consigo mesmo e com os demais. Confiança nos próprios desejos e intuições, liberdade e responsabilidade para agir e disponibilidade para criar compõem essas qualidades positivas do self (eu). Criou o termo “não-diretivo”, definindo o respeito à liberdade essencial ao homem. Para o professor “facilitador da aprendizagem” são essenciais: autenticidade, empatia, congruência e respeito.
Paradigma Histórico-crítico 
	Indivíduo como ser histórico
	Homem-sociedade: interação recíproca em que ambos se afetam e se transformam. 
	A Educação “reproduzir” as relações sociais existentes, “adaptando” o homem ao meio. Ou contribuir para a transformação da realidade e para a emancipação do homem formando indivíduos críticos e reflexivos, prontos para interferir ativamente na prática social. 
	São valorizados o diálogo, a interação, o processo de mediação. 
	A aprendizagem é construção humana permanente, efetiva e contínua, de trocas dialéticas com o meio histórico e social. 
Piaget (1896-1980) – sujeito estabelece trocas com o meio, através de duas dimensões: a assimilação e a acomodação. Ativo no processo de aprendizagem, agindo sobre o meio inicialmente, através de esquemas de ação e mais tarde, através dos esquemas de representação.
Vygotsky (1896-1934) – Autor da Teoria sociointeracionista do desenvolvimento humano e da aprendizagem. Enfatiza a construção do conhecimento como uma interação mediada por várias mediações. Os conceitos espontâneos, trazidos pela criança, transformam-se em conceitos científicos. 
Características da aprendizagem 
dinâmico - exige atividade externa (física) e interna, participação integral do indivíduo 
contínuo – está presente do início ao fim da vida humana. 
global (compósito) – todos os aspectos que constituem a personalidade são ativados 
pessoal – a aprendizagem é intransferível. Tem maneira, ritmo, preferências, métodos pessoais. gradativo – processos gradativamente mais complexos. Um efeito disso é a gradação de conteúdos, dos mais fáceis para os mais difíceis, na organização curricular. 
cumulativo – os conceitos construídos anteriormente servem de base para a aquisição de novos 
complexa, pois é influenciada por múltiplos fatores; 
intransferível, forma como o indivíduo compreendeu, sendo um processo exclusivo. 
Fatores influentes da aprendizagem: 
	Maturação do organismo
	Desenvolvimento das funções psicológicas superiores, como: pensamento, linguagem, atenção memória 
	Fatores de ordem subjetiva, tais como: a motivação e afetividade 
	Inteligência, incluindo a atenção, a percepção, a memória. 
	Motivação. 
	Experiência anterior. 
	Fatores socioculturais. 
Formas de expressão da Aprendizagem: cognitiva, automatizada e afetiva. requer o predomínio de uma ou outra forma de expressão, deixando as outras em segundo plano, em prontidão para atuarem a qualquer momento. 
Expressão cognitiva – relacionada à compreensão, a atribuição de sentido à experiência vivida. 
Permite a construção/organização de conceitos 
Refere-se ao saber-fazer, ou seja, por compreender o conceito, o aluno sabe como proceder de forma independente do contexto. A expressão cognitiva mais duradoura. 
Expressão afetiva – atribuição de valores 
Formada a partir das relações na sua experiência de vida 
Responsável pela atribuição de valor positivo ou negativo às experiências e a si mesmo, envolvendo a adequação de sentimento e comportamento. 
Influência da autoeficácia: conhecimento que o indivíduo possui acerca daquilo que sabe fazer. 
Expressão automatizada – relacionada à execução, à prática repetitiva. 
	Implica no domínio de padrões de comportamento, uma vez que tenha aprendido a produzir uma resposta, o indivíduo age automaticamente, sem precisar de muito esforço. 
	Dependente de treino, prática, repetição e sistematização. 
	Importante para “liberar” a mente do indivíduo para ações mais complexas. 
	Promove maior agilidade, economia de tempo e esforço. 
	Refere-se ao fazer. Nem sempre a ação em si é acompanhada de compreensão. Pseudoaprendizagem, ou seja, o aluno somente realiza as ações de forma correta, se seguir um padrão previamente conhecido por ele. Se o contexto de aprendizagem mudar, o aluno tende a fracassar, pois pode não ser capaz de “reconhecer” a pergunta, levando-o ao erro. 
Epistemologia Genética: o desenvolvimento cognitivo para Jean Piaget.
Materialismo é toda concepção filosófica que aponta a matéria como substância primeira e última de qualquer ser, coisa ou fenômeno do universo. 
Idealismo, cujo elemento primordial é a idéia, o pensamento ou o espírito. 
	Conceito de epigênese "o conhecimento procede de construções sucessivas com elaborações constantes de estruturas novas 
	O processo evolutivo da filogenia humana é mecanismo autorregulatório que tem como base condições biológicas (inatas portanto), que é ativado pela ação e interação do organismo com o meio ambiente - físico e social
	A lógica representa a forma final do equilíbrio das ações. Ela é 'um sistema de operações, isto é, de ações que se tornaram reversíveis e passíveis de serem compostas entre si'". 
	A experiência sensorial e o raciocínio são fundantes do processo de constituição da inteligência, ou do pensamento lógico do homem. 
	A elaboração do pensamento lógico demanda um processo interno de reflexão. 
Fatores que são complementares: o processo de maturação do organismo, a experiência com objetos, a vivência social e, sobretudo, a equilibração do organismo ao meio. 
(a) Os fatores invariantes: estruturas biológicas - sensoriais e neurológicas - que são a tendência natural à organização e à adaptação que irão predispor o surgimento de certas estruturas mentais; o 'motor' do comportamento do homem é inerente (está relacionado) ao ser. 
(b) Os fatores variantes: esquema é a unidade básica de pensamento e ação estrutural , elemento que se transformano processo de interação com o meio, visando à adaptação do indivíduo a realidade que o circunda. 
Inteligência é construída no processo interativo entre o homem e o meio ambiente (físico e social) em que ele estiver inserido. 
Equilíbrio é o norte que o organismo almeja mas que paradoxalmente nunca alcança, porque no processo de interação podem ocorrer desajustes do meio ambiente que rompem com o estado de equilíbrio do organismo, eliciando esforços para que a adaptação se restabeleça. 
(a) Assimilação é solucionar uma situação a partir da estrutura cognitiva que ele possui naquele momento. É um processo contínuo porque constantemente interpretamos a realidade, se adaptando a ela, integrando aspectos experienciais aos esquemas previamente estruturados, visando restabelecer a equilibração. 
(b) Acomodação capacidade de modificação da estrutura mental antiga para dar conta de dominar um novo objeto do conhecimento. "o momento da ação do objeto sobre o sujeito" podendo provocar uma transformação nesses esquemas, ou seja, gerando um processo de acomodação. muito difícil, se não impossível, imaginar uma situação em que possa ocorrer assimilação sem acomodação, pois dificilmente um objeto é igual a outro já conhecido, ou uma situação é exatamente igual a outra. 
	Equilibração mecanismo de organização de estruturas cognitivas em um sistema coerente que visa a levar o indivíduo a construção de uma forma de adaptação à realidade. Haja vista que o "objeto nunca se deixa compreender totalmente" Sugere algo móvel e dinâmico, na medida em que a constituição do conhecimento coloca o indivíduo frente a conflitos cognitivos constantes que movimentam o organismo no sentido de resolvê-los.
No contato com o mundo que a matéria bruta do conhecimento é 'arrecadada', no processo de construções sucessivas resultantes da relação sujeito-objeto que o indivíduo vai formar o pensamento lógico.
O processo de transformação vai depender de como o indivíduo vai elaborar e assimilar as suas interações com o meio, isso porque a visada conquista da equilibração do organismo reflete as elaborações possibilitadas pelos níveis de desenvolvimento cognitivo que o organismo detém nos diversos estágios da sua vida. 
Os modos de relacionamento com a realidade são divididos em 4 períodos caracterizados "por aquilo que o indivíduo consegue fazer melhor". São formas diferentes de organização mental que possibilitam as diferentes maneiras do indivíduo relacionar-se com a realidade. Variações em função das características da estrutura biológica de cada indivíduo e da riqueza (ou não) dos estímulos do ambiente. 
(a) Período Sensório-motor (0 a 2 anos): "a passagem do caos ao cosmo"=construção do real.
	habitado por objetos evanescentes (que desapareceriam uma vez fora do campo da percepção), 
	tempo e espaço subjetivamente sentidos, 
	causalidade reduzida ao poder das ações, em uma forma de onipotência" 
	as funções mentais limitam-se ao exercício dos aparelhos reflexos inatos. 
	o universo é conquistado mediante a percepção e os movimentos (como a sucção, o movimento dos olhos, por exemplo), 
	ao final do período sensório-motor já se concebendo dentro de um cosmo "com objetos, tempo, espaço, causalidade objetivados e solidários, entre os quais situa a si mesma como um objeto específico, agente e paciente dos eventos que nele ocorrem" 
(b) Período pré-operatório (2 a 7 anos): aparecimento da função simbólica ou semiótica, ou seja, é a emergência da linguagem. 
	A inteligência é anterior à emergência da linguagem.
	O desenvolvimento da linguagem depende do desenvolvimento da inteligência. 
	a linguagem acarreta modificações importantes em aspectos cognitivos, afetivos e sociais da criança e possibilita as interações interindividuais e capacidade de trabalhar com representações para atribuir significados à realidade. 
	Egocentrismo intelectual e social, uma vez que a criança não concebe uma realidade da qual não faça parte, devido à ausência de esquemas conceituais e da lógica. 
	A criança apresenta a capacidade de atuar de forma lógica e coerente (em função da aquisição de esquemas sensoriais-motores na fase anterior) ela apresentará, paradoxalmente, um entendimento da realidade desequilibrado (em função da ausência de esquemas conceituais), 
	Não é capaz de reversibilidade: "a capacidade de pensar simultaneamente o estado inicial e o estado final de alguma transformação efetuada sobre os objetos (por exemplo, a ausência de conservação da quantidade quando se transvaza o conteúdo de um copo A para outro B, de diâmetro menor)"
(c) Período das operações concretas (7 a 11, 12 anos): capacidade da criança de estabelecer relações e coordenar pontos de vista diferentes (próprios e de outrem) e de integrá-los de modo lógico e coerente 
	Capacidade de interiorizar as ações e realizar operações mentalmente de objetos ou situações passíveis de serem manipuladas ou imaginadas de forma concreta. 
	Reversibilidade será construída ao longo dos estágios operatório concreto e formal. 
(d) Período das operações formais (12 anos em diante): amplia as capacidades conquistadas na fase anterior. 
	Raciocina sobre hipóteses, forma esquemas conceituais abstratos e através deles executa operações mentais da lógica formal.
	"capacidade de criticar os sistemas sociais e propor novos códigos de conduta: discute valores morais de seus pais e contrói os seus próprios (adquirindo, portanto, autonomia)". 
	Forma final de equilíbrio, consegue alcançar o padrão intelectual que persistirá durante a idade adulta. 
	Seu desenvolvimento posterior consistirá numa ampliação de conhecimentos tanto em extensão como em profundidade, mas não na aquisição de novos modos de funcionamento mental". 
adultos "pouco-letrados/escolarizados" apresentam modo de funcionamento cognitivo "balizado pelas informações provenientes de dados perceptuais, do contexto concreto e da experiência pessoal" estariam no estágio operatório-concreto.
Desenvolvimento da moral que ocorre por etapas, de acordo com os estágios do desenvolvimento humano e consiste num sistema de regras.
	anomia (crianças até 5 anos), em que a moral não se coloca, regras são seguidas, mas está mobilizado pelo sentido de hábito, de dever; 
	heteronomia (crianças até 9, 10 anos de idade), em que a moral é = a autoridade, algo imposto pela tradição imutável; 
	autonomia, possível 'legislador' em regime de cooperação entre todos os membros do grupo. A própria moral pressupõe inteligência. A inteligência é uma condição necessária, porém não suficiente ao desenvolvimento da moral.
A moralidade implica pensar o racional nas dimensões: 
	regras: que são formulações verbais concretas, explícitas (como os 10 Mandamentos, por exemplo); 
	princípios: que representam o espírito das regras (amai-vos uns aos outros, por exemplo); 
	valores: que dão respostas aos deveres e aos sentidos da vida, permitindo entender de onde são derivados os princípios das regras a serem seguidas.
Regras envolvem relações de coação - que corresponde à noção de dever; e de cooperação - que pressupõe a noção de articulação de operações de dois ou mais sujeitos, a noção de 'querer' fazer. 
"o desenvolvimento cognitivo é condição necessária ao pleno exercício da cooperação, mas não condição suficiente, pois uma postura ética deverá completar o quadro" (idem p. 21). 
a aplicação educacional tem como fatores complicadores:
a) as dificuldades de ordem técnica, metodológicas e teóricas no uso de provas operatórias como instrumento de diagnóstico psicopedagógico, exigindo um alto grau de especialização e de prudência profissional, a fim de se evitar os riscos de sérios erros; 
b) a predominância no "como" ensinar coloca o objetivo do "o quê" ensinar em segundo plano, contrapondo-se, dessa forma, ao caráter fundamental de transmissão do saber acumulado culturalmente que é uma função da instituição escolar, por ser esta de caráter preeminentemente político-metodológico e não técnico como tradicionalmente se procurou incutirnas ideias da sociedade;
c) a parte social da escola fica prejudicada uma vez que o raciocínio por trás da argumentação de que a criança vai atingir o estágio operatório secundariza a noção do desenvolvimento do pensamento crítico;
d) a ideia básica do construtivismo postulando que a atividade de organização e planificação da aquisição de conhecimentos estão à cargo do aluno acaba por não dar conta de explicar o caráter da intervenção por parte do professor; e) a ideia de que o indivíduo apropria os conteúdos em conformidade com o desenvolvimento das suas estruturas cognitivas estabelece o desafio da descoberta do "grau ótimo de desequilíbrio", ou seja, o objeto a conhecer não deve estar nem além nem aquém da capacidade do aprendiz conhecedor.
contribuições da teoria psicogenética: 
a) a possibilidade de estabelecer objetivos educacionais uma vez que a teoria fornece parâmetros importantes sobre o 'processo de pensamento da criança' relacionados aos estádios do desenvolvimento; 
b) em oposição às visões de teorias behavioristas que consideravam o erro como interferências negativas no processo de aprendizagem, dentro da concepção cognitivista da teoria psicogenética, os erros passam a ser entendidos como estratégias usadas pelo aluno na sua tentativa de aprendizagem de novos conhecimentos;
c) uma outra contribuição importante do enfoque psicogenético foi lançar luz à questão dos diferentes estilos individuais de aprendizagem; 
A compreensão do desenvolvimento humano equivale à compreensão de como se dá o processo de constituição do pensamento lógico-formal, matemático. 
“A inteligência é o que você usa quando não sabe o que fazer” 
Assimilação consiste na incorporação direta de novas informações à uma estrutura ou a um conjunto estrutural já existente, através da repetição de ações que fixa e consolida estas estruturas, não promovendo nenhuma alteração quanto a sua organização.
Acomodação implica na reorganização das estruturas existentes mediante uma nova informação, que pode culminar ou não, na construção de uma nova estrutura (Dolle, 1995). A reorganização torna as estruturas mais refinadas, viabilizando a elaboração de novos ciclos estruturais para compensar a resistência apresentada pelo objeto de conhecimento, na tentativa de ser previamente assimilado 
Principais características do período sensório-motor (0 a 2 anos)
• Início com o nascimento. 
• Inteligência de natureza prática associada ao aspecto sensorial e à ação motora. 
• Aos poucos o desenvolvimento motor amplia a condição de ação no meio permitindo a passagem de uma ação autocentrada para outra que pode ser empregada externamente. Essa passagem é possível com o desenvolvimento das reações circulares e coordenações de esquemas: 
 Reação circular primária (1-4 meses): ações são executadas pelo bebê tendo como referência o seu próprio corpo (Por exemplo: brincar com os pés e mãos). 
 Reação circular secundária (4-8 meses): o bebê é capaz de realizar ações de forma repetitiva tendo como referência o ambiente externo. Pode repetir ações, que já sabe fazer, na presença de um modelo. (Por exemplo: pegar objetos, bater palmas). 
 Coordenação de esquemas secundários (8-12 meses): o bebê é capaz de combinar ações para solucionar problemas simples (Por exemplo: Subir em algo para pegar um brinquedo indicando a primeira evidência de intencionalidade). 
 Reação circular terciária (12-18 meses): experimenta novas formas de ação a partir do efeito que elas produzem, despertando o seu interesse em repeti-las. 
 Invenção de novos meios de ação através de combinações mentais(18-24 meses): a criança torna-se capaz de solucionar problemas simples no nível simbólico. 
• Desenvolvimento da linguagem oral. Aos 2 anos espera-se que a criança consiga se comunicar com desenvoltura através da fala. 
• Construção do objeto permanente (início 1- 4 meses e consolidação aos 18-24 meses). Esse conceito é muito importante e imprescindível para a fase seguinte. Através dessa construção a criança entende que as coisas continuam a existir no mundo, apesar de não estarem em seu campo de visão. Assim, ela pode buscar por um brinquedo, indo procurar no último lugar que o tenha visto ou procurar por alguém que tenha saído. 
Principais características do período pré-operatório (2 a 6 anos) 
 Inteligência representativa. 
 Função simbólica: ampliação no uso da linguagem, desenvolvimento jogo simbólico e capacidade de imitação sem a presença do modelo. 
 Antecipação do que vai fazer. 
 Egocentrismo: Foco nas ações e representações próprias. Observa-se uma indiferenciação entre o ponto de vista que a criança possui e o ponto de vista do outro, em função de existir uma ausência de relacionamento entre as diferentes perspectivas (Dolle, 1995). 
 Busca a razão causal/finalista (fase dos porquês). 
 Regras são concebidas como imutáveis e determinadas externamente. 
 Fenomenismo: Estabelecimento de um laço causal entre fenômenos que são vistos como próximos pelas crianças. (Ex.: acreditar que a sombra da árvore é a mesma da mesa). 
 Finalismo: Cada coisa tem uma função e uma finalidade que justificam sua existência e suas características. Ex.: as nuvens se deslocam para chover em outro lugar. 
 Artificialismo: As coisas são produtos da fabricação e vontade humana. (Ex.: lagos e rios construídos pelo homem). 
 Animismo: é vivo tudo aquilo que se move sozinho. (Ex.: o relógio é vivo porque os ponteiros se movem).  Ausência de conservação: faz com que a criança não entenda que a quantidade de líquido, independentemente da forma como se apresenta é a mesma. Para a criança, apesar dela reconhecer que inicialmente os copos tinham o mesmo “tanto” de água, ao passar o conteúdo de um dos copos para outro de formato diferente, a criança julga não haver mais o mesmo “tanto”, justificando a diferença de quantidade nível da água em um dos copos (Por exemplo, “Esse copo tem mais porque a água está lá em cima e este tem pouco porque a água está lá embaixo.”) (Piaget, 2002). A argumentação ocorre de forma perceptual e não conceitual induzindo a criança ao erro. 
 Ausência de reversibilidade: Incapacidade que a criança possui de voltar mentalmente ao estágio inicial de uma situação para compreender o seu desenvolvimento. A figura 6 também serve para ilustrar isso. Inicialmente, a criança sabe que há a mesma quantidade de água nos dois copos. Ela afirma que se ela beber um copo e o amigo beber o outro, ambos vão beber o “mesmo tanto” de água, mas ao transpor o líquido de um dos copos para outro de formato diferente, pela dificuldade que possui em evocar a situação inicial, ela se deixa influenciar pelos aspectos perceptivos,(que neste caso é a altura do copo), levando-a a afirmar que agora, não bebem o “mesmo tanto de água”, pois no copo comprido “tem mais água”. 
 Pensamento associado à percepção/centração 
 A centração leva a criança a julgar uma situação considerando apenas um ponto de vista ou uma perspeciva, sem coordenar os diferentes aspectos da situação, o que induz à uma leitura equivocada da realidade. Além disso, a criança também não é capaz de coordenar as características dos dois copos. Ela é capaz de falar de um ou de outro e não de compará-los. 
Período operatório concreto (7 a 11/12 anos) 
• Início da construção lógica onde os dados podem ser analisados de forma integrada e coerente. 
• Características do pensamento operatório concreto 
 Descentrado: Em função do fim do egocentrismo torna-se possível a coordenação de diferentes pontos de vista e perspectivas, podendo combiná-los e integrá-los para elaborar representações variadas. 
 Conservante: A criança entende que se não houve alteração na quantidade das coisas (colocando ou tirando), o “tanto” de massa ou líquido se mantém, independentemente, da forma que assumam. 
 Reversível: Possibilita a criança retornar mentalmente ao início de uma ação. No caso da prova da conservação dos líquidos apresentada na figura 6, a criança operatória concreta pode argumentar que os dois copos apesar de diferentes,possuem o mesmo tanto de líquido, porque antes ela verificou que havia. 
• A ação da criança operatória concreta é melhor desenvolvida quando ela pode usar elementos concretos como apoio (Por exemplo: contar com palitos, fazer problemas matemáticos desenhando os elementos). 
• Pode estabelecer corretamente as relações de causa e efeito e de meio e fim. 
• Tipos de operação cognitiva que são capazes de realizar: classificação, seriação, conservação, adição partitiva, ordem espacial e mensuração. 
 Classificação operatória: agrupar as figuras utilizando como critério um elemento que possuem em comum (Por exemplo: a criança operatória concreta ao se deparar com as imagens presentes na Figura 7, pode organizá-las em três grupos: animais, alimentos e objetos). Para classificar as imagens as crianças neste período usam critérios lógicos, diferente da criança pré-operatória, que ao classificar as imagens utiliza critérios subjetivos, por exemplo, colocam juntos o “leão” e o “gato” porque são amigos ou “bolo” e “cachorro” porque é o aniverário dele. 
 Seriação: são capazes de ordenar os bastonetes do maior até o menor, realizando comparações lógicas entre eles. As crianças do período anterior, tendem a realizar comparações de dois em dois, também utilizando critérios subjetivos. 
 Pensamento torna-se abstrato possibilitando realizações de operações no plano das ideias, a partir de enunciados verbais, não sendo necessário o uso de elementos concretos para solucionar um problema. 
 Desenvolvimento do raciocínio hipotético-dedutivo que permite saber quais serão as consequências das ações realizadas sobre a realidade. 
 Capacidade de realização de inferências, deduções, antecipações e projeções. A realidade torna-se um subconjunto do possível. 
 Desenvolvimento das operações cognitivas de natureza combinatória. 
 Retorno ao egocentrismo. No entanto, observa-se uma diferença na qualidade do egocentrismo apresentado neste período em comparação com o egocentrismo do período pré-operatório. Conforme Piaget, no estágio operatório formal há a: “crença na onipotência da reflexão, como se o mundo devesse submeter-se aos sistemas e não estes à realidade. É a idade metafísica por excelência: O eu é forte bastante para reconstruir o Universo e suficientemente grande para incorporá-lo” (Piaget, 1995). 
 Estabelecimento da autonomia moral. Através da teoria do desenvolvimento cognitivo proposta por Jean Piaget, entendemos que a inteligência é uma construção que assume diferentes formas, em acordo com os estágios cognitivos. Cada uma das fases do desenvolvimento permite ao indivíduo apreender o mundo de forma específica.

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