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ESCOLA SUPERIOR DE ECONOMIA E GESTÃO
DELEGAÇÃO DE CABO DELGADO
O Ministério Público na direcção efectiva da Instrução Preparatória dos Processos-crime e suas Repercussões, casos ocorridos na cidade de Pemba – 2015 a 2017
Cheia Tahabo
Pemba, Setembro de 2018
ESCOLA SUPERIOR DE ECONOMIA E GESTÃO
DELEGAÇÃO DE CABO DELGADO
O Ministério Público na direcção efectiva da Instrução Preparatória dos Processos-Crime e suas repercussões, casos ocorridos na cidade de Pemba – 2015 a 2017
 (
Projecto de pesquisa a ser submetido na Escola Superior de Economia e Gestão, no curso de Direito, para obtenção do grau académico de Licenciatura em Direito, orientado pela dr
a
. Tina Moreira
)
Pemba, Setembro de 2018
ÍNDICE
1. Introdução	4 
1.1 Tema de estudo	5
1.2 Delimitação do tema	5
1.3 Objecto de estudo	5
2. Problematização	6
3. Justificativa	8
4. Objectivos	9
4.1 Objectivo geral	9
4.2 Objectivos específicos	9
4.3 Questão de partida	10
5. Hipóteses	10
6. REVISÃO DA LITERATURA	11
6.1 História e evolução do Ministério Publico	11
7. Procedimentos metodológicos	12
7.1 Universo e amostra	12
7.1.1 Universo	12
7.1.2 Amostra	13
7.2 Instrumentos e técnicas de recolha de dados	13
8. Cronograma de actividades	14
9. Orçamento	15
10. Conclusão	16
11. Referências bibliográficas	17
1. Introdução 
O presente trabalho constitui um projecto de pesquisa para elaboração da monografia de fim de curso para obtenção do grau de licenciatura em direito na Escola Superior de Economia e Gestão, com o tema: O Ministério Público na direcção efectiva da instrução preparatória dos processos-crime e suas repercussões, casos ocorridos na cidade de Pemba entre os anos de 2015 a 2017.
O Ministério Publico nos dias que correm na maioria dos países é um actor incontornável dentro dos sistemas judiciais independentemente das diferenças de modelo ou desempenho, pois tem vindo a ganhar um protagonismo crescente no seio de poder judicial dos mais diversos países.
Apesar do crescente papel que detém em especial na área criminal, o Ministério Publico não atingiu ainda um estatuto consensual quer nas funções, quer seja nas competências ao contrário do que ao longo do tempo se verificou com a Magistratura judicial.
A intenção deste trabalho tem como escopo a demonstração e da importância que tem o Ministério Publico na prossecução de acções de investigação de actos ilícitos praticados pelos cidadãos na sua conjuntura de actividades com o serviço nacional de investigação criminal (SERNIC), para culminarem os factos com acusação, abstenção e finalmente com arquivamento.
Por outro lado, vai analisar a investigação dos casos criminais ocorridos no Ministério Publico da cidade de Pemba no período de 2015 a 2017, mas tão-somente para compatibilizar e harmonizar actuação conjunta do Ministério Publico e do serviço nacional de investigação criminal (SERNIC), o que gerara uma efectiva instrução preparatória ou melhor investigação do Estado, bem como actuação do Estado no principio da legislação dá acção o Jus Puniendi (o direito de punir), pois o Ministério Publico como detentor da acção penal poderia formular o seu convencimento reduzindo o numero de impunidade pela ineficiência na obstinação do conjunto probatório. 
1.1 Tema de estudo
O Ministério Público na direcção efectiva da instrução preparatória dos Processos-Crime e suas repercussões, casos ocorridos na cidade de Pemba – 2015 a 2017 
1.2 Delimitação do tema 
Segundo Lakatos & Marconi (1999, p.102), “ tema é um assunto que se deseja provar o desenvolver que pode surgir de uma dificuldade prática enfrentada pelo coordenador, da sua curiosidade científica de desafio encontrado na leitura de outros trabalhos ou da própria teoria”. 
Com a presente pesquisa intitulada “O Ministério Público na direcção efectiva da instrução preparatória dos Processos-Crime e suas repercussões”, pretende-se analisar a investigação dos casos criminais ocorridos no Ministério Publico da cidade de Pemba no período de 2015 a 2017, somente para compatibilizar e harmonizar actuação conjunta do Ministério Publico e do Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC).
1.3 Objecto de estudo 
Certamente que em cada pesquisa tem que existir um principal destaque que geralmente denomina-se objecto principal de pesquisa, mas para então secundarizar estes comentários é necessário que citemos algumas visões a respeito disto, que na vertente de Lakatos e Marconi (2001, p.103), “objecto de estudo é aquilo que se pretende estudar, analisar, interpretar ou verificar de modo geral ”. Assim, o presente projecto de pesquisa tem como objecto de estudo fazer uma reflexão sobre a direcção efectiva da instrução preparatória dos processos penais.
É nesta óptica de escolher um tema que actualmente preocupante e necessário que não só, reforça a instituição, como também dá corpo ao preceituado na Constituição da Republica de Moçambique (CRM), neste ciclo de valores trouxe para este órgão algumas linha de forca para reflexão de que o autor propõe como projecto de monografia que irá efectivar como uma das condições imprescindível para obtenção do grau de licenciatura em Direito na Escola Superior de Economia e Gestão (ESEG).
2. Problematização
Para o dicionário da língua portuguesa (s/d, p.1211), problema é a questão que se propõe para ser resolvida, coisa difícil de explicar dúvidas, questão, mistério, enigma, isto é, aquilo que se precisa ser provado a partir de um estudo minucioso para apurar a veracidade dos casos partindo de evidencias se considera um problema.
Em Moçambique, a intervenção criminal comporta algum problema que começa pela actuação da polícia passando pela intervenção do Ministério Público até a participação da pessoa vítima, do indiciado e de outros entes Estatais, que se relacionam a atribuição de realização da investigação ao monopólio da Policia e ao valor das investigações.
Para o ingresso da acção penal exige-se neste caso um mínimo de elementos sobre a tutória e a materialização fornecidos pela investigação criminal para acompanhar a denúncia ou queixa-crime para o seu recebimento pelo juiz. Também o exercício do contraditório e da ampla defesa na fase de investigação facto que hoje em dia não é observado muitas vezes no nosso país.
Cabe ao Ministério Público como órgão representante do Estado, como órgão que presencia a instrução preparatória do processo-crime, de acordo com o artigo 4º da Lei no 4/2017, de 18 de Fevereiro que conjuga com o art. 336 da Constituição da Republica de Moçambique (CRM).
Salientando ainda que cabe de forma genérica ao mesmo estado através dos órgãos da Administração da Justiça, assegurar os direitos e liberdades dos cidadãos, educando para o estabelecimento de uma justiça harmoniosa de convivência social.
Dentre as varias funções plasmadas nos dispositivos legais, principalmente a de exercer a acção penal, nota-se uma fraca rigorosidade, por se verificar muitas abstenções, absolvições de arguidos por falta de junção de relatórios e outros documentos equivalentes, detenções de presumíveis infractores nas esquadras, as vezes sem matéria comprovativa, audição dos casos pelo Ministério Publico para o prosseguimento quando haja insistência pelos denunciantes ou famílias originando e comprometendo o prazo de instrução preparatória, cuja essa instrução é que tem finalidade de averiguar a existência de infracções, fazer investigação dos seus agentes e determinar a sua responsabilidade, nos termos do art. 158º do Código do Processo Penal e bem como os prazos protagonizados pelos intervenientes.
Dentre as várias tarefas que cabe ao Ministério Publico, importa destacar que é de orientar entre outras pelo princípio de legalidade.
Dum lado resulta que instrução preparatória obedece prazos previstos no artigo 308 do Código do Processo Penal findos os quais, independentemente de ter sido reunido ou não toda a prova necessária e de acordo com o disposto pelo artigo 326º conjugado com o artigo 337 ambos do mesmo diploma legal, necessariamente, os processos devem ser objectosde apreciação e despachos dos magistrados do Ministério Publico, acusação provisória ou definitivamente, ou abstendo-se, conforme a matéria probatória dos autos.
O prazo de instrução preparatória e por forca da lei, o processo vai ao despacho e sendo esta duma secção uma instancia transitória dos processos findados, na secção de instrução criminal (SIC), cabe a responsabilidade de apreciar e decidir para o destino de cada processo-crime, acusação (provisória ou definitiva) ou abstenção ordenando ou promovendo que o processo aguarde a produção da melhor prova ou que seja arquivado.
Para além de ampla tarefa do Ministério Publico, durante a instrução preparatória tem havido constrangimentos perturbadores nos processos-crime, por se verificar na prática arquivamentos, por carecer de junção de relatórios médicos legais, por um caso de violação de integridade humana por falta de constituição em assistente, para nos vários tipos e natureza do crime e outros documentos equivalentes para a junção nos processos-crime por serem imprescindíveis para a formação do corpo de delito. Aqui até certo ponto, tem provocado ruído e lamurias nos cartórios das Procuradorias por parte dos cidadãos. 
Neste contexto, o problema que se propões é: «Será que os cidadãos ou as partes interessadas no processo sabem quando e como é que resulta ou o Ministério Publico exara, o despacho de acusação (provisória ou definitiva), abstenção e promoção aguardar a melhor prova ou arquivo?» 
3. Justificativa 
Silve & Menezes (2000, p.31), consideram que a justificativa envolve aspectos de ordem teórica para o avanço da ciência de ordem pessoal, institucional (Universidades e Empresas) e de ordem social, contribuição para a sociedade como é o caso deste trabalho, contribuir para a mudança de atitudes de todos e perante os representantes, os intervenientes do poder do Ministério Publico envolvidos na instrução preparatória no cumprimento da lei.
Ainda na mesma linha de pensamentos Lakatos & eMarconi (2002, p. 103), defendem que justificativa “é uma exposição sucinta e completa das razoes teóricas e dos motivos de ordem pratica que torna importante a realização da pesquisa”, em causa escolheu-se o tema da presente pesquisa pelo facto de se constatar, por um lado que o Ministério Publico é um órgão de índole jurídica instituída há muito tempo, passam, pois, este seria o período suficiente para este órgão judicial melhorar as suas condições de trabalho, elevar a qualidade de instrução preparatória e reduzir ou acabar o elevado índice de infracções.
Ora o que acontece na realidade é absolvição de indiciados e detenção arbitrária de presumíveis infractores tanto nas esquadras, nos comandos como nas Sedes de Fórum Comunitário, nas cadeias sem razoes comprovativas por falta de investigação, aspectos que absorvidos na realidade, apresentam fraquezas consideráveis, no que diz respeito principalmente na credibilidade judicial, dai o interesse em compreender melhor o impacto da instrução preparatória no processo-crime na demonstração da matéria de infracção cometida pelo arguido.
Mas, por outro lado, identifica-se por uma razão de carácter maximamente pessoal, isto é, o proponente deste trabalho tem o intuito de licenciar-se em Direito facto que justifica pelo curso de investigação criminal.
Nas Procuradorias da Republica de Moçambique e assim como nos Tribunais Judiciais tem-se verificado um considerável número de processos abstidos e arquivados, alguns por falta de constituição em assistente, falta de relatórios médicos legais ou documentos equivalentes, por parte dos interessados, situações estas que têm causado prejuízo e descontentamento aos cidadãos afectados daí a pertinência de recolha deste tema que merece ser compartilhado.
Sendo o nosso Pais, um Estado de Direito e de justiça social, como melhor se pode aferir nos artigos 3 e 1, respectivamente, ambos da Constituição da Republica de Moçambique. Mas ainda atento a função educacional dos órgãos de Administração da Justiça, a problemática de abstenções, arquivamentos de processos-crime de vários tipos, forma e naturezas de crime e indeferimento de recursos por falta de constituição em assistente não se justifica, por expirar o prazo de 5 (cinco) dias que os denunciantes têm por reunir o tal requisito.
Os cidadãos prejudicados nos seus direitos, seja por ignorância da lei, seja por negligência das autoridades Policiais, Judiciais e do Ministério Publico, duma ou doutra forma desacreditam ao Estado. Importa encontrar soluções para sanar tal situações caricatas.
4. Objectivos
4.1 Objectivo geral 
Segundo Gonçalves (2009, p. 45), o objectivo geral constituía “a meta de longo alcance, isto é, as contribuições que se desejam oferecer com a execução da pesquisa”. Desta forma como objectivo geral desta pesquisa:
· Analisar a situação sobre o baixo estado de consciência jurídica dos cidadãos envolvidos nos processos penais na cidade de Pemba. 
4.2 Objectivos específicos
Gonçalves (2009, p. 17), considera ainda que os objectivos específicos constituem a finalidade de um trabalho científico, ou seja, a meta que se pretende atingir com a elaboração da pesquisa, isto é, factos que indicam aquilo que realmente desejam fazer.
Assim, são os objectivos específicos deste trabalho:
· Identificar alguns casos remetidos pelo Ministério Publico ao Serviço Nacional de Investigação Criminal na cidade de Pemba;
· Descrever os mecanismos que o Ministério Publico usa para apurar as infracções cometidas pelos arguidos em Pemba;
· Explicar o impacto de investigação de processo-crime na demonstração da matéria de infracção dos arguidos na cidade de Pemba.
4.3 Questão de partida 
Que procedimentos devem ser adoptados pelo Ministério Publico com vista a melhorar a investigação do processo-crime?
5. Hipóteses
· Com a intensificação das iniciativas da divulgação das leis que regem no país poderá eventualmente de forma progressiva ajudar no melhoramento das investigações no processo-crime;
· Com a formação e capacitação contínua dos quadros em matéria de criminal junto do Ministério Público poderá igualmente ajudar na instrução preparatória do processo-crime;
· Possivelmente o reforço da capacidade de resposta da realidade resultante do alargamento das competências dos tribunais em matéria penal.
6. REVISÃO DA LITERATURA 
O Processo Penal é uma sequência de actos juridicamente preordenados à decisão sobre se foi praticado algum crime e, em caso afirmativo, sobre as respectivas consequências e a sua justa aplicação. Dai que todos os actos que se integram nessa sequência processual são actos processuais. (Vitalino, 2014, p. 26).
 6.1 História e evolução do Ministério Publico 
Fala-se da controvérsia sobre a verdadeira origem do Ministério Publico, verificando-se estudo que contam da data 4000 a.C., onde figura do funcionário do Egipto, conhecido como mangai, que em latim significa a língua e os olhos do rei, assemelha-se ao membro do Ministério Público gerando polémica que certeza. (Lopes, 2000, p.59).
Todas estas classificações e denominações na verdade que procurando raízes do Ministério Público, chegamos muito próximo de identificar as funções de fiscalização de actos ilegais em cargos dos agentes da época nos trazendo na idade moderna a figura dos procurados do rei, advindo do Direito francês.
Sobre a origem do Ministério Publico, o doutrinador José Reinaldo Guimarães Carneiro destaca a origem do Ministério Publico como instituição deve ser compreendida dentro de racionalização, burocratização e centralização de poderes resultantes de contexto em que se desenvolve o Estado moderno.
De acordo com Madlener (1999, p.37), em 1879 com advento da revolução francesa, o Direito francês deu a estrutura mais adequada à instituição nos emprestando a expressão parquet, que significa assoalho ainda hoje sinonimo ao Ministério Publico.
O vocabulário Ministério vem do latim «Misterium» este Minister que significa executor.
Para Vitalino (2009, p. 39), a origem histórica da instituição está associada à própria evolução do próprioestado Moderno, porem a origem do Ministério Publico (hoje conhecida) ainda não é estipulada com certeza e unanimidade pela doutrina. 
N o cenário mundial é o Ministério Público que detém o comando das investigações preliminares ele dirige, supervisiona e coordena as investigações criminais com exemplos com exemplos marcantes na Itália, Portugal, Alemanha e outros países com sistemas legais e processuais mais modernos.
O trabalho do Ministério Público é essencial e principal na repressão criminal, é o braço do Estado juridicamente virado para o combate a criminalidade, accionamento da máquina judiciária na aplicação das sanções aos infractores das leis penais em consonância com os princípios constitucionais do devido Processo Legal e ampla defesa e o contraditório. (Santin, 2014).
Com o sistema acusatório foi retirado do estado o exclusivo poder de acusar e julgar como se vislumbrava no sistema inquisitório e essas funções foram separadas em diferentes sujeitos processuais com intuito de assegurar a imparcialidade do julgador manter sua equidistância das partes efectivando o direito a ampla defesa ao acusado.
O sistema moçambicano se pauta pelo sistema acusatório não puro apenas tem igualdade na fase da instrução preparatória, da instrução contraditória e de julgamento, havendo uma separação e independência das partes, isto é, quem acusa uma parte que é o Ministério Publico e quem julga é também outra parte o Juiz. 
7. Procedimentos metodológicos 
Quanto ao tipo de pesquisa trata-se de um estudo experimental com abordagem qualitativa e quantitativa com revisão bibliográfica e entrevistas abertas com os funcionários da procuradoria da cidade de Pemba.
7.1 Universo e amostra 
7.1.1 Universo 	
Considera-se universo neste estudo, todos os funcionários da Procuradoria da cidade de Pemba e todo o cidadão praticante envolvido pelo processo-crime da cidade de Pemba.
7.1.2 Amostra
A amostra que se pretende estudar será constituída por 20 pessoas, sendo 10 pessoas funcionários da Procuradoria da cidade de Pemba e 10 cidadãos envolvidos no processo-crime de ambos os sexos.
7.2 Instrumentos e técnicas de recolha de dados 
Os instrumentos e técnicas de recolha de dados qualitativos e quantitativos serão feitos em duas (2) formas que serão entrevistas e observações. Estas técnicas serão aplicadas num período correspondente a um (1) mês, isto é, todo o mês de Outubro de 2018.
Em relação aos dias e horas da recolha das amostras dependerá da situação encontrada no local de amostragem, mas prevê-se que serão todos os dias de semana exceptuando os sábados e domingos e nas horas normais de expediente.
Para a realização das entrevistas serão elaborados guiões de perguntas consoante o que se pretende adquirir. Estes guiões serão reproduzidos da seguinte maneira: dez (10) guiões para os cidadãos envolvidos no processo-crime e de igual número para os profissionais de justiça da procuradoria da cidade de Pemba.
No acto da realização de entrevistas serão anotadas as sensibilidades dos informantes com uma esferográfica azul de marca Bic, como também serão usados gravadores de voz no celular de marca SUMSUNG Note III, este servirá para gravar as informações que serão colhidas durante o período de entrevista dirigida aos profissionais de justiça e ao cidadão envolvidos nesse processo.
As observações serão feitas no acto das entrevistas, onde poderão ser observados os processos arquivados no sentido de analisar no contexto do processo-crime. 
8. Cronograma de actividades
De acordo com Lakatos & Marconi (2003, p. 226), a elaboração do cronograma responde à pergunta quando? A pesquisa deve ser dividida em partes, fazendo-se a previsão do tempo necessário para passar de uma fase a outra. 
Dada a complexidade do conteúdo a ser abordado, a pesquisa poderá obedecer um espaço de tempo de quatro (4) meses começando pelo mês de Fevereiro a Maio de 2018.
Tabela nº 1: Plano de actividades para realização de trabalho do fim de curso
	
No
	
Actividades de pesquisa
	Período de Execução de actividades
	
	
	De Fevereiro a Maio de 2018
	
	
	Fevereiro 
	Marco 
	Abril 
	Maio 
	01
	Revisão bibliográfica e elaboração do projecto
	
	
	
	
	02
	Entrega do projecto
	
	
	
	
	03
	Visita ao local de estudo
	
	
	
	
	04
	Recolha de dados
	
	
	
	
	05
	Compilação e análise de dados
	
	
	
	
	06
	Entrega da 1ª versão do trabalho para a sua discussão 
	
	
	
	
	07
	Entrega da versão final da monografia a comissão científica 
	
	
	
	
Fonte: Autor, Fevereiro de 2018.
9. Orçamento 
Tabela n° 2: Plano de orçamento quantificado e correspondente para material necessário 
	N°
	Designação
	Quantidade
	Custo Unitário (mts)
	Custo Total (mts)
	Fonte de Financiamento
	01
	Guião de entrevistas aos profissionais de justiça 
	10
	5,00
	50,00
	Fundo pessoal
	02
	Guião de entrevistas aos envolvidos no processo-crime
	10
	5,00
	50,00
	Fundo pessoal
	03
	Lápis
	02
	5,00
	10,00
	Fundo pessoal
	04
	Borracha
	02
	10,00
	20,00
	Fundo pessoal
	05
	Esferográficas
	02
	10,00
	20,00
	Fundo pessoal
	06
	Corrector 
	01
	35,00
	35,00
	Fundo pessoal
	07
	Agrafador para os guiões 
	01
	250,00
	250,00
	Fundo pessoal
	08
	Flash/USB
	01
	800,00
	800,00
	Fundo pessoal
	09
	Digitação do trabalho
	01
	500,00
	500,00
	Fundo pessoal
	10
	Impressão do trabalho
	03
	137,50
	540,00
	Fundo pessoal
	11
	Comunicações 
	
	300,00
	300,00
	Fundo pessoal
	12
	Encadernação do trabalho
	03
	 40,00
	120,00
	Fundo pessoal
	13
	Fotocopias 
	
	500,00
	500,00
	Fundo pessoal
	
	Total
	____
	_____
	3.195,00
	Fundo pessoal
Fonte: Autor, Fevereiro de 2018
10. Conclusão 
Da análise e confronto das várias formalidades jurídicas das normas que se relaciona uma a outra para o combate por um lado e por outro os procedimentos a ter em conta aquando de uma prática de ilícito criminal, podemos nos referir da CP, CPP, e o Decreto-lei 35007.
Salientar que os doutrinadores tiveram e fizeram o esboço para a propositura da acção criminal tem em vista proteger os interessados particulares e do Estado como garantias constitucionais de um modo geral e simples de execução e de procedimentos, mas encontramos o entrave que é o ser humano detentor do enfraquecimento que dirige e ainda pela fraca capacitação e formação das doutrinas e das leis que lhes envolve.
Um dos mais graves que afecta o sistema jurídico moçambicano é este clima de reforma contra reforma permanente que impede a estabilidade, a criação de correntes jurisprudências sólidas, impedindo ate que as soluções legislativas entrem verdadeiramente em vigor.
Os nossos códigos de processo penal, desde o de 1929 ate ao dos nossos dias, foram sofrendo mutações e revisões no tocante a fase da instrução, umas para a tornarem compatível com a constituição e com o nascimento do inquérito preliminar e outras para lhe aperfeiçoar a finalidade de comprovação judicial da decisão de acusar ou de arquivar que adviesse do inquérito.
O direito de defesa do arguido é para assegurar que ninguém é sujeito ao vexame do julgamento penal, anão ser que se verifique m indícios suficientes. Este direito deve ser entendido como uma importante manifestação do principio da presunção de inocência, o qual esta presente ao longo de todo processo penal e é compatível com o conteúdo normativo a atribuir a este juízo indiciário. 
O princípio da iniciativa processual das partes que também motiva que a fase de instrução seja facultativa a eventual, depende de requerimento do arguido ou do assistente não é uma exigência constitucional. 
11. Referências bibliográficas
1. Correia, Eduardo et al. Para uma nova justiça penal, Livraria Almedina, Coimbra, 1999. Vol.III.
2. Gonçalves, M.L. Código de processo penal anotado e legislação complementar. 17ª ed. Coimbra: Almedina, 2009.
3. Lakatos E. M & Marconi M. A. Fundamentos de Metodologia Científica. 3.ed. Editora Atlas S.A São Paulo. 2002.
4. Lakatos, E. M & Marconi, M. A (2003): Fundamentos de Metodologia Científica. Editora Atlas S.A São Paulo.
5. Lopes, J.M. Garantias judiciaria no processo penal. Instrução preparatória,Coimbra: 2ed. Editora Coimbra 2000.
6. Madlener, K. Meios e métodos para alcançar-se o processo penal. As metas de prazo razoável e de celeridade. Coimbra, Almedina. 1999.
7. Miranda, J. Direitos e Deveres Fundamentais do Homem: Coimbra, 1999.
8. Santin, Valter Foleto. A investigação criminal e o acesso a justiça. Instituto nacional de segurança social, Maputo. 2014.
9. Silve. F & Menezes. R. Garantias judiciaria no processo penal – do Juiz e da Instrução, Coimbra: Coimbra Editora 2000.
10. Vitalino, A. Início de procedimento criminal. Centro comercial de judiciário, Maputo. 2009.
__________________ Carta Africana de Direitos do Homem e dos Povos, 1988.
__________________ Constituição da República de Moçambique, Maputo, 1990.
__________________Constituição da República de Moçambique, Maputo, 2004. ___________________ Código Penal, Maputo, 2014.
__________________ Código de processo penal, Decreto no19271, de 24 de Janeiro de 1931;
__________________ Decreto-lei 35007 de 24 de Outubro
__________________ Lei no 4/2017, de 18 de Janeiro – Lei Orgânica do Ministério Publico e Estatuto dos Magistrados e do Ministério Publico – LOMP.
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