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Relatório- Prática de Orgânica e Experimental I (1)

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Uniube – Universidade de Uberaba
Prática de Orgânica e Experimental I
Aluno: Camila de Paula Soares Verri
RA: 1099548
Professor: Claudio Henrique Chadu Santos
RELATÓRIO 1/2
MISCIBILIDADE DE COMPOSTOS ORGÂNICOS
Uberlândia
07/12/2019
1-INTRODUÇÃO
A miscibilidade é a propriedade de duas ou mais substâncias se misturarem em quaisquer proporções, formando uma solução homogénea. O termo é usado com maior frequência para líquidos, mas também se aplica a sólidos e a gases. Em contraste, duas substâncias dizem-se imiscíveis se uma proporção significativa não forma uma solução homogénea, originando antes duas fases distintas. Dois líquidos imiscíveis tendem a formar duas fases distintas, separadas por um menisco. Por exemplo, a butanona é significativamente solúvel em água, no entanto não se tratam de dois solventes miscíveis, pois não originam solução homogénea em todas as proporções.
Relativamente aos compostos orgânicos, a percentagem mássica da cadeia hidrocarbonada determina a miscibilidade dos compostos com água. Quanto maior for a cadeia hidrocarbonada, menor será a polaridade do hidrocarboneto e menor será a tendência para ser miscível com a água. 
A miscibilidade de dois materiais costuma ser determinada opticamente. Quando dois líquidos miscíveis são combinados, a mistura resultante é límpida. Se a mistura for translúcida ou apresentar duas fases distinguíveis a olho nu, então trata-se de compostos imiscíveis. No entanto é preciso ter em atenção que dois compostos imiscíveis com índices de refracção similares podem originar misturas límpidas, levando a crer que se trata de compostos miscíveis.
2-OBJETIVO
Compreender a miscibilidade de determinadas misturas de líquidos.
3-METODOLOGIA EXPERIMENTAL
3.1-Reagente e Materiais
Para o experimento realizado em bancada utilizou-se os seguintes materiais;
- Tubo de ensaio
- Bequer 
- Pipeta de Paster
3.2-Procedimento Experimental
Seguindo o método abaixo;
· Mistura 01: Água e Etanol
· Mistura 02: Água e Butanol
· Mistura 03: Água e Álcool Octílico 
· Mistura 04: Água e Acetona
· Mistura 05: Água e Hexano
· Mistura 06: Água e Diclorometano
· Mistura 07: Água e Glicerina
· Mistura 08: Hexano e Diclorometano
- Enumerou-se os 8 tubos de ensaios de acordo com a mistura a ser realizada;
- Em seguida com auxílio da pipeta de paster, adicionou-se a cada tubo de ensaio 2 ml de cada líquido a ser misturado e agitou-se os tubos;
 - Após agitação deixou-se os tubos em repouso a anotou-se as observações.
4-RESULTADOS E DISCUSÕES
A partir do experimento realizado em bancada observou-se de forma clara como ocorre a miscibilidade e não miscibilidade dos líquidos que foram misturados.
Figura 01: Líquidos e Materiais Utilizados
Tabela 1 – Resultados.
	Mistura
	Miscibilidade
	1 - Água e Etanol
	Miscível
	2 - Água e Butanol
	Não miscível
	3 - Água e Álcool Octílico
	Não miscível
	4 - Água e Acetona
	Miscível
	5 - Água e Hexano
	Não miscível
	6 - Água e Diclorometano
	Não miscível
	7 - Água e Glicerina
	Miscível
	8 - Hexano e Diclorometano
	Miscível
5-CONCLUSÃO
Com o experimento realizado conclui-se que para ocorrer a miscibilidade as substâncias devem ser de mesma polaridade.
6-REFERÊNCIAS
Vogel, A., Vogel’s Textbook of Practical Organic Chemistry, 4a Edição, Editora Longman Scientific & Technical, New York, 1987, http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-40422013000800026.
7-ANEXO
O experimento realizado proporcionou reforçar os conhecimentos apresentados no Ava sobre miscibilidade de compostos orgânicos. Onde foi possível observar como cada líquido se comporta durante o processo de mistura. Da mesma maneira foi possível conhecer a reação dos compostos não miscíveis, como estes se comportam formando a separação nítida das fases.
Com isto a prática do experimento fez entender melhoras substâncias polares e apolares e as interações envolvidas no processo.
Durante a aula não houve dificuldades ou limitações, visto que os procedimentos foram seguidos de acordo com o roteiro e aula assistida. Porém na mistura 02 – Água e Butanol, diferente do assistido em aula, o que observei foi que não são miscíveis, que deve se dar pela quantidade de átomos de carbono (o t-Butanol é totalmente miscível já o s-Butanol é não miscível). Até três átomos de são infinitamente solúveis, acima disto já pode ser não miscível, como pode ser observado na tabela abaixo.
Uniube – Universidade de Uberaba
Prática de Orgânica e Experimental I
Aluno: Camila de Paula Soares Verri
RA: 1099548
Professor: Claudio Henrique Chadu Santos
RELATÓRIO 2/2
IDENTIFICAÇÃO DE GRUPOS FUNCIONAIS
Uberlândia
07/12/2019
1-INTRODUÇÃO
As funções orgânicas são grupos de compostos orgânicos que têm comportamento químico similar, devido ao grupo funcional característico. Os compostos orgânicos se diferenciam dos inorgânicos por apresentarem átomos de carbono distribuídosem cadeias e/ou átomos de carbono ligados diretamente a hidrogênio.
Os compostos orgânicos podem ser classificados conforme os átomos constituintes, radicais ligantes ou natureza das ligações. Assim, essas características agrupam os compostos por semelhança que formam, então, as funções orgânicas:
Hidrocarbonetos: são compostos constituídos por, apenas, átomos de carbono e hidrogênio. Sendo essa função composta por uma ampla gama de combustíveis (metano, propano, acetileno).
Alcoóis: os alcoóis são constituídos por radicais de hidrocarbonetos ligados a uma ou mais hidroxilas. Entretanto, nunca podem ser considerados bases de Arrhenius (pois não liberam essa hidroxila em meio aquoso).
Fenóis: são cadeias aromáticas (hidrocarbonetos) ligados a uma ou mais hidroxilas. Diferindo-se dos alcoóis, portanto, por apresentarem estrutura em anéis rodeados por grupos OH.
Éteres: são compostos por um átomo de oxigênio entre duas cadeias carbônicas. Sendo estas cadeias também de hidrocarbonetos (radicais alquila ou arila).
Ésteres: são semelhantes aos éteres por possuírem átomos de oxigênio entre as cadeias carbônicas (radicais). Porém, diferem-se destes por possuírem um grupo carbonilo (CO) também entre os carbonos. Assim, a molécula é estruturada por: radical – carbonilo – oxigênio – radical.
Aldeídos: são formados por um radical orgânico (alifático ou aromático) ligado a um ou mais grupos formilo (HCO).
Cetonas: são compostas por dois radicais orgânicos (alifáticos ou aromáticos) ligados entre si pelo grupo carbonilo (CO). É a essa função que pertence a acetona comercial (propanona – CH3COCH3).
Ácidos carboxílicos: são radicais alquila, alquenila, arila ou hidrogênio ligados a pelo menos um grupo carboxílico (COOH). E, geralmente, são ácidos fracos (liberam poucos íons H+ em meio aquoso).
Aminas: são compostos nitrogenados onde até três radicais orgânicos (arila ou alquila) se ligam a um átomo de nitrogêniopela substituição de átomos de hidrogênio da molécula de amônia. De modo que um radical liga-se ao -NH2, dois radicais a -NH e três radicais a -N.
Amidas: são bem parecidas com as aminas, exceto pela presença do grupo carbonilo. Assim, até três radicais acila (RCO) se ligam a um átomo de nitrogênio pela substituição de átomos de hidrogênio do amoníaco. Ou seja, as amidas possíveis são: RCONH2, (RCO)2NH, e (RCO)3N.
Haletos Orgânicos: são compostos formados por halogênios (com NOx -1) que substituem átomos de hidrogênio pela reação de halogenação. 
2-OBJETIVO
Identificação e confirmação de grupos funcionais.
3-METODOLOGIA EXPERIMENTAL
3.1-Reagente e Materiais
Para o experimento realizado em bancada utilizou-se os seguintes materiais e reagentes;
· Formol P.A.
· Permanganato de potássio P.A.
· Cloreto de zinco P.A.
· Ácido clorídrico P.A.
· Nitrato de prata P.A.
· 2,4-Dinitrofenilhidrazina P.A.
· Ácido sulfúrico P.A.
· Etanol 95%
· Hidróxido de sódio P.A.
· Hidróxido de amônio P.A.
· Estante com 10 tubos de ensaio
· 5 balões volumétricos de 50 mL
· Funil pequeno
· Pipetas
· Espátulas
· Balança analítica
· Pera
· 10 pipetas de paster
· Bastão de Vidro
3.2-Procedimento Experimental
Seguindo o método abaixo;1º Teste: Teste de Bayer
· Preparou-se a solução de KMnO4 2%;
· Pesou-se em um bequer, 1g de KMnO4 e transferiu-se com auxilio de um funil para o balão volumétrico de 50ml;
· Completou-se o balão com água destilada.
- Em seguida adicionou-se ao tubo de ensaio 2ml de água destilada e 5 gotas de Formol P.A;
- Após adicionou-se 5 gotas da solução de KMnO4 2% até persistir a cor violeta;
- Agitou-se e aguardou-se para observar as mudanças.
2º Teste: Teste de Lucas
· Preparou-se a solução de ZnCl2/HCl;
· Pesou-se em um béquer 17g de ZnCl2 e com auxilio de uma pipeta adicionou-se ao béquer 13,12ml de HCl;
· Com auxilio de bastão de vidro, misturou-se a solução até dissolver por completo;
- Em seguida com auxilio da pipeta de paster, adicionou-se ao tubo de ensaio 10ml da solução de ZnCl2/HCl;
- Aguardou-se para observar as mudanças.
3º Teste: Teste com nitrato de prata 10%
· Preparou-se a solução de AgNO3 10%;
· Pesou-se em um béquer 5g de AgNO3 e transferiu-se para o balão volumétrico de 50ml;
· Completou-se o balão volumétrico com água destilada.
- Em seguida acrescentou-se ao tubo de ensaio 1ml de Formol P.A , 3 gotas de H2SO4 P.A e 3 gotas da solução de AgNO3 10%;
- Aguardou-se para observar as mudanças.
4º teste: Teste com 2,4-Dinitrofenilhidrazina
· Preparou-se a solução de 2,4-DNFH ;
· Pesou-se em um béquer 3g de 2,4-DNFH e dissolveu-se em 15ml de H2SO4;
· Em seguida sob agitação adicionou-se 20ml de água e 70ml de etanol 95%.
- Logo após adicionou-se ao tubo de ensaio 5 gotas de Formol P.A , 2ml de etanol 95% e 3ml da solução de 2,4-DNFH;
- Aguardou-se para observar as mudanças.
5º Teste: Teste de Tollens
· Preparou-se a solução de AgNO3 5 %;
· Pesou-se em um béquer 2,5g de AgNO3 ;
· Transferiu-se para o balão volumétrico de 50ml e completou-se o balão volumétrico com água destilada.
· Preparou-se a solução de NaOH 10%;
· Pesou-se em um béquer 5g de NaOH;
· Transferiu-se para o balão volumétrico de 50ml e completou-se o balão volumétrico com água destilada.
· Preparou-se a solução de Tollens;
· Adicionou-se em um béquer 2ml da solução de AgNO3 5 % e acrescentou-se 1 gota da solução de NaOH 10%;
· Observou-se o aparecimento de um precipitado escuro;
· Em seguida adicionou-se ao béquer 7 gotas de NH4OH onde desaparece-se o precipitado.
- Após transferiu-se com auxilio da pipeta de paster, 1 ml da solução de Tollens para um tubo de ensaio;
- Adicionou-se ao tubo de ensaio 2 gotas de Formol P.A;
- Aguardou-se para observar as mudanças.
4-RESULTADOS E DISCUSÕES
De acordo com o experimento identificou-se:
1º Teste: Teste de Bayer
Observou-se a mudança de coloração, onde identificou-se a presença de oxidáveis. 
 2º Teste: Teste de Lucas
Observou-se a turvação e formação de duas fases, onde identificou-se a presença de um álcool terciário. 
3º Teste: Teste com nitrato de prata 10%
Observou-se a formação de precipitado, onde identificou-se a presença de um haleto orgânico.
4º teste: Teste com 2,4-Dinitrofenilhidrazina
Observou-se a formação de precipitado amarelo, onde identificou-se a presença de aldeído .
5º Teste: Teste de Tollens
Observou-se a formação de um espelho de prata, onde identificou-se a presença de cetona .
5-CONCLUSÃO
Com os procedimentos executados conseguiu-se diferenciar a variedade de grupos funcionais, cada um com suas características específicas, tendo a possibilidade de entender e conseguir classificar cada grupo funcional.
6-REFERÊNCIAS
MORRISON, r. T.;Boyd, R. N. Química orgânica. 12. ed, Lisboa Fundação Gulbekiam. 1996.
7-ANEXO
Com o estudo e prática realizados sobre os grupos funcionais, pode-se perceber o quanto são importantes, pois dão características a determinadas substâncias. Além disso, são eles os responsáveis pela reatividade das moléculas. E também ao mesmo tempo, é a presença dos grupos funcionais que vai tornar uma molécula mais ou menos reativa. 
A aula foi de extrema importância para aprimorar o conhecimento já adquirido durante as aulas AVA, e todos os testes foram realizados seguindo os procedimentos mencionados, com isto obtendo resultados satisfatórios.
Para realização dos testes não houve dificuldade, da mesma forma para o preparo das soluções que foram utilizadas.
A reação que ao meu ponto de vista se destacou, foi a formação do espelho de prata e o precipitado marrom da solução de Tolles.

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