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Quando falamos de tradição em relação à história africana, referimo-nos à uma tradição tal que
nenhuma tentativa de penetrar a história e o espírito dos povos africanos terá validade a menos
que se apóie nessa herança de conhecimentos de toda espécie, pacientemente transmitidos de
boca a ouvido, de mestre a discípulo, ao longo dos séculos. Esse trecho se refere à:
História oral.
Pesquisa arqueológica.
Pesquisa antropológica.
Pesquisa sociológica.
História escrita.
Explicação:
A resposta certa é a da letra a, ou seja, a História Oral, como pode ser verificado no texto em pdf disponível
na tela 16 da aula 1.
2.
As historias sobre o personagem Tarzan ajudaram a difundir, no ocidente, a
imagem de uma África:
Altamente civilizada.
Rica e desenvolvida.
Selvagem.
Povoada por sociedades semelhantes às sociedades da Europa ocidental.
Rica em flora e fauna e com um povo que vivia em paz.
Explicação:
A resposta correta é a da letra d, conforme pode ser verificado na tela 6 da aula online 1. Tarzan reforçou
uma imagem já difundida da África, na qual o continente aparece como uma região homogênea, terra de
leões, girafas, zebras, rinocerontes e também de algumas tribos compostas por homens e mulheres negros
que se vestiam como leopardos e possuíam pouco contato com o que se costuma chamar de ¿mundo
civilizado¿.
3.
Por que sabemos tão pouco sobre a história da África? Segundo o antropólogo
Kabengele Munanga, as razões são:
Ausência de interesse por parte dos africanos em divulgar sua história
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Preconceitos, ignorância e uma questão ideológica ligada ao interesse colonizador.
Inexistência de historiadores na áfrica interessados em produzir e divulgar a história africana
Falta de fontes para se estudar a história da África
Falta efetiva de história e cultura no continente africano
4.
A África possui uma característica natural que faz com que ela seja chamada
"continente espelho". essa característica é:
Além das florestas características da zona equatorial, seus outros cinco tipos de vegetação.
O tipo de solo, especialmente o do Deserto do Saara que reflete a luz solar provocando uma
claridade muito grande durante o dia.
A relação entre as diferentes vegetações com os diferentes climas, que cortam o continente de
forma horizontal, ordenados a partir da linha do Equador.
O formato do continente que se espelha ao formato da América do Sul
A aparência da água de seus rios e mares, muito cristalina.
5.
Com relação aos estereótipos sobre o continente africano e às historias do
personagem Tarzan, leia, com atenção, as afirmativas abaixo:
I. Por diversas razões, a África de Tarzan continua presente até os dias de
hoje. Um exemplo disso é o fato de muitas crianças em idade escolar
avançada (e por vezes até adultos) não saberem precisar se a África é
um país ou um continente.
II. Os tempos da África de Tarzan ficaram definitivamente para trás. Hoje,
é do conhecimento de todos que a África é um continente diversificado,
com várias culturas e sociedades diferenciadas.
III. Ainda que a África possua florestas densas e seja habitada por leões,
macacos e elefantes, caracterizá-la unicamente como uma grande selva
seria um erro ao mesmo tempo geográfico e histórico.
Assinale, abaixo, a opção que contém as afirmativas corretas.
As afirmativas II e III estão corretas.
As afirmativas I, II e III estão corretas.
As afirmativas I e II estão corretas.
Somente a afirmativa II está correta.
As afirmativas I e III estão corretas.
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Explicação:
A resposta correta é a opção c, isto é, as afirmativas I e III estão corretas. A afirmativa II não está correta
porque, na verdade, a África de Tarzan continua presente nos dias de hoje, como nos ensina a afirmativa
I. Ver telas 7 e 8 da aula online 1.
6.
O ensino de África deve partir de algumas baser importantes como:
que a Africa é um grande e poderoso continente maltratado pela história
que precisamos devolver a África para história, começando por afirmar que não existe uma
ÁFrica.
demonstrar que somos todos africanos e lá é o berço da humnaidade
que os Áfricanos e todos os negros são iguais e precisam se unir.
que a África era um continente bucólico, em que o homem vivia em seu estado natural até a
chegada dos homens brancos
Gabarito
Comentado
7.
A respeito das línguas africanas, assinale a alternativa incorreta:
A linguagem é um dos elementos que aponta para a diversidade. Essa ampla heterogeneidade
divide-se em quatro grandes famílias: a afro-asiática; a níger-kordofaniana; a nilo-saariana; e a
khoisan.
A família afro-asiática domina o norte do continente e também é chamada de camito-semítica.
Subdivide-se em cinco grandes grupos linguísticos ou ramos da família: o berbere; o egípcio
antigo; o semítico, o cuxítico e o chádico.
O berbere tem pouca diversidade interna, sendo que algumas línguas pré-coloniais já extintas
provavelmente faziam parte de seu universo, como a língua dos guanchos, das Ilhas Canárias,
bem como uma extinta versão do líbio.
O egípcio antigo manifesta-se nos hieróglifos e papiros mais famosos, recebendo sua versão
copta com o advento do cristianismo. Como língua falada, deixou de existir por volta do século
XVII, sacramentando um processo que se inicia com a conquista árabe daquela região.
O ramo semítico apresenta leve diferenciação interna, sendo muito similares os idiomas falados.
Explicação:
O ramo semítico, por sua vez, apresenta forte diferenciação interna, ao contrário dos outros dois
apresentados anteriormente. Divide-se em semítico ocidental e semítico oriental, sendo que esta
segunda divisão tem apenas um idioma, o acadiano, já extinto, e representado por escrita de tipo
cuneiforme. Esse idioma, por sua vez, se dividia em dois dialetos: o babilônio, do sul; e o assírio, do
norte.
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8.
A partir da interpretação do mapa acima, pode-se afirmar que
O mapa identifica o reino do Congo como o maior de todos os reinos, por isso, a sua
importância em abordagens na literatura de ficção e nas produção de cinema.
O mapa mostra que todos os reinos coexistiram em paz e tinham intensas trocas comerciais.
O mapa mostra a dificuldade de constituição de organizações no interior africano, daí a
exclusividade de reinos pelo litoral, o que facilitou o comércio com outros povos.
O mapa mostra que as antigas etnias não tiveram a conservação das etnias pelas fronteiras do
atual mapa africano.
O mapa mostra que os reinos não tinham dispersão, mesmo com desertos como os do Saara e o
de Kalahari.
Explicação:
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A questão aborda a perspectiva das mudanças das fronteiras africanas dos antigos reinos pela ação da
presença europeia,especialmente a partir do século XIX. Nessa questão é importante perceber que as
fronteiras atuais são de caráter artificial e sem respeito às etnias de séculos atrás e suas descendências.
Também é importante para o historiador saber ler uma produção cartográfica (mapas), como exemplo,
identificar que o Congo não era o maior reino dentre os elencados.
Sobre o papel dos escribas no Egito Antigo, é possível afirmar:
Eram os responsáveis pelos cultos religiosos do Reino
Para se tornar um escriba, bastava nascer em uma família nobre.
Por saberem ler e escrever, detinham o poder político nas cidades do Reino.
Os escribas dominavam o alfabeto persa.
Graças ao seu trabalho, hoje conhecemos um pouco da História do Egito.
Gabarito
Comentado
2.
QUAL FATOR GEOGRÁFICO POSSIBILITOU O DESENVOLVIMENTO DA
CIVILIZAÇÃO EGÍPCIA NA ANTIGUIDADE?
O CLIMA SUBTROPICAL E O ALTO ÍNDICE PLUVIOMÉTRICO (ÍNDICE DE CHUVAS) O
TERRITÓRIO EGÍPCIO, FAVORECENDO A AGRICULTURA NA REGIÃO.
A EXISTÊNCIA DO RIO NILO QUE POSSIBILITOU A PRÁTICA DA AGRICULTURA EM SUAS
MARGENS, A PESCA E O USO DE SUAS ÁGUAS PARA DIVERSAS FINALIDADES.
A EXISTÊNCIA DE UMA DENSA FLORESTA TROPICAL NO NORDESTE DO CONTINENTE
AFRICANO.
A EXISTÊNCIA DE CIDADES QUE JÁ APRESENTAVAM UM CERTO DESENVOLVIMENTO
ECONÔMICO, FACILITANDO O CONTROLE DE DETERMINADOS FENÔMENOS DA NATUREZA.
A PRESENÇA DO DESERTO DO SAARA QUE FAVORECEU O ESTABELECIMENTO DE ALDEIAS NA
REGIÃO.
3.
Napata foi uma cidade, na margem oeste do rio Nilo, cerca de 400 km ao norte
de Cartum, capital do atual Sudão. Sobre a civilização Núbia, marque a resposta
INCORRETA:
Os núbios nunca se relacionaram com a civilização egípcia, preferindo negociar com os he-breus
e assírios.
Em 1075 a.C, o Sumo Sacerdote de Amon em Tebas, capital do antigo Egito, tornou-se pode-
roso o suficiente para limitar o poder do faraó somente sobre o Alto Egito. Este foi o início do
Terceiro Período Intermediário (1075 a.C-664 a.C). A fragmentação do poder no Egito permitiu
que os núbios recuperassem a autonomia. Eles fundaramum novo reino, Kush, centrado em
Napata;
Napata começou atingindo seu auge após Tantamani ter voltado da guerra contra os assí-rios.
Sua economia era essencialmente baseada no ouro. O Egito era um aliado econômico
importante. Em 660 aC, os Nubios começaram a explorar ouro, inaugurando o a Idade do Ferro
Africana;
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Desde época das dinastias, os egípcios tinham sido interessados na Núbia, uma região muito
rica em ouro. Os egípcios logo controlaram o comércio, de modo que o Egito se tornou uma
potência imperialista na Núbia;
Em 750 a.C, Napata foi uma cidade desenvolvida, enquanto o Egito ainda estava sofrendo de
instabilidade política. O Rei Kashta atacou o Alto Egito. Sua política foi seguida por seus suces-
sores Piye e Shabaka (721-707 aC), que finalmente trouxe todo o Vale do Nilo para o controle
cushita no segundo ano do seu reinado. Shabaka também lançou uma política de construção de
monumentos, no Egito e Núbia. Em geral, os reis de Kush governaram o Alto Egito durante
cerca de um século e todo o Egito por cerca de 57 anos;
4.
A respeito da organização econômica e social do Egito Antigo foi
estabelecido de forma convencional o uso do conceito de modo de produção
asiático, que, a despeito do Egito ser africano, foi considerado para a análise
dessa sociedade. A respeito desse modo de produção, pode-se afirmar que
as terras eram dos nobres que usavam a mão de obra camponesa para construir seus palácios e
templos.
o líder era escolhido por um conselho de anciãos e ficava responsável pelo comércio marítimo,
base da economia egípcia.
que as terras pertenciam aos nomarcas e o comércio e a pecuária eram o sustento do Império.
as terras eram do Estado e a base da mão de obra era servil, formada por camponeses.
a mão de obra mais comum era a de escravos, geralmente obtidos por compras em caravanas
do deserto, como no caso dos hebreus.
Explicação:
As terras do Egito eram do Estado, não havia a noção de propriedade privada. As grandes obras públicas
usavam como mão de obra os camponeses, que por servidão coletiva, trabalhavam para o Estado na
época das cheias do Nilo em troca do uso das terras estatais.
5.
O Reino de Kush foi um dos mais promissores da África Antiga, tendo dominado o
Egito em períodos importantes além de ser uma saída estratégica para o Oceano
índico, ainda que com grandes disputas. Estamos nos referindo aos:
Zimbábue
Nagôs
Ganeses
Songai
Núbios
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6.
"O Egito é uma dádiva do Nilo".
Durantes séculos essa frase do grego Heródoto serviu como síntese para explicar
a grandeza e opulência do primeiro grande império centralizado no mundo.
Porém, no segunda metade do século passado os egiptólogos discordavam da
relação de causa e efeito provocada pela frase. Isso deve-se
ao fato do Egito ter se formado a partir da expansão do império romano pelo
Mediterrâneo; sendo assim, o Nilo só servia para a agricultura e uso da água para beber.
à omissão de Heródoto quanto à importância do rio Níger para o comércio transaariano que os
egípcios faziam com os povos ocidentais da África.
ao fato que colocar o Egito como protagonista o viajante grego acabou por ocultar as obras e
grandiosidades de povos como os dos Impérios de Gana, Mali e Songhai, também banhados
pelo Nilo.
ao fato do etnocentrismo de Heródoto não dar crédito que o povo egípcio conseguiu dominar o
Nilo, suas enchentes, suas estiagens, com obras que requeriam grande planejamento e que
fizeram do Egito um império que fosse mais vistoso que o mundo helênico.
ao problema de Heródoto não ter conhecido as terras mais ao sul do Egito, o Sudão, aonde
encontraria povos mais adiantados quanto á centralização e obras púlbicas, independente de
terem acesso ao Nilo.
Explicação:
A construção da frase de Heródoto acaba por dar ao Nilo um protagonismo para a constituição da grande
civilização que foi o Egito Antigo. Porém, o Nilo não era só uma dádiva, um presente. Ele ao encher
destruía habitações, pastos, moradia e matava pessoas. Os egípcios de forma paciente e com o uso de
mecanismos racionais de observação e experimentação o domaram como se domaria um animal
selvagem. Esse domínio proporcionou uma otimização do Nilo para as demandas egípcias, como
armazenamento de água, fonte para a agricultura e uso de transportes.
7.
A principal atividade econômica do reino Kush era:
Mineração
Artesanato
Comércio
Agricultura
Criação de animais
1.
Sobre a África subsaariana, antes do século XV, podemos afirmar:
I. Era composta de sociedades sem escrita e, portanto, sem história;
II. Era composta de diversas sociedades com organizações diferentes, indo desde aldeias de agricultores e
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criadores até verdadeiros impérios bem estruturados;III. A escravidão só passou a existir a partir da expansão marítima européia do século XV;
IV. Houve um processo de islamização de vários reinos do Sudão, a partir do século VII, embora a maioria
de suas populações permanecesse com suas religiões tradicionais.
São corretas as opções:
I e II
I e III
I e IV
III e IV
II e IV
2.
"A fala é considerada como a materialização ou exteriorização das
vibrações das forças... Lá onde não existe a escrita ..., o homem
está ligado à palavra que profere. Está comprometido por ela. Ele
é a palavra, e a palavra encerra um testamento daquilo que ele é.
A própria coesão da sociedade repousa no valor e no respeito pela
palavra."
(In: Hampaté Ba, A. História Geral da África, vol. I, capítulo 8)
Em sociedades tradicionais africanas:
O conhecimento é a própria palavra, é ela que transmite os conhecimentos de uma geração
para outra.
A palavra só tem algum significado quando atrelada a relações sociais contratuais.
A palavra atribuída ao ancestral comum, ao mais velho, é sempre desconsiderada e sem valor
nas relações sociais.
O ancestral é uma referência grupal isolada e a tradição perde-se no tempo a cada nova
geração.
Os mais novos detêm a liderança comunitária, onde as novas tecnologias exercem um papel
preponderante.
3.
A religiosidade era uma das características definidoras das
sociedades da África Subsaariana. Com relação as práticas
religiosas das sociedades subsaarianas é correto afirmar que:
Assim como os as sociedades do Norte da África, os povos subsaarianos viam seus reis como
figuras divinas, descendentes em linha direta dos criadores do universo.
Até se iniciar o contato com os muçulmanos, todos povos da África Subsaariana não só
compartilhavam a crença nos mesmos deuses, como mantinham a prática regular de realizar
sacrifícios humanos.
Embora as sociedades da África Subsaariana fossem essencialmente monoteístas e
acreditassem numa única divindade, cada uma venerava esse deus de maneira diversa.
Até a chegada do cristianismo trazido pelos europeus todos os povos subsaarianos
compartilhavam as mesmas três divindades: Ogum, Xangô e Oxumaré, aos quais cultuavam em
grandes templos construídos no centro das comunidades.
Embora cada comunidade acreditasse em um deus ou em deuses próprios, as formas por meio
das quais os membros desses grupos entravam em contato com o divino era muito semelhante.
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4.
Podemos afirmar a respeito da Expansão Bantu que: I Ocorreu
graças ao aumento populacional e ao desmatamento decorrentes
da pesca farta e do cultivo de gêneros alimentícios. II Consistiu
em dois grandes processos migratórios em busca de novas terras
na região centro-sul do continente africano. III Foi um movimento
migratório provocado por conflitos étnicos na região localizada ao
norte do continente africano. IV Ocorreu em função da epidemia
de doenças tropicais que assolou o território centro-oeste da
África.
Apenas a afirmativa I está correta
Apenas a afirmativa III está correta
Apenas a afirmativa II está correta
As afirmativas I e II estão corretas
Apenas a afirmativa IV está correta
Gabarito
Comentado
5.
Uma das principais instituições das chamadas sociedades
tradicionais africanas era a família, pois era ela que primeiro
definia o pertencimento dos indivíduos no grupo. Acerca da noção
de família na África Subsaariana, é correto afirmar que:
As famílias africanas eram relativamente pequenas, se comparadas com as famílias europeias,
principalmente em função das alta mortalidade infantil decorrente do baixo desenvolvimento das
técnicas de medicina.
Somente eram considerados membros de uma mesma família, os descendentes em linha direta,
ou seja; pais, filhos, netos e bisnetos, e mesmo assim a famílias eram muito numerosas em
função da alta taxa de natalidade.
A organização familiar africana era bastante semelhante ao modelo europeu. Ao filho
primogênito cabia manter a linhagem ¿ e as posses ¿ do patriarca. Enquanto os outros filhos, ao
se casar, saiam de casa e davam início a uma nova estrutura familiar totalmente independente.
As famílias africanas, principalmente as mais ricas, procuravam manter suas posses através de
casamentos consanguíneos, ou seja casavam irmãos com irmãs, o que também contribuía para
o fortalecimento dos laços familiares.
As famílias africanas eram extensas, formadas não só pela mãe, pai e seus filhos, mas também
pelos avós, tios, sobrinhos, netos e primos que tinham um ancestral em comum.
A organização islâmica na África foi:
fácil pois a religião islâmcia foi facilmente aceita
difícil pois eram áreas de floresta e os árabes não estavam acostumados
cheia de idas e vindas, uma vez que as expedições não foram contínuas e os bérberes reagima
constantemente
difícil pois roma, que era a senhora do norte da África criou grande resistência
rápida pelo atraso local
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2.
Quando tratamos de rota saariana precisamos entender que é:
é necessário entender que é conjugação das práticas sociais africanas, seu comércio e trocas,
com as trocas de mercadores nômades e a inserção dos centros islâmicos.
o domínio pleno do Islão não África
é o domínio do islão levando bens para todo o mundo, apesar que naquele momento o saara era
na verdade uma grande floresta, passando pela desertificação só muito posteriormente.
É o domínio europeu criando uma importante rota de escravos mais rápida e eficiente no norte
na África.
é necessário entender que é uma rota comercial poderosa e que estão inseridos Europa, África,
Oriente e Américas.
Gabarito
Comentado
3.
A expansão Almorávida foi marcada pela:
Pela intensidade do discurso religioso.
Pela violência com os Cristãos.
Pela aceitação das religiões Africanas.
Pela disposição de buscarem ouro como fundamento de sua economia.
Pela intensidade da conversão ao Judaísmo.
Gabarito
Comentado
4.
A Rota Saariana pode ser definida como:
um trajeto comercial que integrava norte e sul africano a Europa e Ásia
um trajeto em torno do Rio Nilo, única região em que era possível atravessar o Saara.
um trajeto militar de expasão islâmica
uma rota comercial dominada por judeus desde os tempos do velho testamento
um trajeto militar gengi e nagô em busca de escravos
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5.
"As primeiras informações a respeito do reino de Gana foram encontradas na
obra do escritor árabe Al-Fazari, no século VIII. Esse autor relata que, no
Marrocos, Gana já era conhecida como a terra do ouro desde o século VIII, por
conta da existência de reservas desse metal e do comércio estabelecido com o
Norte da África, que trocava, entre outros produtos, o ouro por sal."MATTOS,
Regiane Augusto de. História e cultura afro-brasileira. São Paulo: Contexto, 2008.
Com relação ao reino de Gana (séc VIII-XIII), assinale a alternativa INCORRETA:
O reino de Gana entra em declínio no ano de 1240 e, em seguida, foi dominado e anexado pelo
Império do Mali.
O reino de Gana beneficiou-se com o comércio transsaariano e a produção de ouro possibilitou,
durante muito tempo, a manutenção de uma relação comercial superavitária com outras
regiões.
O território do reino de Gana localizava-se na região ocidental do continente africano, entre o
deserto do Saara e os rios Níger e Senegal.
O reino de Gana conseguiu desenvolver grande independência econômica com relação aos
outros territórios africanos, dada a sua enorme produção de ouro, possibilitando, inclusive, a
diminuição de importações de produtos de outras regiões.
A maioria das informações sobre o reino de Gana advém de narrativas feitas por comerciantes e
escritores árabes daquele período.
Explicação: O reino de Gana, mesmo com seu desenvolvimento econômico, era dependente da
importação de escravos e de produtos manufaturados produzidos em outras regiões da África.
Gabarito
Comentado
6.
Audaghost
A conquista da cidade de Audaghost representa o máximo
esplendor do Reino de Gana. Observe a descrição dessa
importante cidade africana, situada num oásis e importante
entroncamento de rotas comerciais pelo Deserto do Saara:
"O rei de Audaghost é o soberano dos berberes do Saara
Ocidental e de vinte e três reis negros que lhe pagam
tributo; seu império se estende sobre o equivalente a dois
meses de viagem de norte a sul e de leste a oeste. Conta
com um exército de cem mil guerreiros montados sobre
camelos de raça. Possui muita importância como centro
islâmico, pois é dotada de uma mesquita-catedral e de
numerosas mesquitas menores. O bem estar desta
povoação, a formigar de transações, rodeada de hortas, em
que abundam os pepinos, as palmeiras e também uma
grande quantidade de figueiras, estabelece uma cortina de
proteção contra o calor do deserto A criação de carneiros e
de bois é aí particularmente próspera. Por um simples mitkal
(ouro em pó) podem-se comprar pelo menos dez carneiros.
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Encontra se muito mel que vem do país dos negros. As
gentes vivem desafogadamente e possuem muitos bens. O
seu mercado é sempre muito animado. A multidão é tão
densa, o calor tão forte, que mal se ouve o que o vizinho diz.
As compras são pagas em ouro em pó, pois não existe
moeda de prata. Encontram-se belas construções e casas
muito elegantes. A população é na maioria berbere. A
comida preparada pelas mulheres é deliciosa, e as moças da
terra têm uma beleza proverbial. " O reino africano de Gana
era conhecido na língua soninque, povo dominante do país,
como Uagadu, que significa "O País dos Rebanhos." Marque a
alternativa abaixo, retirada do texto acima, que justifica o
nome Uagadu:
A comida preparada pelas mulheres é deliciosa, e as moças da terra têm uma beleza proverbial.
Conta com um exército de cem mil guerreiros montados sobre camelos de raça.
A criação de carneiros e de bois é aí particularmente próspera. Por um simples mitkal (ouro em
pó) podem-se comprar pelo menos dez carneiros.
Nenhuma das frases justifica claramente o nome do reino, uma vez que o conteúdo é político
não econômico.
O rei de Audaghost é o soberano dos berberes do Saara Ocidental e de vinte e três reis negros
que lhe pagam tributo.
Gabarito
Comentado
7.
"As caravanas do Sudão ou do Níger trazem regularmente a Marrocos, a Túnis,
sobretudo aos Montes da Barca ou ao Cairo, milhares de escravos negros
arrancados aos países da África tropical ; os mercadores negros organizam
terríveis razias, que despovoaram regiões inteiras do interior. Este tráfico
muçulmano dos negros de África, prosseguindo durante séculos e, em certos
casos até os mais recentes, desempenhou sem dúvida um papel primordial no
despovoamento antigo da África."
(In: HEERS, Jacques. O trabalho na Idade Média.)
O texto descreve um episódio da história do Islã na Idade Média, quando:
Maomé começou a pregar a Guerra Santa no Cairo, como condição para a expansão da reli-gião
de Alá, que garantia aos guerreiros uma vida celestial de pura espiritualidade
a expansão árabe foi propiciada pelos lucros do comércio de escravos, que visava abastecer
com mão-de-obra árabe as regiões da península Ibérica
os árabes ultrapassaram os Pirineus e mantiveram o domínio sobre o reino Franco, até o final da
Idade Média ocidental.
os reinos árabes floresceram no centro/sul do continente africano, nas regiões de florestas
tropicais, berço do monoteísmo islâmico;
atuaram no tráfico de escravos negros, dominaram a África do norte, atravessaram de Gi-
braltar e invadiram a península Ibérica;
Gabarito
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8.
As principais riquezas do reino africano de Gana são:
O ouro, o sal e o controle do comércio transaariano (do Deserto do Saara).
Os escravos.
A prata, o mercúrio e a pimenta.
O óleo de palma, a noz de cola e o ébano.
Ouro, prata e diamantes.
1.
O Império Mali foi um estado da África Ocidental, perto do rio Níger, que dominou esta região nos
séculos XIII e XIV. Sobre tal reino, qual é a alternativa INCORRETA:
O império controlava as rotas comerciais transaarianas da costa sul ao norte. Os principais
produtos comercializados eram: ouro, sal, peixe, cobre, escravos, couro de animais, noz de cola
e cavalos
o império alcançou o auge no início do século XIV, durante o governo de Mansa Musa, que se
converteu ao Islão. Em sua peregrinação a Meca, esse soberano fez-se acompanhar de uma
comitiva com 15 mil servos, cem camelos e expressiva quantidade de ouro
de três impérios consecutivos, este foi o mais extenso territorialmente, comparado com o de
Songhai e do Gana
dominou a região do Maghreb, até serem derrotados pelos cruzados em 756, por Pepino, o
Breve
o Império Mali sucumbiu finalmente ante o assalto combinado das tribos tuaregues do Norte e
dos Mossinos, do Sul, durante os anos de 1400.
Gabarito
Comentado
2.
A dignidade de Mansa Musa impressionou muito. Embora falasse bem o árabe, só
comunicava por intermédio de um intérprete. Mas esta dignidade foi posta a dura
prova quando lhe pediram que se prostasse perante o sultão do cairo. Recusou
energicamente: "Como poderia fazer uma coisa dessas?", exclamou. KI-ZERBO,
A História da África Negra, p. 171. Sobre a religisiosidade do Império do Mali à
época de Mansa Musa é correto afirmar que:
Parte da nobreza converteu-se ao islamismo, mas, a maior parte da população manteve suas
práticas tradicionais.
Toda a população mantinha-se animista, daí a recusa do Imperador ao encontrar o sultão do
Cairo.
Somente o Mansa Musa converteu-se ao islamismo após o contato com o sultão do Cairo.
Toda população havia se convertido ao islamismo.
Parte da nobreza converteu-se ao islamismo, mas, a maior parte da população manteve sua
crençano cristianismo ortodóxo.
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3.
O imperador do Mali, Mansa Musa, ficou mundialmente conhecido no século XIV,
pois:
Foi o primeiro imperador da África Subsaariana a fazer a peregrinação à Meca.
Foi o primeiro imperador da África Subsaariana a se converter ao islamismo.
Foi o imperador do Mali que fez a peregrinação à Meca de forma faustosa, levando consigo
milhares de escravos e toneladas de ouro.
Foi o imperador do Mali que fez a peregrinação à Meca de forma humilde, tendo, inclusive, que
fazer um impréstimo com um importante mercador de Alexandria (atual Cairo).
Foi o único imperador do Mali a recusar a islamização.
4.
"A coisa mais importante é a família. Após a família é a linhagem ou grande
família. Após a linhagem é o clã ou grande conjunto de linhagens. E só depois
vem o Estado, seja a cidade-estado, seja o Império, seja o Reino. [...]
curiosamente, elas também tinham um deus. E o deus encarnava no chefe."
[Alberto da Costa e Silva] Alberto da Costa e Silva oferece uma explicação sem a
qual não é possível compreender a história do continente africano. Na passagem
acima se refere especificamente a:
Estruturação econômica das diferentes sociedades africanas, antes da colonização europeia,
baseada nas atividades voltadas para subsistência distribuídas entre os diferentes membros das
famílias, a exemplo do Império Songhai.
Organização social e política, extremamente hierárquica, dos diferentes povos africanos, antes
da colonização europeia, na qual o chefe político também exercia o poder religioso, como o
Império Monomopata.
Organização social e política das diferentes sociedades africanas, após a chegada dos europeus
ao continente, na qual o poder político tendia a ser mais forte nas estruturas familiares, a
exemplo das cidades-estado do Índico.
Sistematização cultural das sociedades africana, antes da colonização europeia, fundamentada
na transmissão oral dos saberes e fazeres entre os membros das famílias de geração para
geração.
Estruturação sócio-econômica dos diferentes grupos sociais espalhados pelo continente africano,
depois da chegada dos europeus, fundamentada no poder dos líderes políticos que também
detinham o poder divino, como o Reino do Congo.
De acordo com o mito de origem, a cidade-estado de Ifé era sagrada para os povos iorubás porque:
Aquela localização demarcava uma área muito irrigada por diversos rios, o que facilitaria a vida
humana,
Aquela localização demarcava o local inicial da islamização dos iorubás.
Aquela localização havia sido o local de nascimento do mais importante rei iorubá.
Aquela localização marcava a vitória dos iorubás sobre os povos circunvizinhos.
Aquela localização havia sido escolhida por Ododua para o início do mundo.
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2.
Sobre a organização social e econômica do Benin é possível
afirmar:
As mulheres, maioria da população, eram responsáveis pelo cultivo do inhame, base da
alimentação do Obá.
O Sal era usado como moeda no sistema monetário do Benin.
A agricultura fértil se apresentava como base da economia.
Abaixo do Obá havia uma nobreza responsável pelo controle das finanças.
A produção do amendoim, do melão, do dendê e dos feijões ficava a cargo dos homens e das
crianças.
3.
"Tida como o centro espiritual dos iorubás, Ifé talvez tenha,
durante muito tempo, recebido tributo e homenagem de vários
outros estados cujas dinastias reclamavam a descendência de
Odudua e mantinham possivelmente certa forma de vassalagem
em relação ao 'Oni'". COSTA E SILVA, Alberto da. "A enxada e a
lança". p. 482 Oni de Ifé era um representante de Odudua junto
às cidades-estado dele descentendes. Além de seu poder religioso,
assumia a responsabilidade de: I - escolher todos os líderes das
cidades-estado tidas como "descendentes de Odudua". II -
Receber tributos religiosos das cidades-estado. III - Controlar a
agricultura e o comércio de Ifé.
Apenas a afirmativa II está correta
Todas as afirmativas estão corretas
Apenas a afirmativa I está correta
Apenas as afirmativas II, e III estão corretas
Apenas a afirmativa III está correta
4.
O reino de Benin, através de seu líder, o Obá, pediu para Portugal
no século XVI um grupo de missionários para que o reino pudesse
ser catequizado no modelo religioso cristão. A explicação para o
pedido do embaixador de Benin em Portugal deve-se
à compreensão da elite de Benim que a sua cosmovisão religiosa não era compatível para a
salvação das suas almas, assim, abandonaram os seus deuses para adotarem o monoteísmo
judaico-cristão por questões de fé.
à pressão dos vizinhos tuaregues para a conversão ao islamismo, religião que ao usar a
escravidão africana, causava repulsa à elite de Benim que desejava um aliado forte contra os
islâmicos.
à necessidade do Obá de se garantir no poder com a ajuda de uma religião monoteísta, forma
pela qual ele entendia ser a única garantia do poder continuar centralizado em suas mãos.
ao fato da Igreja Católica pressionar os Estados europeus a permitir a venda de armas de fogo
para povos africanos após a conversão desses ao catolicismo.
https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp
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ao fato dos portugueses começarem a colonização pelo interior do continente pelo Reino de
Benim e o Obá precisar de meios políticos vindos da Igreja Católica para evitar a escravidão do
seu povo, pois negros católicos não podiam ser escravos.
Explicação:
O obá ¿ talvez Ozolua ¿ mandou, em 1514, uma missão de embaixadores a Portugal. Aconselhado
possivelmente pelo pequeno grupo de portugueses que viviam no Benim, instruiu os enviados a que
pedissem missionários, e não apenas armas, pois estas não podiam, por decreto papal, ser
fornecidas a pagãos e infiéis.
5.
O povo Iorubá, de grande influência na formação da sociedade
brasileira, por conta da presença de escravos dessa origem, tinha
uma autoestima elevada, uma visão muito positiva sobre a sua
comunidade. Isso é nítido quando você descobre que ¿iorubá¿
significa ¿umbigo do mundo¿, ou seja, o centro da criação do
Universo. A sua mitologia de origem está conectada com a seguinte
mitologia:
A expressão "umbigo do mundo" não é de caráter mítico ou religioso, mas derivado da produção
de ouro dessa região que lhe permitia ser um reino de grande opulência.
As divindades do povo iorubá determinavam a sua formação a partir de elementos metálicos, o
que justificava o uso do ferro.
O mito da criação era de natureza monoteísta e o povo iorubá era o povo escolhido pelo seu deus,
Olodumaré.
Os reinos iorubás acreditavam que Oxalá, orixá supremo, teria gerado toda a natureza e dado a
seus filhos, Xangô, Oxossi e Omolu, controle sobre as terras, os mares e o mundo dos mortos,
respecitvamente, e que Xangô teria escolhido como seu povo protegido aqueles que fossem os
iorubás.
A centralidade que o povo iorubá se deu é em virtude da cosmovisão da criaçãodo mundo,
onde o semideus Ododua plantou uma palmeira no centro do mundo cujo tronco gerou galhos
que seriam os reinos iorubás.
Explicação:
O povo Iorubá, de grande influência na formação da sociedade
brasileira, por conta da presença de escravos dessa origem, tinha
uma autoestima elevada, uma visão muito positiva sobre a sua
comunidade. Isso é nítido quando você descobre que ¿iorubá¿
significa ¿umbigo do mundo¿, ou seja, o centro da criação do
Universo. Seu mito de origem tem um deus supremo, Olodumaré,
que enviou um semideus, Odudua, com um saco cheio de terra,
uma palmeira de dendê e uma galinha (algo típico da natureza que
viviam). Olodumaré ao colocar a palmeira de dendê se esqueceu
de tomar conta da galinha que acabou por ciscar a terra por todos
os lados. As terras espalhadas geraram a formação do mundo. A
palmeira teve 16 troncos, que seriam os reinos iorubás. O local
aonde Olodumaré plantou a palmeira foi Ifé.
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6.
Leia o texto a seguir:
Pelo Benim passavam o peixe seco e o sal, da costa para as
savanas. Do interior para o litoral, baixavam o inhame, o dendê, os
feijões, os animais de corte. E de leste para oeste, e do oeste para
leste, pelas trilhas na mata e pela série de lagoas, furos e canais
costeiros, que se estende do rio Volta ao Imo, iam e vinham não só
esses produtos, mas também as contas, os tecidos e o cobre.
SILVA, Alberto da Coste e. A manilha e o libambo. Nova
Fronteira: Rio de Janeiro, 2014.
A partir do trecho, pode-se inferir que a economia do Reino de
Benim
tinha como marca da sua economia a extração de cobre para poder trocar por outras
mercadorias.
era um grande entreposto comercial, de onde extraía sua riqueza.
fazia as trocas comerciais entre vários pontos da África a partir do trabalho escravo.
era formado por grandes plantações de inhame e dendê.
era um reino com pouco destaque comercial, pois se dedicava à pesca e extração de sal,
somente.
Explicação:
O Benim era um grande empório de todos os artigos mencionados no trecho. O Benim comprava e
vendia o que os outros produziam.
7.
O Reino de Benin teve como sua principal fonte econômica no
século XV
o tráfico de escravos que provinham do comércio transaariano.
a venda de srogo, milho, feijão e penas e peles de animais.
a exploração de ouro.
dos altos tributos aos seus súditos em formas de lingotes de ouro e prata.
a venda de cobre, especialmente artefatos como máscaras.
Explicação:
A chegada dos europeus ao litoral africano gerou uma mudança das atividades econômicas de Benin.
Portugal foi um dos maiores compradores dos escravos vendidos em Benin, que, por sua vez, importava
escravos de outras regiões da África, sobretudo do Norte, que era controlado por muçulmanos, para
revendê-los aos europeus.
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8.
No início do século XVI, o Obá de Benin determinou a troca de
mulheres por mercadorias como armas, cavalos e munição e com
uma grande limitação de entrega de homens dos territórios por ele
conquistados. Isso se devia
ao fato das mulheres serem politeístas e todos os homens serem islâmicos, como um irmão de
fé não escraviza outro, as mulheres foram a solução para o tráfico negreiro.
ao receio da perda de mão de obra masculina resultar em um exército mais enfraquecido, o que
diminuiria o controle sobre pessoas e terras e haveria problemas na agricultura com a perda da
mão de obra masculina, na concepção do Obá.
ao patriarcalismo do Obá que percebia a mulher com inferior aos homens, portano, podia ser
submissa à escravidão.
ao fato dos homens poderem fazer rebeliões com as famílias de nobres que desafiavam o
reinado do Obá, ao contrário das mulheres, que eram pegas de regiões mais distantes na África
Subsaariana.
à necessidade de mulheres no continente americano para reprodução de cativos.
Explicação:
Segundo o africanista e diplomata Alberto da Costa e Silva, o Obá em 1516, separou a oferta de homens
da de mulheres. Podia abrir um e fechar o outro. Em geral, tornou-se mais difícil para os portugueses obter
permissão para adquirir escravos do que para comprar escravas. E, embora os europeus preferissem
aqueles a estas, viram-se frequentemente obrigados, por terem prazos para carregar os navios, a enchê-
los de mulheres em vez de homens. Ou a adquirir alguns rapazes por preços exorbitantes. Com isso, o obá
procurava conter o derrame de mão de obra masculina para fora do Benim, possivelmente convicto de que
lhe poderia dar melhor emprego nas suas plantações e nos seus exércitos. Não mais lhe parecia um bom
negócio o desfazer-se de soldados em potencial.
Segundo Luca Caregnato, "O rei tinha uma função de destaque social no reino [...]"
A respeito do manicongo, pode-se afirmar que:
Exercia forte poder político e religioso sobre o Reino.
Seu poder era restrito à riqueza e ao prestígio junto à sociedad
Seu poder foi conquistado através de campanhas militares
Detinha um poder apenas simbólico, uma vez que o poder político era exercido pelas lideranças
regionais.
Representava o poder divino dos deuses tradicionais africanos, sem ter nenhuma ingerência nos
assuntos políticos do reino.
2.
É possível afirmar que a organização social do Congo teve como
principais características: I- Os povos de origem "bantu" entre
suas primeiras populações. II- A poligamia como prática social e
estruturadora das famílias. III- As famílias extensas e de
linhagens como base da organização social do Reino.
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Apenas a afirmativa III está correta
Todas as afirmativas estão corretas
Apenas a afirmativa II está correta
Todas as afirmativas estão equivocadas.
Apenas a afirmativa I está correta
3.
Assinale a alternativa correta. Na costa do Atlântico, um grande
reino se tornaria uma das sociedades mais conhecidas da África,
sobretudo depois da conversão de sua realeza ao cristianismo a
partir dos últimos anos do século XV. A afirmação anterior se
refere ao:
Reino do Congo
Reino da Núbia
Reino de Angola
Reino do Mali
Reino de Gana
Explicação: A conversão do Rei do Congo é um dos episódios mais relevantes da história africana do
século XV
Gabarito
Comentado
4.
Uma característica marcante no comércio africano pré-colonial
foram as travessias no Saara pelas caravanas. Enquanto que a
África subsaariana fornecia escravos, cerâmica, peles ou plumas de
animais, pimenta ou noz-de-cola; recebia, em troca,
metais, armas, cavalos, pólvora e um ingrediente muito comum
nessas transações: sal. Porém, no Reino do Congo o sal não era
obtido por esse comércio. Escolha a opção
CORRETA que identifique o porquê dessa especificidade.
Pela aquisição de sal que vinha do litoral do reino através de tributos.
Pela oposição política e relligiosa dos árabes à cultura do reino do Congo.
O sal era proveniente da África meridional, de territórios como os de Orange e Transvaal, que
estava sob domínio de descendentes de holandeses.
O sal fazia parte da cosmovisão religiosa que ligava o produto ao mundo dos mortos, sendo
assim, não era um produto que era usado com regularidade e que poderia ser extraído de
salinas no litoral gratuitamente.
Pela ausência do sal nos hábitos alimentares do reino.
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https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp
https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp
https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.aspExplicação:
O sal do Reino do Congo não vinha exclusivamente do Saara, mas do litoral. Como isso funcionava? As
aldeias e cidades pagavam tributos ao rei em espécie pela sua proteção política e religiosa, pois o rei
tinha uma aura sagrada porque era abençoado pelos ancestrais, portanto, uma porta entre os vivos e os
mortos, o presente e o passado. A forma de pagamento de tributos era por espécie, in natura, dessa
forma, os habitantes do litoral pagavam com sal;
5.
"Acreditava-se que apenas os chefes das "Candas"e o
"Manicongo"detinha o poder sobrenatural conhecido como
"cariapemba". Para não correr o risco de Perder o trono, o
Manicongo": [Material didático Estácio online]
Permitia a liberdade religiosa entre as diferentes Candas de modo a manter o controle mediante
a cobrança de impostos.
Manipulava a cariapemba a seu favor no sentido de perpetuar seu poder por vias religiosas.
Mantinha as doze tradicionais Candas sob seu poderio militar
Mantinha uma esposa em cada uma das Candas garantindo vínculos pessoais e às vezes
familiares com seus chefes
Concentrava os recursos dos impostos em suas mãos para criar relação de dependência das
Candas em relação seu poder central .
6.
O poder do Reino do Congo foi crescendo a ponto de influenciar nas
tomadas de decisões políticas de reinos vizinhos que eram
independentes; algo parecido como a Alemanha na atual União
Europeia ou os EUA no continente americano. É bom lembrar que
influência não é submissão. Identifique a opão CORRETA a respeito
da organização política do Reino do Congo.
A política era centralizada nas mãos do Manicongo, responsável pela nomeação de cargos
políticos, pela tributação e comércio externo.
Era um governo de ampla participação das aldeias, especialmente com a interferência dos
Conselhos de Anciãos.
era um poder teocrático com o seu líder sendo considerado uma encarnação divina.
O poder estava nas mãos do Mansa, chefe político escolhido pelas aldeias que faziam parte da
confederação do Congo.
Tinha um poder centralizado a partir da adoção do islamismo, onde o Congo era subordinado aos
califados árabes.
Explicação:
O Reino do Congo teve o perfil de um governo centralizado e com hierarquização. Havia o líder, batizado
pelos europeus como Manicongo (senhor do Congo). Sob sua responsabilidade estava a nomeação de
chefes de províncias, responsáveis diretos pela ordem interna; tributação; garantia do desenvolvimento
da economia interna e o que era necessário produzir ou agir para o comércio exterior.
https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp
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7.
Leia o trecho abaixo:
"Nos documentos deixados pelos primeiros agentes da monarquia
portuguesa, por comerciantes e missionários enviados ao Congo,
toda a região é qualificada de 'reino', os governantes de 'reis', as
demais lideranças locais como 'vassalos' e as áreas próximas a
Mbanza Congo como 'províncias'. Ao fazer isso, os portugueses
projetavam a realidade que eles conheciam na Europa para a
África, mas na prática as diferenças entre os seus modelos de
governo e o dos africanos eram significativos"
MACEDO, José Rivair. História da África, São Paulo: Contexto,
2013. p.83
Escolha a opção que aponte a diferença na forma de organização
social do Reino do Congo em relação à estrutura organizacional
política portuguesa.
O Reino do Congo estabeleceu ao longo do litoral da África várias feitorias, cujo obbjetivo era
extrair riquezas diversas e trocá-las por ouro, maior referência de riqueza no reino.
Após algumas guerras, ficou estabelecido um poder central nas mãos do mani congo, porém, as
famílias tradicionais tinham o controle sobre regiões com autonomia, uma espécie de federalismo.
O poder do mani congo era legitimado pelo sacerdote supremo e no reino havia uma divisão em
três partes: os que guerreavam; os que eram responsáveis pelos rituais religiosos e os que
trabalhavam nas terras e na pecuária.
O mani congo era um enviado de um único Deus para os seus súditos.
O Reino do Congo estabelecia uma divisão das terras entre os nobres do reino e exigia trabalho
de camponeses em troca de proteção de ataques de vizinhos.
Explicação:
Sob a liderança do mani Congo Nimi-a-Lukeni, as áreas conquistadas pelos seus antepassados foram
transformadas em províncias, e cada uma delas tinham aldeias que se submetiam ao chefe daquela
província, um representante de uma família tradicional da região. Esse mecanismo foi usado para não
haver conflito com as tradições locais, como os conselhos de anciãos e famílias antigas e, ao mesmo tempo,
garantir o poder do mani Congo na região.
8.
Assinale a alternativa correta Dentre as possíveis razões para a
decadência do Reino do Congo à partir do século XVII, podemos
citar:
A guerra entre os congoleses e os zulus, estimulada pelos europeus interessados nas jazidas de
ouro do Transvaal.
A conversão do Rei do Congo ao islamismo e sua submissão ao Sultão do Mali.
A conversão do manicongo ao cristianismo, ainda no século XV, e a criação do comércio de
africanos escravizados para as Américas
A disputa pelo poder político entre o manicongo e os feiticeiros, que além dos poderes
sobrenaturais também eram ferreiros.
O esgotamento das reservas de nzimbo: as conchas do litoral atlântico utilizadas como moedas
no reino do congo.
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A base econômica do Império Monomotapa era:
Comércio
Agricultura e criação de gado.
Cobrança de tributos
Todas as respostas estão corretas.
Mineração
Gabarito
Comentado
2.
Sobre a decadência dos Xonas, no Zimbábue, no século XV,
podemos elencar entre os motivos: I. O crescimento
descontrolado da população. II. A seca de alguns rios próximos.
III. O aparecimento da mosca tsé tsé.
Apenas as afirmativas II e III estão corretas.
As afirmativas I, II e III estão corretas.
Nenhuma das afirmativas estão corretas.
Apenas as afirmativas I e II estão corretas.
Apenas as afirmativas I e III estão corretas.
Gabarito
Comentado
3.
Sobre o Império Monomotapa, podemos afirmar:
O controle das minas auríferas ficava nas mãos do Conselho que assessorava o monomotapa.
A sociedade era formada por diferentes cidades cujos habitantes viviam exclusivamente do
comércio.
A figura central do Império era o rei que acumulava poderes políticos e divinos.
O rei monomotapa aparecia em público com roupas de seda bordadas a ouro, além de inúmeros
braceletes e colares.
A corte monomotapa fixava sua morada na capital do Império.
Gabarito
Comentado
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4.
Os portugueses não fizeram da África Oriental o seu principal
entreposto no comércio de cativos africanos no século XVI,
diferentemente do que ocorreu na costa atlântica. Isso se deve ao
fato
da costa oriental ser dominada pelos turcos que impediram qualquer tipo de comércio com
europeus ocidentais.
dos portugueses terem para o Índico a única perspectiva comercial do comércio das
especiairias, algo que não se encontrava na costa oriental africana.das lideranças locais optarem por trocas de sal, marfim e ouro a darem escravos, com o medo
de perderem mão de obra nas lavouras, o que foi aceito pelos portugueses.
de ser uma viagem com mais custos pelo tempo de navegação e o risco de se perder navios ao
se passar pelo Cabo da Boa Esperança.
da pouca densidade demográfica nessa região; o que oferecia uma quantidade pequena de
escravos.
Explicação:
A costa oriental, como relatam documentos portugueses do século XVI, apresentava problemas de
barreiras naturais, como ventanias, tempestades e a dificuldade em passar pelo Cabo da Boa Esperança
com embarcações tão frágeis como as caravelas. Por sua vez, além dos perigos de uma viagem havia
também o seu custo, pois era muito mais caro chegar à costa orietnal africana para abastecer a
América.
5.
Vários representantes de Portugal estiveram em um reino e o
consideraram pobre por conta das vestimentas da maioria da
população, que se vestia apenas para cobrir os órgãos genitais; pela
comida, como o hábito de comer carne crua e fazer de chifres de
bois, copos; e a presença sempre oculta do seu líder. Porém, mal
sabiam os portugueses que esse reino participava ativamente do
comércio de escravos pelo continente e contava com reservas de
ouro em abundância. Estamos falando do Reino
do Mali.
do Congo.
da Etiópia ou Abissínia.
dos tuaregues.
do Magreb.
Explicação:
O Reino da Etiópia, que era dominado por lideranças cristãs heterodoxas, tinha como sua marca a
presença de sal (modea do reino) e várias minas de ouro que serviam para transações com mercadores
transaarianos.
6.
Os portugueses, liderados por Vasco da Gama, ao chegarem ao
litoral oritental da África acabaram por se espantar com as cidades
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costeiras que tinham uma densidade populacional grande e um
comércio intenso. As cidades o impressionaram tanto a ponto de
verem semelhanças com cidades ibéricas, o que não os impediu de
bombardear e saquear várias delas. Porém, em algumas, os
africanos ofereceram grande resistência aos lusitanos, como
ocorreu em Mombaça. Escolha a alternativa CORRETA que
identifique a origem da resistência de algumas cidades à presença
lusitana.
Os africanos tinham receio da captura de homens para o tráfico negreiro que já se tornava intenso
naquela região.
A formação dessas cidades costeiras era em virutde de um comércio de vários séculos entre a
região e os árabes muçulmanos, portanto, a região era dominada por uma elite islâmica que
não queria a presença de europeus cristãos em seus domínios.
Havia uma disputa entre os comerciantes africanos e os recém-chegados portugueses pelo
controle da rota das especiarias.
Havia uma animosidade entre o Reino da Etiópia e várias cidades costeiras que se converteram
ao islamismo e os portugueses eram aliados dos etíopes.
As cidades costeiras não apenas viviam do comércio, mas das trocas de ouro por várias
mercadorias do interior do continente, portanto, a presença portuguesa seria uma ameaça para
o monopólio da extração do metal por essas cidades.
Explicação:
A região era dominada por uma elite islamizada e a sua sociedade tinha se miscigenado com os árabes. A
presença portuguesa foi, inicialmente, bem recebida pelos xeques da região por terem sido confundidos
como turcos, porém, quando se soube que eram católicos houve por parte de algumas cidades uma grande
resistência aos navios de Vasco da Gama, como foi o caso de Mombaça.
7.
A região que teve um fluxo intenso de comércio originado pela
instalação de entrepostos comerciais e pelo tráfico negreiro na
África Oriental foi
o deserto do Saara.
o Cabo da Boa Esperança.
o mar Mediterrâneo.
o Oceano Índico.
o Oceano Atlântico.
Explicação:
No século III surgiu um império na Ásia, o Império Sassânida, que
abriga o atual Irã, Iraque, Afeganistão e parte da Turquia. Esse
Império começou no no século VII a participar das rotas comerciais
entre o continente africano e os mercados asiáticos, chegando à
China. Os sassânidas acabaram por comprar ou capturar escravos
da costa oriental para servir como criados domésticos em seu
Império ou como moeda de troca em outros territórios, como Índia
e China. Esse comércio era feito pelo Índico.
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8.
Sobre as cidades do Índico, é possível afirmar:
Por serem litorâneas, viviam exclusivamente das atividades ligadas ao mar, como a pesca e a
navegação.
Viviam exclusivamente da agricultura e da pecuária.
Tinha população muito fiel às tradições locais, não recebendo bem as contribuições culturais dos
forasteiros.
Eram cidades que desenvolviam diferentes atividades econômicas e lugar de trocas culturais.
Eram lugares onde imperava o desenvolvimento do comércio, especialmente o marítimo, sem
espaço para as demais atividades econômicas.
"Na África, antes da chegada dos Europeus], o escravo já existia como elemento de troca. Mas o escravo
doméstico africano não tinha nada a ver com o que o que era exportado para o Atlântico. Nas aldeias
africanas não se vendiam os próprios cidadãos, membros da comunidade. No Congo, por exemplo, até o
século XVII, todos os escravos que saíam eram de outras regiões. Existia, portanto, um processo de
escravidão doméstica, em que na segunda, terceira geração, o escravo era assimilado à família. Quando
veio o mercado mundial e a demanda negeira, o processo se degradou de tal forma que se vendiam até os
próprios filhos."
(Entrevista com Luiz Felipe de Alencastro, Revista Teoria e Debate, nº 32, julho, agosto e setembro de
1996)
A leitura do texto permite compreender que:
embora a escravidão já existisse, a chegada dos europeus fez com que aumentasse o número
de escravos na África, principalmente com a expansão do tráfico negreiro para as colônias
européias na América.
com a chegada dos europeus ao continente africano, a demanda por escravos decresceu devido
aos argumentos religiosos utilizados pelos invasores contra a escravidão.
a prática da escravidão foi iniciada somente com a chegada dos europeus no continente
africano, que utilizavam os africanos como mão-de-obra barata.
A escravidão nunca foi um fator socioeconômico preponderante nas sociedades africanas, que
praticamente não utilizavam esse sistema de trabalho.
a escravidão sempre era feita dentro das próprias sociedades, com pessoas escravizando
membros da própria família como forma de enriquecimento.
2.
A presença portuguesa na África foi geralmente caracterizada pela instalação de
feitorias e criação de abomináveis alojamentos para cativos onde muitos morriam
de sede, fome e doenças até esperar outro navio. A não inserção dos lusitanos no
continentes é consequência
do pouco interesse na Coroa portuguesa que se preocupava com suas disputas com a Espanha
no domínio territorial das Américas, como se pode observar no Tratado de Tordesilhas.
da prática de escambo com chefes locais que se interessaram por armas e munições para o
domínio de outros povos e davam em troca metais de ferro e de cobre.
pela forte pressão da Igreja Católica, excetuando algumas correntesminoritárias, que defendia o
trabalho servil do negro, mas não o escravo, pois sua alma seria um "papel em branco" a ser
desenhada a verdadeira fé para a salvação.
da pouca lucratividade no tráfico negreiro, pois a produção do açúcar ainda não havia se
desenvolvido no Brasil e não havia necessidade de muita mão de obra na lavoura, algo que se
desenvolveu somente no final do século XVIIcom as invasões holandesas.
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da incapacidade de se adentrar na África por motivos de doenças que o organismo europeu não
tinha anticorpos, como a malária; além de Portugal ter um apequena população masculina para
deslocamentos de grande porte.
Explicação:
Portugal era um dos países com maior escassez de população masculina na Europa do início da Idade
Moderna. A saída de grandes contingentes de homens poderia dar à Espanha às condições para uma
provável invasão e unificar toda a Península Ibérica. Além disso, doenças como a do sono e a malária
eram grandes empecilhos para europeus, sendo que a última será resolvida no século XIX com o uso de
quinino.
3.
Sobre a chegada dos portugueses ao continente africano, é correto afirmar:
Acabou por intensificar e ampliar o comércio de escravos já existente no continente africano.
Não teve nenhum impedimento, por parte dos africanos, para o acesso às minas de ouro e
outras riquezas cobiçadas.
Foi marcada pela imediata submissão dos povos africanos que viviam na costa do continente.
Foi motivada, principalmente, pelo interesse no comércio de cativos para as Américas.
Foi pacífica, com o estabelecimento de relações comerciais e através da conversão religiosa de
líderes africanos.
Gabarito
Comentado
4.
Assinale a alternativa correta A Partir do século XV, navegadores europeus
começaram a explorar as costas da África Ocidental. O pioneirismo dessas
explorações coube aos:
Ingleses, que estabeleceram feitorias nas costas de Serra Leoa em 1433.
Portugueses, que conquistaram Ceuta em 1415.
Genoveses, que construíram fortalezas nas costas da Eritréia, em 1405.
Espanhóis, que ocuparam as Ilhas Canárias e Cabo Verde em 1419.
Franceses, que estabeleceram entrepostos comerciais no Senegal em 1406.
Sobre escravidão africana observe os enunciados abaixo:
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I. Inicialmente, a comercialização ocorreu na Europa, onde a demanda não era
grande, e o negro foi utili-zado nas plantações do sul de Portugal, nas Minas da
Espanha e nos serviços domésticos em geral, inclusive na França e na Inglaterra.
II. Os escravos de ganho trabalhavam com relativa autonomia em relação ao seu
proprietário, isto é traba-lhavam em diversas funções remuneradas: transportes
de cargas e de pessoas, vendedores ambulantes, dentre outras funções. Assim
procediam escravos que já traziam esta formação do território africano.
III. Não há registro de resistência no território africano a implementação do
sistema europeu.
Marque a opção correta:
III
I
I e II
II e III
I, II e III
Explicação:
Os escravos de ganho configuravam um fenômeno exclusivamente da escravidão Atlântica, enquanto
pressupor a inexistência de resistência à escravidão seria um grave equívoco.
2.
"Nós conquistamos a África pelas armas¿temos direito de nos glorificarmos, pois
após ter destruído a pirataria no Mediterrâneo, cuja existência no século XIX é
uma vergonha para a Europa inteira, agora temos outra missão não menos
meritória, de fazer penetrar a civilização num continente que ficou para trás."
(Da influência civilizadora das ciências aplicadas às artes e às indústrias. Revue
Scientifique, 1889)
A partir da citação acima e de seus conhecimentos acerca do tema, examine as
afirmativas abaixo.
I. A idéia de levar a civilização aos povos considerados bárbaros estava presente
no discurso dos que defendiam a política imperialista.
II. Aquela não era a primeira vez que o continente africano era alvo dos
interesses europeus.
III. Uma das preocupações dos países, como a França, que participavam da
expansão imperialista, era justificar a ocupação dos territórios apresentando os
melhoramentos materiais que beneficiariam as populações nativas.
IV. Para os editores da Revue Scientifique (Revista Científica), civilizar consistia
em retirar o continente africano da condição de atraso em relação à Europa.
Somente a afirmativa IV está correta.
Somente as afirmativas I, II e III estão corretas.
Todas as afirmativas estão corretas.
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Somente as afirmativas II e IV estão corretas.
Somente as afirmativas I e III estão corretas.
Gabarito
Comentado
3.
No século XVIII, o conhecimento sobre a África aumentava à medida que
aumentavam os contatos com o continente, e nisso as obras das etapas
anteriores muito ajudaram. Contudo, com o advento do Iluminismo e do
Renascimento os povos não europeus não se tornavam dignos de serem
estudados. Uma névoa eurocentrica encobre o restante do mundo, agora o outro
não mais se qualificava como objeto de estudo, teorias de superioridade racial,
ou afirmações de que os negros constituíam uma raça avessa à cultura e
inteligência, ou afirmações de que a África não tinha um passado a ser estudado
antes da chegada dos europeus, ou discussões sobre o tráfico negreiro, fizeram
com que a imagem do continente se negativasse, tais perspectivas elevavam
barreiras dicotômicas irreparáveis. Para tal imagem Hegel em muito contribuiu
indiretamente, como nos mostra Fage: "A África não é um continente histórico,
ela não demonstra nem mudança nem desenvolvimento".
A ideia proposta expõe uma linha que discute muito a relação de África e História
durante os século XVIII e XIX. Este movimento foi conhecido como a criação de
um modelo chamado:
África do atraso
África o continente perdido.
África negra
África Sub-saariana
África Eterna
Explicação:
Conceito que mitificava a África e seus povos, colocando-os à parte da história.
4.
Sobre o tráfico de escravos é correto afirmar:
Era praticado entre portugueses e muçulmanos apenas, ampliando-se posteriormente para o
Atlântico, Mediterrâneo e Índico.
Foi iniciado pelos europeus após chegada ao continente africano, no século XV.
Tinha, entre as suas condições, a guerra santa, ou seja, o africano que resistisse à conversão ao
catolicismo, tornava-se escravo e era comercializado.
Embora não fosse muito lucrativo, foi uma forma de compensar a falta de acesso dos europeus
às minas de ouro e às riquezas naturais do continente.
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Envolvia uma rede de agentes, entre os quais, mercadores e membros das elites africanas que
muito lucravam com o comércio de cativos.
5.
"Nada mais temos a dizer da Ásia e Europa. Passemos então à África. Quase só
podemos falar de suas costas, porque o interior nos é desconhecido. As costas da
Barbária, onde está implantada a religião maometana, já não são povoadas
quanto no tempo dos romanos, pelas razões que acima te expus. Quanto às da
Guiné, devem ter sido terrivelmente dizimadas nestes duzentos anos em que
seus régulos ou chefes de aldeia têm vendido seus súditos aos príncipes da
Europa para que os transportem a suas colônias daAmérica. O curioso é que
essa mesma América, que todos os anos recebe novos habitantes, também está
deserta ao retirar proveito algum da contínua sangria da África. Os escravos,
deportados para um clima distinto do seu, morrem aos milhares. Os trabalhos
nas minas, onde estão constantemente ocupados tanto os nativos da América
quanto os estrangeiros, as exalações malignas que dali saem, o azougue que
continuamente se utiliza, tudo isso os extermina de maneira implacável. Nada
pode ser tão extravagante quanto impor a morte a um número incontável de
homens a fim, de retirar ouro e prata das entranhas da terra: dos metais
absolutamente inúteis e que, se constituem riqueza, é apenas porque foram
escolhidos para representá-la."
(Montesquieu. Cartas Persas. São Paulo: Editora Paulicéia, 1991. p.193)
Montesquieu, importante pensador iluminista, em sua obra "As Cartas Persas",
publicada em 1721, faz uma contundente crítica das práticas escravistas nas
colônias européias na América. Com base no documento, assinale a opção que
melhor traduz o contexto histórico descrito pelo autor:
a escravidão negra foi um dos pilares da colonização européia na América, sendo viabilizada
pela ação de mercadores europeus, associados aos reinos africanos comprometidos com o
tráfico negreiro;
o colapso do tráfico negreiro no Atlântico implicou em um avanço das redes mercantis negreiras
no Mar Mediterrâneo, abastecidas por traficantes árabes que monopolizavam o comércio na
região;
houve uma crise do sistema colonial europeu, uma vez que o tráfico negreiro declinou no século
XVIII em razão da acentuada queda demográfica no continente africano.
a colonização européia na América se encontrava em colapso à medida que se aprofundava a
exploração de ouro e prata no continente latino-americano;
iniciou-se a utilização da mão-de-obra indígena na América à medida que ocorre um decréscimo
demográfico na África após um longo período de escravidão no continente;
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