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Apostila EBSERH - Assistente Administrativo-2

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Prévia do material em texto

Ernani Pimentel • Márcio Wesley • Júlio Lociks • Mardem Costa • Fabrício Sarmanho 
Eduardo Muniz Machado Cavalcanti • Anderson Lopes • Élvis Corrêa Miranda 
Júlio César Gabriel • Edgard Antonio Lemos Alves • Welma Maia • Paulo Roberto 
Martins da Cunha
2016
Língua Portuguesa • Raciocínio Lógico e Matemático • Legislação Aplicada à EBSERH 
Legislação Aplicada ao SUS • Assistente Administrativo
“O que é uma apostila preparatória? É uma apostila elaborada antes da 
publicação do edital, com base nos concursos anteriores, ou no último edital, 
para permitir ao aluno antecipar seus estudos. Comece agora a se preparar”.
PREPARATÓRIA
© 2016 Vestcon Editora Ltda.
Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº 9.610, de 19/2/1998. Proibida 
a reprodução de qualquer parte deste material, sem autorização prévia expressa por escrito do autor e da 
editora, por quaisquer meios empregados, sejam eletrônicos, mecânicos, videográficos, fonográficos, repro-
gráficos, microfílmicos, fotográficos, gráficos ou outros. Essas proibições aplicam-se também à editoração 
da obra, bem como às suas características gráficas.
Título da obra: Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – EBSERH – Preparatória
Assistente Administrativo – Nível Médio
Atualizada até 6-2016 (AE101)
(Baseada nos últimos editais (2015/2016) da Ebserh – AOCP)
Língua Portuguesa • Raciocínio Lógico e Matemático • Legislação Aplicada à EBSERH
Legislação Aplicada ao SUS • Assistente Administrativo
Autores:
Ernani Pimentel • Márcio Wesley • Júlio Lociks • Mardem Costa • Fabrício Sarmanho 
Eduardo Muniz Machado Cavalcanti • Anderson Lopes • Élvis Corrêa Miranda • Júlio César Gabriel
Edgard Antonio Lemos Alves • Welma Maia • Paulo Roberto Martins da Cunha
GESTÃO DE CONTEÚDOS 
Welma Maia
PRODUÇÃO EDITORIAL
Dinalva Fernandes
REvISÃO
Dinalva Fernandes
Érida Cassiano
CAPA
Lucas Fuschino 
EDITORAÇÃO ELETRÔNICA
Marcos Aurélio Pereira
www.vestcon.com.br
PARAbéNS. vOCê ACAbA DE ADqUIRIR Um PRODUTO
qUE SERá DECISIvO NA SUA APROvAÇÃO.
Com as apostilas da Vestcon Editora, você tem acesso ao conteúdo mais atual e à metodologia mais eficiente. Entenda 
por que nossas apostilas são líderes de preferência entre os consumidores:
• Todos os nossos conteúdos são preparados de acordo com o edital de cada concurso, ou seja, você recebe um
conteúdo customizado, direcionado para os seus estudos.
• Na folha de rosto, você pode conferir os nomes dos nossos autores. Dessa forma, comprovamos que os textos
usados em nossas apostilas são escritos exclusivamente para nós. Qualquer reprodução não autorizada desses
textos é considerada cópia ilegal.
• O projeto gráfico foi elaborado tendo como objetivo a leitura confortável e a rápida localização dos temas tratados.
Além disso, criamos o selo Efetividade Comprovada, que sinaliza ferramenta exclusiva da engenharia didática da Vestcon 
Editora.
Com base em um moderno sistema de análise estatística, nossas apostilas são organizadas 
de forma a atender ao edital e aos tópicos mais cobrados. Nossos autores recebem essa 
avaliação e, a partir dela, reformulam os conteúdos, aprofundam as abordagens, acrescentam 
exercícios. O resultado é um conteúdo “vivo”, constantemente atualizado e sintonizado com 
as principais bancas organizadoras.
Conheça, também, nosso catálogo completo de apostilas, nossos livros e cursos online no site www.vestcon.com.br.
Todas essas ferramentas estão a uma página de você. A Vestcon Editora deseja sucesso nos seus estudos.
Participe do movimento que defende a simplificação da ortografia da língua portuguesa. Acesse o site
www.simplificandoaortografia.com, informe-se e assine o abaixo-assinado.
Interpretação de texto:
informações literais e inferências possíveis ....................................................................................................................... 3
ponto de vista do autor ...................................................................................................................................................... 8
significação	contextual	de	palavras	e	expressões ...................................................................................................... 9/100
relações	entre	ideias	e	recursos	de	coesão ...................................................................................................................... 10
figuras	de	estilo .................................................................................................................................................................. 6
Conhecimentos linguísticos:
Ortografia:
emprego	das	letras,	divisão	silábica,	acentuação	gráfica,	encontros	vocálicos	e	consonantais,	dígrafos .............15/24/26
classes	de	palavras:	substantivos,	adjetivos,	artigos,	numerais,	pronomes,	verbos,	advérbios,	preposições,	
conjunções,	interjeições:	conceituações,	classificações,	flexões,	emprego,	locuções .....................................................29
Sintaxe:
estrutura	da	oração .......................................................................................................................................................... 63
estrutura do período ........................................................................................................................................................ 73
concordância	(verbal	e	nominal) ...................................................................................................................................... 89
regência	(verbal	e	nominal).............................................................................................................................................. 96
 crase ................................................................................................................................................................................. 57
colocação	de	pronomes ................................................................................................................................................... 39
pontuação. ....................................................................................................................................................................... 82
SUMÁRIO
Língua Portuguesa
EBSERH
3
Lí
n
g
Ua
 P
O
Rt
U
g
U
ES
a
Língua Portuguesa
Ernani	Pimentel	/	Márcio	Wesley
Ernani Pimentel
COMPREEnSÃO E IntERPREtaÇÃO DE 
tEXtOS
Textum,	 em	 latim,	particípio	do	 verbo	 tecer,	 significa	
tecido. Dessa palavra originou-se textus, que gerou, em 
português,	“texto”.	Portanto,	está-se	falando	de	“tecido”	de	
frases,	orações,	períodos,	parágrafos...	Uma	“tessitura”	de	
ideias, de argumentos, de fatos, de relatos... 
InteleCção (ou Compreensão)
Intelecção	 significa	 entendimento,	 compreensão.	Os	
testes	de	intelecção	exigem	do	candidato	uma	postura	muito	
voltada	para	o	que	realmente	está	escrito.
Comandos para Questão de Compreensão 
O	narrador	do	texto	diz que... 
O	texto	informa que...
Segundo o texto,	é	correto	ou	errado	dizer	que...
De acordo com as ideias do texto...
Questão
1. Assinale	a	opção	correta	em	relação	ao	texto.
O Programa Nacional de Desenvolvimento dos Recur-
sos	Hídricos	–	PROÁGUA	Nacional	é	um	programa	do
Governo	Brasileiro	financiado	pelo	Banco	Mundial.	O
Programa	originou-se	da	exitosa	experiência	do	PRO-
ÁGUA	/	Semiárido	e	mantém	sua	missão	estruturante,
com	ênfase	no	fortalecimento	institucional	de	todos	os
atores	envolvidos	com	a	ges	tão	dos	recursos	hídricos
no	Brasil	e	na	implantação	de	infraestruturas	hídricas
viáveis	do	ponto	de	vista	técnico,	financeiro,	econômico,
ambiental	e	social,	promovendo, assim, o uso racional
dos	recursos	hídricos.
(http://proagua.ana.gov.br/proagua)
a) O	PROÁGUA	/	Semiárido	é	um	dos	subprojetos	de-
rivados	do	PROÁGUA/Nacional.
b) A	expressão	“sua	missãoestruturante”	(l.	5)	refere-
-se	a	“Banco	Mundial”	(l.	3).
c) A	ênfase	no	fortalecimento	institucional	de	todos	os
atores	envolvidos	com	a	gestão	de	recursos	hídricos
é	exclusiva	do	PROÁGUA/Semiárido.
d) Tanto	o	PROÁGUA/Semiárido	 como	o	PROÁGUA/
Nacional promovem o uso racional dos recursos
hídricos.
e) A	implantação	de	infraestruturas	hídricas	viáveis	do
ponto	de	vista	técnico,	financeiro,	econômico,	am-
biental	e	social	é	exclusiva	do	PROÁGUA/Nacional.
gabarito 
d
5
10
IntERPREtaÇÃO
Interpretação	significa	dedução,	 inferência,	 conclusão,	
ilação.	As	questões	de	 interpretação	não	querem	saber	o	
que	está	escrito,	mas	o	que	se	pode	inferir,	ou	concluir,	ou	
deduzir	do	que	está	escrito.
Comandos para Questão de Interpretação
Da	leitura	do	texto,	infere-se que...
O	texto	permite	deduzir que...
Da	fala	do	articulista	pode-se concluir que...
Depreende-se	do	texto	que...
Qual a intenção do narrador	quando	afirma	que...
Pode-se extrair	das	ideias	e	informações	do	texto	que...
Questão 
1. Observe	a	tirinha	a	seguir,	da	cartunista	Rose	Araújo:
(www.fotolog.com/rosearaujocartum)
Infere-se	que	o	humor	da	tirinha	se	constrói:
a) pois	a	imagem	resgata	o	valor	original	do	radical	que
compõe a gíria bombar.
b) pois	o	vocábulo	bombar foi dito equivocadamente
no	sentido	de	“bombear”.
c) pois	 reflete	o	problema	da	educação	no	país,	em
que	os	alunos	só	se	comunicam	por	gírias,	como	é
o caso de fessor.
d) porque	a	forma	fessor é	uma	tentativa	de	incluir	na
norma culta o regionalismo fessô.
e) porque	o	vocábulo	bombar não	está	dicionarizado.
gabarito
a
Preste,	portanto,	atenção	aos	comandos	para	não	errar.	
Se	o	texto	diz	que	o	rapaz	está	cabisbaixo,	você	não	pode	
“deduzir”,	ou	“inferir”,	que	ele	está	de	cabeça	baixa,	porque	
isso	já	está	dito	no	texto.	Mas	você	pode	interpretar	ou	con-
cluir	que,	por	exemplo,	ele	esteja	preo	cupado,	ou	tímido,	em	
função	de	estar	de	cabeça	baixa.
Comandos para Medir Conhecimentos gerais 
	Tendo	o	texto	como referência inicial... 
 Considerando a amplitude do tema abordado no texto...
 Enfocando o assunto abordado no texto... 
Nesses	casos,	o	examinador	não se apega ao ponto de 
vista do texto	 em	 relação	ao	assunto,	mas	quer testar o 
conhecimento do	candidato	a	respeito	daquela	matéria.	
4
Lí
n
g
Ua
 P
O
Rt
U
g
U
ES
a
Questões 
Texto	para	os	itens	de 1 a 11.
Os	oceanos	 ocupam	70%	da	 superfície	 da	 Terra,	
mas	até	hoje	se	sabe	muito	pouco	sobre	a	vida	em	suas	
regiões	mais	recônditas.	Segundo	estimativas	de	ocea-
nógrafos,	há	ainda	2	milhões	de	espécies	desconhecidas	
nas	profundezas	dos	mares.	Por	ironia,	as	notícias	mais	
frequentes	produzidas	pelas	pesquisas	científicas	relatam	
não	a	descoberta	de	novos	seres	ou	fronteiras	marinhas,	
mas a alarmante escalada das agressões impingidas 
aos	oceanos	pela	ação	humana.	Um	estudo	recente	do	
Greenpeace mostra	que	 a	 concentração	de	material	
plástico	nas	águas	atingiu	níveis	inéditos	na	história.	Se-
gundo	o	Programa	Ambiental	das	Nações	Unidas,	existem	
46.000	fragmentos	de	plástico	em	cada	2,5	quilômetros	
quadrados	da	superfície	dos	oceanos.	Isso	significa	que	
a	substância	já	responde	por	70%	da	poluição	marinha	
por	resíduos	sólidos.
Veja,	5/3/2008,	p.	93	(com	adaptações).
Tendo	o	texto	acima	como	referência	inicial	e	considerando	a	
amplitude	do	tema	por	ele	abordado,	julgue	os	itens	de	1	a	5.
1. Ao	citar	o	Greenpeace,	o	texto	faz	menção	a	uma	das
mais	 conhecidas	 organizações	 não	 governamentais
cuja	atuação,	em	escala	mundial,	está	concentrada	na
melhoria	das	condições	de	vida	das	populações	mais
pobres	do	planeta,	abrindo-lhes	frentes	de	trabalho	no
setor	secundário	da	economia.
2. Por	 se	decompor	muito	 lentamente,	o	plástico	pas-
sa	 a	 ser	 visto	 como	um	dos	principais	 responsáveis
pela	degradação	ambiental,	razão	pela	qual	cresce	o
movimento	de	conscientização	das	pessoas	para	que
reduzam	o	consumo	desse	material.
3. Considerando	o	extraordinário	desenvolvimento	cien-
tífico	que	caracteriza	a	 civilização	contemporânea,	é
correto	afirmar	que,	na	atualidade,	pouco	ou	quase
nada	da	natureza	resta	para	ser	desvendado.
4. A	exploração	científica	da	Antártida,	que	enfrenta	enor-
mes	dificuldades	naturais	próprias	da	região,	envolve
a	participação	 cooperativa	de	 vários	países,	mas	os
elevados custos do empreendimento impedem que
representantes	sul-americanos	atuem	no	projeto.
5. Infere-se	do	texto	que	a	Organização	das	Nações	Unidas
(ONU)	amplia	consideravelmente	seu	campo	de	atuação
e,	sem	deixar	de	lado	as	questões	cruciais	da	paz	e	da
segurança	internacional,	também	se	volta	para	temas
que	envolvem	o	cotidiano	das	sociedades,	como	o	meio
ambiente.
gabarito
Itens 1, 3 e 4 errados; itens 2 e 5 certos.
Comandos para Medir Conhecimentos 
linguísticos 
Considerando as estruturas linguísticas do texto,	julgue	
os itens.
Assinale	a	alternativa	que	apresenta	erro gramatical.
Aponte	do	texto	a	construção	que	não	foge	aos	preceitos 
da norma culta.
5
10
15
Aqui	a	questão	pretende	medir	o	conhecimento	grama-
tical	do	candidato	e	pode	abordar	assuntos	de	morfologia,	
sintaxe,	semântica,	estilística,	coesão	e	coerência...	
Questões
Considerando	as	estruturas	linguísticas	do	texto,	julgue	os	
itens seguintes.
6. No	trecho	“até	hoje	se	sabe”	(l.2),	o	elemento	linguís-
tico	“se”	tem	valor	condicional.
7. O	trecho	“muito	pouco	sobre	a	vida	em	suas	regiões
mais	 recônditas”	 (ls.2-3)	 é	 complemento	da	 forma
verbal	“sabe”	(l.2).
8. A	palavra	“recônditas”	 (l.3)	pode,	sem	prejuízo	para
a	informação	original	do	período,	ser	substituída	por
profundas.
9. O	termo	“mas”	(l.8)	corresponde	a	qualquer	um	dos
seguintes:	todavia,	entretanto,	no	entanto,	conquanto.
10. Na	linha	9,	a	presença	de	preposição	em	“aos	oceanos”
justifica-se	pela	regência	do	termo	“impingidas”.
11. O	termo	“a	substância”	(l.15)	refere-se	ao	antecedente
“plástico”	(l.11).
gabarito
Itens 6, 7 e 9 errados; itens 8, 10 e 11 certos.
Erros Comuns de Leitura
Extrapolação ou ampliação
A	questão	abrange	mais	do	que	o	texto	diz.
O	texto	disse:	Os alunos do Colégio Metropolitano es-
tavam felizes.
A	questão	diz:	Os alunos estavam felizes.
Explicação:	o	significado	de	“alunos”	é	muito	mais	amplo	
que	o	de	“alunos	de	um	único	colégio”.
Redução ou limitação 
A	questão	reduz	a	amplitude	do	que	diz	o	texto.
O	texto	disse:	Muitos se predispuseram a participar do 
jogo.
A	questão	diz:	Alguns se predispuseram a participar do 
jogo.
Explicação:	o	sentido	da	palavra	“alguns”	é	mais	limitado	
que	o	de	“muitos”.
Contradição 
A	questão	diz	o	contrário	do	que	diz	o	texto.
O	texto	disse:	Maria é educada porque é inteligente.
A	questão	diz:	Maria é inteligente porque é educada. 
Explicação:	no	texto,	“inteligente”	justifica	“educada”;	na	
questão	se	inverteu	a	ordem	e	“educada”	é	que	justifica	
“inteligente”.
Desvio ou Deturpação 
O	 texto	disse:	A contratação da funcionária pode ser 
considerada competente.
A	questão	diz:	A funcionária contratada pode ser consi-
derada competente.
Explicação:	no	texto,	“competente”	refere-se	a	“contra-
tação”	e	não	a	“funcionária”.
5
Lí
n
g
Ua
 P
O
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U
g
U
ES
a
Leia	o	Texto
Em	vida,	Gustav	Mahler	(1860-1911),	tanto	por	sua	per-
sonalidade	artística	como	por	sua	obra,	foi	alvo	de	intensas	
polêmicas	–	e	de	desprezo	por	boa	parte	da	crítica.	A	incom-
preensão	estética	 e	 o	 preconceito	 antissemita	 também	o	
acompanhariam	postumamente	e	foram	raros	os	maestros	
que,	nas	décadas	que	se	seguiram	à	sua	morte,	se	empe-
nharam	na	apresentação	de	suas	obras.	[...]
Julgue os itens a seguir.
1. Deduz-se	do	texto	que	Gustav	Mahler	foi	alvo	de	inten-
sas polêmicas.
2. Deduz-se	do	texto	que	o	personagem	central	(Mahler)
foi um compositor.
3. Deduz-se	do	texto	que	o	personagem	central	(Mahler)
erade	origem	judaica.
4. Pode-se	deduzir	do	 texto	que	o	personagem	central
(Mahler)	foi	um	compositor	de	músicas	eruditas.
5. Pode-se	 inferir	do	 texto	que	 só	depois	de	 se	 terem
passado	algumas	ou	várias	décadas	desde	sua	morte
é	que	Mahler	acabou	por	ser	admirado	artisticamente
e	deixou	de	ter	sua	obra	segregada.
6.	 Pode-se	inferir	do	texto	que	hoje	a	avaliação	positiva	da
obra	de	Mahler	constitui	uma	unanimidade	nacional.
7. Intelecção,	ou	entendimento	do	 texto	é	 a	 captação
objetiva	das	informações	que	o	texto	traz	abertamente,
explicitamente.
8. Interpretação,	ilação,	dedução,	conclusão,	percepção
do	texto	é	resultado	de	raciocínio	aplicado,	permitindo
captar-lhe	tanto	as	 informações	explícitas,	quanto	as
implícitas.
9. A	aplicação	do	raciocínio	lógico	às	informações	contidas
no	texto,	expostas	ou	subentendidas,	permite	ao	leitor
tirar	dele	conclusões	ou	interpretá-lo	corretamente.
10. A	leitura	de	um	texto	deve	levar	em	consideração	o	mo-
mento	e	as	circunstâncias	em	que	foi	construído,	bem
como	à	finalidade	a	que	se	propõe.
11. Segundo	opinião	dedutível	do	 texto,	os	 críticos	que
desprezaram	o	compositor	estavam	errados.
gabarito Comentado
1. Errado. Por	quê?	Esta	informação	–	“foi	alvo	de	in-
tensas	polêmicas”	–	não	“se	deduz”	do	tex-
to,	está	claramente	expressa	nele.
2. Certo Por	quê?	Esta	dedução	se	origina	da	infor-
mação	 de	 que	 “maestros”	 apresentaram	
obras	dele.
3. Certo Por	quê?	A	informação	de	que	ele	foi	alvo	
de	”preconceito	antissemita”	leva	à	conclu-
são	de	que	ele	era	“de	origem	judaica”.
4. Certo Por	quê?	A	palavra	“maestro”	tem	uma	co-
notação	diferente	(sem	vírgula)	de	“cantor”,	
“compositor”,	 “DJ”,	 “intérprete”	etc.	Maes-
tro	pressupõe	erudição,	por	sua	própria	for-
mação	acadêmica;	por	isso,	“pode-se	dedu-
zir	que	as	músicas	sejam	eruditas,	pois	‘eru-
ditos’	se	empenham	na	sua	apresentação”.		
O	“pode-se	deduzir”	é	aceitável,	porque	não	
impõe	que	seja	uma	“dedução	obrigatória”.
5. Certo Por	 quê?	 Essa	 inferência	 (dedução)	 nasce	
da	informação	de	que	“foram	raros	os	ma-
estros que, nas	décadas	que	se	seguiram	à	
sua morte,	 se	empenharam	na	apresenta-
ção	de	suas	obras.”
6. Errado Por	quê?	Primeiro,	o	texto	não	abrange	as-
sunto	 nacional,	mas	 internacional.	 Segun-
do,	não	se	pode	deduzir	que	haja	unanimi-
dade,	mas	uma	boa	ou	grande	aceitação.
7. Certo
8. Certo
9. Certo
10. Certo
11. Certo Por	 quê?	 Conforme	 o	 texto,	 tais	 críticos,	
além	de	não	compreenderem	o	lado	esté-
tico	do	artista,	incorreram	em	preconceito.
IDEIa PRInCIPaL E SECUnDÁRIa
Em	vida,	Gustav	Mahler	(1860-1911),	tanto	por	sua	per-
sonalidade	artística	como	por	sua	obra,	foi	alvo	de	intensas	
polêmicas	–	e	de	desprezo	por	boa	parte	da	crítica.	A	incom-
preensão	 estética	 e	 o	 preconceito	 antissemita	 também	 o	
acompanhariam	postumamente	e	foram	raros	os	maestros	
que,	nas	décadas	que	se	seguiram	à	sua	morte,	se	empenha-
ram	na	apresentação	de	suas	obras.
Julgue os itens.
12. O	parágrafo	lido	constitui-se	de	dois	períodos,	residindo
a ideia principal no segundo.
13. A	 ideia	 principal	 está	 contida	no	primeiro	período,
representando o segundo um desenvolvimento das
ideias do primeiro.
14. Qual	a	ideia	principal	do	texto?
a) Mahler	foi	um	compositor.
b) Mahler	tinha	origem	judaica.
c) Mahler	compunha	música	erudita.
d) O	valor	de	Mahler	só	foi	reconhecido	devidamente
a	partir	de	algumas	décadas	após	seu	falecimento.
e) A	finalidade	do	texto	é	dizer	que	boa	parte	da	críti-
ca	foi	contrária	a	Mahler.
gabarito Comentado
12. Errado A	questão	seguinte	esclarece	o	assunto.
13. Certo
14. d
Nesta	questão	14,	todas	as	cinco	alternativas	exprimem	
informações	 contidas	no	 texto	dado.	 	 Contudo,	 entre	 as	
ideias	 lançadas	em	qualquer	texto,	existe	uma	hierarquia,	
uma	gradação	de	 importância.	Daí	os	 conceitos	de	 IDEIA	
CENTRAL	OU	PRINCIPAL	e	IDEIAS	SECUNDÁRIAS	OU	PERIFÉ-
RICAS.	A	ideia	central	ou	principal	será	a	responsável	pelo	
TEMA,	que	não	se	define	por	uma	só	palavra,	mas	por	uma	
AFIRMAÇÃO.	Pode-se	dizer	que	o	tema	do	trecho	lido	é	a 
valorização póstuma da obra mahleriana. As demais ideias, 
secundárias,	servem	para	dar	maior	compreensão	ao	texto	
e	propiciar	ao	leitor	uma	visão	mais	detalhada	do	assunto.
COMO aCHaR a IDEIa PRInCIPaL OU O tEMa
Tratando-se	de	texto	expositivo,	argumentativo,	os	exa-
minadores	buscam	avaliar	no	 candidato	a	 capacidade	de	
captar o mais importante. Quando você tem pouco tempo 
na	prova	e	precisa	 responder	a	uma	questão	que	 indaga	
sobre	o	tema	ou	a	ideia	central	de	um	longo	texto,	ou	de	
um	texto	completo,	basta	concentrar-se	na	leitura	do	último	
parágrafo.	Necessariamente	lá	está	a	resposta	da	questão.
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Normalmente,	num	parágrafo,	a	ideia	principal	se	encon-
tra na parte inicial sendo seguida de um desenvolvimento, 
em	forma	de	explicação,	detalhamento,	exemplificação	etc..		
Essa	ideia	principal	também	é	conhecida	por	TÓPICO	FRASAL.	
Mais	raramente,	pode	ser	encontrada	no	final	do	parágrafo,	
sob	a	forma	de	conclusão	das	informações	ou	explanações	
que	a	antecedem.	Repetindo:	a	ideia	central	ou	principal	de	
um	parágrafo	se	situa	no	início	ou	no	final.	Nas	outras	partes,	
aparecem os argumentos.
Quando	a	abordagem	é	não	apenas	de	um	parágrafo,	
mas	de	um	 texto	 completo,	o	 tema	ou	 ideia	principal	 se	
encontra	no	último	parágrafo,	podendo	também	aparecer	
no	primeiro,	 conhecido	 como	parágrafo	 introdutório.	Os	
parágrafos	centrais	são	reservados	às	argumentações,	que	
contribuem	para	dar	suporte	à	principal	ideia.
IntERtEXtUaLIDaDE
Chama-se	intertextualidade	a	relação	explícita	ou	implí-
cita	de	um	texto	com	outro.	
Quando	Chico	Buarque	diz,	na	música	Bom	Conselho,	“de-
vagar	é	que	não	se	vai	longe”,	“quem	espera	nunca	alcança”,	
cria	uma	intertextualidade	implícita	com	os	ditos	populares	
“devagar	se	vai	ao	longe”	e	“quem	espera	sempre	alcança”.
Veja	a	estrofe	seguinte:
Minha	terra	tem	palmares	
Onde	gorjeia	o	mar
Os	passarinhos	daqui
Não	cantam	como	os	de	lá
(Oswald	de	Andrade)
E	responda	C	(certo)	ou	E	(errado):
(			)		Esses	versos	 lembram	“Minha	 terra	 tem	palmeiras,	 /	
Onde	canta	o	sabiá;	/	As	aves,	que	aqui	gorjeiam,	/	Não	
gorjeiam	como	lá.	/”,	de	Gonçalves	Dias.
(			)		A	criação	de	Oswald	de	Andrade	constitui	um	combate	
à	estética	romântica.
(			)		trata-se	de	bom	exemplo	de	intertextualidade.
gabarito
C, C, C
IMPLíCItOS: PRESSUPOStOS E SUBEntEnDIDOS
Implícitos
Implícitos	constituem	informações	que	não	se	encontram	
exteriorizadas	(ou	escritas	ou	pronunciadas)	no	texto,	estando	
apenas	sugeridas	por	um	ou	outro	índice	linguístico.	É	a	leitura	
atenta	e	competente	que	permite	ao	leitor	a	percepção	do	que	
ficou	implícito,	ou	se	mostra	apenas	nas	entrelinhas.
Pressupostos
Os pressupostos	são	identificados	por	estarem	sugeridos 
por palavras	ou	outros	elementos	do	texto,	não	são	difíceis	
de	encontrar-se	e	não	podem	ser	desmentidos	pelo	uso	do	
raciocínio	lógico.
Ex.:	Teresa voltou da Índia.
Pressupostos:	ela	foi	à	Índia	(indiscutível);	a	viagem	teve	
início	há	mais	que	dois	dias	(indiscutível).	
Subentendidos 
Os subentendidos se formam por dedução subjetiva do 
leitor,	pois	baseiam-se	em	sua	visão	de	mundo,	por	isso	são	
discutíveis.
Ex.:	Teresa voltou da Índia.
Subentendidos:	 Teresa	 gastou	 muito	 (discutível,	 pois	
pode	alguém	ter	pago	tudo);	ela	é	uma	felizarda,	aproveitou	
bastante	 (discutível,	porque	pode	ter	 ido	a	 trabalho,	com	
pouco	dinheiro,	e	ter	ficado	hospitalizada	o	tempo	todo).
Exercícios
Assinale C ou E nos parênteses.
Na frase Carlos mudará de profissão,
1. (			)	tem-se	como	pressuposto	que	ele	ganha	pouco.
2. (			)	tem-se	como	pressuposto	que	ele	tem	profissão.
3. (			)	é	possível	que	ele	esteja	contrariado.
4. (			)	é	possível	que	ele	tenha	profissão.
gabarito1. E 2. C 3. C 4. E
FIgURaS DE LIngUagEM
Podem-se	subdividir	em	Figuras de Pensamento, Figuras 
de Sintaxe, Figuras de Sonoridade, e ainda tropos (Uso de 
sentido Figurado ou Conotação).
Figuras de Pensamento 
São	as	figuras	que	atuam	no	campo	do	significado.
Antítese
Aproximação	de	ideias	opostas	–	O belo e o feio podem 
ser agressivos ou não.
Paradoxo
Aparente	 contradição	–	Esta sua tia é uma beleza de 
feiura.
Ironia
Afirmação	do	contrário	–	O animal estava limpo, com 
os cascos reluzentes, firme, saudável... Muito maltratado!
Eufemismo
Suavização	do	desagradável	–	Passou desta para a me-
lhor	(=	morreu).
Hipérbole
Exagero	–	Já repeti cem mil vezes.
Perífrase
Substituição	de	uma	expressão	mais	curta	por	uma	mais	
longa	e	pode	ser	estilisticamente	negativa	ou	positiva,	de-
pendendo	do	contexto.
Texto:	Apoio	sinceramente	sua	decisão.
Perífrase: Antes de mais nada, é importante que você 
me permita neste momento comunicar-lhe meus sinceros 
sentimentos de apoio ao resultado de suas meditações.
Também	constitui	perífrase	o	uso	de	duas	ou	mais	pala-
vras	em	vez	de	uma:	
titular da presidência	(=	presidente);	a região das mil e 
uma noites (=	Arábia)
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Figuras de Sintaxe 
São	as	figuras	relacionadas	à	construção	da	frase.
Elipse
Omissão	de	termo	facilmente	identificável	–	(eu)	cheguei, 
(nós)	chegamos.
Zeugma
Elipse	de	termo	já	dito	–	Comprei	dois	presentes; ela, três.
– José	chegou	cedo;	Maria,	não.
Hipérbato
Inversão	da	frase	–	Para o pátio correram todos.
Pleonasmo vicioso
Repetição	desnecessária	de	 ideia	–	Chutou com o pé, 
roeu com os dentes, saiu para fora, lustro de cinco anos...
pleonasmo estilístico
A mim, não me falaste. Aos pais, lhes respondi que...
assíndeto
Ausência	de	conjunção	coordenativa	–	Chegou, olhou, 
sorriu, sentou.
Polissíndeto
Repetição	de	conjunção	coordenativa	–	Chegou, e olhou, 
e sorriu, e sentou.
gradação
Sequência	de	dados	em	crescendo	–	Balbuciou, sussur-
rou, falou, gritou...
paralelismo sintático
Obediência	a	um	mesmo	padrão.
Sem	paralelismo:	Quero	de	você	admiração,	honestidade	
e que me obedeça.
Ela	é	alta,	inteligente	e	tem beleza.
Com	paralelismo:	Quero	de	você	admiração,	honestidade	
e obediência.	(todos,	substantivos)
Ela	é	alta,	inteligente	e	bela.	(todos,	adjetivos)
Silepse
Concordância	com	a	ideia,	não	com	a	palavra.
Silepse	de	Gênero:	Vossa	Senhoria	está	cansado?
Silepse	de	Número:	E	o casal de garças pousaram tran-
quilamente.
Silepse	de	Pessoa:	todos deveis estar atentos.
Figuras de Sonoridade
São	as	figuras	relacionadas	ao	trabalho	com	os	sons	das	
palavras.
aliteração
Repetição	de	sons	consonantais	próximos	–	“Gil engendra 
em Gil rouxinol” (Caetano	Veloso).
assonância
Repetição	de	sons	vocálicos	próximos	–	Cunhã poranga 
na manhã louçã.
Onomatopeia
Tentativa	de	imitação	do	som	–	coxixo, tique-taque, zum-
-zum, miau...
Paronomásia ou trocadilho
Contudo... ele está com tudo.
tropos (uso do sentido Figurado ou 
Conotação)
Comparação ou analogia
Relação	de	semelhança	explícita	sintaticamente.
Ele voltou da praia parecendo um peru assado.
Teresa está para você, assim como Júlia, para mim.
Corria qual uma lebre assustada.
Sua voz é igual ao som de panela rachada.
Metáfora
Relação	de	 semelhança	 subentendida,	 sem	conjunção	
ou	palavra	comparativa.
Voltou da praia um peru assado.
A sua Tereza é a minha Júlia.
Correndo, ele era uma lebre assustada.
Sua voz era uma panela rachada.
Metonímia
Relação	de	extensão	de	significado,	não	de	semelhança.
Continente	x	conteúdo
Só bebi um copo.	(Bebeu	o	conteúdo	e	não	o	copo)
Origem	x	produto
Comeu um bauru.	(Bauru	é	a	origem	do	sanduíche)
Causa	x	efeito
Cigarro incomoda os vizinhos.	(A	fumaça	é	que	incomoda)
Autor	x	obra
Vamos curtir um Gilberto Gil?	(Curtir	a	música)
Abstrato	x	concreto
Estou com a cabeça em Veneza.	(O	pensamento	em	Veneza)
Símbolo	x	simbolizado
A balança impôs-se à espada.	(Justiça...	Forças	Armadas)
Instrumento	x	artista
O cavaquinho foi a grande atração.	(O	artista)
Parte	x	todo
Havia mais de cem cabeças no pasto.	(Cem	reses)
Catacrese
Metáfora	estratificada,	que	já	faz	parte	do	uso	comum.
Asa da xícara, asa do avião, barriga da perna, bico de 
bule, pé de limão...
prosopopeia ou personificação
O céu sorria aberto e cintilante... As folhas das palmeiras 
sussurravam aos nossos ouvidos.
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POntO DE VISta DO aUtOR
Todo	 e	 qualquer	 autor,	 ao	 produzir	 um	 texto,	 falado,	
cantado	ou	escrito,	 seja	para	descrever	uma	cena,	narrar	
um	fato,	ou	desenvolver	um	raciocínio,	coloca	nesse	texto,	
mesmo	que	não	o	perceba,	sua	visão	de	mundo,	sua	posição	
política,	religiosa,	artística,	econômica,	social	etc.,	além	de	
sua preferência por este ou aquele assunto, este ou aquele 
personagem.	A	linguística	textual	levanta	com	base	nos	vo-
cábulos	escolhidos	e	na	organização	dos	enunciados,	o	que	
se denomina Ponto de Vista do Autor.
IntEnCIOnaLIDaDE
Paralelamente	ao	ponto	de	vista,	o	autor	também	mani-
festa	uma	intencionalidade,	ou	tendência	psicológica,	a	favor	
ou	contra	determinada	realidade,	personalidade	ou	atitude,	
o	que	se	pode	deduzir,	também,	das	palavras	utilizadas	e/ou
da	organização	das	frases.	Nos	cartazes	das	ruas	e	da	 im-
prensa,	duas	 frases	usando	as	palavras	 “impeachment”	e
“golpe”	se	opuseram	insistentemente:	1)	Impeachment sem
crime é golpe	e	2)	Impeachment não é golpe.	Por	trás	de
cada	uma	está	a	intencionalidade	do	emissor.	A	intenção	da
frase	1	é	impedir o impeachment, enquanto a frase 2 tem
como	propósito	a	sua	aprovação.
Leia	com	atenção	o	depoimento	de	duas	testemunhas	
sobre	o	fato	que	presenciaram.
Testemunha A: o irmão Antônio, com frieza, gestos con-
trolados, voz macia e baixa, olhar de Madalena arrependida, 
consciente da importância de sua postura no convencimento 
dos irmãos, desfiava um rosário de mentiras que convencia os 
presentes. Em dado momento, deixou escapar, numa fração 
de segundo, um esboço de sorriso vitorioso que fez o irmão 
Lauro levantar-se e se aproximar dele. De repente estavam os 
dois no chão, irmão Antônio por cima, irmão Lauro por baixo 
e com dificuldade foram separados pelos outros.
Testemunha B: Seu Antônio estava falando, Seu Lauro 
voou pra cima dele com um soco armado que passou no 
vazio. Seu Antônio, mais forte e mais pesado, atracou-se ao 
agressor, derrubou-o no chão e o dominou completamente, 
segurando-lhe ambos os punhos, numa montada completa, 
sem desferir um golpe sequer, mas incapaz de impedir que o 
subjugado lhe mandasse, de baixo para cima, uma cusparada 
no rosto. Eu e um colega caímos sobre eles, seguramos os 
dois e os separamos.
Exercícios
Veja	agora	como	os	pontos	de	vista	das	duas	testemunhas	são	
diferentes,	respondendo	C	ou	E	para	as	afirmações	seguintes	
e	conferindo	suas	respostas	com	as	do	gabarito.
1	 (			)		O	fato	motivador	de	ambas	as	narrativas	foi	o	mes-
mo:	uma	briga	entre	dois	indivíduos.	
2	 (			)		Ambas	as	narrativas	indicam	que	as	duas	testemu-
nhas	demonstram	bom	nível	de	escolaridade	pelo	
domínio	do	padrão	linguístico	apresentado.	
3	 (			)		No	trecho	“o	irmão	Antônio,	com	frieza,	gestos	con-
trolados,	voz	macia	e	baixa,	olhar	de	Madalena	arre-
pendida, consciente da importância de sua postura 
no	convencimento	dos	irmãos,	desfiava	um	rosário	
de	mentiras”,	a	testemunha	A	descreve	psicologica-
mente	Antônio	como	frio,	calculista	e	mentiroso.	
4	 (			)		as	expressões	“o	irmão”,	“Madalena	arrependida”,	
“dos	irmãos”,	”rosário”,	“o	irmão”,	“outros	irmãos”	
e	a	própria	repetitividade,	refletem	repertório	reli-
gioso	e	caracterizam	o	autor	do	texto	como	conviva	
do mesmo grupo dos demais personagens.
5	 (			)		No	 segundo	 período	 a	 testemunha	 A	 indicaque	
Antônio	agrediu	moralmente	com	“um	esboço	de	
sorriso	vitorioso”	a	Lauro,	tendo	provocado	a	briga.	
6	 (			)		A	testemunha	A	se	mostrou	imparcial.
7	 (			)		Com	a	descrição	psicológica	 (item	3)	e	a	agressão	
moral	(item	5),	pode-se	perceber,	na	testemunha	A,	a	
tendência	para	construir	a	culpabilidade	de	Antônio.
8	 (			)		A	testemunha	A	narra	em	3ª	pessoa,	como	obser-
vadora dos acontecimentos.
9	 (			)		O	tratamento	“Seu”	usado	em	“Seu	Antônio”	e	“Seu	
Lauro”	 indica	pouca	 intimidade	e	distanciamento	
respeitoso	da	testemunha	B.
10. (			)		A	linguagem	da	testemunha	B	não	indica	ponto	de
vista religioso, mas de quem entende ou convive 
com	ambiente	de	 luta	 (“voou	pra	cima	dele	com	
um	soco	armado	que	passou	no	vazio”,	“mais	forte	
e	mais	pesado,	atracou-se	ao	agressor,	derrubou”,	
“dominou	completamente”,	“montada	completa”,	
“desferir	golpe”	,	“subjugado”	).
11. (		)		 Segundo	a	testemunha	B,	“Seu	Lauro”	agrediu	duas
vezes	“Seu	Antônio”:	uma	fisicamente	(“voou	pra	
cima	dele	com	um	soco	armado”)	e	outra	física	e	
moralmente	(“uma	cusparada	no	rosto”).
12. (		)		 A	testemunha	B	mostrou-se	imparcial.
13. (		)		 Pode-se	perceber	na	testemunha	B	a	intencionali-
dade	de	culpar	“seu	Lauro”.
14. (		)		 A	testemunha	B,	como	narrador	de	1ª	pessoa	(Eu
e um colega caímos	sobre	eles,	seguramos os dois 
e os separamos),	coloca-se	na	cena	como	um	dos	
personagens,	ou	seja,	como	narrador	participante.
gabarito
1. V
2. V
3. V
4. V
5. V
6.	F
7. V
8. V
9. V
10. V
11. V
12.	F
13. V
14. V
Conclusão:
Pela	leitura	dos	dois	textos,	percebem-se	pontos	de	vis-
ta diferentes dos dois autores, no caso os dois narradores.
Ponto	de	 vista	do	narrador	A:	 usa	 a	 3ª	pessoa,	 fala	
como	observador,	visão	de	fora;	demonstra	bom	domínio	
linguístico;	posta-se	como	integrante	de	uma	irmandade;	
considera	agressor	e	provocador	o	“irmão	Antônio””.
Ponto	de	vista	do	narrador	B:	usa	a	1ª	pessoa,	fala	como	
um	dos	personagens;	demonstra	bom	domínio	linguístico;	
posta-se como entendedor de luta; mostra distanciamento 
e	pouca	intimidade	com	os	envolvidos	na	briga;	considera	
agressor	e	provocador	o	“Seu	Lauro”.
SEMântICa
Sema
É	unidade	de	significado.	A	palavra	“garotas”	tem	três	
semas:
1. garot é	o	radical	e	significa	ser	humano	em	formação;
2. a	é	desinência	e	significa	feminino;
3. s é	desinência	e	significa	plural.
monossemia ou unissignificação
É	o	fato	de	uma	expressão	ter	no	texto	apenas	um	sig-
nificado.
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a
polissemia ou plurissignificação
É	o	fato	de	uma	expressão,	no	texto,	ter	múltiplos	sig-
nificados.	
Ambiguidade ou anfibologia
Significa	duplo	sentido.
Denotação
Sentido	objetivo	da	palavra	–	Teresa	é agressiva.
Conotação
Sentido	figurado	da	palavra	–	Teresa	é	um	espinho.
Campo semântico
Área	 de	 abrangência	 ou	 de	 interpenetração	 de	
significado(s).
Chuteira,	pênalti,	drible,	estádio...	pertencem	ao	campo 
semântico do futebol.
Oboé,	melodia,	contralto...	pertencem	ao	campo semân-
tico da música.
Aeromoça,	aterrissar,	taxiar...	pertencem	ao	campo se-
mântico da aviação.
Contexto
As	palavras	ou	signos	podem	estar	soltos	ou	contextua-
lizados.	O	contexto é	a	frase,	o	texto,	o	ambiente	em	que	a	
palavra ou signo se insere. Normalmente, uma palavra solta, 
fora	de	um	contexto,	desperta	vários	sentidos	(polissemia)	
e	os	dicionários	 tentam	relacioná-los,	 apresentando	cada	
um	dos	 sentidos	 (monossemia)	 ligado	a	um	determinado	
contexto.	
No Dicionário Houaiss, a palavra ponto	tem	62	significa-
dos	e	contextos;	linha tem outros 58, sendo que, em cada 
um	desses	contextos,	a	monossemia	prevalece.
nos textos literários ou artísticos,	ambiguidade	e	po-
lissemia	 são	 valores	positivos.	O	 texto	artístico	pode	 ser	
considerado	tão	mais	valioso	quanto	mais	plurissignificativo.
nos textos informativos	(jornalísticos,	históricos,	cien-
tíficos...	),	a	monossemia	é	valor	positivo,	enquanto	a	ambi-
guidade e a polissemia devem ser evitadas.
Sinonímia
Existência	de	palavras	ou	termos	com	significados	con-
vergentes,	 semelhantes:	 vermelho	e	encarnado,	brilho	e	
luminosidade,	branquear	e	alvejar...
antonímia
Existência	de	palavras	ou	termos	de	sentidos	opostos:	
claro	e	escuro,	branco	e	negro,	alto	e	baixo,	belo	e	feio...
Homonímia
Palavras	iguais	na	escrita	ou	no	som	com	sentidos	dife-
rentes:	cassa	e	caça,	cardeal	(religioso),	cardeal	(pássaro),	
cardeal	(principal)...
Paronímia
Palavras	parecidas:	 eminência	 e	 iminência,	 vultoso	e	
vultuoso...
QUaLIDaDES DO tEXtO
Um	texto	bem	redigido	deve	 ter	algumas	qualidades.	
A	seguir,	cada	tópico	apresenta	uma	dessas	qualidades	e,	
também,	seu	defeito,	o	oposto.
Clareza
Clareza	é	a	qualidade	que	faz	um	texto	ser	facilmente	
entendido. Obscuridade	é	o	seu	antônimo.
Questões
O	menino	e	seu	pai	foram	hospedados	em	prédios	diferentes	
o que	o	fez	ficar	triste.
Assinale C para certo e E para errado.
1. (	 )	 A	estruturação	da	 frase	 se	dá	de	maneira	 clara	e
objetiva.
2. (	 )	 A	leitura	desse	trecho	se	torna	ambígua	em	virtude
do	mau	uso	do	pronome	oblíquo	“o”.
3. (	 )	 Colocando-se	o	oblíquo	“o”	no	plural,	caberia	plu-
ralizar	“ficar	triste”	(o	que	os	fez	ficarem	tristes)	e	a	
clareza	se	restaura	porque	o	“triste”	passa	a	se	referir	
a	ambos,	“o	menino”	e	“seu	pai”.
4. (	 )	 Substituindo-se	o	oblíquo	“o”	por	“este”	(o	que	fez
este	ficar	triste	),	também	se	elimina	a	ambiguidade,	
passando	a	significar	que	só	o	pai	ficou	triste.
5. (	 )	 Substituindo-se	o	oblíquo	“o”	por	“aquele”	(o	que
fez	aquele	 ficar	 triste)	 comete-se	uma	 incorreção	
gramatical.
6. (	 )	 Substituindo-se	o	oblíquo	“o”	por	“aquele”	(o	que
fez	aquele	ficar	triste)	resolve-se	também	a	obscu-
ridade,	pois	afirma-se	que	só	o	menino	ficou	triste,	
porque	o	demonstrativo	“aquele”	refere-se	ao	subs-
tantivo	mais	distante.
gabarito
Itens 2, 3, 4 e 6 certos; itens 1 e 5 errados.
Coerência
Se	as	 ideias	estão	entrelaçadas	harmoniosamente	em	
termos	lógicos,	encontra-se	no	texto	coerência. O seu an-
tônimo	é	ilogicidade, incoerência.
Questões
I	–	Toda	mulher	gosta	de	ser	elogiada.	Se	queres	agradar	a	
uma, mostra-lhe suas qualidades. 
II	–	Toda	mulher	gosta	de	ser	elogiada.	Se	queres	agradar	a	
uma, mostra-lhe seus defeitos. 
Assinale C para certo e E para errado.
1. (	 )	 O	texto	I	exemplifica	raciocínio	incoerente.
2. (	 )	 O	texto	II	desenvolve	raciocínio	coerente.
3.	 (	 )	 A	incoerência	se	faz	presente	em	ambos	os	parágrafos.
4. (	 )	 Os	dois	parágrafos	são	perfeitamente	coerentes.
5. (	 )	 O	 raciocínio	do	 texto	 I	 é	 perfeitamente	 lógico	 e
coerente.
6. (	 )	 O	desenvolvimento	 racional	do	 texto	 II	 peca	por
incoerência.
gabarito
Itens 1, 2, 3 e 4 errados; itens 5 e 6 certos.
Concisão
Concisão é	a	capacidade	de	se	falar	com	poucas	palavras.	
O	seu	oposto	é	prolixidade.
Questões
I	–	Andresa	trouxe	Ramiro	e	Osvaldo	à	minha	presença,	no	
meu	escritório	e	me	apresentou	essas	duas	pessoas.	
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II	 –	Andresa	 trouxe-me	ao	escritório	Ramiro	e	Osvaldo	e	
mos apresentou. 
Assinale C para certo e E para errado.
1.	 (	 )	 Os	dois	textos	apresentam	o	mesmo	teor	informativo.
2. (	 )	 O	primeiro	é	mais	prolixo	(dezessete	palavras,	uma
vírgula	e	um	ponto	final).
3. (	 )	 O	segundo	é	mais	conciso	(onze	palavras	e	um	ponto
final).
4. (	 )	 A	última	oração	da	frase	II	deve	ser	corrigida	para
“e	nos	apresentou”.
5. (	 )	 No	período	II,	“mos”	funciona	como	objeto	indireto	e
direto,	porque	representa	a	fusão	de	dois	pronomes	
oblíquos	átonos	(me	+	os).
gabarito
Itens 1, 2, 3 e 5 certos; item 4 errado.
Correção Gramatical
Correção é	o	ajuste	do	texto	a	um	determinado	padrão	
gramatical.	 Tradicionalmente	as	provas	 sempre	visaram	a	
medir	o	conhecimento	da	normaculta	(também	chamada	de	
erudita ou padrão),	por	isso,	quando	simplesmente	pedem	
para	apontar	o	que	está	certo ou errado gramaticalmente, 
estão-se	referindo	à	adequação	ou	inadequação	do	texto	a	
essa norma culta.
Questões
I		–	Nóis	num	é	loco,	nóis	só	véve	ansim	pruquê	nóis	qué.	
II	–	Não	somos	loucos,	só	vivemos	assim	porque	queremos.	
Assinale C ou E,	conforme	julgue	a	afirmação	certa	ou	errada.
a) O	 texto	 I	 está	 correto	em	 relação	ao	padrão	popular
regional	e	errado	relativamente	ao	culto.
b) O	 texto	 II	 está	 certo	de	acordo	com	o	padrão	culto	e
errado se a referência for o popular regional.
gabarito
Ambas	as	afirmações	estão	corretas.
Coesão
Coesão	é	a	inter-relação	bem	construída	entre	as	partes	
de	um	texto.	Seu	antônimo	é	a	incoesão	ou	desconexão.
COESÃO E COnECtORES
Coesão	é	a	inter-relação	bem	construída	entre	as	partes	
de	um	texto	e	se	faz	com	o	uso	de	conectores ou elementos 
coesivos. 
Coesão gramatical (ou coesão referencial 
endofórica)
Os	componentes	de	um	texto	se	inter-relacionam,	referin-
do-se	uns	aos	outros,	evidenciando	o	que	se	chama	coesão	
referencial	endofórica,	ou	coesão	gramatical.	Além	do	uso	das	
preposições	e	conjunções,	eis	alguns	recursos	de	coesão	refe-
rencial	endofórica	e	seus	elementos	coesivos	ou	conectores:
nominalização
Substantivo	que	retoma	 ideia	de	verbo	anteriormente	
expresso.
Os alunos esforçados foram aprovados e a aprovação 
lhes trouxe euforia.
Elemento	 coesivo:	 “aprovação”	 retoma	 “foram	apro-
vados”.
Pronominalização
Pronome	retomando	ou	antecipando	substantivo.
Conector:	na	frase	anterior,	“lhes”	retoma	“alunos”.
repetição vocabular
Repetição	de	palavra.	
A mulher se apoia no homem e o homem na mulher. 
Elemento	 coesivo:	na	 segunda	oração	 repetem-se	os	
substantivos	“homem”	e	“mulher”.
sintetização
Uso	de	expressão	sintetizadora.
Viagens, passeios, teatros, espetáculos... Tudo nos mos-
tra o mundo.
Conector:	na	segunda	oração,	a	expressão	“tudo”	sinte-
tiza	“Viagens, passeios, teatros, espetáculos...”.
Uso de numerais 
São possíveis três situações. A primeira é ela estar sendo 
sincera. A segunda é estar mentindo. A terceira é não saber 
o que fala.
Elemento	coesivo:	os	ordinais,	“primeira”,	“segunda”	e
“terceira”	retomam	o	cardinal	“três”.
Uso de advérbios 
Hesitando, entrou no quarto de Raquel. Ali deveria estar 
escondida a resposta.
Conector:	o	advérbio	“Ali”	recupera	a	expressão	“quarto	
de	Raquel”.
Elipse
Omissão	de	termo	facilmente	identificável.
Nós chegamos ao jardim. Estávamos sedentos.
Elemento	coesivo:	a	desinência	verbal	“mos”	retoma	o	
sujeito	“nós”	expresso	na	primeira	oração.
Sinonímia
Palavras	ou	expressões	de	sentidos	semelhantes.
O extenso discurso se prolongou por mais de duas horas. 
A peça de oratória cansativa foi responsável pelo desinte-
resse geral.
Conector:	o	sinônimo	“peça	de	oratória”	retoma	a	ex-
pressão	“discurso”.
Hiperonímia
Hiperônimo	é	palavra	cujo	sentido	abrange	o	de	outra(s).	
Roupa	 constitui	 hiperônimo	em	 relação	a	 calça,	 vestido,	
paletó,	camisa,	pijama,	saia...
Ela escolheu a saia, a blusa, o cinto, o sapato e as meias... 
Aquele conjunto estaria, sim, adequado ao ambiente.
Elemento	coesivo:	o	hiperônimo	“conjunto”	retoma	os	
substantivos	anteriores.
Hiponímia
Hipônimo	é	palavra	de	sentido	 incluído	no	sentido	de	
outra.	Boneca,	pião,	pipa,	bambolê,	carrinho,	bola	de	gude...	
são	hipônimos	de	brinquedo. 
Naquela disputa havia cinco times, contudo apenas o 
Flamengo se pronunciou.
Conector:	o	hipônimo	“Flamengo”	 cria	 coesão	 com	a	
palavra	“times”.
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anáfora
chama-se	anafórico ao	elemento	de	coesão	que	retoma	
algo	já	dito.
O lobo e o cordeiro se olharam; aquele, com fome; este, 
com temor.
Coesivos	anafóricos:	“aquele”	e	“este”	retomam	“lobo”	
e	“cordeiro”.
Catáfora
Palavra	ou	expressão	que	antecipa	o	que	vai	 ser	dito.																			
Não se esqueça disto: já estamos comprometidos.
Conector	catafórico:	“disto”	antecipa	a	oração	“já	esta-
mos	comprometidos”.
Obs.:	a	coesão	é	uma	qualidade	do	texto	e	sua	falta	cons-
titui	erro.	Desconexo	ou	incoeso	é	o	texto	a	que	falta	coesão.
DOMínIO DOS MECanISMOS DE COESÃO
tEXtUaL
Os	mecanismos	de	coesão	textual	exigem	conhecimentos	
outros, como uso dos pronomes, regência, concordância, 
colocação...	
Resolva as questões seguintes, onde aparecem 10 co-
esões	 bem	 feitas	 e	 10	 imperfeitas,	 com	 relação	 à	 norma	
padrão	oficial.
Qual	dos	dois	textos	está	mais	bem	escrito,	levando	em	con-
sideração	os	mecanismos	de	coesão	textual?
1.	 a)	 O	cavalo,	o	ganso	e	a	ovelha	andavam	lado	a	lado;
enquanto	este	relinchava,	aquele	grasnava	e	ela	balia.
b)	 O	cavalo,	o	ganso	e	a	ovelha	andavam	lado	a	lado;	en-
quanto	aquele	relinchava,	esse	grasnava	e	esta	balia.
2. a)	 Atenção	a	este	aviso:	“Piso	Escorregadio”.
b) Atenção	a	esse	aviso:	“Piso	Escorregadio”.
3. a)	 Silêncio	e	respeito.	Essas	palavras	se	viam	por	toda
parte.
b) Silêncio	e	respeito.	Estas	palavras	se	viam	por	toda
parte.
4. a)	 Encontrei	o	artigo	que	você	falou.
b) Encontrei	o	artigo	de	que	você	falou.
5. a)	 Foi	essa	a	frase	que	você	falou.
b) Foi	essa	a	frase	de	que	você	falou.
6. a)	 Era	uma	situação	que	ele	fugia.
b) Era	uma	situação	de	que	ele	fugia.
7. a)	 Estamos	diante	de	um	texto	que	falta	coesão.
b) Estamos	diante	de	um	texto	a	que	falta	coesão.
8. a)	 Finalmente	chegou	ao	quarto	onde	estava	escondido
o dinheiro.
b) Finalmente	chegou	ao	quarto	aonde	estava	escon-
dido	o	dinheiro.
9. a)	 Veja	o	local	onde	você	chegou.
b) Veja	o	local	aonde	você	chegou.
10. a)	 Convide	para	a	mesa	as	senhoras	cujos	os	maridos
estão	presentes.
b) Convide	para	a	mesa	as	senhoras	cujos	maridos	estão
presentes.
gabarito
1. b.	Uso	dos	demonstrativos: aquele, para o mais dis-
tante; esse,	para	o	intermediário;	este, para o mais
próximo.
2. a.	Uso	dos	demonstrativos: este refere-se ao que se
vai falar; esse,	ao	que	já	foi	dito.
3. a.	Uso	dos	demonstrativos: este refere-se ao que se
vai falar; esse,	ao	que	já	foi	dito.
4. b	(falar	de	um	artigo).
5. a	(falar	uma	frase).
6. b	(fugir	de	algo).
7. b	(falta	coesão a	algo).
8. a	(o	dinheiro	estava	escondido	no	quarto).
9. b	(você	chegou	a	um	local).
10. b	(cujo	não	vem	seguido	de	artigo).
Questões aOCP
o perfil do empreendedor negro no Brasil 
Juventude negra está seguindo uma mudança cultural 
que vê forma de protagonizar uma transformação de alto 
impacto social e econômico 
A	prática	empreendedora	vem	crescendo	no	Brasil,	so-
bretudo	quando	diz	respeito	à	população	negra.	Atualmente	
a	maioria	dos	empreendedores	são	mulheres	que	abriram	
seus	negócios	por	oportunidade,	contrariando	a	crença	geral	
de	que	as	pessoas	das	camadas	com	menor	poder	aquisiti-
vo	procuram	abrir	seus	negócios	mais	por	necessidade	ou	
devido ao desemprego. 
Praticamente	metade	dos	empreendedores	têm	menos	
de	40	anos	e,	em	relação	aos	jovens,	75%	deles	estão	empre-
endendo	pela	primeira	vez	e	a	maioria	com	ensino	superior	
completo/incompleto. 
Há	uma	sinalização	de	que	a	juventude	negra	está	se-
guindo	uma	mudança	cultural	que	ocorre	de	forma	gradati-
va.	Eles	estão	percebendo	que	o	empreendedorismo	pode	
ser	uma	forma	de	protagonizar	uma	transformação	de	alto	
impacto	social	e	econômico.	
A	maioria	dos	negócios	está	na	categoria	MEI	(Micro	
Empreendedor	Individual),	nos	setores	de	comércio,	serviço,	
moda/vestuário,	estética	e	alimentação.	Esses	dados	foram	
obtidos	na	Pesquisa	Nacional	Negro	Empreendedor	realizada	
pelo	Baobá	–	Fundo	de	Igualdade	Racial	em	parceira	com	o	
Instituto	Feira	Preta,	em	2015.	
Segundo	 a	 pesquisa,	 historicamente,	 o	 ato	 de	 em-
preender	sempre	esteve	presente	no	cotidiano	de	negros	
brasileiros.	Muito	antes	da	formação	do	conceito	de	afro-
empreendedorismo,o negro empreendia como forma de 
sobrevivência,	por	necessidade.	
Hoje,	o	empreendedor	negro	ultrapassou	as	fronteiras	
da	subsistência	e	tem	buscado	aprimorar	as	suas	habilidades	
e	competências	no	que	diz	respeito	à	sua	atitude	empreen-
dedora.	 Cada	 vez	mais,	 apostando	na	 criação,	 abertura	e	
gerenciamento	de	seus	próprios	negócios.	
Mesmo	 com	 a	mudança	 do	 perfil	 empreendedor,	 o	
empreendedor	 negro	 ainda	 enfrenta	muitas	 dificuldades,	
como	também	sinaliza	a	pesquisa.	Segundo	o	documento	
“são	públicos	os	fatores	que	dificultam	o	crescimento	e	for-
talecimento do empreendedorismo negro, em larga escala, 
no país e um dos principais entraves se deve ao racismo 
institucionalizado	brasileiro”.	
“Além	deste,	outras	razões	podem	estar	relacionadas	
às	 dificuldades	 vivenciadas	pelos	negros	no	momento	de	
empreender.	O	economista	Marcelo	Paixão,	em	publicação	
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eletrônica	de	2013	–	Os	empreendedores	afro-brasileiros:	um	
estudo	exploratório	a	partir	da	MPE	-,	salienta	que	existem	
razões	de	ordem	geral;	que	seriam	a	falta	de	planejamento	
e	de	capacitação	administrativa/	gerencial,	a	informalidade,	
a	aposta	em	negócios	de	pouco	retorno,	condições	ocupa-
cionais	anteriores	frágeis	dentre	outras”.	
Em	2013,	o	 Instituto	Data	Popular	divulgou	pesquisa	
apontando	que	os	consumidores	negros,	boa	parte	 locali-
zados	na	chamada	classe	C,	movimentaram	cerca	de	R$713	
bilhões	ao	ano.	Mas	o	estudo	também	observou	que	existe	
demanda	crescente	e	oferta	insuficiente	de	produtos	e	ser-
viços	para	atender	o	perfil	de	um	novo	consumidor	negro.	
Um	exemplo	de	sucesso	de	empreendedorismo	negro	
é	a	Feira	Preta.	Inicialmente	realizada	na	Praça	Benedito	Ca-
lixto	e	reunindo	cerca	de	40	empreendedores,	a	Feira	Preta	
hoje	se	transformou	no	maior	evento	de	cultura	negra	da	
América	Latina.	
Em	treze	edições,	foram	mais	de	120	mil	visitantes,	que	
puderam	acompanhar	aproximadamente	500	artistas	e	600	
expositores	com	diferentes	linguagens,	expressões	e	produtos.	
Texto	adaptado.	Fonte:	http://www.cartacapital.com.br/sociedade/
o	-perfil-do-empreendedor-negro-no-brasil
1. (AOCP/Ebserh)	De	acordo	com	o	texto,	é	correto	afirmar
que
a) a	Feira	Preta	é	uma	evidência	de	que	o	empreende-
dorismo	negro	cresceu	nos	últimos	anos.
b)	 a	população	branca	não	tem	conseguido	crescer	como
empreendedora,	abrindo	o	seu	próprio	negócio.
c) dos	 jovens	que	possuem	curso	 superior	ou	ainda
estão	cursando	um	quarto	deles	já	está	empreen-
dendo	pela	primeira	vez.
d) nos	últimos	anos	o	negro	brasileiro	tem	descoberto
que	é	empreendedor.	Dessa	forma,	a	pesquisa	mos-
tra	que	a	ideia	de	empreendedorismo	faz	com	que
eles	comecem	a	agir	em	busca	de	subsistência.
e) a	falta	de	experiência	não	significa	dificuldade	para	o
início	do	empreendimento.	A	maior	dificuldade	ain-
da	é	o	racismo	que	o	negro	encontra	na	sociedade.
Texto
Fonte:	http://veredasdalingua.blogspot.com.br/2013/01/oracoes-
-subordinadas-adverbiais.html
2. (AOCP/Ebserh)	Assinale	a	alternativa	correta	quanto	ao
que se pode depreender das informações referentes ao
texto.
a) “Pescoção”	é	um	termo	muitas	vezes	utilizado	com	o
sentido	de	pancada	desferida	com	a	mão	aberta	con-
tra	uma	pessoa.	Leva	o	nome	também	de	pescoçada.
Se,	no	segundo	quadrinho,	o	autor	da	tirinha	tivesse
utilizado	o	termo	“pescoçada”,	o	efeito	de	sentido
do	terceiro	quadrinho	continuaria	inalterado.
b) A	girafa	sempre	teve	pescoço	comprido.
c) Depois	que	Deus	pediu	para	a	girafa	parar	de	falar,
ela parou.
d)	 Pelo	terceiro	quadrinho,	é	possível	verificar	a	ambigui-
dade	(sentido	figurado	e	literal)	do	termo	“pescoção”.
e) Não	é	possível	nesse	texto	fazer	qualquer	inferên-
cia	relacionada	à	origem	do	mundo	escrita	no	livro
bíblico	de	Gênesis.
Desenvolver habilidades para o bem estar é tão im-
portante quanto construir pontes 
O	especialista	em	educação	emocional	 e	 social	 João	
Roberto	de	Araújo,	criador	da	campanha	Ribeirão	Pela	Paz,	
defende	prioridade	de	um	ensino	cidadão:	“É	preciso	ensinar	
para	a	vida”.	
Para	o	Mestre	em	Psicologia	Social	e	fundador	da	or-
ganização	Inteligência	Relacional,	pode-se	e	deve-se	apren-
der	na	escola,	além	de	Matemática	e	Português,	como	ter	
tolerância,	desenvolver	diálogos	e	ter	controle	dos	estados	
emocionais:	“É	preciso	criar	condições	para	que	não	se	for-
mem	apenas	pessoas	que	passem	no	vestibular	e	tenham	
sucesso	socioprofissional,	mas	que	sejam	pessoas	que	pos-
sam	aprender	a	conviver	em	sociedade”.	
João	Roberto	teve	esta	clareza	maior	quando	trabalhou	
pela	ação	Ribeirão	Pela	Paz,	no	começo	dos	anos	2000,	e	
tentou	encontrar	outras	formas	de	combater	a	violência	por	
outro	caminho,	não	o	já	sempre	pensado	da	repressão.	
Na	cidade	ideal	do	psicólogo,	os	filhos	dos	pobres	e	dos	
ricos	seriam	acolhidos	da	mesma	forma	para	ter	as	mesmas	
oportunidades	de	desenvolvimento	e	de	compreensão	do	
sentido	da	vida.	
O	Ribeirão	Pela	Paz	foi	uma	audaciosa	ação	para	en-
frentar	a	questão	da	violência	urbana	na	cidade.	Quais	os	
caminhos	hoje	em	dia?	
João	Roberto	de	Araújo:	O	fenômeno	da	violência	sempre	
incomodou	muito	a	todos,	as	famílias,	as	lideranças	e,	até	hoje,	
é	um	tema	central	entre	os	grandes	flagelos	da	sociedade.	No	
entanto,	sempre	houve	muita	desinformação	sobre	as	causas	
da	violência	e	poucas	reflexões	consistentes	sobre	esse	fenô-
meno.	Nós	vivemos,	e	vivíamos	no	passado,	e	ainda	vivemos	
hoje,	uma	ênfase	muito	grande	nas	respostas	de	repressão:	
pena de morte, respostas fortes de armamentos, mecanismos 
de	segurança	pública,	aperfeiçoamento	penal,	agilidade	da	jus-
tiça,	questão	da	maioridade,	entre	outras.	Enfim,	esse	eixo	da	
repressão	no	passado	sempre	foi	muito	forte	e	ainda	continua	
hoje.	E	é	fácil	em	uma	análise	mais	criteriosa	verificar	que	a	
repressão	é	necessária	desde	que	legítima,	não	é	a	violência	
pela	violência,	mas	a	legitimidade	do	estado	de	responder	pela	
proteção	da	sociedade	usando	a	força	legalmente.	A	repressão	
legítima	é	absolutamente	necessária,	mas	não	é	suficiente.	
Nesse	sentido,	o	Ribeirão	Preto	Pela	Paz	foi	a	primeira	
iniciativa	que	procurou	despertar	nas	lideranças	e	na	comuni-
dade	a	consciência	sobre	o	fenômeno	da	violência,	trazendo	
as	dimensões	sociais,	sociológicas,	psicológicas	do	fenômeno	
da	violência.	Foi	um	marco	que	se	revelou	pioneiro	para	ação	
da	própria	mídia	que,	antes,	diante	de	um	fato	criminoso	da	
violência na sociedade procurava, unilateralmente, os depoi-
mentos	policiais.	Após	o	Ribeirão	Preto	Pela	Paz,	passou	a	ou-
vir	sociólogos,	historiadores,	psicólogos	e	antropólogos,	que	
começaram	a	colocar	o	seu	olhar	maior	sobre	esse	fenômeno.	
Nesse	sentido,	houve	um	grande	avanço	na	compreensão	do	
fenômeno	da	violência	a	partir	do	Ribeirão	Pela	Paz	e	uma	
melhoria	também	nos	tipos	de	resposta	oferecidas.	Esta	foi	
uma	das	contribuições	do	Ribeirão	Pela	Paz	que,	depois,	na-
turalmente,	em	seu	processo	evolutivo,	acabou	por	chegar	
a	trabalhos	mais	profundos	de	desenvolvimento	de	Cultura	
de	Paz	e	Não	Violência,	até	culminar	em	uma	metodologia	
de	educação	emocional	e	social	que	torna	essa	abordagem	
regular e permanente na escola e na sociedade. 
Que	tipos	de	políticas	e	ações	precisariam,	agora,	ser	
implementadas	numa	cidade	como	Ribeirão?	
Não	só	para	uma	cidade	como	Ribeirão	Preto,	mas	para	
qualquer	agrupamento	humano,	para	as	vilas,	para	as	cidades	
pequenas,	para	as	cidades	grandes,	enfim	para	todo	aglome-
rado	humano,	é	preciso	transitar	de	ações	de	sensibilização	
para	ações	mais	regulares	e	permanentes	junto	à	sociedade.	
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De	forma	muito	especial,	em	dois	segmentos	fundamentais:	
na	escola,	na	formação	de	nossas	crianças	e	dos	nossos	jo-
vens,	e	nas	famílias.	É	preciso	que	as	famílias	compreendam	o	
fenômeno	da	violência,	as	consequências	de	estilos	parentaisinadequados	na	relação	com	seus	filhos,	seus	parentes,	com	
seu	 grupo	 familiar.	 E	 é	 fundamental	 que	 nas	 escolas	 não	
fiquemos	apenas	nessa	dimensão	convencional,	da	 lógica	
matemática,	 linguística,	memória,	mas	que	 se	 recupere	a	
importância	 do	 ensino,	 das	 humanidades.	 Ensinar	 para	 a	
vida, educar para as relações, criar as condições para que 
não	se	formem	apenas	pessoas	que	passem	no	vestibular	e	
tenham	sucesso	socioprofissional,	mas	que	sejam	pessoas	
que possam aprender a conviver em sociedade, desenvol-
vendo	diálogo,	tolerância	e,	principalmente,	desenvolvendo	
competência	em	relação	aos	seus	estados	emocionais.	Por	
exemplo,	ter	autonomia	emocional	para	ficar	menos	vulnerá-
vel	ao	estado	emocional	do	entorno,	desenvolver	regulação	
emocional	para	aprender	o	que	fazer	com	a	sua	raiva,	com	
o seu	ciúme,	com	sua	ansiedade,	desenvolver	competên-
cias	sociais	e,	principalmente,	a	competência	do	bem	viver,
a	competência	do	bem-estar,	a	competência	para	além	da
dimensão	material,	do	status,	para	as	pessoas	aprenderem
a	 ser	 feliz.	 Isto	é	um	desafio	do	 futuro.	 Transitar	de	uma
sensibilização	prática	e	eventual	para	uma	ação	consistente
regular e permanente na escola e na família.
O	que	você	considera	uma	cidade	justa	e	sustentável,	
solidária	e	humana?	
Antes	de	tudo,	é	uma	cidade	que	educa	e	a	que	educa	
em	um	sentido	de	que	oferece	oportunidade	de	desenvolvi-
mento para todas as pessoas, das famílias ricas, das famílias 
da	 classe	média	 e	das	 famílias	 pobres.	Há	muitos	pobres	
materiais	profundamente	evoluídos,	como	há	ricos	materiais	
e	plenamente	inferiores.	Não	é	uma	questão	material,	é	uma	
questão	de	oportunidade	de	desenvolvimento	mental.	Uma	
cidade	justa,	sustentável,	solidária	e	humana	é	uma	cidade	
que	acolhe	os	filhos	dos	pobres	tanto	quanto	os	filhos	dos	
ricos,	para	que	eles	possam	compreender	melhor	o	sentido	
de	viver,	o	sentido	da	vida,	para	que	eles	possam	ter	opor-
tunidades iguais de desenvolvimento. 
O	que	não	pode	faltar	em	um	bom	projeto	de	cidade?	
As	cidades	 já	estão,	convencionalmente,	 focadas	em	
necessidades	muito	conhecidas:	asfalto,	ponte,	saneamento	
básico,	 trânsito,	enfim,	toda	essa	dimensão	da	 infraestru-
tura,	que	é,	sem	dúvida,	 importante.	Mas	tão	 importante	
quanto	é	também	trabalhar	num	nível	mental	das	pessoas.	
Tão	importante	quanto	fazer	pontes	é	desenvolver	compe-
tências	nas	pessoas	para	as	habilidades	do	bem-estar,	para	
as	habilidades	das	relações.	Portanto,	o	que	não	pode	faltar	
em	uma	liderança	política	ou	em	uma	cidade	é	esse	olhar	da	
educação	para	a	vida,	educação	que	vai	além	dessa	aborda-
gem	convencional,	mas	que	também	agrega	competências	
para	conviver	com	o	outro,	para	a	família	funcionar	melhor.	
Enfim,	uma	educação	para	ser	cidadão,	uma	educação	para	
a	paz,	uma	educação	para	o	aprendizado	das	emoções,	uma	
educação	para	a	vida.	
Fonte:	http://www.inteligenciarelacional.com.br/noticia/
14-12-2015-	desenvolver-habilidades-para-o-bem-estar-
e-tao-importante-quanto-construir-pontes 
3. (AOCP/Ebserh)	De	acordo	com	o	texto,	é	correto	afirmar
que
a) a	violência	incomoda	e,	portanto,	ações	são	neces-
sárias.	Há	a	necessidade	de	uma	educação	que	con-
sidere	conteúdos	escolares	convencionais	e	assuntos
que	trabalhem	a	educação	emocional.
b) apesar	de	ser	muito	noticiada	a	violência	é	um	tema
social	a	respeito	do	qual	há	pouca	informação.
c) por	falta	de	conhecimento	a	respeito	do	tema	vio-
lência	a	urgência	está	na	implementação	de	ações	de
sensibilização	e	conscientização	acerca	do	fenômeno	
da violência. 
d) para	que	a	sociedade	incorpore	um	sistema	de	se-
gurança	eficaz	é	necessário	conscientizá-la	da	neces-
sidade	de	repressão	em	função	da	proteção	dessa
sociedade.
e) antes	do	“Ribeirão	Preto	Pela	Paz”	a	mídia	quase
sempre se valia das informações fornecidas nos de-
poimentos policiais.
4. (AOCP/Ebserh)	Assinale	a	alternativa	cuja	expressão	ou
expressões	em	destaque	corresponde(m)	à	figura	de
linguagem	e	ao	sentido	apresentados	entre	parênteses.
a)	 Tão	 importante	quanto	 fazer	pontes	é	desenvolver
competências	 nas	 pessoas	 para	 as	 habilidades	 do
bem-estar,	para	as	habilidades	das	relações	(Compa-
ração	-	“fazer	pontes”,	no	caso,	tem	o	sentido	de	fazer
ligações,	especificamente,	ligação	entre	pessoas).
b) Após	o	Ribeirão	Preto	Pela	Paz,	passou	a	ouvir	so-
ciólogos,	historiadores,	psicólogos	e	antropólogos,
que começaram a colocar	o	seu	olhar	maior	sobre
esse	fenômeno	(Hipérbole	–	no	caso,	a	expressão	diz
respeito	à	preocupação	excessiva	por	parte	desses
profissionais).
c) Antes	de	tudo,	é	uma	cidade que educa e a que edu-
ca	em	um	sentido	de	que	oferece	oportunidade	de
desenvolvimento	(Metonímia	–	a	ação	de	educar	é
praticada	pelas	pessoas	da	referida	cidade).
d) Enfim,	uma	educação	para	ser	cidadão,	uma educa-
ção	para	a	paz,	uma	educação	para	o	aprendizado
das emoções, uma	educação	para	a vida (Polissín-
deto	–	há	uma	repetição	de	palavras	ou	expressões
que	servem	para	ligar	uma	frase	a	outra	e	enfatizar
algo).
e) Após	o	Ribeirão	Preto	Pela	Paz,	passou a ouvir so-
ciólogos,	historiadores,	psicólogos	e	antropólogos
(Sinestesia	–	“passou	a	ouvir”	tem	o	sentido	de	“levar
em	consideração”).
5. (AOCP/Ebserh)	Em	“E	é	fácil	em	uma	análise	mais	cri-
teriosa	 verificar	 que	 a	 repressão	 é	 necessária	 desde
que	 legítima”,	é	possível	 identificar	a	seguinte	figura
de	estilo:
a) silepse.
b) antítese.
c) catacrese.
d) zeugma.
e) elipse.
6. (AOCP/Ebserh)	Em	“É	preciso	que	as	famílias	compreen-
dam	o	fenômeno	da	violência,	as	consequências	de	es-
tilos	parentais	inadequados	na	relação	com	seus	filhos,
seus	parentes,	com	seu	grupo	familiar”,	a	expressão	em
destaque	pode	ser	substituída,	sem	prejuízo	semântico,
por
a) relacionamentos	entre	parentes.
b) relações	sociais
c) formas	de	educar.
d) ações	sociais.
e) práticas	pedagógicas.
Discursos masculinos sobre prevenção 
e promoção da saúde do homem 
Matheus	Trilico,	Gabriela	R.	de	Oliveira,	
Marinei	Kijimura,	Sueli	M.	Pirolo	
A	 promoção	 da	 saúde	 é	 uma	 proposta	 de	 política	
mundial,	contemporânea	na	saúde	pública	e	disseminada	
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pela	Organização	Mundial	da	Saúde	(OMS)	a	partir	de	1984.	
Aprovada	na	Carta	de	Ottawa,	traz	a	saúde	em	seu	conceito	
amplo, relacionando-a com qualidade de vida decorrente de 
processos	complexos	interligados	a	fatores	como	alimenta-
ção,	justiça	social,	ecossistema,	renda	e	educação.	Também	
trabalha	com	o	princípio	de	autonomia	dos	indivíduos	e	das	
comunidades,	reforçando	assim	o	planejamento	e	o	poder	
local. 
Nesse	mesmo	sentido,	a	Declaração	de	Alma-Ata,	em	
1978	,	estabelece	a	proposta	da	‘atenção	primária	à	saúde’	
e	amplia	a	visão	do	cuidado	à	saúde:	sai	da	visão	hierárquica	
do	conhecimento	especializado,	incentiva	o	envolvimento	da	
população	e	destaca	os	fatores	necessários	para	propiciar	a	
qualidade	de	vida	e	o	direito	ao	bem-estar	social.	A	atenção	
primária	à	saúde	está	estreitamente	vinculada	à	‘promoção	
da	saúde’	e	à	prevenção	de	enfermidades,	não	abandonando	
as	dimensões	setorial	e	técnica	e	incluindo	outras	dimensões.	
No	Brasil,	a	Estratégia	Saúde	da	Família	responde	a	essa	
ampliação	do	cuidado	ao	buscar	a	promoção	da	qualidade	
de	vida	e	intervenção	nos	fatores	que	geram	riscos,	por	meio	
de	ações	programáticas	abrangentes	e	ações	intersetoriais.	
Nessa	perspectiva,	entende-se	importante	a	Política	Nacional	
de	Atenção	à	Saúde	do	Homem.	
Criada	em	2009,	essa	política	procura	incluir	a	mascu-
linidade	nas	questões	clínica	e	epidemiológica,	oferecendo	
uma	proposta	singular	de	cuidado	de	promoção	e	recupera-
ção	da	saúde.	Ela	se	fundamenta	na	idiossincrasia	do	gênero	
masculino - termo que, para o campo da pesquisa, refere-
-se	apenas	a	áreas	estruturais	e	ideológicas	que	envolvem
relação	entre	os	sexos,	delimitando	então	um	novo	terrenoevidenciam	na	literatura	que	os	homens	sofrem	influência
dessa	representação	da	masculinidade,	imprimindo	a	idea-
lização	de	sucesso,	poder	e	força.
Estudos	comparativos	entre	homens	e	mulheres	com-
provam	que	os	homens	são	mais	vulneráveis	às	doenças,	
sobretudo	 às	 enfermidades	 graves	 e	 crônicas,	 e	 morrem	
mais	precocemente	que	as	mulheres.	A	despeito	da	maior	
vulnerabilidade	e	das	altas	taxas	de	morbimortalidade,	os	
homens	 não	 buscam,	 como	 as	 mulheres,	 os	 serviços	 de	
atenção	básica.	
Segundo	estatísticas	do	Ministério	da	Saúde,	o	homem	
é	mais	vulnerável	à	violência,	seja	como	autor,	seja	como	víti-
ma.	A	prevalência	de	dependentes	de	álcool	também	é	maior	
para	o	sexo	masculino:	19,5%	dos	homens	são	dependentes	
de	álcool,	contra	6,9%	das	mulheres.	Em	relação	ao	tabagis-
mo,	os	homens	usam	cigarros	também	com	maior	frequência	
do	que	as	mulheres,	o	que	acarreta	maior	vulnerabilidade	
a doenças cardiovasculares, cânceres, doenças pulmonares 
obstrutivas	crônicas,	doenças	bucais	e	outras.	
A	masculinidade	hegemônica	seria	aquela	ligada	à	legi-
timidade	do	patriarcado,	que	garante	a	dominação	dos	ho-
mens	e	a	subordinação	das	mulheres.	Ela	não	diz	respeito	
a	um	estilo	de	 vida,	mas	 a	 configurações	que	 formam	as	
relações	de	gênero.	Novos	grupos	podem	desafiar	antigas	
soluções	e	construir	uma	nova	hegemonia.	Hoje,	essa	de-
monstração	de	força,	controle	e	não	vulnerabilidade	cede	
espaço,	tirando	do	homem	moderno	toda	essa	supremacia.	
No	bojo	dessas	representações	de	masculinidade,	bus-
ca-se	o	subjetivo	contido	na	discussão	de	masculinidade	e	
saúde	e	a	consequente	importância	para	tal,	quando	atribu-
ída	às	políticas	específicas	de	saúde	pública	voltada	para	o	
gênero	masculino.	Torna-se,	então,	necessário	compreender	
suas	representações	no	contexto	do	diálogo	relacional	ao	
gênero	masculino,	visando	à	promoção	de	saúde	articulada	
ao princípio de autonomia dos indivíduos. 
Texto	adaptado.	Fonte:	http://www.scielo.br/scielo.
php?script=sci_arttext&pi	d=S1981-77462015000200381&
lng=pt&nrm=iso	
7. (AOCP/Ebserh)	Assinale	a	alternativa	que	corresponde
ao	tema	central	do	texto.
a) Saúde	pública	no	Brasil.
b) Direitos	sobre	a	promoção	da	saúde	para	todos	os
integrantes de uma família.
c) A	Organização	Mundial	da	Saúde	e	os	estatutos	que
regem	a	OMS.
d) Promoção	à	saúde	e	o	cuidado	na	prevenção	de	do-
enças femininas.
e) Masculinidade	e	saúde	do	homem.
8. (AOCP/Ebserh)	De	acordo	com	o	texto,
a) após	a	disseminação	da	proposta	sobre	a	promoção
da	saúde,	a	Declaração	de	Alma-Ata	estabeleceu	a
proposta	de	atenção	primária	à	saúde	e	ampliou	a
visão	a	respeito	do	cuidado	da	saúde.
b) no	Brasil,	o	Programa	Saúde	da	Família	atendeu	até
2009	somente	pacientes	do	sexo	feminino.
c) em	estudos	realizados,	constatou-se	que	as	mulhe-
res,	por	serem	mais	frágeis,	são	mais	suscetíveis	a
doenças graves.
d) o	percentual	de	homens	que	bebem	e	fumam	é	o
triplo	do	percentual	de	mulheres	que	fazem	uso	da
bebida	e	do	fumo.
e) a	proposta	da	promoção	da	saúde	envolve	um	espa-
ço	de	atuação	que	extrapola	o	setor	saúde,	apontan-
do	para	uma	articulação	com	o	conjunto	de	outros
setores.
9. (AOCP/Ebserh)	“Nesse mesmo	sentido,	a	Declaração	de
Alma-Ata,	em	1978,	estabelece	a	proposta	da	‘atenção
primária	à	saúde’	e	amplia a	visão	do	cuidado	à	saúde:
sai	da	visão	hierárquica	do	conhecimento	especializa-
do...”.
Com	 relação	 aos	 termos	 em	destaque,	 independen-
temente	do	contexto	em	que	podem	estar	inseridos,
assinale	a	alternativa	correta	referente	ao	que	se	afirma.
a) São	todos	invariáveis.
b) “Nesse”	varia	somente	em	gênero.
c) “amplia”	e	“especializado”	podem	variar	em	gênero
e	número,	e	em	pessoa,	tempo	e	modo	verbais.
d) Somente	“amplia”	pode	variar	em	pessoa	e	número,
e	em	tempo	e	modos	verbais.
e) Somente	o	termo	“especializado”	é	invariável.
10. (AOCP/Ebserh)	“A	despeito	da	maior	vulnerabilidade	e
das	altas	taxas	de	morbimortalidade,	os	homens	não
buscam,	como	as	mulheres,	os	serviços	de	atenção	bá-
sica”.
A	expressão	em	destaque	NÃO	pode	ser	substituída,
sem	que	haja	prejuízo	semântico,	por
a) A	respeito	da	maior	vulnerabilidade	e	das	altas	taxas
de	morbimortalidade.
b) Embora	haja	maior	vulnerabilidade	e	altas	taxas	de
morbimortalidade.
c) Apesar	da	maior	vulnerabilidade	e	das	altas	taxas	de
morbimortalidade.
d) Ainda	que	haja	maior	vulnerabilidade	e	altas	taxas
de	morbimortalidade.
gabarito
1. a
2. d
3. a
4. c
5. e
6. c
7. e
8. e
9. d
10. a
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Márcio Wesley
ORtOgRaFIa OFICIaL 
O alfabeto
Com	a	nova	ortografia,	o	alfabeto	passa	a	ter	26	letras.	
Foram	reintroduzidas	as	letras	k, w e y.
A	B	C	D	E	F	G	H	I	J	K L	M	N	O	P	Q	R	S	T	U	V	W X Y Z
As letras k, w e y,	que	na	verdade	não	tinham	desapare-
cido	da	maioria	dos	dicionários	da	nossa	língua,	são	usadas	
em	várias	situações.	Por	exemplo:
a) na	escrita	de	símbolos	de	unidades	de	medida:	km
(quilômetro),	kg	(quilograma),	w	(watt);
b) na	escrita	de	palavras	e	nomes	estrangeiros	(e	seus
derivados):	show, playboy, playground, windsurf, kung fu, 
yin, yang, William, kaiser, Kafka, kafkiano.
Emprego das Letras
• Ortho	=	Correta
Graphia	=	Escrita
• No	Português	atual,	segue-se	o	sistema	ortográfico
aprovado em 12 de agosto de 1943 pela Academia
Brasileira de Letras. Esse sistema sofreu algumas al-
terações	em	18	de	dezembro	de	1971.
• A	Nova	Ortografia	está	em	fase	de	 implantação	no
Brasil	 desde	2009.	A	data	 limite	para	a	 transição	é
31/12/2015.	Portanto,	em	2016,	vigora	a	nova	grafia
como	forma	obrigatória.
Emprego do “S”
• O	“s”	intervocálico	tem	sempre	o	som	de	“z”:
casa, mesa, acesa etc.
• O	“s”	em	início	de	palavras	tem	sempre	o	som	de	“ss”:
sílaba, sabonete, seno etc.
Usa-se o “S”
• Depois	de	ditongos:
Neusa, Sousa, maisena, lousa, coisa, deusa, faisão,
mausoléu etc.
• Adjetivos	terminados	pelos	sufixos	“oso”,	“osa”	(indi-
cadores	de	abundância):
cheiroso, prazeroso, amoroso, ansioso etc.
• Palavras	com	os	sufixos	“es”,	“esa”	e	“isa”	(indicadores
de	títulos	de	nobreza,	de	origem,	gentílicos	ou	pátrios,
cargo	ou	profissão):
duquesa, chinês, poetisa etc.
• Nas	palavras	em	que	haja	“trans”:
transigir, transação, transeunte etc.
• Nos	substantivos	não	derivados	de	adjetivos:
marquesa	(de	marquês),	camponesa	(de	camponês),
defesa	(de	defender).
• Nos	derivados	dos	verbos	“pôr”	e	“querer”:
ela não quis; se quiséssemos; ela pôs o disco na estante;
compus uma música; se ela quisesse; eu pus etc.
• Nos	 sufixos	 gregos	 “ese”,	 “ise”,	 “ose”	 (de	 aplicação
científica,	ou	erudita	–	culta):
trombose, análise, metamorfose, virose, exegese, os-
mose etc.
• Nos	vocábulos	derivados	de	outros	primitivos	que	são
escritos	com	“s”:
análise – analisar, analisado
atrás – atrasar, atrasado
casa – casinha, casarão, casebre
Porém	há	algumas	exceções:
catequese – catequizar
síntese – sintetizar
batismo – batizar
• Nos	diminutivos	“inho”,	“inha”,	“ito”,	“ita”:
Obs.: Se	a	palavra	primitiva	já	termina	com	“s”,	basta
acrescentar	o	sufixo	de	diminutivo	adequado:
pires – piresinho
casa – casinha, casita
empresa – empresinha
• Usa-se	o	“s”	nos	substantivos	cognatos	(pertencentes
à	mesma	família	de	formação)	de	verbos	em	“-dir”	e
“-ender”.
dividir – divisão
colidir – colisão
aludir – alusão
rescindir – rescisão
iludir – ilusão
EXERCíCIOS
1. Assinale	a	alternativa	em	que,	na	frase,	a	palavra	subli-
nhada	esteja	escrita	incorretamente.
a) Paula	saiu	da	sala	muito	pesarosa.
b) Esta	água	possui	muita	impuresa.
c) Faça	a	gentileza de sair rapidamente.
d) A	nossa	amizade	é	muito	sólida.
e) A	buzina do meu carro disparou, o que faço?
2. Assinale	a	alternativa	em	que,	na	frase,	a	palavra	subli-
nhada	esteja	escrita	incorretamente.
a) O	rapaz	defendeu	uma	tese.
b) O	teste	será	realizado	amanhã.
c) Comerei,	mais	tarde,	umsanduíche	misto.
d) Deixe	os	parafusos	em	uma	lata	com	querozene.
e) A	usina	de	açúcar	fica	distante	da	fazenda.
3. O	sufixo	“isar”	foi	usado	incorretamente	na	alternativa:
a) É	necessário	bisar	muitas	músicas.
b) De	longe,	não	consigo	divisar as coisas.
c) É	necessário	pesquisar incansavelmente.
d) É	muito	importante	paralisar	as	obras,	agora.
e) Não	há	erro	em	nenhuma	alternativa.
4. Há	palavra	estranha	em	um	dos	grupos	abaixo:
a) pesaroso	–	previsão	–	empresário.
b) querosene	–	gasolina	–	música.
c) celsa	–	virose	–	maisena.
d) quiser	–	puser	–	hipnotisar.
e) anestesia	–	dosagem	–	divisa.
5. Assinale	a	frase	em	que	a	palavra	sublinhada	esteja	es-
crita incorretamente.
a) Eu	não	quero	acusar	ninguém.
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b) Ela	é	uma	mulher	obesa.
c) Ela	está	com	náusea,	está	grávida.
d) Ao	dirigir,	cuidado	com	os	transeuntes.
e) Devemos	suavisar o impacto.
gaBaRItO
1. b 2. d 3. e 4. d 5. e
Emprego do “Z”
Usa-se o “z”
• Nas	 palavras	 derivadas	 de	 uma	primitiva	 já	 grafada
com	“z”:
cruz - cruzamento – cruzeta – cruzeiro
juiz – juízo – ajuizado – juizado
desliza – deslizamento – deslizante
• Nos	sufixos	“ez/eza”	formadores	de	substantivos	abs-
tratos	e	adjetivos	com	o	acréscimo	dos	sufixos	citados:
beleza – belo + eza
gentileza – gentil + eza
insensatez – insensato + ez
• Nos	diminutivos	“inho”	e	“inha”:
Obs. 1:	Se	a	palavra	escrita	primitiva	já	termina	com	“z”,
basta	acrescentar	o	sufixo	de	diminutivo	adequado:
juiz – juizinho
raiz – raizinha
xadrez – xadrezinho
Obs. 2:	Se	a	palavra	primitiva	não	tiver	“s”	nem	“z”;
então	se	acrescenta:	“zinho”	ou	“zinha”:
sofá – sofazinho
mãe – mãezinha
pé – pezinho
EXERCíCIOS
1. Em	todas	as	alternativas	abaixo	as	palavras	são	grafadas
com “z”, exceto:
a) limpeza	–	beleza.
b) canalizar	–	utilizar.
c) avizar	–	improvisar.
d) catequizar	–	sintetizar.
e) batizar	–	hipnotizar.
2. Complete corretamente os espaços do período a seguir 
com	uma	das	alternativas	abaixo.
“Nossa	______	não	tem	______	para	terminar,	disse	a
______.”
a) amizade	–	praso	–	meretriz
b) amisade	–	prazo	–	meretris
c) amizade	–	prazo	–	meretris
d) amizade	–	prazo	–	meretriz
e) amisade	–	praso	–	meretriz
3. Há,	nas	alternativas	abaixo,	uma	palavra	diferente	do
grupo	em	relação	à	ortografia:
a) avidez,	beleza.
b) algoz,	baliza.
c) defesa,	limpeza.
d) gozado,	bazar.
e) miudeza,	jeitoza.
4. Todas	as	alternativas	abaixo	estão	corretas	em	relação
à	ortografia,	exceto:
a) utilizar.
b) grandeza.
c) certeza.
d) orgulhoza.
e) agonizar.
5. Complete	os	espaços	do	período	abaixo	com	uma	das
alternativas	que	se	seguem	de	forma	correta	e	ordenada.
“Ela	era	______	de	______	e	______	o	 trabalho	com
______.”
a) incapaz	–	atualizar	–	finalizar	–	presteza
b) incapás	–	atualisar	–	finalisar	–	prestesa
c) incapas	–	atualizar	–	finalizar	–	presteza
d) incapaz	–	atualisar	–	finalisar	–	presteza
e) incapaz	–	atualizar	–	finalizar	–	prestesa
gaBaRItO
1. c 2. d 3. e 4. d 5. a
Emprego do “g”
• Nas	palavras	que	representam	o	mesmo	som	de	“j”
quando	for	empregada	antes	das	vogais	“e”	e	“i”:
gente, girafa, urgente, gengiva, gelo, gengibre, giz etc.
Obs.:	apenas	nesses	casos,	surgem	dúvidas	quanto	ao
uso.	Nos	demais	casos,	usa-se	o	“g”.
• Nas	palavras	derivadas	de	outras	que	já	são	escritas
com	“g”:
ágio – agiota – agiotagem
gesso – engessado – engessar
exigir – exigência – exigível
afligir – afligem – afligido
• Nas	terminações	“agem”,	“igem”	e	“ugem”:
margem, coragem, vertigem, ferrugem, fuligem,
garagem, origem etc.
Exceção:
pajem, lajem, lambujem.
 note bem:
O	substantivo	viagem	escreve-se	com	“g”,	mas	viajem 
(forma	verbal	de	viajar)	escreve-	se	com	“j”:
Dica:
Quando	podemos	escrever	artigo	antes	(a,	uma),	temos	
o substantivo	“viagem”,	com	“g”.
A viagem para Búzios foi maravilhosa.
Quando	podemos	ter	o	sujeito	e	conjugar,	então	tere-
mos	o	verbo,	escrito	com	“j”:
Que eles viajem muito bem.
• Nas	terminações	“ágio”,	“égio”,	“ígio”,	“ógio”,	“úgio”,
“ege”,	“oge”:
pedágio, relógio, litígio, colégio, subterfúgio, estágio,
prodígio, egrégio, herege, doge etc.
• Nos	verbos	terminados	em	“ger”	e	“gir”:
corrigir, fingir, fugir, mugir etc.
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EXERCíCIOS
1. Todas	as	palavras	sublinhadas	nas	frases	abaixo	são	es-
critas	com	“g”,	exceto:
a) Joga	esta	geringonça	no	lixo.
b) A	geada foi	muito	forte	na	região	Sul	do	Brasil.
c) A	giboia	é	uma	serpente	não	venenosa.
d) Guarde	a	tigela	no	armário	da	sala.
e) Pessoas	cultas	não	falam	muita	gíria.
2. Todas	as	palavras	das	alternativas	abaixo	estão	corretas
em	relação	à	ortografia,	exceto:
a) gengiva	–	Sergipe	–	evangelho.
b) trage	–	ogeriza	–	cangica.
c) giz	–	monge	–	sargento.
d) vagem	–	ogiva	–	tangerina.
e) gim	–	ogiva	–	sugestão.
3. Todas	as	palavras	das	alternativas	abaixo	estão	incorretas
em	relação	à	ortografia,	exceto:
a) ultrage	–	lage	–	berinjela.
b) cangerê	–	cafageste	–	magé.
c) refúgio	–	estágio	–	ferrugem.
d) geca	–	girau	-cangica.
4. Todas	as	alternativas	abaixo	estão	corretas	em	relação
à	ortografia,	exceto:
a) fuselagem.
b) aflige.
c) angina.
d) grangear.
e) fuligem.
5. Todas	as	palavras	das	alternativas	abaixo	são	grafadas
com	“g”,	exceto:
a) ceregeira.
b) cingir.
c) contágio.
d) algema.
e) página.
gaBaRItO
1. c 2. b 3. c 4. d 5. a
Emprego do “J”
Usa-se o “j”:
• Nos	vocábulos	de	origem	tupi:
maracujá, caju, jenipapo, pajé, jerimum, Ubirajara etc.
Exceção:
Mogi das cruzes, Mogi-guaçu, Mogi-mirim, Sergipe.
• Nas	palavras	cuja	origem	latina	assim	o	exijam:
majestade, jeito, hoje, Jesus etc.
• Nas	palavras	de	origem	árabe:
alforje, alfanje, berinjela.
• Nas	palavras	derivadas	de	outras	já	escritas	com	“j”:
gorja – gorjeio, gorjeta, gorjear
laranja – laranjinha, laranjeira, laranjeirinha
loja – lojinha, lojista
granja – granjear, granjinha, granjeiro
• Nas	palavras	de	uso	um	tanto	e	quanto	discutíveis:
manjerona, jerico, jia, jumbo etc.
• A	terminação	“aje”	é	sempre	com	“j”:
ultraje, laje etc.
EXERCíCIOS
1. Assinale	a	alternativa	incorreta	em	relação	à	ortografia.
a) pajem.
b) varejo.
c) gorjeta.
d) ajiota.
e) rijeza.
2. Assinale	a	alternativa	correta	em	relação	à	ortografia.
a) refújio.
b) estájio.
c) rijeza.
d) pedájio.
e) ferrujem.
3. Observe	as	frases	que	se	seguem:
I	–	Minha	coragem é	algo	incontestável.
II – O jiló	é	um	fruto	amargo,	mas	delicioso.
III – A giboia	é	uma	serpente	brasileira.
Agora,	responda,	em	relação	à	ortografia	das	palavras
sublinhadas.
a) Todas	estão	corretas.
b) Somente	a	III	está	correta.
c) Todas	estão	incorretas.
d) Somente	a	III	está	incorreta.
e) Somente	a	I	está	correta.
4. Assinale	a	alternativa	correta	em	relação	à	ortografia.
a) Jertrudes.
b) jestão.
c) jerimum.
d) jesso.
e) jerminar.
5. Assinale	a	alternativa	incorreta	em	relação	à	ortografia.
a) jereré.
b) jeropiga.
c) jenipapo.
d) jequitibá.
e) jervão.
gaBaRItO
1. d 2. c 3. d 4. c 5. e
Emprego do “ch”
O	“ch”	provém	da	evolução	de	grupos	consonantais	la-
tinos:
CI - clave / Ch – Chave
FI – Flagrae / Ch – Cheirar
PI – Plenu / Ch – Cheio
PI – Planu / Ch – Chão.
• Na	palavra	derivada	de	outra	que	já	vem	escrita	com
“ch”:
charco / encharcar, encharcado
chafurda / enchafurdar
18
Lí
n
g
Ua
 P
O
Rt
U
g
U
ES
a
chocalho / enchocalhar
chouriço / enchouriçar
chumaço / enchumaçar 
cheio / encher, enchimento 
enchova / enchovinha
• Nas	palavras	após	“re”:
brecha, trecho, brechó
• Nas	palavras	aportuguesadas,	oriundas	de	outros	idio-
mas:
salsicha / do itálico “salsíccia”
sanduíche / do inglês “sandwich”
chapéu / do francês “chapei”
chope / do francês “chope” e do alemão “Schoppen”
•	 O	“ch”	provém,	também,	da	formação	do	dígrafo	“ch”
latino	que	se	originou	da	evolução	ao	longo	dos	tempos:
cheirar, cheio, chão,

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