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Ernani Pimentel • Márcio Wesley • Júlio Lociks • Mardem Costa • Fabrício Sarmanho Eduardo Muniz Machado Cavalcanti • Anderson Lopes • Élvis Corrêa Miranda Júlio César Gabriel • Edgard Antonio Lemos Alves • Welma Maia • Paulo Roberto Martins da Cunha 2016 Língua Portuguesa • Raciocínio Lógico e Matemático • Legislação Aplicada à EBSERH Legislação Aplicada ao SUS • Assistente Administrativo “O que é uma apostila preparatória? É uma apostila elaborada antes da publicação do edital, com base nos concursos anteriores, ou no último edital, para permitir ao aluno antecipar seus estudos. Comece agora a se preparar”. PREPARATÓRIA © 2016 Vestcon Editora Ltda. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº 9.610, de 19/2/1998. Proibida a reprodução de qualquer parte deste material, sem autorização prévia expressa por escrito do autor e da editora, por quaisquer meios empregados, sejam eletrônicos, mecânicos, videográficos, fonográficos, repro- gráficos, microfílmicos, fotográficos, gráficos ou outros. Essas proibições aplicam-se também à editoração da obra, bem como às suas características gráficas. Título da obra: Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – EBSERH – Preparatória Assistente Administrativo – Nível Médio Atualizada até 6-2016 (AE101) (Baseada nos últimos editais (2015/2016) da Ebserh – AOCP) Língua Portuguesa • Raciocínio Lógico e Matemático • Legislação Aplicada à EBSERH Legislação Aplicada ao SUS • Assistente Administrativo Autores: Ernani Pimentel • Márcio Wesley • Júlio Lociks • Mardem Costa • Fabrício Sarmanho Eduardo Muniz Machado Cavalcanti • Anderson Lopes • Élvis Corrêa Miranda • Júlio César Gabriel Edgard Antonio Lemos Alves • Welma Maia • Paulo Roberto Martins da Cunha GESTÃO DE CONTEÚDOS Welma Maia PRODUÇÃO EDITORIAL Dinalva Fernandes REvISÃO Dinalva Fernandes Érida Cassiano CAPA Lucas Fuschino EDITORAÇÃO ELETRÔNICA Marcos Aurélio Pereira www.vestcon.com.br PARAbéNS. vOCê ACAbA DE ADqUIRIR Um PRODUTO qUE SERá DECISIvO NA SUA APROvAÇÃO. Com as apostilas da Vestcon Editora, você tem acesso ao conteúdo mais atual e à metodologia mais eficiente. Entenda por que nossas apostilas são líderes de preferência entre os consumidores: • Todos os nossos conteúdos são preparados de acordo com o edital de cada concurso, ou seja, você recebe um conteúdo customizado, direcionado para os seus estudos. • Na folha de rosto, você pode conferir os nomes dos nossos autores. Dessa forma, comprovamos que os textos usados em nossas apostilas são escritos exclusivamente para nós. Qualquer reprodução não autorizada desses textos é considerada cópia ilegal. • O projeto gráfico foi elaborado tendo como objetivo a leitura confortável e a rápida localização dos temas tratados. Além disso, criamos o selo Efetividade Comprovada, que sinaliza ferramenta exclusiva da engenharia didática da Vestcon Editora. Com base em um moderno sistema de análise estatística, nossas apostilas são organizadas de forma a atender ao edital e aos tópicos mais cobrados. Nossos autores recebem essa avaliação e, a partir dela, reformulam os conteúdos, aprofundam as abordagens, acrescentam exercícios. O resultado é um conteúdo “vivo”, constantemente atualizado e sintonizado com as principais bancas organizadoras. Conheça, também, nosso catálogo completo de apostilas, nossos livros e cursos online no site www.vestcon.com.br. Todas essas ferramentas estão a uma página de você. A Vestcon Editora deseja sucesso nos seus estudos. Participe do movimento que defende a simplificação da ortografia da língua portuguesa. Acesse o site www.simplificandoaortografia.com, informe-se e assine o abaixo-assinado. Interpretação de texto: informações literais e inferências possíveis ....................................................................................................................... 3 ponto de vista do autor ...................................................................................................................................................... 8 significação contextual de palavras e expressões ...................................................................................................... 9/100 relações entre ideias e recursos de coesão ...................................................................................................................... 10 figuras de estilo .................................................................................................................................................................. 6 Conhecimentos linguísticos: Ortografia: emprego das letras, divisão silábica, acentuação gráfica, encontros vocálicos e consonantais, dígrafos .............15/24/26 classes de palavras: substantivos, adjetivos, artigos, numerais, pronomes, verbos, advérbios, preposições, conjunções, interjeições: conceituações, classificações, flexões, emprego, locuções .....................................................29 Sintaxe: estrutura da oração .......................................................................................................................................................... 63 estrutura do período ........................................................................................................................................................ 73 concordância (verbal e nominal) ...................................................................................................................................... 89 regência (verbal e nominal).............................................................................................................................................. 96 crase ................................................................................................................................................................................. 57 colocação de pronomes ................................................................................................................................................... 39 pontuação. ....................................................................................................................................................................... 82 SUMÁRIO Língua Portuguesa EBSERH 3 Lí n g Ua P O Rt U g U ES a Língua Portuguesa Ernani Pimentel / Márcio Wesley Ernani Pimentel COMPREEnSÃO E IntERPREtaÇÃO DE tEXtOS Textum, em latim, particípio do verbo tecer, significa tecido. Dessa palavra originou-se textus, que gerou, em português, “texto”. Portanto, está-se falando de “tecido” de frases, orações, períodos, parágrafos... Uma “tessitura” de ideias, de argumentos, de fatos, de relatos... InteleCção (ou Compreensão) Intelecção significa entendimento, compreensão. Os testes de intelecção exigem do candidato uma postura muito voltada para o que realmente está escrito. Comandos para Questão de Compreensão O narrador do texto diz que... O texto informa que... Segundo o texto, é correto ou errado dizer que... De acordo com as ideias do texto... Questão 1. Assinale a opção correta em relação ao texto. O Programa Nacional de Desenvolvimento dos Recur- sos Hídricos – PROÁGUA Nacional é um programa do Governo Brasileiro financiado pelo Banco Mundial. O Programa originou-se da exitosa experiência do PRO- ÁGUA / Semiárido e mantém sua missão estruturante, com ênfase no fortalecimento institucional de todos os atores envolvidos com a ges tão dos recursos hídricos no Brasil e na implantação de infraestruturas hídricas viáveis do ponto de vista técnico, financeiro, econômico, ambiental e social, promovendo, assim, o uso racional dos recursos hídricos. (http://proagua.ana.gov.br/proagua) a) O PROÁGUA / Semiárido é um dos subprojetos de- rivados do PROÁGUA/Nacional. b) A expressão “sua missãoestruturante” (l. 5) refere- -se a “Banco Mundial” (l. 3). c) A ênfase no fortalecimento institucional de todos os atores envolvidos com a gestão de recursos hídricos é exclusiva do PROÁGUA/Semiárido. d) Tanto o PROÁGUA/Semiárido como o PROÁGUA/ Nacional promovem o uso racional dos recursos hídricos. e) A implantação de infraestruturas hídricas viáveis do ponto de vista técnico, financeiro, econômico, am- biental e social é exclusiva do PROÁGUA/Nacional. gabarito d 5 10 IntERPREtaÇÃO Interpretação significa dedução, inferência, conclusão, ilação. As questões de interpretação não querem saber o que está escrito, mas o que se pode inferir, ou concluir, ou deduzir do que está escrito. Comandos para Questão de Interpretação Da leitura do texto, infere-se que... O texto permite deduzir que... Da fala do articulista pode-se concluir que... Depreende-se do texto que... Qual a intenção do narrador quando afirma que... Pode-se extrair das ideias e informações do texto que... Questão 1. Observe a tirinha a seguir, da cartunista Rose Araújo: (www.fotolog.com/rosearaujocartum) Infere-se que o humor da tirinha se constrói: a) pois a imagem resgata o valor original do radical que compõe a gíria bombar. b) pois o vocábulo bombar foi dito equivocadamente no sentido de “bombear”. c) pois reflete o problema da educação no país, em que os alunos só se comunicam por gírias, como é o caso de fessor. d) porque a forma fessor é uma tentativa de incluir na norma culta o regionalismo fessô. e) porque o vocábulo bombar não está dicionarizado. gabarito a Preste, portanto, atenção aos comandos para não errar. Se o texto diz que o rapaz está cabisbaixo, você não pode “deduzir”, ou “inferir”, que ele está de cabeça baixa, porque isso já está dito no texto. Mas você pode interpretar ou con- cluir que, por exemplo, ele esteja preo cupado, ou tímido, em função de estar de cabeça baixa. Comandos para Medir Conhecimentos gerais Tendo o texto como referência inicial... Considerando a amplitude do tema abordado no texto... Enfocando o assunto abordado no texto... Nesses casos, o examinador não se apega ao ponto de vista do texto em relação ao assunto, mas quer testar o conhecimento do candidato a respeito daquela matéria. 4 Lí n g Ua P O Rt U g U ES a Questões Texto para os itens de 1 a 11. Os oceanos ocupam 70% da superfície da Terra, mas até hoje se sabe muito pouco sobre a vida em suas regiões mais recônditas. Segundo estimativas de ocea- nógrafos, há ainda 2 milhões de espécies desconhecidas nas profundezas dos mares. Por ironia, as notícias mais frequentes produzidas pelas pesquisas científicas relatam não a descoberta de novos seres ou fronteiras marinhas, mas a alarmante escalada das agressões impingidas aos oceanos pela ação humana. Um estudo recente do Greenpeace mostra que a concentração de material plástico nas águas atingiu níveis inéditos na história. Se- gundo o Programa Ambiental das Nações Unidas, existem 46.000 fragmentos de plástico em cada 2,5 quilômetros quadrados da superfície dos oceanos. Isso significa que a substância já responde por 70% da poluição marinha por resíduos sólidos. Veja, 5/3/2008, p. 93 (com adaptações). Tendo o texto acima como referência inicial e considerando a amplitude do tema por ele abordado, julgue os itens de 1 a 5. 1. Ao citar o Greenpeace, o texto faz menção a uma das mais conhecidas organizações não governamentais cuja atuação, em escala mundial, está concentrada na melhoria das condições de vida das populações mais pobres do planeta, abrindo-lhes frentes de trabalho no setor secundário da economia. 2. Por se decompor muito lentamente, o plástico pas- sa a ser visto como um dos principais responsáveis pela degradação ambiental, razão pela qual cresce o movimento de conscientização das pessoas para que reduzam o consumo desse material. 3. Considerando o extraordinário desenvolvimento cien- tífico que caracteriza a civilização contemporânea, é correto afirmar que, na atualidade, pouco ou quase nada da natureza resta para ser desvendado. 4. A exploração científica da Antártida, que enfrenta enor- mes dificuldades naturais próprias da região, envolve a participação cooperativa de vários países, mas os elevados custos do empreendimento impedem que representantes sul-americanos atuem no projeto. 5. Infere-se do texto que a Organização das Nações Unidas (ONU) amplia consideravelmente seu campo de atuação e, sem deixar de lado as questões cruciais da paz e da segurança internacional, também se volta para temas que envolvem o cotidiano das sociedades, como o meio ambiente. gabarito Itens 1, 3 e 4 errados; itens 2 e 5 certos. Comandos para Medir Conhecimentos linguísticos Considerando as estruturas linguísticas do texto, julgue os itens. Assinale a alternativa que apresenta erro gramatical. Aponte do texto a construção que não foge aos preceitos da norma culta. 5 10 15 Aqui a questão pretende medir o conhecimento grama- tical do candidato e pode abordar assuntos de morfologia, sintaxe, semântica, estilística, coesão e coerência... Questões Considerando as estruturas linguísticas do texto, julgue os itens seguintes. 6. No trecho “até hoje se sabe” (l.2), o elemento linguís- tico “se” tem valor condicional. 7. O trecho “muito pouco sobre a vida em suas regiões mais recônditas” (ls.2-3) é complemento da forma verbal “sabe” (l.2). 8. A palavra “recônditas” (l.3) pode, sem prejuízo para a informação original do período, ser substituída por profundas. 9. O termo “mas” (l.8) corresponde a qualquer um dos seguintes: todavia, entretanto, no entanto, conquanto. 10. Na linha 9, a presença de preposição em “aos oceanos” justifica-se pela regência do termo “impingidas”. 11. O termo “a substância” (l.15) refere-se ao antecedente “plástico” (l.11). gabarito Itens 6, 7 e 9 errados; itens 8, 10 e 11 certos. Erros Comuns de Leitura Extrapolação ou ampliação A questão abrange mais do que o texto diz. O texto disse: Os alunos do Colégio Metropolitano es- tavam felizes. A questão diz: Os alunos estavam felizes. Explicação: o significado de “alunos” é muito mais amplo que o de “alunos de um único colégio”. Redução ou limitação A questão reduz a amplitude do que diz o texto. O texto disse: Muitos se predispuseram a participar do jogo. A questão diz: Alguns se predispuseram a participar do jogo. Explicação: o sentido da palavra “alguns” é mais limitado que o de “muitos”. Contradição A questão diz o contrário do que diz o texto. O texto disse: Maria é educada porque é inteligente. A questão diz: Maria é inteligente porque é educada. Explicação: no texto, “inteligente” justifica “educada”; na questão se inverteu a ordem e “educada” é que justifica “inteligente”. Desvio ou Deturpação O texto disse: A contratação da funcionária pode ser considerada competente. A questão diz: A funcionária contratada pode ser consi- derada competente. Explicação: no texto, “competente” refere-se a “contra- tação” e não a “funcionária”. 5 Lí n g Ua P O Rt U g U ES a Leia o Texto Em vida, Gustav Mahler (1860-1911), tanto por sua per- sonalidade artística como por sua obra, foi alvo de intensas polêmicas – e de desprezo por boa parte da crítica. A incom- preensão estética e o preconceito antissemita também o acompanhariam postumamente e foram raros os maestros que, nas décadas que se seguiram à sua morte, se empe- nharam na apresentação de suas obras. [...] Julgue os itens a seguir. 1. Deduz-se do texto que Gustav Mahler foi alvo de inten- sas polêmicas. 2. Deduz-se do texto que o personagem central (Mahler) foi um compositor. 3. Deduz-se do texto que o personagem central (Mahler) erade origem judaica. 4. Pode-se deduzir do texto que o personagem central (Mahler) foi um compositor de músicas eruditas. 5. Pode-se inferir do texto que só depois de se terem passado algumas ou várias décadas desde sua morte é que Mahler acabou por ser admirado artisticamente e deixou de ter sua obra segregada. 6. Pode-se inferir do texto que hoje a avaliação positiva da obra de Mahler constitui uma unanimidade nacional. 7. Intelecção, ou entendimento do texto é a captação objetiva das informações que o texto traz abertamente, explicitamente. 8. Interpretação, ilação, dedução, conclusão, percepção do texto é resultado de raciocínio aplicado, permitindo captar-lhe tanto as informações explícitas, quanto as implícitas. 9. A aplicação do raciocínio lógico às informações contidas no texto, expostas ou subentendidas, permite ao leitor tirar dele conclusões ou interpretá-lo corretamente. 10. A leitura de um texto deve levar em consideração o mo- mento e as circunstâncias em que foi construído, bem como à finalidade a que se propõe. 11. Segundo opinião dedutível do texto, os críticos que desprezaram o compositor estavam errados. gabarito Comentado 1. Errado. Por quê? Esta informação – “foi alvo de in- tensas polêmicas” – não “se deduz” do tex- to, está claramente expressa nele. 2. Certo Por quê? Esta dedução se origina da infor- mação de que “maestros” apresentaram obras dele. 3. Certo Por quê? A informação de que ele foi alvo de ”preconceito antissemita” leva à conclu- são de que ele era “de origem judaica”. 4. Certo Por quê? A palavra “maestro” tem uma co- notação diferente (sem vírgula) de “cantor”, “compositor”, “DJ”, “intérprete” etc. Maes- tro pressupõe erudição, por sua própria for- mação acadêmica; por isso, “pode-se dedu- zir que as músicas sejam eruditas, pois ‘eru- ditos’ se empenham na sua apresentação”. O “pode-se deduzir” é aceitável, porque não impõe que seja uma “dedução obrigatória”. 5. Certo Por quê? Essa inferência (dedução) nasce da informação de que “foram raros os ma- estros que, nas décadas que se seguiram à sua morte, se empenharam na apresenta- ção de suas obras.” 6. Errado Por quê? Primeiro, o texto não abrange as- sunto nacional, mas internacional. Segun- do, não se pode deduzir que haja unanimi- dade, mas uma boa ou grande aceitação. 7. Certo 8. Certo 9. Certo 10. Certo 11. Certo Por quê? Conforme o texto, tais críticos, além de não compreenderem o lado esté- tico do artista, incorreram em preconceito. IDEIa PRInCIPaL E SECUnDÁRIa Em vida, Gustav Mahler (1860-1911), tanto por sua per- sonalidade artística como por sua obra, foi alvo de intensas polêmicas – e de desprezo por boa parte da crítica. A incom- preensão estética e o preconceito antissemita também o acompanhariam postumamente e foram raros os maestros que, nas décadas que se seguiram à sua morte, se empenha- ram na apresentação de suas obras. Julgue os itens. 12. O parágrafo lido constitui-se de dois períodos, residindo a ideia principal no segundo. 13. A ideia principal está contida no primeiro período, representando o segundo um desenvolvimento das ideias do primeiro. 14. Qual a ideia principal do texto? a) Mahler foi um compositor. b) Mahler tinha origem judaica. c) Mahler compunha música erudita. d) O valor de Mahler só foi reconhecido devidamente a partir de algumas décadas após seu falecimento. e) A finalidade do texto é dizer que boa parte da críti- ca foi contrária a Mahler. gabarito Comentado 12. Errado A questão seguinte esclarece o assunto. 13. Certo 14. d Nesta questão 14, todas as cinco alternativas exprimem informações contidas no texto dado. Contudo, entre as ideias lançadas em qualquer texto, existe uma hierarquia, uma gradação de importância. Daí os conceitos de IDEIA CENTRAL OU PRINCIPAL e IDEIAS SECUNDÁRIAS OU PERIFÉ- RICAS. A ideia central ou principal será a responsável pelo TEMA, que não se define por uma só palavra, mas por uma AFIRMAÇÃO. Pode-se dizer que o tema do trecho lido é a valorização póstuma da obra mahleriana. As demais ideias, secundárias, servem para dar maior compreensão ao texto e propiciar ao leitor uma visão mais detalhada do assunto. COMO aCHaR a IDEIa PRInCIPaL OU O tEMa Tratando-se de texto expositivo, argumentativo, os exa- minadores buscam avaliar no candidato a capacidade de captar o mais importante. Quando você tem pouco tempo na prova e precisa responder a uma questão que indaga sobre o tema ou a ideia central de um longo texto, ou de um texto completo, basta concentrar-se na leitura do último parágrafo. Necessariamente lá está a resposta da questão. 6 Lí n g Ua P O Rt U g U ES a Normalmente, num parágrafo, a ideia principal se encon- tra na parte inicial sendo seguida de um desenvolvimento, em forma de explicação, detalhamento, exemplificação etc.. Essa ideia principal também é conhecida por TÓPICO FRASAL. Mais raramente, pode ser encontrada no final do parágrafo, sob a forma de conclusão das informações ou explanações que a antecedem. Repetindo: a ideia central ou principal de um parágrafo se situa no início ou no final. Nas outras partes, aparecem os argumentos. Quando a abordagem é não apenas de um parágrafo, mas de um texto completo, o tema ou ideia principal se encontra no último parágrafo, podendo também aparecer no primeiro, conhecido como parágrafo introdutório. Os parágrafos centrais são reservados às argumentações, que contribuem para dar suporte à principal ideia. IntERtEXtUaLIDaDE Chama-se intertextualidade a relação explícita ou implí- cita de um texto com outro. Quando Chico Buarque diz, na música Bom Conselho, “de- vagar é que não se vai longe”, “quem espera nunca alcança”, cria uma intertextualidade implícita com os ditos populares “devagar se vai ao longe” e “quem espera sempre alcança”. Veja a estrofe seguinte: Minha terra tem palmares Onde gorjeia o mar Os passarinhos daqui Não cantam como os de lá (Oswald de Andrade) E responda C (certo) ou E (errado): ( ) Esses versos lembram “Minha terra tem palmeiras, / Onde canta o sabiá; / As aves, que aqui gorjeiam, / Não gorjeiam como lá. /”, de Gonçalves Dias. ( ) A criação de Oswald de Andrade constitui um combate à estética romântica. ( ) trata-se de bom exemplo de intertextualidade. gabarito C, C, C IMPLíCItOS: PRESSUPOStOS E SUBEntEnDIDOS Implícitos Implícitos constituem informações que não se encontram exteriorizadas (ou escritas ou pronunciadas) no texto, estando apenas sugeridas por um ou outro índice linguístico. É a leitura atenta e competente que permite ao leitor a percepção do que ficou implícito, ou se mostra apenas nas entrelinhas. Pressupostos Os pressupostos são identificados por estarem sugeridos por palavras ou outros elementos do texto, não são difíceis de encontrar-se e não podem ser desmentidos pelo uso do raciocínio lógico. Ex.: Teresa voltou da Índia. Pressupostos: ela foi à Índia (indiscutível); a viagem teve início há mais que dois dias (indiscutível). Subentendidos Os subentendidos se formam por dedução subjetiva do leitor, pois baseiam-se em sua visão de mundo, por isso são discutíveis. Ex.: Teresa voltou da Índia. Subentendidos: Teresa gastou muito (discutível, pois pode alguém ter pago tudo); ela é uma felizarda, aproveitou bastante (discutível, porque pode ter ido a trabalho, com pouco dinheiro, e ter ficado hospitalizada o tempo todo). Exercícios Assinale C ou E nos parênteses. Na frase Carlos mudará de profissão, 1. ( ) tem-se como pressuposto que ele ganha pouco. 2. ( ) tem-se como pressuposto que ele tem profissão. 3. ( ) é possível que ele esteja contrariado. 4. ( ) é possível que ele tenha profissão. gabarito1. E 2. C 3. C 4. E FIgURaS DE LIngUagEM Podem-se subdividir em Figuras de Pensamento, Figuras de Sintaxe, Figuras de Sonoridade, e ainda tropos (Uso de sentido Figurado ou Conotação). Figuras de Pensamento São as figuras que atuam no campo do significado. Antítese Aproximação de ideias opostas – O belo e o feio podem ser agressivos ou não. Paradoxo Aparente contradição – Esta sua tia é uma beleza de feiura. Ironia Afirmação do contrário – O animal estava limpo, com os cascos reluzentes, firme, saudável... Muito maltratado! Eufemismo Suavização do desagradável – Passou desta para a me- lhor (= morreu). Hipérbole Exagero – Já repeti cem mil vezes. Perífrase Substituição de uma expressão mais curta por uma mais longa e pode ser estilisticamente negativa ou positiva, de- pendendo do contexto. Texto: Apoio sinceramente sua decisão. Perífrase: Antes de mais nada, é importante que você me permita neste momento comunicar-lhe meus sinceros sentimentos de apoio ao resultado de suas meditações. Também constitui perífrase o uso de duas ou mais pala- vras em vez de uma: titular da presidência (= presidente); a região das mil e uma noites (= Arábia) 7 Lí n g Ua P O Rt U g U ES a Figuras de Sintaxe São as figuras relacionadas à construção da frase. Elipse Omissão de termo facilmente identificável – (eu) cheguei, (nós) chegamos. Zeugma Elipse de termo já dito – Comprei dois presentes; ela, três. – José chegou cedo; Maria, não. Hipérbato Inversão da frase – Para o pátio correram todos. Pleonasmo vicioso Repetição desnecessária de ideia – Chutou com o pé, roeu com os dentes, saiu para fora, lustro de cinco anos... pleonasmo estilístico A mim, não me falaste. Aos pais, lhes respondi que... assíndeto Ausência de conjunção coordenativa – Chegou, olhou, sorriu, sentou. Polissíndeto Repetição de conjunção coordenativa – Chegou, e olhou, e sorriu, e sentou. gradação Sequência de dados em crescendo – Balbuciou, sussur- rou, falou, gritou... paralelismo sintático Obediência a um mesmo padrão. Sem paralelismo: Quero de você admiração, honestidade e que me obedeça. Ela é alta, inteligente e tem beleza. Com paralelismo: Quero de você admiração, honestidade e obediência. (todos, substantivos) Ela é alta, inteligente e bela. (todos, adjetivos) Silepse Concordância com a ideia, não com a palavra. Silepse de Gênero: Vossa Senhoria está cansado? Silepse de Número: E o casal de garças pousaram tran- quilamente. Silepse de Pessoa: todos deveis estar atentos. Figuras de Sonoridade São as figuras relacionadas ao trabalho com os sons das palavras. aliteração Repetição de sons consonantais próximos – “Gil engendra em Gil rouxinol” (Caetano Veloso). assonância Repetição de sons vocálicos próximos – Cunhã poranga na manhã louçã. Onomatopeia Tentativa de imitação do som – coxixo, tique-taque, zum- -zum, miau... Paronomásia ou trocadilho Contudo... ele está com tudo. tropos (uso do sentido Figurado ou Conotação) Comparação ou analogia Relação de semelhança explícita sintaticamente. Ele voltou da praia parecendo um peru assado. Teresa está para você, assim como Júlia, para mim. Corria qual uma lebre assustada. Sua voz é igual ao som de panela rachada. Metáfora Relação de semelhança subentendida, sem conjunção ou palavra comparativa. Voltou da praia um peru assado. A sua Tereza é a minha Júlia. Correndo, ele era uma lebre assustada. Sua voz era uma panela rachada. Metonímia Relação de extensão de significado, não de semelhança. Continente x conteúdo Só bebi um copo. (Bebeu o conteúdo e não o copo) Origem x produto Comeu um bauru. (Bauru é a origem do sanduíche) Causa x efeito Cigarro incomoda os vizinhos. (A fumaça é que incomoda) Autor x obra Vamos curtir um Gilberto Gil? (Curtir a música) Abstrato x concreto Estou com a cabeça em Veneza. (O pensamento em Veneza) Símbolo x simbolizado A balança impôs-se à espada. (Justiça... Forças Armadas) Instrumento x artista O cavaquinho foi a grande atração. (O artista) Parte x todo Havia mais de cem cabeças no pasto. (Cem reses) Catacrese Metáfora estratificada, que já faz parte do uso comum. Asa da xícara, asa do avião, barriga da perna, bico de bule, pé de limão... prosopopeia ou personificação O céu sorria aberto e cintilante... As folhas das palmeiras sussurravam aos nossos ouvidos. 8 Lí n g Ua P O Rt U g U ES a POntO DE VISta DO aUtOR Todo e qualquer autor, ao produzir um texto, falado, cantado ou escrito, seja para descrever uma cena, narrar um fato, ou desenvolver um raciocínio, coloca nesse texto, mesmo que não o perceba, sua visão de mundo, sua posição política, religiosa, artística, econômica, social etc., além de sua preferência por este ou aquele assunto, este ou aquele personagem. A linguística textual levanta com base nos vo- cábulos escolhidos e na organização dos enunciados, o que se denomina Ponto de Vista do Autor. IntEnCIOnaLIDaDE Paralelamente ao ponto de vista, o autor também mani- festa uma intencionalidade, ou tendência psicológica, a favor ou contra determinada realidade, personalidade ou atitude, o que se pode deduzir, também, das palavras utilizadas e/ou da organização das frases. Nos cartazes das ruas e da im- prensa, duas frases usando as palavras “impeachment” e “golpe” se opuseram insistentemente: 1) Impeachment sem crime é golpe e 2) Impeachment não é golpe. Por trás de cada uma está a intencionalidade do emissor. A intenção da frase 1 é impedir o impeachment, enquanto a frase 2 tem como propósito a sua aprovação. Leia com atenção o depoimento de duas testemunhas sobre o fato que presenciaram. Testemunha A: o irmão Antônio, com frieza, gestos con- trolados, voz macia e baixa, olhar de Madalena arrependida, consciente da importância de sua postura no convencimento dos irmãos, desfiava um rosário de mentiras que convencia os presentes. Em dado momento, deixou escapar, numa fração de segundo, um esboço de sorriso vitorioso que fez o irmão Lauro levantar-se e se aproximar dele. De repente estavam os dois no chão, irmão Antônio por cima, irmão Lauro por baixo e com dificuldade foram separados pelos outros. Testemunha B: Seu Antônio estava falando, Seu Lauro voou pra cima dele com um soco armado que passou no vazio. Seu Antônio, mais forte e mais pesado, atracou-se ao agressor, derrubou-o no chão e o dominou completamente, segurando-lhe ambos os punhos, numa montada completa, sem desferir um golpe sequer, mas incapaz de impedir que o subjugado lhe mandasse, de baixo para cima, uma cusparada no rosto. Eu e um colega caímos sobre eles, seguramos os dois e os separamos. Exercícios Veja agora como os pontos de vista das duas testemunhas são diferentes, respondendo C ou E para as afirmações seguintes e conferindo suas respostas com as do gabarito. 1 ( ) O fato motivador de ambas as narrativas foi o mes- mo: uma briga entre dois indivíduos. 2 ( ) Ambas as narrativas indicam que as duas testemu- nhas demonstram bom nível de escolaridade pelo domínio do padrão linguístico apresentado. 3 ( ) No trecho “o irmão Antônio, com frieza, gestos con- trolados, voz macia e baixa, olhar de Madalena arre- pendida, consciente da importância de sua postura no convencimento dos irmãos, desfiava um rosário de mentiras”, a testemunha A descreve psicologica- mente Antônio como frio, calculista e mentiroso. 4 ( ) as expressões “o irmão”, “Madalena arrependida”, “dos irmãos”, ”rosário”, “o irmão”, “outros irmãos” e a própria repetitividade, refletem repertório reli- gioso e caracterizam o autor do texto como conviva do mesmo grupo dos demais personagens. 5 ( ) No segundo período a testemunha A indicaque Antônio agrediu moralmente com “um esboço de sorriso vitorioso” a Lauro, tendo provocado a briga. 6 ( ) A testemunha A se mostrou imparcial. 7 ( ) Com a descrição psicológica (item 3) e a agressão moral (item 5), pode-se perceber, na testemunha A, a tendência para construir a culpabilidade de Antônio. 8 ( ) A testemunha A narra em 3ª pessoa, como obser- vadora dos acontecimentos. 9 ( ) O tratamento “Seu” usado em “Seu Antônio” e “Seu Lauro” indica pouca intimidade e distanciamento respeitoso da testemunha B. 10. ( ) A linguagem da testemunha B não indica ponto de vista religioso, mas de quem entende ou convive com ambiente de luta (“voou pra cima dele com um soco armado que passou no vazio”, “mais forte e mais pesado, atracou-se ao agressor, derrubou”, “dominou completamente”, “montada completa”, “desferir golpe” , “subjugado” ). 11. ( ) Segundo a testemunha B, “Seu Lauro” agrediu duas vezes “Seu Antônio”: uma fisicamente (“voou pra cima dele com um soco armado”) e outra física e moralmente (“uma cusparada no rosto”). 12. ( ) A testemunha B mostrou-se imparcial. 13. ( ) Pode-se perceber na testemunha B a intencionali- dade de culpar “seu Lauro”. 14. ( ) A testemunha B, como narrador de 1ª pessoa (Eu e um colega caímos sobre eles, seguramos os dois e os separamos), coloca-se na cena como um dos personagens, ou seja, como narrador participante. gabarito 1. V 2. V 3. V 4. V 5. V 6. F 7. V 8. V 9. V 10. V 11. V 12. F 13. V 14. V Conclusão: Pela leitura dos dois textos, percebem-se pontos de vis- ta diferentes dos dois autores, no caso os dois narradores. Ponto de vista do narrador A: usa a 3ª pessoa, fala como observador, visão de fora; demonstra bom domínio linguístico; posta-se como integrante de uma irmandade; considera agressor e provocador o “irmão Antônio””. Ponto de vista do narrador B: usa a 1ª pessoa, fala como um dos personagens; demonstra bom domínio linguístico; posta-se como entendedor de luta; mostra distanciamento e pouca intimidade com os envolvidos na briga; considera agressor e provocador o “Seu Lauro”. SEMântICa Sema É unidade de significado. A palavra “garotas” tem três semas: 1. garot é o radical e significa ser humano em formação; 2. a é desinência e significa feminino; 3. s é desinência e significa plural. monossemia ou unissignificação É o fato de uma expressão ter no texto apenas um sig- nificado. 9 Lí n g Ua P O Rt U g U ES a polissemia ou plurissignificação É o fato de uma expressão, no texto, ter múltiplos sig- nificados. Ambiguidade ou anfibologia Significa duplo sentido. Denotação Sentido objetivo da palavra – Teresa é agressiva. Conotação Sentido figurado da palavra – Teresa é um espinho. Campo semântico Área de abrangência ou de interpenetração de significado(s). Chuteira, pênalti, drible, estádio... pertencem ao campo semântico do futebol. Oboé, melodia, contralto... pertencem ao campo semân- tico da música. Aeromoça, aterrissar, taxiar... pertencem ao campo se- mântico da aviação. Contexto As palavras ou signos podem estar soltos ou contextua- lizados. O contexto é a frase, o texto, o ambiente em que a palavra ou signo se insere. Normalmente, uma palavra solta, fora de um contexto, desperta vários sentidos (polissemia) e os dicionários tentam relacioná-los, apresentando cada um dos sentidos (monossemia) ligado a um determinado contexto. No Dicionário Houaiss, a palavra ponto tem 62 significa- dos e contextos; linha tem outros 58, sendo que, em cada um desses contextos, a monossemia prevalece. nos textos literários ou artísticos, ambiguidade e po- lissemia são valores positivos. O texto artístico pode ser considerado tão mais valioso quanto mais plurissignificativo. nos textos informativos (jornalísticos, históricos, cien- tíficos... ), a monossemia é valor positivo, enquanto a ambi- guidade e a polissemia devem ser evitadas. Sinonímia Existência de palavras ou termos com significados con- vergentes, semelhantes: vermelho e encarnado, brilho e luminosidade, branquear e alvejar... antonímia Existência de palavras ou termos de sentidos opostos: claro e escuro, branco e negro, alto e baixo, belo e feio... Homonímia Palavras iguais na escrita ou no som com sentidos dife- rentes: cassa e caça, cardeal (religioso), cardeal (pássaro), cardeal (principal)... Paronímia Palavras parecidas: eminência e iminência, vultoso e vultuoso... QUaLIDaDES DO tEXtO Um texto bem redigido deve ter algumas qualidades. A seguir, cada tópico apresenta uma dessas qualidades e, também, seu defeito, o oposto. Clareza Clareza é a qualidade que faz um texto ser facilmente entendido. Obscuridade é o seu antônimo. Questões O menino e seu pai foram hospedados em prédios diferentes o que o fez ficar triste. Assinale C para certo e E para errado. 1. ( ) A estruturação da frase se dá de maneira clara e objetiva. 2. ( ) A leitura desse trecho se torna ambígua em virtude do mau uso do pronome oblíquo “o”. 3. ( ) Colocando-se o oblíquo “o” no plural, caberia plu- ralizar “ficar triste” (o que os fez ficarem tristes) e a clareza se restaura porque o “triste” passa a se referir a ambos, “o menino” e “seu pai”. 4. ( ) Substituindo-se o oblíquo “o” por “este” (o que fez este ficar triste ), também se elimina a ambiguidade, passando a significar que só o pai ficou triste. 5. ( ) Substituindo-se o oblíquo “o” por “aquele” (o que fez aquele ficar triste) comete-se uma incorreção gramatical. 6. ( ) Substituindo-se o oblíquo “o” por “aquele” (o que fez aquele ficar triste) resolve-se também a obscu- ridade, pois afirma-se que só o menino ficou triste, porque o demonstrativo “aquele” refere-se ao subs- tantivo mais distante. gabarito Itens 2, 3, 4 e 6 certos; itens 1 e 5 errados. Coerência Se as ideias estão entrelaçadas harmoniosamente em termos lógicos, encontra-se no texto coerência. O seu an- tônimo é ilogicidade, incoerência. Questões I – Toda mulher gosta de ser elogiada. Se queres agradar a uma, mostra-lhe suas qualidades. II – Toda mulher gosta de ser elogiada. Se queres agradar a uma, mostra-lhe seus defeitos. Assinale C para certo e E para errado. 1. ( ) O texto I exemplifica raciocínio incoerente. 2. ( ) O texto II desenvolve raciocínio coerente. 3. ( ) A incoerência se faz presente em ambos os parágrafos. 4. ( ) Os dois parágrafos são perfeitamente coerentes. 5. ( ) O raciocínio do texto I é perfeitamente lógico e coerente. 6. ( ) O desenvolvimento racional do texto II peca por incoerência. gabarito Itens 1, 2, 3 e 4 errados; itens 5 e 6 certos. Concisão Concisão é a capacidade de se falar com poucas palavras. O seu oposto é prolixidade. Questões I – Andresa trouxe Ramiro e Osvaldo à minha presença, no meu escritório e me apresentou essas duas pessoas. 10 Lí n g Ua P O Rt U g U ES a II – Andresa trouxe-me ao escritório Ramiro e Osvaldo e mos apresentou. Assinale C para certo e E para errado. 1. ( ) Os dois textos apresentam o mesmo teor informativo. 2. ( ) O primeiro é mais prolixo (dezessete palavras, uma vírgula e um ponto final). 3. ( ) O segundo é mais conciso (onze palavras e um ponto final). 4. ( ) A última oração da frase II deve ser corrigida para “e nos apresentou”. 5. ( ) No período II, “mos” funciona como objeto indireto e direto, porque representa a fusão de dois pronomes oblíquos átonos (me + os). gabarito Itens 1, 2, 3 e 5 certos; item 4 errado. Correção Gramatical Correção é o ajuste do texto a um determinado padrão gramatical. Tradicionalmente as provas sempre visaram a medir o conhecimento da normaculta (também chamada de erudita ou padrão), por isso, quando simplesmente pedem para apontar o que está certo ou errado gramaticalmente, estão-se referindo à adequação ou inadequação do texto a essa norma culta. Questões I – Nóis num é loco, nóis só véve ansim pruquê nóis qué. II – Não somos loucos, só vivemos assim porque queremos. Assinale C ou E, conforme julgue a afirmação certa ou errada. a) O texto I está correto em relação ao padrão popular regional e errado relativamente ao culto. b) O texto II está certo de acordo com o padrão culto e errado se a referência for o popular regional. gabarito Ambas as afirmações estão corretas. Coesão Coesão é a inter-relação bem construída entre as partes de um texto. Seu antônimo é a incoesão ou desconexão. COESÃO E COnECtORES Coesão é a inter-relação bem construída entre as partes de um texto e se faz com o uso de conectores ou elementos coesivos. Coesão gramatical (ou coesão referencial endofórica) Os componentes de um texto se inter-relacionam, referin- do-se uns aos outros, evidenciando o que se chama coesão referencial endofórica, ou coesão gramatical. Além do uso das preposições e conjunções, eis alguns recursos de coesão refe- rencial endofórica e seus elementos coesivos ou conectores: nominalização Substantivo que retoma ideia de verbo anteriormente expresso. Os alunos esforçados foram aprovados e a aprovação lhes trouxe euforia. Elemento coesivo: “aprovação” retoma “foram apro- vados”. Pronominalização Pronome retomando ou antecipando substantivo. Conector: na frase anterior, “lhes” retoma “alunos”. repetição vocabular Repetição de palavra. A mulher se apoia no homem e o homem na mulher. Elemento coesivo: na segunda oração repetem-se os substantivos “homem” e “mulher”. sintetização Uso de expressão sintetizadora. Viagens, passeios, teatros, espetáculos... Tudo nos mos- tra o mundo. Conector: na segunda oração, a expressão “tudo” sinte- tiza “Viagens, passeios, teatros, espetáculos...”. Uso de numerais São possíveis três situações. A primeira é ela estar sendo sincera. A segunda é estar mentindo. A terceira é não saber o que fala. Elemento coesivo: os ordinais, “primeira”, “segunda” e “terceira” retomam o cardinal “três”. Uso de advérbios Hesitando, entrou no quarto de Raquel. Ali deveria estar escondida a resposta. Conector: o advérbio “Ali” recupera a expressão “quarto de Raquel”. Elipse Omissão de termo facilmente identificável. Nós chegamos ao jardim. Estávamos sedentos. Elemento coesivo: a desinência verbal “mos” retoma o sujeito “nós” expresso na primeira oração. Sinonímia Palavras ou expressões de sentidos semelhantes. O extenso discurso se prolongou por mais de duas horas. A peça de oratória cansativa foi responsável pelo desinte- resse geral. Conector: o sinônimo “peça de oratória” retoma a ex- pressão “discurso”. Hiperonímia Hiperônimo é palavra cujo sentido abrange o de outra(s). Roupa constitui hiperônimo em relação a calça, vestido, paletó, camisa, pijama, saia... Ela escolheu a saia, a blusa, o cinto, o sapato e as meias... Aquele conjunto estaria, sim, adequado ao ambiente. Elemento coesivo: o hiperônimo “conjunto” retoma os substantivos anteriores. Hiponímia Hipônimo é palavra de sentido incluído no sentido de outra. Boneca, pião, pipa, bambolê, carrinho, bola de gude... são hipônimos de brinquedo. Naquela disputa havia cinco times, contudo apenas o Flamengo se pronunciou. Conector: o hipônimo “Flamengo” cria coesão com a palavra “times”. 11 Lí n g Ua P O Rt U g U ES a anáfora chama-se anafórico ao elemento de coesão que retoma algo já dito. O lobo e o cordeiro se olharam; aquele, com fome; este, com temor. Coesivos anafóricos: “aquele” e “este” retomam “lobo” e “cordeiro”. Catáfora Palavra ou expressão que antecipa o que vai ser dito. Não se esqueça disto: já estamos comprometidos. Conector catafórico: “disto” antecipa a oração “já esta- mos comprometidos”. Obs.: a coesão é uma qualidade do texto e sua falta cons- titui erro. Desconexo ou incoeso é o texto a que falta coesão. DOMínIO DOS MECanISMOS DE COESÃO tEXtUaL Os mecanismos de coesão textual exigem conhecimentos outros, como uso dos pronomes, regência, concordância, colocação... Resolva as questões seguintes, onde aparecem 10 co- esões bem feitas e 10 imperfeitas, com relação à norma padrão oficial. Qual dos dois textos está mais bem escrito, levando em con- sideração os mecanismos de coesão textual? 1. a) O cavalo, o ganso e a ovelha andavam lado a lado; enquanto este relinchava, aquele grasnava e ela balia. b) O cavalo, o ganso e a ovelha andavam lado a lado; en- quanto aquele relinchava, esse grasnava e esta balia. 2. a) Atenção a este aviso: “Piso Escorregadio”. b) Atenção a esse aviso: “Piso Escorregadio”. 3. a) Silêncio e respeito. Essas palavras se viam por toda parte. b) Silêncio e respeito. Estas palavras se viam por toda parte. 4. a) Encontrei o artigo que você falou. b) Encontrei o artigo de que você falou. 5. a) Foi essa a frase que você falou. b) Foi essa a frase de que você falou. 6. a) Era uma situação que ele fugia. b) Era uma situação de que ele fugia. 7. a) Estamos diante de um texto que falta coesão. b) Estamos diante de um texto a que falta coesão. 8. a) Finalmente chegou ao quarto onde estava escondido o dinheiro. b) Finalmente chegou ao quarto aonde estava escon- dido o dinheiro. 9. a) Veja o local onde você chegou. b) Veja o local aonde você chegou. 10. a) Convide para a mesa as senhoras cujos os maridos estão presentes. b) Convide para a mesa as senhoras cujos maridos estão presentes. gabarito 1. b. Uso dos demonstrativos: aquele, para o mais dis- tante; esse, para o intermediário; este, para o mais próximo. 2. a. Uso dos demonstrativos: este refere-se ao que se vai falar; esse, ao que já foi dito. 3. a. Uso dos demonstrativos: este refere-se ao que se vai falar; esse, ao que já foi dito. 4. b (falar de um artigo). 5. a (falar uma frase). 6. b (fugir de algo). 7. b (falta coesão a algo). 8. a (o dinheiro estava escondido no quarto). 9. b (você chegou a um local). 10. b (cujo não vem seguido de artigo). Questões aOCP o perfil do empreendedor negro no Brasil Juventude negra está seguindo uma mudança cultural que vê forma de protagonizar uma transformação de alto impacto social e econômico A prática empreendedora vem crescendo no Brasil, so- bretudo quando diz respeito à população negra. Atualmente a maioria dos empreendedores são mulheres que abriram seus negócios por oportunidade, contrariando a crença geral de que as pessoas das camadas com menor poder aquisiti- vo procuram abrir seus negócios mais por necessidade ou devido ao desemprego. Praticamente metade dos empreendedores têm menos de 40 anos e, em relação aos jovens, 75% deles estão empre- endendo pela primeira vez e a maioria com ensino superior completo/incompleto. Há uma sinalização de que a juventude negra está se- guindo uma mudança cultural que ocorre de forma gradati- va. Eles estão percebendo que o empreendedorismo pode ser uma forma de protagonizar uma transformação de alto impacto social e econômico. A maioria dos negócios está na categoria MEI (Micro Empreendedor Individual), nos setores de comércio, serviço, moda/vestuário, estética e alimentação. Esses dados foram obtidos na Pesquisa Nacional Negro Empreendedor realizada pelo Baobá – Fundo de Igualdade Racial em parceira com o Instituto Feira Preta, em 2015. Segundo a pesquisa, historicamente, o ato de em- preender sempre esteve presente no cotidiano de negros brasileiros. Muito antes da formação do conceito de afro- empreendedorismo,o negro empreendia como forma de sobrevivência, por necessidade. Hoje, o empreendedor negro ultrapassou as fronteiras da subsistência e tem buscado aprimorar as suas habilidades e competências no que diz respeito à sua atitude empreen- dedora. Cada vez mais, apostando na criação, abertura e gerenciamento de seus próprios negócios. Mesmo com a mudança do perfil empreendedor, o empreendedor negro ainda enfrenta muitas dificuldades, como também sinaliza a pesquisa. Segundo o documento “são públicos os fatores que dificultam o crescimento e for- talecimento do empreendedorismo negro, em larga escala, no país e um dos principais entraves se deve ao racismo institucionalizado brasileiro”. “Além deste, outras razões podem estar relacionadas às dificuldades vivenciadas pelos negros no momento de empreender. O economista Marcelo Paixão, em publicação 12 Lí n g Ua P O Rt U g U ES a eletrônica de 2013 – Os empreendedores afro-brasileiros: um estudo exploratório a partir da MPE -, salienta que existem razões de ordem geral; que seriam a falta de planejamento e de capacitação administrativa/ gerencial, a informalidade, a aposta em negócios de pouco retorno, condições ocupa- cionais anteriores frágeis dentre outras”. Em 2013, o Instituto Data Popular divulgou pesquisa apontando que os consumidores negros, boa parte locali- zados na chamada classe C, movimentaram cerca de R$713 bilhões ao ano. Mas o estudo também observou que existe demanda crescente e oferta insuficiente de produtos e ser- viços para atender o perfil de um novo consumidor negro. Um exemplo de sucesso de empreendedorismo negro é a Feira Preta. Inicialmente realizada na Praça Benedito Ca- lixto e reunindo cerca de 40 empreendedores, a Feira Preta hoje se transformou no maior evento de cultura negra da América Latina. Em treze edições, foram mais de 120 mil visitantes, que puderam acompanhar aproximadamente 500 artistas e 600 expositores com diferentes linguagens, expressões e produtos. Texto adaptado. Fonte: http://www.cartacapital.com.br/sociedade/ o -perfil-do-empreendedor-negro-no-brasil 1. (AOCP/Ebserh) De acordo com o texto, é correto afirmar que a) a Feira Preta é uma evidência de que o empreende- dorismo negro cresceu nos últimos anos. b) a população branca não tem conseguido crescer como empreendedora, abrindo o seu próprio negócio. c) dos jovens que possuem curso superior ou ainda estão cursando um quarto deles já está empreen- dendo pela primeira vez. d) nos últimos anos o negro brasileiro tem descoberto que é empreendedor. Dessa forma, a pesquisa mos- tra que a ideia de empreendedorismo faz com que eles comecem a agir em busca de subsistência. e) a falta de experiência não significa dificuldade para o início do empreendimento. A maior dificuldade ain- da é o racismo que o negro encontra na sociedade. Texto Fonte: http://veredasdalingua.blogspot.com.br/2013/01/oracoes- -subordinadas-adverbiais.html 2. (AOCP/Ebserh) Assinale a alternativa correta quanto ao que se pode depreender das informações referentes ao texto. a) “Pescoção” é um termo muitas vezes utilizado com o sentido de pancada desferida com a mão aberta con- tra uma pessoa. Leva o nome também de pescoçada. Se, no segundo quadrinho, o autor da tirinha tivesse utilizado o termo “pescoçada”, o efeito de sentido do terceiro quadrinho continuaria inalterado. b) A girafa sempre teve pescoço comprido. c) Depois que Deus pediu para a girafa parar de falar, ela parou. d) Pelo terceiro quadrinho, é possível verificar a ambigui- dade (sentido figurado e literal) do termo “pescoção”. e) Não é possível nesse texto fazer qualquer inferên- cia relacionada à origem do mundo escrita no livro bíblico de Gênesis. Desenvolver habilidades para o bem estar é tão im- portante quanto construir pontes O especialista em educação emocional e social João Roberto de Araújo, criador da campanha Ribeirão Pela Paz, defende prioridade de um ensino cidadão: “É preciso ensinar para a vida”. Para o Mestre em Psicologia Social e fundador da or- ganização Inteligência Relacional, pode-se e deve-se apren- der na escola, além de Matemática e Português, como ter tolerância, desenvolver diálogos e ter controle dos estados emocionais: “É preciso criar condições para que não se for- mem apenas pessoas que passem no vestibular e tenham sucesso socioprofissional, mas que sejam pessoas que pos- sam aprender a conviver em sociedade”. João Roberto teve esta clareza maior quando trabalhou pela ação Ribeirão Pela Paz, no começo dos anos 2000, e tentou encontrar outras formas de combater a violência por outro caminho, não o já sempre pensado da repressão. Na cidade ideal do psicólogo, os filhos dos pobres e dos ricos seriam acolhidos da mesma forma para ter as mesmas oportunidades de desenvolvimento e de compreensão do sentido da vida. O Ribeirão Pela Paz foi uma audaciosa ação para en- frentar a questão da violência urbana na cidade. Quais os caminhos hoje em dia? João Roberto de Araújo: O fenômeno da violência sempre incomodou muito a todos, as famílias, as lideranças e, até hoje, é um tema central entre os grandes flagelos da sociedade. No entanto, sempre houve muita desinformação sobre as causas da violência e poucas reflexões consistentes sobre esse fenô- meno. Nós vivemos, e vivíamos no passado, e ainda vivemos hoje, uma ênfase muito grande nas respostas de repressão: pena de morte, respostas fortes de armamentos, mecanismos de segurança pública, aperfeiçoamento penal, agilidade da jus- tiça, questão da maioridade, entre outras. Enfim, esse eixo da repressão no passado sempre foi muito forte e ainda continua hoje. E é fácil em uma análise mais criteriosa verificar que a repressão é necessária desde que legítima, não é a violência pela violência, mas a legitimidade do estado de responder pela proteção da sociedade usando a força legalmente. A repressão legítima é absolutamente necessária, mas não é suficiente. Nesse sentido, o Ribeirão Preto Pela Paz foi a primeira iniciativa que procurou despertar nas lideranças e na comuni- dade a consciência sobre o fenômeno da violência, trazendo as dimensões sociais, sociológicas, psicológicas do fenômeno da violência. Foi um marco que se revelou pioneiro para ação da própria mídia que, antes, diante de um fato criminoso da violência na sociedade procurava, unilateralmente, os depoi- mentos policiais. Após o Ribeirão Preto Pela Paz, passou a ou- vir sociólogos, historiadores, psicólogos e antropólogos, que começaram a colocar o seu olhar maior sobre esse fenômeno. Nesse sentido, houve um grande avanço na compreensão do fenômeno da violência a partir do Ribeirão Pela Paz e uma melhoria também nos tipos de resposta oferecidas. Esta foi uma das contribuições do Ribeirão Pela Paz que, depois, na- turalmente, em seu processo evolutivo, acabou por chegar a trabalhos mais profundos de desenvolvimento de Cultura de Paz e Não Violência, até culminar em uma metodologia de educação emocional e social que torna essa abordagem regular e permanente na escola e na sociedade. Que tipos de políticas e ações precisariam, agora, ser implementadas numa cidade como Ribeirão? Não só para uma cidade como Ribeirão Preto, mas para qualquer agrupamento humano, para as vilas, para as cidades pequenas, para as cidades grandes, enfim para todo aglome- rado humano, é preciso transitar de ações de sensibilização para ações mais regulares e permanentes junto à sociedade. 13 Lí n g Ua P O Rt U g U ES a De forma muito especial, em dois segmentos fundamentais: na escola, na formação de nossas crianças e dos nossos jo- vens, e nas famílias. É preciso que as famílias compreendam o fenômeno da violência, as consequências de estilos parentaisinadequados na relação com seus filhos, seus parentes, com seu grupo familiar. E é fundamental que nas escolas não fiquemos apenas nessa dimensão convencional, da lógica matemática, linguística, memória, mas que se recupere a importância do ensino, das humanidades. Ensinar para a vida, educar para as relações, criar as condições para que não se formem apenas pessoas que passem no vestibular e tenham sucesso socioprofissional, mas que sejam pessoas que possam aprender a conviver em sociedade, desenvol- vendo diálogo, tolerância e, principalmente, desenvolvendo competência em relação aos seus estados emocionais. Por exemplo, ter autonomia emocional para ficar menos vulnerá- vel ao estado emocional do entorno, desenvolver regulação emocional para aprender o que fazer com a sua raiva, com o seu ciúme, com sua ansiedade, desenvolver competên- cias sociais e, principalmente, a competência do bem viver, a competência do bem-estar, a competência para além da dimensão material, do status, para as pessoas aprenderem a ser feliz. Isto é um desafio do futuro. Transitar de uma sensibilização prática e eventual para uma ação consistente regular e permanente na escola e na família. O que você considera uma cidade justa e sustentável, solidária e humana? Antes de tudo, é uma cidade que educa e a que educa em um sentido de que oferece oportunidade de desenvolvi- mento para todas as pessoas, das famílias ricas, das famílias da classe média e das famílias pobres. Há muitos pobres materiais profundamente evoluídos, como há ricos materiais e plenamente inferiores. Não é uma questão material, é uma questão de oportunidade de desenvolvimento mental. Uma cidade justa, sustentável, solidária e humana é uma cidade que acolhe os filhos dos pobres tanto quanto os filhos dos ricos, para que eles possam compreender melhor o sentido de viver, o sentido da vida, para que eles possam ter opor- tunidades iguais de desenvolvimento. O que não pode faltar em um bom projeto de cidade? As cidades já estão, convencionalmente, focadas em necessidades muito conhecidas: asfalto, ponte, saneamento básico, trânsito, enfim, toda essa dimensão da infraestru- tura, que é, sem dúvida, importante. Mas tão importante quanto é também trabalhar num nível mental das pessoas. Tão importante quanto fazer pontes é desenvolver compe- tências nas pessoas para as habilidades do bem-estar, para as habilidades das relações. Portanto, o que não pode faltar em uma liderança política ou em uma cidade é esse olhar da educação para a vida, educação que vai além dessa aborda- gem convencional, mas que também agrega competências para conviver com o outro, para a família funcionar melhor. Enfim, uma educação para ser cidadão, uma educação para a paz, uma educação para o aprendizado das emoções, uma educação para a vida. Fonte: http://www.inteligenciarelacional.com.br/noticia/ 14-12-2015- desenvolver-habilidades-para-o-bem-estar- e-tao-importante-quanto-construir-pontes 3. (AOCP/Ebserh) De acordo com o texto, é correto afirmar que a) a violência incomoda e, portanto, ações são neces- sárias. Há a necessidade de uma educação que con- sidere conteúdos escolares convencionais e assuntos que trabalhem a educação emocional. b) apesar de ser muito noticiada a violência é um tema social a respeito do qual há pouca informação. c) por falta de conhecimento a respeito do tema vio- lência a urgência está na implementação de ações de sensibilização e conscientização acerca do fenômeno da violência. d) para que a sociedade incorpore um sistema de se- gurança eficaz é necessário conscientizá-la da neces- sidade de repressão em função da proteção dessa sociedade. e) antes do “Ribeirão Preto Pela Paz” a mídia quase sempre se valia das informações fornecidas nos de- poimentos policiais. 4. (AOCP/Ebserh) Assinale a alternativa cuja expressão ou expressões em destaque corresponde(m) à figura de linguagem e ao sentido apresentados entre parênteses. a) Tão importante quanto fazer pontes é desenvolver competências nas pessoas para as habilidades do bem-estar, para as habilidades das relações (Compa- ração - “fazer pontes”, no caso, tem o sentido de fazer ligações, especificamente, ligação entre pessoas). b) Após o Ribeirão Preto Pela Paz, passou a ouvir so- ciólogos, historiadores, psicólogos e antropólogos, que começaram a colocar o seu olhar maior sobre esse fenômeno (Hipérbole – no caso, a expressão diz respeito à preocupação excessiva por parte desses profissionais). c) Antes de tudo, é uma cidade que educa e a que edu- ca em um sentido de que oferece oportunidade de desenvolvimento (Metonímia – a ação de educar é praticada pelas pessoas da referida cidade). d) Enfim, uma educação para ser cidadão, uma educa- ção para a paz, uma educação para o aprendizado das emoções, uma educação para a vida (Polissín- deto – há uma repetição de palavras ou expressões que servem para ligar uma frase a outra e enfatizar algo). e) Após o Ribeirão Preto Pela Paz, passou a ouvir so- ciólogos, historiadores, psicólogos e antropólogos (Sinestesia – “passou a ouvir” tem o sentido de “levar em consideração”). 5. (AOCP/Ebserh) Em “E é fácil em uma análise mais cri- teriosa verificar que a repressão é necessária desde que legítima”, é possível identificar a seguinte figura de estilo: a) silepse. b) antítese. c) catacrese. d) zeugma. e) elipse. 6. (AOCP/Ebserh) Em “É preciso que as famílias compreen- dam o fenômeno da violência, as consequências de es- tilos parentais inadequados na relação com seus filhos, seus parentes, com seu grupo familiar”, a expressão em destaque pode ser substituída, sem prejuízo semântico, por a) relacionamentos entre parentes. b) relações sociais c) formas de educar. d) ações sociais. e) práticas pedagógicas. Discursos masculinos sobre prevenção e promoção da saúde do homem Matheus Trilico, Gabriela R. de Oliveira, Marinei Kijimura, Sueli M. Pirolo A promoção da saúde é uma proposta de política mundial, contemporânea na saúde pública e disseminada 14 Lí n g Ua P O Rt U g U ES a pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a partir de 1984. Aprovada na Carta de Ottawa, traz a saúde em seu conceito amplo, relacionando-a com qualidade de vida decorrente de processos complexos interligados a fatores como alimenta- ção, justiça social, ecossistema, renda e educação. Também trabalha com o princípio de autonomia dos indivíduos e das comunidades, reforçando assim o planejamento e o poder local. Nesse mesmo sentido, a Declaração de Alma-Ata, em 1978 , estabelece a proposta da ‘atenção primária à saúde’ e amplia a visão do cuidado à saúde: sai da visão hierárquica do conhecimento especializado, incentiva o envolvimento da população e destaca os fatores necessários para propiciar a qualidade de vida e o direito ao bem-estar social. A atenção primária à saúde está estreitamente vinculada à ‘promoção da saúde’ e à prevenção de enfermidades, não abandonando as dimensões setorial e técnica e incluindo outras dimensões. No Brasil, a Estratégia Saúde da Família responde a essa ampliação do cuidado ao buscar a promoção da qualidade de vida e intervenção nos fatores que geram riscos, por meio de ações programáticas abrangentes e ações intersetoriais. Nessa perspectiva, entende-se importante a Política Nacional de Atenção à Saúde do Homem. Criada em 2009, essa política procura incluir a mascu- linidade nas questões clínica e epidemiológica, oferecendo uma proposta singular de cuidado de promoção e recupera- ção da saúde. Ela se fundamenta na idiossincrasia do gênero masculino - termo que, para o campo da pesquisa, refere- -se apenas a áreas estruturais e ideológicas que envolvem relação entre os sexos, delimitando então um novo terrenoevidenciam na literatura que os homens sofrem influência dessa representação da masculinidade, imprimindo a idea- lização de sucesso, poder e força. Estudos comparativos entre homens e mulheres com- provam que os homens são mais vulneráveis às doenças, sobretudo às enfermidades graves e crônicas, e morrem mais precocemente que as mulheres. A despeito da maior vulnerabilidade e das altas taxas de morbimortalidade, os homens não buscam, como as mulheres, os serviços de atenção básica. Segundo estatísticas do Ministério da Saúde, o homem é mais vulnerável à violência, seja como autor, seja como víti- ma. A prevalência de dependentes de álcool também é maior para o sexo masculino: 19,5% dos homens são dependentes de álcool, contra 6,9% das mulheres. Em relação ao tabagis- mo, os homens usam cigarros também com maior frequência do que as mulheres, o que acarreta maior vulnerabilidade a doenças cardiovasculares, cânceres, doenças pulmonares obstrutivas crônicas, doenças bucais e outras. A masculinidade hegemônica seria aquela ligada à legi- timidade do patriarcado, que garante a dominação dos ho- mens e a subordinação das mulheres. Ela não diz respeito a um estilo de vida, mas a configurações que formam as relações de gênero. Novos grupos podem desafiar antigas soluções e construir uma nova hegemonia. Hoje, essa de- monstração de força, controle e não vulnerabilidade cede espaço, tirando do homem moderno toda essa supremacia. No bojo dessas representações de masculinidade, bus- ca-se o subjetivo contido na discussão de masculinidade e saúde e a consequente importância para tal, quando atribu- ída às políticas específicas de saúde pública voltada para o gênero masculino. Torna-se, então, necessário compreender suas representações no contexto do diálogo relacional ao gênero masculino, visando à promoção de saúde articulada ao princípio de autonomia dos indivíduos. Texto adaptado. Fonte: http://www.scielo.br/scielo. php?script=sci_arttext&pi d=S1981-77462015000200381& lng=pt&nrm=iso 7. (AOCP/Ebserh) Assinale a alternativa que corresponde ao tema central do texto. a) Saúde pública no Brasil. b) Direitos sobre a promoção da saúde para todos os integrantes de uma família. c) A Organização Mundial da Saúde e os estatutos que regem a OMS. d) Promoção à saúde e o cuidado na prevenção de do- enças femininas. e) Masculinidade e saúde do homem. 8. (AOCP/Ebserh) De acordo com o texto, a) após a disseminação da proposta sobre a promoção da saúde, a Declaração de Alma-Ata estabeleceu a proposta de atenção primária à saúde e ampliou a visão a respeito do cuidado da saúde. b) no Brasil, o Programa Saúde da Família atendeu até 2009 somente pacientes do sexo feminino. c) em estudos realizados, constatou-se que as mulhe- res, por serem mais frágeis, são mais suscetíveis a doenças graves. d) o percentual de homens que bebem e fumam é o triplo do percentual de mulheres que fazem uso da bebida e do fumo. e) a proposta da promoção da saúde envolve um espa- ço de atuação que extrapola o setor saúde, apontan- do para uma articulação com o conjunto de outros setores. 9. (AOCP/Ebserh) “Nesse mesmo sentido, a Declaração de Alma-Ata, em 1978, estabelece a proposta da ‘atenção primária à saúde’ e amplia a visão do cuidado à saúde: sai da visão hierárquica do conhecimento especializa- do...”. Com relação aos termos em destaque, independen- temente do contexto em que podem estar inseridos, assinale a alternativa correta referente ao que se afirma. a) São todos invariáveis. b) “Nesse” varia somente em gênero. c) “amplia” e “especializado” podem variar em gênero e número, e em pessoa, tempo e modo verbais. d) Somente “amplia” pode variar em pessoa e número, e em tempo e modos verbais. e) Somente o termo “especializado” é invariável. 10. (AOCP/Ebserh) “A despeito da maior vulnerabilidade e das altas taxas de morbimortalidade, os homens não buscam, como as mulheres, os serviços de atenção bá- sica”. A expressão em destaque NÃO pode ser substituída, sem que haja prejuízo semântico, por a) A respeito da maior vulnerabilidade e das altas taxas de morbimortalidade. b) Embora haja maior vulnerabilidade e altas taxas de morbimortalidade. c) Apesar da maior vulnerabilidade e das altas taxas de morbimortalidade. d) Ainda que haja maior vulnerabilidade e altas taxas de morbimortalidade. gabarito 1. a 2. d 3. a 4. c 5. e 6. c 7. e 8. e 9. d 10. a 15 Lí n g Ua P O Rt U g U ES a Márcio Wesley ORtOgRaFIa OFICIaL O alfabeto Com a nova ortografia, o alfabeto passa a ter 26 letras. Foram reintroduzidas as letras k, w e y. A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z As letras k, w e y, que na verdade não tinham desapare- cido da maioria dos dicionários da nossa língua, são usadas em várias situações. Por exemplo: a) na escrita de símbolos de unidades de medida: km (quilômetro), kg (quilograma), w (watt); b) na escrita de palavras e nomes estrangeiros (e seus derivados): show, playboy, playground, windsurf, kung fu, yin, yang, William, kaiser, Kafka, kafkiano. Emprego das Letras • Ortho = Correta Graphia = Escrita • No Português atual, segue-se o sistema ortográfico aprovado em 12 de agosto de 1943 pela Academia Brasileira de Letras. Esse sistema sofreu algumas al- terações em 18 de dezembro de 1971. • A Nova Ortografia está em fase de implantação no Brasil desde 2009. A data limite para a transição é 31/12/2015. Portanto, em 2016, vigora a nova grafia como forma obrigatória. Emprego do “S” • O “s” intervocálico tem sempre o som de “z”: casa, mesa, acesa etc. • O “s” em início de palavras tem sempre o som de “ss”: sílaba, sabonete, seno etc. Usa-se o “S” • Depois de ditongos: Neusa, Sousa, maisena, lousa, coisa, deusa, faisão, mausoléu etc. • Adjetivos terminados pelos sufixos “oso”, “osa” (indi- cadores de abundância): cheiroso, prazeroso, amoroso, ansioso etc. • Palavras com os sufixos “es”, “esa” e “isa” (indicadores de títulos de nobreza, de origem, gentílicos ou pátrios, cargo ou profissão): duquesa, chinês, poetisa etc. • Nas palavras em que haja “trans”: transigir, transação, transeunte etc. • Nos substantivos não derivados de adjetivos: marquesa (de marquês), camponesa (de camponês), defesa (de defender). • Nos derivados dos verbos “pôr” e “querer”: ela não quis; se quiséssemos; ela pôs o disco na estante; compus uma música; se ela quisesse; eu pus etc. • Nos sufixos gregos “ese”, “ise”, “ose” (de aplicação científica, ou erudita – culta): trombose, análise, metamorfose, virose, exegese, os- mose etc. • Nos vocábulos derivados de outros primitivos que são escritos com “s”: análise – analisar, analisado atrás – atrasar, atrasado casa – casinha, casarão, casebre Porém há algumas exceções: catequese – catequizar síntese – sintetizar batismo – batizar • Nos diminutivos “inho”, “inha”, “ito”, “ita”: Obs.: Se a palavra primitiva já termina com “s”, basta acrescentar o sufixo de diminutivo adequado: pires – piresinho casa – casinha, casita empresa – empresinha • Usa-se o “s” nos substantivos cognatos (pertencentes à mesma família de formação) de verbos em “-dir” e “-ender”. dividir – divisão colidir – colisão aludir – alusão rescindir – rescisão iludir – ilusão EXERCíCIOS 1. Assinale a alternativa em que, na frase, a palavra subli- nhada esteja escrita incorretamente. a) Paula saiu da sala muito pesarosa. b) Esta água possui muita impuresa. c) Faça a gentileza de sair rapidamente. d) A nossa amizade é muito sólida. e) A buzina do meu carro disparou, o que faço? 2. Assinale a alternativa em que, na frase, a palavra subli- nhada esteja escrita incorretamente. a) O rapaz defendeu uma tese. b) O teste será realizado amanhã. c) Comerei, mais tarde, umsanduíche misto. d) Deixe os parafusos em uma lata com querozene. e) A usina de açúcar fica distante da fazenda. 3. O sufixo “isar” foi usado incorretamente na alternativa: a) É necessário bisar muitas músicas. b) De longe, não consigo divisar as coisas. c) É necessário pesquisar incansavelmente. d) É muito importante paralisar as obras, agora. e) Não há erro em nenhuma alternativa. 4. Há palavra estranha em um dos grupos abaixo: a) pesaroso – previsão – empresário. b) querosene – gasolina – música. c) celsa – virose – maisena. d) quiser – puser – hipnotisar. e) anestesia – dosagem – divisa. 5. Assinale a frase em que a palavra sublinhada esteja es- crita incorretamente. a) Eu não quero acusar ninguém. 16 Lí n g Ua P O Rt U g U ES a b) Ela é uma mulher obesa. c) Ela está com náusea, está grávida. d) Ao dirigir, cuidado com os transeuntes. e) Devemos suavisar o impacto. gaBaRItO 1. b 2. d 3. e 4. d 5. e Emprego do “Z” Usa-se o “z” • Nas palavras derivadas de uma primitiva já grafada com “z”: cruz - cruzamento – cruzeta – cruzeiro juiz – juízo – ajuizado – juizado desliza – deslizamento – deslizante • Nos sufixos “ez/eza” formadores de substantivos abs- tratos e adjetivos com o acréscimo dos sufixos citados: beleza – belo + eza gentileza – gentil + eza insensatez – insensato + ez • Nos diminutivos “inho” e “inha”: Obs. 1: Se a palavra escrita primitiva já termina com “z”, basta acrescentar o sufixo de diminutivo adequado: juiz – juizinho raiz – raizinha xadrez – xadrezinho Obs. 2: Se a palavra primitiva não tiver “s” nem “z”; então se acrescenta: “zinho” ou “zinha”: sofá – sofazinho mãe – mãezinha pé – pezinho EXERCíCIOS 1. Em todas as alternativas abaixo as palavras são grafadas com “z”, exceto: a) limpeza – beleza. b) canalizar – utilizar. c) avizar – improvisar. d) catequizar – sintetizar. e) batizar – hipnotizar. 2. Complete corretamente os espaços do período a seguir com uma das alternativas abaixo. “Nossa ______ não tem ______ para terminar, disse a ______.” a) amizade – praso – meretriz b) amisade – prazo – meretris c) amizade – prazo – meretris d) amizade – prazo – meretriz e) amisade – praso – meretriz 3. Há, nas alternativas abaixo, uma palavra diferente do grupo em relação à ortografia: a) avidez, beleza. b) algoz, baliza. c) defesa, limpeza. d) gozado, bazar. e) miudeza, jeitoza. 4. Todas as alternativas abaixo estão corretas em relação à ortografia, exceto: a) utilizar. b) grandeza. c) certeza. d) orgulhoza. e) agonizar. 5. Complete os espaços do período abaixo com uma das alternativas que se seguem de forma correta e ordenada. “Ela era ______ de ______ e ______ o trabalho com ______.” a) incapaz – atualizar – finalizar – presteza b) incapás – atualisar – finalisar – prestesa c) incapas – atualizar – finalizar – presteza d) incapaz – atualisar – finalisar – presteza e) incapaz – atualizar – finalizar – prestesa gaBaRItO 1. c 2. d 3. e 4. d 5. a Emprego do “g” • Nas palavras que representam o mesmo som de “j” quando for empregada antes das vogais “e” e “i”: gente, girafa, urgente, gengiva, gelo, gengibre, giz etc. Obs.: apenas nesses casos, surgem dúvidas quanto ao uso. Nos demais casos, usa-se o “g”. • Nas palavras derivadas de outras que já são escritas com “g”: ágio – agiota – agiotagem gesso – engessado – engessar exigir – exigência – exigível afligir – afligem – afligido • Nas terminações “agem”, “igem” e “ugem”: margem, coragem, vertigem, ferrugem, fuligem, garagem, origem etc. Exceção: pajem, lajem, lambujem. note bem: O substantivo viagem escreve-se com “g”, mas viajem (forma verbal de viajar) escreve- se com “j”: Dica: Quando podemos escrever artigo antes (a, uma), temos o substantivo “viagem”, com “g”. A viagem para Búzios foi maravilhosa. Quando podemos ter o sujeito e conjugar, então tere- mos o verbo, escrito com “j”: Que eles viajem muito bem. • Nas terminações “ágio”, “égio”, “ígio”, “ógio”, “úgio”, “ege”, “oge”: pedágio, relógio, litígio, colégio, subterfúgio, estágio, prodígio, egrégio, herege, doge etc. • Nos verbos terminados em “ger” e “gir”: corrigir, fingir, fugir, mugir etc. 17 Lí n g Ua P O Rt U g U ES a EXERCíCIOS 1. Todas as palavras sublinhadas nas frases abaixo são es- critas com “g”, exceto: a) Joga esta geringonça no lixo. b) A geada foi muito forte na região Sul do Brasil. c) A giboia é uma serpente não venenosa. d) Guarde a tigela no armário da sala. e) Pessoas cultas não falam muita gíria. 2. Todas as palavras das alternativas abaixo estão corretas em relação à ortografia, exceto: a) gengiva – Sergipe – evangelho. b) trage – ogeriza – cangica. c) giz – monge – sargento. d) vagem – ogiva – tangerina. e) gim – ogiva – sugestão. 3. Todas as palavras das alternativas abaixo estão incorretas em relação à ortografia, exceto: a) ultrage – lage – berinjela. b) cangerê – cafageste – magé. c) refúgio – estágio – ferrugem. d) geca – girau -cangica. 4. Todas as alternativas abaixo estão corretas em relação à ortografia, exceto: a) fuselagem. b) aflige. c) angina. d) grangear. e) fuligem. 5. Todas as palavras das alternativas abaixo são grafadas com “g”, exceto: a) ceregeira. b) cingir. c) contágio. d) algema. e) página. gaBaRItO 1. c 2. b 3. c 4. d 5. a Emprego do “J” Usa-se o “j”: • Nos vocábulos de origem tupi: maracujá, caju, jenipapo, pajé, jerimum, Ubirajara etc. Exceção: Mogi das cruzes, Mogi-guaçu, Mogi-mirim, Sergipe. • Nas palavras cuja origem latina assim o exijam: majestade, jeito, hoje, Jesus etc. • Nas palavras de origem árabe: alforje, alfanje, berinjela. • Nas palavras derivadas de outras já escritas com “j”: gorja – gorjeio, gorjeta, gorjear laranja – laranjinha, laranjeira, laranjeirinha loja – lojinha, lojista granja – granjear, granjinha, granjeiro • Nas palavras de uso um tanto e quanto discutíveis: manjerona, jerico, jia, jumbo etc. • A terminação “aje” é sempre com “j”: ultraje, laje etc. EXERCíCIOS 1. Assinale a alternativa incorreta em relação à ortografia. a) pajem. b) varejo. c) gorjeta. d) ajiota. e) rijeza. 2. Assinale a alternativa correta em relação à ortografia. a) refújio. b) estájio. c) rijeza. d) pedájio. e) ferrujem. 3. Observe as frases que se seguem: I – Minha coragem é algo incontestável. II – O jiló é um fruto amargo, mas delicioso. III – A giboia é uma serpente brasileira. Agora, responda, em relação à ortografia das palavras sublinhadas. a) Todas estão corretas. b) Somente a III está correta. c) Todas estão incorretas. d) Somente a III está incorreta. e) Somente a I está correta. 4. Assinale a alternativa correta em relação à ortografia. a) Jertrudes. b) jestão. c) jerimum. d) jesso. e) jerminar. 5. Assinale a alternativa incorreta em relação à ortografia. a) jereré. b) jeropiga. c) jenipapo. d) jequitibá. e) jervão. gaBaRItO 1. d 2. c 3. d 4. c 5. e Emprego do “ch” O “ch” provém da evolução de grupos consonantais la- tinos: CI - clave / Ch – Chave FI – Flagrae / Ch – Cheirar PI – Plenu / Ch – Cheio PI – Planu / Ch – Chão. • Na palavra derivada de outra que já vem escrita com “ch”: charco / encharcar, encharcado chafurda / enchafurdar 18 Lí n g Ua P O Rt U g U ES a chocalho / enchocalhar chouriço / enchouriçar chumaço / enchumaçar cheio / encher, enchimento enchova / enchovinha • Nas palavras após “re”: brecha, trecho, brechó • Nas palavras aportuguesadas, oriundas de outros idio- mas: salsicha / do itálico “salsíccia” sanduíche / do inglês “sandwich” chapéu / do francês “chapei” chope / do francês “chope” e do alemão “Schoppen” • O “ch” provém, também, da formação do dígrafo “ch” latino que se originou da evolução ao longo dos tempos: cheirar, cheio, chão,
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