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Formação de Analista Fiscal PROFESSOR: FELLIPE GUERRA Módulo – Imposto s/ a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) APRESENTAÇÃO Bem vindo ao Módulo de ICMS, ele foi desenvolvido com foco no seu aprendizado. Este módulo está divido em x partes que abordaremos ao longo de x horas. PARTE 1: Contextualização e Surgimento do ICMS PARTE 2: Princípios Constitucionais PARTE 3: Lei Kandir – LC n° 87/1996 PARTE 4: Substituição Tributária PARTE 5: Livros e Documentos Fiscais PARTE 1 Contextualização e Surgimento do ICMS PARTE 1 – Contextualização e Surgimento • Do IVC ao ICMS • Sistema Tributário Nacional • Hierarquia Normativa do ICMS • Principais Características Contextualização Da Constituição de 1934 surgiu o IVC – Imposto sobre Vendas e Consignações. O IVC possuía natureza mercantil, onde cada venda era tida como um fato gerador distinto. Era um imposto de natureza cumulativa exigido repetidamente sobre a base de cálculo integral (preço da mercadoria). Contextualização Em 1965 a EC 18 criou o ICM – Imposto sobre Circulação de Mercadorias, substituindo o IVC. A inovação era que o ICM não apresentava características de cumulatividade. O ICM era sobre o valor agregado anulando o “efeito cascata” do IVC. ICMS na Constituição A previsão do ICMS está em nossa carta magna o que expõe a presença do princípio da legalidade do Direito Tributário. Do ponto de vista tributário a CF/88 estabelece, no inciso I do Art. 150, que nenhum tributo será exigido ou aumentado sem que a lei estabeleça. A CF é a fonte primário do Direito Tributário. Sistema Tributário Nacional Direito Tributário É o ramo do Direito Financeiro que define como serão cobrados os tributos dos cidadãos para gerar receita para o Estado. Fontes do Direito Tributário 1. Primárias: CF/88, EC e LC 2. Secundárias: Decretos Sistema Tributário Nacional CTN – Código Tributário Nacional (LC n° 5.172/66) e suas regras ditadas na CF/88 Art. 145 a 195. TRIBUTO: É toda prestação pecuniária compulsória¹, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir², que não constitua sanção por ato ilícito³, instituída em lei* e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada*. Art. 3° CTN. Sistema Tributário Nacional 1. Prestação pecuniária compulsória; 2. Em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir; 3. Que não constitua sanção por ato ilícito; 4. Instituída em lei; 5. Cobrado mediante atividade administrativa plenamente vinculada. Sistema Tributário Nacional TRIBUTOS: IMPOSTOS, TAXAS E CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA* IMPORTANTE LEMBRAR: Atualmente existem contribuições sociais e econômicas que também integram o STN mas não foram reguladas pelo CTN e sim diretamente pela CF e suas emendas. Sistema Tributário Nacional DIRETOS: Quando o próprio contribuinte é quem de fato arca com o ônus do tributo. Não há a possibilidade de transferir o encargo tributário (de maneira direta). Regra geral são os tributos sobre a renda e patrimônio. Sistema Tributário Nacional INDIRETOS: São os tributos onde o contribuinte consegue transferir o encargo tributário para o contribuinte da etapa subsequente. Normalmente são tributos sobre o consumo. Contribuinte de direito: pessoa designada pela lei para pagar o tributo. Contribuinte de fato: pessoa que de fato suporta o ônus fiscal. Fundamentação HIERARQUIA ICMS 2 3 4 1 Constituição Federal LC 87/1996 Convênio e Protocolo Lei Estadual Sobre o ICMS O ICMS é um imposto grande e complexo. Em termos doutrinários perde apenas para o IR Em alguns momentos a incidência do ISSQN é residual com relação ao ICMS É uma espécie de exclusão, onde não cabe o ICMS, cabe o ISSQN. De onde nasce o ICMS? Quem pode criar? Qual o alcance do ICMS? Sobre o ICMS CF/ 88 - Seção IV DOS IMPOSTOS DOS ESTADOS E DO DISTRITO FEDERAL Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: I – Causa Mortis e Doação II – ICMS III - IPVA Sobre o ICMS O ICMS – Imposto sobre operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual, Intermunicipal e de Comunicação é de competência dos Estados e do Distrito Federal*. Qual o alcance do ICMS? Quem pode criar? Após a CF/88 o ICM passou a ser ICMS Legislação do ICMS x Legislação do ISS Sobre o ICMS O constituinte em 1988 não imaginava o alcance da aplicação do ICMS sobre os Serviços de Comunicação. 28 anos depois comunicação se tornou o maior sistema do mundo! Como tributar a comunicação? Internet? WhatsApp? Facebook? Blogs? Sobre o ICMS Municipais Estaduais Federias ISS ICMS Todos os IPTU Causa Mortis e Doação Demais ITBI IPVA Tributos O DF tem competência cumulativa, podendo cobrar os tributos estaduais e municipais. Sobre o ICMS Não é a CF que cria o imposto, tecnicamente, quem faz isso é a Legislação dos Estados e do DF. A CF confere competência! No Direito Tributário Competência = PODER. Características gerais do ICMS: 1. Regime de Apuração de Débitos e Créditos 2. Respeito ao Princípio do Federalismo Tributário 3. Incidência múltipla operações e prestações Reflexão O ICMS não é um só tributo, são vários tributos numa única sigla: 1. Operações Mercantis; 2. Serviços de Transporte; 3. Serviços de Comunicação; 4. Produção, importação ou circulação de combustíveis e energia elétrica; 5. Extração, circulação e consumo de minerais. PARTE 1 – Exercício de Fixação - Quais foram os antecessores do ICMS? - O ICMS é um tributo direto? - Qual a matriz hierárquica do ICMS? - Quais os tributos de competência dos estados? - Quais as características do ICMS? PARTE 2 Princípios Constitucionais do ICMS PARTE 2 – Princípios Constitucionais • Não Cumulatividade • Imunidade, Não Incidência e Isenção • Seletividade • Alíquotas Internas e Interestaduais • Diferencial de Alíquotas Princípios Constitucionais 1. Princípio da Não Cumulatividade Quais as hipóteses para um tributo incidir? Cumulativa: O tributo incide de modo uniforme e integral sobre todas as operações da cadeia econômica. A cada etapa o tributo vai crescendo. Efeito cascata ou Bola de Neve. Princípios Constitucionais Art. 155, § 2°. O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte: I – Será não cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação relativa a circulação de mercadoria ou prestação de serviços com o montante cobrado nas anteriores. Princípios Constitucionais A não cumulatividade enseja um mecanismo de débitos e créditos, com compensações automáticas; Tributa-se o valor agregado, como ocorre com o IVA (tax) em outros países; Onera-se o consumo, não a produção ou o comércio. Princípios Constitucionais 1. Princípio da Não Cumulatividade Não Cumulatividade: O tributo incide de modo fracionado e alcança apenas os valores agregados da cadeia econômica. Não Cumulatividade = Valor Agregado O ICMS, por ordem constitucional, deverá ser não cumulativo: 2. Isenção, Imunidade e Não Incidência Qual a diferença entre Imunidade e Não Incidência? Imunidade: Nascem do texto constitucional IMUNE x NÃO IMUNE (Incide ou Não Incide) A lei define, dentro do universo dos NÃO IMUNES, quem será tributado (incidência do imposto) ou não (não incidência do imposto). Princípios Constitucionais 2. Isenção, Imunidade e Não Incidência CF/88 Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: (...) d) livros, jornais,periódicos e o papel destinado a sua impressão. Imunidade cultural de natureza objetiva. Princípios Constitucionais 2. Isenção, Imunidade e Não Incidência O § 2° do Art. 155 - Haverá isenção ou não-incidência de ICMS, salvo determinação em contrário da legislação: a) Não implicará crédito para compensação com o montante devido nas operações ou prestações seguintes; b) Acarretará a anulação do crédito relativo ás operações anteriores. EXCEÇÃO: DESTINADAS AO EXTERIOR* Princípios Constitucionais Sobre o ICMS CF, Art. 155. Inciso II: (...) Ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior. INOVAÇÃO DO BRASIL Nós também cobramos ICMS sobre produtos e serviços que vem do exterior. O ICMS incide sobre a venda? O ICMS incide sobre o produto? 2. Isenção, Imunidade e Não Incidência # NÃO SE EXPORTA TRIBUTO # A imunidade conferida as mercadorias exportadas assegura a manutenção e o aproveitamento do montante do imposto cobrado nas operações e prestações anteriores. Manutenção do Crédito de ICMS nas entradas. Princípios Constitucionais 2. Isenção, Imunidade e Não Incidência Somente as entradas tributadas – que geram ônus financeiro ao adquirente – podem ensejar CRÉDITO (moeda escritural) a ser utilizado quando da apuração do imposto. Regra geral, isenção e não incidência NÃO DÃO DIREITO A CRÉDITO nas operações posteriores, salvo se destinadas ao EXTERIOR. Princípios Constitucionais 2. Isenção, Imunidade e Não Incidência Isenção é sempre o encontro de duas normas de mesma intensidade, mesmo plano, em sentidos opostos. Uma norma diz que o imposto deve ser pago e outra norma diz que o imposto não deve ser pago. Princípios Constitucionais 2. Isenção, Imunidade e Não Incidência a) Compra de mercadoria Tributada com saída Isenta; b) Compra de mercadoria Isenta com saída Tributada; c) Compra de mercadoria Isenta com saída Isenta. IMPORTANTE!! O estorno já foi reconhecido pelo STF Princípios Constitucionais 2. Isenção, Imunidade e Não Incidência Existe ainda a possibilidade de estorno proporcional dos créditos, quando parte dos insumos é aplicada em mercadorias isentas e outra parte em mercadorias tributadas. O estorno também é devido quando a mercadoria, bem ou serviço adquirido é utilizado em fim alheio a atividade econômica (desvio de finalidade). Perecimento, extravio ou deterioração. Princípios Constitucionais 3. Seletividade O inciso III do § 2° do Art. 155 estabelece que o ICMS poderá ser seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e dos serviços. REFLEXÃO: Capacidade Contributiva IR - Progressividade ICMS/IPI - Seletividade Princípios Constitucionais 4. Alíquotas As alíquotas atualmente são bastante diversificadas, sendo divididas em alíquotas internas e alíquotas interestaduais. INTERNA As alíquotas internas são aplicadas livremente pelos Estados, sendo que a menor alíquota não pode ser menor que a interestadual. Princípios Constitucionais 4. Alíquotas Para evitar “Guerras Fiscais” e “Conflitos de Competência” limitando o poder de tributar dos Estados, a Constituição Federal determina que, as operações interestaduais e importações terão alíquotas fixadas pelo Senado Federal. > Resolução n° 22, de 19 de maio de 1989 Princípios Constitucionais 4. Alíquotas Princípios Constitucionais SUL E SUDESTE, EXCETO ESPÍRITO SANTO NORTE, NORDESTE, CENTRO-OESTE E ESPÍRITO SANTO 7% SUL E SUDESTE, EXCETO ESPÍRITO SANTO SUL E SUDESTE, EXCETO ESPÍRITO SANTO 12% NORTE, NORDESTE, CENTRO-OESTE E ESPÍRITO SANTO TODOS OS ESTADOS, INCLUINDO O DISTRITO FEDERAL 12% Diferencial de Alíquotas Art. 155, VI - salvo deliberação em contrário dos Estados e do Distrito Federal, as alíquotas internas, não poderão ser inferiores às previstas para as operações interestaduais; Na ocasião de aplicação de alíquota interestadual, caberá ao Estado da localização do destinatário o imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna e a interestadual. Diferencial de Alíquotas ANTES DA EC 87/2015... Art. 155, VII - em relação às operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final localizado em outro Estado, adotar-se-á: a) a alíquota interestadual, quando o destinatário for contribuinte do imposto; b) a alíquota interna, quando o destinatário não for contribuinte dele; Diferencial de Alíquotas ANTES DA EC 87/2015... A alíquota interestadual e o complemento do ICMS (DIFAL Diferencial de Alíquotas) de responsabilidade do destinatário já existia na CF/88, quando mercadorias destinadas ao Ativo Permanente e/ou Uso e Consumo de Contribuinte do ICMS; Nas vendas para NÃO CONTRIBUINTE e CONSUMIDOR FINAL utilizava-se alíquota interna do remetente. Diferencial de Alíquotas DEPOIS DA EC 87/2015... Art. 155, VII - Operações e prestações que destinem bens e serviços a CONSUMIDOR FINAL, contribuinte ou não do imposto, localizado em outro Estado, adotar-se-á a alíquota interestadual e caberá ao Estado de localização do destinatário o imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna do Estado destinatário e a alíquota interestadual; Diferencial de Alíquotas DEPOIS DA EC 87/2015... VIII - a responsabilidade pelo recolhimento do imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna e a interestadual de que trata o inciso VII será atribuída: a) ao destinatário, quando este for contribuinte do imposto; b) ao remetente, quando o destinatário não for contribuinte do imposto Diferencial de Alíquotas CONVÊNIO ICMS 93/2015 Partilha do ICMS nas operações ou prestações destinadas a não contribuinte ou consumidor final; ANO UF EMITENTE UF DESTINATÁRIO 2016 60% 40% 2017 40% 60% 2018 20% 80% 2019 0% 100% Diferencial de Alíquotas Fórmula de Cálculo do DIFAL ICMS Origem = BC x ALQ inter ICMS Destino = (BC x ALQ intra) – ICMS Origem ONDE: BC = Base de Cálculo do Imposto ALQ Inter = Alíquota interestadual ALQ Intra = Alíquota interna no Estado de destino Diferencial de Alíquotas Recolhimento do DIFAL De acordo com Convênio ICMS o remetente da mercadoria ou prestador do serviço deverá recolher o DIFAL através de GNRE que deverá ser emitida através do site: www.gnre.pe.gov.br ou ainda através de Documento de Arrecadação indicado pela UF de Destino. Se fizer a inscrição na UF de Destino paga o DIFAL no conta corrente. http://www.gnre.pe.gov.br/ http://www.gnre.pe.gov.br/ http://www.gnre.pe.gov.br/ http://www.gnre.pe.gov.br/ http://www.gnre.pe.gov.br/ http://www.gnre.pe.gov.br/ http://www.gnre.pe.gov.br/ http://www.gnre.pe.gov.br/ http://www.gnre.pe.gov.br/ PARTE 2 – Exercício de Fixação - O que é a não cumulatividade? - Qual a diferença de Isenção, Imunidade e Não Incidência? - Quem define as alíquotas interestaduais? - O que é o DIFAL e quando deve ser recolhido? PARTE 3 Lei Kandir PARTE 3 – Princípios Constitucionais • Hipóteses de Incidência • Hipóteses de Não Incidência • Contribuinte • Ativo Imobilizado Incidência Condições gerais: a) Operações relativas a circulação de mercadorias e prestação de serviços (circulação econômica) b) Bens móveis (mercadorias) destinadas ao comércio c) Serviços não-previstos na LC n° 113/2003 d) Caráter de habitualidade Incidência Conceito: Realização da operação que acarrete a circulação de mercadorias, inclusive importação. Exemplos de operações: a) Venda de produção própria ou de terceiro b) Fornecimento de energia elétrica c) Pessoa jurídica que realiza doação ou entrega de brindes Lei Kandir – LC 87/96 Finalidade: I – Dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária entre União, os Estados, o Distrito Federal e os Munícipios; II – Regularas limitações constitucionais ao poder de tributar; III – Estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária. Lei Kandir – LC 87/96 Hipóteses de Incidência: I – Operações relativas a circulação de mercadorias, inclusive o fornecimento de alimentação em bares, restaurantes e estabelecimentos similares; II – Prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal, por qualquer via*, de pessoas, bens, mercadorias ou valores; III – Prestações onerosas de serviços de comunicação, por qualquer meio (...) *Modais Lei Kandir – LC 87/96 Hipóteses de Incidência: IV – Fornecimento de mercadorias com prestação de serviços não compreendidos nas legislação dos munícipios; V – Fornecimento de mercadorias com prestação de serviços sujeitos ao ISS, quando a lei complementar aplicável expressamente o sujeitar a incidência do ICMS; VI – Sobre a entrada de mercadoria ou bens importados do exterior, por PF ou PJ, ainda que não seja contribuinte habitual. Lei Kandir – LC 87/96 Hipóteses de Incidência: VII – Serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior; (DDI) VIII – Entrada, no território do Estado destinatário, de petróleo, inclusive lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e de energia elétrica, quando não destinados a comercialização ou industrialização, decorrentes de operações interestaduais (...); Lei Kandir – LC 87/96 Hipóteses de Não-Incidência: I – Operações com livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão; (Imunidade Art. 150, VI, d, CF) II – Operações e prestações que destinem ao exterior mercadorias, inclusive produtos primários e industrializados; III – Operações com petróleo e seus derivados, energia elétrica, quando destinados a comercialização ou industrialização; Lei Kandir – LC 87/96 Hipóteses de Não-Incidência: IV - Operações com ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial; V – Operações relativas a mercadorias que tenham sido ou que se destinem a ser utilizadas na prestação, pelo próprio autor da saída, de serviço de qualquer natureza definido em lei complementar (...); Lei Kandir – LC 87/96 Hipóteses de Não-Incidência: VI – Operações de qualquer natureza de que decorra a transferência de propriedade do estabelecimento industrial, comercial (...); VII – Operações decorrentes de alienação fiduciária em garantia (...); VIII – Operações de arrendamento mercantil, não compreendida a venda do bem arrendado ao arrendatário; Lei Kandir – LC 87/96 Hipóteses de Não-Incidência: IX – Operações de qualquer natureza de que se decorra a transferência de bens móveis salvados de sinistro para companhias seguradoras; Lei Kandir – LC 87/96 Contribuinte: É qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize, com habitualidade ou em volume que caracterize intuito comercial, operações de circulação de mercadoria ou prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior. Lei Kandir – LC 87/96 É também contribuinte, a pessoa física ou jurídica que, mesmo sem habitualidade: I – Importe mercadorias do exterior, ainda que as destine a consumo ou ativo permanente; II – Seja destinatária de serviço prestado no exterior ou cuja prestação tenha iniciado no exterior; III – Adquira em licitação de mercadorias apreendidas ou abandonadas; Lei Kandir – LC 87/96 É também contribuinte, a pessoa física ou jurídica que, mesmo sem habitualidade: IV – Adquira lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos derivados de petróleo e energia elétrica oriundos de outro Estado, quando não destinados a comercialização ou à industrialização. Incidência STJ. Sumula n° 391. 07.10.2009 O ICMS incide sobre o valor da tarifa de energia elétrica correspondente a demanda de potência efetivamente utilizada. Consumo de “Pacotes de Energia” = Mercadoria Incidência Específica a) Entrada de bem ou mercadoria importados do exterior por pessoa física ou jurídica, ainda que não seja contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja a sua finalidade. b) Sobre o valor total da operação quando mercadorias forem fornecidas com serviços não compreendidos na competência tributária dos munícipios. Art. 155 da Constituição Federal, § 2° inciso IX Ativo Imobilizado Art. 20 (...) é assegurado ao sujeito passivo o direito de creditar-se do imposto anteriormente cobrado (...) inclusive destinadas ao ativo permanente (...) I – a apropriação será feita à razão 1/48 por mês, devendo a primeira fração ser apropriada no mês em que ocorrer a entrada no estabelecimento; II – em cada período de apuração do imposto, não será admitido o creditamento, em relação à proporção das operações de saídas ou prestações isentas ou não tributadas sobre o total das operações de saídas ou prestações efetuadas no mesmo período PARTE 3 – Exercício de Fixação - Quais as principais hipóteses de incidência do ICMS? - Quais as principais hipóteses de não incidência? - É permitido o aproveitamento de créditos de ICMS sobre o ativo permanente? PARTE 4 Substituição Tributária PARTE 4 – Substituição Tributária • Responsabilidade • Substituição Tributária para trás conforme o CTN • Substituição Tributária para frente conforme a CF/1988 ICMS – Substituição Tributária A lei poderá atribuir a contribuinte do imposto ou a depositário a qualquer título a responsabilidade pelo pagamento, hipótese em que assumirá a condição de substituto tributário. Contribuinte Substituto: é eleito para efetuar a retenção e recolhimento do ICMS Contribuinte Substituído: aquele que nas operações antecedentes é beneficiado pelo diferimento do tributo e nas subsequentes sofre retenção. ICMS – Substituição Tributária Substituição Tributária: Pode ocorrer “pra frente” (art. 150, § 7° da CF/88) ou “pra trás” (art. 128 do CTN) Emenda Constitucional 03/1993 ICMS – Substituição Tributária CTN. Art. 128 Sem prejuízo do disposto neste capítulo, a lei pode atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a este em caráter supletivo do cumprimento total ou parcial da referida obrigação. DIFERIMENTO ICMS – Substituição Tributária Substituição Tributária: Art. 150, § 7° da CF/88 – A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador, deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e preferencial restituição de quantia paga, caso não se realize o fato gerador presumido. Formulado o pedido de restituição e não havendo deliberação no prazo de noventa dias, o contribuinte substituído poderá se creditar, em sua escrita fiscal*, do valor do objeto do pedido. Sobrevindo decisão contrária irrecorrível, o contribuinte substituído, no prazo de quinze dias da respectiva notificação, procederá estorno dos créditos lançados. ICMS – Substituição Tributária ICMS – Substituição Tributária Na Substituição Tributária pra frente o sujeito passivo promove dois recolhimentos. O primeiro deles relativo às suas operações próprias, o segundo, pelas operações do substituído, antes da ocorrência do fato gerador. INDÚSTRIA >>> COMÉRCIO >>> CONSUMIDOR Base de Cálculo: I – Operações antecedentes ou concomitantes, o valor da operação praticado pelo contribuinte substituído II – Em relação as operações subsequentes, obtida pelo somatório das parcelas seguintes: a) Valor da operação própria realizada pelo substituto b) Valores de seguro, frete e outros encargoscobrados aos adquirentes c) MVA* ICMS – Substituição Tributária ICMS – Substituição Tributária Dependência de Convênio ou Protocolo A substituição tributária nas operações interestaduais dependerá de acordo específico entre os estados interessados. O contribuinte substituto para cálculo e recolhimento do ICMS ST deverá observar a legislação da UF de destino. PARTE 4 – Exercício de Fixação - Quais os tipos de substituição tributária? - Qual procedimento em caso de não concretização do fato presumido? PARTE 5 Livros e Documentos Fiscais PARTE 5 – Substituição Tributária • Conceitos da Escrituração Fiscal • Documentos Fiscais Eletrônicos • Livros Fiscais • Escrituração Fiscal Digital do ICMS-IPI OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA ICMS Emissão de Documento Fiscal Escrituração Contábil Escrituração Fiscal Entrega de Declarações Prestação de Informações ao Fisco Pagamento de tributo Pagamento de penalidade pecuniária SPED AJUSTE SINIEF – S/N 1970 O contribuinte do ICMS deverá manter, em cada estabelecimento, os seguintes livros fiscais: I - Registro de Entradas III - Registro de Saídas V - Registro de Controle da Produção e do Estoque VII - Registro de Utilização de Documentos Fiscais e Termos de Ocorrências VIII - Registro de Inventário IX - Registro de Apuração do ICMS CONVÊNIO – S/N 1970 Emitirão, conforme as operações que realizarem, os seguintes documentos fiscais: I – Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A; II – Nota Fiscal de Venda a Consumidor, modelo 2; III – Cupom Fiscal emitido por Equipamento Emissor de Cupom Fiscal (ECF); IV – Nota Fiscal de Produtor, modelo 4. É a sigla de Código Fiscal de Operações e Prestações, das entradas e saídas de mercadorias, intermunicipal e interestadual. Trata-se de um código numérico que identifica a natureza de circulação da mercadoria ou a prestação de serviço de transportes. É através do CFOP que é definido se a operação fiscal terá ou não que recolher impostos. CFOP DOCUMENTOS FISCAIS ELETRÔNICOS NF-e DEFINIÇÃO 1.Documento de existência apenas digital (XML) 2.Emitido e armazenado eletronicamente 3.Documentar uma operação de circulação de mercadorias (GERALMENTE ENTRE PJ) 4.Validade jurídica garantida pela assinatura digital do remetente (CERTIFICADO DIGITAL) 5.Recepção, pelo fisco, do arquivo eletrônico, antes da ocorrência do fato gerador (AUTORIZAÇÃO) NFC-e DEFINIÇÃO 1. Documento de existência apenas digital (XML) 2. Emitido e armazenado eletronicamente 3. Documentar as operações comerciais de venda presencial ou para entrega em domicílio a consumidor final (pessoa física ou jurídica) 4. Operação interna e sem a geração de crédito de ICMS ao adquirente. DEFINIÇÃO 1. Documento emitido e armazenado eletronicamente (XML) 2. Existência apenas digital 3. Documentar prestações de serviço de transporte de cargas (várias modalidades) 4. Assinatura digital do emitente e pela autorização de uso MODELO 57 DEFINIÇÃO 1. Documento de existência digital (XML) 2. Emitido e armazenado eletronicamente 3. Vincular documentos fiscais transportados na unidade de carga utilizada (CT-e + NF-e) 4. Assinado com certificação digital (A1 ou A3) SUBSTITUI: Manifesto de Carga (modelo 25) Entradas: 1.000 - Entrada e/ou Aquisições de Serviços do Estado 2.000 - Entrada e/ou Aquisições de Serv. de outros Estados 3.000 - Entrada e/ou Aquisições de Serviços do Exterior Saídas: 5.000 - Saídas ou Prestações de Serviços para o Estado. 6.000 - Saídas ou Prestações de Serv. para outros Estados. 7.000 - Saídas ou Prestações de Serviços para o Exterior. CFOP Tabela “A”, origem da mercadoria: 0 - Nacional 1 - Estrangeira - Importação direta 2 - Estrangeira - Adquirida no mercado interno 3 - Nacional, mercadoria ou bem com Conteúdo de Importação superior a 40% (quarenta por cento) e inferior ou igual a 70% (setenta por cento) CST – Situação Tributária Tabela “A”, origem da mercadoria: 4 - Nacional, cuja produção tenha sido feita em conformidade com os processos produtivos básicos de que tratam o Decreto-Lei nº 288/67, e as Leis nºs 8.248/91, 8.387/91, 10.176/01 e 11.484/07; 5 - Nacional, mercadoria ou bem com Conteúdo de Importação inferior ou igual a 40% (quarenta por cento); 6 - Estrangeira - Importação direta, sem similar nacional, constante em lista de Resolução CAMEX; CST – Situação Tributária Tabela “A”, origem da mercadoria: 7 - Estrangeira - Adquirida no mercado interno, sem similar nacional, constante em lista de Resolução CAMEX; 8 - Nacional, mercadoria ou bem com Conteúdo de Importação superior a 70% (setenta por cento). 1, 2, 3 e 8 – 4% Importação CST – Situação Tributária Tabela “B”, tributação o pelo ICMS: 00 – tributada integralmente 10 – tributada e com cobrança do ICMS com substituição tributária 20 – com redução de base de cálculo (Convênio 100/97) 30 – isenta ou não tributada e com cobrança do ICMS por substituição tributária (Substituição Tributária) 40 – isenta (art. 4) 41 – não tributada (art. 41) 50 – com suspensão CST – Situação Tributária Tabela “B”, tributação o pelo ICMS: 51 – diferimento 60 – ICMS cobrado anteriormente por substituição tributária 70 – com redução de base de cálculo e cobrança do ICMS por substituição tributária 90 – Outras CST – Situação Tributária SPED Fiscal LIVROS SUBSTITUIDOS a) Registro de Entradas b) Registro de Saídas c) Registro de Inventário d) Registro de Apuração do IPI e) Registro de Apuração do ICMS f) Controle de Crédito do ICMS do Ativo Permanente (Ciap) g) Registro de Controle da Produção e do Estoque SPED FISCAL - FUNCIONAMENTO SPED Fiscal LEIAUTE O leiaute EFD está organizado em blocos de informações dispostos por tipo de documento, que, por sua vez, estão organizados em registros que contém dados. BLOCO 0 REGISTRO 0000 CAMPO 01 SPED Fiscal PERFIL O perfil de enquadramento determina os registros a serem apresentados A – Mais detalhado B – Sintético (totalizando por dia ou mês) C – Escriturações mais simplificadas Definido por legislação estudual Na ausência utilizar Perfil A SPED Fiscal LEIAUTE BLOCO 0 – ABERTURA, IDENTIFICAÇÃO E REFERÊNCIAS SPED Fiscal OPERAÇÕES As operações e os lançamentos constantes no arquivo serão identificados através de códigos associados a tabelas externas. • Tabela de CFOP • Tabela de NCM • Tabela de Municípios - IBGE SPED Fiscal OPERAÇÕES Tabelas internas: - Tabela de Cadastro de Participante - Tabela de Identificação do Item - Tabela de Natureza da Operação - Tabela de Unidade de Medidas - Tabela de Fatores de Conversão SPED Fiscal PREENCHIMENTO As informações referentes aos documentos deverão ser prestadas sob o enfoque do informante do arquivo, tanto no que se refere às operações de entradas ou aquisições quanto no que se refere às operações de saída ou prestações. - Código do Item - CST - CFOP SPED Fiscal LEIAUTE BLOCO C – DOCUMENTOS FISCAIS I – MERCADORIAS ICMS- IPI C100 C170 C190 SPED Fiscal LEIAUTE BLOCO D – DOCUMENTOS FISCAIS II – SERVIÇOS ICMS SPED Fiscal LEIAUTE BLOCO G – CONTROLE DE CRÉDITO DO ATIVO PERMANENTE - CIAP SPED Fiscal LEIAUTE BLOCO H - INVENTÁRIO SPED Fiscal LEIAUTE BLOCO K – CONTROLE DA PRODUÇÃO E DO ESTOQUE BLOCO K MONITORAMENTO DOS ESTOQUES INDÚSTRIA - MATÉRIA-PRIMA EF = EI + C – ICP – P EF = K200 + Bloco C (entradas) – K235 EF = Estoque Final C = Compras ICP = Insumos Consumidos na Produção P = Perda BLOCO K MONITORAMENTO DOS ESTOQUES INDÚSTRIA – PRODUTO ACABADO EF= EI + OPe + C – V - P EF = Estoque Final OPe = Ordem de Produção Encerradas C = Compras V = Vendas P = Perdas BLOCO K CASO PRÁTICO CLIENTE: Receitas da Vovó ITEM PRODUZIDO: Bolo de KIT KAT Ordem de Produção (Ingredientes): 4 Ovos 2 xícaras de chá de açúcar 2 xícaras de chá de trigo 2 barras de kit kat 3 colheres de sopa de margarina 1 xícara de chá de leite 4 colheres de chá de fermento. BLOCO K CASO PRÁTICO COD_ITEM DESCR_ITEM UNID_INV TIPO_ITEM BOL001 BOLO DE KITKAT KG 04 OV0001 OVO UN 01 AC0001 AÇUCAR KG 01 TRI0001 TRIGO KG 01 BAR001 BARRA DE KITKAT UN 01 MAR01 MARGARINA KG 01 LT0001 LEITE LT 01 FER001 FERMENTO KG 01 REGISTRO 0200 BLOCO K CASO PRÁTICO MISSÃO: 4 Ovos (4 UN) 2 xícaras de chá de açúcar (200 gramas) 2 xícaras de chá de trigo (200 gramas) 2 barras de kit kat (2UN) 3 colheres de sopa de margarina (60 gramas) 1 xícara de chá de leite (100 ml) 4 colheres de chá de fermento (20 gramas) BLOCO K CASO PRÁTICO K230 – Itens Produzidos DT_INI_OP DT_FIN_OP COD_DOC_OP COD_ITEM QTD_ENC 01/01/2015 01/01/2015 OP_BL00001 BOL001 1,00 BLOCO K CASO PRÁTICO K235 – Itens Consumidos DT_SAIDA COD_ITEM QTD 01/01/2015 OV0001 4,00 01/01/2015 AC0001 0,200 01/01/2015 TRI0001 0,200 01/01/2015 BAR001 2,00 01/01/2015 MAR01 0,060 01/01/2015 LT0001 0,100 01/01/2015 FER001 0,020 BLOCO K CASO PRÁTICO PVA – K100 BLOCO K CASO PRÁTICO PVA – K200 BLOCO K CASO PRÁTICO PVA – K230 e K235 SPED Fiscal LEIAUTE BLOCO E – APURAÇÃO DO ICMS E DO IPI SPED Fiscal OUTRAS INFORMAÇÕES Escrituração Extemporânea de Documentos Documentos de competências anteriores Escriturados com COD_SIT igual a 1, 3 ou 7 As datas de emissão, entrada e saída devem ser diferentes do período informado no registro 0000 Os tributos deverão ser recolhidos com os acréscimos legais cabíveis Os créditos das entradas serão aproveitados na apuração CÓDIGO DESCRIÇÃO 01 Documento regular extemporâneo 03 Documento cancelado extemporâneo 07 Documento Fiscal Complementar extemporâneo. SPED Fiscal OUTRAS INFORMAÇÕES Considerando a implementação da EFD – Contribuições ficam dispensados de preenchimento os campos relativos ao PIS e à COFINS constantes da EFD-ICMS/IPI. Ou seja, deverão ser apresentados com conteúdo VAZIO “||”. NOTA: CC-e e MDF-e não são informadas na EFD PARTE 5 – Exercício de Fixação - Quais os livros que compõem a EFD ICMS- IPI? - Quais os tipos de documentos fiscais eletrônicos existentes? - O que é CFOP, CST, NCM e CEST?
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