Mapa - Métodos de Estudos Bíblicos no A T

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UNICESUMAR – Centro Universitário de Maringá
NEAD - Núcleo de Educação a Distância
bacharelado em teologia
	Curso: BACHARELADO EM TEOLOGIA
	Turma: 
	Módulo: 53/2019
	Disciplina: MÉTODOS DE ESTUDOS BÍBLICOS NO ANTIGO TESTAMENTO
	Professor Formador: Eduardo Sales 
	Valor: (1,0)
	Acadêmico(a): CLEYTON LEITE DE CAMARGOS
	RA:1814516-5
	Polo: TUCUMÃ-PARÁ
MAPA – MATERIAL DE AVALIAÇÃO DE PRÁTICA DE APRENDIZAGEM
MÉTODOS DE ESTUDOS BÍBLICOS NO ANTIGO TESTAMENTO
1 – FASE PREPARATÓRIA
	A fase preparatória tem como objetivo fazer uma análise do plano de expressão geral do texto que será interpretado, sua delimitação, qual a segmentação, sua estrutura e quais os elementos contribuem para dar sentido ao texto.
	Para o desenvolvimento desta atividade será utilizado método sêmio-discursivo do Dr. Júlio Paulo Tavares Zabatiero.
1.1 – CONTEXTO
A história 2 Reis foi escrita por volta dos anos 560-550 a.C com o tema principal os reis de Judá e Israel. 2 Reis abarca os últimos 130 anos da história de Judá que teve 345 anos de duração, abrange uma época antes da queda de Israel, onde os reis tiveram uma sucessão ininterrupta de fazer “o que era mau aos olhos do Senhor”. Depois da derrota de Israel com a queda das “dez tribos” Deus levanta profetas para conclamar a nação de volta a Deus e ao seu concerto, por outro lado surgiram outros reis piedosos que se esforçavam para levar a nação de volta a Deus. Sendo que esses reis não conseguiram levar o povo a abandonar de modo permanente a pratica prevalecente da idolatria, da imoralidade e da violência. Com a grande instabilidade política de Israel e as dez tribos do Norte, ficou notória as constantes mudanças de reis dezenove e de dinastia nove em 210 anos, em comparação com os vinte reis e uma dinastia com breve interrupção em Judá, em 345 anos. Muitos dos profetas literários do antigo testamento ministraram durante o período decorrido em 2 Reis. Eles relembravam, advertiam e exortavam os reis concernentes às suas responsabilidades diante de Deus como representantes teocráticos. Depois do deslize de Judá em direção à destruição foi rápido e culminou no saque de Jerusalém pelo rei Nabucodonosor no ano 586 a.C onde cinco fatos principais caracterizam 2 Reis destacando a importância dos profetas e de sua mensagem revelada como o meio principal de Deus transmitir sua mensagem para seu povo e os reis de Israel e Judá.
1.1 	– TEXTO 
Perícope, 2 Reis 5.1-19
E Naamã, capitão do exército do rei da Síria, era um grande homem diante do seu SENHOR, e de muito respeito; porque por ele o SENHOR dera livramento aos sírios; e era este homem herói valoroso, porém leproso.
E saíram tropas da Síria, da terra de Israel, e levaram presa uma menina que ficou ao serviço da mulher de Naamã.
E disse esta à sua senhora: Antes o meu senhor estivesse diante do profeta que está em Samaria; ele o restauraria da sua lepra.
Então foi Naamã e notificou ao seu senhor, dizendo: Assim e assim falou a menina que é da terra de Israel.
Então disse o rei da Síria: Vai, anda, e enviarei uma carta ao rei de Israel. E foi, e tomou na sua mão dez talentos de prata, seis mil siclos de ouro e dez mudas de roupas.
E levou a carta ao rei de Israel, dizendo: Logo, em chegando a ti esta carta, saibas que eu te enviei Naamã, meu servo, para que o cures da sua lepra.
E sucedeu que, lendo o rei de Israel a carta, rasgou as suas vestes, e disse: Sou eu Deus, para matar e para vivificar, para que este envie a mim um homem, para que eu o cure da sua lepra? Pelo que deveras notai, peço-vos, e vede que busca ocasião contra mim.
Sucedeu, porém, que, ouvindo Eliseu, homem de Deus, que o rei de Israel rasgara as suas vestes, mandou dizer ao rei: Por que rasgaste as tuas vestes? Deixa-o vir a mim, e saberá que há profeta em Israel.
Veio, pois, Naamã com os seus cavalos, e com o seu carro, e parou à porta da casa de Eliseu.
Então Eliseu lhe mandou um mensageiro, dizendo: Vai, e lava-te sete vezes no Jordão, e a tua carne será curada e ficarás purificado.
Porém, Naamã muito se indignou, e se foi, dizendo: Eis que eu dizia comigo: Certamente ele sairá, pôr-se-á em pé, invocará o nome do Senhor seu Deus, e passará a sua mão sobre o lugar, e restaurará o leproso.
Não são porventura Abana e Farpar, rios de Damasco, melhores do que todas as águas de Israel? Não me poderia eu lavar neles, e ficar purificado? E voltou-se, e se foi com indignação.
Então chegaram-se a ele os seus servos, e lhe falaram, e disseram: Meu pai, se o profeta te dissesse alguma grande coisa, porventura não a farias? Quanto mais, dizendo-te ele: Lava-te, e ficarás purificado.
Então desceu, e mergulhou no Jordão sete vezes, conforme a palavra do homem de Deus; e a sua carne tornou-se como a carne de um menino, e ficou purificado.
Então voltou ao homem de Deus, ele e toda a sua comitiva, e chegando, pôs-se diante dele, e disse: Eis que agora sei que em toda a terra não há Deus senão em Israel; agora, pois, peço-te que aceites uma bênção do teu servo.
Porém ele disse: Vive o Senhor, em cuja presença estou, que não a aceitarei. E instou com ele para que a aceitasse, mas ele recusou.
E disse Naamã: Se não queres, dê-se a este teu servo uma carga de terra que baste para carregar duas mulas; porque nunca mais oferecerá este teu servo holocausto nem sacrifício a outros deuses, senão ao Senhor.
Nisto perdoe o SENHOR a teu servo; quando meu senhor entrar na casa de Rimom para ali adorar, e ele se encostar na minha mão, e eu também tenha de me encurvar na casa de Rimom; quando assim me encurvar na casa de Rimom, nisto perdoe o SENHOR a teu servo.
E ele lhe disse: Vai em paz. E foi dele a uma pequena distância.
2 – SEMÂNTICA ESPAÇO-TEMPO
A oposição semântica que dá unidade ao texto é:
	GRANDESA 
	PEQUENEZ 
	REI 
	SERVO 
Pessoas:
A perícope apresenta a história de Naamã, demonstrando uma providência divina para um chefe de exército de alta patente, muito respeitado pelo povo e por seu rei, onde se encontrava enfermo, mas Deus usa uma menina que era serva de sua esposa para levar uma esperança para alguém com grande status que estava condenado ao isolamento e depois a morte. Depois Deus usa o rei da Síria para enviar uma carta para o rei de Israel, onde, o profeta Eliseu ficara sabendo que o rei estava descontente com o que estava acontecendo entre os dois reinos, mas o profeta se prontifica a ajudar o rei de Israel e anunciar que existe profeta na terra. Então, Eliseu manda um mensageiro entregar o recado para Naamã anunciando como teria que fazer para receber o seu milagre, mas de imediato Naamã ficou furioso com Eliseu por não o atender pessoalmente e invocar o nome de Deus diante dele, mas Naamã ouve o conselho de seu servo e faz o que o profeta pediu que fizesse, Naamã então atendeu o conselho e foi currado se sua lepra. Naamã retornando para Eliseu com sua comitiva pôs-se diante dele, e disse: entre toda terra que não há Deus, senão em Israel. 
Naamã – Rei – Chefe – Exército – tropas – mulher – menina –pai – senhora – servo – senhor – homem de Deus – mensageiro – leproso – comitiva.
Espaço:
A perícope começa anunciando chefe do exército do rei da Síria, onde saíram tropas da Síria e Israel levando presa pessoas cativas. Depois o rei de Síria disse que iria mandar uma carta para o rei de Israel com intuito de curar da lepra, onde, de imediato levou presentes como dez talentos de prata e seis mil siclos de ouro e dez mudas de roupas. Então Naamã chegou a porta de Eliseu com seus cavalos, Eliseu mandou com que ele se lavasse sete vezes no rio Jordão. Naamã, porém fica indignado com o que o profeta Eliseu tinha falado para ele fazer, mas ele ficou bravo por não poder se lavar em um dos rios de Damasco “Abana e Farpar” onde as águas são mais limpas, depois de ficar limpo da lepra Naamã levou duas mulas de terra para adorar e oferecer sacrifício a Deus de Israel e não mais se encurvar diante de Rimon.
Terras de Israel – Rei da Síria – levaram presa – profeta de Samaria – carta rei de Israel – dez talentos de prata – seis mil siclos de ouro – dez mudasde roupas – profeta de Israel – rio Jordão – rios Damasco – Abana e Farpar – águas de Israel – voltou com comitiva – terra de um jugo de mula.
Tempo:
A temporalidade da perícope está baseada nas expressões era este, porém leproso, enviarei uma carta - que maca o início da perícope baseando em uma conjugação no pretérito imperfeito do indicativo. No primeiro segmento da perícope está implícito “o passado” era com diversos radicais distintos. Na caracterização dos dois reinos temos um movimento temporal no passado para o futuro com a pregação do profeta, em que o profeta disse: “saberá que existe profeta na terra” Deus honra a palavra do profeta. 
Um futuro posterior ao presente onde o chefe do exército estava perecendo com sua enfermidade, onde a palavra do seu rei diz: “enviarei uma carta” que ficou conjugado no pretérito perfeito (indicativo) juntamente com a carta estava a esperança tanto para o rei quanto para o chefe do exército. Com a ações e organizações de relação no tempo e espaço, caracteriza dois reinos onde temos um movimento futuro do presente (simples – indicativo) um futuro posterior ao futuro do chefe do exército é apresentado onde restaurará a sua saúde.
3 – DISCURSO: DIMENSÃO TEOLÓGICA
Conforme já lemos nos versos 5 – 6 o rei apresenta uma oportunidade de salvação em que uma menina apresenta essa ideia, essa perícope apresenta um rei – um servo, uma menina – uma mulher – apresentando um movimento temporal e argumentativo no decorrer da perícope, trazendo uma aproximação entre o grande e o pequeno para o dia-a-dia em que aconteceu os relatos de 2 Reis na perícope indicada. Para entendermos o texto temos que observar o seguimento da perícope em relação à os dois reinos, em relação a uma apresentação de uma ideia que surgiu de uma menina que era serva da esposa do chefe do exército para chegar a aproximação de dois reinos em prol de uma causa em que era sinônimo de morte. Mas depois da menina a aproximação dos reinos com uma carta com o objetivo da cura de Naamã, pelo fato de alguns dos reis não fazerem o que era reto aos olhos de Deus, podemos imaginar que o próprio Deus pode ter criado essa situação para que seu nome fosse glorificado nos dois reinos, onde a cura foi a principal comprovação que o reino de Israel ainda existia um profeta de Deus para honrar e entregar o que realmente era agradável aos olhos tanto de Deus quanto do povo.
O tema principal da perícope se dá a doença e cura do chefe do exército do rei da Síria, no entanto a perícope traz de maneira textual e explicativa a respeito do fato acontecido onde entrou em cena uma menina, um rei, um chefe de exército, uma mulher, um servo, que ampliam o sentido do texto a partir de seu tema principal, ou seja, uma nova maneira de compreender o sentido da perícope resultando sempre em dois lados opostos, “grande chefe – menina pequena – serva da mulher do chefe” trazendo a forma de governar dos reinos e a aproximação dos mesmos. Como já vimos o seguimento da perícope está dividido em duas partes que se complementam pelo oposto das mesmas para cumprir seu objetivo “cura da lepra de Naamã” na primeira parte temos uma notícia em que o chefe do exército estava com uma doença incurável pela medicina da época, por outro lado existia um profeta que representava o Deus vivo de Israel na terra. No verso 13 da perícope de 2 Reis temos uma explicação de como um pequeno servo entra com uma grande ideia para alertar sobre a cura de uma pessoa que ficou furiosa pelo simples fato de não ser recebido pessoalmente pelo profeta mas também com as água sujas e lamacentas do rio Jordão, trazendo a dimensão positiva e transformadora da ideia apresentada tanto pela menina, quanto pelo rei de enviar a carta, quanto pelos servos do chefe do exército de trazer aconselhamento para uma futura cura. 
4 – APLICAÇÃO: DIMENSÃO MISSIONAL
Nossa perícope foca tanto na área política que chamaríamos hoje de governo, tanto executivo como legislativo, quanto na área religiosa da época em que 2 Reis foi escrito trazendo a legitimação da ação política. O texto traz uma aceitação de que não pelo fato da pessoa estar no topo da hierarquia ela sempre vai estar com a razão, deixa claro que Deus usa as coisas simples para confundir as sábias, usa os humildes para confundir os reis, que no relato de 2 Reis não foi diferente Deus usa uma menina para trazer uma resposta para uma pessoa que pela visão humana não existia mais o que fazer a não ser aguardar a morte o levar. Muitas vezes quando recebemos uma notícia de morte bate logo o desespero, mais creio que a última palavra quem diz é o Senhor. Percebo dois focos, duas possibilidade que poderia ser usada na ocasião, enviar a carta ou não enviar a carta, mandar seu chefe do exército ir procurar o profeta ou não mandar seu chefe do exército procurar ajuda, devemos da ouvido a uma menina serva ou devemos ouvi-la, existe varia vertentes com o mesmo significado no mesmo sentido de ter uma certa dúvida com relação a cura de Naamã, ir para outra nação procurar ajuda para um profeta que adorava outro Deus a não ser o deles, foram várias dúvidas que imagino que teve tanto o rei quanto Naamã. 
Que possibilidades de ação e sentido da ação o texto constitui no dialogo conosco; e como podemos pratica-las e/ou reescreve-las em nossa própria realidade?
Como fazer
1. Fazer entrar em relações interdiscursivas os discursos do texto e os de nosso mundo da vida.
2. Reescrever o texto, procurando recriar os seus efeitos de sentido em nosso mundo da vida, em uma das formas possíveis de comunicação do evangelho.
3. Propor ações missionais (que incluam conhecimentos e paixões) compatíveis com os sentidos do texto e relevantes em nosso próprio tempo.