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CFC
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE
CONTABILIDADE APLICADA 
AO SETOR PÚBLICO
RECEITA DE TRANSAÇÃO SEM CONTRAPRESTAÇÃO
Livro Eletrônico
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Claudio Zorzo
Receita de Transação sem Contraprestação
CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO
Passivo ...........................................................................................................................3
Bases de Mensuração do Passivo ................................................................................. 10
Provisão ....................................................................................................................... 14
Passivo Contingente ..................................................................................................... 21
Ativo Contingente .........................................................................................................25
Receita de Transação sem Contraprestação .................................................................33
Tributo .........................................................................................................................35
Transferências ..............................................................................................................37
Repartição Tributária ....................................................................................................37
Transferências Voluntárias ...........................................................................................38
Doações .......................................................................................................................38
Multas ..........................................................................................................................39
Ativos Oriundos de Transações sem Contraprestação ................................................. 40
Passivos Oriundos de Transações sem Contraprestação ............................................. 40
Receita de Transação com Contraprestação ................................................................. 41
Prestação de Serviços ..................................................................................................43
Venda de Bens ..............................................................................................................44
Juros, Royalties e Dividendos ou Distribuições Similares ..............................................45
Questões de Concurso ................................................................................................. 50
Gabarito .......................................................................................................................64
Gabarito Comentado .....................................................................................................65
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Receita de Transação sem Contraprestação
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Prezado(a) futuro(a) contador(a), tudo bem contigo?
Espero que sim, que você esteja cheio(a) de saúde e paz.
Uma frase para pensar: “Você bloqueia seu sonho quando você permite que seu medo 
fique maior do que a sua fé” (Mary Manin Morrisey).
Com fé em alcançar o nosso objetivo, hoje vamos ter a nossa quinta aula de contabilidade 
pública para o exame de suficiência do CFC.
Nesta aula, vou tratar sobre os seguintes itens do edital:
b) Receita de Transação sem Contraprestação: Objetivo, Alcance, Definições, Análise da 
Entrada de Recursos de Transações sem Contraprestação, Reconhecimento do Ativo, Reco-
nhecimento da Receita Proveniente de Transação sem Contraprestação, Mensuração da Re-
ceita Proveniente de Transação sem Contraprestação, Obrigação Presente Reconhecida como 
Passivo, Tributo, Transferência, Divulgação. c) Receita de Transação com Contraprestação: 
Objetivo, Alcance, Definições, Mensuração da Receita, Identificação da Transação, Prestação 
de Serviços, Venda de Bens, Juros, Royalties e Dividendos ou Distribuições Similares, Divulga-
ção. d) Provisões, Passivos Contingente e Ativos Contingentes: Objetivo, Alcance, Definições, 
Reconhecimento, Mensuração, Reembolso, Mudança na Provisão, Uso de Provisão, Aplicação 
das Regras de Reconhecimento e Mensuração, Divulgação.
Vamos começar a nossa aula lembrando o conceito e a composição do passivo. Espero 
que ela seja bem proveitosa e que você consiga aplicar no dia da prova todos os conhecimen-
tos adquiridos no nosso curso.
Passivo
Sabemos que passivo é uma obrigação presente, derivada de evento passado, cuja extin-
ção deva resultar na saída de recursos da entidade.
A obrigação presente é uma obrigação que ocorre por força de lei (obrigação legal ou obri-
gação legalmente vinculada) ou uma obrigação que não ocorre por força de lei (obrigação não 
legalmente vinculada), as quais não possam ser evitadas pela entidade.
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As obrigações vinculadas podem originar-se tanto de transações com contraprestação 
quanto de transações sem contraprestação e devem estar relacionadas a um terceiro para 
poder gerar um passivo.
Para satisfazer a definição de passivo, é necessário que a obrigação presente surja como 
resultado de transação ou de outro evento passado e necessite da saída de recursos da en-
tidade para ser extinta, assim, somente será reconhecida uma obrigação que puder ser men-
surada.
A obrigação deve estar relacionada a um terceiro para poder gerar um passivo. A identificação 
de terceiros é uma indicação da existência de obrigação que dá origem a um passivo, entre-
tanto não é essencial saber a identidade dos terceiros antes da época da extinção do passivo 
para que a obrigação presente exista.
A existência de prazo de extinção pode fornecer uma indicação de que a obrigação envolve a 
saída de recursos e origina um passivo. Entretanto, existem muitos contratos ou acordos que 
não preveem prazos para extinção da obrigação. A ausência de tais prazos não impede que a 
obrigação origine um passivo.
Outro ponto interessante a destacar é o de que, para mensurar o valor de uma obrigação, 
o uso de estimativas não prejudica a sua confiabilidade. Isso é especialmente válido no caso 
das provisões, que, por natureza, têm mais incerteza que a maior parte dos demais ativos e 
passivos.
Com exceção de casos extremamente raros, a entidade é capaz de determinar um inter-
valo de possíveis resultados e, desse modo, pode realizar a estimativa da obrigação que seja 
suficientemente confiável para uso no reconhecimento da provisão.
Segundo o PCASP, o passivo é de classe 2 e as principais contas são:
2. Passivo
2.1 Passivo Circulante
2.1.1 Obrigações Trabalhistas, Previdenciárias e Assistenciais a CP
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2.1.2 Empréstimos e Financiamentos a CP
2.1.3Fornecedores e Contas a Pagar a CP
2.1.4 Obrigações Fiscais a CP
2.1.5 Obrigações de Repartição a Outros Entes
2.1.7 Provisões a CP
2.1.8 Demais Obrigações a CP
2.2 Passivo Não Circulante
2.2.1 Obrigações Trabalhistas, Previdenciárias e Assistenciais a LP
2.2.2 Empréstimos e Financiamentos a LP
2.2.3 Fornecedores e Contas a Pagar a LP
2.2.4 Obrigações Fiscais a LP
2.2.7 Provisões a LP
2.2.8 Demais Obrigações a LP
2.2.9 Resultado Diferido
2.1 Passivo Circulante
Compreende as obrigações conhecidas e estimadas que atendam a qualquer um dos se-
guintes critérios:
• tenham prazos estabelecidos ou esperados dentro do ciclo operacional da entidade;
• sejam mantidos primariamente para negociação, tenham prazos estabelecidos ou es-
perados no curto prazo;
• sejam valores de terceiros ou retenções em nome deles, quando a entidade do setor 
público for fiel depositária, independentemente do prazo de exigibilidade.
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2.1.1 Obrigações Trabalhistas, Previdenciárias e Assistenciais a Curto Prazo
2.1.2 Empréstimos e Financiamentos a Curto Prazo
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2.1.3 Fornecedores e Contas a Pagar a Curto Prazo
2.1.4 Obrigações Fiscais a Curto Prazo
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2.1.5 Obrigações de Repartição a Outros Entes
2.1.7 Provisões a CP
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2.1.8 Demais Obrigações a CP
2.2 Passivo Não Circulante
Compreende os passivos exigíveis após doze meses da data das demonstrações contá-
beis, ou seja, as obrigações conhecidas e estimadas que não atendam a nenhum dos critérios 
para serem classificadas no passivo circulante.
As contas são as mesmas do passivo circulante, contudo com o prazo de exigibilidade 
mais estendido.
2.2.1 Obrigações Trabalhista, Previdenciária e Assistenciais a LP
2.2.2 Empréstimos e Financiamentos a LP
2.2.3 Fornecedores e Contas a Pagar a LP
2.2.4 Obrigações Fiscais a LP
2.2.7 Provisões a LP
2.2.8 Demais Obrigações a LP
2.2.9 Resultado Diferido
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Bases de Mensuração do Passivo
Mensuração é o processo que consiste em determinar os valores pelos quais os elemen-
tos das demonstrações contábeis devem ser reconhecidos e apresentados nas demonstra-
ções contábeis.
O objetivo da mensuração é selecionar bases que reflitam de modo mais adequado o 
custo dos serviços, a capacidade operacional e a capacidade financeira da entidade de forma 
que seja útil para a prestação de contas e responsabilização (accountability) e tomada de 
decisão.
A seleção da base de mensuração dos passivos contribui para satisfazer aos objetivos da 
elaboração e divulgação da informação contábil pelas entidades do setor público ao fornecer 
informação que possibilita os usuários avaliarem:
a) o custo dos serviços prestados no período, em termos históricos ou atuais;
b) a capacidade operacional – a capacidade da entidade em dar suporte à prestação de 
serviços no futuro por meio de recursos físicos e outros;
c) a capacidade financeira – a capacidade da entidade em financiar as suas próprias ati-
vidades.
As seguintes bases de mensuração dos passivos são identificadas e discutidas à luz da 
informação que fornecem sobre o custo dos serviços prestados, da capacidade operacional e 
da capacidade financeira da entidade, e da extensão na qual fornecem informação que satis-
faça as características qualitativas:
• custo histórico;
• custo de cumprimento da obrigação;
• valor de mercado;
• custo de liberação;
• preço presumido.
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Custo Histórico
Custo histórico para o passivo é a importância recebida para se assumir uma obrigação, 
a qual corresponde ao caixa ou equivalentes de caixa, ou ao valor de outra importância rece-
bida à época na qual a entidade incorreu no passivo.
No modelo do custo histórico, as mensurações iniciais podem ser ajustadas para refletir 
fatores como o acúmulo de juros, o acréscimo de descontos ou a amortização de prêmio.
Quando o valor temporal do passivo é material – por exemplo, quando o prazo de venci-
mento for significativo – o montante do pagamento futuro é descontado de modo que, quan-
do do reconhecimento inicial do passivo, ele represente o valor do montante recebido.
A diferença entre o montante a ser pago no futuro e o valor presente do passivo é amorti-
zada ao longo da vida do passivo, sendo registrada conforme a data do fato gerador.
O custo histórico é apropriado quando os passivos provavelmente forem liquidados nos 
termos estabelecidos.
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No entanto, o custo histórico não pode ser aplicado para os passivos que não se originam 
de transação sem contraprestação, como, por exemplo, passivo para o pagamento de danos 
civis.
Também se torna difícil aplicar o custo histórico aos passivos que podem variar em seu 
montante, como, por exemplo, aqueles relacionados a passivos previdenciários.
Custo de Cumprimento da Obrigação
Custo de cumprimento da obrigação corresponde aos custos nosquais a entidade incorre 
no cumprimento das obrigações representadas pelo passivo, assumindo que o faz da manei-
ra menos onerosa.
Quando o custo de cumprimento depender de eventos futuros incertos, todos os resulta-
dos possíveis devem ser levados em consideração em sua estimativa, visando refletir todos 
esses possíveis resultados de forma imparcial.
Quando o cumprimento da obrigação exigir que algum trabalho venha a ser feito (obriga-
ção de fazer) – por exemplo, quando o passivo for para sanar dano ambiental –, os custos 
relevantes devem corresponder àqueles em que a entidade irá incorrer; pode corresponder ao 
custo de reparação por conta própria ou por meio de terceiros.
Contudo, os custos de contratar um terceiro somente são relevantes quando se tratar da 
maneira menos onerosa para se liquidar a obrigação.
Quando o cumprimento da obrigação vier a ser realizado por conta própria, o custo de 
cumprimento da obrigação não deve incluir qualquer ganho, dado que tais ganhos não repre-
sentam a utilização dos recursos da entidade.
Quando o cumprimento for baseado em terceiros, o montante deve incluir, implicitamen-
te, o lucro exigido pelo contratado, já que o valor total cobrado por este é uma demanda por 
recursos da entidade.
Valor de Mercado
Valor de mercado para passivos é o montante pelo qual um passivo pode ser liquidado 
entre partes cientes e interessadas em transação sob condições normais de mercado.
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Tal base de mensuração pode ser adequada, por exemplo, quando o passivo for atribuível 
a mudanças em determinada taxa, preço ou índice cotado em mercado aberto, ativo e orga-
nizado.
Entretanto, quando a capacidade para transferir o passivo for restrita e os termos nos 
quais a transferência puder ser feita não estiverem claros, os casos nos quais os valores de 
mercado são aplicáveis, mesmo que existam, serão significativamente mais frágeis.
Custo de Liberação
O custo de liberação é o termo utilizado no contexto dos passivos para se referir ao mes-
mo conceito de preço líquido de venda utilizado no contexto dos ativos.
O custo de liberação se refere ao montante que corresponde à baixa imediata da obrigação.
O custo de liberação é o montante que o credor aceita no cumprimento da sua demanda, 
ou que terceiros cobrariam para aceitar a transferência do passivo do devedor.
Quando há mais de um modo de garantir a liberação do passivo, o custo de liberação é 
aquele que representa o menor montante – isso é consistente com a abordagem para os ati-
vos, em que, por exemplo, o preço líquido de venda não refletiria o montante que deveria ser 
recebido na venda a sucateiro, caso o preço maior pudesse ser obtido na venda para o com-
prador que utilizaria o ativo.
Para alguns passivos, especialmente no setor público, a transferência de passivo é pra-
ticamente impossível e, assim, o custo de liberação corresponde ao montante que o credor 
aceita para o cumprimento da sua demanda.
Esse montante é conhecido se estiver especificado no acordo com o credor – por exem-
plo, quando o contrato inclui cláusula específica de cancelamento.
Para o passivo ser transferido, é necessário que todos os direitos do credor em relação à 
entidade sejam extintos. Caso esse não seja o efeito do acordo, o passivo da entidade perma-
nece com ela. Por exemplo, no caso do passivo de obrigações por pensões.
Assim como o preço líquido de venda é relevante somente quando a alternativa mais efi-
ciente do recurso para a entidade for vender o ativo, o custo de liberação é relevante somente 
quando a alternativa mais eficiente for buscar a liberação imediata da obrigação.
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Preço Presumido
O preço presumido é o termo utilizado no contexto dos passivos para se referir ao mesmo 
conceito do custo de reposição para os ativos.
Do mesmo modo que o custo de reposição representa o montante que a entidade pagaria 
racionalmente para adquirir o ativo, o preço presumido representa o montante que a entidade 
racionalmente aceitaria na troca pela assunção do passivo existente.
As transações com contraprestação realizadas em condições normais fornecem evidên-
cia do preço presumido – esse não é o caso das transações sem contraprestação, pois não 
há uma contrapartida.
A lógica é que, quando se incorre em passivo pela primeira vez em transação com contra-
prestação, o preço presumido representa o montante que foi aceito pela entidade para assu-
mi-lo – é razoável considerar que o preço presumido é o valor que a entidade racionalmente 
aceitaria para assumir um passivo semelhante.
Uma consequência de se informar as obrigações do exercício com base no preço presu-
mido é que nenhum ganho ou perda é informado à época na qual a obrigação é aceita.
O ganho ou a perda é evidenciado nas demonstrações contábeis no período em que ocor-
re o cumprimento da obrigação (ou liberação), já que corresponde à diferença entre a receita 
originada e o custo de cumprimento da obrigação.
Provisão
Alguns passivos somente podem ser mensurados por meio do emprego de significativo 
grau de estimativa. No Brasil, denominam-se esses passivos de provisões.
Provisão é um passivo de prazo ou de valor incertos.
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As provisões se distinguem dos demais passivos porque envolvem incerteza sobre o pra-
zo ou o valor do desembolso futuro necessário para a sua extinção; dessa forma, para fins de 
divulgação, as provisões não se confundem com os demais passivos, tais como:
a) contas a pagar, decorrentes de bens ou serviços recebidos e que tenham sido faturados 
ou formalmente acordados com o fornecedor;
b) passivos derivados de apropriações por competência, decorrentes de bens ou serviços 
recebidos, mas que não tenham sido pagos, faturados ou formalmente acordados com o for-
necedor, incluindo os valores devidos aos empregados, como, por exemplo, valores relaciona-
dos ao pagamento de férias e décimo terceiro salário.
No PCASP estão previstas as seguintes provisões:
Uma provisão deve ser reconhecida no balanço patrimonial quando:
a) existe uma obrigação presente (legal ou não formalizada) como resultado de evento 
passado;
b) seja provável que será necessária uma saída de recursos para liquidar a obrigação; e
c) possa ser feita uma estimativa confiável do valor da obrigação.
Se essas condições não forem satisfeitas, nenhuma provisão deve ser reconhecida.
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Para que exista uma obrigação presente resultante de eventos passados, é necessário 
que a entidade não possua alternativa realista senão liquidar a obrigação criada pelo evento. 
Esta situação existe quando a liquidação puder ser exigida por lei ou, no caso de obrigação 
não formalizada, quando o evento cria expectativas válidas em terceiros acerca do cumpri-
mento da obrigação pela entidade.
Além disso, são reconhecidas como provisões apenas as obrigações decorrentes de even-
tos passados que existam independentemente das ações futuras da entidade. Assim, uma 
decisão da entidade não origina uma obrigação, exceto se a decisão tenha sido comunicada 
a terceiros e gere uma expectativa válida de que a entidade cumprirá com suas responsabi-
lidades.
Por exemplo, uma entidade do setor público deve reconhecer uma provisão para paga-
mento de multas ou custos de reparação provenientes de danos ambientais, conforme im-
posto pela legislação, na medida em que estiver obrigada a restaurar os danos já causados.
Já a decisão da entidade de instalar filtros para evitar a emissão de gases poluentes não 
enseja o registro de uma provisão, pelo fato de as entidades poderem evitar o gasto futuro 
decorrente de suas ações futuras.
O valor reconhecido como provisão deve ser a melhor estimativa do desembolso exigido para 
se extinguir a obrigação presente na data das demonstrações contábeis. Ou seja, a provisão 
deve ser registrada pelo valor que a entidade racionalmente pagaria para, na data das de-
monstrações contábeis, liquidar a obrigação ou para transferi-la a um terceiro.
Exemplo
O governo detectou que, devido a um erro no sistema de cobrança, um tributo pode ter sido 
cobrado indevidamente de determinados contribuintes, sendo necessário fazer a restituição. 
Caso se identifique que a totalidade dos valores cobrados deverá ser restituída, o desembolso 
esperado será R$ 5 milhões.
Caso se identifique que o erro resultou apenas numa cobrança a maior do tributo, o desem-
bolso esperado será R$ 2 milhões.
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Caso se identifique que o erro do sistema não afetou a cobrança do tributo, não haverá valor 
a restituir.
Estima-se que 10% dos contribuintes foram indevidamente tributados, 30% tenham sido tri-
butados a maior e que 60% não foram afetados.
Nessa situação, o valor esperado para a provisão com as restituições é:
(10% de R$ 5mi) + (30% de 2mi) + (60% de R$ 0) = R$ 1.100.000
As provisões devem ser reavaliadas na data de apresentação das demonstrações contábeis 
e ajustadas para refletir a melhor estimativa corrente. Quando não houver mais incertezas 
quanto ao valor e ao prazo de determinado passivo, este deixará de ser uma provisão, deven-
do ser reconhecida a obrigação a pagar correspondente.
O valor da obrigação a pagar poderá ser exatamente igual ao valor provisionado, situação na 
qual haverá o registro de um fato meramente permutativo. Entretanto, o valor da obrigação a 
pagar poderá ser inferior ou superior ao valor da provisão.
Nesses casos, deverá ser registrada uma variação patrimonial diminutiva com a complementação 
ou uma variação patrimonial aumentativa com a reversão da provisão, respectivamente.
Para cada tipo/classe de provisão, a entidade deve evidenciar:
a) o valor contábil no início e no fim do período;
b) provisões complementares feitas no período, incluindo aumentos nas provisões existentes;
c) montantes utilizados (isto é, incorridos e imputados contra a provisão) durante o período;
d) as quantias não utilizadas revertidas durante o período;
e) o aumento no período do valor descontado decorrente do transcurso do tempo e os efeitos 
de qualquer alteração na taxa de desconto.
Questão 1 (FCC/TRE-PR/ANALISTA DE CONTABILIDADE/2017) De acordo com a Norma 
Brasileira de Contabilidade − NBC TSP Estrutura Conceitual, uma base de mensuração que 
pode ser utilizada tanto para os ativos quanto para os passivos é o
a) valor em uso.
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CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO
b) preço presumido.
c) valor de mercado.
d) preço líquido de venda.
e) custo de substituição.
Letra c.
De acordo com NBC TSP ESTRUTURA CONCEITUAL, as bases de mensuração são as seguin-
tes:
Ativo: Passivo:
�a) custo histórico; (a) custo histórico;
�b) valor de mercado; (b) custo de cumprimento da obrigação;
�c) custo de reposição ou substituição; (c) valor de mercado;
�d) preço líquido de venda (d) custo de liberação;
�e) valor em uso. (e) preço presumido.
Valor de mercado para ativos é o montante pelo qual um ativo pode ser trocado entre partes 
cientes e dispostas, em transação sob condições normais de mercado. Na aquisição, o valor 
de mercado e o custo histórico são os mesmos, caso os custos da transação sejam ignorados 
e a transação seja uma transação com contraprestação.
Valor de mercado para passivos é o montante pelo qual um passivo pode ser liquidado entre 
partes cientes e interessadas em transação sob condições normais de mercado.
As vantagens e desvantagens do valor de mercado para os passivos são as mesmas que para 
os ativos.
Questão 2 (FCC/ALESE/CONTADOR/2018) Em fevereiro de 2018, uma entidade pública ad-
quiriu um bem móvel com o intuito de utilizá-lo na execução das suas atividades e, no re-
conhecimento inicial, os  registros contábeis tiveram por base o seu custo histórico de R$ 
320.000,00. De acordo com a NBC TSP – Estrutura Conceitual, o custo histórico utilizado pela 
entidade pública é
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a) uma base de mensuração do passivo a valor de saída.
b) a única base de mensuração do ativo a valor de entrada.
c) uma base de mensuração não específica para a entidade.
d) uma das bases de mensuração do ativo.
e) a única base de mensuração do ativo a valor de saída.
Letra d.
O custo histórico é uma base de mensuração de entrada, para o ativo e para o passivo.
Vimos na aula ANTERIOR que as bases de mensuração para os ativos são as seguintes:
�a) custo histórico (entrada);
�b) valor de mercado (entrada/saída);
�c) custo de reposição ou substituição (entrada);
�d) preço líquido de venda (saída);
�e) valor em uso (saída).
�Já as bases de mensuração do passivo são:
�a) custo histórico;
�b) custo de cumprimento da obrigação;
�c) valor de mercado;
�d) custo de liberação;
�e) preço presumido.
Questão 3 (FCC/TCM-GO/AUDITOR CONSELHEIRO/2015) A constatação de valor monetá-
rio para itens do ativo e do passivo decorrente da aplicação de procedimentos técnicos su-
portados em análises qualitativas e quantitativasé definida como
a) reavaliação.
b) revalorização.
c) mensuração.
d) atualização Monetária.
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e) avaliação Patrimonial.
Letra c.
Vimos na aula que a avaliação é o processo de determinação do valor monetário a ser dado a 
um item incluído no Balanço. Para isso, é necessário selecionar a unidade BASE DE MENSU-
RAÇÃO e o MÉTODO pelo qual o item deverá ser avaliado.
A mensuração é a constatação de valor monetário para itens do ativo e do passivo decorrente 
da aplicação de procedimentos técnicos suportados em análises qualitativas e quantitativas 
e consiste em estabelecer, com base no preço de entrada, o preço de realização (saída) de um 
bem, conforme o benefício econômico futuro esperado.
Questão 4 (FGV/TJ-RO/CONTADOR/2015) A Parte II – Procedimentos Contábeis Patrimo-
niais do Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público – MCASP trata da definição e 
requisitos de mensuração e reconhecimento de provisões, passivos contingentes e ativos 
contingentes.
Um dos elementos que caracteriza uma provisão é:
a) obrigação decorrente de apropriações por competência.
b) obrigação possível resultante de eventos passados.
c) obrigação presente, com provável saída de recursos.
d) obrigação que será confirmada pela ocorrência de um ou mais eventos futuros incertos.
e) inexistência de incerteza sobre o prazo da obrigação.
Letra c.
Uma provisão deve ser reconhecida quando:
�a) existe uma obrigação presente (legal ou não formalizada) como resultado de evento pas-
sado;
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�b) seja provável que será necessária uma saída de recursos para liquidar a obrigação; e
�c) possa ser feita uma estimativa confiável do valor da obrigação.
Questão 5 (IBFC/SAEB-BA/ANALISTA DE REGISTRO/2016) O patrimônio público é estru-
turado:
a) Apenas pelo grupo dos Ativos.
b) Apenas pelo grupo dos Passivos.
c) Apenas pelo grupo do Patrimônio líquido.
d) Apenas pelos grupos dos Ativos e Passivos.
e) Pelos grupos dos: Ativos, Passivos e, do Patrimônio Líquido.
Letra e.
Contabilmente o patrimônio público é estruturado em três grupos:
• ativos: são recursos controlados pela entidade como resultado de eventos passados 
e do qual se espera que resultem para a entidade benefícios econômicos futuros ou 
potencial de serviços;
• passivos: são obrigações presentes da entidade, derivadas de eventos passados, cujos 
pagamentos se esperam que resultem para a entidade saídas de recursos capazes de 
gerar benefícios econômicos ou potencial de serviços;
• situação patrimonial líquida: é o valor residual dos ativos da entidade depois de dedu-
zidos todos seus passivos.
Passivo Contingente
De modo geral, todas as provisões são contingentes porque guardam incertezas quanto 
ao seu prazo ou valor. Contudo, o termo contingente é usado para ativos e passivos que não 
são reconhecidos porque sua existência será confirmada somente pela ocorrência, ou não, de 
um ou mais eventos futuros incertos e não totalmente sob o controle da entidade.
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O termo passivo contingente é utilizado para passivos que não atendam aos critérios de reco-
nhecimento. Quando uma obrigação não for reconhecida porque a sua existência não foi con-
firmada ou não pode ser estimada com certeza, deve ser tratada como passivo contingente.
Passivo contingente é uma obrigação possível que resulta de eventos passados e cuja 
existência será confirmada apenas pela ocorrência de eventos futuros incertos ou é uma obri-
gação presente que resulta de eventos passados, mas que não é reconhecida porque:
a) não é provável seja exigida a liquidação da obrigação; ou
b) o valor da obrigação não pode ser mensurado com suficiente confiabilidade.
Quando a entidade é conjunta e solidariamente responsável por uma dívida, a  parcela da 
obrigação da empresa é um passivo e a parcela que se espera ser liquidada pelos demais 
responsáveis é tratada como passivo contingente.
Por exemplo, no caso de dívida relacionada a empreendimento conjunto (joint venture), 
a parcela da obrigação que se espera ser cumprida pelas demais participantes do empreendi-
mento é tratada como passivo contingente, pois, como a obrigação é solidária, se os parceiros 
não pagarem a empresa deverá arcar com a obrigação. Note que isto é uma possibilidade.
A entidade deve reconhecer a provisão para a parte da obrigação para a qual é provável 
a saída de recursos que incorporam benefícios econômicos ou potencial de serviços, com 
exceção das raras circunstâncias em que nenhuma estimativa confiável possa ser realizada.
Os passivos contingentes não devem ser reconhecidos em contas patrimoniais. No entanto, 
deverão ser registrados em contas de controle do PCASP e divulgados em notas explicativas. 
A divulgação só é dispensada nos casos em que a saída de recursos for considerada remota.
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As contas de natureza de Informação de Controle registram, processam e evidenciam os 
atos de gestão cujos efeitos possam produzir modificações no patrimônio da entidade do 
setor público, bem como aqueles com funções específicas de controle.
Entende-se por ato administrativo toda manifestação unilateral de vontade da Adminis-
tração Pública. É a declaração do Estado ou de quem o represente, que produz efeitos jurí-
dicos imediatos, com observância da lei, sob o regime jurídico de direito público e sujeita a 
controle externo.
Neste sistema de contas se registram os atos que não produzem, de imediato, variação 
patrimonial, mas que poderão ocorrer eventualmente no futuro.
As contas de controle representam as responsabilidades contratuais do Estado para com 
terceiros e de terceiros para com o Estado, os bens ou valores em poder de terceiros, a título 
de empréstimo, de garantia, e vice-versa etc.
Os passivos contingentes devem ser periodicamente avaliados para determinar se uma 
saída de recursos que incorporam benefícios econômicos ou potencial de serviços se tornou 
provável.
Caso a saída se torne provável, uma provisão deverá ser reconhecida nas demonstrações 
contábeis do período em que ocorreu a mudança na probabilidade.
Para cada tipo/classe de passivo contingente, a entidade deve evidenciar, em notas expli-
cativas, uma breve descrição da natureza do passivocontingente e, quando aplicável:
a) a estimativa de seu efeito financeiro;
b) a indicação das incertezas em relação à quantia ou periodicidade da saída; e
c) a possibilidade de algum reembolso.
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Diagrama de Análise da Provisão e do Passivo Contingente
Obrigação 
presente 
decorrente 
de eventos 
passados?
Obrigação 
Possível
Provável 
fluxo de 
saída
Estimativa 
confiável
PROVISÃO EVIDENCIAR PASSIVO CONTIGENTE NÃO REGISTRAR
Remota?
sim
sim
sim
sim
não
não
nãonão
não
INICIO
Passivo – obrigação presente, mensurada e provável liquidação – existe.
Provisão – obrigação presente, com prazo e valor incerto – mas existe.
Passivo contingente – obrigação incerta e valor não estimável – pode existir.
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ativo Contingente
Ativo contingente é um ativo possível que resulta de eventos passados, e cuja existência 
será confirmada apenas pela ocorrência ou não ocorrência de um ou mais eventos futuros 
incertos não completamente sob o controle da entidade.
Ativos contingentes usualmente decorrem de eventos não planejados ou inesperados que:
a) não estejam totalmente sob controle da entidade; e
b) que dão origem à possibilidade da entrada de recursos econômicos ou potencial de 
serviços para a entidade.
Um exemplo corresponde a uma reivindicação da entidade por meio de processos legais, 
em que o resultado é incerto.
De forma semelhante aos passivos contingentes, os ativos contingentes não devem ser 
reconhecidos em contas patrimoniais, uma vez que podem resultar no reconhecimento de 
receitas que nunca virão a ser realizadas.
No entanto, quando uma entrada de recursos for considerada provável, eles deverão ser 
registrados em contas de controle do PCASP e divulgados em notas explicativas.
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Os ativos contingentes deverão ser reavaliados continuamente para assegurar que os re-
flexos de sua evolução sejam adequadamente apresentados nas demonstrações contábeis.
Se ocorrer algum evento que torne praticamente certo que uma entrada de benefícios eco-
nômicos ou potencial de serviços surgirá, e desde que o valor do ativo possa ser mensurado 
corretamente, o ativo e a variação patrimonial aumentativa relacionada deverão ser reconhe-
cidas nas demonstrações contábeis do período em que ocorrer a mudança na probabilidade.
Para cada classe de ativo contingente, a entidade deve evidenciar, em notas explicativas, 
uma descrição da natureza do ativo contingente e, quando aplicável, a estimativa de seu efei-
to financeiro, mensurada em conformidade com os critérios utilizados para a mensuração das 
provisões.
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Questão 6 (FCC/DPE-AM/ANALISTA CONTÁBIL/2018) Durante a elaboração do Projeto de 
Lei de Diretrizes Orçamentárias, no primeiro trimestre de 2016, um ente público verificou, em 
17/03/2016, que havia sido citado como réu em um processo judicial na área tributária. Nesta 
mesma data, o setor jurídico do ente público julgou que existia a obrigação e a saída de recur-
sos que incorporavam benefícios econômicos ou potencial de serviços era provável, contudo, 
não era possível estimar com confiabilidade o valor da obrigação. Em 31/12/2016, o julga-
mento do setor jurídico sobre o referido processo judicial continuava o mesmo. De acordo 
com a NBC TSP 03 − Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes, nas demons-
trações contábeis referentes ao exercício financeiro de 2016, o ente público
a) evidenciou um passivo contingente em Notas Explicativas.
b) reconheceu uma provisão no Balanço Patrimonial.
c) reconheceu uma variação patrimonial diminutiva na Demonstração das Variações Patri-
moniais.
d) reconheceu um passivo contingente no Balanço Patrimonial.
e) evidenciou uma variação quantitativa na situação Patrimonial Líquida.
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Letra a.
A questão trata de uma disputa judicial contra a entidade que foi classificada como possível. 
A norma citada destaca que a provisão deve ser reconhecida quando:
�a) a entidade tem obrigação presente (formalizada ou não) decorrente de evento passado;
�b) for provável que seja necessária a saída de recursos que incorporam benefícios econômi-
cos ou potencial de serviços para que a obrigação seja liquidada; e
�c) uma estimativa confiável possa ser realizada acerca do valor da obrigação.
Se essas condições não forem atendidas, nenhuma provisão deve ser reconhecida.
Como não há possibilidade de estabelecer uma estimativa confiável, embora exista a disputa 
judicial, o passivo não pode ser reconhecido, entretanto deverá ser divulgado como passivo 
contingente em notas explicativas.
Questão 7 (FCC/TRE-PR/CONTADOR/2017) Sobre os ativos contingentes, a Norma Brasi-
leira de Contabilidade − NBC TSP 03 − Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingen-
tes determina que quando a
a) realização da receita é virtualmente certa, o ativo correspondente é um ativo contingente 
e seu reconhecimento é adequado.
b) entrada de benefícios econômicos ou potencial de serviços é provável, mas não é certa, 
o ativo correspondente deve ser reconhecido e a divulgação é necessária.
c) entrada de benefícios econômicos ou potencial de serviços é provável, mas não é certa, 
nenhum ativo deve ser reconhecido e a divulgação não é necessária.
d) entrada de benefícios econômicos ou o potencial de serviços não é provável de acontecer, 
nenhum ativo deve ser reconhecido, porém a divulgação é necessária.
e) entrada de benefícios econômicos ou o potencial de serviços não é provável de acontecer, 
nenhum ativo deve ser reconhecido e a divulgação não é necessária.
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Letra e.
Ativos contingentes são resultados de eventos não planejados ou inesperados que (a) não 
estejam totalmente sob o controle da entidade e (b) que dão origem à possibilidade de uma 
entrada de recursos econômicos ou potencial de serviços para a entidade.
Um exemplo corresponde a uma reivindicação de uma entidade por meio de processos legais, 
em que o resultado é incerto.
Devido a sua incerteza, os  ativos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações 
contábeis, uma vez que podem resultar no reconhecimento de Receitas que nunca virão a ser 
realizadas.
Entretanto, quando a realização da receita é virtualmente certa, o ativo não mais é um ativo 
contingente e seu reconhecimento no BP é adequado.
Na prática o ativo contingente é evidenciado em nota explicativa quando uma entrada de re-
cursos que incorporam benefícios econômicos ou potencial de serviços for provável.
Quando a efetivação do ativo contingente for possível ou remota, ele não deve ser reconheci-
do e nem evidenciado.
Questão 8 (CESPE/SEDF/CONTADOR/2017) Em relação aos mecanismos contábeis para 
avaliação de ativos, passivos, impostos e custos, julgue o item que se segue.
Órgão público que pretenda consignar recursos em seu orçamento para a eventualidade de 
condenação em processos judiciais que ainda estejam em curso deverá registrar esses recur-
sos como passivos contingentes.
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Certo.
Sob o aspecto patrimonial, a possibilidade de ocorrência de uma condenação judicial deve ser 
registrada em contas de controle, como um passivo contingente, pois os passivos contingen-
tes não devem ser reconhecidos em contas patrimoniais.
Também devem ser divulgados em notas explicativas, sendo que o MCASP destaca que a 
divulgação em notas explicativas só é dispensada nos casos em que a saída de recursos for 
considerada remota.
Questão 9 (CESPE/FUB/CONTADOR/2015) Como não atendem ao critério de reconheci-
mento de passivos, os passivos contingentes devem apenas ser registrados em contas de 
controle e evidenciados em notas explicativas.
Certo.
Quando existir uma obrigação que provavelmente será exigida, contudo, não possa ser men-
surada com confiança; ou não seja uma obrigação presente, mas, sim, um compromisso fu-
turo, o fato deve ser tratado como passivo contingente, ser registrado em contas de natureza 
de controle e divulgado em notas explicativas.
Questão 10 (CESPE/CORREIOS/CONTADOR/2011) Julgue os seguintes itens, relativos ao 
reconhecimento de passivos e suas provisões.
Quando uma obrigação presente ou possível provavelmente não exija sacrifício de ativos, 
o reconhecimento de qualquer provisão é inexigível. Entretanto, exige-se a divulgação como 
passivo contingente.
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Errado.
Para que seja reconhecida uma provisão, a obrigação deve ser oriunda de um fato passado, 
ser mensurada com confiança e provavelmente ser liquidada no futuro.
A liquidação é o pagamento ou a forma de acabar com a obrigação e normalmente será com 
um sacrifício de ativos.
Como existe a obrigação e ela provavelmente não será liquidada, o fato deve ser tratado como 
um passivo contingente.
Um exemplo ocorre quando a empresa é responsável solidária por uma dívida, a parte da em-
presa é tratada como passivo, a parte dos terceiros é tratado como um passivo contingente.
Questão 11 (CESPE/TRF1/CONTADOR/2017) Determinado órgão da administração pública 
direta federal concedeu suprimento de fundos a um servidor público, a fim de realizar gastos 
de pequena monta em serviços de reparos. No encerramento do exercício, o servidor havia 
utilizado metade do montante concedido e, mesmo já encerrado o prazo de aplicação dos re-
cursos, não recolheu, por meio da guia de recolhimento da União (GRU), o valor não utilizado.
Julgue o item a seguir, com referência a essa situação e a aspectos a ela relacionados.
No caso em questão, como existe uma obrigação possível por parte do servidor, resultante de 
eventos passados, o órgão público deverá registrar um passivo contingente.
Errado.
O suprimento de fundos, sob o aspecto patrimonial, é um adiantamento feito pela entidade 
para que um servidor pague pequenas despesas e depois preste contas dos gastos.
No momento do adiantamento, a entidade tem um direito à prestação de contas, assim, a obri-
gação é do servidor, e não da entidade.
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Questão 12 (CESPE/TRF1/CONTADOR/2017) Julgue o item a seguir, com referência a essa 
situação e a aspectos a ela relacionados.
As provisões diferenciam-se dos passivos contingentes na medida em que, mesmo existindo 
incerteza quanto ao seu valor, as provisões deverão ser reconhecidas como passivos na con-
tabilidade aplicada ao setor público.
Certo.
As provisões são obrigações presentes que será provável a saída de recursos para liquidá-las, 
contudo o valor e o prazo são incertos.
O passivo contingente é uma obrigação possível que não será reconhecida no BP em virtude 
de sua existência depender de um ou mais eventos futuros incertos que não estejam total-
mente sob controle da companhia.
A provisão é registrada no passivo e o passivo contingente é divulgado em notas explicativas.
Questão 13 (CESPE/SLU-DF/CONTADOR/2019) O patrimônio público é constituído de bens 
e direitos, onerados ou não, inerentes à prestação de serviços públicos ou à exploração eco-
nômica por entidades públicas. Relativamente à composição dos ativos e passivos públicos, 
julgue o seguinte item.
Para que exista uma obrigação presente, no momento em que houver o reconhecimento do 
passivo deverá haver, necessariamente, a identificação de terceiros.
Errado.
A obrigação deve estar relacionada a um terceiro para poder gerar um passivo. A identificação 
de terceiros é uma indicação da existência de obrigação que dá origem a um passivo. Entre-
tanto, não é essencial saber a identidade dos terceiros antes da época da extinção do passivo 
para que a obrigação presente exista.
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CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICOQuestão 14 (CESPE/TCE-PE/AUDITOR DE CONTAS/2017) Denomina-se mensuração o pro-
cesso contábil que consiste em determinar e apresentar os valores referentes a itens do ativo 
e do passivo, mediante o emprego de métodos qualitativos e quantitativos. A  respeito da 
mensuração dos ativos e passivos, julgue o item que se segue.
Como é dispensada a divulgação dos passivos contingentes, eles estão isentos da avaliação 
periódica.
Errado.
Vimos na aula que as provisões e os passivos contingentes devem ser periodicamente ava-
liados.
Os passivos contingentes para determinar se uma saída de recursos que incorporam benefí-
cios econômicos ou potencial de serviços se tornou provável, e caso a saída se torne provável, 
uma provisão deverá ser reconhecida nas demonstrações contábeis do período em que ocor-
reu a mudança na probabilidade.
reCeita de transação seM ContraPrestação
Receita compreende ingressos brutos de benefícios econômicos ou de potencial de ser-
viços recebidos ou a receber pela entidade que reporta a informação, o que representa o au-
mento na situação patrimonial líquida, com exceção dos aumentos relativos à contribuição 
dos proprietários.
Para fins de aplicação da CASP, a receita sob o enfoque patrimonial será denominada de 
variação patrimonial aumentativa (VPA) e não deve ser confundida com a receita orçamentá-
ria, que é abordada nas informações quanto ao orçamento.
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Receita de Transação sem Contraprestação
CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO
Receita sem contraprestação é aquela em que a entidade recebe ativos ou serviços ou tem 
passivos extintos e em contrapartida entrega valor irrisório ou nenhum valor em troca.
Considera-se, ainda, como transação sem contraprestação, a situação em que a entidade 
fornece diretamente alguma compensação em troca de recursos recebidos, mas tal compen-
sação não se aproxima do valor justo dos recursos recebidos.
Transações sem contraprestação incluem as receitas decorrentes do exercício do poder 
soberano (por exemplo, tributos diretos e indiretos, multas e tributos alfandegários), subsí-
dios e doações.
Embora as receitas recebidas pelas entidades do setor público se originem tanto das tran-
sações com contraprestação, quanto das sem contraprestação, a maioria das receitas dos 
governos e de outras entidades do setor público é derivada, tipicamente, de transações sem 
contraprestação, como:
a) tributos; e
b) transferências (monetárias ou não monetárias), incluindo subsídios, perdão de dívidas, 
multas, heranças, presentes e doações.
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CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO
Embora o ente público forneça uma variedade de serviços públicos aos contribuintes, ele não 
o faz em retribuição ao pagamento dos tributos.
triButo
São benefícios econômicos ou potencial de serviços compulsoriamente pagos ou a pagar 
às entidades do setor público, de acordo com a lei, estabelecidos para gerar receita para o 
governo.
De acordo com os art. 3º do Código Tributário Nacional (CTN), tributo é toda prestação 
pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua 
sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plena-
mente vinculada. Tributos não incluem multas ou outras penalidades aplicadas em caso de 
infrações legais.
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CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO
A entidade deve reconhecer um ativo em relação a tributos quando seu respectivo fato ge-
rador ocorrer e os critérios de reconhecimento forem satisfeitos. Fato gerador da obrigação 
principal, ou evento tributável, é a situação definida em lei como necessária e suficiente à 
ocorrência do tributo, de acordo com o art. 114 do CTN.
A obrigação tributária principal do contribuinte surge com a ocorrência do fato gerador, 
sendo que ela tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se 
juntamente com o crédito dela decorrente, de acordo com o § 1º do art. 113 do CTN.
Para fins de registro contábil, os tributos devem ser analisados individualmente, de acordo 
com a modalidade de lançamento tributário aplicável, previstas nos arts. 147 a 150 do CTN, 
quais sejam, de ofício, por declaração ou por homologação.
Para o reconhecimento tempestivo e confiável dos créditos, é necessária a integração do 
setor de arrecadação com o setor de contabilidade, de modo a se conhecer o fluxo das infor-
mações para detecção dos momentos que ensejam o registro contábil.
Outro ponto interessante a destacar é que, de acordo com a NBC TSP 01, que trata das 
receitas sem contraprestação, os ativos em geral devem ser mensurados pelo seu valor justo 
na data de aquisição. Contudo, os ativos oriundos de transações tributárias, enquanto não 
efetivamente arrecadados, devem ser mensurados pela melhor estimativa de entrada de re-
cursos para a entidade.
Contabilmente, os recebedores de ativos transferidos devem considerar se essas transferên-
cias são, em essência, recebimento antecipado. Recebimento antecipado se refere a recursos 
recebidos previamente aos eventos tributáveis ou ao acordo de transferência se tornar obri-
gatório.
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Os recebimentos antecipados relativos a tributos e transferências por meio de acordos 
que ainda não se tornaram obrigatórios não são fundamentalmente diferentes de outros re-
cebimentos antecipados, assim, não são considerados VPA e devem ser registrados no ativo 
em contrapartida de um passivo, receita antecipada.
transferênCias
São ingressos de benefícios econômicos ou potencial de serviços futuros provenientes 
de transações sem contraprestação diferentes de tributos, tais como repartições tributárias, 
transferências voluntárias, presentes, doações e multas.
Para fins deste MCASP, as transferências incluem, de forma não exaustiva: subsídios, per-
dão de dívidas, multas, heranças, presentes e doações.
Todos esses itens, e outros que venham a ser identificados com a mesma natureza, apre-
sentam o atributo comum de transferência de recursos de uma entidade a outra sem fornecer 
valor aproximadamente igual em troca e de não serem tributos conforme definido em lei.
rePartição triButária
Apesar de cada ente possuir uma competência tributária específica, o produto da arre-
cadação não necessariamente pertencerá a ele em sua totalidade. Tendo em vista a melhor 
distribuiçãoda receita pública entre os entes para consecução de suas obrigações legais, 
a Constituição estabeleceu que o produto da arrecadação tributária fosse redistribuído por 
meio da repartição tributária, segundo as regras e parâmetros por ela estabelecidos.
O ente arrecadador deve realizar o registro da receita pelos valores brutos e o respectivo 
valor a transferir no passivo por meio de provisão.
No ente recebedor, o valor do direito a ser reconhecido deve corresponder à melhor esti-
mativa, até o recebimento efetivo da transferência, quando deve observar o valor justo para o 
devido registro contábil.
A estimativa pode ser obtida mediante informação direta do ente transferidor, estimativa 
histórica ou qualquer outro método que se mostre mais confiável, a depender da natureza do 
crédito em questão.
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Somente após a arrecadação do tributo pelo ente transferidor, e uma vez atendidos os requi-
sitos para reconhecimento de um ativo, o ente recebedor deverá reconhecer o crédito a rece-
ber em contrapartida de variação patrimonial aumentativa.
Caso o ente recebedor não possua informação que suporte o registro contábil, o registro 
do ativo deverá ser realizado apenas quando da transferência propriamente dita.
transferênCias voluntárias
Entende-se por transferência voluntária a entrega de recursos correntes ou de capital a 
outro ente da Federação, a  título de cooperação, auxílio ou assistência financeira, que não 
decorra de determinação constitucional, legal ou os destinados ao Sistema Único de Saúde 
(SUS).
Para o reconhecimento contábil, o ente recebedor deve registrar a receita orçamentária 
apenas no momento da efetiva transferência financeira, pois, sendo uma transferência vo-
luntária, não há garantias reais da transferência. Por esse motivo, a regra para transferências 
voluntárias é o beneficiário não registrar o ativo relativo a essa transferência.
Apenas nos casos em que houver cláusula contratual garantindo a transferência de recur-
sos após o cumprimento de determinadas etapas do contrato, o ente beneficiário, no momen-
to em que já tiver direito à parcela dos recursos e, enquanto não ocorrer o efetivo recebimento 
a que tem direito, deverá registrar um direito a receber no ativo.
doações
Doações são transferências voluntárias de ativos incluindo dinheiro ou outros ativos mo-
netários e bens em espécie para outra entidade.
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As doações são reconhecidas como ativos e variações patrimoniais aumentativas quan-
do for provável que os benefícios econômicos futuros ou potencial de serviços fluam para a 
entidade e que o valor justo dos ativos possa ser mensurado de maneira confiável.
As doações recebidas em dinheiro, além de serem reconhecidas como variações patrimoniais 
aumentativas, por força do art. 57 da Lei n. 4.320/1964, também, deverão ser reconhecidas 
como receitas orçamentárias.
Multas
Multas são benefícios econômicos ou potencial de serviço recebidos ou a receber em 
consequência da violação de exigências legais, regulamentares ou contratuais. Em que pese 
se tratar de uma transferência, recebe tratamento especial devido a seu caráter de natureza 
punitiva e coercitiva.
As multas satisfazem a definição de transação sem contraprestação porque não impõem 
ao governo, em troca, quaisquer obrigações que possam ser reconhecidas como passivo.
Normalmente, são cobradas em montante fixo pelo descumprimento de obrigações legais 
ou regulamentares, porém podem ser arbitradas em certos casos, de acordo com a relevância 
da infração ou reiteração da conduta indesejada, conforme legislação aplicada.
Uma transação sem contraprestação com entrada de recursos para o governo, via de 
regra, gera VPA para o ente ou órgão recebedor. Em contrapartida, a entrada de recursos pro-
voca a contabilização de um ativo.
Contudo, a transação pode gerar custos, o que implica a necessidade de contabilização de 
uma variação patrimonial diminutiva (VPD), como a exemplo a remuneração da rede bancária 
pela prestação de serviço de recebimento dos pagamentos de tributos pelos contribuintes.
Nesses casos, deve-se fazer a contabilização dos custos necessários ao recebimento ou 
funcionamento do item do ativo por meio da VPD correspondente.
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ativos oriundos de transações seM ContraPrestação
A entidade deve reconhecer o ativo oriundo de uma transação sem contraprestação quan-
do obtiver o controle de recursos que se enquadrem na definição de um ativo e satisfaçam os 
critérios de reconhecimento a seguir:
a) seja provável que benefícios econômicos futuros e potencial de serviços associados 
com o ativo fluam para a entidade; e
b) o valor justo do ativo possa ser mensurado em conformidade com as características 
qualitativas e com observância das restrições da informação contábil.
O ativo obtido deverá ser inicialmente mensurado pelo seu valor justo na data de aquisi-
ção.
Caso o ente receba numa transação sem contraprestação um item que possua caracte-
rísticas essenciais de ativo, mas que não satisfaçam os critérios para o reconhecimento, essa 
situação pode justificar sua evidenciação em notas explicativas como ativo contingente.
Nos casos em que houver especificações sobre ativos transferidos, deve-se analisar se 
há necessidade de contabilização de um passivo em conjunto com o ativo recebido pelo ente.
Passivos oriundos de transações seM ContraPrestação
Quando se tratar de ativos transferidos que incluem uma exigência de que o ativo transfe-
rido seja devolvido ao transferente se não utilizados no modo especificado, estaremos diante 
do que se chama de condições sobre ativos transferidos, ou apenas condições.
Condições sobre ativos transferidos são especificações que determinam que os benefí-
cios econômicos futuros ou o potencial de serviços incorporados no ativo devam ser consu-
midos pelo recebedor conforme especificado. Caso contrário, os benefícios econômicos fu-
turos ou o potencial de serviços incorporados no ativo devem ser devolvidos ao transferente.
Nesse caso, observa-se a obrigação de consumo ou utilização dos ativos recebidos de 
forma determinada e, ainda, em caso de não observância desses pré-requisitos, tem-se a ne-
cessidade de devolução dos ativos recebidos ou de outros benefícios econômicos.
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Note que, na situação acima descrita, deduz-se que o ente é incapaz de evitar uma saída 
de recursos ao receber o controle de ativos sob condição. Nessas circunstâncias, a obtenção 
do controle sobre ativos gera uma obrigação presente de transferência de recursos ou poten-
cial de serviços a terceiros, por isso deve ser constituído um passivo equivalente pelo ente 
recebedor.
Quando se tratar apenas de restrições sobre ativos transferidos, ou apenas restrições, em 
que pese a possibilidade de o ente recebedor ser responsabilizado ou demandado adminis-
trativamente ou judicialmente a posteriori, não há necessidade de contabilização inicial de 
passivo.
Restrições sobre ativos transferidos são especificações que limitam ou direcionam os 
objetivos pelos quais um ativo transferido pode ser utilizado, mas que não determinam que 
benefícios econômicos ou potencial de serviços futuros devem ser devolvidos ao transferente 
caso não utilizados conforme especificado.
Nesses casos, há apenas especificações que limitam ou direcionam os objetivos pelos 
quais um ativo transferido pode ser utilizado, mas que não determinam que benefícios eco-
nômicos ou potencial de serviços futuros devam ser devolvidos ao transferente caso não 
utilizados conforme especificado.
reCeita de transação CoM ContraPrestação
Transação com contraprestação é aquela em que a entidade recebe ativos ou serviços ou 
tem passivos extintos e entrega valor aproximadamente igual em troca, prioritariamente sob 
a forma de dinheiro, bens, serviços ou uso de ativos.
As variações patrimoniais aumentativas decorrentes de transações com contraprestação 
compreendem apenas os valores brutos de benefícios econômicos ou potencial de serviços 
recebidos ou a receber pela entidade em decorrência de suas atividades.
Os valores recebidos em nome de terceiros não constituem benefícios econômicos ou 
potencial de serviços da entidade, por não resultar em aumentos de ativos ou redução de 
passivos, por exemplo: o recebimento de tarifas de telefone e eletricidade pelos Correios em 
nome das prestadoras destes serviços. Portanto, em casos como esses, não são considera-
dos como VPA.
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A questão primordial na contabilização das VPA oriundas de transações com contrapres-
tação é determinar quando reconhecê-las.
Uma entidade que elabora e apresenta suas demonstrações contábeis de acordo com o 
regime de competência deve contabilizar a receita proveniente das seguintes transações e 
eventos com contraprestação:
a) prestação de serviços;
b) venda de bens; e
c) utilização, por parte de terceiros, de outros ativos da entidade que geram juros, royalties 
e dividendos.
Os empréstimos e financiamentos não se caracterizam como transações com contrapresta-
ção por não impactarem a situação patrimonial líquida, em razão de gerarem variações iguais 
entre ativos e passivos.
O valor da receita proveniente de transação é usualmente determinado por acordo com 
o comprador ou usuário do ativo ou serviço, assim deve ser mensurado pelo valor justo da 
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contraprestação recebida ou a receber, levando em consideração quaisquer descontos co-
merciais e/ou bonificações concedidos pela entidade.
Prestação de serviços
A prestação de serviços envolve usualmente a execução de tarefa estabelecida para um 
período. Os serviços podem ser prestados ao longo de um ou mais períodos.
Exemplos de serviços prestados por entidades do setor público para os quais receita é 
recebida em troca podem incluir o fornecimento de água e a gestão de pedágio de rodovias, 
entre outros.
Quando o produto de transação envolvendo a prestação de serviços puder ser mensurado 
confiavelmente, a receita associada à transação deve ser reconhecida considerando o estágio 
de execução (stage of completion) dos serviços prestados até a data de apresentação das 
demonstrações contábeis.
Conforme esse método, a receita deve ser reconhecida nos exercícios contábeis nos quais 
os serviços forem prestados.
Por exemplo, a entidade que presta serviços de avaliação patrimonial deve reconhecer 
as receitas à medida que cada avaliação for realizada; assim, o reconhecimento de receita 
nessa base fornece informação útil acerca da extensão e desempenho da atividade durante 
o exercício.
A receita com uma transação com contraprestação pode ser estimada confiavelmente 
quando todas as seguintes condições forem satisfeitas:
a) o montante da VPA puder ser mensurado confiavelmente;
b) for provável que os benefícios econômicos ou potencial de serviços decorrentes da 
transação fluirão para a entidade;
c) a proporção dos serviços já executados à data de apresentação das demonstrações 
contábeis puder ser mensurada confiavelmente; e
d) os custos incorridos na transação e os custos para concluir a transação puderem ser 
mensurados confiavelmente.
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Receita de Transação sem Contraprestação
CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO
Nas operações envolvendo prestação de serviços, quando o resultado da transação não pu-
der ser mensurado confiavelmente e for improvável que os custos incorridos sejam recupera-
dos, a VPA não é reconhecida e os custos incorridos são reconhecidos como VPD.
venda de Bens
A instituição pode vender os bens que foram produzidos pela entidade com o propósito de 
venda, como publicações e bens comprados para revenda, como terrenos ou outras proprie-
dades mantidas para revenda.
VPA decorrente da venda de bens deve ser reconhecida quando as seguintes condições 
tiverem sido satisfeitas:
a) a entidade tiver transferido ao comprador todos os riscos e benefícios significativos 
inerentes à propriedade dos bens e não mantiver envolvimento continuado na gestão dos 
bens vendidos, nem em grau normalmente associado à sua propriedade nem relacionado ao 
efetivo controle de tais bens;
b) o valor da VPA puder ser mensurado confiavelmente e dos custos incorridos na transa-
ção e os custos para concluir a transação puderem ser mensurados confiavelmente.
c) for provável que os benefícios econômicos ou potencial de serviços provenientes da 
transação fluirão para a entidade.
Na maior parte das vendas, a transferência dos riscos e benefícios da propriedade se dá 
com a transferência da titularidade legal ou da transferência da posse do ativo ao comprador. 
Entretanto, há casos específicos em que a transferência dos riscos e dos benefícios ocorre em 
momento distinto da transferência da titularidade legal ou do controle.
Se a entidade mantiver riscos significativos de propriedade, a transação não é uma venda e a 
variação patrimonial aumentativa não é reconhecida.
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