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Movimentos Sociais - Lívia A de Souza

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
DIREITO 
 
 
 
 
 
 
 
 
LÍVIA AGUIAR DE SOUZA 
 
 
202008118859 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O FEMINISMO 
 
 
À LUZ DA TEORIA DE ÉMILE DURKHEIM 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MACAÉ 
 
 
2020
 
Introdução 
 
 
“Cabe ressaltar que os movimentos sociais são aqui compreendidos como coletividades 
formadas por uma pluralidade de atores sociais, individuais e organizacionais ligados em 
modelos de interação, com base em identidades compartilhadas construídas mediante relações 
de conflito e cooperação.” (Diani, 2003; Melucci, 1996) 
 
 
Os movimentos sociais são formados por grupos de indivíduos que defendem e 
demandam por uma causa social e política. É uma forma da população se organizar e exigir os 
seus direitos. São fenômenos históricos, que resultam de lutas sociais, que vão transformando e 
introduzindo mudanças estruturais nas sociedades. No Brasil, os movimentos sociais 
ganharam força na década de 70, por serem fortes opositores ao regime militar da época. 
 
 
Desenvolvimento 
 
 
1.1. O Feminismo 
 
 
O Feminismo (do latim femĭna, significa “mulher”) é um conceito que surge no século 
XIX, o qual se desenvolveu como movimento filosófico, social e político. Sua principal 
caraterística é a luta pela igualdade de gêneros. Muito distinto da demonização recente 
do movimento social, o Feminismo não busca uma “vingança” ou qualquer inversão de valores, 
mas sim busca a equidade de direitos e participação social. 
 
 
Na Revolução Francesa (1789) a “Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão”, 
escrito no ano da Revolução, foi combatida pela “Declaração dos Direitos da Mulher e da 
Cidadã”, escrito pela feminista francesa Olympe de Gouges (1748-1793) em 1791. 
 
 
Entretanto, foi a partir da Revolução Industrial no século XIX, que essa perspectiva 
muda de maneira substancial. Devido ao êxodo rural, o início da fabricação em massa e falta de 
mão-de-obra as mulheres começaram a trabalhar nas fábricas, fazendo parte da força 
econômica do país. Dessa forma, foi iniciada a 1ª onda do movimento feminista. 
 
 
Assim, aos poucos, os movimentos feministas espalhados pelo mundo, principalmente 
localizados na Europa, foram crescendo e cada vez mais lutando e conquistando diversos 
direitos reivindicados pelas mulheres, principalmente o direito à educação e ao voto.
 
A segunda onda do feminismo é um período de atividade feminista que começou 
na década de 1960 nos Estados Unidos e se espalhou por todo o mundo. Nos Estados Unidos, o 
movimento durou até o início da década de 1980. Mais tarde, tornou-se um movimento mundial 
que era forte na Europa e em partes da Ásia, como Turquia e Israel, onde começou na década 
de 1980. O movimento começou outras vezes em outros países. 
 
 
Enquanto a primeira onda do feminismo era focada principalmente no sufrágio e na 
derrubada de obstáculos legais à igualdade de gênero, ou seja, direito ao voto, direitos 
de propriedade, direito à educação, a segunda onda do feminismo ampliou o debate para 
questões distintas: sexualidade, família, mercado de trabalho, direitos reprodutivos etc. 
 
 
Essa segunda onda do movimento feminista foi uma reação tardia à exclusão feminina 
do mercado de trabalho e a reinserção de ex-soldados após o fim da Segunda Guerra Mundial. 
Além disso, também visou debates até hoje presentes no movimento, como, por exemplo, o 
planejamento familiar, a legalização do aborto e a disponibilização de contraceptivos. 
 
 
A terceira onda do feminismo começou no início da década de 1990, como uma resposta 
às supostas falhas da segunda onda, e como uma retaliação a iniciativas e movimentos criados 
pela segunda onda. Essa fase do movimento perdura até os dias de hoje e foca no combate das 
violências e violações vividas pelas mulheres, sexualidade e aborto. 
 
 
O movimento reivindicou e reivindica diversos direitos feminismo dentro da sociedade 
contemporânea. 
 
 
"Ninguém nasce mulher: torna-se mulher" (Simone de Beauvoir) 
 
 
1.2. Movimentos Sociais e Émile Durkheim 
 
 
Para autores como Karl Marx, Émile Durkheim e Max Weber, os movimentos sociais 
são fenômenos racionais, em que os sujeitos se aglomeram voluntariamente em torno de uma 
causa ou ideia comum para mudar um paradigma ou defender um direto. 
 
 
Deve-se observar que o sociológico, Émile Durkheim, enfatiza sobre a consciência 
coletiva, ou seja, conjunto das crenças e dos sentimentos comuns à média dos membros de uma 
mesma sociedade ou grupo social, formando um sistema determinado com vida própria. Dessa
 
forma, essa mesma consciência também é identificada como instrumento de controle social, 
visto que é capaz de infringir coação aos indivíduos pertencentes a esse grupo social. 
 
 
Urge salientar que outra teoria fundamental para o entendimento dos movimentos 
sociais é sobre os fatos sociais, Durkheim demonstra que os fatos sociais têm existência própria 
e independem daquilo que pensa e faz cada indivíduo em particular. 
 
 
É possível traçar um paralelo entre a teoria de Émile Durkheim e o feminismo. Sendo 
observado o machismo como um fato social, ou seja, um acontecimento recorrente na sociedade 
que independe da vontade individual e até coletiva feminina. 
 
 
E na mesma perspectiva, a consciência coletiva do movimento traz parâmetros para o 
comportamento dos pertencentes de seu movimento e até daqueles que interferem no mesmo, a 
sociedade como um todo. 
 
 
Por fim, pode-se reconhecer o Feminismo como uma instituição social, um instrumento 
regulador e normativo das ações humanas, as quais reúne um conjunto de regras 
e procedimentos para a convivência social. Essa instituição, porém, não age de maneira isolada 
e hoje recebe apoio de outros movimentos sociais da contemporaneidade, como, por exemplo, 
o Movimento Negro e o Movimento LGBTQI+. 
 
 
Conclusão 
 
 
Conclui-se que o Feminismo tem uma diversidade extrema em sua construção social e 
abrange mulheres em todo o planeta, na tentativa de combater os abusos vividos diariamente, 
apesar da demonização desse mesmo movimento. Sua atuação é fundamental para 
a democratização da sociedade, assim como para a resistência feminina. 
 
 
“Você tem que agir como se fosse possível transformar radicalmente o mundo. E você 
tem que fazer isso o tempo todo.” (Angela Davis) 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências 
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feminista/?https://www.politize.com.br/&gclid=Cj0KCQjw5eX7BRDQARIsAMhYLP_
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II. https://pt.wikipedia.org/wiki/Terceira_onda_do_feminismo 
 
III. https://www.todamateria.com.br/instituicoes-sociais/ 
 
IV. https://educacao.uol.com.br/disciplinas/sociologia/durkheim-2-a-consciencia-coletiva-e-
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V. http://www.pbh.gov.br/smed/cape/artigos/textos/joao.htm 
 
VI. http://www.sociologia.com.br/movimentos-sociais/ 
 
VII. https://www.preparaenem.com/sociologia/movimentos-sociais.htm 
 
VIII. https://pt.wikipedia.org/wiki/Segunda_onda_do_feminismo#:~:text=A%20segunda%20
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ais%20tarde%2C%20tornou%2Dse%20um,come%C3%A7ou%20na%20d%C3%A9cad
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IX. https://pt.wikipedia.org/wiki/Queima_de_suti%C3%A3s 
 
X. https://www.todamateria.com.br/feminismo/ 
 
XI. https://www.jusbrasil.com.br/topicos/26571845/feminismo 
 
XII. https://www.scielo.br/pdf/rsocp/v18n36/03.pdf 
 
XIII. https://www.politize.com.br/movimentos-sociais/ 
 
XIV. https://www.ipea.gov.br/participacao/images/pdfs/carlos_movimentos%20sociais%20e
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https://www.todamateria.com.br/feminismo/
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/26571845/feminismo
https://www.scielo.br/pdf/rsocp/v18n36/03.pdf
https://www.politize.com.br/movimentos-sociais/
https://www.ipea.gov.br/participacao/images/pdfs/carlos_movimentos%20sociais%20e%20instituies%20participativas_rbcs.pdf
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