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Biossegurança 3

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- -1
BIOSSEGURANÇA
MEDIDAS DE CONTROLE DE INFECÇÕES
Carla Danielle Dias Costa
- -2
Olá!
Você está na unidade Medidas de controle de infecções. Conheça aqui o conceito de infecções e como as
bactérias são responsáveis pelo desenvolvimento de doenças. Entenda, ainda, as ações que podem ser
empregadas em ambientes de saúde para que haja a diminuição da proliferação destes microorganismos nos
indivíduos e também no ambiente.
Aprenda também sobre os aspectos envolvidos na resistência das bactérias a medicamentos e a produtos com
funções bactericida e bacteriostática. Conheça os fatores que favorecem a infecção hospitalar, bem como as
formas de isolamento bacteriano.
Bons estudos!
- -3
1 Introdução ao controle de infecções
Para compreender sobre as medidas empregas no controle de infecções em ambiente de saúde, é necessário o
conhecimento sobre as características gerais das bactérias, quais são as vias pelas quais elas podem infectar os
humanos, assim como conhecer a ação das substâncias que podem ser empregas com a finalidade de diminuir ou
eliminar tais microorganismos do corpo humano, assim como de objetos e locais físicos.
Assista aí
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/746b3e163a5a5f89a10a96408c5d22c2
/5e838572df1072b1b00a1de34b909c29
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1.1 Características gerais das bactérias
Segundo Tortora et al (2012, p. 4), as bactérias são microorganismos , ou seja, possuem apenasunicelulares
uma célula e por isso acabam se tornando microorganismos de estrutura simples. Elas são classificadas como
microorganismos devido à inexistência de membrana celular envolvendo seu material genético.procariontes
Quando nos referimos às células bacterianas, é importante sabermos que elas possuem várias morfologias, ou
seja, elas podem se apresentar de formas diferentes quando vistas no microscópio. De acordo com Tortora et al
(2012, p.4), esses microorganismos podem apresentar-se, geralmente, como , sendobacilos, cocos e espirilos
que os cocos são estruturas esféricas, já os bacilos são mais alongados, em forma de bastão, e os espirilos se
diferenciam por serem curvados ou apresentarem uma aparência muito semelhante a um saca-rolhas.
Figura 1 - Morfologia das bactérias
Fonte: Lotus_studio, Shutterstock, 2020.
#PraCegoVer: a imagem mostra a representação de bactérias em formato de bacilos (estrutura semelhante a
um bastão), vistas em microscópio, a qual refere-se a uma das morfologias que as bactérias podem ter.
As bactérias são microorganismos tão pequenos que não podem ser vistos a olho nu, por isso é necessária a
utilização do microscópio para que seja possível enxerga-las. Elas são medidas quanto ao seu comprimento e
largura e esta medida é feita na unidade de micrômetro (µm), que equivale a 10 milímetros. Estes3 
microorganismos apresentam, então, tamanhos entre 0,1 a 6,0 µm e são identificados por meio da coloração de
Gram, após a avaliação das lâminas do material coletado. 
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Outras informações interessantes quanto às bactérias são aquelas em relação a suas formas de reprodução e
nutrição. A é a principal forma de reprodução das células bacterianas, neste processo, o quefissão binária
ocorre é que uma célula bacteriana se divide em duas outras células exatamente iguais. Este processo facilita a
proliferação dos microorganismos quando estão presentes nos organismos sejam eles vivos ou inanimados.
Outro fator que favorece o crescimento das células bacterianas é que elas se alimentam de compostos orgânicos
encontrados na natureza, como carbono, enxofre, oxigênio presentes em organismos vivos ou mortos. No
entanto, elas também podem se nutrir de compostos inorgânicos ou até mesmo produzir o seu próprio alimento,
através do processo de fotossíntese, de acordo com Tortora et al (2012, p. 4).
1.2 Definição de infecções
Os microorganismos podem penetrar no corpo humano e não causar nenhuma doença, porém quando há o
crescimento elevado de germes no interior dos órgãos e ou tecidos, caracterizamos este quadro como uma 
, segundo Tortora et al (2012, p. 865). Quando esta infecção se dá devido a presença de bactérias,infecção
denominamos este fato como uma . Este tipo de infecção tem preocupado inúmeros órgãosinfecção bacteriana
de saúde, pois as bactérias se multiplicam de maneira exponencial, agravando a severidade da doença e, caso não
seja empregado nenhum tipo de tratamento, visando diminuir ou eliminar estes microorganismos ali presentes,
o indivíduo pode evoluir a óbito por ou, como conhecido popularmente, infecção generalizada.septicemia 
A pele e a mucosa íntegra são para a instalação destes microorganismos nos organismosportas de entrada
vivos. No entanto, quando estas estruturas encontram-se danificadas devido a ferimentos, mordidas ou pela
administração por injeções, cirurgias e perfurações, diz-se que houve deposição direta destes patógenos nos
tecidos, o que potencializa o seu crescimento e multiplicação. Sendo assim, faz-se necessário o estabelecimento
de medidas que visem a diminuir os riscos de contaminação e infecção destas estruturas por microorganismos
em geral, conforme Tortora et al (2012, p. 429).
Para evitar as infecções causadas pelo contato com bactérias, as portas de entrada do nosso organismo devem
ser preservadas, sendo assim é muito importante preservar a estrutura da pele íntegra, evitar o contato de
mucosas com gotículas e aerossóis de amostras potencialmente infectantes com a utilização de máscaras e
demais equipamentos de proteção individual.
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2 Higienização das mãos
A é uma das principais estratégias a serem empregadas visando o higienização das mãos controle das
 em ambientes de saúde, pois através desta técnica simples é possível diminuir o número deinfecções
microorganismos presentes nas mãos dos profissionais da área da saúde, que muitas vezes carregam consigo
estes patógenos e ao entrarem em contato com os pacientes, que, mesmo de maneira inconsciente, acabam
sendo fontes de transmissão de microorganismos.
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2.1 Técnica da lavagem das mãos
A técnica de lavagem das mãos foi instituída no intuito de garantir segurança ao profissional que irá proceder o
atendimento ao paciente, reproduzir determinadas técnicas no laboratório, manipular e ou fazer transporte de
amostras biológicas, assim como para o paciente, que receberá os cuidados e, consequentemente, será
manipulado pelos profissionais.
Considerando que o risco de transmissão de microorganismos a pacientes é algo comum nos laboratórios da
área da saúde, algumas precauções devem ser tomadas pelos profissionais a fim de se minimizar estas situações.
Sendo assim, o Conselho Federal de Fonoaudiologia (2006) estabeleceu algumas orientações importantes
referentes aos momentos necessários de se realizar a higienização das mãos, sendo:
antes e após o contato com o paciente;
antes de calçar e após remover as luvas de procedimentos;
entre procedimentos com um mesmo paciente, após contato com sangue ou qualquer outro fluído corporal;
após o contato com qualquer artigo ou equipamento contaminado;
no início e no final do turno de trabalho;
antes e após alimentação e uso de sanitário;
após tossir, espirrar ou assoar o nariz.
Para a realização da higienização das mãos e antebraços algumas condutas são imprescindíveis, sendo
recomendada a manutenção de unhas curtas, e, no momento da higienização, , como anéis,retirar adornos
pulseiras e relógios. As aberturas das torneiras devem ser feitas com as mãos, cotovelos ou quando disponível,
acionamento com os pés ou por meio de sensores. E, após iniciado o procedimento, evitar tocar em torneiras e
pias, conforme CFF (2006), Who (2009) e Brasil (2013).
Inicialmente, para a realização do procedimento de higienização, é necessário a disponibilidade de água
corrente, sabão líquido e papel toalha, assim como lixo comum, com abertura via pedal, para que não haja
contato das mãos com o objeto no momento de descartar o papel utilizado. Não são permitidas a utilização desabão em barra e toalhas de tecido para secagem das mãos, pois os mesmos são objetos que favorecem o
crescimento de microorganismos, por fatores como a umidade e a temperatura.
Para uma higienização adequada, recomenda-se a utilização de três a cinco mililitros de sabonete líquido, que
deve ser dispensado no centro das palmas das mãos, e, em seguida, esfregado em todas as partes, obedecendo a
seguinte ordem: palmas das mãos, dorso, espaço entre os dedos, polegar, unhas e pontas dos dedos e punhos. O
momento da secagem também é um ponto muito importante, pois pode ser nesta etapa que o profissional
contamine novamente as mãos, ao realizar o procedimento de maneira incorreta. Desta forma, é imprescindível
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que a secagem seja realizada com papel toalha da ponta dos dedos em direção aos punhos, de acordo com
Gonçalves et al (2014).
A das mãos é aquela em que se emprega um produto antisséptico no lugar dohigienização antisséptica
sabonete líquido, sendo geralmente utilizado o álcool em gel, conforme Gonçalves et al (2014). Os produtos
antissépticos são aqueles capazes de eliminar ou diminuir a reprodução dos micro-organismos, como é o
exemplo do álcool 70%. Neste caso, o procedimento segue a mesma ordem, com exceção da secagem, porém ele
não substitui a lavagem com o sabonete líquido, pois ela é responsável também pela remoção de sujidades que
estão presentes nas mãos. Desta forma, a higienização com produto antisséptico é uma prática complementar,
que visa a eliminação praticamente total dos microorganismos.
Figura 2 - Higienização das mãos
Fonte: Blamb, Shutterstock, 2020.
:#PraCegoVer a imagem mostra a representação da técnica de higienização das mãos, em que deve ser realizada
com sabonete líquido, pia com água corrente e ter disponível papel toalha. Para realizar esta técnica deve-se,
primeiramente esfregar o sabonete líquido nas palmas das mãos, dorso, espaço entre os dedos, polegar, unhas e
pontas dos dedos e punhos. Secar com papel toalha, na direção das pontas dos dedos aos punhos.
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2.2 Higienização de ambientes
A higienização de ambientes é um mecanismo de controle de infecções muito importante, pois, devido aos
processos de a serem realizados diariamente, isso minimiza os riscos dos profissionais edescontaminação
pacientes que transitam pelos estabelecimentos e laboratórios de saúde estarem em contato com muitos
microorganismos no dia-a-dia.
É muito importante que este processo seja realizado com frequência e por profissionais capacitados, pois além
de garantir condições de limpezas adequadas, tais ações contribuem significativamente para a redução de
chance de infecção de todos os indivíduos que acessam as unidades de saúde.
De acordo com Ferreira et al (2006), é caracterizada por ser uma técnica que emprega processosa desinfecção
físicos ou químicos, visando a eliminar de maneira significativa microorganismos patogênicos presentes em
objetos inanimados e superfícies, no entanto, este processo não é capaz de eliminar os esporos das bactérias.
Sendo assim, ele não é eficiente para todos os tipos de patógenos.
A desinfecção de superfícies e ambientes deve ser realizada diariamente utilizando álcool 70% ou hipoclorito
 Em casos de procedimentos laboratoriais que por ventura gerem respingos oude sódio a 0,1%.
derramamentos, é importante avaliar o tipo de amostra envolvida, para empregar o descontaminante adequado,
conforme Martins (2006). Em geral, é aplicado hipoclorito 0,1% sob a matriz biológica, deixando agir por cerca
de 30 minutos para completa inativação microbiológica, em seguida, procede-se a limpeza da superfície com
água, de acordo com Chaves (2016).
Segundo Santos e Ribeiro (2017), as bancadas dos laboratórios de saúde devem ser limpas e descontaminadas
em dois momentos, sendo no início e após a jornada de trabalho e sempre que houver derramamento ou
respingo de amostras biológicas, sejam elas potencialmente ou não infectantes.
Um ponto importante a ser abordado é que, para a realização do processo de higienização e descontaminação
dos ambientes e superfícies, o profissional que o realizará deverá utilizar-se dos equipamentos de proteção
individual necessários, como descrito na Resolução SS-37434, como luva de borracha, óculos de proteção, jaleco
e máscara.
Caso os profissionais responsáveis por este processo não façam o uso correto dos equipamentos de proteção
individual, o contato direto com esses produtos pode levar a efeitos indesejados, como irritação, ardência,
coceira das mãos, das mucosas ou qualquer região que tenha sido exposta a estas substâncias, podendo levar a
sensibilização e até mesmo a intoxicação ocupacional.
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3 Resistência bacteriana
A é caracterizada pela capacidade da bactéria em resistir a ação dos antibióticos, que resistência bacteriana 
visam a destruir totalmente as células deste microorganismo. Neste contexto, as bactérias que são sensíveis à
ação do antibiótico serão eliminadas, no entanto, as que não morrem durante o tratamento, se multiplicam
gerando outros microorganismos também resistentes aquele medicamento empregado, podendo causar novas
infecções, que não serão eliminadas com os fármacos já existentes.
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3.1 Fatores que favorecem a resistência microbiana
Segundo Tortora et al (2012), a resistência bacteriana é um processo natural dos próprios microorganismos,
visto que existem subpopulações resistentes à ação de diversos tipos de antibióticos, como é o caso dos 
, que são naturalmente resistentes a qualquer classe de cefalosporinas. Conforme Aires (2017), esteenterococcus
processo é algo inevitável, pois sempre haverá espécies e subgrupos que não sofrerão ação da medicação
empregada, no entanto, a utilização do fármaco correto, associado à administração correta, podem favorecer a
uma diminuição dos índices de resistência bacteriana.
Existem vários fatores que levam à resistência microbiana, um deles é a capacidade de subpopulações
bacterianas de se adaptarem. Outra condição se dá pelo uso excessivo de antibióticos na medicina, visto que os
mesmos também são empregados na produção de alimentos animais e na agricultura, também favorecendo o
aumento da resistência a estas drogas em todo o mundo, conforme Santos (2004). Além disso, a automedicação é
levantada como uma das grandes causas da resistência, pois, nesta prática, o paciente faz o uso de algum
antibiótico sem orientação e indicação médica. Neste momento, o indivíduo faz uso do medicamento tomando
por base as orientações de canais como a internet, indicação de amigos e/ou parentes, sem ter nenhum tipo de
conhecimento acerca do microorganismo ali presente, apenas se amparando em conhecimentos empíricos.
Dentro da saúde pública, este assunto tornou-se o principal problema de saúde mundial, afetando todos os tipos
de países e nações. Devido a toda essa problemática, o uso indiscriminado de antibióticos no meio hospitalar é
um problema mundial que vem preocupando a todos. Infecções causadas por bactérias patogênicas conhecidas,
como, por exemplo, e , e infecções causadas por alguns patógenosstaphylococcus aureus enterococcus
reemergentes, como , não podem ser curadas com as drogas antimicrobianasmycobacterium tuberculosis
existentes, conforme Santos (2004).
A maneira ideal para evitar a resistência bacteriana é proceder a identificação dos microorganismos presentes
nas amostras biológicas do paciente em questão e isto é feito coletando de maneira adequada o material
biológico para ser submetido ao exame de cultura, no qual haverá o crescimento de microorganismos, para a
consequente identificação por meio da coloração de Gram e aplicação das provas bioquímicas. O processo de
coloração de Gram é usado para classificar as bactérias em Gram-positivas ou Gram-negativas, conforme fixam
ou não o corante.
Assista aí
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/746b3e163a5a5f89a10a96408c5d22c2
/c3c09cf6eeeffcf3447e719cc6231ac4
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3.2 Prevenção a resistência microbianaVisando a garantir a prevenção à resistência microbiana, em 1998, o Brasil instituiu o Programa de Controle de
Infecções Hospitalares, que tinha como objetivo reduzir as taxas de números novos de infecções hospitalares e,
consequentemente, o grau de severidade destas infecções, fazendo a qualificação da equipe de saúde que atuava
diretamente com estas doenças, assim como a capacitação da agência sanitária. Assim ficou estabelecido, pela
primeira vez, algumas estratégias, como o uso racional de produtos com ação bactericidas, germicidas e
, além da necessidade de se implantar indicadores no uso demateriais de uso médico-hospitalares
antimicrobianos, conforme Brasil (1998).
Os produtos que possuem ação germicida possuem a capacidade de eliminar boa parte dos micro-organismos
presentes em superfícies humanas e inanimadas, de forma que irão destruir a membrana celular dos
microorganimos, levando o microorganismo à morte.
No intuito de reforçar foi criado o Plano de Ação Nacionalas medidas de proteção a resistência microbiana
de Prevenção e Controle da Resistência aos Antimicrobianos (PAN-BR), o qual possui eixos estratégicos,
operacionais e de monitoramento, que compreenderá o período de 2018 a 2022, pautando-se em cinco
:objetivos inovadores
melhorar a conscientização e a compreensão a respeito da resistência aos antimicrobianos por meio de
comunicação, educação e formação efetivas;
fortalecer os conhecimentos e a base científica por meio da vigilância e da pesquisa;
reduzir a incidência de infecções com medidas eficazes de saneamento, higiene e prevenção de infecções;
otimizar o uso de medicamentos antimicrobianos na saúde humana e animal;
preparar argumentos econômicos voltados ao investimento sustentável e aumentar os investimentos em novos
medicamentos, meios diagnósticos e vacinas e outras intervenções.
As medidas de prevenção adotas pelo PAN-BR são estratégias inovadoras que requerem apoio dos gestores das
unidades de saúde, assim como dos prestadores de serviço, no entanto, se faz eficaz na tentativa de minimizar os
danos causados por medicamentos antimicrobianos, que levam às infecções hospitalares.
Fique de olho
Um dos fatores que favorecem a resistência bacteriana é a utilização indiscriminada de
antibióticos, assim como o tratamento inadequado fazendo uso deste tipo de medicamento.
Tais prática potencializam o surgimento de bactérias cada vez mais resistentes. Deste modo, a
Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que, em 2050, a principal causa de morte será a
- -14
Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que, em 2050, a principal causa de morte será a
resistência bacteriana.
- -15
4 Infecção hospitalar
As infecções hospitalares também são conhecidas como sendo infecções e referem-se a qualquernosocomiais
infecção adquirida após a admissão do paciente no hospital, em casas de repouso ou outros estabelecimentos
para cuidados de saúde. Estas infecções causam muitos transtornos financeiros às unidades de saúde e geram
muita preocupação aos pacientes e familiares envolvidos, pois aumentam os dias de internação e podem
comprometer o estado de saúde dos mesmos.
- -16
4.1 Características gerais das infecções hospitalares
O ministério da saúde realizou um estudo informando que a taxa de , em 2019, atingiuinfecções hospitalares
cerca 14% das internações. De acordo com Tortora et al (2012), tais infecções estão relacionadas com diversos
fatores, como a disponibilidade de em ambientes de saúde; a presença demicroorganismos patogênicos
pacientes com debilitadas ou enfraquecidos e as formas de transmissão destescondições fisiológicas
microorganismos entre pacientes, profissionais, fômites e, também, a . No entanto, para quetransmissão aérea
estas infecções se manifestem é necessário a relação entre as três condições expostas.
As infecções hospitalares também podem ser chamadas de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (IRAS)
e podem acontecer em ambientes como ambulatórios, consultórios e outras unidades de atendimento à saúde,
além do ambiente hospitalar, de acordo com Silva e Padoveze (2011).
Os ambientes hospitalares são lugares que possuem um fluxo muito grande de pessoas, tais como os
profissionais da saúde, pacientes e também acompanhantes. Este fato contribui para a alta quantidade de
microorganismos neste ambiente, mesmo eles não sendo patogênicos. No entanto, devido à presença de pessoas
com sistema imunológico enfraquecido, estes microorganismos penetram no organismo destes indivíduos e
iniciam um processo de multiplicação e proliferação, causando doenças infecciosas, conforme Tortora et al
(2012, p.414).
Além de considerar fatores inerentes ao paciente, outas situações também potencializam os riscos de se adquirir
as IRAS, como o tempo de permanência do paciente nas unidades de saúde, a necessidades de procedimentos
, o uso de , o uso excessivo de antibióticos e outros, segundo Silva e Padovezecirúrgicos sondas urinárias
(2011).
Visando a estabelecer medidas de prevenção e redução das taxas de infecções hospitalares nas unidades de
saúde, foi estabelecida a Lei 9.431 de 1997, que determina uma série de ações de prevenção e de controle, que
foram estabelecidas pelo , que é coordenado pela Programa de Controle de Infecções Comissão de Controle
de Infecção Hospitalar (CCIH).
- -17
4.2 Métodos de prevenção as infecções hospitalares
As principais IRAS estão relacionadas com as infecções do trato respiratório inferior, trato urinário, infecções de
feridas cirúrgicas, infecções cutâneas, bacteremias e outros, conforme Tortora et al (2012, p. 415). Dessa forma,
medidas de prevenção gerais e específicas são estabelecidas, visando a diminuição dos casos nas unidades
hospitalares e ambulatoriais.
Dentre as medidas de prevenção de infecção do trato respiratório, estão a vigilância da pneumonia relacionada a
ventilação mecânica (PAV); cálculos das taxas de PAV; informação dos dados destes índices para a equipe de
saúde e a associação destas informações a medidas de prevenção relevantes, como a higienização das mãos,
treinamento da equipe multiprofissional de saúde, de acordo com seu envolvimento na prevenção de IRAS,
segundo ANVISA (2013).
Considera-se que o uso de cateter é o fator principal para o desenvolvimento de infecções do trato urinário
(ITU), desse modo, diversas medidas devem ser tomadas, a fim de se evitar estas infecções e, com base nisso, a
Agência de Vigilância Sanitária estabeleceu em 2013 algumas recomendações para a prevenção desta doença.
Tais recomendações baseiam-se em elaborar e estabelecer protocolos de fácil entendimento quanto ao uso,
inserção e manutenção do cateter; monitoramento dos pacientes que fazem uso deste equipamento; educação
permanente e treinamento a toda equipe de saúde envolvida neste processo de inserção, cuidados e manutenção
de cateter urinário; além de avaliar os riscos e benefícios associados a utilização deste dispositivo.
Outro fator importante quando se trata da prevenção das IRAS é a limpeza e a desinfecção dos ambientes
hospitalares e ambulatoriais e, dentro desta limpeza, devem estar incluindos pisos, paredes, macas, cadeiras de
rodas e toda parte de móveis do quarto que estão inseridos os pacientes, incluindo colchões, roupas de cama e
afins, segundo Silva e Padoveze (2011).
Assista aí
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/746b3e163a5a5f89a10a96408c5d22c2
/eaa86ec525ce36d88c393390b90e32db
Fique de olho
A secretaria de saúde do estado do Paraná disponibilizou no seu site uma lista com perguntas
frequentes acerca de infecções hospitalares, que pode ajudar a responder algumas dúvidas que
possam ter surgido ao longo do material.
- -18
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5 Isolamento microbiano
O isolamento bacteriano refere-se a um conjunto de técnicas que são empregadas com o intuito de conhecer os
diferentes tipos microbianos, além de fornecer informações microbiológicas completas, garantindo a
identificação precisa dos microorganismos, de modo queseja possível avaliar a susceptibilidade a
antimicrobianos.
- -20
5.1. Principal técnica de isolamento microbiano
Para se realizar o diagnóstico de doenças causadas por fungos ou bactérias, podem ser empregados diversos
procedimentos, no entanto, o diagnóstico definitivo é feito pelo isolamento e, em seguida, pela identificação dos
microorganismos presentes na amostra biológica coletada. Neste caso, todos estes procedimentos são realizados
no exame bacteriológico ou na cultura, como também pode ser chamado, conforme Martinez e Tadei (2005).
As amostras biológicas como pus, escarro e urina, quando avaliadas no exame bacteriológico, apresentam
diversos tipos de bactérias, da maneira muito semelhante a quando se avalia amostras de solo, água e alimentos.
Essas amostras são semeadas em meios de cultura sólido (ágar), a fim de se formar cópias exatas do
microorganismo de origem, que são as colônias. Para que sejam identificadas colônias puras de bactérias, é
necessário o espalhamento completo da amostra ao longo de todo o meio de cultura disponível nas placas de
Petri, para que, assim, as bactérias possam crescer o mais isolado uma das outras, conforme Tortora et al (2012,
p.170).
Para se identificar um patógeno microbiano de maneira satisfatória, é necessário realizar a seleção ideal dos
meios de cultura, das condições atmosféricas e de outros fatores essenciais, como a disponibilidade de
nutrientes. No isolamento de rotina, os microorganismos podem ser inoculados em placas de ágar sangue e ágar
MacConkey, sendo que, após este processo, as amostras são levadas para incubação em estufa a 37 graus celsius,
de 24 a 48 horas. Um ponto importante a se observar é a temperatura e pressão atmosférica as quais estas
amostras estão sendo incubadas, de acordo com Martinez e Tadei (2005).
O método de esgotamento por estrias é o método de isolamento mais empregado para obter culturas puras. Para
esta técnica, é necessário que uma alça de platina estéril seja mergulhada na amostra que possui vários tipos de
microorganismos, sendo, em seguida, semeada em estrias na placa de Petri, contendo o respectivo meio de
cultura, no formato de estrias. Neste momento, as células bacteriológicas são depositadas nesta placa conforme a
alça estéril entra em contato com o meio. Geralmente, as últimas células que foram depositas na placa crescem
como colônias isoladas, sendo, desta forma, possível a obtenção de uma cultura pura, onde se poderá observar
apenas um tipo de bactéria, segundo Tortora et al (2012, p.170).
- -21
5.2 Outras técnicas de isolamento
De acordo com Cerqueira e Sant’anna (2007), as referem-técnicas de isolamento ou técnicas de semeadura, 
se às maneiras como se podem transferir inóculos bacterianos de um meio de cultura para um segundo meio de
cultura. Assim, algumas são empregadas, a fim de se evitar a contaminação dos materiaistécnicas assépticas
biológicos e do meio de cultura, como, por exemplo, a utilização de materiais descartáveis e estéreis, produtos
antissépticos, utilização de luvas de procedimento sempre ao manusear as amostras e outras.
Foram desenvolvidas muitas técnicas de isolamento de bactérias e cada uma delas possui um objetivo e uma
reprodução diferentes, que são aplicadas de acordo com a característica do meio de cultura, que, por sua vez,
podem ser sólidos, semissólidos e líquidos.
As técnicas de isolamento em são:meios sólidos
Estria
sinuosa
Nesta técnica, o meio de cultura é sólido, sendo semeado por uma alça ou agulha
bacteriológica, em movimento de ziguezague, partindo da base para a extremidade do
bizel, ou seja, a parte inclinada do meio de cultura. Neste caso, o objetivo da técnica é
obtenção de intensa massa de microorganismos.
Estria
simples
O objetivo dessa técnica é transferir uma quantidade de amostra para o meio sólido em
placa e estriar com a alça bacteriológica sobre o meio de cultura. Neste caso, a estria pode
ser realizada em movimento de ziguezague ou como uma linha reta sobe o meio de cultura
(estria reta). Esta técnica é utilizada para verificação de propriedade metabólicas, como a
produção de enzimas hidrolíticas e produção de pigmentos.
A semeadura em refere-se a:meios semissólidos
Picada em
profundidade
Nesta técnica, é necessário semear com agulha bacteriológica no centro do agar.
Dependendo da finalidade, o inóculo deve penetrar até dois terços do tubo ou até o
fundo deste. O objetivo final deste procedimento é verificar fermentação e motilidade
em algumas técnicas. Além disso, o meio também é utilizado para estocar culturas puras.
A semeadura em meios líquidos refere-se a:
- -22
Difusão
Nesta técnica, uma quantidade da colônia (agar em placa) ou da cultura (de outro meio ou
líquido) é introduzida no meio de cultura líquido, com agitação da alça, para maior difusão
dos microorganismos (da alça para o meio e homogeneização no meio). Pode-se inclinar o
tubo a 30 graus e esfregar o inóculo na parede do mesmo e, quando o tubo retornar à
posição original, o inóculo se misturará ao meio. O objetivo principal desta técnica é
realizar o repique genérico (transferência) para o crescimento bacteriano em meio líquido.
Em microbiologia, o termo crescimento refere-se a um aumento do número de células e
não ao aumento das dimensões celulares.
Existem, ainda, outras técnicas de isolamento que podem ser empregadas, a depender do tipo de amostra e da
finalidade do isolamento. Faz-se necessário a empregabilidade correta das técnicas de isolamento para que se
consiga a identificação dos microorganismos ali presentes, para que seja possível empregar os antibióticos
adequados para início do tratamento do paciente.
é isso Aí!
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
• conhecer as definições sobre o que vem a ser uma infecção, infecção bacteriana, assim como de entender 
as características de uma bactéria, de como elas se reproduzem, se alimentam e as portas de entradas 
destes e de outros microorganismos no nosso organismo;
• aprender o passo-a-passo da técnica de higienização das mãos e qual a sua importância no controle de 
infecções, assim como a forma que se realizam os processos de higienização e descontaminação de 
superfícies e ambientes;
• identificar os fatores que levam as bactérias a adquirem resistência a determinados medicamentos e 
produtos químicos;
• conhecer os aspectos relacionados às infecções hospitalares, quais as formas mais comuns de infecção e 
maneiras de prevenção;
• estudar sobre as formas de isolamento bacteriano, assim como da importância desta técnica para o 
diagnóstico e tratamento correto das infecções causadas por bactérias.
Referências
BRASIL. . Brasília: MinistérioAnexo 1: protocolo para a prática de higiene das mãos em serviços de saúde
da Saúde, 2013.
BRASIL. . Brasília: Ministério da Saúde, 1998.Portaria número 2.616/MS/GM, de 12 de maio de 1998
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Biomédico da Universidade Federal Fluminense. Rio de Janeiro: UFF, 2007. Disponível em: https://www.yumpu.
com/pt/document/view/12638325/apostila-de-aulas-praticas-uff
CONSELHO FEDERAL DE FONOAUDIOLOGIA - CFF. Medidas de controle de infecção para fonoaudiólogos:
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Bauru, Universidade de São Paulo, 2014.
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SÃO PAULO (Estado). Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. Coordenação dos Institutos de pesquisa.
Centro de Vigilância Sanitária. Aprova Norma Técnica queResolução SS-15, de 18 de janeiro de 1999.
estabelece condiçõespara instalação e funcionamento de estabelecimentos de assistência odontológica, e dá
providências correlatas. Diário Oficial [do] Estado de São Paulo, Poder Executivo, Seção 1. São Paulo, 20 de
janeiro 1999.
TORTORA, G.J.; FUNKE, B.R.; CASE, C.L. . Microbiologia 10 ed. Porto Alegre: Artmed, 2012.
WORLD HEALTH ORGANIZATION – WHO. Guidelines on hand hygiene in health care: first global patient
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