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Material de Apoio Tributário 1 arquivo _1_

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ESCOLA DE 
DIREITO 
 
 
 
Direito Tributário 
 
 
Profa. Cláudia Maria Borges Costa Pinto 
 
Bacharel em Direito pela Faculdade de Direito de Curitiba 
Especialista em Direito Tributário Contemporâneo pela Faculdade de Direito de Curitiba 
MBA em Direito Empresarial pela FGV 
Mestre em Direito pela PUCPR 
Doutoranda em Direito pela PUCPR 
Professora da Graduação e pós-graduação (PUCPR/FESP) 
Advogada 
 
 
ESCOLA DE 
DIREITO 
 
Direito Tributário 
Profa. Cláudia Maria Borges Costa Pinto 
 
 
Conceito de Direito Tributário 
Considerações iniciais 
 
 
Necessidades Coletivas 
 
 
Recursos Coletivos 
 
 
 
 
Saúde
Educação
SegurançaHabitação
Saneamento 
Básico
Receitas 
Públicas
•Extraordinárias
•Ordinárias
•Originárias
•Derivadas
Ingressos
 
 
ESCOLA DE 
DIREITO 
 
Direito Tributário 
Profa. Cláudia Maria Borges Costa Pinto 
 
 
Tributo como Receita Pública 
 
Receita pública em sentido lato é uma locução genérica que expressa 
toda e qualquer entrada de dinheiro aos cofres públicos. 
 
 
R
E
C
E
IT
A
 P
Ú
B
L
IC
 A
 E
M
 S
E
N
T
ID
O
 
A
M
P
L
O
 
Ingressos 
Públicos 
Entrada de dinheiro marcada pela noção de provisoriedade. Ex. caução em dinheiro em um 
contrato administrativo (não se incorpora ao patrimônio estatal e deve ser devolvida se o 
contrato for cumprido). 
Receitas 
Públicas em 
sentido 
estrito 
Extraordinárias: incorpora-se definitivamente ao patrimônio estatal, mas por força de evento 
excepcional. Ex. IEG. 
Ordinárias: entrada 
definitiva, mas por razões 
cotidianas, com 
regularidade e 
periodicidade, dentro da 
previsibilidade 
orçamentária. 
 Originárias: decorrem da exploração do próprio patrimônio 
estatal. Ex. a entrada de dinheiro em pagamento de aluguel de 
um imóvel público. 
Derivadas: impostas pelo poder estatal, coercitivas, 
compulsórias. Exemplos: tributos, multas, indenizações de 
guerra. 
 
 
ESCOLA DE 
DIREITO 
 
Direito Tributário 
Profa. Cláudia Maria Borges Costa Pinto 
 
 
Denominação de disciplina 
 
• Direito Fiscal: Droit Fiscal (doutrina francesa) e Fiscal Law (doutrina 
inglesa). 
 
▪ Observação: Hugo de Brito Machado: o vocábulo “fiscal” é 
amplo, demarcando toda a problemática afeta ao Erário e 
não apenas as questões relativas ao tributo. 
 
• Direito Tributário: no Brasil foi consagrada a expressão “Direito 
Tributário” quando da edição da Emenda Constitucional 18/65 e 
após pelo Código Tributário Nacional. 
 
 
ESCOLA DE 
DIREITO 
 
Direito Tributário 
Profa. Cláudia Maria Borges Costa Pinto 
 
 
Conceito de Direito Tributário 
 
• Ramo do Direito Público ou ramo autônomo da ciência jurídica 
atrelada ao Direito Público. 
• Direito Financeiro x Direito Tributário 
• Regula relações jurídicas entre Estado e contribuintes – obrigação 
tributária 
• Atividade financeira do Estado 
• Criação, fiscalização e arrecadação de tributos. 
 
 
 
 
 
ESCOLA DE 
DIREITO 
 
Direito Tributário 
Profa. Cláudia Maria Borges Costa Pinto 
 
 
Natureza do Direito Tributário 
 
A norma jurídica tributária será dotada dos seguintes caracteres: 
• O Estado é parte na relação jurídica (critério subjetivo). 
• É coativa. A imperatividade é própria das normas cogentes. 
• O interesse tutelado é sempre o interesse público. 
 
✓ Natureza obrigacional 
✓ Direito comum 
 
 
 
 
 
 
ESCOLA DE 
DIREITO 
 
Direito Tributário 
Profa. Cláudia Maria Borges Costa Pinto 
 
 
Autonomia do Direito Tributário 
 
O Direito é uno e indivisível. A autonomia é apenas didática. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESCOLA DE 
DIREITO 
 
Direito Tributário 
Profa. Cláudia Maria Borges Costa Pinto 
 
 
Conceito de tributo 
 
CTN. Art. 3º. Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em 
moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção 
de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade 
administrativa plenamente vinculada. 
 
 
 
 
 
 
 
ESCOLA DE 
DIREITO 
 
Direito Tributário 
Profa. Cláudia Maria Borges Costa Pinto 
 
 
Conceito de tributo 
 
CTN. Art. 4º. A natureza jurídica específica do tributo é determinada 
pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para 
qualificá-la: 
I - a denominação e demais características formais adotadas pela lei; 
II - a destinação legal do produto da sua arrecadação. 
 
 ???? 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESCOLA DE 
DIREITO 
 
Direito Tributário 
Profa. Cláudia Maria Borges Costa Pinto 
 
 
Tributos vinculados e não-vinculados 
 
REGRA MATRIZ DE INCIDÊNCIA 
 
HIPÓTESE CONSEQUÊNCIA 
 
CM + CT + CE DSn CP + CQ 
 
v + c sa + sp bc + al 
 
Exemplo Hipótese de Incidência Consequência 
 
IPVA Ser proprietário de veículo automotor Pagar o IPVA 
IPTU Ser proprietário de imóvel urbano Pagar o IPTU 
Taxa Serviços de esgotamento sanitário Pagar taxa de serviço 
 
 
ESCOLA DE 
DIREITO 
 
Direito Tributário 
Profa. Cláudia Maria Borges Costa Pinto 
 
 
Problemática 
 
CF/88. Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios 
poderão instituir os seguintes tributos: 
I - impostos; 
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, 
efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, 
prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição; 
III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas. 
 
 
 
 
ESCOLA DE 
DIREITO 
 
Direito Tributário 
Profa. Cláudia Maria Borges Costa Pinto 
 
 
Problemática 
 
CTN. Art. 5º Os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria. 
 
 
 
CF/88. Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir 
empréstimos compulsórios: 
I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de 
guerra externa ou sua iminência; 
II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse 
nacional, observado o disposto no artigo 150, III, b. 
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo 
compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição. 
 
CF/88. Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, 
de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais 
ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado 
o disposto nos artigos 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no artigo 
195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo. 
 
 
ESCOLA DE 
DIREITO 
 
Direito Tributário 
Profa. Cláudia Maria Borges Costa Pinto 
 
 
Classificação de Tributos 
 
Teoria Espécies Defensores 
Bipartite Impostos e Taxas. Contribuições são 
“impostos com destinação determinada” 
ou “taxas”1. 
Alfredo Augusto Becker e Pontes 
de Miranda. 
Tripartite Impostos, Taxas e as Contribuições de 
Melhoria. 
Paulo de Barros Carvalho, 
Geraldo Ataliba, Roque Carrazza. 
Quadripartite Impostos, Taxas, Empréstimos 
Compulsórios e Contribuições (Melhoria e 
149, CF/88). 
Ricardo Lobo Torres 
Quinquipartite Impostos, Taxas, Contribuições de 
Melhoria, Contribuições Sociais e 
Empréstimos Compulsórios. 
Luciano Amaro, Paulo Ayres 
Barreto, Vittorio Cassone, Hugo 
de Brito Machado. STF. 
 
1 BECKER, Alfredo Augusto. Teoria Geral do Direito Tributário. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 1972. p. 298, 340-345. 
 
 
 
ESCOLA DE 
DIREITO 
 
Direito Tributário 
Profa. Cláudia Maria Borges Costa Pinto 
 
 
Classificação de Tributos 
 
IMPOSTOS 
TR
IB
U
TO
 –
 A
RT
. 3
º 
e 
4º
 C
TN
 
NÃO-VINCULADO União (art. 153, 154) – Estados e DF (art. 155) 
e Municípios (art. 156) 
TAXAS VINCULAÇÃO 
DIRETA 
Art. 145, II – poder de polícia e serviço 
público 
CONTRIBUIÇÃO 
DE MELHORIA 
VINCULAÇÃO 
INDIRETA 
Art. 145, III – obra pública + valorização 
imobiliária 
EMPRÉSTIMO 
COMPULSÓRIO 
VINCULADO OU 
NÃO 
VINCULADO? 
Art. 148, I e II – pressupostos– lei 
complementar – União 
CONTRIBUIÇÕES 
ESPECIAIS 
VINCULADO OU 
NÃO 
VINCULADO? 
Art. 149 – destinação 
 
 
ESCOLA DE 
DIREITO 
 
Direito Tributário 
Profa. Cláudia Maria Borges Costa Pinto 
 
 
 Legislação tributária. Considerações 
Iniciais Noção de Sistema Jurídico 
 
• Conceito polissêmico. 
• Conjunto de elementos que se relacionam dentro de uma 
estrutura, informados pelos princípios da unidade e ordenação. 
• Utilidade do conceito: como as normas se organizam? 
 
 
 
 
 
 
 
ESCOLA DE 
DIREITO 
 
Direito Tributário 
Profa. Cláudia Maria Borges Costa Pinto 
 
 
Conceito de Sistema Jurídico 
 
 
 
“(...) sistemas jurídicos são 
sistemas lógicos, compostos de 
proposições que se referem a 
situações da vida, criadas pelos 
interesses mais diversos” 
(Tratado de direito privado, t. I, 
p. IX.“). 
Francisco Cavalcanti Pontes de Miranda: 
Maceió, 23 de abril de 1892 — Rio de Janeiro, 
22 de dezembro de 1979. Jurista, filósofo, 
matemático e escritor brasileiro2. 
 
 
2 Referências in http://pt.wikipedia.org/wiki/Francisco_Cavalcanti_Pontes_de_Miranda. Acesso em 19/02/2012 às 01:07. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Macei%C3%B3
http://pt.wikipedia.org/wiki/23_de_abril
http://pt.wikipedia.org/wiki/1892
http://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_de_Janeiro_%28cidade%29
http://pt.wikipedia.org/wiki/22_de_dezembro
http://pt.wikipedia.org/wiki/1979
http://pt.wikipedia.org/wiki/Jurista
http://pt.wikipedia.org/wiki/Filosofia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Matem%C3%A1tico
http://pt.wikipedia.org/wiki/Literatura
http://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil
http://pt.wikipedia.org/wiki/Francisco_Cavalcanti_Pontes_de_Miranda
 
 
ESCOLA DE 
DIREITO 
 
Direito Tributário 
Profa. Cláudia Maria Borges Costa Pinto 
 
 
Características do Sistema Jurídico 
 
• Conjunto de elementos – normas jurídicas 
• Interligadas - relações de coordenação e subordinação 
• Unidade – o direito é uno e indivisível. 
• Ordenação lógica e coerente (isto é harmônica, dotada de 
congruência, nexo ou conexão entre situações, fatos ou idéias). 
 
 
 
 
 
 
ESCOLA DE 
DIREITO 
 
Direito Tributário 
Profa. Cláudia Maria Borges Costa Pinto 
 
 
Sistema do Direito Positivo 
 
• Conjunto de normas jurídicas válidas no tempo/espaço. 
• Inter-relacionadas segundo um princípio unificador (norma 
hipotética fundamental). 
• Hierarquia: normas de baixo encontram fundamento material e 
formal em regras superiores. Normas de cima para baixo derivam 
das regras superiores. Todas convergem para a Constituição. 
 
 
 
 
 
ESCOLA DE 
DIREITO 
 
Direito Tributário 
Profa. Cláudia Maria Borges Costa Pinto 
 
 
Sistema do Direito Positivo 
 
 
 
 
Constituição
Emendas à 
Constituição
Leis Complementares, Leis 
Ordinárias, Leis Delegadas, 
Medidas Provisórias.
Decretos e Resoluções.
Outros atos com eficácia normativa.
 
 
ESCOLA DE 
DIREITO 
 
Direito Tributário 
Profa. Cláudia Maria Borges Costa Pinto 
 
 
Sistema Constitucional Brasileiro 
 
 
Na Constituição há 
predomínio de regras 
de estrutura: 
organização do 
Estado (forma de 
Estado, forma e 
sistema de Governo, 
direitos e garantias, 
etc.). 
 
Constituição
Emendas à 
Constituição
Leis Complementares, Leis 
Ordinárias, Leis Delegadas, 
Medidas Provisórias.
Decretos e Resoluções.
Outros atos com eficácia normativa.
 
 
ESCOLA DE 
DIREITO 
 
Direito Tributário 
Profa. Cláudia Maria Borges Costa Pinto 
 
 
Subsistema constitucional tributário 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Organização 
do Estado
Direitos e 
garantias
Etc...
Tributação (...)
Princípios Gerais 
Espécies Tributárias 
Limitações ao poder 
de tributar 
(competência, 
princípios e 
imunidades). 
 
 
 
ESCOLA DE 
DIREITO 
 
Direito Tributário 
Profa. Cláudia Maria Borges Costa Pinto 
 
 
Sistema Tributário Nacional 
 
Conjunto de normas sobre matéria tributária (art. 2º do CTN). 
 
 
Subordinadas à 
Constituição 
Federal 
 
 
 
Normas Municipais
Normas Estaduais e Distritais
Normas Federais
 
 
ESCOLA DE 
DIREITO 
 
Direito Tributário 
Profa. Cláudia Maria Borges Costa Pinto 
 
 
Legislação Tributária. Fontes formais do 
Direito Tributário 
 
CF/88. Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de: I - 
emendas à Constituição; II - leis complementares; III - leis ordinárias; IV 
- leis delegadas; V - medidas provisórias; VI - decretos legislativos; VII - 
resoluções. 
 
CTN. Art. 96. A expressão "legislação tributária" compreende as leis, os 
tratados e as convenções internacionais, os decretos e as normas 
complementares que versem, no todo ou em parte, sobre tributos e 
relações jurídicas a eles pertinentes 
 
 
ESCOLA DE 
DIREITO 
 
Direito Tributário 
Profa. Cláudia Maria Borges Costa Pinto 
 
 
Instrumentos introdutórios de normas 
no sistema jurídico 
 
O direito positivo compreende quatro plexos normativos: ordem 
total, regras federais, estaduais e feixe de preceitos jurídicos dos 
Municípios, resumidos na coalescência de quatro sistemas: a) 
nacional; b) federal; c) sistemas estaduais; f) municipais. 
Estado Federal (sistema nacional) e União (sistema federal) são 
arranjos distintos, ordens jurídicas especiais. A ordem jurídica total 
está na Constituição do Estado Federal. 
 
 
 
 
ESCOLA DE 
DIREITO 
 
Direito Tributário 
Profa. Cláudia Maria Borges Costa Pinto 
 
 
Instrumentos introdutórios de normas 
no sistema jurídico 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESCOLA DE 
DIREITO 
 
Direito Tributário 
Profa. Cláudia Maria Borges Costa Pinto 
 
 
 
 
Instrumentos Primários 
Constituição 
Emendas à Constituição 
Lei Complementar 
Lei Ordinária 
Lei Delegada 
Medidas Provisórias 
Decretos 
Resoluções 
 
 
ESCOLA DE 
DIREITO 
 
Direito Tributário 
Profa. Cláudia Maria Borges Costa Pinto 
 
 
 
 
Instrumentos Secundários 
 
Decreto regulamentar 
Instruções ministeriais 
Circulares 
Portarias 
Ordens de Serviço 
Outros atos 
 
 
ESCOLA DE 
DIREITO 
 
Direito Tributário 
Profa. Cláudia Maria Borges Costa Pinto 
 
 
Vigência, Aplicação e Interpretação da 
Legislação Tributária 
 
O problema da existência, da validade e eficácia das normas jurídicas: 
As normas jurídicas são proposições prescritivas tem valência própria 
(não se pode dizer verdadeiras ou falsas – linguagem da Ciência do 
Direito), mas válidas ou não válidas. 
A validade não é atributo da norma jurídica, mas tem status de relação, 
posto que pertence ao sistema até que outra norma o expulse do 
sistema. 
 
 
 
 
ESCOLA DE 
DIREITO 
 
Direito Tributário 
Profa. Cláudia Maria Borges Costa Pinto 
 
 
Vigência 
 
Quando a norma está apta para qualificar fatos e determinar o 
surgimento de efeitos de direito, dentro dos limites que a ordem 
positiva estabelece, no que concerne ao espaço/tempo. 
 
“Vigência é aquele atributo da lei que lhe confere plena disponibilidade 
para sua aplicação” (BASTOS, Celso Ribeiro. Curso de direito financeiro 
e de direito tributário. 2ª ed., São Paulo: Saraiva, 1992, p. 127. 
 
 
 
 
 
ESCOLA DE 
DIREITO 
 
Direito Tributário 
Profa. Cláudia Maria Borges Costa Pinto 
 
 
Vigência 
 
CTN. Art. 101. A vigência, no espaço e no tempo, da legislação tributária 
rege-se pelas disposições legais aplicáveis às normas jurídicas em geral, 
ressalvado o previsto neste Capítulo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESCOLA DE 
DIREITO 
 
Direito Tributário 
Profa. Cláudia Maria Borges Costa Pinto 
 
 
Vigência das normas tributárias no tempo 
 
✓ Ver LINDB 
✓ Ver CF/88 
✓ Ver LC 95/98 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESCOLA DE 
DIREITO 
 
Direito Tributário 
Profa. Cláudia Maria Borges Costa Pinto 
 
 
Princípio da Anterioridade Tributária 
 
 
 
Princípio constitucional que versa sobre a distância temporal mínima 
entre a publicação e a força vinculante da lei (eficácia), protegendo os 
contribuintes quanto a eventuais surpresas na tributação (“tributaçãode supetão” ou “tributação de inopino”), privilegiando o princípio da 
segurança jurídica (pois permite ao contribuinte preparar-se em 
razoável período de tempo, para sofrer o impacto da tributação - nova 
ou majorada). 
Legalidade Isonomia
Irretroati
vidade
Anteriori
dade
Não 
confisco
Outros 
princípios
 
 
ESCOLA DE 
DIREITO 
 
Direito Tributário 
Profa. Cláudia Maria Borges Costa Pinto 
 
 
Princípio da Anterioridade Tributária 
Comum e Nonagesimal. Previsão 
Constitucional Específica 
 
 
 
 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias 
asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, 
aos Estados, ao Distrito Federal e aos 
Municípios: III - cobrar tributos: 
b) no mesmo exercício financeiro em que haja 
sido publicada a lei que os instituiu ou 
aumentou; 
c) antes de decorridos noventa dias da data em 
que haja sido publicada a lei que os instituiu 
ou aumentou, observado o disposto na alínea 
b; (EC 42/2003). 
CF
EC
LC - LO - LD -
MP
D + R
Outros atos com 
eficácia normativa
 
 
ESCOLA DE 
DIREITO 
 
Direito Tributário 
Profa. Cláudia Maria Borges Costa Pinto 
 
 
Exercício financeiro 
 
Corresponde ao ano fiscal, que coincide com o ano civil (1º de janeiro 
a 31 de dezembro, nos termos do art. 34 da Lei 4.320/64 - estatui 
normas gerais de direito financeiro para elaboração e controle dos 
orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do 
Distrito Federal): 
 
Lei 4.3210/64. Art. 34. O exercício financeiro coincidirá com o ano 
civil. 
 
 
 
ESCOLA DE 
DIREITO 
 
Direito Tributário 
Profa. Cláudia Maria Borges Costa Pinto 
 
 
Mitigações ao princípio da anterioridade 
 
Art. 150 (...) § 1º A vedação do inciso III, b, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, 
I, 153, I, II, IV e V; e 154, II; e a vedação do inciso III, c, não se aplica aos tributos previstos 
nos arts. 148, I, 153, I, II, III e V; e 154, II, nem à fixação da base de cálculo dos impostos 
previstos nos arts. 155, III, e 156, I. 
 
Art. 155. § 4º. Na hipótese do inciso XII, h, observar-se-á o seguinte: IV - as alíquotas do 
imposto serão definidas mediante deliberação dos Estados e Distrito Federal, nos termos do 
§ 2º, XII, g (...) c) poderão ser reduzidas e restabelecidas, não se lhes aplicando o disposto no 
art. 150, III, b. 
 
Art. 177 (...). § 4º. A lei que instituir contribuição de intervenção no domínio econômico 
relativa às atividades de importação ou comercialização de petróleo e seus derivados, gás 
natural e seus derivados e álcool combustível deverá atender aos seguintes requisitos: I - a 
alíquota da contribuição poderá ser: (...) b) reduzida e restabelecida por ato do Poder 
Executivo, não se lhe aplicando o disposto no art. 150, III, b; 
 
 
 
ESCOLA DE 
DIREITO 
 
Direito Tributário 
Profa. Cláudia Maria Borges Costa Pinto 
 
 
Mitigações ao princípio da anterioridade 
 
• Impostos extrafiscais federais: II, IE, IOF (comum e nonagesimal) 
e IPI (só nonagesimal). 
• Alterações na base de cálculo do IPTU e IPVA (só observa 
anterioridade comum). 
• Imposto Extraordinário de Guerra e Empréstimo Compulsório 
para calamidade pública ou guerra externa: emergenciais 
(comum e nonagesimal). 
• ICMS-Combustível: alíquota reduzida e restabelecida por 
convênio (CONFAZ) só observada anterioridade nonagesimal. 
• CIDE-Combustível: alíquota reduzida e restabelecida por decreto 
só observada a anterioridade nonagesimal. 
 
 
ESCOLA DE 
DIREITO 
 
Direito Tributário 
Profa. Cláudia Maria Borges Costa Pinto 
 
 
Mitigações ao princípio da anterioridade nas 
contribuições social-previdenciárias 
 
 
CF/88. Art. 195 (...) § 6º. As contribuições sociais de que trata este 
artigo só poderão ser exigidas após decorridos noventa dias da data da 
publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não se lhes 
aplicando o disposto no artigo 150, III, b. 
 
 
 
Esta regra só se aplica para as contribuições para a seguridade social (PIS, 
COFINS, CSLL, entre outras, previstas no art. 195, incisos I a IV). As mesmas 
poderão ser exigidas em 90 dias após da publicação da lei que as instituiu 
ou aumentou, não sendo necessário observar a anterioridade comum ou 
anual. As contribuições profissionais e contribuições interventivas, previstas 
no art. 149 da CF/88, que seguem a anterioridade comum/anual cumulada 
com a anterioridade nonagesimal. 
 
 
ESCOLA DE 
DIREITO 
 
Direito Tributário 
Profa. Cláudia Maria Borges Costa Pinto 
 
 
Aplicação das Normas Tributárias 
 
CTN. Art. 106. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito: 
I - em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, 
excluída a aplicação de penalidade à infração dos dispositivos 
interpretados; 
II - tratando-se de ato não definitivamente julgado: 
a) quando deixe de defini-lo como infração; 
b) quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência de 
ação ou omissão, desde que não tenha sido fraudulento e não 
tenha implicado em falta de pagamento de tributo; 
c) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei 
vigente ao tempo da sua prática. 
 
 
ESCOLA DE 
DIREITO 
 
Direito Tributário 
Profa. Cláudia Maria Borges Costa Pinto 
 
 
Aplicação das normas 
tributárias e a retroatividade 
 
A segurança jurídica pode ser apresentada a partir de duas 
perspectivas: 
• O cidadão deve saber antecipadamente qual é a norma vigente. 
• O cidadão deve compreender o conteúdo da norma, no que tange 
à sua clareza, calculabilidade e controlabilidade. 
 
 
 
 
 
ESCOLA DE 
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Direito Tributário 
Profa. Cláudia Maria Borges Costa Pinto 
 
 
Aplicação das normas 
tributárias e a retroatividade 
 
Regra geral a lei não retroage para prejudicar direito adquirido, ato 
jurídico perfeito e coisa julgada, segundo a regra da Constituição da 
República Federativa do Brasil/88, inciso XXXVI do artigo 5: 
 
“XXXVI – a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito 
e a coisa julgada”. 
 
 
 
 
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Aplicação das normas 
tributárias e a retroatividade 
 
“O ato jurídico perfeito é o que já se consumou segundo a norma 
vigente ao tempo em que se efetuou; o direito adquirido é o que já se 
incorporou definitivamente ao patrimônio e à personalidade de seu 
titular; e a coisa julgada é a decisão judiciária de que já não caiba mais 
recurso”. [(DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro. V. 1: 
teoria geral do direito civil – 20. ed. rev. e aum. de acordo com o novo 
Código Civil (Lei n. 10.406, de 10-1-2002). – São Paulo: Saraiva, 2003, p. 
99]. 
 
 
 
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Princípio da Irretroatividade 
 
 
 
O princípio da irretroatividade proíbe de estender a eficácia da lei a 
situações ou relações pretéritas. Atos anteriores a lei nova devem 
ser regidos pela lei do tempo em que foram realizados (tempus regit 
actum), sob pena de fazer ruir o Estado de Direito. 
 
“(...) as leis retroativas são consideradas censuráveis e indesejáveis porque 
fere nosso sentimento de justiça infligir uma sanção, especialmente uma 
punição, a um indivíduo por causa de uma ação ou omissão às quais o 
indivíduo não poderia saber que se vincularia a tal sanção”. (KELSEN, Teoria 
geral do direito e do estado. 3 ed, São Paulo: Martins Fontes, 1998, p. 61). 
Legalidade Isonomia
Irretroati
vidade
Anteriori
dade
Não 
confisco
Outros 
princípios
 
 
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Irretroatividade da Lei. Previsão 
Constitucional Genérica 
 
 
 
Art. 5º (...) 
XXXVI - a lei não prejudicará o direito 
adquirido, o ato jurídico perfeito e a 
coisa julgada; 
 
CF
EC
LC - LO - LD -
MP
D + R
Outros atos com eficácia 
normativa
 
 
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Irretroatividade da lei tributária 
Previsão Constitucional Específica 
 
 
 
Art. 150. Sem prejuízo de outras 
garantias asseguradas ao contribuinte, é 
vedado à União, aos Estados, ao Distrito 
Federal e aos Municípios: (...) III - cobrar 
tributos: (...) a) em relação a fatos 
geradores ocorridos antes do início da 
vigência da lei que os houver instituído 
ou aumentado; 
CF
EC
LC - LO - LD -
MP
D + R
Outros atos com 
eficácia normativa
 
 
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Leis tributárias retroativas 
 
 
 
 
 
Art. 106. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito: 
I - em qualquer caso, quando seja expressamente 
interpretativa, excluída a aplicação de penalidade à 
infração dos dispositivos interpretados; 
II - tratando-se de ato não definitivamente julgado: 
a) quando deixe de defini-lo como infração; 
b) quando deixe de tratá-lo como contrário a 
qualquer exigência de ação ou omissão, desde que 
não tenha sido fraudulento e não tenha implicado 
em falta de pagamento de tributo; 
c) quando lhe comine penalidade menos severa que 
a prevista na lei vigente ao tempo da sua prática. 
 
CF
EC
LC - LO -
LD - MP
D + R
Outros atos com 
eficácia normativa
ART. 106 
CTN 
 
 
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Leis tributárias retroativas. Postulados 
1. Relatividade do princípio: o princípio da irretroatividade da lei 
tributária não é absoluto, incondicional e inderrogável (ADI MC 
605/DF, Rel. Min. Celso de Mello, pleno, DJU 05/03/1993). 
2. Lei genuinamente interpretativa: afasta as obscuridades e 
ambigüidades, sem criar tributos, penas ou ônus que não resultem 
expressa ou implicitamente do texto interpretado. Não inova a 
ordem jurídica (eficácia meramente declaratória). Críticas: ofensa 
tripartição de poder – incompetência do legislador. 
3. Leis tributárias benéficas em matéria infracional: desde que o ato 
não tenha sido definitivamente julgado. 
 
 
 
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Lei interpretativa. Art. 3º da LC 118/2005 
 
CTN. Art. 168. O direito de pleitear a restituição extingue-se com o 
decurso do prazo de 5 (cinco) anos, contados: I - nas hipóteses dos 
incisos I e II do artigo 165, da data da extinção do crédito tributário; 
 
CTN. Art. 150. (...). § 1º O pagamento antecipado pelo obrigado nos 
termos deste artigo extingue o crédito, sob condição resolutória da 
ulterior homologação do lançamento. 
 
LC 118/2005. Art. 3º Para efeito de interpretação do inciso I do art. 
168 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 - Código Tributário 
Nacional, a extinção do crédito tributário ocorre, no caso de tributo 
sujeito a lançamento por homologação, no momento do pagamento 
antecipado de que trata o § 1º do art. 150 da referida Lei. 
 
 
 
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Lei interpretativa. Art. 3º da LC 118/2005 
 
 
Tese “cinco mais cinco anos”. Início do prazo: 
extinção do crédito tributário – que só ocorreria 
após a homologação (expressa ou tácita do 
lançamento) – prazo de homologação: 5 anos 
contados do fato gerador. 
 Cinco anos após o 
pagamento, tenha ou 
não ocorrido a 
homologação (expressa 
ou tácita). 
 
ANTES DA LC 118/2005 
 
DEPOIS DA LC 118/2005 
 
Mas se houve alteração na contagem... com eficácia 
retroativa... o que fazer com as ações judiciais em 
curso?? E as ações já julgadas??? Como fica a 
segurança jurídica?? 
 
 
 
 
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Lei interpretativa. LC 118/2005. STJ 
 
O STJ rejeitou o caráter interpretativo da LC 118/2005, atribuindo-lhe 
apenas efeito prospectivo, ou seja, a contagem reduzida do prazo 
prescricional só seria válida para pagamentos indevidos após a vigência 
da LC 118/2005, ou seja, dia 09 de junho de 2005. 
 
 
 
 
 
 
 
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Lei interpretativa. LC 118/2005. STJ 
 
(...) 3 - O art. 3º da LC 118/2005, a pretexto de interpretar os arts. 150, § 1º, 160, I, do 
CTN, conferiu-lhes, na verdade, um sentido e um alcance diferente daquele dado pelo 
Judiciário. Ainda que defensável a “interpretação” dada, não há como negar que a 
Lei inovou no plano normativo, pois retirou das disposições interpretadas um dos 
seus sentidos possíveis, justamente aquele tido como correto pelo STJ, intérprete e 
guardião da legislação federal. Portanto, o art. 3º da LC 118/2005 só pode ter eficácia 
prospectiva, incidindo apenas sobre situações que venham a ocorrer a partir da sua 
vigência. 4 - No julgamento do EREsp 327.043/DF, a 1ª Seção entendeu que o art. 4º, 
segunda parte, da LC 118/2005 não é aplicável às ações propostas a partir da data da 
sua vigência, mas apenas às demais, ainda não propostas. [...]Precedentes: EDCL no 
RESP. 515.769/RJ, 2ª Turma, Franciulli Netto, DJ 08.03.2004 e ERESP. 438.042/PI, 1ª 
Seção, Min. Francisco Peçanha Martins, DJ de 23.05.2005. 6 – (...) (REsp 888592 / SP 
; RECURSO ESPECIAL 2006/0209074-4. Relator Ministro TEORI ALBINO ZAVASCKI 
(1124). Órgão julgador 1ª T. j. 06/02/2007. DJ 22.02.2007 p. 172). 
 
 
 
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Lei interpretativa. LC 118/2005. STF 
“DIREITO TRIBUTÁRIO – LEI INTERPRETATIVA – APLICAÇÃO RETROATIVA DA LEI COMPLEMENTAR Nº 118/2005 – 
DESCABIMENTO – VIOLAÇÃO À SEGURANÇA JURÍDICA – NECESSIDADE DE OBSERVÂNCIA DA VACACIO LEGIS – 
APLICAÇÃO DO PRAZO REDUZIDO PARA REPETIÇÃO OU COMPENSAÇÃO DE INDÉBITOS AOS PROCESSOS AJUIZADOS 
A PARTIR DE 9 DE JUNHO DE 2005. Quando do advento da LC 118/05, estava consolidada a orientação da Primeira Seção do 
STJ no sentido de que, para os tributos sujeitos a lançamento por homologação, o prazo para repetição ou compensação de 
indébito era de 10 anos contados do seu fato gerador, tendo em conta a aplicação combinada dos arts. 150, § 4º, 156, VII, e 168, 
I, do CTN. A LC 118/05, embora tenha se auto-proclamado interpretativa, implicou inovação normativa, tendo reduzido o prazo de 
10 anos contados do fato gerador para 5 anos contados do pagamento indevido. Lei supostamente interpretativa que, em verdade, 
inova no mundo jurídico deve ser considerada como lei nova. Inocorrência de violação à autonomia e independência dos Poderes, 
porquanto a lei expressamente interpretativa também se submete, como qualquer outra, ao controle judicial quanto à sua natureza, 
validade e aplicação. A aplicação retroativa de novo e reduzido prazo para a repetição ou compensação de indébito tributário 
estipulado por lei nova, fulminando, de imediato, pretensões deduzidas tempestivamente à luz do prazo então aplicável, bem como 
a aplicação imediata às pretensões pendentes de ajuizamento quando da publicação da lei, sem resguardo de nenhuma regra de 
transição, implicam ofensa ao princípio da segurança jurídica em seus conteúdos de proteção da confiança e de garantia do 
acesso à Justiça. Afastando-se as aplicações inconstitucionais e resguardando-se, no mais, a eficácia da norma, permite-se a 
aplicação do prazo reduzido relativamente às ações ajuizadas após a vacatio legis, conforme entendimento consolidado por esta 
Corte no enunciado 445 da Súmula do Tribunal. O prazo de vacatio legis de 120 dias permitiu aos contribuintes não apenas que 
tomassem ciência do novo prazo, mas também que ajuizassem as ações necessárias à tutela dos seus direitos. Inaplicabilidade 
do art. 2.028 do Código Civil, pois, não havendo lacuna na LC 118/08, que pretendeu a aplicação do novo prazo na maior extensão 
possível, descabida sua aplicação por analogia. Além disso, não se trata de lei geral, tampouco impede iniciativa legislativa em 
contrário. Reconhecida a inconstitucionalidade art.4º, segunda parte, da LC 118/05, considerando-se válida a aplicação 
do novo prazo de 5 anos tão-somente às ações ajuizadas após o decurso da vacatio legis de 120 dias, ou seja, a partir de 
9 de junho de 2005. Aplicação do art. 543-B, § 3º, do CPC aos recursos sobrestados. Recurso extraordinário desprovido”(DJ 
11.10.2011). 
 
 
 
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Lei tributária benéfica em matéria infracional 
 
CTN. Art. 106. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito: 
(...) II - tratando-se de ato não definitivamente julgado: 
a) quando deixe de defini-lo como infração; 
b) quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência de 
ação ou omissão, desde que não tenha sido fraudulento e não 
tenha implicado em falta de pagamento de tributo; 
c) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei 
vigente ao tempo da sua prática. 
 
 
 
 
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Vigência das normas tributárias no espaço 
 
A legislação do ente político vigora no seu território e, fora dele, tão 
somente nos estritos limites em que lhe reconheçam 
extraterritorialidade que os convênios de que participem. 
 
CTN. Art. 102. A legislação tributária dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios vigora, no País, fora dos respectivos 
territórios, nos limites em que lhe reconheçam extraterritorialidade 
os convênios de que participem, ou do que disponham esta ou 
outras leis de normas gerais expedidas pela União.

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