Buscar

Resumão de Processos Patológicos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Processos Patológicos – Prova 1
Toda célula tem um limite funcional de acordo com o seu estado metabólico, com a vizinhança em que ela está, com a especialização daquela célula e ela funciona então dentro desse limite de normalidade mantendo um estado normal que é chamado de homeostasia mas o que acontece quanto algo de diferente acontece naquela célula, isso pode ser um estimulo toxico, devido a presença de alguma substância tóxica, pode ser um estímulo traumático, um estimulo de falta de nutrientes, oxigênio, exposição a alguma substância que não está presente naquele meio, são todos estímulos que tiram a célula do seu estado normal, da sua faixa normal de funcionamento.
Temos essa imagem que mostra uma célula normal, no seu estado de homeostasia que por algum motivo pode sofrer um estímulo anormal, passar por uma situação de estresse e aí ela vai se adaptar a essa nova realidade, sofrer algumas modificações que são reversíveis no sentido de se adaptar aquele estresse que ela está sofrendo. No entanto, vão existir alguns estímulos nocivos a célula aos quais essa célula não consegue se adaptar e essa célula sofre então uma lesão. Então toda vez que uma célula normal é exposta a um estimulo nocivo ou a um estresse que ela não consegue se adaptar, ela sofre uma lesão. Essa lesão pode ser reversível se o estimulo que está causando aquela lesão for mais leve ou um estímulo transitório, nesse caso, de lesão reversível, a célula pode voltar ao seu estado normal, a sua homeostasia. No entanto essa lesão pode ser causada por um estimulo persistente ou então um estimulo suficientemente forte, intenso de forma que essa célula sofra uma lesão irreversível, vai haver um ponto em que essa célula vai sendo lesada, lesada e lesada até que essa lesão não seja mais reversível e passe a ser irreversível, essa lesão irreversível acaba evoluindo fatalmente para a morte celular (necrose ou apoptose).
Adaptações Celulares:
Hipertrofia: É um aumento no tamanho da célula em resposta aquela alteração ambiental, como nós temos várias células num determinado tecido, sofrendo o mesmo estimulo e aumentando de tamanho, o que nós vamos ter macroscopicamente é também um aumento do tamanho do órgão e essas células vão aumentar de tamanho devido a um aumento na síntese dos componentes estruturais dessa célula especialmente proteínas, vai ser em resposta a um estimulo que pode ser mecânico, hormonal, fator de crescimento. A hipertrofia pode ser fisiológica ou patológica, ela vai ser causada geralmente por um aumento da demanda funcional ou pela ação de hormônios ou fatores de crescimento. 
Exemplos:
Hipertrofia fisiológica:
- No musculo: hipertrofia fisiológica O principal estimulo para a hipertrofia seria um aumento da carga de trabalho daquele musculo, o individuo que vai a academia e se submete a um exercício que vai ter uma carga de trabalho mais intensa e aquele musculo vai responder aumentando de tamanho, sua força e capacidade de trabalho de forma a se adaptar aquela carga de trabalho mais pesada que ela está recebendo. 
- No útero: Aumento do útero durante a gravidez – hipertrofia fisiológica do útero gravídico
Figura B é a musculatura lisa de um útero normal, fibras bem próximas uma das outros, os pontos roxos são os núcleos. Na figura C as fibras estão mais espaçadas por aumentar de tamanho.
Hipertrofia patológica:
-No coração: hipertrofia patológica. Na hipertensão arterial, o coração daquele individuo está trabalhando sob uma maior pressão, sob uma maior resistência, ou seja, o coração tem que vencer uma resistência do sangue que esta a frente dele para bombear o sangue adequadamente, com isso, o coração tem que fazer mais força para bombear esse sangue e aí com o passar do tempo, as celular miocárdicas, principalmente do ventrículo esquerdo que é aquela câmara que tem que vencer a resistência que existe em toda a circulação corporal, aquelas celular vão hipertrofiando e isso acaba sendo visível até macroscopicamente. Vai chegar um ponto em que essa hipertrofia não vai ser suficiente para vencer a carga cada vez mais aumentada de trabalho para aquele coração e quando esse estimulo acaba ultrapassando a capacidade adaptativa da célula e do órgão vamos evoluir para um processo de lesão.
Hiperplasia: Aumento do número de células em um determinado tecido. É importante salientar que muitas vezes, como no útero gravídico por exemplo podem acontecer os dois processos ao mesmo tempo, hipertrofia e hiperplasia. A hiperplasia pode ser fisiologia ou patológica. A hiperplasia fisiológica pode ser hormonal ou compensatória. 
Exemplos:
Hiperplasia fisiológica: basicamente procura aumentar a capacidade funcional do tecido, então basicamente não sofreu nem um dano, nem uma lesão, mas ele precisa aumentar a sua demanda.
-Puberdade feminina: Um estimulo hormonal provoca o crescimento das mamas, a proliferação do epitélio glandular das mamas.
-Na gravidez: um estimulo hormonal provoca um aumento não só do útero, mas também das glândulas mamárias.
Hiperplasia compensatória: nós temos o aumento da multiplicação celular após um dano, então uma célula que inicialmente não se replicava sofreu um dano ela passa a se replicar ou uma célula que já se replicava sofreu um dano e passa a se replicar com mais intensidade.
-Fígado: digamos que em um fígado integro, todas a células estão em um estado de zero onde não se replicam, porém, quando é feito uma lesão, principalmente lesão de ressecção onde se tira um pedaço do fígado ou uma lesão que degenera uma porção do fígado, geralmente lesões agudas, o fígado passa a secretar moléculas sinalizadoras a sua volta, para promover a sua própria proliferação, então nós temos uma lesão, daí o fígado começa a se regenerar para voltar a sua estrutura normal. 
Hiperplasia patológica: Em muitas ocasiões, a hiperplásica patológica ocorre por estímulos hormonais desregulados, mas cessa quando é cessada a ação hormonal, ou seja, na hiperplasia patológica nós não temos uma condição de compensação, porque o tecido está em uma condição normal inicial e se ele começa a hiperplasia mesmo sem ocorrer o aumento da demanda de função daquele tecido; não houve nem um estimulo mas ocorreu uma desregulação de secreção e sinalização hormonal, aí nós temos uma hiperplasia patológica.
-Próstata: ocorre alguma desregulação hormonal no individuo, daí a próstata começa a aumentar de tamanho, ou seja, esse aumento de tamanho é por decorrência do aumento da proliferação celular da próstata; a hiperplasia benigna de próstata pode ser tratada com medicamentos que antagonizem efeitos hormonais causados na próstata, então ela aumenta, se você antagoniza, diminui ou cessa a ação hormonal, ele tende a voltar em uma condição inicial que é a próstata normal.
Atrofia: É a redução no tamanho da célula devido à perda de substâncias.
É vista como uma forma de resposta de adaptação e pode culminar em morte celular. Pode ser patológica ou fisiológica.
Exemplos:
Atrofia Fisiológica: É comum durante as fases iniciais do desenvolvimento. Algumas estruturas embrionárias como notocorda, ducto tiroglosso sofrem atrofia durante o desenvolvimento fetal. E o útero que diminui de tamanho após o parto.
Atrofia Patológica: Depende da causa e pode ser localizada ou generalizada
Exemplos de atrofia:
-Diminuição de carga (Atrofia por desuso): Quando um membro fraturado é imobilizado ou quando um paciente está restrito a repouso absoluto, a atrofia muscular se instala rapidamente coma retomada das atividades físicas a rápida diminuição inicial no tamanho celular é reversível. 
-Perda da inervação (Atrofia por desenervação):Como o funcionamento normal dos músculos esqueléticos depende do suprimento nervoso, ima lesão nos nervos causa uma rápida atrofia das fibras musculares inervadas por eles.
-Diminuição do suprimento sanguíneo: A redução de suprimento sanguíneo(isquemia)de um tecido resultante de doença arterial oclusiva leva a atrofia do tecido devido a uma perda progressiva das células. Na velhice, o cérebro sofre uma atrofia progressiva, porquea aterosclerose reduz seu suprimento sanguíneo.
Se compararmos o lado A com o lado B vamos ver que por exemplo os espaços entre os giros estão bem acentuados do lado B mostrando que houve uma redução do tecido nervoso desse cérebro
Metaplasia
Hipertrofia, hiperplasia e atrofia são alterações de número e tamanho das células, agora vamos falar de uma alteração de fenótipo em que uma célula passa de um tipo celular em resposta a um determinado estímulo. O que acontece é que uma determinada célula, um determinado tecido está sofrendo um estresse, exposto a um ambiente hostil e o que ela faz é mudar o seu tipo celular para um tipo que seja mais resistente a aquele ambiente hostil em que ela está inserida. A metaplasia mais comum é a metaplasia que passa do tipo de epitélio colunar para epitélio escamoso. Então se a gente pensar no epitélio do trato respiratório que é um epitélio colunar com cílios como vemos na primeira porção da figura e da fotografia de microscópio e aí pode existir um estimulo irritativo crônico do trato respiratório como por exemplo o cigarro que vai levar a substituição daquele tecido colunar ciliado para um tecido escamoso. Importante salientar que normalmente essa alteração é uma alteração não desejada a pesar de termos a substituição de um epitélio teoricamente mais fraco para um mais forte, nós temos perda de mecanismos de proteção como por exemplo no trato respiratório temos perda dos cílios, da secreção de muco que são muito importantes para a proteção daquele epitélio então essa não é uma modificação desejada e por isso mesmo as influencias que vão influenciar a formação de uma metaplasia se insistirem podem transformar aquelas células de forma maligna em uma neoplasia (câncer). 
Existe também a neoplasia oposta, que é a do tipo escamoso para colunar que acontece no esôfago terminal e o esôfago geralmente não está exposto a acidez estomacal, existem mecanismos que impedem o refluxo do conteúdo estomacal extremamente ácido para o esôfago. Se por algum motivo eu tenho uma alteração nesse mecanismo que acabe provocando um refluxo do conteúdo acido do estomago para o esôfago que é exatamente a doença do refluxo gastresofágico, esse esôfago passa então a ser exposto aquele conteúdo extremamente acido e ali não existe nenhum tipo de proteção contra esse conteúdo ácido que está agredindo o esôfago porque o esôfago não foi construído para receber essa acidez e aí o que o esôfago faz para se proteger é uma troca de epitélio, passa do epitélio escamoso para o colunar. Essa condição é chamada esôfago de Barrett.
É importante falarmos que na metaplasia se o estimulo agressor que proporcionou a troca do tipo celular naquele ambiente continua agindo a gente pode ter uma evolução dessa metaplasia para um processo neoplásico. Outra coisa sobre a metaplasia é que não acontece uma mudança de tipo celular de células maduras, o que acontece é que todo tecido vai ter as suas células tronco, indiferenciadas que vão dando origem as novas células daquele tecido substituindo as células antigas, aí essas células tronco é que sofrem uma modificação e passam a se diferenciar naquele outro tipo celular e aí quando elas vão substituindo as células normais que estão ali elas vão então transformando aquele tecido num tecido diferente.
Autofagia:
Na autofagia a célula vai digerir parte do seu próprio conteúdo, isso vai ser um mecanismo de sobrevivência da célula em períodos de privação de nutrientes e aí a célula acaba agindo como um canibal comendo partes dela mesma e reaproveitando essas partes para a sua sobrevivência. É o que vemos na imagem, temos organelas citoplasmáticas na célula e aí a privação de nutrientes acaba servindo como um sinal para a autofagia e começa a se formar um vacúolo, uma membrana em volta dessas organelas que ficam então isoladas até que elas vão então se fundir com o lisossomo que é um vacúolo repleto de enzima que vão digerir, degradar essas organelas e ai os constituintes dessas organelas vão servir como fonte de nutrientes para aquela célula que está numa situação de privação.
Acúmulos Intracelulares:
Outra manifestação de que tem algo errado acontecendo com aquela célula vão ser os acúmulos intracelulares que nada mais são do que acúmulos de determinadas substâncias dentro da célula em quantidade anormal, ou seja, elas até podem ser acumuladas dentro da célula mas estão sendo feitas em quantidade maior do que o normal ou acumulo de substancias que normalmente não estão dentro da célula e passam a ser acumuladas. Os acúmulos intracelulares vão ter 4 causas principais: a primeira delas é quando a gente tem uma substância endógena produzida pela célula que esta sendo produzida em uma quantidade maior do que o normal ou então em quantidade normal mas a taxa de metabolismo não está conseguindo remover essa substância, um grande exemplo é a degeneração gordurosa do fígado. Outro tipo de acumulo vai ser quando a gente tem um gene mutado que vai estar produzindo uma proteína de forma anormal, seu dobramento vai ser defeituoso ou ela não vai conseguir ser transportada adequadamente dentro da célula ou ser degradada corretamente e ai essa proteína vai acumular dentro da célula. Outro problema é quando temos uma substância endógena normal, mas vamos ter um defeito de algum tipo de enzima necessária para o metabolismo daquela substância e ai como não vai se conseguir metabolizar aquele substancia adequadamente ela vai se acumular dentro da célula. Por fim, vamos ter o caso em que a célula vai estar ingerindo materiais que não são normais dele, substâncias exógenas que a célula não consegue degradar e aí se acumula lá, é o caso por exemplo do acumulo de partículas de carbono em trabalhadores de minas (antracose)
O tipo de acumulo mais comum é o acumulo de lipídios, eles existem normalmente dentro da célula porem a gente tem algumas situações anormais que vão gerar o acumulo dos lipídios no interior das células, isso se chama esteatose. Vários órgãos podem sofrer com o processo de esteatose como coração, rins, musculo, porém, a mais comum é a esteatose no fígado (esteatose hepática). Podemos ter um acumulo de lipídios dentro do hepatócito se qualquer parte do ciclo de metabolismo dos lipídios dentro do hepatócito estiver com algum problema. Deve-se a interferências no metabolismo dos ácidos graxos, envolvendo maior captação, síntese ou dificuldades em utilizá-los, transportá-los ou excretá-los.
Alguns exemplos de acumulos Intracelulares:
A Hemocromatose é doença envolvendo o metabolismo do ferro e caracterizada pelo acúmulo do ferro ingerido em vários órgãos. 
 A Melanose relaciona-se com o acúmulo de melanina. 
A Argirose é o acúmulo de sais de prata nos tecidos pelo uso de medicamentos contendo prata. 
 A Antracose é devido ao acúmulo de micropartículas de carvão inspiradas do ar atmosférico para os pulmões, gerando cor acinzentada e manchas negras nos pulmões e linfonodos hilares. 
Lesões Celulares
Como vimos anteriormente, a célula vai sempre tentar se adaptar devido a algum estresse ou novo ambiente, porém, nem sempre será possível ela se adaptar, nesse caso, ela vai ser lesada que pode ser reversível, mas se aquele estimulo for persistente ou muito forte vai ser irreversível e levando aquela célula a morte que pode ser por necrose ou apoptose. Então quando a gente tem uma forma leve de lesão ou nos estágios iniciais de uma lesão, essa lesão vai ser reversível, a gente vai ter algumas características da lesão que são por exemplo a tumefação, a célula fica inchada, cheia de liquido por causa da perda da capacidade dela de fazer um controle osmótico adequado. Vamos ver porque isso acontece. Com a persistência do dano, desse estimulo lesivo, chega uma hora que a célula não consegue restaurar a sua condição inicial, essa lesão se torna irreversível levando aquela célula a morte. O que pode acontecer é que nós podemos ter um dano acentuado as membranas da célula e ai a gente pode ter um rompimento das vesículas lisossômicas e o lisossomo é uma vesícula cheias de enzima e quandoelas caem no citoplasma elas começam a digerir a célula por dentro, levando essa célula a morte, por outro lado, se a gente tem uma lesão irreparável do DNA ou das proteínas celulares, a célula vai ser capaz de detectar que tem alguma coisa errada e aí ela vai simplesmente de suicidar no evento que é chamado de apoptose. Vale lembrarmos que enquanto a necrose é um tipo de morte celular exclusivamente patológica, a apoptose pode acontecer de maneira fisiológica ou patológica. 
E quais são as principais causas de lesão celular?
· Uma das principais causas de lesão celular é a privação de oxigênio para aquela célula e essa privação pode se dar, por exemplo, por um processo de isquemia que é quando há a redução do fluxo sanguíneo por algum motivo então o sangue não está chegando naquela célula, logo, não está levando oxigênio para aquela célula. Pode acontecer também uma oxigenação inadequada do sangue ou então uma incapacidade do sangue de transportar o oxigênio de maneira adequada, tudo isso levando a uma privação de oxigênio,
· Podemos ter lesão por agentes físicos através de traumas, mudanças bruscas de pressão, temperatura, através de choque.
· Também temos lesão por agentes químicos ou drogas e aí nesse momento sempre pensamos em substancias exógenas, que não são normais de se encontrar dentro da célula causando uma toxicidade na célula como por exemplo os venenos, poluentes, inseticidas, porém, mesmo substancias endógenas podem ser toxicas se estiverem presentes em concentrações alteradas como por exemplo a glicose, os lipídios e até mesmo o oxigênio.
· Uma lesão pode ser causada por agentes infecciosos, por vírus, bactérias e outros parasitas.
· Pode ser causada também por uma reação imunológica. Muitas vezes a reação imunológica a algum agressor acabam causando problemas para as nossas células causando lesões.
· Desequilíbrio nutricional.
· Defeitos genéticos que podem tornar aquela célula inviável mas também defeitos genéticos que podem facilitar aquela lesão.
Morte Celular
Necrose:
A necrose vai resultar da desnaturação de proteínas intracelulares e da digestão enzimática da célula lesada levando então essa célula a morte. Uma característica importante da necrose, que vai diferenciar ela do apoptose é que na necrose a gente sempre vai ter a perda da integridade das membranas e com isso temos extravasamento do conteúdo intracelular para o meio extracelular e isso pode gerar uma reação inflamatória. A célula necrótica vai ser digerida enzimaticamente por enzimas que estão presentes no lisossomo da própria célula ou enzimas que vão ser secretadas pelos leucócitos que vão estar presentes no meio provocando uma reação imunológica, inflamatória naquele tecido necrótico. Quando em um determinado tecido ou determinado órgão a gente tem uma grande quantidade de células morrendo por necrose, a gente diz que aquele tecido está necrótico, assim, por exemplo, um infarto do miocárdio nada mais é que a necrose de uma porção do coração causada pela morte das células presentes naquela região. A necrose possui alguns padrões morfológicos bem definidos e esses padrões vão ajudar a gente a definir a causa básica daquela necrose e esses padrões vão depender do que está acontecendo, do local onde está acontecendo aquela necrose. São os padrões:
Necrose de coagulação: Sua grande característica é que a arquitetura básica do tecido é mantida. Vemos na segunda foto um rim e uma área de necrose causada por um infarto renal onde nós temos a manutenção do formato do tecido, há uma coloração diferente, mas a estrutura do tecido se mantém. Isso acontece porque a lesão vai não só desnaturar proteínas estruturais da célula, mas também as enzimas e isso vai acabar bloqueando a lise das células mortas, com o tempo as células necróticas vão ser removidas por fagocitose através de leucócitos. Geralmente a isquemia causada por obstrução de um vaso que esta suprindo um determinado tecido pode levar a necrose de coagulação com exceção do cérebro. Uma área localizada de necrose de coagulação é chamada de infarto.
Necrose liquefativa: Transformação do tecido numa massa viscosa, liquida, caracterizada pela digestão das células mortas, muito observada em infecções bacterianas ou até infecções fúngicas. O material necrótico vai ser frequentemente amarelo cremoso devido a presença dos leucócitos mortos e é chamado de pus.
Necrose caseosa: Encontrada muito frequentemente no pulmão tuberculoso e o nome caseoso significa semelhante a queijo que deriva da aparência dessa lesão. Caracterizada como uma coleção de células rompidas ou fragmentadas e restos que vão estar dentro de uma borda infamatória nítida e essa aparência é característica de um foco de inflamação conhecido como granuloma.
Necrose gordurosa (esteatonecrose): Compromete os adipócitos. Vai se referir a áreas de destruição gordurosa e esse tipo de lesão é típica de pancreatite aguda resultante da liberação das lipases pancreáticas ativadas dentro do ambiente do pâncreas. A esteatonecrose é comumente observada nas pancreatites agudas necro-hemorrágicas, pela liberação das lipases dos ácinos pancreáticos. Macroscopicamente os locais de necrose gordurosa ficam esbranquiçados ("lesão em pingo de vela").
Necrose fibrinóide Vão acontecer nas reações imunes que envolvem vasos sanguíneos, vamos ter deposição de complexos antígenos anticorpo nas paredes das artérias, esses depósitos acabam de combinando com a fibrina que extravasam dos vasos e obstrui a luz do vaso.
Necrose gangrenosa: Falta de suprimento sanguíneo num membro que vão sofrer uma necrose generalizada em varias camadas de tecido ganhando aquela aparência típica de um membro com gangrena. Na necrose gangrenosa nós temos um padrão tipicamente de necrose de coagulação. Num paciente vivo, essas células com necrose acabam sendo fagocitadas por leucócitos, digeridas, desaparecendo daquele tecido
 Apoptose
A apoptose é a via de morte celular que é induz ida por um programa intracelular altamente regulado, no qual as células destinadas a morrer ativam enzimas que degradam seu DNA nuclear e as proteínas citoplasmáticas. A membrana plasmática da célula permanece intacta, mas sua estrutura é alterada de forma que a célula apoptótica se torn a um alvo primário de fagocitose. A célula morta é eliminada rapidamente, antes que seu conteúdo possa extravasar e, dessa forma, esse tipo de morte celular não desencadeia uma reação inflamatória pelo hospedeiro. Consequentemente, a apoptose é fundamentalmente diferente da necrose, que é caracterizada pela perda da integridade da membrana, digestão enzimática das célula e que frequentemente desencadeia uma reação do hospedeiro. Entretanto, algumas vezes a apoptose e a necrose coexistem, podendo ter algumas características e mecanismos em comum.
Inflamação aguda e crônica
Inflamação é a reação local dos tecidos à agressão. Ela ocorre como resposta inespecífica caracterizada por uma série de alterações que tende a limitar os efeitos da agressão.
Se classifica em AGUDA e CRÔNICA. 
 Aguda 
Menor duração, se caracterizam pelo predomínio dos FENÔMENOS EXSUDATIVOS, que são consequentes e alterações da permeabilidade vascular, permitindo o acúmulo na região inflamada de líquido (edema), fibrina (que se forma no interstício pela interação entre componentes do plasma e fatores do s tecidos), leucócitos (especialmente neutrófilos) e hemácias. 
 Crônica 
Além destes elementos da Inf. Aguda, ocorrem no local FENÔMENOS PRODUTIVOS, ou seja, proliferação dos vasos, fibroblastos (com consequente deposição de colágeno), como também migração e proliferação local de monócitos e linfócitos. Tem maior duração
São sinais e sintomas típicos da inflamação: CALOR, TUMOR ,RUBOR, DOR e PERDA E FUNÇÃO
 O rubor e o calor são o resultado de um aumento da circulação na área inflamada. 
 O tumor é consequência do aumento localdo líquido intersticial e a dor depende do acúmulo, no local, de substâncias biológicas que atuam sobre as terminações nervosas. 
 A perda da função é a consequência do somatório de vários fatores, especialmente edema e a dor.
Eventos vasculares e celulares 
Exsudação 
O EXSUDATO INFLAMATÓRIO é u m líquido rico e m macromoléculas e células que se acumula nos interstícios da área inflamada. 
Composição: fluido, contém sais, proteínas e imunoglobulinas, fibrina, neutrófilos polimorfonucleares, macrófagos e linfócitos. 
Exsudação leucocitária: processo pelo qual os leucócitos (mais especificamente, nesta fase inicial, o polimorfonuclear neutrófilo) realizam a marginação, rolamento, adesão e diapedese (migração) para alcançar o tecido inflamado. Toda esta fase é guiada pela ação das selectinas, integrinas e fatores quimiotáticos. OBS: A inflamação aguda é, portanto, um evento vasculho-exsudativo. O extravasamento de fluido, proteínas e células sanguíneas dos sistema vascular para o tecido intersticial ou as cavidades corporais é chamado de exsudação
Tecido de granulação
 A inflamação granulomatosa é um padrão distinto de reação inflamatória crônica caracterizada pelo acúmulo focal de macrófagos ativados, que geralmente desenvolvem uma a aparência epitelióide (semelhante ao epitélio). Ela ocorre em um número limitado de condições imunologicamente mediadas, infecciosas e algumas não-infecciosas. Sua gênese está intimamente relacionada com as reações imunológicas. O reconhecimento do padrão granulomatoso em uma biópsia é importante devido o número limitado de condições que podem ser a causa e p elo diagnóstico associado às lesões. Um granuloma é um foco de inflamação crônica consistindo de agregados microscópicos de macrófagos transformados em células semelhantes a células epiteliais cercadas por u m colar de leucócitos mononucleares, especialmente linfócitos e ocasionalmente, plasmócitos. Os granulomas mais velhos desenvolvem uma cápsula de fibroblastos e tecido conjuntivo. Frequentemente as células epitelióides se fundem para formar as células gigantes na periferia ou, algumas vezes, no centro do granuloma.
Reparo
As fases do processo de reparo são:
Hemostasia (que é o conjunto de mecanismos que o organismo emprega para coibir hemorragia), Inflamação (fase exsudativa com duração entre um e quatro dias a depender da extensão da área a ser cicatrizada e da natureza da lesão), proliferação (fase regenerativa que pode durar entre cinco e vinte dias e é caracterizada pela proliferação de fibroblastos, sob a ação de citocinas que dão origem a um processo denominado fibroplasia. Ao mesmo tempo, ocorre a proliferação de células endoteliais, com formação de rica vascularização (angiogênese) e infiltração densa de macrófagos, formando o tecido de granulação) e a fase de remodelação é a última fase do processo de cicatrização. A densidade celular e a vascularização da ferida diminuem, enquanto há a maturação das fibras colágenas. Ocorre uma remodelação do tecido cicatricial formado na fase anterior. O alinhamento das fibras é reorganizado a fim de aumentar a resistência do tecido e diminuir a espessura da cicatriz, reduzindo a deformidade. Durante esse período a cicatriz vai progressivamente alterando sua tonalidade passando do vermelho escuro ao rosa claro.
Processos Patológicos
 
–
 
Prova 
1
 
Toda célula tem um limite funcional de acordo com o seu estado metabólico, com a vizinhança 
em que ela está, com a especialização daquela célula e ela funciona então dentro desse limite 
de normalidade mantendo um estado normal que é
 
chamado de homeostasia mas o que 
acontece quanto algo de diferente acontece naquela célula, isso pode ser um estimulo toxico, 
devido a presença de alguma substância tóxica, pode ser um estímulo traumático, um estimulo 
de falta de nutrientes, oxigênio, exp
osição a alguma substância que não está presente naquele 
meio, são todos estímulos que tiram a célula do seu estado normal, da sua faixa normal de 
funcionamento.
 
 
Temos essa imagem que mostra uma célula normal, no seu estado de homeostasia que por 
algum m
otivo pode sofrer um estímulo anormal, passar por uma situação de estresse e aí ela 
vai se adaptar a essa nova realidade, sofrer algumas modificações que são reversíveis no 
sentido de se adaptar aquele estresse que ela 
está sofrendo. No entanto, vão existi
r alguns 
estímulos nocivos a célula aos quais essa célula 
não consegue se adaptar e essa célula sofre então 
uma lesão. Então toda vez que uma célula normal 
é exposta a um estimulo nocivo ou a um estresse 
que ela não consegue se adaptar, ela sofre uma 
lesão
. Essa lesão pode ser reversível se o estimulo 
que está causando aquela lesão for mais leve ou 
um estímulo transitório, nesse caso, de lesão 
reversível, a célula pode voltar ao seu estado 
normal, a sua homeostasia. No entanto essa lesão 
pode ser causada po
r um estimulo persistente ou 
então um estimulo suficientemente forte, intenso 
de forma que essa célula sofra uma lesão irreversível, vai haver um ponto em que essa célula vai 
sendo lesada, lesada e lesada até que essa lesão não seja mais reversível e passe
 
a ser 
irreversível, essa lesão irreversível acaba evoluindo fatalmente para a morte celular (necrose ou 
apoptose)
.
 
 
Adaptações Celulares:
 
Hipertrofia
:
 
É um aumento no tamanho da célula em resposta aquela alteração ambiental, 
como nós temos várias células
 
num determinado tecido, sofrendo o mesmo estimulo e 
aumentando de tamanho, o que nós vamos ter macroscopicamente é também um aumento do 
tamanho do órgão e essas células vão aumenta
r de tamanho devido a um aumento na síntese 
dos componentes estruturais des
sa célula especialmente proteínas, vai ser em resposta a um 
estimulo que pode ser mecânico, hormonal, fator de crescimento. A hipertrofia pode ser 
fisiológica ou patológica, ela vai ser causada geralmente por um aumento da demanda funcional 
ou pela ação de
 
hormônios ou fatores de crescimento. 
 
 
 
Processos Patológicos – Prova 1 
Toda célula tem um limite funcional de acordo com o seu estado metabólico, com a vizinhança 
em que ela está, com a especialização daquela célula e ela funciona então dentro desse limite 
de normalidade mantendo um estado normal que é chamado de homeostasia mas o que 
acontece quanto algo de diferente acontece naquela célula, isso pode ser um estimulo toxico, 
devido a presença de alguma substância tóxica, pode ser um estímulo traumático, um estimulo 
de falta de nutrientes, oxigênio, exposição a alguma substância que não está presente naquele 
meio, são todos estímulos que tiram a célula do seu estado normal, da sua faixa normal de 
funcionamento. 
 
Temos essa imagem que mostra uma célula normal, no seu estado de homeostasia que por 
algum motivo pode sofrer um estímulo anormal, passar por uma situação de estresse e aí ela 
vai se adaptar a essa nova realidade, sofrer algumas modificações que são reversíveis no 
sentido de se adaptar aquele estresse que ela 
está sofrendo. No entanto, vão existir alguns 
estímulos nocivos a célula aos quais essa célula 
não consegue se adaptar e essa célula sofre então 
uma lesão. Então toda vez que uma célula normal 
é exposta a um estimulo nocivo ou a um estresse 
que ela não consegue se adaptar, ela sofre uma 
lesão. Essa lesão pode ser reversível se o estimulo 
que está causando aquela lesão for mais leve ou 
um estímulo transitório, nesse caso, de lesão 
reversível, a célula pode voltar ao seu estado 
normal, a sua homeostasia. No entanto essa lesão 
pode ser causada por um estimulo persistente ou 
então um estimulo suficientemente forte, intenso 
de forma que essa célula sofra uma lesão irreversível, vai haver um ponto em que essa célula vai 
sendo lesada, lesada e lesadaaté que essa lesão não seja mais reversível e passe a ser 
irreversível, essa lesão irreversível acaba evoluindo fatalmente para a morte celular (necrose ou 
apoptose). 
 
Adaptações Celulares: 
Hipertrofia: É um aumento no tamanho da célula em resposta aquela alteração ambiental, 
como nós temos várias células num determinado tecido, sofrendo o mesmo estimulo e 
aumentando de tamanho, o que nós vamos ter macroscopicamente é também um aumento do 
tamanho do órgão e essas células vão aumentar de tamanho devido a um aumento na síntese 
dos componentes estruturais dessa célula especialmente proteínas, vai ser em resposta a um 
estimulo que pode ser mecânico, hormonal, fator de crescimento. A hipertrofia pode ser 
fisiológica ou patológica, ela vai ser causada geralmente por um aumento da demanda funcional 
ou pela ação de hormônios ou fatores de crescimento.

Continue navegando