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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DA BAHIA IFBA - CAMPUS PAULO AFONSO DISCIPLINA ELETRICIDADE E MAGNETISMO ELIANE APARECIDA TELLES DE FIGUEIREDO EXPERIMENTO 1 – LEI DE COULOMB PAULO AFONSO - BA Outubro/2020 EXPERIMENTO 1 – LEI DE COULOMB ORIENTADOR: PROF. DR. RONALDO NAZIAZENO PAULO AFONSO - BA Outubro/2020 Relatório apresentado como requisito parcial de avaliação à disciplina Eletricidade e Magnetismo, do Curso Licenciatura em Física, do Instituto Federal da Bahia - IFBA Campus Paulo Afonso. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO........................................................................... 4 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................... 6 3 MATERIAIS UTILIZADOS ........................................................... 6 4. RESULTADOS OBTIDOS ........................................................... 7 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................... 15 REFERÊNCIAS ............................................................................. 16 4 1 INTRODUÇÃO A lei de Coulomb é uma importante lei da Física que estabelece que a força eletrostática entre duas cargas elétricas é proporcional ao módulo das cargas elétricas e inversamente proporcional ao quadrado da distância que as separa. Charles Augustin de Coulomb (1736-1806) foi um físico francês responsável pela determinação da lei que descreve a força de interação entre cargas elétricas. Para tanto, Charles Coulomb fez uso de uma balança de torção, similar à balança que fora usada por Henry Cavendish para a determinação da constante da gravitação universal. O aparato experimental utilizado por Coulomb consistia de uma haste metálica capaz de girar, que, quando carregada, era repelida por uma pequena esfera metálica carregada com cargas elétricas de mesmo sinal. A figura abaixo mostra um esquema de como era a balança de torção utilizada pelo físico. De acordo com a sua lei, a força entre duas partículas eletricamente carregadas é diretamente proporcional ao módulo de suas cargas e é inversamente proporcional ao quadrado da distância entre elas. Abaixo, apresentamos a fórmula matemática descrita pela lei de Coulomb: F — força eletrostática (N) k0 — constante dielétrica do vácuo (N.m²/C²) Q — carga elétrica (C) q — carga elétrica de prova (C) https://brasilescola.uol.com.br/fisica/a-balanca-torcao-coulomb.htm https://brasilescola.uol.com.br/fisica/gravitacao-universal.htm 5 d — distância entre as cargas (m) Na fórmula acima, k0 é uma constante de proporcionalidade chamada de constante eletrostática do vácuo, seu módulo é aproximadamente de 9,0.109 N.m²/C². Além disso, sabemos que cargas de sinal igual repelem- se enquanto cargas de sinais opostos atraem-se, como mostra a figura abaixo: Vale a pena ressaltar que, mesmo que as cargas tenham módulos diferentes, a força de atração entre elas é igual, uma vez que, de acordo com a 3ª lei de Newton — a lei da ação e reação —, a força que as cargas fazem entre si é igual em módulo. Essas encontram-se na mesma direção, porém, em sentidos opostos. Palavras – chave: Coulomb, Física, gravitação. https://brasilescola.uol.com.br/fisica/terceira-lei-newton.htm https://brasilescola.uol.com.br/fisica/terceira-lei-newton.htm 6 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A lei de Coulomb é uma importante lei da Física que estabelece que a força eletrostática entre duas cargas elétricas é proporcional ao módulo das cargas elétricas e inversamente proporcional ao quadrado da distância que as separa. Charles Augustin de Coulomb (1736-1806) foi um físico francês responsável pela determinação da lei que descreve a força de interação entre cargas elétricas. Para tanto, Charles Coulomb fez uso de uma balança de torção. A balança de torção foi utilizada por Coulomb para determinar a lei de interação entre cargas elétricas. De acordo com a sua lei, a força entre duas partículas eletricamente carregadas é diretamente proporcional ao módulo de suas cargas e é inversamente proporcional ao quadrado da distância entre elas. Abaixo, apresentamos a fórmula matemática descrita pela lei de Coulomb: |𝑭| = 𝑲𝟎. 𝑸. 𝒒 𝒅𝟐 Na fórmula acima, k0 é uma constante de proporcionalidade chamada de constante eletrostática do vácuo, seu módulo é aproximadamente de 9,0.109 N.m²/C². Além disso, sabemos que cargas de sinal igual repelem-se enquanto cargas de sinais opostos atraem-se. Fonte: Site Brasil Escola. 3 MATERIAIS UTILIZADOS ❖ Programa PHET; ❖ Excel; ❖ Lápis, caneta, papel milimetrado. Fundado em 2002 pelo Prêmio Nobel Carl Wieman, o projeto PhET Simulações Interativas da Universidade de Colorado Boulder cria simulações interativas gratuitas de matemática e ciências. As sims PhET baseiam-se em extensa pesquisa em educação e envolvem os alunos através de um ambiente https://phet.colorado.edu/pt_BR/research 7 intuitivo, estilo jogo, onde os alunos aprendem através da exploração e da descoberta. 4. RESULTADOS OBTIDOS Expomos aqui os resultados do experimento realizado. O primeiro resultado obtido foi ajustando as cargas 1 e 2 para 4𝜇𝐶 e variando a distância entre elas, é possível ver que a intensidade das forças que atuam sobre as cargas à medida que se aproximam aumenta. Pode-se observar os resultados nas imagens abaixo. Resultado 1. Figura 1. Resultado 1 8 Resultado 2. Resultado 3. Figura 2. Resultado 2 Figura 3. Resultado 3 9 Analogamente, à medida afastam-se as cargas, a intensidade das forças que atuam sobre elas diminui. Pode-se observar os resultados obtidos nas imagens abaixo. Resultado 4. Resultado 5. Figura 4. Resultado 4 10 Figura 5. Resultado 5 Resultado 6. Se atribuirmos valor para a carga 1 de 2 𝜇 𝐶 (𝒒𝟏 = 2 𝜇 𝐶) e a carga 2 de 8 𝜇 𝐶 (𝒒𝟐 = 8 𝜇 𝐶) separadas por uma distância de 5 cm (ou 0,05 m), iremos obter uma força que atua em ambas as cargas, cuja intensidade é de 55.287 N. claramente , não poderíamos esperar resultado diferente para a força que atua sobre as cargas, mesmo que elas possuam valores de cargas diferentes, pois a 3ª lei de Newton (estudada em Mecânica Clássica), garante a validade desse resultado. Por mais distintos que sejam os valores das cargas. Assim, a força sobre 𝑞1 por 𝑞2 é igual a 55.287 𝑁. E a força sobre 𝑞2 por 𝑞1 é igual a 55.287 𝑁. Fazendo 𝒒𝟏 = 0 𝜇 𝐶 e 𝒒𝟐 = 3 𝜇 𝐶 e fixando a carga 1 na posição 0 com auxílio da régua, obtém-se diferentes valores para força, ao variar as posições (r) da carga 2 no decorrer da régua. Figura 6. Resultado 6 11 É relevante observar a incerteza da régua virtual, utilizada no simulado. Neste caso, a incerteza é de 2 mm (ou 0,2 cm). Costuma-se adotar como incerteza em instrumentos digitais como o valor da menor divisão da escala. A escala da régua é de 1 cm. A incerteza da régua é importante, pois ela contribui para a verificação da precisão de cada instrumento utilizado e a aferição do “valor real” das medidas. Se fosse utilizado uma régua real, a incerteza sofreria uma alteração, pois o valor da incerteza de materiais analógicos é a metade da menor divisão da escala tomado em módulo que, neste caso, a incerteza será de 0,5 mm (ou 0,05 cm), admitindo que a régua seja graduada em centímetros. Além disso, a precisão da régua real é menor do que a virtual e assim sendo, as medidas das distâncias apresentariam valores diferentes, consequentemente osvalores das forças correspondentes seriam diferentes. Ao construindo um gráfico 𝐹 × 𝑟 a partir dos dados da tabela anterior, pode-se observar que a força é inversamente proporcional à distância. r (cm) 2 3 4 5 6 7 8 9 10 |�⃗�| (N) 539.253 239.668 134.813 86.280 59.917 44.021 33.703 26.630 40,444 12 Assim ao construirmos um gráfico 𝐹 × 1 𝑟2 , utilizando o método mínimos quadrados, ajustamos para uma função afim, observamos com o formato do gráfico que há uma significativa relação entre a força e o inverso do quadrado da distância. Depois fixamos as cargas 1 e 2 nas seguintes posições, cuja a distância entre elas é 𝑟 = 3 𝑐𝑚. Variamos os valores das cargas elétricas 1 e 2 e registramos na tabela abaixo. Depois, foi calculamos o módulo do produto entre as cargas e a força de 13 interação entre elas para cada par de valores escolhidos. Os resultados obtidos, também foram registrados na tabela. Q1 (C) -3,00E-06 -6,00E-06 -2,00E-06 2,00E-06 4,00E-06 8,00E-06 2,00E-06 8,00E-06 5,00E-06 Q2 (C) 7,00E-06 1,00E-06 -7,00E-06 -4,00E-06 -6,00E-06 -2,00E-06 2,00E-06 -3,00E-06 9,00E-06 |�⃗⃗⃗�| (N) 209,710 59,917 139,806 79,889 239,668 159,779 39,945 239,668 399,447 Q1 X Q2 (módulo) 2,10E-11 6,00E-11 1,40E-11 8,00E-12 2,40E-12 1,60E-12 4,00E-11 2,40E-11 4,50E-11 Construímos um gráfico F×(Q1∙Q2) usando o método dos mínimos quadrados, ajustando esse gráfico para uma função afim, temos: Utilizando o gráfico acima, fizemos uma estimativa a constante de Coulomb. Para isso, utilizamos a seguinte expressão1: 𝑘 = |𝐹| ⋅ 𝑟2 |𝑄1| ⋅ |𝑄2| 1 Expressão obtida a partir da Lei de Coulomb. 2,10E-11 6,00E-12 1,40E-11 8,00E-12 2,40E-11 1,60E-11 4,00E-12 2,40E-11 4,50E-11 y = 1E-13x - 1E-12 R² = 0,9893 0,00E+00 5,00E-12 1,00E-11 1,50E-11 2,00E-11 2,50E-11 3,00E-11 3,50E-11 4,00E-11 4,50E-11 5,00E-11 0,000 50,000100,000150,000200,000250,000300,000350,000400,000450,000 M ó d u lo d o p ro d u to e n tr e as ca rg as Força de interação entre as cargas F × (Q1∙Q2) 14 Assim, tomando 𝑄1 ⋅ 𝑄2 = 6,00. 10 −11𝐶2, 𝐹 = 59,917 𝑁 e 𝑟2 = 9 𝑐𝑚 = 9 ⋅ 10−4 𝑚2, obteve-se: 𝑘 = |𝐹|⋅ 𝑟2 |𝑄1|⋅|𝑄2| = 59,917𝑁 ⋅ 9 ⋅10−4𝑚2 6,00⋅10−11𝐶2 = 8,99 ⋅ 109𝑁 ⋅ 𝑚2/𝐶2 Em seguida, escolheu-se 𝑄1 ⋅ 𝑄2 = 2,10 ⋅ 10 −11𝐶2, 𝐹 = 209,71 𝑁 e 𝑟2 = 9 𝑐𝑚 = 9 ⋅ 10−4 𝑚2, obteve-se: 𝑘 = |𝐹|⋅ 𝑟2 |𝑄1|⋅|𝑄2| = 209,71𝑁 ⋅ 9 ⋅10−4𝑚2 2,10⋅10−11𝐶2 = 8,99 ⋅ 109𝑁 ⋅ 𝑚2/𝐶2 Depois, escolheu-se 𝑄1 ⋅ 𝑄2 = 1,40 ⋅ 10 −11𝐶2, 𝐹 = 139,806 𝑁 e 𝑟2 = 9 𝑐𝑚 = 9 ⋅ 10−4 𝑚2, obteve-se: 𝑘 = |𝐹| ⋅ 𝑟2 |𝑄1| ⋅ |𝑄2| = 139,806𝑁 ⋅ 9 ⋅ 10−4𝑚2 1,40 ⋅ 10−11𝐶2 = 8,99 ⋅ 109𝑁 ⋅ 𝑚2/𝐶2 Mutatis mutandis, percebeu-se que o valor de k é sempre o mesmo. Construiu- se uma tabela para verificar a afirmação acima. Portanto, o resultado encontrado corresponde a constante eletrostática do vácuo, cujo o valor é aproximadamente 9 ⋅ 109𝑁 ⋅ 𝑚2/𝐶2. Q1 (C) -3,00E- 06 -6,00E- 06 -2,00E- 06 2,00E-06 4,00E-06 8,00E-06 2,00E-06 8,00E-06 5,00E-06 Q2 (C) 7,00E-06 1,00E-06 -7,00E- 06 -4,00E- 06 -6,00E- 06 -2,00E- 06 2,00E-06 -3,00E- 06 9,00E-06 |F ⃗ | (N) 209,710 59,917 139,806 79,889 239,668 159,779 39,945 239,668 399,477 Q1 X Q2 2,10E-11 6,00E-11 1,40E-11 8,00E-12 2,40E-12 1,60E-12 4,00E-11 2,40E-11 4,50E-11 Constante de Coulomb (k) 8,99E+09 8,99E+09 8,99E+09 8,99E+09 8,99E+09 8,99E+09 8,99E+09 8,99E+09 8,99E+09 15 5. Considerações Finais Consideramos então que: A intensidade da força elétrica de interação entre duas cargas puntiformes é diretamente proporcional ao produto dos módulos das cargas e inversamente proporcional ao quadrado da distância que as separa. Matematicamente a conclusão pode ser expressa por 𝐹 = 𝑘 ∙ 𝑄1 ⋅ 𝑄2 𝑟2 Uma importante propriedade da força elétrica é que ela é uma grandeza vetorial, isto é, pode ser escrita por meio dos vetores. Os vetores são retas orientadas que apresentam módulo, direção e sentido. Portanto, nos casos em que dois ou mais vetores de força elétrica não forem paralelos ou opostos, é necessário que se apliquem sobre eles as regras da soma vetorial, a fim de calcularmos a força elétrica resultante sobre um corpo ou partícula. https://brasilescola.uol.com.br/fisica/grandezas-vetoriais-escalares.htm https://brasilescola.uol.com.br/fisica/operacoes-com-vetores.htm 16 REFERÊNCIAS Lei de coulomb – disponível em < https://brasilescola.uol.com.br/fisica/lei- coulomb.htm > acesso em 12/10/2020. Simulador phet – disponível em < https://phet.colorado.edu/pt_BR/simulation/coulombs-law > acesso em 12/10/2020. https://brasilescola.uol.com.br/fisica/lei-coulomb.htm https://brasilescola.uol.com.br/fisica/lei-coulomb.htm https://phet.colorado.edu/pt_BR/simulation/coulombs-law
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