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SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO E FEMININO Beatriz dos Santos¹; Janaina Sidra¹; Luzia Fernanda¹; Maria de Lurde¹; Yorllane Paula¹; Ebenezer Mello Cruz². ¹Discentes de enfermagem da UEMA/CESGRA; ² Docente de enfermagem da UEMA/CESGRA 1 Sexo cromossômico e genético definido pela espécie de espermatozoide. Características morfológicas masculinas e femininas 7ª semana. FORMAÇÃO DO SISTEMA GENITAL 2 Apesar de o sexo cromossômico e genético de um embrião ser determinado na fecundação pelo tipo de espermatozoide que fecunda o óvulo, as características masculinas e femininas só começam a se desenvolver na 7ª semana. Os sistemas genitais iniciais nos dois sexos são semelhantes; por esta razão, o período inicial do desenvolvimento genital é referido como estágio indiferenciado do desenvolvimento sexual. Formação das gônadas Derivam: Mesotélio (mesoderma), Mesênquima subjacente; Células germinativas primitivas 3 Desenvolvimento das Gônadas As gônadas (testículos e ovários) são derivadas de três fontes: • O mesotélio (epitélio mesodérmico) que reveste a parede abdominal posterior. • O mesênquima subjacente (tecido conjuntivo embrionário). • As células germinativas primordiais. Figura Os projectos cume urogenitais para o lúmen do celoma. Com o mesonephric em forma de S túbulos do duto mesonephric (duto de Wolff) forma um precursor transitória do sistema excretor adulto. A extremidade medial do túbulo mesonéfrico é fechado e forma um funil (cápsula de Bowman) que circunda um tufo de capilares (glomérulo). Os capilares vêm de ramos laterais da aorta dorsal e drenar para dentro da veia cardinal inferior. Esta unidade funcional também é denominado a unidade de excreção dos mesonephros. Formação das gônadas As Gônadas Indiferenciadas Crista gonadal: vinda de uma proliferação da área espessa do mesotélio e do mesênquima subjacente. Constituídas por um córtex, externo, e por uma medula, interna. 4 Gônadas Indiferenciadas Os estágios iniciais do desenvolvimento das gônadas ocorrem durante a 5a semana, quando uma área espessada de mesotélio se desenvolve no lado mediai do mesonefro. A proliferação deste epitélio e do mesênquima subjacente produz uma saliência no lado medial do mesonefro — a crista gonadal. Cordões epiteliais digitiformes — os cordões sexuais primários — logo penetram o mesênquima subjacente. A gônada indiferenciada consiste, então, em um córtex externo e uma medula interna. Em embriões com o complexo cromossômico XX, o córtex da gônada indiferenciada se diferencia no ovário e a medula regride. Em embriões com sexo cromossômico XY, a medula se diferencia no testículo e o córtex regride, exceto por alguns remanescentes vestigiais. Formação das gônadas Células Germinativas Primitivas (CGP): Grandes e esféricas; 4ª semana aparecimento, entre as células mesodérmicas do saco vitelino; 6ª semana penetram no mesênquima subjacente e são incorporadas pelos cordões sexuais primários. 5 Células Germinativas Primordiais Estas células sexuais grandes e esféricas são visíveis, no início da 4a semana, entre as células endodérmicas do saco vitelino, próximo à origem do alantoide. Durante o dobramento do embrião, a parte dorsal do saco vitelino é incorporada dentro do mesmo. A medida que isto ocorre, as células germinativas primordiais migram ao longo do mesentério dorsal do intestino posterior até as cristas gonadais. Durante a 61 semana, as células germinativas primordiais penetram no mesênquima subjacente e são incorporadas nos cordões gonádicos. A migração das células germinativas primordiais é regulada pelos genes estella, fi-agilis e BMP-4. 6 7 8 9 Desenvolvimento dos Testículos Gene FDT: Sinalizador para diferenciação; Induz os cordões sexuais primitivos a se condensarem, penetrarem na medula, onde se ramificam e anastomosam rede testicular. Ligação dos cordões sexuais Cordões seminíferos Túbulos seminíferos Túbulos retos Rede testicular 10 Desenvolvimento dos Testículos O gene SRY para FDT, no braço curto do cromossomo Y, age como a chave que dirige o desenvolvimento da gônada indiferenciada em um testículo. A expressão do fator de transcrição SOX9 também é essencial para a determinação testicular. O FDT induz os cordões sexuais primários a se condensar e penetrar na medula da gônada indiferenciada, onde eles se ramificam e se anastomosam para formar a rede testicular. A conexão dos cordões sexuais primários — cordões seminíferos — com o epitélio de superfície é perdida quando uma cápsula fibrosa e espessa, a túnica albugínea, se desenvolve. O desenvolvimento de uma túnica albugínea densa é a indicação característica do desenvolvimento testicular no feto. Gradualmente, o testículo em crescimento se separa do mesonefro em degeneração e torna-se suspenso pelo seu próprio mesentério, o mesorquídio. Os cordões seminíferos desenvolvem-se em túbulos seminíferos, túbulos retos e rede testicular. Desenvolvimento dos Testículos AMH: Hormônio antimülleriano: Produzido pelas células de Sertoli; Diminui na puberdade; Inibe o desenvolvimento dos ductos paramesonéfricos; 11 Além da testosterona, o testículo fetal produz uma glicoproteína conhecida como hormônio antimülleriano, ou substância inibidora de Müller. O AMH é produzido pelas células de sustentação (células de Sertoli), que continua até a puberdade, após o que os níveis de hormônio antimülleriano diminuem. O AMH suprime o desenvolvimento dos duetos paramesonéfricos, que formam o útero e as tubas uterinas. 12 7 semanas: Os cordões gonadais (futuros cordões testiculares) aumentam nas profundezas enquanto os néfrons dos mesonéfrons lentamente atrofiam. Apenas a parte distal dos túbulos mesonéfricos permanece na existência nas gónadas masculinas. 8 semanas: Na periferia os cordões testiculares cercam o CGP e, no fundo, toma o contato com os túbulos mesonéfricos. Entre os cabos testicular e a superfície epitélio da túnica albugínea, uma cápsula de tecido conjuntivo que envolve os testículos, formas. 18 semanas: Os cordões testiculares penetrar na medula, no ramo túnica albugínea, e anastomose de forma entre si e com os túbulos mesonéfricos, levando à formação de rede testicular. 20 semanas: A parte profunda dos cordões testiculares formam os túbulos seminíferos em linha reta, que convergem para a rete testis, a partir do qual - por outro lado - os ductos eferentes (túbulos mesonéfricos) partem. Finalmente, esvaziar dentro do duto mesonéfrico (Wolff). 13 Formação dos Ovários Cromossomos X carregam os genes para o desenvolvimento; 10ª semana ovário identificável; Cordões sexuais primitivos penetram na medula e formam uma rede do ovário rudimentar. Depois degeneram e desaparecem. 14 Desenvolvimento dos Ovários O desenvolvimento das gônadas ocorre lentamente em embriões femininos. Os cromossomos X carregam genes para o desenvolvimento ovariano, e um gene autossômico também parece desempenhar um papel na organogênese ovariana. O ovário não é identificado histologicamente até aproximadamente a 10ª semana. Os cordões sexuais primários não se tornam proeminentes, mas penetram na medula e formam uma rede ovariana rudimentar. Esta estrutura e os cordões sexuais primários normalmente degeneram e desaparecem. Durante o início do período fetal, os cordões corticais se estendem do epitélio da superfície do ovário em desenvolvimento para dentro do mesênquima subjacente. Este epitélio é derivado do mesotélio. A medida que os cordões corticais crescem em tamanho, incorporam células germinativas primordiais. Com cerca de 16 semanas, estes cordões começam a se romper, formando agrupamentos isolados de células — os folículos primordiais — cada um constituído de uma ovogônia, derivada de uma célula germinativa primordial, rodeada por uma única camada de células foliculares achatadas, derivadas do epitélio da superfície. Durante a vida fetal, ocorrem mitoses nas ovogônias, produzindo milhares de folículos primordiais 15 16 Desenvolvimentodos ductos genitais 5ª a 6ª semana estágio indiferenciado com dois pares de ductos. Gubernáculo Mesonéfro Ducto Paramesonéfrico Ducto Mesonéfrico Gônada Indiferenciada 6 semanas 17 Desenvolvimento dos Duetos Genitais Durante a 5a e 6a semanas, o sistema genital está num estágio indiferenciado, quando ambos os pares de duetos genitais estão presentes. Os duetos mesonéfricos (ductos de Wolff) desempenham uma importante parte no desenvolvimento do sistema reprodutor masculino, e os duetos paramesonéfricos (duetos de Müller) têm um papel condutor no desenvolvimento do sistema reprodutor feminino. Os ductos mesonéfrico, na oitava semana sob influência da testosterona 18 Desenvolvimento dos ductos genitais Desenvolvimento masculino Células de Sertoli (testículos) hormônios masculinizantes (ex: testosterona) e substância inibidora de Müller (MIS); 19 20 Desenvolvimento dos ductos genitais Desenvolvimento feminino Ausência de testosterona regressão dos ductos mesonéfrico; Ausência do MIS desenvolvimento dos ductos paramesonéfricos. 21 22 23 Formação da Vagina Epitélio vaginal endoderma do seio urogenital; Parede fibromuscular vaginal mesênquima circundante; Primórdio uterovaginal seio urogenital tubérculo sinovaginal. 24 Desenvolvimento da genitália externa Até a 7ª semana as genitálias são semelhantes em ambos os sexos. 12ª semana são totalmente diferenciadas. 25 Desenvolvimento da genitália externa Genitália Masculina Masculinização induzida pela testosterona; Falo pênis Sulco uretral Placa uretral Pregas urogenitais Rafe peniana Placa da glande Prepúcio Escroto Corpos cavernosos Corpos esponjosos 12ª semana 26 Genitália Masculina 27 Genitália Feminina Feminização: envolvimento do estrógeno, da placenta e ovários do feto; O falo cessa clitóris; Pregas labioescrotais grandes lábios Desenvolvimento da genitália externa 28 Genitália Feminina 1 – Tubérculo genital 2 - Intumescência genital 3 - Clitóris 4 – Lábio menor 5 – Lábio maior 6 – Monte púbico 7 – Períneo 8 – Comissura labial posterior 9 – Ânus 10 – Hímen 11 – Orifício uretral externo 10ª semana 12ª semana 14ª semana Formação dos canais inguinais Vias pelas quais os testículos e ovários descem; 30 Descida Testículos 26ª semana até 3 mês após nascimento, os testículos descem de sua posição intra-abdominal para o escroto. 31 32 Descida dos Ovários Também descem pela parede posterior do abdome até logo abaixo da borda da pelve. 33 Anomalias do sistema genital 34 Hermafroditismo Resulta de um erro na determinação do sexo; Geralmente possuem núcleo cromatina-positivos; 70% tem uma constituição cromossômica 46 XX; Cerca de 20% tem mosaicismo; Cerca de 10% tem constituição 46 XY. 35 PSEUDO-HERMAFRODITISMO FEMININO Condição intersexuada; Constituição cromossômica 46 XX; Exposição do feto feminino a um excesso de hormônios androgênios; Resulta numa masculinização da genitália externa. 36 CRIPTORQUIDIA OU TESTÍCULOS NÃO DESCIDOS A criptorquidia ocorre em até 30% dos meninos prematuros e em cerca de 3% a 4% dos meninos a termo. Isto reflete o fato de que os testículos começam a descer para o escroto no final do segundo trimestre. 37 TESTÍCULOS ECTÓPICOS Após atravessar o canal inguinal, os testículos podem desviar-se de sua via usual de descida e alojar-se em vários locais anormais. 38 39 HÉRNIA INGUINAL CONGÊNITA A hérnia inguinal congênita é muito mais comum em homens, especialmente quando há testículos não descidos. As hérnias inguinais congênitas também são comuns em associação com testículos ectópicos e em mulheres com a SIA. 40 41 REFERENCIAS Moore, Keith L., Persaud, TVN., Torchia, MG. Embriologia Clínica. 8ª edição, Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. 560p. https://www.youtube.com/watch?v=kBePAGeqoJM 42
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