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alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 1 GEOGRAFIA Conteúdo EDITAL PM 2020 GEOGRAFIA 1. População e estruturação socioespacial em múltiplas escalas (Paraná, Brasil, Mundo). 1.1. Teorias e conceitos básicos em demografia e políticas demográficas. 1.2. Estrutura demográfica, distribuição da população e novos arranjos familiares. Movimentos, redes de migração e impactos econômicos, culturais e sociais dos deslocamentos populacionais. População, meio ambiente e riscos ambientais. 1.3. Transformação das relações de trabalho e economia informal. ATUALIZADO: 02/06/2020 https://www.alfaconcursos.com.br/ alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 2 1.1. Teorias e conceitos básicos em demografia e políticas demográficas. TEORIAS DEMOGRÁFICAS: Elaboradas para tentar explicar o crescimento populacional. Teoria Malthusiana: (voltada ao mundo) • Thomas Robert Malthus (1776-1834) (pastor anglicano); • Publicada em 1798. • Segundo sua teoria: a população cresceria em um ritmo rápido, comparado a uma progressão geométrica (1,2,4,8,16,32...) e a produção de alimentos em ritmo lento comparado a uma progressão aritmética (1,2,3,4,5,6...) • Segundo ele: ao final de dois séculos o crescimento seria 28 vezes maior que o de produção de alimentos. (população morreria de fome) • Malthus: se esqueceu dos avanços tecnológicos da agricultura. Solução proposta por Malthus: • Sujeição Moral: privação voluntária dos desejos sexuais com o objetivo de reduzir a natalidade. • Controle de natalidade. • Propôs assistência medica social a todos. • Para ele só deveria ter filhos que tivesse um pedaço de terra para cultivar e poder alimentar seus filhos. Obs: “segundo os críticos”: • A população nunca chegou a crescer nas proporções ditas por ele; • Para eles a redistribuição de alimentos no mundo seria a solução. • Ecomathusianismo – séc.XX –desenvolvimento sustentável população X meio ambiente. Teoria Neomalthusiana (voltada aos países subdesenvolvidos) Pós Segunda Guerra Mundial (1939-1945) (explosão demográfica); Começou a se desenvolver nas primeiras décadas do século XX; Baseada no pensamento de Malthus; Firmou-se após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) em função da explosão demográfica ocorrida nos países subdesenvolvidos, fruto das melhorias na medicina que diminuíram a mortalidade; Esse crescimento acelerado da população, segundo uma ótica alarmista e catastrófica dizia que se continuassem assim em pouco tempo os recursos naturais da terra se esgotariam; A CAUSA DA MISÉRIA É A ELEVADA NATALIDADE; (pouca informação). “A causa da Pobreza é a elevada Natalidade” Por terem muitos filhos a população não tem condições de sustentar e acaba vivendo na pobreza. Solução dos Neomalthusianos: Políticas visando o controle de natalidade; Algumas medidas foram adotadas por entidades mundiais: ONU, FMI, Banco Mundial, UNICEF, etc. Esterilização em massa de populações pobres (feito na Índia e Colômbia). Distribuição de anticoncepcionais; https://www.alfaconcursos.com.br/ alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 3 Assistência médica para uso de dispositivos intrauterinos (DIUs); Divulgação de um modelo familiar bem sucedido com no máximo dois filhos em TVs, jornais e cinema. Teoria Reformista ou MARXISTA (combate a pobreza) desigualdades. As ideias básicas dessa teoria são contrários as de Malthus; Para os reformistas a pobreza é que causa a superpopulação; (por ser pobre sem instrução, faz muitos filhos). Se não houvesse pobreza as pessoas teriam acesso à educação, saúde, higiene, etc. Isso regularia naturalmente o crescimento da população; Segundo eles a pobreza é: • Fruto da má divisão de renda da sociedade; (reforma agrária) • Exploração que países desenvolvidos fazem com os subdesenvolvidos; • Eles não acreditam que irá existir falta de alimentos, pois com a revolução industrial e tecnológica a indústria aumentou a capacidade de produção de alimentos; • Como solução final seria a implantação de politicas sociais na tecnologia, incentivos na produção; • Melhoria na distribuição de renda; • Resolvendo o problema da pobreza e consequentemente o da superpopulação; • A CONSEQUÊNCIA DA MISÉRIA É A ELEVADA NATALIDADE (muitos filhos = difícil de sustentar). • Índice de Gini – 2016 – 0,549 (medir desigualdades) • “A CAUSA DA ELEVADA Natalidade é a Pobreza” • Coeficiente de Gini: Ilaliano Corrado Gini 1912; • Usado para medir a desigualdade na distribuição de renda; • Vai de 0 a 1 –maior desigualdade. • BR: 0,549 (99°); 1ᵒUcrânia (0,241) • PR: 0,492) (3ᵒ). Transição Demográfica: relaciona-se às variações nas taxas de mortalidade e natalidade em uma dada sociedade. Entende-se por transição demográfica a oscilação das taxas de crescimento e variações populacionais. Esse conceito foi elaborado no ano de 1929 por Warren Thompson (1887-1973) para contestar matematicamente a Teoria Demográfica Malthusiana, por definir que não há um crescimento acelerado da população, mas sim oscilações periódicas, que alternam crescimentos e desacelerações demográficos, podendo envolver, inclusive, estágios de estabilidade. Para melhor compreender o conceito de transição demográfica, é necessário ter noção de alguns conceitos demográficos, tais como a taxa de natalidade e a taxa de mortalidade. Dividiu-se as oscilações entre mortalidade e natalidade, considerando o desenvolvimento das sociedades industriais, em quatro estágios principais. Para melhor compreendê-los, observe o gráfico abaixo: https://www.alfaconcursos.com.br/ https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/conceitos-demograficos.htm alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 4 Gráfico esquemático das quatro etapas do crescimento populacional e transição demográfica* No primeiro estágio, observa-se a característica de crescimento das sociedades tradicionais, em que a natalidade e a mortalidade são elevadas, o que contribui para um tímido, quase nulo, crescimento demográfico. Essa característica é predominante em países essencialmente rurais, existindo atualmente apenas em algumas nações subdesenvolvidas. O segundo estágio assinala o desenvolvimento industrial, econômico e social das populações. É o estágio característico da modernidade, quando há o rápido decrescimento das taxas de mortalidade, enquanto as taxas de natalidade demoram a cair. Graças a isso, nesse período, o crescimento populacional é acelerado. Esse segundo estágio corresponde à primeira fase da transição demográfica destacada no gráfico acima. Já o terceiro estágio demarca o desenvolvimento urbano, a difusão de métodos contraceptivos e a queda das taxas de natalidade, que se relacionam, sobretudo, à inclusão da mulher no mercado de trabalho. Com isso, a fecundidade diminui e o crescimento demográfico mantém-se em um nível moderado. Podemos dizer que o Brasil se encontra nesse período de sua evolução populacional, assinalada pela segunda fase da transição demográfica do gráfico. Por fim, no quarto estágio, observa-se um regime demográfico considerado moderno, com baixas taxas de natalidade e mortalidade, com um crescimento demográfico próximo a zero. É o atual período da maioria dos países desenvolvidos da atualidade. A geração do Baby-boom: um exemplo de transição demográfica Após o término da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), as Forças Aliadas venceram os alemães, os italianos e os japoneses. Os Estados Unidos, como vencedores, conheceram uma elevada evolução político-financeira e conseguiram elevar as condições de vida de sua população. Com um período de guerra terminado, a população começou a produzir uma grande quantidade de filhos, sobretudo entre os anos de 1946 e 1964, fenômeno denominado de geração do baby-boom ou baby-boomers. Muitos demógrafos consideraram esse período como uma forma espontânea da sociedade de repor as perdasdas pessoas mortas durante os conflitos internacionais. Assim, da mesma forma que aconteceu nos estágios acima mencionados, esse rápido crescimento demográfico ocasionado pelo aumento da natalidade e pela baixa mortalidade foi seguido por um período de queda dos números de gravidez e a consequente redução das taxas de crescimento populacional nas gerações seguintes. Observa-se, desse modo, mais um exemplo de transição https://www.alfaconcursos.com.br/ alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 5 demográfica, em que um período de explosão no número de pessoas é sequenciado por um período de estabilização demográfica. CONCEITOS POPULACIONAIS Densidade demográfica: número de indivíduos / dividido pelo espaço ocupado. Taxa de natalidade: número de nascidos de uma determinada espécie em certo tempo. (BR: 20,4 – PR: 13,73/mil Taxa de fecundidade: estimativa de filhos de uma mulher. (Brasil 1,77) – PR: 1,8. Taxa de mortalidade: número de mortes de uma determinada espécie em um espaço de tempo. (Brasil 7/mil) (PR: 6,54 – 6,31) Taxa de mortalidade Infantil: número de mortes de crianças no primeiro ano de vida (no Brasil é de 14,8/mil, Mundo 8,4/mil, países desenvolvidos 2 à 3/mil e PR 8,6/mil). Dispersão ou migração: Migração → deslocamento de uma população para outro local, (processo voluntário). Crescimento vegetativo: taxa de natalidade - taxa de mortalidade (BR: 0,79 – PR: 0,89) População absoluta: número total de habitantes População relativa: é a densidade demográfica IDH – Índice de Desenvolvimento Humano: Medida comparativa usada para classificar os países em, desenvolvidos, em desenvolvimento e subdesenvolvidos. O IDH é baseado em três critérios: 1 - Expectativa de vida ao nascer; (BR - 2018: 76,3 anos) – (PR- 77, 2 anos) 2060 – 80 anos. 2 - Grau de escolaridade; 3 - PIB per capita. O IDH foi criado em 1990 e utilizado desde 1993 pelo PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento); Pontuação máxima do IDH de um país desenvolvido é igual a 1; Relatório de desenvolvimento humano (14/09/2018): 1º Noruega: 0,953; 2º Suíça: 0,944; 3º Austrália: 0,939; 13º EUA: 0,924; https://www.alfaconcursos.com.br/ alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 6 44º Chile: 0,843; 47° Argentina: 0,825; 55º Uruguai: 0,804; 78º Venezuela: 0,761; 79º Brasil: 0,759; 189º Níger: 0,354. PR – 0,820 (5ᵒ do país) Fatores que contribuem para o aumento da população. Diminuição da taxa de mortalidade: Determinada pelos avanços agrícolas e tecnológicos; Aumento na produção de alimentos; Progressos médicos e sanitários. CRESCIMENTO POPULACIONAL População: É um agrupamento de indivíduos da mesma espécie; Ocorrem em uma mesma área. Comunidade: Conjunto de populações que vivem no mesmo local; Sempre estão interagindo entre si e com o meio. Obs: * quanto mais cresce a população mais aumenta a destruição da natureza; * mais difícil fica a sua sobrevivência; * ocorrência de migrações em busca de novos lugares, novas terras; * motivo de tudo isso é a exploração populacional. (controle). FATORES QUE CONTRIBUEM PARA O AUMENTO OU REDUÇÃO DA POPULAÇÃO Potencial Biótico → indica a capacidade de uma população aumentar o numero de indivíduos. Resistência ambiental → conjunto de fatores que se opõem ao potencial Biótico. (fonte de alimento, água, doenças, etc...) AS POLÍTICAS DEMOGRÁFICAS Os governos tendem a definir políticas demográficas sempre que o número de habitantes é inferior ou superior àquele que consideram mais conveniente para a organização da vida socioeconômica dos respetivos países. Desde há muito que diferentes concepções têm vindo a ser defendidas pelos vários teóricos. No entanto, de um modo geral, podem considerar-se como divididas em dois grandes tipos. POLÍTICAS NATALISTAS Surgiram, num passado recente, quando os governos pretenderam aumentar o número de habitantes para assim criarem tensões com os estados vizinhos. Tal foi o caso da Alemanha, da Itália e do Japão antes da II Grande Guerra. Após o último conflito mundial a necessidade de reconstrução nacional levou países como a França a tomar medidas favoráveis ao aumento da natalidade. https://www.alfaconcursos.com.br/ alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 7 Países como a Rússia e a Austrália estimulam fortes natalidades a fim de conseguirem a mão- de-obra necessária à colonização de vastas áreas do interior dos seus territórios. APLICAÇÃO DE POLÍTICAS NATALISTAS Muitos países industrializados, principalmente da Europa, procuram resolver ou pelo menos, minimizar o problema da estagnação ou mesmo o retrocesso da população, com a consequente perda de vitalidade demográfica, perseguindo uma política natalista mediante a implementação de medidas de incentivo à natalidade. Entre essas medidas contam-se a atribuição de compensações e prémios monetários a famílias numerosas, aumentos substanciais dos abonos de família, dilatação das férias de parto, acompanhamento eficaz e gratuito das mulheres durante a gravidez, concessão de maiores facilidades de crédito à habitação aos casais com dois ou mais filhos, criação de infantários públicos e creches, escolaridade gratuita, subsídios de material escolar aos alunos, pelo menos durante o período de escolaridade obrigatória, etc. Mas apesar de tais medidas de incentivo, os resultados têm sido pouco animadores, pelo que o quadro geral pouco se tem alterado. De resto, a maioria dos especialistas em demografia é de opinião que é muito difícil influir na altitude dos casais quanto ao ter (ou não ter) filhos. UM MUNDO ENVELHECIDO O problema resultante do excesso populacional dos países em desenvolvimento não se coloca diretamente nos países do mundo desenvolvido. Diferentes fatores fazem com que os países industrializados, como os da Europa, América do Norte ou Japão, apresentem taxas de crescimento muito baixas ou mesmo nulas, como os casos de Luxemburgo, Bélgica, Dinamarca ou Áustria. No entanto, esta situação também cria problemas sociais e económicos específicos, especialmente em função de um progressivo envelhecimento da população. Nestas sociedades a população idosa é muitas vezes considerada um "fardo" dispendioso, por não serem produtivos, mas sim consumidores. Ao mesmo tempo uma diminuta percentagem da população jovem pode comprometer o futuro, relativamente ao esperado normal desenvolvimento. Assim, muitos governos de países com taxas de crescimento muito baixas ou nulas, têm tomado decisões políticas na tentativa de alterar as tendências atuais. POLÍTICAS ANTINATALISTAS Face ao crescimento constante das populações, alguns países tentaram limitar os nascimentos pondo em prática urna política de regulação, a fim de baixar a pressão humana e suprimir os entraves ao desenvolvimento económico. Hoje, as famílias são globalmente menos numerosas em grandes países como a China, a Índia, a Indonésia, o Brasil ou o México. Estas políticas enfrentam, contudo, aposições de ordem económica e religiosa. Todas as religiões, e particularmente o Islamismo, glorificam a maternidade. Assim, em África as mulheres têm ainda, em média, 6 ou 7 filhos. POLÍTICAS ANTINATALISTAS São postas em prática nos países onde se considera que o aumento da população pode contribuir para uma diminuição acentuada do nível de vida, ou mesmo pôr em causa a sobrevivência, pelo menos, de parte da população. As políticas antinatalistas têm a sua base teórica na obra do pastor protestante Thomas R. Malthus, Essay on the Principie of Population as it affects the future improvement of Society, publicada em 1798. Malthus defendia o princípio de que a população cresce em progressão geométrica enquanto que os recursos crescem em progressão aritmética. Daqui concluía que o menor crescimento dos https://www.alfaconcursos.com.br/ alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 8 recursos daria origem a fomes, epidemias e atéguerras, isto é, aumento da mortalidade seria inevitável. CONTROLAR UMA DEMOGRAFIA GALOPANTE Apesar do ligeiro decréscimo no ritmo do aumento demográfico destes últimos anos, existem ainda países que enfrentam sérios problemas visto ser difícil obter o desenvolvimento quando as carências alimentares das populações em excesso não estão garantidas. Daí, que muitos governos de países em desenvolvimento com excesso populacional e com taxas de natalidade elevadas tentem impor certas decisões políticas, com o objetivo de reduzir o número médio de nascimentos. Dentro destas políticas demográficas antinatalistas destacam-se diferentes tipos de decisões, que podem ter maior ou menor aceitação por parte das populações, tais como: • Subsídios dados a casais com um só filho; • Agravamento de impostos ou anulação de regalias sociais a casais com muitos filhos; • Campanhas para que os casamentos sejam tardios; • Divulgação generalizada de processos do planeamento familiar; • Distribuição gratuita de contraceptivos; • Legalização da interrupção voluntária da gravidez; • Incentivos para a generalização da esterilização feminina e masculina, em casais que tenham já um ou dois filhos; • Processos de racionamento alimentar que prejudicam as famílias numerosas. O estabelecimento das políticas demográficas é uma tentativa dos países em controlar a taxa de natalidade de sua população. Estas estão divididas em dois grupos: - NATALISTA: É o tipo de política, que apoia natalidade, evitando por sua vez o envelhecimento da população. Entre esses apoios estão: *Assistência materno-infantil gratuita. *Benefícios fiscais para as famílias mais numerosas. *Alargamento do tempo de licença pós-parto, tanto para a mãe e o pai. *Horário de trabalho reduzido para a mãe durante o período de amamentação - ANTINATALISTAS: É o tipo de política, que pretende diminuir a taxa de natalidade, devido ao grande número de natalidade da região. *Divulgação de métodos contraceptivos gratuitamente. *Legalização do aborto. *Casamentos mais tardios. *Aplicação de impostos elevados para as famílias mais numerosas https://www.alfaconcursos.com.br/ alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 9 1.2. Estrutura demográfica, distribuição da população e novos arranjos familiares. Movimentos, redes de migração e impactos econômicos, culturais e sociais dos deslocamentos populacionais. População, meio ambiente e riscos ambientais. POPULAÇÃO BRASILEIRA A Sociedade Nacional: Miscigenação: são 3 grupos no país: Mulato: mistura de branco e negro. Caboclo: mistura de branco e índio. Cafuzo: mistura de índio e negro. Etnia: grupo definido com mesma origem, língua e cultura. Raça: povo (grupo) com características biológicas iguais. Temos no mundo 650 grupos de raças espalhados por 190 países. Os 20 países mais diversos são todos africanos. Japão e Coréia são os mais homogêneos. Países europeus são globalmente homogêneos. Países americanos são diversos com exceção da Argentina e Chile. Países do Oriente médio são diversos. Conflitos internos são mais comuns em países diversos. A diversidade étnica correlaciona-se com a latitude e o PIB per capta. A homogeneidade étnica correlaciona-se com a democracia forte. Etnias no Brasil (cor ou raça) • Parda: 46,7% (mistura de brancos com índios ou negros) • Branca: 44,2% • Preta: 8,2% • Indígenas, amarelos e outros: 0,9% Fonte: Pnad - IBGE 2016 O Indígena: Na época do descobrimento eram 5 milhões de índios; Principais grupos: Tupi-guarani, Jê, Aruaque, Caribe, Tucano e Charrua. O Censo 2010 revelou que, das 896 mil pessoas que se declaravam ou se consideravam indígenas, 572 mil ou 63,8 %, viviam na área rural e 517 mil, ou 57,5 %, moravam em Terras Indígenas oficialmente reconhecidas. Concentrados no norte e centro-oeste. O Branco: Origem Portugueses e Europeus (entraram como colonizadores e também para atender a falta de mão de obra; • De acordo com a origem étnica, pertencem a quatro grupos: Atlanto-mediterrâneos – italianos, espanhóis, franceses e portugueses. Germanos ou teutões: austríacos, holandeses, suíços, ingleses e escandinavos. Eslavos: Russos, poloneses, tchecos, eslovacos e iugoslavos. Asiáticos: judeus e sírio-libaneses. https://www.alfaconcursos.com.br/ alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 10 O Negro: Para atender a necessidade da economia açucareira, mineração, cafeeira, calcula-se que mais de 5 milhões de negros foram trazidos como escravos para o Brasil. Foram dois os grupos de escravos: o Sudaneses: Vindos do Golfo da Guiné, hoje países da Nigéria, Gana, Togo, Benim, Costa do Marfim e Daomé. o Bantos: Regiões próximas ao rio Congo, hoje países do Congo, Angola, e Moçambique. • Preconceito racial: a constituição proíbe a discriminação racial. Mas quase a maioria da população negra é excluída, mas nos últimos anos é feito um trabalho de conscientização para sanar essa discriminação racial. Os Imigrantes: • Iniciou a partir de 1530 na fase pré-colonial do Brasil (portugueses vinham apenas interessados em extração de recursos para comercializa-los na Europa; • A partir de 1808, (abertura dos portos) (vinda da Família Real) D. João emitiu um decreto que permitia ao estrangeiro a posse de terras (antes era só permitido aos portugueses); • Porém o fluxo foi pequeno, pois havia o tráfico de escravos para as atividades agrárias; • Para as outras funções livres como o funcionalismo público era direcionado aos portugueses e seus descendentes. • Essa imigração foi incentivada pelo governo até os anos de 1850 para garantir a posse das colônias de povoamento implantadas no sul do país. • Em 1850 com a promulgação da lei Eusébio de Queirós, foi proibido o tráfico de negros, desta forma, foi intensificado a imigração para a cultura de café, atividades urbano- industriais e facilidade de acesso a posse de terras na região sul (colônias de povoamento), que durou até 1930. • Diante da crise de 1929, o governo de Getúlio Vargas, observando o excedente de mão de obra, impôs a lei de Cotas da Imigração (1934), reduzindo assim o número de imigrantes com exceção de portugueses que era livre. • Nas décadas de 1950, 60 e 70, a industrialização brasileira foi quem atraiu imigrantes europeus, judeus do pós-guerra e o chamado “Milagre econômico” (1969 – 1973), também contribuiu com imigrantes vindos dos países vizinhos e países africanos como Angola e Moçambique. • De 1980 a 1994 a emigração superou a imigração devido a, instabilidade política, baixos salários e desemprego. • Atualmente o Brasil recebe imigrantes forçadamente vindos de catástrofes, guerras, ou dificuldade econômica, (Haitianos, bolivianos angolanos e venezuelanos). • 2010 marcou o início da imigração haitiana no Brasil, a principal entrada foi via Tabatinga-AM, logo após o terremoto do Haiti. • Atualmente cerca de 50 a 100 haitianos entram no Brasil via Acre, 130 mil já entraram desde 2010, entram na condição de refugiados com visto válido por 5 anos. • 2015 a 2016, 77 mil venezuelanos entram no Brasil via Roraima pela cidade de Pacaraima, fugindo de caos político (regime autoritário), econômico e institucional. • Atualmente é o maior fluxo de imigrantes do Brasil e está sendo considerado como uma “crise migratória”. https://www.alfaconcursos.com.br/ alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 11 • 2017: 17 mil pedidos de asilo no Brasil, já entraram 176.259 venezuelanos até dezembro de 2018, porém destes, 17% já deixaram o país. • Bolivianos começam a vir para o Brasil na década de 1950. • 1980 marca a imigração atual. • Estima-se que existam 32 mil bolivianos no Brasil. • Destinos dos Bolivianos são: 40% na cidade de São Paulo, 10% Rio de Janeiro. • Principais de recepção de bolivianos são Corumbá – MS (40% da Pop) e Guajará-mirim – RO. A diversidade étnica nospaíses do mundo A etnia, tal como a raça, é uma construção social e, como tal, difícil de medir. Tendo em conta esta limitação, o Instituto Harvard para a Investigação Económica publicou um artigo, em 2002, em que identificava 650 grupos étnicos, em 190 países. A partir deste estudo, os autores mediram a diversidade étnica, como a probabilidade de duas pessoas selecionadas ao acaso num dado país pertencerem a etnias diferentes. Os resultados estão mapeados aqui (os países verdes são mais diversos e os laranjas mais homogéneos) e tornam-se mais interessantes, se analisados em conjunto com o mapa publicado ontem e as reflexões do professor Saideman. É importante apontar algumas limitações à informação aqui veiculada: os dados originais são, alguns casos, dos anos oitenta do século passado e o artigo tem já onze anos de idade, pelo que nada garante que as construções sociais étnicas não se tenham alterado, ou que as migrações não tenham modificado o panorama; e diferentes culturas podem considerar certas diferenças como barreiras étnicas, enquanto outras não; finalmente, etnia e raça não são a mesma coisa. https://ruadaconstituicao.files.wordpress.com/2015/08/2015060900.png https://ruadaconstituicao.files.wordpress.com/2015/08/2015060900.png https://www.alfaconcursos.com.br/ https://ruadaconstituicao.files.wordpress.com/2015/08/2015060900.png https://ruadaconstituicao.files.wordpress.com/2015/08/2015060900.png https://ruadaconstituicao.files.wordpress.com/2015/08/2015060900.png alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 12 DISTRIBUIÇÃO E ESTRUTURA DA POPULAÇÃO BRASILEIRA SUDESTE: Total: 81 milhões Densidade demográfica: 67 hab/km² Corresponde à 10,9% do território Possui 4 estados Possui o maior PIB do Brasil Possui as duas cidades mais populosas Brasil (São Paulo, 11 milhões/hab.; Rio de Janeiro 6 milhões/hab GINI: 2° - 0,535. NORDESTE: Total: 53 milhões Densidade demográfica: 27 hab/km² (zona da mata) Corresponde à 18,2% do território Possui 9 estados Terceiro maior PIB do Brasil GINI: 5° - 0,555. SUL: Total: 27 milhões Densidade demográfica: 38 hab/km² Corresponde a 6,8% do território Possui 3 estados É a segunda região mais rica do país depois da região sudeste Possui o maior IDH, maior taxa de alfabetização e os melhores níveis de educação, saúde e bem estar social do país. GINI: 1° - 0,473. NORTE: Total: 16 milhões Densidade demográfica: 2,6 hab/km² Corresponde à 45% do território Possui 7 estados GINI: 4° - 0,539. CENTRO-OESTE: Total: 14 milhões Densidade demográfica: 5,8 hab/km² Corresponde à 18,86% do território Possui 3 estados mais o Distrito Federal GINI: 3° - 0,523. ] https://www.alfaconcursos.com.br/ alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 13 DENSIDADE DEMOGRÁFICA POR ESTADOS 1º Distrito federal: 444,7 hab/km² 2º Rio de Janeiro: 365,2 hab/km² 3º São Paulo: 166,2 hab/km² 4º Alagoas: 112,3 hab/km² 5º Sergipe: 94 hab/km² 12º Paraná: 55,6 hab/km² (pop urb: 85,33% - pop rural: 14,67%) Grau de urbanização no Brasil: 84,36% Sudeste: 92,95% Centro-Oeste: 88,8% Sul: 84,93% 2010 – 1960 era 55% Rural e 45% urbano. Norte: 73,53% Nordeste: 73,13% Brasil: 211.887.221 milhões de hab. 6ª maior população Um país populoso, mas pouco povoado; Densidade demográfica do Brasil é de 23,8 hab/km² 6° mais populoso do mundo; 1º lugar: CHINA (1,4 bilhões), 2º lugar: ÍNDIA (1,3 bilhões), 3º lugar: EUA (329 milhões), 4º lugar INDONÉSIA (270 milhões) e 5° Paquistão (216 milhões). População está distribuída de maneira desigual; Concentração populacional encontra-se na faixa litorânea do território nacional. Reflexo do povoamento histórico do país. Políticas de “marcha para oeste” no século XX foram insuficientes, para promover a interiorização do país. Maiores oportunidades de trabalho; Melhores condições de vida: • Sudeste região mais povoada maior densidade demográfica 78hab/km²; • Norte menos povoado 3hab/km² EVOLUÇÃO DO CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO NO BRASIL: O crescimento da população brasileira começou a diminuir a partir da década de 1970. 1950 pós-segunda Guerra explosão demográfica principalmente nos países subdesenvolvidos, fruto de uma queda nas taxas de mortalidade devido ao avanço da medicina. 1960 eram 6 filhos/mulher; 1980 eram 4 filhos /mulher; Tende a continuar diminuindo, pois na década atual a taxa de natalidade caiu consideravelmente para 1,9 filhos /mulher; (IBGE 2010), em 2020 serão 1,7 filhos /mulher; Taxa de mortalidade infantil 2018: 1,77 filhos p/ mulher – 17,5/mil País com maior taxa de mortalidade infantil com 110,6 mortes a cada 1000 nas. Afeganistão; País com a menor taxa de mortalidade infantil com 1,8 mortes a cada 1000 nas. Mônaco; Brasil encontra-se na 92º posição de 193 países, com 12,8 mortes a cada 1000 nascimentos (1940 a taxa era de 147/mil). Países desenvolvidos possuem uma taxa de mortalidade de 2 a 3 mortes/1000 nascimentos. Mundo possui uma taxa de 8,24 mortes / ano, a cada 1000 hab. https://www.alfaconcursos.com.br/ alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 14 Taxa mortalidade – 2018 – 7/mil Brasil – 1940 – 24,94/mil. Queda na taxa de natalidade: (motivos) a partir de 1970 Uso de métodos de contraceptivos; Mulher entra no mercado de trabalho; Comparando com o resto do mundo o Brasil ainda possui índices relativamente altos de natalidade 2 filhos/mulher, comparando com 1,6 filhos/mulher do mundo. • Êxodo Rural, provocado pela concentração fundiária e revolução verde. Queda na taxa de mortalidade: (motivos) Taxas de mortalidade vêm diminuindo desde 1940 (eram 24,94 mortes/1000hab.); Melhoras na medicina; Melhoras nas condições sanitárias e higiênicas; Campanhas de vacinação; Taxa de mortalidade em 2017, é de 7 mortes/1000hab. O Brasil está em uma situação mais favorável agora do que há cinco décadas. O motivo? O país está mais jovem e passa por um momento demograficamente ideal para crescer. O fenômeno é chamado de “bônus demográfico” (PEA 63,05%) e ocorre quando há, proporcionalmente, um maior número de pessoas em idade ativa aptas a trabalhar. O Brasil possui 50 milhões de jovens. O aumento da população nessa faixa etária começou no início da década de 2010 e terá seu auge em 2020 (período de bônus demográfico). Isso aumenta a proporção de pessoas em idade de trabalhar (entre 15 e 64 anos) em relação à população dependente, crianças e idosos. Enquanto isso, a expectativa de vida do brasileiro passou de 62,5 anos em 1980 para 76,3 anos em 2018. A população continua crescendo porem de forma cada vez mais lenta. Em 2030 para de crescer e começará a diminuir. https://www.alfaconcursos.com.br/ alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 15 A partir de 2030, teremos uma população considerada idosa, hoje nossa população é considerada adulta. # PLANEJAMENTO FAMILIAR: CONTROLE DE NATALIDADE. No Brasil está assegurado pela Constituição Federal 1988 e pela lei nº 9.263, de 1996, o planejamento familiar é um conjunto de ações que pretendem auxiliar as pessoas ter filhos e também que preferem adiar o crescimento da família. No Brasil a Politica Nacional de Planejamento Familiar foi criada em 2007: Esta inclui oferta de 8 métodos contraceptivos gratuitos e também a venda de anticoncepcionais a preços reduzidos na rede de farmácia popular. No Brasil não ocorreu na sua história políticas de controle natalidade. https://www.alfaconcursos.com.br/ alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 16 OS NOVOS ARRANJOS FAMILIARES Conceito atual de família Com o passar dos anos se pôde atrelar o conceito de família aquela que é patriarcal e tem o papel do pai como exemplo e meio de sustento e orientação, que seria a família tradicional, composta por pai, mãe, filhos,genros, netos. Porém a mudança nos arranjos familiares começou a ficar explícita com o modelo mono parental, surgido com a evolução feminina na sociedade. O conceito de família é extremamente dinâmico. A família patriarcal, convencional, hierarquizada, patrimonialista, composta por homem e mulher unidos pelo casamento e cuidando de seus descendentes (família nuclear/matrimonial) vem sofrendo, ao longo dos anos, intensas transformações. A vastidão de transformações políticas, sociais, econômicas e especialmente culturais produziram reflexos nas relações jurídico-familiares. Os atuais contornos da família estão desafiando outra conceituação: novos arranjos familiares, os quais podem ser conceituados de: famílias recompostas, monoparentais, anaparentais, homoafetivas, eudemonista. MONOPARENTAL: é aquela constituída por uma pessoa, independente de sexo, que se encontra sem companheiro, porém vive com um ou mais filhos (pode ocorrer do fim do casamento, da viuvez, adoção e solteiros). RECOMPOSTA OU PLURIPARENTAL: é aquela estrutura familiar originada do casamento ou união estável de um casal, na qual um ou ambos de seus membros têm um ou vários filhos de relações anteriores e surge então a chance de formação de uma nova família. HOMOAFETIVA OU HOMOPARENTAL: é aquela composta por pessoas do mesmo sexo, a qual recebe plena proteção estatal: alimentos, sucessão, adoção, exercício do poder familiar, curatela, uso do nome do companheiro e impenhorabilidade do bem de família. https://www.alfaconcursos.com.br/ alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 17 Na homoparentalidade, os casais que decidem assumir uma relação homoafetiva e desejam formar uma família, via de regra, adotam crianças para que seja formada a referida família. ANAPARENTAL: que é a convivência de pessoas, parentes (irmãos, tio e sobrinho) ou sem vínculos parentais que, convivem por algum motivo, possuindo rotina e com afinidades sociais, econômicas ou outra qualquer, que os aproximam. A família parental possui uma caraterística muito semelhante as famílias parentais ou anaparentais. Esses diferentes tipos familiares tem em comum a cumplicidade e a união que citadas na família parental. Porém, o que se diferencia é que: enquanto na família pluriparental nem todos os familiares têm vínculos sanguíneos, na família parental ou anaparental obrigatoriamente possui uma formação especifica, com parentes consanguíneos. EUDEMONISTA: a que pode ter qualquer uma das formatações acima elencadas, mas ao observar sua constituição, nota-se que em seus indivíduos existe pouco apego a regras sociais que formulam as famílias mais tradicionais, religião, moral ou política. Família eudemonista. Já quando se trata da familia eudemonista, acredita-se que todas as famílias se encaixem nesse perfil, pois o eudemonismo se caracteriza como a busca da felicidade, objetivo principal do sujeito quando decide formar sua família. HOMOPARENTALIDADE: Em outras palavras, atualmente está ocorrendo uma verdadeira democratização dos sentimentos, em que o respeito mútuo e a liberdade individual vêm sendo preservados. Hoje prevalece e deve prevalecer o afeto à conveniência, a busca da felicidade, a supremacia do amor, e da solidariedade. Em face disso, dar-se ensejo a composição do novo conceito de família, usando-se no plural, e não de um modelo monolítico contido no termo singular. CASAMENTO: Quando se fala em família, logo vem à mente a cena do casamento. Aquela cena tradicional de um homem e uma mulher em uma igreja vestidos à caráter para realizar os sonhos de suas vidas. UNIÃO ESTÁVEL: definida como aquela formada por um homem e uma mulher, livre de formalidades legais do casamento, com o animus de conviverem e constituir família. “Art. 226. “omissis” CF § 3º - Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento”. https://www.alfaconcursos.com.br/ alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 18 Principais fluxos migratórios do Brasil Migrações →troca de país, estado, região ou até mesmo de casa (temporariamente ou permanente) (secas, terremotos, guerras e enchentes). Emigração: saída dos indivíduos. Imigração: chegada dos indivíduos. NORDESTINOS PARA O SUDESTE (1950 (até os anos 80 foi o maior fluxo) até 1995) Nordestinos que saem em direção ao Sudeste e Centro-Oeste (questão da seca no sertão falta de emprego, baixo índice de industrialização com relação a outras regiões). Esse período compreendeu o momento de da revolução industrial que se alavancou no final da primeira metade do século XX, até o início da segunda metade da década de 90. MARCHA PARA O CENTRO OESTE (governo de Getúlio Vargas – 1934) 1950 DTT Migrantes do Sul (principalmente na década de 1970) saem em direção ás regiões do Centro-Oeste e Norte (RONDÔNIA), (agricultores gaúchos em busca de novas áreas de cultivo com preços baixos). Criação de colônias de habitação, colônias agrícolas (colônia agrícola de Goiás) e abertura de estradas. DTT (Divisão Territorial do Trabalho) Foram criadas 15 colônias para abastecer de alimentos as regiões industriais. Construção de Brasília, estradas de ligação. MIGRAÇÃO DE RETORNO A partir de 1995 até 2000, houve uma considerável queda nas taxas de migrações e começou a ocorrência da migração de retorno, ou seja, migrantes que vieram do nordeste para a região sudeste agora estão retornando, por aparecerem por lá oportunidades de empregos fruto de uma desconcentração industrial. A partir de 2008 as migrações que ocorrem são de pessoas com mão de obra melhor qualificada, que vem em busca de acumular um pouco de dinheiro para depois voltar para casa, diferentemente do passado em que as pessoas vinham com toda a família sem a intenção de retornar. Alguns dos deslocamentos populacionais mais frequentes são: • O êxodo rural é o deslocamento populacional de áreas rurais para áreas urbanas. Ocorrem principalmente devido ao processo de industrialização no campo (intensa mecanização), expulsando do campo os pequenos produtores; • Migração rural-rural: ocorrem de uma área agrícola para outra. Esse tipo de migração engloba a transumância: os trabalhadores rurais que se deslocam constantemente em busca de trabalho, como os "boias-frias", que são trabalhadores itinerantes. • Migração Urbana Urbana: • Deslocamento de pessoas de uma cidade para outra. • A transumância, ou migração sazonal, é o movimento populacional que ocorre em determinadas épocas do ano e que sempre se repete. Ligada às estações do ano; • O migrante sai de sua cidade em determinado período do ano retornando posteriormente. • Trabalhadores que saem das regiões secas do Nordeste em busca de trabalho em outras regiões. • A migração pendular (movimento pendular), ou migração diária, que ocorre nos grandes centros urbanos, constituem a deslocação de trabalhadores de sua residência até o local de trabalho, que https://www.alfaconcursos.com.br/ alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 19 geralmente se localiza a uma distância significativa de onde moram. Muitas pessoas não trabalham nem estudam no município de sua residência. • A migração intra-urbana é um deslocamento populacional de curta distância – de uma cidade para outra. • O nomadismo é a prática em que pessoas não têm habitação fixa e vivem mudando de residência. Na Ásia e no norte da África, é comum encontrar pastores nômades. • A migração de retorno é o regresso dos imigrantes à região ou ao país de origem. Por exemplo, graças à crise econômica ocorrida nos Estados Unidos em 2007, muitos brasileiros que residiam em território norte-americano retornaram ao Brasil. Esse fenômeno ocorreu no Nordeste do Brasil: muitos nordestinos que haviam migrado para outras regiões do Brasil regressaram ao seu lugar de origem. A procura por melhorescondições de vida impele muitas pessoas a abandonarem seu lugar de origem e a partir para outros lugares, mesmo que sejam desconhecidos. Inúmeras são as causas do deslocamento de pessoas entre as várias regiões do planeta: • econômicas - a mais importante ao longo da história; • político-ideológicas; • desastres naturais; • conflitos militares; • religiosa. As migrações humanas são feitas de áreas de repulsão populacional, onde há pobreza, baixos salários, desemprego e subemprego, fome, guerras e desastres naturais para regiões de atração populacional, onde há melhores condições de vida, condições de emprego, salários mais altos, paz e segurança. Os deslocamentos populacionais impactam o lugar de origem e o de destino das ondas migratórias. O imigrante pode adentrar um país de forma legal ou ilegal. Ele pode ser um refugiado ou um requerente de asilo. Os principais tipos de movimentos populacionais são: TIPOS DE DESLOCAMENTOS POPULACIONAIS • espontâneos - deslocamentos voluntários https://www.alfaconcursos.com.br/ alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 20 • forçados - motivados por perseguições políticas, étnicas ou religiosas • tutelados - países que controlam a entrada de pessoas • por interesses econômicos dos países desenvolvidos - nações economicamente prósperas que necessitam de mão de obra de alta especialização para determinados setores tecnológicos Exemplos de deslocamentos espontâneo são a ida de turcos, gregos e habitantes do leste europeu para a Europa ocidental, principalmente para a República Federal da Alemanha, em busca de trabalho e melhores salários; na segunda metade do século XIX e no início do século XX, o Brasil recebeu italianos, espanhóis, japoneses, árabes, além de outras etnias, que aqui esperavam encontrar melhores condições de vida. A diferença de nível de vida incentiva milhares de habitantes de países pobres a buscar novas oportunidades de trabalho em países ricos. As guerras étnicas da África e os conflitos políticos e guerras no Oriente Médio são expressões dos deslocamentos forçados. Os Estados Unidos da América, as Nações da Europa ocidental e até mesmo o Brasil controlam e policiam a entrada de imigrantes. Já o atual interesse da República Federal da Alemanha em trazer técnicos indianos especializados em Informática é um belo exemplo de interesse econômico por parte de uma nação desenvolvida. As migrações provocam consequências demográficas, sociopsicológicas e culturais. CONSEQUÊNCIA DEMOGRÁFICA Nas zonas de repulsão populacional diminui a população; nas de atração, cresce o número de habitantes. CONSEQUÊNCIA SOCIOPSICOLÓGICA Abalos psicológicos e morais sofridos pelas famílias e comunidades que, ao migrarem, perdem suas raízes culturais e relações de amizade. CONSEQUÊNCIA CULTURAL A mistura de línguas, religiões, hábitos, culinária, etc. Essa troca cultural (aculturação) tem os aspectos positivos da eliminação de preconceitos entre as diversas etnias e o enriquecimento cultural de todas as comunidades postas em contato. É lamentável que no final do século XX e no começo do XXI, período que deveria ser pela tolerância entre os povos, o mundo tenha assistido, cada vez mais, lutas entre comunidades, tais como os massacres praticados pelos indonésios no Timor Leste ou, na África Negra, o recente genocídio levado a efeito pela tribo dos Hutus sobre os Tutsis. Tais conflitos causam grandes deslocamentos de pessoas. A mobilidade humana constitui motivo de preocupação: gera amplos debates sobre política, economia e segurança nacional. Regiões de repulsão populacional São muitas as razões que levam as pessoas a deixar seu país de origem. A África, a Ásia, o Oriente Médio e a América Latina são regiões de maior repulsão populacional. Na Ásia e a África, há áreas extremamente pobres. Isso resulta em uma repulsão populacional significativa. Além disso, certas regiões nesses continentes – especialmente no Oriente Médio – são palco de guerra. Alguns países asiáticos e africanos constituem refúgio para grupos terroristas. Áreas de repulsão populacional sofrem um fenômeno denominado “fuga de cérebros”: a saída de pessoas com alto nível educacional que imigram para países ricos e desenvolvidos. “Fuga de cérebros” constitui perda de talento, pois pessoas bem preparadas frequentemente buscam melhores condições de trabalho e de vida e mais oportunidades no exterior. Isso agrava o cenário de países com alta repulsão populacional, que já contam com pouca mão de obra qualificada. https://www.alfaconcursos.com.br/ alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 21 Regiões de atração populacional Os Estados Unidos e a Europa Ocidental são as grandes regiões de atração populacional. As fronteiras não estão abertas às pessoas. A mundialização da economia abre as fronteiras nacionais para mercadorias e capitais, mas os países continuam a erguer barreiras contra a imigração, restringindo a mobilidade populacional. Quando a migração legal é muito restringida, cresce a ilegal – a procura por meios não convencionais de entrar em certo país. Imigrantes ilegais tomam grandes riscos para chegar aos seus destinos e frequentemente acabam caindo na clandestinidade, não possuindo documentos para trabalhar na economia formal de seu novo país. Consequentemente, assumem trabalho pesado com baixa remuneração e vivem em bairros afastados. Por serem imigrantes ilegais, ficam sujeitos a incertezas e discriminações e acabam por integrar marginalmente a força de trabalho, o que se transforma, em alguns casos, em escravidão. Em crises econômicas, cresce o preconceito contra estrangeiros, fomentado pela crença de que as pessoas e os produtos vindos de fora são os responsáveis pelas crises da economia e pelo desemprego. Os imigrantes são frequentemente vítimas da xenofobia - o medo irracional, a aversão e até mesmo o ódio em relação a estrangeiros. Os Estados Unidos Os Estados Unidos constituem o país que atrai o maior número de imigrantes do mundo. Em 2015, os Estados Unidos contavam com mais de 43 milhões de imigrantes. Há aproximadamente 11 milhões de imigrantes ilegais morando no país: o maior grupo deles origina da América Latina. Estima-se que 6.2 milhões de imigrantes ilegais sejam mexicanos. Os hispânicos constituem a maior minoria dos Estados Unidos. A cada ano, um milhão de imigrantes legais são aceitos pelos Estados Unidos como residentes permanentes. Não há nenhum país que aceita tantos imigrantes legais. Contudo, a política de aceitar tantos imigrantes, de todas as partes do mundo, gera xenofobia – fenômeno que veio à tona na mais recente eleição norte-americana, na qual o republicano Donald Trump foi eleito presidente. Um dos principais motivos pela ascensão de Donald Trump nas pesquisas – que culminou com sua vitória na eleição presidencial – foi um discurso no qual ofendeu os imigrantes ilegais mexicanos que residem nos Estados Unidos. Trump os caracterizou de “criminosos, traficantes de drogas e estupradores”. Por meio desse discurso e de outras declarações feitas durante a campanha presidencial, Donald Trump deu uma voz para os nacionalistas, os racistas e os xenófobos de seu país. Em recentes debates nos Estados Unidos sobre imigração, discute-se a necessidade do cumprimento das leis e regulamentos referentes à imigração ilegal. Também se discute a proposta de construir uma barreira ao longo da fronteira de 3.200 km entre os Estados Unidos e o México. O objetivo dessa fronteira é minimizar o fluxo de imigrantes ilegais entre os dois países. Em relação ao tema imigração, que gera muita polêmica nos Estados Unidos, o ex-presidente George W. Bush declarou, "Somos uma nação de imigrantes. Mas também uma nação da lei". Durante a campanha, Trump prometeu construir um muro na fronteira entre os Estados Unidos e o México. O objetivo do muro seria prevenir que mexicanos adentrassem o território norte- americano ilegalmente. Trumpafirmou, repetidamente, que o México teria de pagar pela construção do muro. É importante ressaltar que parte do muro – 700 milhas das duas mil necessárias – foram construídas por seus antecessores – o democrata Barack Obama e o republicano George W. Bush. Vale ressaltar que nas últimas décadas, uma das respostas aos problemas gerados por movimentos migratórios é a construção de muros fronteiriços. A política por trás da construção de muros é o conceito de que a segurança e a proteção de um país não podem ser asseguradas senão pelo fechamento físico de fronteiras e territórios. https://www.alfaconcursos.com.br/ alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 22 Europa A Europa é o lar do maior número de migrantes de todas as regiões do mundo. Em 2015, a União Europeia (UE) teve um ganho líquido global de imigração de 1.9 milhão de pessoas, apesar de possuir uma das maiores densidades do mundo. Em janeiro de 2016, a UE contava com 35 milhões de imigrantes. As imigrações representam quase todo o crescimento populacional do continente europeu. Atualmente, devido à relativa recessão econômica, ao aumento do desemprego e ao aumento de ataques terroristas, esses imigrantes vêm sendo hostilizados e marginalizados, notadamente na França, na Alemanha e na Inglaterra. Imigrantes são frequentemente vítimas de racismo e xenofobia. São vítimas de xenofobia os africanos no norte da França, os indianos e paquistaneses no Reino Unido, os turcos na Alemanha e os refugiados sírios. Nos últimos anos, os governos europeus tomaram medidas repressivas para conter o fluxo de imigrantes ilegais. Imigração é um tema recorrente em campanhas eleitorais. Isso se evidenciou no referendo a respeito do Brexit, na Grã-Bretanha, e nas eleições de 2017 na França, entre Marie Le Pen, candidata xenofóbica, e Emmanuel Macron. Marie Le Pen prometeu que se fosse eleita, colocaria um fim à imigração na França e expulsaria do país todos os imigrantes ilegais. Apesar de ter sido derrotada por Emmanuel Macron, Le Pen, que chegou ao segundo turno das eleições, obteve apoio de uma parcela significante dos eleitores franceses. O fenômeno da imigração se tornou mais polêmico e até mais grave devido à crise dos refugiados da África e do Oriente Médio. https://www.alfaconcursos.com.br/ alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 23 1.3. Transformações nas relações de trabalho e a economia informal Transformações nas relações de trabalho Nunca houve um momento histórico em que se precisou de tão poucas pessoas para suprir tantos bens materiais. Entretanto, os resultados materiais ou imateriais dessa produção só poderão ser apropriados pelas pessoas caso sejam criados outros mecanismos, outras instituições, que não apenas o mercado para a distribuição de renda. No âmbito presente, estamos numa situação em que o fenômeno mais relevante é o desemprego. O desemprego hoje é global. Até dois anos atrás, a região asiática ainda apresentava taxas bastante satisfatórias de crescimento do emprego, posteriormente com a crise que se espalhou por aqueles países como um estopim, o desemprego explodiu por toda parte. O sistema de seguridade e proteção social, consolidado no pós-guerra, principalmente na Europa, foi uma instituição adequada ao modelo anterior &– fordista. Ele se inicia no final do século passado, começa a se espalhar por alguns países no início deste século, entre os anos 20 e 30, e se torna um modelo muito completo e sofisticado, principalmente na Europa, após a segunda grande guerra. Esse sistema de proteção social deve ser modificado para atender as circunstâncias contemporâneas, principalmente nos países latino-americanos. Mas, nos países em que não se construiu esse tipo de ação e de consciência, objetivos ou metas tão fortes, como no caso europeu, nunca se consolidou da mesma maneira a proteção social e, portanto, as crises fiscais dos respectivos estados fazem com que esse sistema de seguridade perca importância e vivamos um vácuo de ordenamento público, nesta matéria. Faço essa ponte para chegar ao mercado informal. No caso brasileiro, essa rede de proteção social, institucional, governamental, pública (no sentido de governo, pois “público” não é obrigatoriamente governo, pode significar “coletivo”) sempre foi para os mais pobres a rede familiar, a rede comunitária, a rede de vizinhança. Para os mais ricos, não, pois a aposentadoria e o sistema de saúde funcionavam razoavelmente bem, no passado, até os anos 80. O SUS, posteriormente, em 1988, estabeleceu-se de uma forma abrangente, mas nunca atingiu a universalidade. A própria CLT, quando se estabeleceu, teve como alvo a população urbana que naquele momento representava cerca de 40% da população brasileira. A legislação trabalhista só foi estendida para o campo nos anos 70, durante o regime militar. Se pensarmos sobre outros bens públicos, por exemplo, a educação, quando ela começa a ser mais abrangente? Durante o período Vargas, mas também essa extensão deu-se de uma forma bastante desigual, abrangendo mais as áreas urbanas do que as áreas rurais, em uma época na qual as áreas rurais eram predominantes. Nosso passado tem uma característica que não pode ser valorizada, uma característica escravocrata. Sempre esquecemos disto, há pouco mais de cem anos esse regime findou, mas suas marcas não foram metabolizadas pela sociedade brasileira, nos deixou características de forte desigualdade econômica, de poder e a pouca abrangência de direitos universais, até porque o conceito de cidadania e de “direitos universais” nunca se estabeleceu com clareza na sociedade brasileira. Quanto à informalidade, ela precede tudo isso. Nunca tivemos um modelo social abrangente, portanto, a maior parte da população brasileira sempre viveu dentro de processos informais. No final do século passado, por exemplo, nós tínhamos quatro legislações trabalhistas neste país. Uma para a mão-de-obra escrava, outra para a mão-de-obra liberta, outra para a mão-de-obra migrante e uma última para os trabalhadores independentes. Durante o período entre as décadas de 30 e 50 e posteriormente entre as décadas de 50 e 70, com a industrialização crescente, nós tivemos uma migração intensa para o meio urbano, como todos vocês sabem. O Brasil é destaque internacional nessa transposição porque não foi fruto de uma ação pública, governamental. Durante o processo migratório para as áreas metropolitanas, o PIB do país crescia a taxas mirabolantes (7% ao ano é a média de 50 a 80 e houve períodos em que o país cresceu a 13%). https://www.alfaconcursos.com.br/ alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 24 Nesse período, a mão-de-obra que vinha para as cidades passava a ter carteira assinada, o emprego sem carteira era pouco expressivo e o trabalho por conta própria representava cerca de 17% da PEA. Esse período constituiu um significativo processo de assalariamento. Diga-se de passagem, esse assalariamento não teve contrapartida de organização sindical na mesma magnitude, porque passamos por um período de regime militar que bloqueou o florescimento dessa organização, embora, no início dos anos 80, tenhamos tido uma eclosão sindical de bom nível e moderna. Nesse período, a informalidade não era um problema grave. A pobreza era o grande problema, o trabalhador pobre, a degradação das áreas urbanas, pois o fluxo migratório era fantástico e não havia recursos para a infra-estrutura física, não havia planejamento para receber todas essas pessoas. Toda a política (que muda a partir dos anos 80) girava em torno de uma ação centralizada do Estado e do governo federal. Eram decisões tomadas de cima para baixo que nem sempre atendiam às necessidades específicas, das localidades ou das comunidades. Nesse período percebeu-se que o setor informal representava um fenômeno permanente. Havia uma discussão teórica bastante longa, de quase dez anos, com relaçãoao fato desse trabalho por conta própria, centrado na própria família, esse pequeno empreendimento, esse negócio familiar ter ou não condições de sobreviver durante o processo de expansão do capital, questionava-se se essas atividades teriam a tendência a desaparecer ou se permaneceriam. O resultado dessa discussão foi a confirmação de que se tratava de um fenômeno permanente e que esses pequenos negócios, esses pequenos empreendimentos transformavam-se no bojo e juntamente com o próprio processo de acumulação. Durante a crise dos anos 80 começa a surgir um fenômeno diferente. Surge o fenômeno que é o assalariamento sem carteira, em virtude do ajuste recessivo, e um crescimento do trabalho por conta própria e dos pequenos negócios. Além do mais, o início dos anos 80 caracteriza-se também por uma elevação da taxa de desemprego. Foi a primeira grande crise capitalista no país, a crise de 1981 a 1983. Os anos 80 foram um período de elevada instabilidade. O país não conseguiu fazer nenhum tipo de reestruturação qualquer que seja a dimensão analisada E nós chegamos ao final desse período com problemas muito sérios no que se referia aos níveis de produtividade e, obviamente, poucos problemas em relação ao emprego. Foi nos anos 90 que o Brasil apresentou forte explosão de todos os problemas que não tinham sido atacados durante os anos 80. Tivemos uma abertura comercial irrestrita e sem nenhum tipo de planejamento, um Estado que não conseguia mais responder às demandas sociais nem às do próprio funcionamento do aparelho do Estado. Tivemos problemas com relação à reestruturação produtiva e à modernização tecnológica, com isso a taxa de desemprego foi crescendo ao longo de todo o período. Hoje estamos com 9% de desemprego, segundo a fonte oficial, e com 20%, segundo o índice do Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos). ] Na realidade, a taxa deve se situar mais próxima dos 20% do que dos 9%, embora a taxa de 20% revele níveis de subemprego e não exatamente de desemprego. Uma das características da reorganização da estrutura produtiva, como Antunes apontou muito bem, é uma horizontalização das cadeias produtivas e um processo de terceirização. Isso, ao meu juízo, não é setor informal, é um processo semelhante de mudanças de relações de trabalho, não o núcleo típico da informalidade, pois a maior parte dessas relações ainda se dão no âmbito de uma transformação tipicamente capitalista. O fenômeno processo de informalidade se resumiria de duas maneiras: - Primeiro, diz respeito àquele conjunto de pessoas que por opção ou por necessidade de sobrevivência (as duas coisas convivem no mercado) optam por negócios por conta própria, optam por uma mini-organização para poderem sobreviver. - O outro aspecto da informalidade é toda essa reformatação legal e institucional que está ocorrendo nas relações de trabalho em todas as suas dimensões. Ou seja, hoje, no Brasil, nós temos mão-de-obra https://www.alfaconcursos.com.br/ alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 25 assalariada que trabalha com carteira, que trabalha sem carteira, que trabalha sob a forma de cooperativas, que trabalha sob a forma autônoma. Às vezes por tarefa, às vezes por empreitada, mas, mesmo assim, trata-se de mão-de-obra assalariada. Esse processo de reformatação das relações assalariadas também podem ser classificadas como um categoria do processo de informalidade ou processo de informalização. Na realidade, refere-se a todo um processo de reformatação das formas de inserção e das relações institucionais de trabalho. Ao final, o que mais chama a atenção é que, hoje, quando olhamos para o mercado de trabalho, temos em torno de 40% da mão-de-obra que trabalha de forma assalariada e com carteira de trabalho. O restante trabalha sob outras formas, o que mostra a velocidade com que esse fenômeno está ocorrendo, essa reformatação profunda que está ocorrendo no mercado de trabalho. Alguns autores chamam isso de “desassalariamento”. Outro aspecto importante diz respeito ao próprio aparelho público do Estado: 40% contribui e quase 60% não contribui com nada ou com muito pouco. Ou seja, como se pode querer que esse aparelho público funcione? Os direitos são universais, mas são mantidos com a contribuição de 40%. A falência do sistema está exatamente aí. É uma questão para se repensar. Mais um aspecto importante é que a maior parte das pessoas, mesmo as assalariadas, trabalham cada vez mais no setor terciário, no setor de serviços, e menos nas fábricas, na indústria de transformação. Isso traz fortes modificações, também, na própria organização política e na consolidação de interesses setoriais. Hoje, os interesses são altamente fragmentados, inclusive porque o trabalho é altamente fragmentado. Economia informal Especialistas defendem que a economia informal pode fortalecer o PIB nacional, mas outros afirmam que boa parte dos recursos financeiros é destinada a organizações criminosas. Quem nunca foi abordado nas ruas por pessoas vendendo óculos de sol, DVDs, CDs, sapatos, roupas, entre outros produtos falsificados? A concepção do “camelô” é a mais comum quanto à economia informal. A economia informal caracteriza-se por ser um conjunto de atividades econômicas realizadas sem que haja registros oficiais, tais como assinatura da carteira de trabalho, emissão de notas fiscais e contrato social de empresa. Segundo dados de uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae): - somente 8,8% da economia informal é praticada nas ruas. - (27,3%) dessas atividades são desenvolvidas em residências. - (27,5%) na casa do cliente. Conforme dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), no início do século XXI existiam mais de 300 milhões de trabalhadores informais no mundo, sendo que mais de 10% do total desempenham atividades no Brasil. A economia informal é muito comum em países subdesenvolvidos e emergentes. Seu desenvolvimento ocorre em consequência do desemprego estrutural, da cobrança de tributos e da burocracia para atuar legalmente. Os consumidores, por sua vez, são atraídos pelos baixos preços desses produtos, visto que alguns objetos (CDs, DVDs, roupas, programas, jogos de computador etc.) originais possuem valores elevadíssimos. No Brasil, estima-se que um terço dos cigarros consumidos seja contrabandeado, 500 mil peças de roupas falsificadas sejam produzidas por mês e cerca de 50% dos programas de computador vendidos sejam falsificados. Além da produção nacional, o país é grande receptor de produtos falsificados da China, Cingapura, Malásia e Paraguai. https://www.alfaconcursos.com.br/ alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 26 Esse tipo de atividade afeta diretamente o Produto Interno Bruto (PIB) nacional, visto que muitas mercadorias são fabricadas e vendidas sem o pagamento de impostos. Se toda a economia informal se legalizasse, o PIB brasileiro poderia ter um aumento de cerca de 30%. O combate à economia informal ocorre de forma ineficaz e a população, através da aquisição dessas mercadorias, contribui bastante para o fortalecimento desse circuito. Alguns especialistas afirmam que essa atividade é a única alternativa para a obtenção de renda de boa parte da população, além de fortalecer o PIB nacional, pois uma parcela dos rendimentos é destinada à compra de produtos fabricados por empresas que atuam nos trâmites legais. Alguns estudiosos, porém, discordam, alegando que boa parte dos recursos financeiros é destinada a organizações criminosas e que a informalidade prejudica a evolução do PIB nacional. DESEMPREGO, INFORMALIDADE E PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO NO CAPITALISMO CONTEMPORÂNEO A reorganização do mundo do trabalho é uma condição que se instaura no capitalismo contemporâneo, tendo como pano de fundo o processo de reestruturaçãoprodutiva. Estabelece inovações sociais, organizacionais e tecnológicas à produção capitalista, na tendência da acumulação flexível, que também flexibiliza os mercados e processos de trabalho. O mercado de trabalho é envolto pelo processo de informalidade, caracterizado por esse reordenamento de todos os lados. Tem como principais elementos o desemprego, a flexibilização dos contratos de trabalho, formas de subcontratação, reformas jurídicas que desmontam a legislação trabalhista e o crescimento das ocupações informais. https://www.alfaconcursos.com.br/ Professor: Anderson Luiz Wargenhak Turma: PM - PR Data: 02-06-2020 GEOGRAFIA MUDE SUA VIDA! 1 1. POPULAÇÃO - EXERCÍCIOS 1. (UFC) Os mecanismos regentes da dinâmica populacional são objetos de discussões teórico- ideológicas que orientam as ações adotadas para controlá-la. Sobre as teorias demográficas e a dinâmica populacional, é possível afirmar, de forma CORRETA, que a) os seguidores da teoria de Malthus, sobre a população, consideram o grande crescimento populacional um obstáculo ao desenvolvimento socioeconômico da humanidade, defendendo políticas de controle radical da natalidade entre as classes sociais mais pobres. b) o aumento da expectativa de vida da população mundial decorreu dos avanços da medicina, da higiene sanitária, da tecnologia alimentar e da alfabetização em massa, que elevou as taxas de natalidade e o crescimento vegetativo nos países em desenvolvimento. c) os métodos anticoncepcionais, difundidos em todo o mundo, eliminaram o risco de explosão demográfica e asseguraram taxas de natalidade e de crescimento vegetativo uniforme e equilibrado, nos diversos continentes e países entre as diferentes classes sociais que os habitam. d) o desenvolvimento técnico-científico permitiu a ocupação de áreas antes consideradas anecúmenas, como o norte da Ásia e a África Equatorial, que passaram a ser povoadas e populosas, devido ao grande crescimento demográfico nelas ocorrido no século XX. e) os movimentos migratórios são responsáveis pela difusão da população na Terra e pela existência de equilíbrio nas estruturas, por sexo, por idade e por ocupação, nos continentes, países ou regiões e em lugares onde ocorrem mais intensamente. 2. (VUNESP) Embora o Brasil esteja colocado entre os países mais populosos do mundo, quando se relaciona sua população total com a área do país, obtém-se um número relativamente baixo. A essa relação de população x área, damos o nome de: a) Taxa de crescimento. b) Índice de desenvolvimento. c) Densidade demográfica. d) Taxa de natalidade. e) Taxa de fertilidade. 3. (PUCPR) Observe as pirâmides etárias a seguir. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/ populacao/projecao_da_populacao/piramide/piramide.shtm>. Acesso em: 10 out. 2000. Se confirmada a projeção populacional apontada pela pirâmide etária de 2050, o Brasil possuirá as seguintes características socioeconômicas: 1. Haverá aumento na população de idosos, o que não acarretará nenhum problema socioeconômico, pois o aumento da população nessa faixa etária é resultado do aumento da qualidade de vida da população. 2. O país segue uma tendência já verificada em outros países, especialmente os países ricos, ou seja, uma redução da taxa de natalidade e aumento da expectativa de vida da população. 3. Haverá um aumento da População Economicamente Ativa (PEA) que se distribui pelos setores primário, secundário e terciário da economia, em que, no caso brasileiro, a PEA será maior no setor secundário. 4. Haverá uma redução do número de jovens no país, o que exigirá mudanças significativas nos investimentos, tanto do setor privado como do público, que precisarão ser redirecionados, pois as https://www.alfaconcursos.com.br/ Professor: Anderson Luiz Wargenhak Turma: PM - PR Data: 02-06-2020 GEOGRAFIA MUDE SUA VIDA! 2 necessidades e o consumo mudarão, influenciando a vida econômica do país. 5. As pirâmides etárias confirmam que o país passa por uma transição demográfca e pode em 2050 já estar com sua transição concluída, tornando-se “maduro” demograficamente, o que garantirá seu pleno desenvolvimento socioeconômico. Estão CORRETAS a) apenas 2 e 4. b) apenas 1, 3 e 5. c) apenas 1, 2 e 4. d) 1, 2, 4 e 5. e) apenas 2, 4 e 5. 4. Observe a imagem: Retirado de: <Discurso Retórico>. Acesso em: 10/10/2014. O conteúdo da charge acima se alinha a que tipo de teoria demográfica? a) Neomalthusianismo, pois considera a pobreza como fruto da ausência de políticas de distribuição de remédios e de democratização da saúde. b) Reformista, pois critica as desigualdades sociais em razão do preconceito das classes mais abastadas da sociedade. c) Malthusianismo, por afirmar que as populações de elevada renda crescem em proporções menores do que as populações de baixa renda. d) Reformista, por apregoar o direito das camadas mais pobres das estratificações sociais de terem acesso aos medicamentos anticoncepcionais. e) Neomalthusianismo, por defender que as melhorias sociais manifestam-se a partir do controle do crescimento populacional por meio de métodos contraceptivos. 5. Em referência a temática sobre família e sua funcionalidade, considere: I. A família realiza o processo de filiação, importante para o desenvolvimento do sentimento de pertencer, que torna o sujeito alguém identificado e diferenciado, um indivíduo reconhecido. II. A família é o núcleo social responsável por seus membros. Espera-se que ela promova sua formação moral, educação, proteção, alimentação e satisfação das necessidades básicas. III. A função reprodutiva das famílias se presta a dois contextos: tem como propósito perpetuar a sociedade, em um âmbito mais amplo, e dar prosseguimento à sua própria existência, em uma perspectiva mais particular. Está correto o que se afirma em a) I e II, apenas. b) II e III, apenas. c) III, apenas d) I, II e III. e) I e III, apenas. 6. (UDESC) Disponível em: http://blog.newtonpaiva.br/pos/educacao-sem- homofobia-um-olhar-para-a-diversidade/ Acessado em: 30/03/2015. Com base nos dados apresentados acima, assinale a alternativa correta. a) A maior parte dos homofóbicos é do sexo masculino, jovem, branco e desconhecido da vítima. b) Os dados apontam a correlação entre homofobia, faixa etária e questões raciais. c) Os casos de homofobia são predominantemente vinculados ao tipo de https://www.alfaconcursos.com.br/ http://www.discursoretorico.com.br/2014_01_01_archive.html Professor: Anderson Luiz Wargenhak Turma: PM - PR Data: 02-06-2020 GEOGRAFIA MUDE SUA VIDA! 3 vida dos próprios homossexuais, uma vez que se relacionam com pessoas contatadas em chats ou em locais de pouca segurança, como parques e boates gays. d) A maior parte dos suspeitos prefere não informar sua orientação sexual, o que também se aplica ao perfil das vítimas. e) Embora porcentagem considerável de mulheres tenham sido vítimas de violência, não se constata índice relevante de mulheres suspeitas de homofobia. 7. Considere o mapa e as afirmações apresentadas abaixo. I. O mapa destaca que os maiores volumes de migração de retorno foram registrados em estados historicamente expulsores de população como os do Nordeste (em particular, Bahia e Pernambuco e Ceará), Minas Gerais e Paraná. II. Os movimentos migratórios observados no Centro-Oeste e Norte se caracterizam como rural- urbano e refletem o fechamento das fronteiras agrícolas e o fim da expansão das atividades agrícolas naquelas regiões. III. O movimento migratório de retorno revela as grandes dificuldades que os migrantes enfrentam em se fixar nas tradicionais áreas de atração migratória, como é o caso de São Paulo e Rio de Janeiro. IV. As migrações ocorridas nos anos 2000 sugerem o processo de concentração econômica que beneficiou as maiores regiões metropolitanasdo Sudeste e Nordeste em detrimento das áreas interiores das outras regiões brasileiras. Está correto o que se afirma APENAS em a) II e III. b) I e III. c) II e IV. d) I e II. e) III e IV. 8. Observe, analise e responda: a) do êxodo rural, responsável pela decadência da cultura do café no Brasil a partir de 1930. b) da modernização do campo brasileiro, especialmente através da expansão da mecanização. c) da contaminação dos alimentos por agrotóxicos, devido ao uso de máquinas na agricultura. d) do fim da imigração, que obrigou a introdução de máquinas na agricultura brasileira. 9. Os deslocamentos populacionais fazem parte da história da humanidade. Sobre os movimentos migratórios mundiais e aqueles que ocorrem no Brasil, todas as alternativas estão corretas, EXCETO: a) As migrações internacionais ocorrem, na atualidade, sobretudo, dos países do Sul subdesenvolvidos para os países do Norte desenvolvidos. b) O número de estrangeiros que vive dentro das fronteiras europeias corresponde a uma importante parcela da população total dos países. Milhões de imigrantes do Terceiro Mundo constituem um batalhão de mão de obra barata para os serviços não especializados. Hoje, esses imigrantes enfrentam a rejeição da população local e a repressão dos governos. c) No Brasil, ocorrem diversos movimentos populacionais internos, entre áreas de atração e áreas de repulsão populacionais. d) Tradicionalmente, a principal área de repulsão populacional do Brasil sempre foi o Nordeste. Mas, isto está mudando. Atualmente a https://www.alfaconcursos.com.br/ Professor: Anderson Luiz Wargenhak Turma: PM - PR Data: 02-06-2020 GEOGRAFIA MUDE SUA VIDA! 4 emigração do Nordeste apresenta uma redução e verifica-se uma migração de retorno à região de origem. e) A população mundial é migrante. A partir da década de 80, este movimento observado no cenário mundial ocorre principalmente, no chamado mundo subdesenvolvido que apresenta um elevado número de imigrantes. 10. Analise as proposições em relação à organização do espaço geográfico brasileiro que reflete os diferentes momentos da ocupação do país, sua economia e seu crescimento. I. O centro econômico do Brasil, bastante industrializado e urbanizado, é constituído por São Paulo e Rio de Janeiro, duas grandes metrópoles globais. II. As metrópoles regionais têm importância regional, pois seus serviços abrangem uma área extensa, englobando várias cidades de porte menor. Exemplo disso são as cidades de Belém, Manaus e Goiânia. III. As metrópoles nacionais possuem uma complexa oferta de serviços, equipamentos urbanos, universidades, bancos, etc... que extrapolam a abrangência dos seus estados, a exemplo, Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte, Recife, Brasília, Fortaleza. IV. Cidades locais ou pequenas cidades exercem influência apenas nas áreas rurais de sua vizinhança e possuem escasso equipamento urbano (escolas, cinemas, hospitais). V. Capitais regionais e megalópoles globais são sinônimos, pois se referem a enormes conjuntos de grandes cidades que, uma vez conurbadas, abrangem áreas extensas cuja influência é global. Assinale a alternativa correta: a) Somente as afirmativas I, II, III e IV são verdadeiras. b) Somente as afirmativas II e IV são verdadeiras. c) Somente as afirmativas I, II e V são verdadeiras. d) Somente as afirmativas I e III são verdadeiras. e) Todas as afirmativas são verdadeiras. 11. A manutenção da identidade de um grupo está relacionada com o cultivo de aspectos culturais. Algumas das formas de manutenção do construto de uma etnia são: a) A gravação digital de costumes para que possam ser preservados para a posterioridade. b) Os costumes e as tradições, como comemorações que evocam as memórias coletivas ou reforçam mitos que constituem o arcabouço interpretativo do grupo. c) O tombamento do local de origem de uma etnia. d) A popularização e a comercialização das características culturais e dos símbolos de uma etnia. Isso pode ser observado no comércio de produtos artesanais específicos de uma etnia, como as bonecas Karajás. 12. A partir da década de 1970, o espaço amazônico passou por uma série de transformações sócio- econômicas importantes, dentre as quais citam-se: a) a perda de importância das tradicionais migrações nordestinas em favor das migrações de produtores rurais sulistas e a crescente concentração de terras. b) o crescente aumento da polarização de cidades de porte médio em detrimento das duas metrópoles regionais. c) a estagnação do processo de urbanização regional e a substituição da colonização oficial pela privada, reduzindo a interferência do Estado na região. d) a intensa retomada da extração da borracha para exportação e o rápido aumento da participação do setor primário na economia regional. e) a redução do êxodo rural e a difusão de atividades agrícolas como a cafeicultura e a fruticultura. 13. Nos últimos quinze anos, entre os fatores que podem explicar o rápido crescimento das periferias pauperizadas das grandes e médias cidades, destaca-se: a) o êxodo rural que se estabilizou na década de 80, em todas as regiões. b) o descompasso entre o crescente aumento da população e a manutenção do volume de empregos. c) o crescimento do emprego industrial, aliado às melhorias na infra-estrutura viária. d) o efeito de legislações ambientalistas coibindo a verticalização demasiada das cidades. https://www.alfaconcursos.com.br/ Professor: Anderson Luiz Wargenhak Turma: PM - PR Data: 02-06-2020 GEOGRAFIA MUDE SUA VIDA! 5 e) a desapropriação de áreas municipais, facilitando a construção de moradias de baixa renda. 14. Responda à questão de acordo com a tabela apresentada a seguir. A análise dos dados da tabela permite afirmar que a população: a) urbana superou a população rural que vem decaindo percentual mas não absolutamente, nos últimos 20 anos, devido à conjugação de vários fatores próprios do processo de mundialização da economia. b) urbana superou a população rural devido ao crescimento vegetativo mais acelerado nas áreas metropolitanas do Sudeste e do Centro- Oeste, em função de melhor atendimento médico. c) rural diminuiu, de forma absoluta, nos últimos anos porque diminuiu o índice de fecundidade das mulheres do campo, com o aumento do seu nível educacional. d) rural diminuiu percentualmente porque as populações não permanecem no campo, pois nas cidades facilmente obtém trabalhos menos pesados e melhor remunerados. e) rural diminuiu percentual e absolutamente devido ao êxodo para as cidades, pois estas são praticamente a única alternativa de sobrevivência para os migrantes, onde podem usufruir de bens e serviços inexistentes no campo. 15. O grande investimento de capitais na agricultura brasileira a partir da generalização do crédito rural, em meados da década de 60, provocou profundas transformações no campo, por exemplo: utilização de muita tecnologia e a introdução de novos cultivos. As conseqüências sociais dessas transformações, visíveis no espaço, também foram profundas. Qual a alternativa que indica estas conseqüências? a) Melhoria das condições de vida no campo, que levou ao desaparecimento dos conflitos pela posse da terra. b) Enriquecimento generalizado dos camponeses pobres graças à utilização do crédito rural; significativa redução do êxodo rural. c) Êxodo rural acelerado, com um rápido crescimento das cidades que passam a ser local de residência de grande número de trabalhadores rurais; agravamento do problema da moradia nas cidades. d) Diminuição da concentração fundiária com rápido crescimento do número de pequenos produtores que passam a atender os objetivos do governo produzindo para exportação. e) As alternativas a e c são corretas. 16. Em relação à estrutura, à dinâmica e aos problemas socioeconômicas e políticos da
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