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SISTEMA URINÁRIO CONSIDERAÇÕES GERAIS DEFINIÇÃO E DIVISÃO Órgãos secretores e excretores Na sequência: 2 rins 2 ureteres 1 bexiga 1 uretra Urina: rins > ureteres > bexiga > Uretra > exterior FUNCIONALIDADE Função 1 (regulação): contribuir para a homeostase, produzindo urina, para eliminar resíduos metabólicos e água Onde? Túbulos uriníferos, por meio de um processo complexo que envolve: Filtração Absorção ativa Absorção passiva Secreção Função 2 (secreção hormonal): rins secretam hormônios como a renina, que participa da regulação de pressão sanguínea e eritropoietina (uma glicoproteína que estimula a produção de eritrócitos; por muito tempo foi um medicamento amplamente vendido para pacientes com câncer e doenças diversas, que atacavam o sistema imune e tornavam o corpo demasiado frágil) Função 3: rins, em associação à pele e ao fígado, participam da ativação da vitamina D3, que é um pró-hormônio esteroide no hormônio ativo CARACTERÍSTICAS HISTOLÓGICAS DOS RINS Características gerais Formato de um grão de feijão (maioria dos mamíferos) Exceções: equinos (coração humano); bovinos (lobulado) Colocação: vermelho-pardo Apresenta uma borda convexa e outra côncava Hilo: localizado na borda côncava, é local de entrada e saída de vasos sanguíneos, entrada de nervos e saída de ureteres O hilo contém, ainda, tecido adiposo e dois ou três cálices, que se reúnem para formar a pelve renal, a parte superior, dilatada do ureter Principais características Rim é constituído por: Cápsula (tecido conjuntivo denso) Zona cortical (externamente) Zona medular (internamente) Formada por 10-18 pirâmides medulares (de Malpighi), cujos vértices fazem saliência nos cálices renais, formando as papilas, sendo cada uma delas formada por 10-25 orifícios, área crivosa Da base da pirâmide, partem os raios medulares, que penetram na cortical Cada lobo renal é formado por uma pirâmide e pelo tecido cortical que recobre sua base e seus lados; é constituído por: Raio medular Tecido cortical Artérias inter-lobulares Lóbulo renal é formado por: Um raio medula Tecido cortical Artérias interlobulares TÚBULO URINÍFERO Néfron: formada por uma parte dilatada, o corpúsculo renal, pelo túbulo contorcido proximal, pelas partes delgadas e espessas da alça de Henle Túbulo coletor: conecta o túbulo contorcido distal aos segmentos corticais ou medulares dos ductos coletores CORPÚSCULO RENAIS E FILTRAÇÃO DO SANGUE Corpúsculo renal: tufo de capilares (glomérulo), envolto pela cápsula de Bowman Cápsula possui dois folhetos: Interno/visceral: junto aos capilares glomerulares, com células diferenciadas, os podócitos Externo/parietal: que forma os limites do corpúsculo renal; epitélio simples pavimentoso Entre os prolongamentos secundários dos podócitos existem espaços denominados fendas de filtração Ainda não existe uma definição fisiológica exata quanto à função dos podócitos que, talvez, estejam envolvidos na permeabilidade seletiva da filtração CARACTERÍSTICAS DO GLOMÉRULO Chega pela arteríola aferente, sofre filtração e o que ainda será utilizado sai pela arteríola eferente Depois do glomérulo, passa por um túbulo revestida por células-escova para o túbulo contorcido proximal Ainda não há uma definição fisiológica exata quanto à função dos podócitos. Acredita-se que estejam envolvidos: a) Permeabilidade seletiva de filtração b) Limpeza contínua da barreira de filtração c) Controle da pressão nos capilares glomerulares Características dos capilares glomerulares Capilares fenestrados sem diafragma Presença de membrana basal entre as células endoteliais Admite-se que esta membrana basal (fusão das lâminas basais do endotélio e dos podócitos) seja a principal barreira na filtração glomerular Células endoteliais Podócitos Células mesangiais CORPÚSCULOS RENAIS E FILTRAÇÃO DO SANGUE Filtrado glomerular: cloreto + glicose + ureia + fosfato semelhantes à do plasma sanguíneo, porém quase não possui proteínas, pois as macromoléculas não atravessam a barreira de filtração glomerular CÉLULAS MESANGIAIS Funcionalidade: Presentes em certas regiões nas paredes dos capilares Contrácteis e possuem receptores para angiotensina II que reduz o fluxo sanguíneo glomerular Possuem receptores para o hormônio ou fator natridiurético produzido por células musculares do átrio do coração. Vasodilatador, o hormônio aumenta o volume do sangue nos capilares e a área disponível para a filtração; Suporte estrutural aos glomérulos Síntese da matriz extracelular Fagocitose e digestão de substâncias normais e patológicas Produção de moléculas como as prostaglandinas (sobre o sistema muscular, com ação diferente em cada sistema; por exemplo, uma delas pode ser usada para causar o aborto por meio da contração da parte superior e um relaxamento no canal uterino) e endotelinas TÚBULO CONTORCIDO PROXIMAL No polo urinário do corpúsculo renal, o folheto parietal da cápsula de Bowman se continua com o epitélio cuboide ou colunar baixo Células têm citoplasma basal fortemente acidófilo devido à numerosa presença de mitocôndrias Citoplasma apical apresenta um grande número de microvilosidades que formam a orla em escova [Transporte passivo]: absorção de fosfato e glicose, mas é considerado, em primeiro lugar, um túbulo de passagem e “limpeza” ALÇA DE HENLE Estrutura em formato de “U” que consistem em um segmento delgado interposto a dois segmentos espessos, que possuem estrutura muito semelhante ao túbulo contorcido distal Lúmen é largo porque a parede da alça é formada por epitélio simples pavimentoso Associado à forte absorção de água e eletrólitos TÚBULO CONTORCIDO DISTAL Após o curto trajeto na cortical, a parte espessa da alça de Henle torna-se tortuosa, também revestido por epitélio cúbico simples Células menores e não tem orla em escova Possuem menor quantidade de mitocôndrias Células que transportam íons [Transporte ativo]: Absorção de sódio e secreção de potássio, hidrogênio e amônia TÚBULOS E DUCTOS COLETORES Urina passa dos túbulos contorcidos distais para os túbulos coletores, que desembocam em tubos mais calibrosos, os ductos coletores, que se originam para as papilas Tanto os túbulos quanto os ductos coletores seguem em trajeto retilíneo Os ductos coletores da medula participam dos mecanismos de concentração da urina (retenção de água) FUNÇÃO RENAL [Resumo]: Filtração – Reabsorção – Secreção Filtração Primeiro passo do processamento sanguíneo Movimento da água e dos solutos desde o plasma do glomérulo até o espaço que existe na cápsula de Bowman A filtração se produz por um gradiente de pressão Reabsorção Segundo passo na formação da urina Movimento de moléculas fora do túbulo para o sangue Maior reabsorção em tubos proximais Secreção Movimento das moléculas fora do sangue peritubular para o túbulo para sua posterior excreção APARELHO JUSTAGLOMERULAR Próximo ao corpúsculo renal, a arteríola aferente não possui membrana elástica interna e as células musculares se apresentam modificadas Essas células são chamadas de justaglomerulares (dada a proximidade), JG, e têm núcleos esféricos e citoplasma carregados de grânulos de secreção A secreção desses grânulos participa da regulação da pressão do sangue Células JG produzem a enzima renina que aumenta a pressão arterial Aumenta a secreção da aldosterona por intermédio do angiotensinogênio Atuando sobre o angiotensinogênio, a renina libera a angiotensina I Uma enzima plasmática remove dois AA da angiotensina II, formando a angiotensina II Importante papel no controle do balanço hídrico e do equilíbrio iônico do meio interno O PAPEL DOS HORMÔNIOS Hormônio antidiurético (ADH) Secretado pela neuro-hipófise Atua sobre túbulos coletores Aumenta a reabsorção de água ao sangue, diminuindo sua perca Aldosterona Secretada pelo córtex suprarrenal Atua em todos os túbulos Aumenta a reabsorção de íons sódio (Na) no túbulo distal, elevando a concentração de Na no sangue O excesso de sódio no sangue deprime a secreção de renina, que inibe a aldosterona e aumenta a secreção de sódio pela urina BEXIGA E VIAS URINÁRIAS Bexiga e vias urináriasarmazenam por algum tempo e conduzem para o exterior a urina Cálices, pélvis, ureter e bexiga têm a mesma estrutura básica, embora a parede se torne gradualmente mais espessa no sentido da bexiga Na bexiga, a mucosa é formada por epitélio de transição e por uma lâmina própria de tecido conjuntivo que varia de frouxo ao denso Células mais superficiais do epitélio de transição são responsáveis pela barreira osmótica entre a urina e os fluidos teciduais Considerações gerais Túnica muscular é formada por uma camada longitudinal interna e circular externa Ureter atravessa obliquamente a parede da bexiga, de modo que se forme uma válvula que impede o refluxo de urina Vias urinárias são envolvidas externamente por uma membrana adventícia, exceto a parte superior da bexiga, que acoberta por membrana serosa (peritôneo) (rico em vasos sanguíneos, relacionado ao tecido conjuntivo) CARACTERÍSTICAS HISTOLÓGICAS DA URETRA Características gerais É um canal que leva a urina da bexiga ao meio exterior Masculina: comum ao sistema reprodutor, é formada pelas porções: Prostática (epitélio de transição) Membranosa (epitélio pseudo-estratificado) Cavernosa/Peniana (epitélio pseudo-estratificado colunar com áreas pavimentosas) Feminina: revestido por epitélio plano estratificado, com áreas de epitélio pseudo-estratificado colunar Apresenta um esfíncter de músculo estriado: externo da uretra COMPOSIÇÃO DA URINA 95% de água + 5% de substâncias diversas Resíduos nitrogenados: ureia, ácido úrico, creatina Eletrólitos: sódio, potássio, amônia, cloro, bicarbonato, fosfato, sulfato Toxinas Pigmentos Hormônios Constituintes anormais: sangue, glicose, albumina, cálculos
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