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ESTADO ABSOLUTISTA O Estado Absolutista surgiu no processo de formação do Estado Moderno (durante a transição do feudalismo para o capitalismo) ao mesmo tempo em que a burguesia se fortalecia por causa do mercantilismo. Durante a Idade Média, os nobres detinham mais poder que o rei. Era preciso um regime político que garantisse a paz e o cumprimento das leis. Por isso, surge a necessidade de um governo que centralizasse a administração estatal (o rei era a figura ideal para concentrar o poder político e das armas, e garantir o funcionamento dos negócios). Nesta época, começam a surgir os grandes exércitos nacionais e a proibição de forças armadas particulares. As principais características do estado absolutista são: • ausência de divisão de poderes • poder concentrado no Estado • política econômica mercantilista Numa monarquia absolutista, todos, sem exceção, deviam obediência e respeito ao monarca e seus representantes, que detinham a prerrogativa de julgar e legislar. O expoente máximo do absolutismo foi o monarca francês Luís XIV, denominado como o Rei Sol. ESTADO TOTALITÁRIO Os regimes totalitários surgem no mundo pela crise do sistema capitalista em algumas regiões da Europa. O totalitarismo faz referência a todo e qualquer tipo de governo onde um único indivíduo ou partido passa a controlar as diversas instâncias do Estado, com um grande poder de intervenção na vida de seus cidadãos. No totalitarismo só pode existir um único partido político, chefiado por um líder absoluto. Esse ditador se mantém no poder usando a força, violência e torturas psicológicas e físicas contra os indivíduos que não obedecem às leis do governo. O partido político dominante é que determina as diretrizes econômicas que o país deve seguir. O totalitarismo também é marcado pela forte presença de um militarismo na sociedade e é acompanhado por ações do regime com o objetivo de promover sua ideologia por meio de um sistema de doutrinação da população. Os regimes totalitários utilizam-se do terror como arma política para conter e perseguir seus opositores políticos, e a propaganda política é usada de maneira consistente para que a população seja convencida das medidas extremas tomadas por esses regimes. Os governos totalitários mais conhecidos são: • o Nazismo de Adolf Hitler, na Alemanha • o Fascismo de Benito Mussolini, na Itália • o Stalinismo de Josef Stalin, na União Soviética Como é possível perceber um regime totalitário não existe apenas em um governo de direita como o Nazismo e o Fascismo, mas também com o Comunismo de Stalin. ESTADO LIBERAL Liberalismo é uma teoria política e social que enfatiza fundamentalmente os valores individuais da liberdade e da igualdade. Para os liberais, todo indivíduo têm direitos humanos inatos. O governo tem o dever de respeitar tais direitos e deve atuar principalmente para resolver disputas quando os interesses dos indivíduos se chocam. A sociedade e o governo devem proteger e promover a liberdade individual, em vez de impor constrangimentos; a pluralidade e a diversidade devem ser encorajadas e a sociedade deve ser igual e justa na distribuição de oportunidades e recursos. O liberalismo é, portanto, uma teoria individualista, pois entende que o indivíduo tem prioridade sobre o coletivo. As teorias liberais clássicas surgiram influenciadas pelo iluminismo europeu e revoluções burguesas, a partir do século XVII, para se oporem às formas de Estado absoluto. Nesse sentido, a história do liberalismo está intimamente ligada ao próprio desenvolvimento da democracia nos países do ocidente. ESTADO SOCIAL Historicamente, o Estado de Direito Social é um modelo que nasce em meio à contradições, pois se afirma em três experiências políticas opostas: • a Revolução Russa de 1917 • a Revolução Mexicana • a reconstrução da Alemanha, após a Primeira Guerra O resultado direto de cada uma dessas experiências é a produção de três documentos igualmente diversos: • a Declaração dos Direitos do, na Rússia revolucionária (socialista), de 1918 • a Constituição Mexicana de 1917 • a Constituição de Weimar de 1919 Por meio desses três documentos que se definiram, na esfera constitucional, os direitos sociais como direitos fundamentais da pessoa humana, sob a ampla proteção do Estado, como a base do chamado "garantismo social". Apenas para efeito didático, pode-se chamar de Estado Social Ocidental aquele modelo que defende as linhas mestras do capitalismo e de Estado Social Oriental, o defensor de um Estado Socialista mais puro. O Estado Social Ocidental e seu viés capitalista, considera apropriado constituir e defender alguns direitos sociais por dois motivos: I) o trabalhador assalariado é o principal consumidor da própria mercadoria por ele produzida; e II) essas garantias (mesmo que mínimas), afastariam o fantasma do socialismo. Afinal, um trabalhador satisfeito economicamente (maiores direitos trabalhistas e melhores salários), além de consumir mais, mostra-se mais acomodado politicamente. No outro ponto, tem-se o Estado Social Oriental (socialista), com pólo ideológico oposto, fazendo com que o desenvolvimento dos direitos sociais e trabalhistas fundamentais lhe sirva de empuxo para se distanciar, ideologicamente, do modelo capitalista (esse artefato estatal vigorou até os abalos advindos da Perestroika e da Glasnost - Abertura e Transparência - culminando na queda do Muro de Berlin). A maior crítica a esse sistema é que ele não propôs, de forma clara, a alternativa do socialismo, ficando limitado e definido como um simples modelo avançado do Estado Capitalista, por ele mesmo agredido, motivo principal de sua queda. Por outro lado, esse socialismo também não se confirmou como uma real alternativa ao liberalismo que se propusera a substituir, tanto que, atualmente, verifica-se o surgimento e deflagração dos ideais do chamado "neoliberalismo", decorrente da globalização e internacionalização do capital financeiro. ESTADO NEOLIBERAL Nasceu logo depois da Segunda Guerra mundial, nos principais países "capitalistas" do mundo, como uma reação (teórica e política) ao modelo de desenvolvimento centrado na intervenção Estatal, passando a se constituir na principal força estruturadora do processo de acumulação de capital e de desenvolvimento social. O neoliberalismo surgiu como uma reação localizada ao Estado intervencionista (de bem- estar), mas trata-se de um fenômeno de alcance mundial. O ponto máximo do desenvolvimento desse processo ocorre com a mundialização dos circuitos financeiros, acarretando na criação de um "mercado único de dinheiro", virtualmente livre de qualquer ação de governos nacionais (Globalização). Para os neoliberais, o mercado desempenha um duplo papel na promoção de uma sociedade livre: de um lado, garante a liberdade econômica (liberdade em sentido amplo), do outro, é um instrumento para a obtenção da liberdade política, daí a necessidade da teoria neoliberal mostrar o mercado como um mecanismo intranscendível, no processo de produção e reprodução da vida social. Para que o mercado possa cumprir a sua função de alocação eficiente dos recursos (propriedade, capital e trabalho) e alcançar um ponto de equilíbrio, a interferência do Estado deve ser a mínima possível, cabendo a este, unicamente, a função de determinar as regras do jogo, interpretá-las e aplicá-las, ou seja, cabe ao Estado proteger a liberdade, preservar a lei e a ordem, reforçar os contratos privados e promover o mercado competitivo. Dessa forma, é através do mercado que os indivíduos obtém o que é necessário à sobrevivência, emergindo a troca de mercadorias como elemento constituidor das relações entre os indivíduos: cada umsó é considerado, pelo outro, na medida em que se apresenta como meio para a satisfação de suas necessidades, ou seja, pelo que possui para permutar com os demais indivíduos.
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