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Aula 5
GST 0087 – Contabilidade Internacional 
Redução ao valor recuperável de ativos (IAS 36) / (CPC 01)
O IAS 36 (Impairment of Assets) está representado no Brasil pelo Pronunciamento Técnico CPC 01. O objetivo deste Pronunciamento Técnico é estabelecer procedimentos que a entidade deve aplicar para assegurar que seus ativos estejam registrados contabilmente por valor que não exceda seus valores de recuperação.
A adoção do IAS 36 é essencial no âmbito da estratégia do IASB de migrar da contabilidade com base no custo histórico para uma contabilidade com base em benefícios econômicos futuros prováveis (ativos) ou nos valores de sacrifícios econômicos futuros prováveis (passivos).
O objetivo do teste de impairment é assegurar que o valor contábil líquido de um ativo ou grupo de ativos de longo prazo não seja superior ao seu valor recuperável, sendo este último o maior entre o valor líquido de venda e o valor em uso.
Se esse for o caso, o ativo é caracterizado como sujeito ao reconhecimento de perdas, e o Pronunciamento Técnico requer que a entidade reconheça um ajuste para perdas por desvalorização. O Pronunciamento Técnico também especifica quando a entidade deve reverter um ajuste para perdas por desvalorização e estabelece as divulgações requeridas.
Impairment significa, em sua tradução literal, deterioração. Tecnicamente trata-se da redução do valor recuperável de um bem ativo. Na prática, quer dizer que as entidades terão que avaliar, periodicamente, os ativos que geram resultados antes de contabilizá-los no balanço. Cada vez que se verificar que um ativo esteja avaliado por valor não recuperável no futuro, ou seja, toda vez que houver uma projeção de geração de caixa em valor inferior ao montante pelo qual o ativo está registrado, a entidade terá que fazer a baixa contábil da diferença.
Os lançamentos e registros são realizados somente se o ativo estiver com um valor maior do que ele poderia gerar em dinheiro, seja por venda ou geração de fluxo de caixas. Quando contabilizado a um valor menor do que poderia ser transformado em dinheiro ou gerar fluxos de caixas futuros, não fará nenhum ajuste na conta.
Para melhor compreensão da norma, é necessário o entendimento de alguns termos e conceitos, que serão detalhados a seguir:
Valor contábil líquido: é o valor pelo qual o ativo está registrado na contabilidade, líquido da depreciação acumulada e das provisões para perda registradas para esse ativo.
Unidade geradora de caixa: é o menor nível identificável de um ativo ou grupo de ativos capazes de gerar entradas de caixa representativas e independentes de outros ativos ou grupo de ativos.
Valor líquido de venda: é o valor obtido ou que se pode obter na venda de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa, líquido dos custos correspondentes. Esse valor deve considerar uma transação entre partes independentes, em condições usuais de mercado.
Valor em uso: é o valor presente da estimativa de fluxos futuros de caixa descontados a valor presente, derivados de um determinado ativo ou unidade geradora de caixa.
Valor recuperável: é o maior valor entre o valor líquido de venda e o valor em uso.
Perda por redução ao valor recuperável: é a parcela do valor contábil líquido de um ativo que excede o seu valor recuperável.
Vida útil: é o período no qual é esperado que um ativo seja utilizado por uma entidade; ou, as unidades totais esperadas na produção por parte desse ativo ao longo da sua utilização por uma entidade.
 
Identificação de um ativo que possa apresentar problemas de recuperação
Um ativo apresenta problemas de recuperação quando o seu valor contábil excede o seu valor recuperável. Ao final de cada período do relatório, se houver indicação de que esse ativo teve problemas de recuperação, o valor recuperável desse ativo deve ser estimado.
Entretanto, os seguintes ativos e/ou classe de ativos deverão ser testados para impairment pelo menos anualmente:
a) ativos intangíveis de vida útil indefinida;
b) ativos intangíveis ainda não disponíveis para uso;
c) ágio gerado através de uma combinação de negócios, cujo fundamento econômico seja a expectativa de rentabilidade futura (goodwill).
Embora não seja necessária a determinação do valor recuperável para todos os ativos anualmente (exceto para aqueles listados acima), a companhia deverá avaliar e documentar a existência ou não de indicativos de impairment a cada data de encerramento de exercício ou período contábil.
Essa avaliação deverá considerar pelo menos os seguintes aspectos:
Fatores externos:
I. durante o período, o valor de mercado de um ativo diminuiu significativamente mais do que seria esperado como resultado da passagem do tempo ou do uso normal;
II. ocorreram durante o período ou irão ocorrer no futuro próximo alterações significativas com um efeito adverso na entidade, relativas ao ambiente tecnológico, de mercado, econômico ou legal em que a entidade opera ou no mercado ao qual o ativo está dedicado;
III. as taxas de juros praticadas no mercado ou outras taxas de mercado de retorno de investimentos aumentaram durante o período e esses aumentos provavelmente afetarão a taxa de desconto usada no cálculo do valor de uso de um ativo e reduzirão o valor recuperável do ativo;
IV. O valor contábil do patrimônio líquido da entidade é maior do que o valor de suas ações no mercado. 
Fatores internos:
I. está disponível evidência de obsolescência ou dano físico de um ativo;
II. alterações significativas com um efeito adverso na entidade ocorreram durante o período, ou espera-se que ocorram num futuro próximo, até ao ponto em que, ou na forma em que, um ativo seja usado ou se espera que seja usado. Essas alterações incluem planos para descontinuar ou reestruturar a unidade operacional à qual o ativo pertence;
III. existe evidência nos relatórios internos indicando que o desempenho econômico de um ativo é, ou será, pior que o esperado.
Outros fatores que podem indicar a redução do valor recuperável de um ativo:
I. redução da vida útil do ativo;
II. dispêndios de capital acima do planejado para desenvolvimento do ativo;
III. gastos com manutenção excessivos e/ou acima do esperado;
IV. o ativo vem operando com capacidade ociosa;
V. oscilações no ambiente político do país em que o ativo opera ou vende;
VI. a comparação entre os resultados orçados e os realizados daquele ativo apresenta distorções significativas;
VII. executivos e empregados chaves de uma determinada unidade geradora de caixa deixaram de trabalhar na companhia;
VIII. aumento de concorrência, entre outros.
Mensuração do valor recuperável
Este Pronunciamento define valor recuperável como o maior valor entre o valor justo líquido de despesas de venda de um ativo ou de unidade geradora de caixa e o seu valor em uso. Nem sempre é necessário determinar o valor justo líquido de despesas de venda de um ativo e seu valor em uso. Se qualquer um desses montantes exceder o valor contábil do ativo, este não tem desvalorização e, portanto, não é necessário estimar o outro valor. 
Valor líquido de venda
A melhor evidência de um valor líquido de venda é um contrato de venda firmado entre partes independentes, menos os custos diretos atribuídos à venda. Entretanto, é importante lembrar que caso já exista um contrato de venda do ativo, esse ativo deve ser reclassificado para ativos mantidos para venda e, portanto, estará sujeito às regras da IFRS 5.
· Em não havendo um contrato de venda firmado, mas na existência de mercado ativo para um ativo determinado, pode-se utilizar o resultado recente na venda de ativos similares. O preço mais apropriado será usualmente aquele utilizado na última transação.
· Caso não exista um contrato de venda firmado, tão pouco um mercado ativo, o valor líquido de venda pode ser estimado com base na melhor estimativa da administração na data do balanço, que deverá considerar o resultado de transações recentes com ativos similares no mesmo ramo de negócios.
Em todos os casos, o valor líquido de venda deve considerar os custos relacionados à venda do ativo, incluindo os custoslegais, despesas de anúncio para venda, comissões, impostos, custos de transporte, entre outros. Passivos relacionados ao ativo sendo avaliado, que necessariamente devam ser assumidos pelo comprador em caso de venda, devem ser deduzidos para fins do valor líquido de venda.
 
Valor em Uso 
Quando não é possível identificar o valor líquido de venda de um ativo ou de um grupo de ativos ou se o valor líquido de venda de um ativo ou um grupo de ativos for inferior ao seu valor contábil, é preciso estimar o valor em uso.
A mensuração do valor em uso de uma unidade geradora de caixa ou de um ativo é um processo complexo e que envolve alto nível de julgamento profissional. A entidade deve identificar o menor grupo de ativos que seja capaz de gerar fluxos de caixa largamente independentes de outros ativos ou grupos de ativos. 
A pergunta principal que deve ser feita quando da identificação das unidades geradoras de caixa é "Como a Administração monitora as atividades da Companhia?" Exemplos de unidade geradora de caixa são uma linha de produto, uma fábrica, uma loja, uma cidade ou região, uma concessão etc.
Geralmente, uma unidade geradora de caixa será definida em um nível inferior ao de um segmento de negócios, conforme deliberado pela IFRS 08. Uma unidade geradora de caixa não deverá ser maior que um segmento de negócios.
Para estimar o valor em uso, é preciso utilizar a projeção de fluxos de caixa e alguns aspectos devem ser observados:
a) as projeções de fluxo de caixa devem ser consistentes e razoáveis, devendo estar suportados por premissas que representem a melhor estimativa da administração, considerando as condições econômicas previstas ao longo da vida útil do ativo ou grupo de ativos;
b) essas projeções deverão ser conciliadas com o plano de negócios da companhia aprovado pelo Conselho de Administração. Entretanto, deverão ser excluídos os efeitos das estimativas de recebimentos e pagamentos futuros originados de futuras reestruturações ou de investimentos de capital para melhoria de performance do ativo. Exceção deve ser feita caso a companhia já esteja comprometida com uma reestruturação ou nos casos em que o investimento de capital é necessário para a manutenção das operações (por exemplo: substituição de equipamentos com vida útil inferior á vida útil econômica da unidade geradora de caixa). A IAS 36 ainda determina que o período máximo a ser considerado deve ser de cinco anos, a não ser que um período mais longo possa ser justificado;
c) estimativas por período maior que cinco anos deverão representar uma extrapolação da projeção mais recente, considerando uma taxa de crescimento estável ou decrescente para além dos cinco anos, exceto em raros casos onde uma taxa de crescimento maior pode ser justificada. Nessas circunstâncias, a taxa de crescimento considerada não deverá exceder á taxa de crescimento de um produto, indústria ou país onde a companhia opera; 
d) a inflação projetada para o período orçado pode ser considerada na estimativa. Nesse caso, a inflação também deverá ser considerada no cálculo da taxa de desconto;
e) fluxos de caixa de operações em outra moeda devem ser projetados na moeda que serão gerados e convertidos para a moeda funcional da companhia, considerando a taxa de câmbio do fechamento na data da projeção.
Ressalta-se que é responsabilidade da administração assegurar que as premissas utilizadas na projeção são consistentes com os resultados efetivos recentes. Essa certificação deverá ser obtida, entre outros procedimentos, através da análise da variação entre o orçado × real. Esse controle vai assegurar que uma estimativa inadequada em um período deverá ser necessariamente revista no período imediatamente posterior.
A taxa de desconto utilizada na projeção de fluxos de caixa deve refletir o valor do dinheiro no tempo e deverá considerar os riscos específicos do ativo. Uma taxa adequada deve ser compatível com o retorno esperado pelos investidores para um ativo semelhante, considerando os valores, época e riscos equivalentes aos do ativo em avaliação.
Uma das taxas recomendadas como ponto de partida para calcular a taxa de desconto adequada a ser utilizada na apuração do valor em uso é o Custo Médio Ponderado de Capital da entidade (Weighted Average Cost or Capital - WACC) apurado com base em técnicas, tais como o Modelo de Determinação de Preço de Bens de Capital. Na prática, o WACC e´ geralmente utilizado. Como o nome indica, o custo médio ponderado do capital é uma média. Neste caso é a média do custo de capitais alheios e o custo de capitais próprios. Ou seja, podemos concluir que são as fontes de financiamento da empresa.
 
Reconhecimento e mensuração de uma perda por redução ao valor recuperável
Se o valor em uso de um ativo for maior ou igual ao valor contábil líquido desse ativo, nenhum registro contábil deve ser efetuado. Entretanto, se o valor em uso do ativo for inferior ao valor contábil líquido, este último precisa ser ajustado ao valor do primeiro.
A contrapartida desse lançamento contábil deverá ser a conta de resultado do exercício, exceto quando representar um ajuste da parcela reavaliada de um ativo, quando deverá ser lançada contra a respectiva conta de reserva de reavaliação no patrimônio líquido.
 
Reversão de uma perda por redução ao valor recuperável
Adicionalmente, a IAS 36 requer que a companhia avalie se uma perda do valor recuperável deve ser revertida em períodos posteriores ao seu reconhecimento. Essa avaliação deve levar em conta os mesmos fatores externos e internos considerados na avaliação da existência de indicativos de perda do valor recuperável. Essa reversão poderá ser feita no limite do valor de provisão anteriormente contabilizado. Entretanto, a IAS 36 proíbe a reversão de perda do valor recuperável de um goodwill.
Uma reversão de perda será reconhecida imediatamente em lucros e perdas, a menos que o ativo seja reconhecido pelo valor reavaliado de acordo com outra IFRS.
Após o reconhecimento da reversão, o encargo da depreciação para o ativo deve ser ajustado em períodos futuros para alocar o valor contábil revisado do ativo, menos seu valor residual, de forma sistemática ao longo de sua vida útil restante.
Exemplo prático
A Companhia ABC possui um determinado ativo imobilizado reconhecido em seu balanço patrimonial de 31-12-20x2 pelo valor contábil de R$ 150.000, sendo seu custo do reconhecimento inicial R$ 200.000 e tendo um saldo de depreciação acumulada de R$ 50.000. 
Ao longo do exercício de 20x2, a companhia verificou que o valor de mercado desse ativo imobilizado diminuiu consideravelmente, mais do que seria de se esperar como resultado da passagem do tempo ou do uso normal. Além disso, verificou também que o desempenho econômico desse ativo foi pior do que o esperado. Em decorrência dessas evidencias, a Companhia ABC decidiu estimar o valor recuperável desse imobilizado para constatar se deveria ser reconhecida alguma perda por desvalorização. 
A companhia levantou o valor de venda e o valor em uso por meio dos fluxos de caixa futuros que esse ativo pode gerar para a empresa ao longo de sua vida útil a partir das informações disponíveis e das premissas mais razoáveis possíveis. 
A vida útil remanescente desse imobilizado foi estimada em mais 5 anos. O valor de venda foi estimado em R$ 130.000, devendo a companhia incorrer em R$ 13.500 para colocar esse ativo em condições de venda, o que resulta em um valor líquido de venda de R$ 116.500. 
Os fluxos de caixa futuros estimados com base em relatório fundamentado por estudo técnico que avaliou a capacidade de produção do imobilizado para o período de sua vida útil foram os seguintes:
	Período
	Fluxo de caixa Estimado
	Valor Presente dos Fluxos Estimados
	20x3
	50.700
	44.087
	20x4
	42.400
	32.060
	20x5
	35.000
	23.013
	20x6
	28.300
	16.181
	20x7
	23.000
	11.435
	Total
	179.400
	126.776
A taxa de desconto empregada para colocar os fluxos futuros em valor presente foi de 15% a.a. A Companhia ABC julgou que essa é a taxa mais adequada para refletir as atuais avaliaçõesdo mercado quanta ao valor da moeda no tempo e aos riscos específicos do ativo para os quais as futuras estimativas de fluxos de caixa não foram ajustadas. 
A partir dessas informações, a Companhia ABC concluiu que o valor recuperável do imobilizado sob análise é R$ 126.776 (valor em uso), por este ser maior que o valor Líquido de venda (R$ 116.500). 
Ao comparar o valor contábil do imobilizado (R$ 150.000) com seu valor recuperável (R$ 126.776), a companhia constatou que deve reconhecer uma perda por desvalorização, reduzindo o valor contábil do ativo em R$ 23.224, de forma a refletir o montante recuperável. 
Os lançamentos contábeis da Companhia ABC ao final do exercício de 2X02 relativos a redução do ativo imobilizado ao seu valor recuperável são os seguintes: 
D - Perda por desvalorização (resultado do período) - R$ 23.224 
C - Perdas estimadas por valor não recuperável - (redutora do ativo imobilizado) - R$ 23.224
Divulgação
A entidade deve divulgar as seguintes informações para cada perda por desvalorização ou reversão reconhecida durante o período para ativo individual, incluindo ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill), ou para unidade geradora de caixa:
a) Os eventos e as circunstâncias que levaram ao reconhecimento ou à reversão da perda por desvalorização;
b) O montante da perda por desvalorização reconhecida ou revertida;
c) Para um ativo individual: I. a natureza do ativo; e II. se a entidade reporta informações por segmento, o segmento a ser reportado ao qual o ativo pertence;
d) Para uma unidade geradora de caixa: 
I. uma descrição da unidade geradora de caixa (por exemplo, se é uma linha de produtos, uma planta industrial, uma unidade operacional do negócio, uma área geográfica, ou um segmento a ser reportado;
II. o montante da perda por desvalorização reconhecida ou revertida por classe de ativos e, se a entidade reporta informações por segmento, a mesma informação por segmento; e
III. se o agregado de ativos utilizado para identificar a unidade geradora de caixa tiver mudado desde a estimativa anterior do seu valor recuperável (se houver), uma descrição da maneira atual e anterior de agregar os ativos envolvidos e as razões que justificam a mudança na maneira pela qual é identificada a unidade geradora de caixa;
e) O valor recuperável do ativo (unidade geradora de caixa) e se o valor recuperável do ativo (unidade geradora de caixa) é seu valor justo líquido de despesa de alienação ou seu valor em uso;
f) Se o valor recuperável for o valor justo líquido de despesas de alienação, a entidade deve divulgar as seguintes informações:
I. o nível da hierarquia do valor justo dentro do qual a mensuração do valor justo do ativo (unidade geradora de caixa) é classificada em sua totalidade (sem levar em conta as despesas de alienação que são observáveis);
II. para a mensuração do valor justo classificado no nível 2 e no nível 3 da hierarquia de valor justo, a descrição da técnica de avaliação usada para mensurar o valor justo menos as despesas de alienação. Se tiver havido mudança na técnica de avaliação, a entidade deve divulgar a mudança ocorrida e os motivos para fazê-la; e
III. para a mensuração do valor justo classificado no nível 2 e no nível 3 da hierarquia de valor justo, cada pressuposto-chave em que a gerência baseou a sua determinação do valor justo menos as despesas de alienação. Pressupostos-chave são aqueles para os quais (unidade geradora de caixa) o valor recuperável do ativo for mais sensível.
A entidade também deve divulgar a taxa de desconto utilizada na mensuração atual e anterior, se o valor justo menos as despesas de alienação forem mensuradas usando a técnica de valor presente.; 
g) Se o valor recuperável for o valor em uso, a taxa de desconto utilizada na estimativa corrente e na estimativa anterior (se houver) do valor em uso.
Além disso, se faz necessária a publicação em notas explicativas da política contábil aplicada na avalia de impairment, bem como as principais premissas e considerações feitas pela administração para alcançar a sua conclusão.
EXERCÍCIOS
Exercício 01. Julgue as afirmativas a seguir:
( ) O ágio adquirido em uma combinação de negócios deve ter seu valor recuperável testado somente quando houver indícios de problemas de recuperação. 
( ) Mesmo que o valor justo menos os custos de venda exceda o valor contábil do ativo, ainda assim é necessário estimar o valor em uso de um ativo. 
( ) A melhor evidência do valor justo menos os custos para vender de um ativo é um preço em um contrato de venda, ajustado pelos custos incrementais que seriam diretamente atribuíveis à alienação do ativo.
( ) Caso não exista contrato de venda ou mercado ativo, o valor justo do ativo não poderá ser calculado com confiança, e por isso não poderá ser usado para testar o valor recuperável. 
Exercício 02. Julgue as afirmativas a seguir:
( ) O valor em uso de um ativo só precisa ser calculado se não for possível identificar o valor líquido de venda ou se o valor líquido de venda for menor inferior ao valor contábil.
( ) Ao estimar os fluxos de caixa futuros deve-se considerar se as informações refletem premissas razoáveis e representam a melhor estimativa da administração sobre as condições econômicas que existirão ao longo da vida útil do ativo.
( ) A estimativa de fluxos de caixa futuros a serem recebidos pela alienação de um ativo será o valor que a entidade espera obter na venda, em uma transação em bases usuais de mercado, após a dedução dos custos estimados de alienação.
( ) Uma perda por redução ao valor recuperável deve ser reconhecida imediatamente no passivo não circulante, a não ser que o ativo seja reconhecido pelo valor reavaliado de acordo com outra norma. 
( ) O teste anual de redução ao valor recuperável de uma unidade geradora de caixa à qual o ágio tiver sido alocado pode ser realizado em qualquer época do ano, desde que o teste seja executado na mesma época a cada ano.
( ) Unidades geradoras de caixa diferentes podem ter a redução ao seu valor recuperável testada em épocas diferentes.
Exercício 3. A empresa BETA possui uma máquina em seu Ativo Imobilizado reconhecida em seu Balanço de 31.12.2012 pelo valor contábil de $ 230.000. Sendo seu custo de aquisição de $ 300.000 e sua depreciação acumulada de $ 70.000.
O valor de mercado da Máquina diminuiu consideravelmente ao longo do exercício de 2012. Diante disso a empresa BETA decidiu estimar o valor recuperável dessa máquina.
A empresa apurou então, que o valor de venda estimado para a Máquina é de $ 200.000, devendo incorrer em $10.000 para colocar a Máquina em condições de venda.
A vida útil estimada para a máquina é de 3 anos, e os fluxos de caixa estimados que serão gerados a valor presente são os seguintes:
	Período
	Valor Presente dos Fluxos de Caixa Estimados
	2013
	70.000
	2014
	60.000
	2015
	50.000
Calcule o valor recuperável que deverá ser atribuído à Máquina e Realize o lançamento de redução ao seu valor recuperável.

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