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AD1_2020 1_ARTESVISUAISEEDUCACAO_MICHELLEOLIVEIRA

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO
	Nome: Michelle Oliveira De Souza Correia
	Matrícula: 19116080405
	Polo: Niterói
DISCIPLINA: ARTES VISUAIS E EDUCAÇÃO
Coordenação: Prof. Renato Rodrigues da Silva
AD1 – 2020.1 
1- Baseado na leitura das aulas 21, 22, 23 e 24, faça a análise da obra O Juízo Final (1534-41), que Michelangelo pintou na Capela Sistina. Na sua análise, utilize elementos dos textos lidos. (2 páginas, valor 5 pontos). 
Figura 1: o Juízo Final (1534-41) - Michelangelo, Capela Sistina
Nesta pintura de Michelangelo, o artista retrata o Juízo Final, inspirado na narrativa bíblica.
O Juízo Final é um afresco (técnica de pintura, executada em uma base de gesso ou nata de cal ainda úmida) do pintor renascentista medindo 13,7m x 12,2m, pintado na parede do altar da Capela Sistina, no Vaticano. A obra levou quatro anos para ser concluída. Esse afresco também é conhecido por toda polêmica que causou, provocando longos debates entre os críticos da Contra-Reforma Católica e os que visualizaram a genialidade de Michelangelo e seu estilo Maneirista. O artista foi acusado de ser insensível ao evento descrito, imprimindo um estilo muito pessoal e “inadequado” ao conteúdo da obra.
Após o Mestre de cerimônias do Papa, Biagio de Cesena dizer que a pintura “era uma completa desgraça, por expor figuras despidas, provocando uma completa vergonha”, Michelangelo usou Minos, o Juiz do Submundo (no canto inferior direito da pintura) para representá-lo, dando-lhe orelhas de burro, e cobrindo sua nudez com uma serpente. Cesena reclamou e o Papa brincou dizendo que “sua jurisdição não se estendia até o inferno, e que por isso nada podia fazer, e que a pintura continuaria na capela”.
A maioria das genitálias foram cobertas após a morte de Michelangelo (1564), por Daniele de Volterra, quando o Concílio de Trento condenou a nudez na arte sacra.
O afresco foi restaurado entre os anos de 1980 e 1994, sob a supervisão de Fabrizio Mancinelli. Durante a restauração, foram removidas muitas censuras, expondo muitos detalhes da arte original de Michelangelo, que antes estavam escondidos por dezenas de anos.
Descobriu-se que a representação de Biagio de Cesena, como Minos e suas orelhas de burro, estava sendo atacada na genitália por uma serpente. Outra descoberta, logo abaixo e à direita de São Bartolomeu, um indivíduo condenado ao inferno, que foi tratado como homem por muitos anos, mas após a remoção da folha de figo, descobriu-se que se tratava de uma figura feminina.
Podemos observar na pintura que a imagem do Cristo predomina no centro, com a virgem que parece recusar-se a olhar o grande caos e todo aquele sofrimento dos pecadores que são lançados ao inferno.
A virgem também nos chama a atenção por estar totalmente coberta, apesar de todos os outros estarem despidos, o artista estaria ai protegendo de uma certa forma a nudez da santa?
Outra figura que chama a atenção é a de São Bartolomeu que segura uma pele esfolada que parece ser o próprio Michelangelo. O que nos leva a pensar sobre o que o artista estaria pensado ao produzir a obra, talvez seu próprio sofrimento, suas angústias e dúvidas naquele momento vividos por ele.
2- Baseado na leitura dos artigos "Criatividade" (3 páginas) e "Funções da arte" (3 páginas), faça a análise da obra O Lavrador de Café (1934) do pintor Cândido Portinari. Na sua análise, utilize elementos dos textos lidos. (2 páginas, valor 5 pontos). 
Figura 2: O lavrador de café, Candido Portinari (1934)
O quadro pintado em 1934 tornou-se uma das obras mais famosas de Candido Portinari. Na pintura o trabalhador negro com braços e pés maiores que o resto do corpo, marca a aproximação de Portinari com o expressionismo. 
Portinari era preocupado com as causas sociais. Observando o quadro percebe-se que sua pintura é sem regras, sem formas regulares. Sua maior preocupação é o homem. Uma característica que chama atenção são os pés e mãos grandes do homem, que sugerem a busca e a conquista da terra. Só alguém com tanta força corporal pode suportar o trabalho nas lavouras de café. 
Observa-se também a árvore cortada ao lado do lavrador que nos remete ao desmatamento feito na época para plantio do café. Em meio a paisagem observa-se a imagem do trem que era utilizado na época para transportar toda produção cafeeira. 
Porém toda a paisagem não se destaca em relação ao lavrador de café que chama toda a atenção do quadro com seu olhar preocupado. 
Numa descrição detalhada do quadro, podemos fazer uma leitura social ambiental e política bem construída e coerente com aquela década em questão. Mas, minha percepção, como espectadora me transporta para essa plantação, a cor, as formas, as distâncias, transmite certa nostalgia.

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