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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLÓGIA DO AMAZONAS CURSO EDIFICAÇÕES – PROF. LAERTE BARROS MATERIAL DE APOIO 1 APOSTILA DE TOPOGRAFIA PROFESSOR: LAERTE BARROS CURSO TÉCNICO DE EDIFICAÇÕES AM-2020 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLÓGIA DO AMAZONAS CURSO EDIFICAÇÕES – PROF. LAERTE BARROS MATERIAL DE APOIO 2 TOPOGRAFIA Conceitos Definição: a palavra "Topografia" deriva das palavras gregas "topos" (lugar) e "graphen" (descrever), o que significa, a descrição exata e minuciosa de um lugar. Finalidade: determinar o contorno, dimensão e posição relativa de uma porção limitada da superfície terrestre, do fundo dos mares ou do interior de minas, desconsiderando a curvatura resultante da esfericidade da Terra. Compete ainda à Topografia, a locação, no terreno, de projetos elaborados de Engenharia. Importância: ela é a base de qualquer projeto e de qualquer obra realizada por engenheiros ou arquitetos. Por exemplo, os trabalhos de obras viárias, núcleos habitacionais, edifícios, aeroportos, hidrografia, usinas hidrelétricas, telecomunicações, sistemas de água e esgoto, planejamento, urbanismo, paisagismo, irrigação, drenagem, cultura, reflorestamento etc., se desenvolvem em função do terreno sobre o qual se assentam. Portanto, é fundamental o conhecimento pormenorizado deste terreno, tanto na etapa do projeto, quanto da sua construção ou execução; e, a Topografia, fornece os métodos e os instrumentos que permitem este conhecimento do terreno e asseguram uma correta implantação da obra ou serviço. Diferença entre Geodésia e Topografia: a Topografia é muitas vezes confundida com a Geodésia pois se utilizam dos mesmos equipamentos e praticamente dos mesmos métodos para o mapeamento da superfície terrestre. Porém, enquanto a Topografia tem por finalidade mapear uma pequena porção daquela superfície (área de raio até 30km), a Geodésia, tem por finalidade, mapear grandes porções desta mesma superfície, levando em consideração as deformações devido à sua esfericidade. Portanto, pode-se afirmar que a Topografia, menos complexa e restrita, é apenas um capítulo da Geodésia, ciência muito mais abrangente. O levantamento topográfico pode ser dividido em : - Levantamento topográfico PLANIMÉTRICO, compreendendo o conjunto de operações necessárias para a determinação de pontos e feições do terreno que serão projetados sobre um plano horizontal de referência através de suas coordenadas X e Y (representação bidimensional). - Levantamento topográfico ALTIMÉTRICO, compreendendo o conjunto de operações necessárias para a determinação de pontos e feições do terreno que, além de serem projetados sobre um plano horizontal de referência, terão sua representação em relação a um plano de referência vertical ou de nível através de suas coordenadas X, Y e Z (representação tridimensional). MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLÓGIA DO AMAZONAS CURSO EDIFICAÇÕES – PROF. LAERTE BARROS MATERIAL DE APOIO 3 Equador: é o círculo máximo da Terra, cujo plano é normal à linha dos pólos. Paralelos: são os círculos cujos planos são paralelos ao plano do equador. Os Paralelos mais importantes são: Trópico de Capricórnio e Trópico de Câncer. Meridianos: são as seções elípticas cujos planos contém a linha dos pólos e que são normais aos paralelos. Latitude : de um ponto da superfície terrestre é o ângulo formado entre o paralelo deste ponto e o plano do equador. Sua contagem é feita com origem no equador e varia de 0 a 90 graus, positivamente para o norte (N) e negativamente para o sul (S). MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLÓGIA DO AMAZONAS CURSO EDIFICAÇÕES – PROF. LAERTE BARROS MATERIAL DE APOIO 4 Longitude: de um ponto da superfície terrestre é o ângulo formado entre o meridiano de origem, conhecido por Meridiano de Greenwich (na Inglaterra), e o meridiano do lugar (aquele que passa pelo ponto em questão). Sua contagem é feita de 0a 180 graus, positivamente para oeste (W ou O) e negativamente para leste (E ou L). Erros em Topografia Assim, os erros pertinentes às medições topográficas podem ser classificados como: a) Naturais: são aqueles ocasionados por fatores ambientais, ou seja, temperatura, vento, refração e pressão atmosféricas, ação da gravidade, etc.. Alguns destes erros são classificados como erros sistemáticos e dificilmente podem ser evitados. São passíveis de correção desde que sejam tomadas as devidas precauções durante a medição. b) Instrumentais: são aqueles ocasionados por defeitos ou imperfeições dos instrumentos ou aparelhos utilizados nas medições. Alguns destes erros são classificados como erros acidentais e MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLÓGIA DO AMAZONAS CURSO EDIFICAÇÕES – PROF. LAERTE BARROS MATERIAL DE APOIO 5 ocorrem ocasionalmente, podendo ser evitados e/ou corrigidos com a aferição e calibragem constante dos aparelhos. c) Pessoais: são aqueles ocasionados pela falta de cuidado do operador. Os mais comuns são: erro na leitura dos ângulos, erro na leitura da régua graduada, na contagem do número de trenadas, ponto visado errado, aparelho fora de prumo, aparelho fora de nível, etc. São classificados como erros grosseiros e não devem ocorrer jamais pois não são passíveis de correção. Grandezas Lineares São elas: - Distância Horizontal (DH): é a distância medida entre dois pontos, no plano horizontal. Este plano pode, conforme indicado na figura a seguir, passar tanto pelo ponto A, quanto pelo ponto B em questão. - Distância Vertical ou Diferença de Nível (DV ou DN): é a distância medida entre dois pontos, num plano vertical que é perpendicular ao plano horizontal. Este plano vertical pode passar por qualquer um dos pontos A/A’ ou B/B’ já mencionados. - Distância Inclinada (DI): é a distância medida entre dois pontos, em planos que seguem a inclinação da superfície do terreno. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLÓGIA DO AMAZONAS CURSO EDIFICAÇÕES – PROF. LAERTE BARROS MATERIAL DE APOIO 6 Unidades de Medida Linear polegada = 2,75 cm = 0,0275 m polegada inglesa = 2,54 cm = 0,0254 m pé = 30,48cm = 0,3048 m jarda = 91,44cm = 0,9144m milha brasileira = 2200 m milha terrestre/inglesa = 1609,31 m are = 100 m2 acre = 4.046,86 m2 hectare (ha) = 10.000 m2 alqueire paulista (menor) = 2,42 ha = 24.200 m2 alqueiremineiro (geométrico) = 4,84 ha = 48.400 m2 Principais Escalas e suas Aplicações A seguir encontra-se um quadro com as principais escalas utilizadas por engenheiros e as suas respectivas aplicações. É importante perceber que, dependendo da escala, a denominação da representação muda para planta, carta ou mapa. Aplicação Escala MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLÓGIA DO AMAZONAS CURSO EDIFICAÇÕES – PROF. LAERTE BARROS MATERIAL DE APOIO 7 Equipamentos Topográficos Teodolito O teodolito é utilizado na leitura de ângulos horizontais e verticais e da régua graduada; A figura a seguir ilustra três gerações de teodolitos: o trânsito (mecânico e de leitura externa); o ótico (prismático e com leitura interna); e o eletrônico (leitura digital). Exemplo de um teodolito. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLÓGIA DO AMAZONAS CURSO EDIFICAÇÕES – PROF. LAERTE BARROS MATERIAL DE APOIO 8 Teodolitos MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLÓGIA DO AMAZONAS CURSO EDIFICAÇÕES – PROF. LAERTE BARROS MATERIAL DE APOIO 9 1. NIVEL TUBULAR DE LIMBO HORIZONTAL 2. BOTÃO DE MOVIMIENTO VERTICAL 3. LENTES DE OCULA FOCOS DE RETÍCULA 4. BOTÃO DE AJUSTE DO MOVIMIENTO VERTICAL 5. CIRCULO VERTICAL 6. MIRA 7. BOTÃO MICROMETRICO DE LEITURAS ANGULARES 8. LENTE MICROSCOPICA 9. AJUSTE DE FOCO 10. AJUSTE DE FOCO DA LENTE MICROSCOPICA 11. LENTE OBJETIVA 12. SOPORTE DO SISTEMA DE ILUMINACÃO 13. ESTRADA DE LUZ 14. NIVEL CIRCULAR DA BASE NIVELADORA 15. BASE NIVELADORA 16. BOTÕES NIVELADORES 17. BOTÃO DO MOVIMIENTO GENERAL 18. CIRCULO HORIZONTAL ( LIMBO HORIZONTAL) 19. BOTÃO DE MOVIMIENTO GENERAL 20. DISCO DE MOVIMENTO INDEPENDIENTE PARA COLOCAR AS ORIGENS DAS LEITURAS HORIZONTAIS 21. PROMO OTICO 22. BOTÃO DE MOVIMIENTO PARTICULAR 23. CORTE DO SISTEMA VERTICAL E SISTEMA DE COMPENSAÇÃO PARA A LEITURA DE ANGULOS VERTICAIS MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLÓGIA DO AMAZONAS CURSO EDIFICAÇÕES – PROF. LAERTE BARROS MATERIAL DE APOIO 10 Sistema de Eixos: VV : Eixo vertical, principal ou de rotação do teodolito; ZZ : Eixo de colimação ou linha de visada; KK : Eixo secundário ou de rotação da luneta. Teodolito Os níveis são equipamentos que permitem definir com precisão um plano horizontal ortogonal à vertical definida pelo eixo principal do equipamento. As principais partes de um nível são: • luneta; • nível de bolha; • sistemas de compensação (para equipamentos automáticos); • dispositivos de calagem. Quanto ao funcionamento, os equipamentos podem ser classificados em ópticos e digitais, sendo que para este último a leitura na mira é efetuada automaticamente empregando miras em código de barra. Os níveis ópticos podem ser classificados em mecânicos e automáticos. No primeiro caso, o MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLÓGIA DO AMAZONAS CURSO EDIFICAÇÕES – PROF. LAERTE BARROS MATERIAL DE APOIO 11 nivelamento "fino ou calagem" do equipamento é realizado com o auxílio de níveis de bolha bi- partida. Nos modelos automáticos a linha de visada é nivelada automaticamente, dentro de um certo limite, utilizando-se um sistema compensador (pendular). Os níveis digitais podem ser enquadrados nesta última categoria. São três os eixos principais de um nível: • ZZ’= eixo principal ou de rotação do nível • OO’= eixo óptico/ linha de visada/ eixo de colimação • HH’= eixo do nível tubular ou tangente central nível. Estação Total De maneira geral pode-se dizer que uma estação total nada mais é do que um teodolito eletrônico (medida angular), um distanciômetro eletrônico (medida linear) e um processador matemático, associados em um só conjunto (figura 6.13). A partir de informações medidas em campo, como ângulos e distâncias, uma estação total permite obter outras informações como: - Distância reduzida ao horizonte (distância horizontal); - Desnível entre os pontos (ponto “a” equipamento, ponto “b”refletor); - Coordenadas dos pontos ocupados pelo refletor, a partir de uma orientação prévia. Além destas facilidades estes equipamentos permitem realizar correções no momento da obtenção das medições ou até realizar uma programação prévia para aplicação automática de determinados parâmetros como: -Condições ambientais (temperatura e pressão atmosférica); -Constante do prisma. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLÓGIA DO AMAZONAS CURSO EDIFICAÇÕES – PROF. LAERTE BARROS MATERIAL DE APOIO 12 Além disto é possível configurar o instrumento em função das necessidades do levantamento, alterando valores como: -Altura do instrumento; -Altura do refletor; -Unidade de medida angular; -Unidade de medida de distância (metros, pés); -Origem da medida do ângulo vertical (zenital, horizontal, nadiral, etc); o nível é utilizado somente para a leitura da régua. Estação Total. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLÓGIA DO AMAZONAS CURSO EDIFICAÇÕES – PROF. LAERTE BARROS MATERIAL DE APOIO 13 Equipamentos Auxiliares da Topografia Ponto Topográfico Para estacionar o equipamento de medida sobre um determinado ponto topográfico, o primeiro passo é instalar o tripé sobre o ponto. Um ponto topográfico pode ser materializado de diversas maneiras, como por piquetes, pregos ou chapas metálicas, entre outros. A figura abaixo ilustra um exemplo de ponto materializado através de uma chapa metálica engastada em um marco de concreto de forma tronco de pirâmide. Marco de Concreto. Piquetes Os piquetes devem ser cravados até ficarem rente ao chão (para evitar serem deslocados ou retirados por pessoas estranhas) e sempre acompanhadas por estacas (testemunhas) com a indicação do número da estaca, sempre com o número iniciando no topo, como indica a Figura abaixo. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLÓGIA DO AMAZONAS CURSO EDIFICAÇÕES – PROF. LAERTE BARROS MATERIAL DE APOIO 14 Piquetes e estaca testemunha (Fonte: DE SENSO, 1980) sãonecessários para marcar, convenientemente, os extremos do alinhamento a ser medido; î são feitos de madeira roliça ou de seção quadrada com a superfície no topo plana; são assinalados (marcados) por tachinhas de cobre; seu comprimento varia de 15 a 30cm; seu diâmetro varia de 3 a 5cm; cravado no solo, porém, parte dele (cerca de 3 a 5cm) deve permanecer visível; sua principal função é a materialização de um ponto topográfico no terreno. Obs.: Nos EUA, em lugar do tradicional piquete de madeira, os pontos topográficos são materializados por pinos de metal, bem mais resistentes e com a vantagem de poderem ser cravados em qualquer tipo de solo ou superfície. Estacas Testemunha São utilizadas para facilitar a localização dos piquetes, indicando a sua posição aproximada. Estas normalmente obedecem as seguintes características: -cravadas próximas ao piquete, cerca de 30 a 50cm; -comprimento variável de 15 a 40cm; -diâmetro variável de 3 a 5cm; MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLÓGIA DO AMAZONAS CURSO EDIFICAÇÕES – PROF. LAERTE BARROS MATERIAL DE APOIO 15 -chanfradas na parte superior para permitir uma inscrição, indicando o nome ou número do piquete. Normalmente a parte chanfrada é cravada voltada para o piquete, figura acima. Balizas São utilizadas para manter o alinhamento, na medição entre pontos, quando há necessidade de se executar vários lances, figura abaixo. Características: -construídas em madeira ou ferro, arredondado, sextavado ou oitavado; -terminadas em ponta guarnecida de ferro; -comprimento de 2 metros; -diâmetro variável de 16 a 20mm; -pintadas em cores contrastantes (branco e vermelho ou branco e preto) para permitir que sejam facilmente visualizadas à distância; Devem ser mantidas na posição vertical, sobre o ponto marcado no piquete, com auxílio de um nível de cantoneira. Exemplos de balizas. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLÓGIA DO AMAZONAS CURSO EDIFICAÇÕES – PROF. LAERTE BARROS MATERIAL DE APOIO 16 Falta de verticalidade da baliza. Nível de Mangueira É uma mangueira d'água transparente que permite, em função do nível de água das extremidades, proceder a medida de distâncias com o diastímetro na posição horizontal. Este tipo de mangueira é também muito utilizado na construção civil em serviços de nivelamento (piso, teto, etc.). MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLÓGIA DO AMAZONAS CURSO EDIFICAÇÕES – PROF. LAERTE BARROS MATERIAL DE APOIO 17 Nível de Mangueira Bússola Peça fundamental na topografia, destina-se a determinar a orientação da visada (observação do ponto atual ao seguinte) em relação ao norte magnético. No Brasil, não existe uma padronização do equipamento a ser utilizado pelos espeleogrupos, de forma que a disponibilidade determina o equipamento. As mais utilizadas são a Suunto, a Brunton e a Topochaix, queutilizam-se do sistema de graus (com disco graduado de 360 graus) que permitem leitura de azimute e contra azimute. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLÓGIA DO AMAZONAS CURSO EDIFICAÇÕES – PROF. LAERTE BARROS MATERIAL DE APOIO 18 Bússola Estádia As estádias, ou miras estadimétricas são réguas graduadas centimetricamente, ou seja, cada espaço branco ou preto (figura abaixo) corresponde a um centímetro. Os decímetros são indicados ao lado da escala centimétrica (no caso do exemplo a seguir o número 1 corresponde a 1 decímetro, ou 10 cm), localizados próximo ao meio do decímetro correspondente (5 cm). A escala métrica é indicada com pequenos círculos localizados acima da escala decimétrica, sendo que o número de círculos corresponde ao número de metros (utilizando a figura como exemplo, acima do número 1 são representados três círculos, então, esta parte da mira está aproximadamente a três metros do chão). Na estádia são efetuadas as leituras dos fios estadimétricos (superior e inferior). Para o exemplo da figura estas leituras são: Superior: 3,095m Médio: 3,067m Inferior: 3,040m MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLÓGIA DO AMAZONAS CURSO EDIFICAÇÕES – PROF. LAERTE BARROS MATERIAL DE APOIO 19 Mira estadimétrica. Estádia Articulada de 4 metros Mira ou Régua graduada: é uma régua de madeira, alumínio ou PVC, graduada em m, dm, cm e mm; utilizada na determinação de distâncias horizontais e verticais entre pontos. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLÓGIA DO AMAZONAS CURSO EDIFICAÇÕES – PROF. LAERTE BARROS MATERIAL DE APOIO 20 Tripé Acessórios: entre os acessórios mais comuns de um teodolito ou nível estão: o tripé (serve para estacionar o aparelho); o fio de prumo (serve para posicionar o aparelho exatamente sobre o ponto no terreno); e a lupa (para leitura dos ângulos). A figura a seguir ilustra um tripé de alumínio, normalmente utilizado com o trânsito; e um de madeira, utilizado com teodolitos óticos ou eletrônicos. É interessante salientar que para cada equipamento de medição existe um tripé apropriado. Tripé Trena A trena de fibra de vidro é feita de material resistente (produto inorgânico obtido do próprio vidro por processos especiais). A figura abaixo ilustra alguns modelos de trenas. Estes equipamentos podem ser encontrados com ou sem envólucro, os quais podem ter o formato de uma cruzeta, ou forma circular e sempre apresentam distensores (manoplas) nas suas extremidades. Seu comprimento varia de 20 a 50m (com envólucro) e de 20 a 100m (sem envólucro). Comparada à trena de lona, deforma menos com a temperatura e a tensão, não se deteriora facilmente e é resistente à umidade e a produtos químicos, sendo também bastante prática e segura. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLÓGIA DO AMAZONAS CURSO EDIFICAÇÕES – PROF. LAERTE BARROS MATERIAL DE APOIO 21 Trenas Ângulos Horizontais Os ângulos horizontais medidos em Topografia podem ser: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLÓGIA DO AMAZONAS CURSO EDIFICAÇÕES – PROF. LAERTE BARROS MATERIAL DE APOIO 22 a)Internos Para a medida de um ângulo horizontal interno a doisalinhamentos consecutivos de uma poligonal echada, o aparelho deve ser estacionado, nivelado e centrado com perfeição, sobre um dos pontos que a definem (o prolongamento do eixo principal do aparelho deve coincidir com a tachinha sobre o piquete). Assim, o método de leitura do referido ângulo, utilizando um teodolito eletrônico ou uma estação total, consiste em: Executar a pontaria (fina) sobre o ponto a vante (primeiro alinhamento); Zerar o círculo horizontal do aparelho nesta posição (procedimento padrão Hz = 000°00'00"); Liberar e girar o aparelho (sentido horário ou anti-horário), executando a pontaria (fina) sobre o ponto a ré (segundo alinhamento); Anotar ou registrar o ângulo (Hz) marcado no visor LCD que corresponde ao ângulo horizontal interno medido. A figura a seguir ilustra os ângulos horizontais internos medidos em todos os pontos de uma poligonal fechada. A relação entre os ângulos horizontais internos de uma poligonal fechada é dada por: SHzi = 180°.(n - 2) Onde n representa o número de pontos ou estações da poligonal. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLÓGIA DO AMAZONAS CURSO EDIFICAÇÕES – PROF. LAERTE BARROS MATERIAL DE APOIO 23 b)Externos Para a medida de um ângulo horizontal externo a dois alinhamentos consecutivos de uma poligonal fechada, o aparelho deve ser estacionado, nivelado e centrado com perfeição, sobre um dos pontos que a definem (o prolongamento do eixo principal do aparelho deve coincidir com a tachinha sobre o piquete). Assim, o método de leitura do referido ângulo, utilizando um teodolito eletrônico ou uma estação total, consiste em: Executar a pontaria (fina) sobre o ponto a ré (primeiro alinhamento); Zerar o círculo horizontal do aparelho nesta posição (procedimento padrão ® Hz = 000°00'00"); Liberar e girar o aparelho (sentido horário ou anti-horário), executando a pontaria (fina) sobre o ponto a vante (segundo alinhamento); Anotar ou registrar o ângulo (Hz) marcado no visor LCD que corresponde ao ângulo horizontal externo medido. A figura a seguir ilustra os ângulos horizontais externos medidos em todos os pontos de uma poligonal fechada. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLÓGIA DO AMAZONAS CURSO EDIFICAÇÕES – PROF. LAERTE BARROS MATERIAL DE APOIO 24 c)Deflexão A deflexão é o ângulo horizontal que o alinhamento à vante forma com o prolongamento do alinhamento à ré, para um aparelho estacionado, nivelado e centrado com perfeição, em um determinado ponto de uma poligonal. Este ângulo varia de 0° a 180°. Pode ser positivo, ou à direita, se o sentido de giro for horário; negativo, ou à esquerda, se o sentido de giro for anti-horário. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLÓGIA DO AMAZONAS CURSO EDIFICAÇÕES – PROF. LAERTE BARROS MATERIAL DE APOIO 25 Ângulos de Horientações Azimutes Þ Ângulo contado a partir da ponta Norte do meridiano, no sentido horário, variando de 0º a 360º, entre o meridiano e o alinhamento. Podem ser: Verdadeiros, Magnéticos ou Assumidos. Onde : Az 1 = 45 º Az 2 =130º Az 3 = 220º Az 4 = 310º RumosÞ é o menor ângulo que o alinhamento faz com o meridiano ( direção Norte-Sul ). Os rumos são contados a partir do Norte ou do Sul, no sentido horário ou anti-horário, conforme os quadrantes em que se encontram, e variam de 0º a 90º. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLÓGIA DO AMAZONAS CURSO EDIFICAÇÕES – PROF. LAERTE BARROS MATERIAL DE APOIO 26 Exemplo: Onde: R1 = 30º NE R2 = 80º SE R3 = 30º SW R4 = 45ºNW Relações de Rumos e Azimutes A figura a seguir ilustra as orientações de quatro alinhamentos definidos sobre o terreno através de Azimutes à Direita, ou seja, dos ângulos contados a partir da direção norte do meridiano no sentido horário. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLÓGIA DO AMAZONAS CURSO EDIFICAÇÕES – PROF. LAERTE BARROS MATERIAL DE APOIO 27 A figura a seguir ilustra as orientações de quatro alinhamentos definidos sobre o terreno através de Rumos, ou seja, dos ângulos contados a partir da direção norte ou sul do meridiano (aquele que for menor), no sentido horário ou anti-horário. Observando as figuras acima, pode-se deduzir as relações entre Azimutes à Direita e Rumos: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLÓGIA DO AMAZONAS CURSO EDIFICAÇÕES – PROF. LAERTE BARROS MATERIAL DE APOIO 28 Observando as figuras acima, pode-se deduzir as relações entre Azimutes à Direita e Rumos: Quadrante Azimute Rumo Azimute 10 Az (NE) Az = R 20 R = 180° - Az (SE) Az = 180° - R 30 R = Az - 180° (SO) Az = R + 180° 40 R = 360° - Az (NO) Az = 360° - R
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