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Mônica Nogueira - 201602396744
CASO CONCRETO 01
Determinado governador do Estado do Acre está em forte debate com a Assembleia Legislativa. Apesar de ter sido eleito em primeiro turno com uma expressiva maioria de votos, sua Assembleia é hoje composta em maioria considerável pela oposição? 
Ressentida por não ter reeleito o antigo governador, candidato da situação. Diante deste conflito político, o governador não consegue aprovar a lei orçamentária que se manifesta compatível com suas propostas. Sendo assim, decide baixar o orçamento por medida provisória. Deputado da oposição se recusa a votar a medida provisória e levanta argumentos tecnicamente adequados. Pergunta-se: 
a) Quais seriam estes argumentos? 
R: O principal argumento seria de que a CF/88, no art. 62, §1º, “d”, veda expressamente, a edição de medida provisória para aprovação de Lei Orçamentária. De modo que essa matéria somente poderá ser objeto de lei ordinária. 
b) Pode o governador editar medida provisória? 
R: Sim, não há proibição expressa para matéria. Mesmo sendo a medida provisória uma atribuição só do Presidente da República, a doutrina constitucional, pelo princípio da simetria, também seria do Governador, art. 62 da CRFB/88.
c) Cabe medida provisória em Direito Financeiro. 
R: Não, conforme disposição art. 62, §1 º, “d”, da CF/88, que veda expressamente, a edição de medida provisória para aprovação de Lei Orçamentária. Exceto em situações imprevisíveis e catástrofes, art. 62, caput, CF/88.
Processo 00853020181
Órgão Julgador Plenário
Partes 3. Interessados/Responsáveis: não há., Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão.
Julgamento 28 de Novembro de 2018
Relator VITAL DO RÊGO
CONSULTA. DESVINCULAÇÃO DE SUPERÁVIT FINANCEIRO APURADO NO BALANÇO PATRIMONIAL DA UNIÃO. CONHECIMENTO. RESPOSTA AO CONSULENTE. ARQUIVAMENTO. (TCU - CONSULTA (CONS): 00853020181, Relator: VITAL DO RÊGO, Data de Julgamento: 28/11/2018, Plenário)
OBJETIVA 
Identifique qual das opções abaixo traz situação que será objeto de aplicação das regras do Direito Financeiro: 
a) realização de despesa pela Ordem dos Advogados do Brasil 
b) processo de seleção de juízes para a carreira da magistratura estadual 
c) projeção de receitas da Companhia Estadual de Água e Esgoto do Estado do Rio de Janeiro
X d) previsão de gastos com pessoal da Universidade Federal do Rio Grande do Norte
CASO CONCRETO 02
Em meio a uma crise política e econômica em 2015, o Governo Federal apresentou ao Congresso Nacional um projeto de lei orçamentária com um déficit de 30,5 bilhões de reais. À época, questionamentos políticos e econômicos foram levantados e o cerne da questão gira em torno de um dos princípios orçamentários mais relevantes, que congrega todos os elementos da atividade financeira do estado. Indaga-se: 
1) A questão que se levantou é se estaria o poder executivo autorizado a propor um projeto de lei com este desequilíbrio? Identifique o princípio orçamentário referente e como os elementos do Direito Financeiro se relacionam no caso. 
R: Não seria possível propor tal projeto de lei com tamanho desequilíbrio, uma vez que no artigo 167, incisos II e III da CF, diz que são vedados a realização de despesas que excedem os créditos orçamentários ou adicionais.
0 PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ PROCESSO Nº 00064440420138140301 ÓRGÃO JULGADOR: 5ª CÂMARA CÍVEL ISOLADA RECURSO: REEXAME NECESSÁRIO/APELAÇÃO CÍVEL COMARCA DE BELÉM (1ª VARA DA INFÂNCIA E JUVENTUDE DA COMARCA DE BELÉM) APELANTE: ESTADO DO PARÁ (PROCURADORA DO ESTADO: ADRIANA MOREIRA BESSA SIZO) APELADO: MINISTÉRIO PÚBLICO (PROMOTOR: JOSÉ MARIA COSTA LIMA JÚNIOR) RELATOR: DES. LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO DECISÃO MONOCRÁTICA.
[15:43, 08/05/2020] (TJ-PA - APL: 00064440420138140301 BELÉM, Relator: LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO, Data de Julgamento: 20/11/2015, 5ª CAMARA CIVEL ISOLADA, Data de Publicação: 20/11/2015)
2) Como ficaria com base na legislação atual? 
R: Essa questão trata do princípio da exclusividade, previsto no artigo 165, § 8º da CF, onde a lei não pode conter dispositivos estranhos à previsão da receita e à fiscalização de despesa. Entretanto, há uma exceção que não se inclui na proibição a autorização para abertura de crédito suplementares.
Questão objetiva 
Julgue os seguintes itens relativos à receita pública e marque a opção correta. 
a) Todo tributo advém da Receita Originária. 
b) Ingresso e receita constituem sinônimos. 
c) Os tributos constituem receita derivada cobrada mediante atividade administrativa vinculada ou discricionária. 
X d) Receita originária é aquela em que o Estado atua como particular e receita derivada é aquela em que o Estado atua através do seu poder de império. 
e) Receita derivada é aquela em que o Estado atua como particular e receita originária é aquela em que o Estado atua através do seu poder de império.
CASO CONCRETO 03
O Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais, no ano de 2014, aplicou multas no valor total de R$278.000,00 a 69 prefeituras por descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal. Estas prefeituras deixaram de encaminhar no prazo legal àquele Tribunal o Relatório de Gestão Fiscal, o Relatório Resumido de Gestão Orçamentária e o Comparativo das Metas Bimestrais de arrecadação. Neste sentido, considerando a natureza do Tribunal de Contas e as regras da Lei de Responsabilidade fiscal, responda: 
1) A aplicação de multas do Tribunal de Contas é ato regular? 
R: O tribunal de contas é um órgão gerador e fiscalizador da gestão pública. Entretanto, pode ser órgão aplicador de multa, artigo 71, §3º, da CF.
2) Estas multas podem ser questionadas perante o Poder Judiciário, ou já se encontram alcançadas pela coisa julgada? 
R: As multas aplicadas pelo Tribunal de contas da União resultam em documentos que terá eficácia de título executivo, conforme dispõe o art. 71, §3 º da CF/88. Tendo em vista que o tribunal de contas não exerce jurisdição, função do Estado com atributo de definitividade, suas manifestações podem ser objeto de questionamento no âmbito judicial.
3) Independente da solução aplicada pelo Tribunal de Contas, qual é o princípio contido na Lei de Responsabilidade Fiscal relacionado com os relatórios exigidos? 
Princípio da Transparência. O princípio da transparência, quando promovido, possibilita que o indivíduo cidadão tenha acesso aos atos praticados pela Administração Pública, previsto no art. 48 e seguintes da Lei de Responsabilidade Fiscal.
Questão objetiva 
O Tribunal de Contas 
(V) a. auxilia o Legislativo na fiscalização da aplicação de subvenções e na apreciação de renúncia de receitas. 
(F) b. é subordinado ao Poder Legislativo, ao qual auxilia no exercício do Controle Externo. 
(F) c. integra o Poder Legislativo, por força de disposição constitucional. 
(F) d. não integra nenhum dos Poderes, condição assegurada por cláusula pétrea constitucional. 
(V) e. tem a titularidade do exercício do controle externo e suas decisões de que resultem multa ou imputação de débito tem a natureza de título executivo.
CASO CONCRETO 04
Ao dispor sobre o plano de custeio da Seguridade Social, a União cuidou de regular a cobrança de várias contribuições cujos fatos geradores dizem respeito às atividades do contribuinte como a remuneração paga ou creditada aos segurados que prestem serviço às empresas, dos empregadores domésticos, dos trabalhadores (incidentes sobre o seu salário de contribuição), incidentes sobre o faturamento e lucro das empresas e sobre a receita de concursos de prognósticos. Estas contribuições são, por lei, designadas de contribuições sociais. A mesma lei que as institui estabelecia um prazo de dez anos para a apuração e constituição dos créditos da seguridade social. Sabendo que normas gerais do Direito Tributário são reservadas pela Constituição para lei complementar, identifique e analise o dispositivo, tendo para tanto a compreensão da natureza da cobrança realizada e, portanto, o ordenamento jurídico específico ao qual está submetida. 
R: Toda legislação ordinária anterior a CF que trata de temas de matériatributária poderia continuar sendo aplicada se fosse recepcionada, é o caso do próprio CTN que é lei ordinária na sua forma, mas foi recebida como lei complementar pela constituição. A partir da CF/88 está claro que as contribuições sociais são tributos, portanto tem natureza jurídica tributaria, e se as contribuições tributarias são tributos, se sujeitam ao regime jurídico-tributário e as mesmas limitações da constituição de matéria tributária, uma dessas exigências diz respeito à lei complementar para alguns temas, art. 146, II, “b”, da CRFB/88. Dessa forma, não teria cabimento que essa lei criada pela união estabelecesse, por exemplo, um prazo para cobrança de 10 anos se o prazo para cobrança de tributo é de 5 anos, e precisa ser estabelecido em uma lei complementar que é o CTN.
Questão objetiva 
(CETREDE – 2016) Como se chama o tributo que tem por características ser não vinculado a uma atividade estatal, admite, por expressa e excepcional previsão constitucional, destinação específica do produto da arrecadação e não admite previsão de restituição ao final de determinado período? 
A( ) Contribuição de intervenção no domínio econômico. 
B ( ) Contribuição social. 
C ( ) Empréstimo compulsório. 
D (X) Imposto. (art. 153, CF/88)
E ( ) Taxa.
CASO CONCRETO 05
A União através de lei ordinária isenta tributo do Estado sob o fundamento de que deve fomentar o desenvolvimento das microempresas e empresas de pequeno porte. Comente a legalidade e a Constitucionalidade da referida lei. 
R: Embora a nossa Constituição preocupe-se com a tributação das Microempresas, tal medida protetiva deverá ser editada por Lei Complementar (Lei 123/2006). Entretanto, no caso em questão a União o fez por Lei ordinária e ainda invadiu o espaço de competência Tributária dos Estados concedendo uma isenção heterônoma o que é vedado pelo art. 151, III, CF/88.
Questão objetiva 
Relativamente à competência tributária, assinale a alternativa incorreta. 
a) A União Federal tem competência para instituir impostos extraordinários em caso de guerra. 
b) Os Municípios têm competência para instituir impostos sobre a propriedade predial e territorial urbana. 
X c) Os Municípios não têm competência para instituir contribuições previdenciárias, pois esta competência é exclusiva da União Federal. 
d) As taxas e as contribuições de melhoria são consideradas, pela doutrina, tributos de competência comum.
CASO CONCRETO 06
Servidor estadual ingressa com ação de repetição de indébito contra o Estado respectivo em função de uma retenção na fonte de imposto de renda retido na fonte pelo órgão ao qual pertencia a servidora. O Estado alega ilegitimidade passiva tendo em vista que a competência tributária para legislar sobre o imposto de renda é da União. Comente se procede a alegação do Estado. 
R: A alegação do Estado é improcedente, pois, de acordo com a súmula 447 do STJ, os Estados e o Distrito Federal são partes legítimas na ação de restituição de imposto de renda, por pertencer a ele o produto da arrecadação do Imposto da União sobre a renda e os proventos de qualquer natureza, incidente na fonte, sobre os pagamentos feitos a servidores. Compete à Justiça comum estadual processar e julgar as causas em que se discute a repetição do indébito. O estado está errado, pois fica o IR com o ESTADO, teve enriquecimento sem causa, é contra o Estado mesmo a ação de repetição de indébito, súmula 447, do ST J.
Questão objetiva 
Na relação abaixo, de transferências intergovernamentais de receitas tributárias, MARQUE as da União para os Estados/DF (1), as da União para os Municípios (2) e as dos Estados/DF para os Municípios (3): 
(3) 50% do IPVA; 
(1) 20% dos impostos de competência residual; 
(2) 50% do ITR; 
(1) 21,5% do IPI e do IR para Fundo de Participação; 
(3) 25% do ICMS; 
(2) 22,5% do IPI e do IR para Fundo de Participação; 
(2) 70%do IOF sobre o ouro ativo financeiro ou instrumento cambial.
CASO CONCRETO 07
Governador de um Estado da Federação propõe Ação Direta de Inconstitucionalidade contra emenda constitucional que cria um imposto sobre toda e qualquer movimentação financeira, inclusive as realizadas por pessoas jurídicas de direito público e que entraria em vigor imediatamente. Inicialmente, os argumentos da afronta a duas limitações constitucionais ao poder de tributar, a saber a imunidade recíproca (vedação à imposição de impostos entre os entes federativos) e anterioridade (obrigatoriedade de aguardar até o exercício financeiro para que se possa cobrar o tributo) parecem corretas. Mas há uma preliminar questionada: a possibilidade de se questionar a constitucionalidade de dispositivo constitucional. Analise a questão e indique o posicionamento do Supremo Tribunal Federal. 
R: O Governador pode propor a ADI sobre a Emenda Constitucional, uma vez que a Emenda à Constituição não pode instituir tributo, apenas pode delimitar a Competência Tributaria pelos Entes tributáveis realizarem a criação ou majoração dos tributos.
É cabível ADI em questão mesmo que tenha por parâmetro a EC mencionada, pois ofende cláusula pétrea, visto que fere o princípio da imunidade recíproca e da anterioridade, as quais são cláusulas pétreas, a 1ª sobre o sistema federativo, a 2ª sobre direitos e garantias individuais. Esse é o posicionamento do STF (ADIN 926) e (art. 150, VI, “A”, da CF/88) 
Questão objetiva:
(FGV-2015) O Presidente, representando a República Federativa do Brasil, celebra tratado internacional com outros dois Estados soberanos, com o objetivo de incrementar a prestação de serviços de tecnologia para grandes projetos de infraestrutura. O acordo internacional, após todos os trâmites legislativos impostos pela ordem jurídica interna e internacional, passa a produzir seus efeitos, dentre os quais a isenção de todos os impostos incidentes nessa operação. Considerando que esses serviços estão incluídos na lista anexa da Lei Complementar nº 116/2003 e a jurisprudência do STF, é correto afirmar que o tratado é:
 A ( ) inconstitucional ao estabelecer isenção heterônoma, vedada pelo artigo 151, III, da Constituição Federal em vigor, o qual veda à União instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios; 
B (X) constitucional, pois a vedação constitucional se volta à União, nada impedindo que a República Federativa do Brasil, na qualidade de pessoa jurídica de direito público externo, celebre tratados e acordos internacionais de Direito Tributário; 
C ( ) constitucional, pois, nos termos da Constituição Federal, os tratados e convenções internacionais sobre tributação, desde que aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais; 
D ( ) inconstitucional, pois somente lei complementar federal poderia estabelecer isenção de tributos estaduais e municipais; 
E ( )inconstitucional, pois a União somente pode conceder isenção de tributos de competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, quando simultaneamente conceder aos tributos de competência federal.
CASO CONCRETO 08
O Município de Angra dos Reis promulga lei em 30.05.2006, estabelecendo a incidência do ITBI sobre as embarcações alienadas no território municipal, já que esses bens são garantidos por hipoteca, o que demonstraria a natureza imobiliária das embarcações. Ester efetua alienação de uma embarcação para Moisés (ambos domiciliados naquele Município, mediante contrato lavrado em cartório no dia 30.05.2007. Firme na legislação municipal, a Fazenda Pública de Angra dos Reis efetua o lançamento de ofício do ITBI. Ester apresenta impugnação na via administrativa, pleiteando o seu direito de não pagar o tributo em tela. Examine o caso, em suas várias nuances, sob a ótica das normas do CTN sobre interpretação.
R: Seguindo as orientações de aplicação conjugada aos vários métodos de interpretação podemos concluir pela não incidência do tributo. De forma geral, o direito trata as embarcações como bens móveis, o fato de eventualmenteo direito civil dar às embarcações o mesmo tratamento dos bens imóveis constitui exceção e não altera a natureza do bem em si, para fazê-lo imóvel. Sendo assim tais embarcações não poderão sofrer incidência de tal tributo, tendo em vista que o mesmo incide apenas sobre bens imóveis e o direito tributário não pode alterar os conceitos dos institutos de direito civil. 
 Questão objetiva 
FAURGS-2015) No que se refere à legislação tributária, assinale a alternativa que contém afirmativa correta. 
A (X) Leis expressamente interpretativas não podem ser aplicadas a atos ou fatos pretéritos se contrariarem orientação favorável aos contribuintes já firmada pelos Tribunais Superiores. 
B ( ) Os conceitos utilizados pela Constituição da República para outorgar competência impositiva podem ser alterados pelo legislador do ente político que a titularizar, dada a sua autonomia tributária e financeira. 
C ( ) O Código Tributário Nacional admite a utilização da analogia para a aplicação das hipóteses de incidência tributária a fatos juridicamente semelhantes àqueles por elas previstos, com vistas à promoção da igualdade. 
D ( ) O legislador ordinário pode estabelecer que multa tributária menos gravosa somente se aplique a fatos futuros multa ou imputação de débito tem a natureza de título executivo.
FÓRUM
A questão deverá realizada da seguinte forma, as assertivas deverão ser avaliadas se certas ou erradas juntamente com a justificativa e o amparo legal. Conforme dispõe a Constituição Federal, é correto afirmar que, de acordo com a
a) ERRADA, pois é vedado à União, aos Estados, ao DF e aos Municípios cobrar tributos em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado, como diz o art. 150, inciso III, alínea “a” da CRFB/88. O princípio da irretroatividade está ligado à segurança jurídica e impede uma lei nova de atingir fatos geradores passados, sob pena de inconstitucionalidade.
Por fim, podemos citamos a Ementa do Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina, in verbis:
AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL. IMPOSTO PREDIAL E TERRITORIAL URBANO. EXTINÇÃO. LESÃO AO PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE TRIBUTÁRIA. VÍCIO INSANÁVEL. MATÉRIA DE ORDEM PÚBLICA. VIOLAÇÃO DO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE TRIBUTÁRIA. TRIBUTO PREVISTO EM DECRETO DO CHEFE DO PODER EXECUTIVO MUNICIPAL. IMPOSSIBILIDADE. Configura lesão ao princípio da irretroatividade tributária a cobrança de tributo atrelado a fato gerador anterior à vigência da norma que o instituiu, tornando inexigível o respectivo crédito. Também não poderá ser exigida a exação quando fundamentada em ato que não observou a exigência de lei formal para sua instituição ou majoração.
(TJ-SC - AI: 40224393020198240000 Imbituba 4022439-30.2019.8.24.0000, Relator: Sônia Maria Schmitz, Data de Julgamento: 12/09/2019, Quarta Câmara de Direito Público)
b) ERRADA, pois é vedado à União, aos Estados, ao DF e aos Municípios instituir impostos sobre patrimônio, renda ou serviços uns dos outros. Essa imunidade é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados às suas finalidades essenciais ou às dela decorrentes,de acordo com o artigo 150, inciso VI, alínea “a” da CRFB/88.
Ementa: PROCESSUAL CIVIL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REDE FERROVIÁRIA FEDERAL S/A (RFFSA). PREENCHIMENTO DOS PRESSUPOSTOS NECESSÁRIOS AO GOZO DA IMUNIDADE TRIBUTÁRIA RECÍPROCA (ART. 150, VI, A, DA CF/88). MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. 1. Possui natureza infraconstitucional a controvérsia relativa ao preenchimento, pela Rede Ferroviária Federal S/A (RFFSA), dos pressupostos necessários ao gozo da imunidade tributária recíproca (art. 150, VI, a, da CF/88). 2. É cabível a atribuição dos efeitos da declaração de ausência de repercussão geral quando não há matéria constitucional a ser apreciada ou quando eventual ofensa à Carta Magna ocorra de forma indireta ou reflexa (RE 584.608-RG, Rel. Min. ELLEN GRACIE, DJe de 13/3/2009). 3. Ausência de repercussão geral da questão suscitada, nos termos do art. 1.035 do CPC/2015.
(RE 959489 RG, Relator(a): Min. TEORI ZAVASCKI, julgado em 12/08/2016, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-174 DIVULG 17-08-2016 PUBLIC 18-08-2016)
c) ERRADA, tendo em vista que o princípio da capacidade contributiva é a forma de materialização do princípio da igualdade no Direito Tributário, compreendendo um sentido objetivo e um sentido subjetivo. O sentido objetivo/absoluto informa que a capacidade contributiva é a presença de uma riqueza passível de ser tributada, ou seja, a capacidade contributiva seria um requisito para a tributação. Já o sentido subjetivo/relativo dispõe qual parcela desta riqueza poderá ser tributada em face das condições individuais, funcionando como medida para gradação e limitação dos tributos.
TRIBUTÁRIO – ITR – PROGRESSIVIDADE DE ALÍQUOTAS – ÁREA DO IMÓVEL E GRAU DE UTILIZAÇÃO – ART. 11, LEI 9393/96 – LEGALIDADE – EXTRAFISCALIDADE – INTELIGÊNCIA DO ART. 153, §4, I, CF/88 – FISCALIDADE – CAPACIDADE CONTRIBUTIVA – ART. 145, §1, CF/88 – MANUTENÇÃO DA SENTENÇA DENEGATÓRIA DA SEGURANÇA. 1. A tabela referida pelo artigo 11 da Lei nº 9.393/96 denota progressividade fiscal e extrafiscal, ao conjugar a dimensão da área tributada e o índice de utilização do imóvel para aferição da alíquota incidente. 2. A progressividade extrafiscal, instituída com vistas a promover a função social da propriedade e a desestimular a manutenção de áreas rurais improdutivas, mostra-se em harmonia com o art. 153, §4º, I, da CF/88. 3. Sob o prisma da progressividade fiscal as alíquotas erigidas pela Lei nº. 9.393/96 atendem satisfatoriamente ao princípio da capacidade contributiva, o qual, nos termos do art. 145, §1º, da CF/88, deve inspirar a atividade de interposição legislativa em matéria tributária, mesmo em se tratando da disciplina de impostos de natureza real, sob pena de negligência do Estado em seu dever de promoção da justiça fiscal e da justiça distributiva. 4. Na dicção do artigo 145, §1º, da CF/88, os impostos devem, preferencialmente, ter natureza pessoal, mas caso ostentem natureza real, serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte. A progressividade em função do tamanho do imóvel justifica-se por consistir a propriedade signo representativo da riqueza para fins de lançamento do ITR, presumindo-se aumentar a capacidade econômica do contribuinte na medida em que aumenta a dimensão de seu imóvel (manifestação da riqueza). 5. Precedente do e. STF: RE-AgR 720945 (Segunda Turma. Julg. 09/09/2014). (TRF-3 Ap: 00117335320094036102 SP, Relator: JUIZ CONVOCADO MARCIO CATAPANI, Data de Julgamento: 11/10/2018, TERCEIRA TURMA, Data de Publicação: e-DJF3 Judicial 1 DATA: 22/10/2018)
d) CORRETA, pois é vedado à União, aos Estados, ao DF e aos Municípios cobrar tributos antes de decorridos 90 dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o princípio da anterioridade, de acordo com o art. 150, inciso III, alínea c da CRFB/88.
Ementa: AGRAVOS REGIMENTAIS. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. FUNDO SOCIAL DE EMERGÊNCIA. ART. 72, V, DO ADCT. PIS - ALÍQUOTA E BASE DE CÁLCULO. EMENDAS CONSTITUCIONAIS 10/1996 E 17/1997. CONSTITUCIONALIDADE, OBSERVADOS OS PRINCÍPIOS DA ANTERIORIDADE NONAGESIMAL E DA IRRETROATIVDADE. TEMA 665 DA REPERCUSSÃO GERAL. JULGAMENTO EXTRA PETITA. INOCORRÊNCIA NO CASO CONCRETO. 1. Quanto ao recurso da UNIÃO, verifica-se que a matéria a respeito do princípio da anterioridade nonagesimal, previsto no art. 195, §6º, da Constituição Federal, foi expressamente veiculada na petição inicial das empresas (Vol. 1, fl. 14-18), e debatida e decidida na fundamentação do acórdão recorrido (Vol. 2, fl. 332). Portanto, não ocorreu o julgamento extra petita apontado pela UNIÃO. 2. Da mesma forma, a irresignação das empresas não tem chances de êxito. O Poder Judiciário não pode atuar como legislador positivo, nem conceder isenções tributárias. 3. O Plenário do STF, no julgamento do RE 578.846-RG(Rel. Min DIAS TOFFOLI, Tema 665), sob a sistemática da repercussão geral, fixou a seguinte tese: São constitucionais a alíquota e a base de cálculo da contribuição ao PIS, previstas no art. 72, V, do ADCT, destinada à composição do Fundo Social de Emergência, nas redações da ECR 1/94 e das EC 10/96 e 17/97, observados os princípios da anterioridade nonagesimal e da irretroatividade tributária. 4. Agravos Internos a que se nega provimento.
(RE 645145 AgR-segundo, Relator(a):Min. ALEXANDRE DE MORAES, Primeira Turma, julgado em 17/09/2018, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-202 DIVULG 24-09-2018 PUBLIC 25-09-2018).

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