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MODELO PEÇA SEÇÃO 4 TRABALHISTA

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Impresso por Jaqueline, CPF 778.600.205-72 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não
pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 07/10/2020 09:47:35
 EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA XXª VARA 
 DO TRABALHO DE XXXXXXXXXXXXXX 
 Processo nº 0010001- 10.2017.518.0002 
 A Sr MARIA JOSÉ PEREIRA, já qualificada nos autos do processo acima descrito, 
 por seu advogado que esta subscreve na Reclamação Trabalhista proposta por 
 ALBANO MACHADO, inconformado com a respeitável sentença de folhas ___, vem, 
 tempestiva e respeitosamente á presença de Vossa Excelência, interpor RECURSO 
 ORDINÁRIO com base no artigo , inciso da 895 I C L T, de acordo com a razões em 
 anexo, as quais requer que sejam recebidas e remetidas ao Egrégio Tribunal Regional 
 da 18º Região. 
 Segue comprovante do recolhimento das custas e depósito recursal. 
 Termos em que, 
 Pede deferimento. 
 Lo cal e data. 
 ADVOGADO 
 OAB n.º 
 RAZÕES DE RECURSO ORDINÁRIO 
 Recorrente: MARIA JOSÉ PEREIRA 
 Recorrido: ALBANO MACHADO 
 Processo n.º: 0010001- 10.2017.518.0002 
 Origem: TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 18a REGIÃO 
 EGRÉGIO TRIBUNAL 
 COLENDA TURMA 
 NOBRES JULGADORES 
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 RAZÕES DO RECURSO ORDINÁRIO 
 A r. Sentença não merece ser mantida, razão pela qual a Recorrente postula pela sua 
 reforma. 
 1 - DOS PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE 
 1.1 - DA LEGITIMIDADE 
 Tendo em vista a Recorrente ser o Reclamado, é parte legítima para recorrer. 
 1.2 DO INTERESSE PROCESSUAL –
 Tem interesse processual, visto que objetiva atacar a decisão recorrida. 
 1.3 DA TEMPESTIVIDADE –
 A r. Sentença foi publicada em 21/11/2017, iniciando o prazo para interpor Recurso 
 Ordinário no dia 25/11/2017, tendo como marco final o dia 29/11/2017. 
 Desta forma, tempestivo o presente Recurso. 
 1.4 DEPÓSITO RECURSAL –
 Recolhido no valor de R$____, no prazo do recurso, por meio da guia GFIP em anexo, 
 conforme Súmulas 245 e 426, ambas do TST. 
 1.5 CUSTAS PROCESSUAIS –
 Recolhidas no valor de R$_____, correspondentes a 2% do valor da condenação, no 
 prazo do recurso, por meio da guia GRU em anexo, conforme art. , , da 789 I CLT . 
 
 1 HISTÓRICO PROCESSUAL –
 Foi ajuizada reclamação trabalhista em face do recorrente pleiteando feriados 
 laborados, pagamento de uma hora por dia decorrente da supressão do intervalo 
 intrajornada, indenização por danos morais. 
 Entretanto, a respeitável Vara do Trabalho julgou a ação procedente, determinando a 
 condenação da reclamada de forma subsidiaria nas verbas supra citadas. 
 Neste caso, a referida decisão não merece prosperar, motivo pelo qual deve a sentença 
 ser reformada, conforme os fundamentos que a seguir serão expostos: 
 2 - CABIMENTO DO PRESENTE RECURSO ORDINÁRIO. 
 O art. 895 da CLT dispõe que é cabível recurso ordinário das decisões definitivas ou 
 terminativas do feito prolatadas pelas Varas do Trabalho ou “das decisões definitivas ou 
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 terminativas dos Tribunais Regionais, em processos de sua competência originária”, 
 sempre no prazo de 8 (oito) dias. Além disso, é possível sua interposição nas hipóteses 
 elencadas na Súmula no. 214 do TST. O recurso ordinário é o meio adequado para 
 recorrer da parte da decisão que lhe foi desfavorável, devolvendo à instância superior 
 toda a discussão sobre a matéria tratada na peça recursal. Ele é dirigido a quem prolatou 
 a decisão, que fará o primeiro juízo de admissibilidade, isto é, verificará se é 
 tempestivo, se as custas e o depósito recursal foram recolhidos corretamente, se o 
 recorrente está regularmente representado, assim como se o recorrente tem legitimidade 
 e capacidade para a interposição do recurso ordinário. Admitido o recurso, será intimada 
 a parte adversa para apresentar contrarrazões no prazo de 8 (oito) dias (art. 900, da 
 CLT). 
 MÉRITO 
 4 - FERIADOS LABORADOS EM DOBRO 
 A sentença julgou procedente o pedido de pagamento em dobro dos feriados, invocando 
 a Súmula no 444, do TST. Dessa forma. Embora a Súmula invocada na decisão de 
 primeiro grau tenha previsão de pagamento dos feriados laborados no regime 12x36, ela 
 não tem efeito vinculante. Prever o pagamento do feriado em dobro é desconsiderar a 
 essência do regime 12x36, uma vez que o empregador seria obrigado a conceder folga 
 ao obreiro, não sendo praticado o sistema de 12 horas de trabalho por 36 de descanso, a 
 folga compensatória existe, uma vez que o trabalho executado em dia de feriado já é 
 automaticamente compensado pelas folgas naturais inerentes ao re gime 13x36. 
 5 - INTERVALO INTRAJORNADA 
 A sentença também deferiu ao trabalhador o pagamento de uma hora por dia decorrente 
 da supressão o intervalo intrajornada, acrescida de 50%, a partir de 2/6/2015 até o 
 término do contrato de trabalho. Entretanto, a Reclamante disse laborava 12 horas 
 consecutivas, e não fazia o intervalo para repouso ou alimentação nem de, no mínimo, 1 (uma) 
 hora. O pacto laboral durou até o dia 06/02/2017, quando o recorrido discutiu com a sua 
 patroa, Sra. Maria José. Ela lhe pedia para dar banho no Sr. Antenor pela manhã. 
 Todavia, como convivia mais próximo do enfermo, preferia dar o banho após o almoço, 
 período do dia em que era mais quente. Além disso, a Sra. Maria não gostava que 
 deixasse que o Sr. Antenor visse televisão, o que não era observado pelo Sr. Albano, ou 
 seja, além de dar banho em horário não autorizado após o almoço, seria contabilizado 
 como hora de descanso o período no qual o Sr Antenor assistira televisão, pois não 
 estava sob os cuidados do Sr Albano. 
 
 6 - INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS 
 A decisão de primeiro grau condenou a reclamada ao pagamento de indenização por 
 danos morais no importe de R$ 10.000,00 (dez mil reais) pelo fato de ter sido aposto na 
 CTPS do trabalhador que a rescisão do contrato de trabalho se deu por justa causa. Apretensão reformatória deve ter como fundamento inicial a disposição do art. 29, 
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 parágrafo 2o, “c”, da CLT, que determina que a anotação da rescisão do contrato de 
 trabalho deve constar na CTPS, sem qualquer ressalva. Além disso, deve-se aduzir que 
 não estão presentes no caso concreto os requisitos ensejadores da reparação civil, 
 notadamente o dano a qualquer direito da personalidade do trabalhador. Partindo do 
 pressuposto de que a sentença pode ser mantida, o valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais) 
 pode ser diminuído. Baseado no princípio da eventualidade a título de danos morais, 
 tanto que, em relação a isso, sequer recorreu para esta Corte, o que poderia ter feito, se 
 A razoabilidade e a proporcionalidade entre o dano e o montante fixado. 
 a0 D E C I S Ã O M O N O C R Á T I C A RELATÓRIO 
 Trata-se de reexame necessário e apelação cível 
 interposta pelo ESTADO DO PARÁ, em face da 
 sentença proferida pela 3ª Vara da Fazenda de Belém, 
 na AÇÃO DE COBRANÇA movida por SILMA 
 ARLETE PINHEIRO DA COSTA em face do Estado do 
 Pará, que assim decidiu, in verbis (fls.78/84): (...) 
 Diante do exposto, com fundamento no art. 269, I do, 
 Código de Processo Civil, JULGO PROCEDENTE o 
 pedido, condenado o réu ao pagamento dos depósitos 
 do FGTS a que a parte autora tinha direito durante a 
 vigência do contrato de trabalho em tela, assim como 
 ao pagamento das férias proporcionais correspondente 
 a 11/12/ (11/12 avos), acrescida do abono 
 constitucional; o 13º salário correspondente a 4/12 
 (quatro doze avos), julgando improcedentes os demais 
 pedidos, por ausência de amparo legal, tudo nos termos 
 da fundamentação, extinguindo o feito com resolução 
 de mérito. No mais, tendo em vista que a parte autora é 
 beneficiária da Justiça Gratuita e diante da isenção de 
 custas processuais que goza a Fazenda Pública, nos 
 termos do art. 15, alínea 'g', da Lei 5.738/1993, deixo 
 de condenar o Estado em despesas de sucumbência. 
 Condeno, ainda, o réu ao pagamento de honorários 
 advocatícios, os quais arbitro em R$ 600,00 (seiscentos 
 reais), nos termos do art. 20, §§ 3º e 4º do CPC, Em 
 suas razõesa1 (fls.85/102), argui o apelante a 
 ocorrência da prejudicial de mérito da prescrição de 
 toda e qualquer parcela anterior aos cinco anos da 
 data da propositura da ação, consoante previsto no 
 Decreto 20.910/32. Asseverou que há absoluta 
 incompatibilidade em concessão do FGTS, no que 
 concerne aos contratos de natureza temporária 
 celebrados pelo Poder Público, uma vez que estes 
 nunca geraram e nem jamais gerarão ao servidor 
 direito à estabilidade. Assim, não há qualquer perda a 
 ser compensada. Pontuou que todas as contratações de 
 servidores temporários pelo Estado do Pará submetem-
 se, por força da lei, ao regime jurídico administrativo, 
 subordinando-se à Lei Estadual nº 5.810/94, com a 
 exclusão de direitos trabalhistas, como é o caso do 
 FGTS. Ainda, a prestação de serviços, se de fato 
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 ocorreu, deu-se sob a égide do regime jurídico 
 administrativa, de acordo com as Leis Complementares 
 07/1991, 11/1993, 19/1994, 30/1995, 36/1998, 43/2002 
 e 47/2004. Portanto é incabível a aplicação do art. 19-
 A da Lei 8.036/90. Ainda, que o reconhecimento da 
 nulidade do contrato impede a produção de quaisquer 
 efeitos. E, em decorrência do princípio da 
 eventualidade, verifica-se que o apelado não pugnou 
 pelo reconhecimento dessa nulidade. Portanto, se não 
 há pedido expresso pelo reconhecimento dessa 
 nulidade, o juízo a quo não poderia reconhece-la, 
 devendoa2 ser reconhecido julgamento extra petita. 
 Ademais, nos precedentes indicados pelo magistrado de 
 piso em sua ratio decidendi concernentes as decisões 
 do STF e do STJ, entendeu que as situação julgadas por 
 referidos tribunais superiores não se enquadrariam nos 
 fatos apreciadas na presente demanda. Enfim, caso 
 persista o entendimento acerca da pertinência do 
 FGTS, a sentença deve ser reformada no que tange à 
 multa de 40% sobre o FGTS, haja vista que o STF não 
 decidiu acerca de multa. Também, caso mantida a 
 condenação, o valor do FGTS deve ser apurado em 
 liquidação de sentença, com cálculo mês a mês, de 
 acordo com a remuneração efetivamente paga, 
 obedecidos a data de admissão e o período 
 efetivamente trabalhado, devendo, ainda, ser respeitada 
 a prescrição quinquenal e excluídas do cálculo as 
 verbas indenizatórias. Ao final, pontuou pelo 
 conhecimento do recurso e total provimento. O recurso 
 foi recebido em seu duplo efeito (fl.104). O Apelado, 
 ainda que intimado para apresentar contrarrazões, 
 permaneceu silente (fls.106). Coube-me o feito por 
 distribuição (fl.107) O Ministério Público, nesta 
 instância, manifestou-se pelo conhecimento do apelo e, 
 no mérito, seu improvimento (fls.111/114). É o 
 relatório. DECIDO. Presentes os pressupostos de 
 admissibilidade, CONHEÇO DO REEXAME 
 NECESSÁRIO E DA APELAÇÃO CÍVELa3 interposta 
 pelo Estado do Pará. Inicialmente, ressalto que o caso 
 em apreço atrai a aplicação do art. 557 do CPC, no 
 reexame necessário, conforme assentou a Súmula 253 
 do STJ. ¿Art. 557 - O relator negará seguimento a 
 recurso manifestamente inadmissível, improcedente, 
 prejudicado ou em confronto com súmula ou com 
 jurisprudência dominante do respectivo tribunal, do 
 Supremo Tribunal Federal, ou de Tribunal Superior.¿ 
 Trata-se de reexame necessário e recurso interposto em 
 face de sentença proferida nos autos da Ação de 
 Cobrança movida por SILMA ARLETE PINHEIRO DA 
 COSTA que julgou parcialmente procedente a ação, 
 resolvendo o mérito nos termos do disposto no art. 269, 
 I do CPC (fls.78/84). Cinge-sea controvérsia ao 
 suposto direito da autora/apelada ao recebimento do 
 direito social do FGTS referente ao período de 
 03/05/1993 a 30/04/2009, quando exercia as funções de 
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 digitadora, consoante contrato temporário celebrado 
 com o apelante, bem como ao pagamento das parcelas 
 rescisórias. Consoante o art. 37 da Constituição da 
 República, no que interessa: Art. 37. A administração 
 pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da 
 União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
 Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, 
 impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, 
 também, ao seguinte: II - aa4 investidura em cargo ou 
 emprego público depende de aprovação prévia em 
 concurso público de provas ou de provas e títulos, de 
 acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou 
 emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as 
 nomeações para cargo em comissão declarado em lei 
 de livre nomeação e exoneração; IX - a lei estabelecerá 
 os casos de contratação por tempo determinado para 
 atender a necessidade temporária de excepcional 
 interesse público; Com efeito, no tocante a contratação 
 temporária, bem como as prorrogações sucessivas 
 (caso dos autos), o Supremo Tribunal Federal firmou 
 entendimento mediante repercussão geral, de que o 
 contrato temporário de trabalho firmado com a 
 administração pública, quando renovado 
 sucessivamente, viola o acesso ao serviço público por 
 concurso, inquinando-o de nulidade, eis os julgados: 
 EMENTA Recurso extraordinário. Direito 
 Administrativo. Contrato nulo. Efeitos. Recolhimento 
 do FGTS. Artigo 19-A da Lei nº 8.036/90. 
 Constitucionalidade. 
 
 1. É constitucional o art. 19-A da Lei nº 8.036/90, o 
 qual dispõe ser devido o depósito do Fundo de 
 Garantia do Tempo de Serviço na conta de trabalhador 
 cujo contrato com a Administração Pública seja 
 declarado nulo por ausência de prévia aprovação em 
 concurso público, desde que mantido o seu direito ao 
 salário. 
 
 2. Mesmo quando reconhecida a nulidade daa5 
 contratação do empregado público, nos termos do art. 
 37, § 2º, da Constituição Federal, subsiste o direito do 
 trabalhador ao depósito do FGTS quando reconhecido 
 ser devido o salário pelos serviços prestados. 
 
 3. Recurso extraordinário ao qual se nega provimento. 
 (RE 596478, Relator (a): Min. ELLEN GRACIE, 
 Relator (a) p/ Acórdão: Min. DIAS TOFFOLI, Tribunal 
 Pleno, julgado em 13/06/2012, REPERCUSSÃO 
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 GERAL - MÉRITO DJe-040 DIVULG 28- -2013 02 
 PUBLIC 01-03 -2013 EMENT VOL-02679-01 PP-
 00068) Desta forma, da análise do julgado transcrito 
 em alhures, depreende-se que o Supremo Tribunal 
 Federal reconheceu o direito aos depósitos do Fundo 
 de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) aos 
 trabalhadores que tiverem contrato de trabalho com a 
 administração declarado nulo, em função de 
 inobservância da regra constitucional que estabelece 
 prévia aprovação em concurso público. Assim, observa-
 se da decisão colegiada do STF uma declaração clara 
 acerca da constitucionalidade do dispositivo legal que 
 prevê como devido o depósito do FGTS mesmo nos 
 casos em que se reconhece a nulidade (oriunda de 
 violação da Constituição Federal) de contratos 
 mantidos entre trabalhador e a Administração Pública. 
 Disse mais, que tal dispositivo representava uma nova 
 interpretação acerca dos efeitos da declaração de 
 nulidade, a denotar que nem sempre a máxima segundo 
 a quala6 'o ato nulo não produz efeitos' é verdadeira, 
 posto que, a excepcionalidade dos contratos de 
 trabalho fático reclamaria a manutenção de alguns 
 efeitos e, nesse contexto, o art. 19-A da Lei 8.036/90, 
 resguardou o direito ao FGTS ao contrato de trabalho 
 nulo, afastando, portanto, a teoria civilista das 
 nulidades. Ademais, percebe-se da análise dos 
 julgamentos realizados pelo Supremo Tribunal Federal 
 é que a Corte Máxima do país não faz uma distinção 
 entre o trabalhador celetista, ou o servidor público 
 estatutário, mas sim que, no momento em que o 
 contrato temporário for declarado nulo, gerará dois 
 efeitos para a administração pública, a saber: 1) 
 pagamento do saldo de salário; e 2) depósito do FGTS. 
 Nesta esteira, colaciono o recente julgado do STF: 
 Agravo regimental em recurso extraordinário. 2. 
 Direito Administrativo. Contratação temporária. 
 Direito ao recebimento do Fundo de Garantia por 
 Tempo de Serviço. 3. Contrato por tempo 
 indeterminado e inexistência de excepcional interesse 
 público. Nulidade do contrato. 
 
 4. Efeitos jurídicos: pagamento do saldo salarial e 
 levantamento de FGTS. Precedentes: RE-RG 596.478, 
 red. do acórdão Dias Toffoli, e RE-RG 705.140, rel. 
 min. Teori Zavasck i. 
 
 5. APLICABILIDADE DESSA ORIENTAÇÃO 
 JURISPRUDENCIAL AOS CASOS DE 
 CONTRATAÇÃO EM CARÁTER TEMPORÁRIO PELA 
 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. PRECEDENTES. 
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 6. Agravoa7 regimental a que se nega provimento. (RE 
 863125 AgR, Relator (a): Min. GILMAR MENDES, 
 Segunda Turma, julgado em 14/04/2015, ACÓRDÃO 
 ELETRÔNICO DJe-083 DIVULG 05- -2015 PUBLIC 05 
 06-05 -2015) E sobre este precedente, transcrevo trecho 
 do julgado, que demonstra que o servidor público 
 manteve vínculo jurídico-administrativo com a 
 Administração Pública na condição de contratado 
 temporário, e mesmo assim, após o reconhecimento da 
 nulidade do contrato, foi lhe conferido o direito ao 
 depósito do FGTS, in verbis: Verifico que as alegações 
 da parte são impertinentes e decorrem de meroinconformismo com a decisão adotada por este 
 Tribunal, uma vez que o agravante não trouxe 
 argumentos suficientes a infirmá-la, visando apenas à 
 rediscussão da matéria já decidida de acordo com a 
 jurisprudência pacífica desta Corte. Inicialmente, 
 constato que a parte recorrente manteve vínculo 
 jurídico-administrativo com a Administração Pública 
 na condição de contratado temporário. No entanto, o 
 referido contrato foi celebrado por tempo 
 indeterminado e inexistiu excepcional interesse público 
 na espécie. Nesse sentido, a corrente vencedora do 
 acórdão recorrido diverge da jurisprudência iterativa 
 desta Corte, segundo a qual as contratações de pessoal 
 pela Administração Pública demandam prévia 
 aprovação em concurso público, tirante as exceçõesa8 
 constitucionalmente previstas. Sendo assim, a 
 inobservância do princípio do concurso público gera 
 nulidade da situação jurídica e imposição de sanções 
 às autoridades responsáveis. Logo, não há dúvidas de 
 que o contrato em tela é nulo, nos termos da 
 jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. Por 
 conseguinte, conforme já posto na decisão agravada, o 
 recurso- paradigma guarda identidade com a 
 controvérsia presente no apelo extremo. A propósito, 
 reproduzo a ementa do RE-RG 596.478, redator do 
 acórdão Dias Toffoli, Tribunal Pleno, DJe 1º.3.2013: 
 ¿Recurso extraordinário. Direito Administrativo. 
 Contrato nulo. Efeitos. Recolhimento do FGTS. Artigo 
 19-A da Lei nº 8.036/90. Constitucionalidade. 1. É 
 constitucional o art. 19-A da Lei nº 8.036/90, o qual 
 dispõe ser devido o depósito do Fundo de Garantia do 
 Tempo de Serviço na conta de trabalhador cujo 
 contrato com a Administração Pública seja declarado 
 nulo por ausência de prévia aprovação em concurso 
 público, desde que mantido o seu direito ao salário. 2. 
 Mesmo quando reconhecida a nulidade da contratação 
 do empregado público, nos termos do art. 37, § 2º, da 
 Constituição Federal, subsiste o direito do trabalhador 
 ao depósito do FGTS quando reconhecido ser devido o 
 salário pelos serviços prestados. 3. Recurso 
 extraordinário ao qual se nega provimento.¿ 
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 Posteriormente, oa9 Tribunal Pleno reafirmou esse 
 posicionamento no âmbito do RE-RG 705.140, rel. min. 
 Teori Zavascki, DJe 5.11.2014, nos seguintes termos: 
 ¿CONSTITUCIONAL E TRABALHO. CONTRATAÇÃO 
 DE PESSOAL PELA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
 SEM CONCURSO. NULIDADE. EFEITOS 
 JURÍDICOS ADMISSÍVEIS EM RELAÇÃO A 
 EMPREGADOS: PAGAMENTO DE SALDO 
 SALARIAL E LEVANTAMENTO DE FGTS (RE 
 596.478 - REPERCUSSÃO GERAL). 
 INEXIGIBILIDADE DE OUTRAS VERBAS, MESMO A 
 TÍTULO INDENIZATÓRIO. 1. Conforme 
 reiteradamente afirmado pelo Supremo Tribunal 
 Federal, a Constituição de 1988 reprova severamente 
 as contratações de pessoal pela Administração Pública 
 sem a observância das normas referentes à 
 indispensabilidade da prévia aprovação em concurso 
 público, cominando a sua nulidade e impondo sanções 
 à autoridade responsável (CF, art. 37, § 2º). 2. No que 
 se refere a empregados, essas contratações ilegítimas 
 não geram quaisquer efeitos jurídicos válidos, a não 
 ser o direito à percepção dos salários referentes ao 
 período trabalhado e, nos termos do art. 19-A da Lei 
 8.036/90, ao levantamento dos depósitos efetuados no 
 Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - FGTS. 3. 
 Recurso extraordinário desprovido.¿ Ademais, constato 
 que ambas as turmas manifestaram-se no sentido de 
 que a orientação do RE-RG 596.478 aplica-se aos 
 casos de contratação em caráter temporário pela 
 Administraçãob0 Pública. Confiram-se os seguintes 
 precedentes: ¿AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO 
 EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. 
 CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA. NULIDADE. 
 DIREITO AO DEPÓSITO DO FUNDO DE GARANTIA 
 DO TEMPO DE SERVIÇO FGTS. RE 596.478-RG. 
 REPERCUSSÃO GERAL RECONHECIDA. 
 JULGAMENTO DE MÉRITO. 1. O Fundo de Garantia 
 do Tempo de Serviço - FGTS é devido aos servidores 
 temporários, nas hipóteses em há declaração de 
 nulidade do contrato firmado com a Administração 
 Pública, consoante decidido pelo Plenário do STF, na 
 análise do RE 596.478-RG, Rel. para o acórdão Min. 
 Dias Toffoli, DJe de 1/3/2013. 2. In casu, o acórdão 
 recorrido assentou: REEXAME NECESSÁRIO E 
 APELAÇÃO CÍVEL CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA - 
 PRAZO SUPERIOR AO ADMITIDO NA LEGISLAÇÃO 
 PERTINENTE - NULIDADE DO ATO - FGTS - 
 DIREITO AO RECOLHIMENTO - PRECEDENTE DO 
 STF. 3. Agravo regimental DESPROVIDO.¿ (RE 
 830962 AgR, rel. min. LUIZ FUX, Primeira Turma, 
 DJe 25.11.2014); ¿RECURSO EXTRAORDINÁRIO 
 SERVIÇO PÚBLICO CONTRATAÇÃO EM CARÁTER 
 TEMPORÁRIO RENOVAÇÕES SUCESSIVAS DO 
 CONTRATO EXTENSÃO DOS DIREITOS SOCIAIS 
 PREVISTOS NO ART. 7º DA CONSTITUIÇÃO DA 
Impresso por Jaqueline, CPF 778.600.205-72 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não
pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 07/10/2020 09:47:35
 REPÚBLICA DIREITO AO DEPÓSITO DO FGTS 
 ORIENTAÇÃO QUE PREVALECE NO SUPREMO 
 TRIBUNAL FEDERAL EM RAZÃO DE 
 JULGAMENTO FINAL, COM REPERCUSSÃO 
 GERAL, DO RE 596.478/RR RECURSO DE AGRAVO 
 IMPROVIDO.¿ (RE 752206 AgR, rel. min. CELSO DE 
 MELLO,b1 Segunda Turma, DJe 12.12.2013). Em face 
 da evidente divergência entre acórdão recorrido e o 
 decidido no âmbito da sistemática da repercussão 
 geral, trata-se de hipótese de reforma da decisão 
 exarada pelo Tribunal a quo, nos termos do art. 543-B, 
 § 4º, do CPC, para fins de afirmar o direito da parte 
 recorrente ao recebimento do Fundo de Garantia por 
 Tempo de Serviço. Ante o exposto, nego provimento ao 
 agravo regimental. E a análise de tal precedente se 
 mostra bastante pertinente para o presente momento, 
 uma vez que se trata de um Agravo Regimental 
 protocolizado pelo Estado de Minas Gerais, 
 inconformado com o decisum do STF que 'deu 
 provimento ao recurso extraordinário, nos termos do 
 art. 543-B, § 4, do CPC, uma vez que o acórdão 
 recorrido divergiu do assentado no RE-RG596.478, 
 redator do acórdão Dias Toffoli, DJe 1.2.2013'. Neste 
 agravo regimental, o Estado de Minas Gerais sustentou 
 que: 'o caso concreto não guarda pertinência com o 
 paradigma, seja pela contratação temporária (art. 37, 
 IX da CF/88) do servidor, seja pela ausência de 
 declaração de nulidade do contrato administrativo 
 firmado'. Portanto, como se pode notar, trata-se da 
 mesma argumentação trazida pelo Estado do Pará, que 
 aduz que o presente caso se trata de um servidor 
 público contratado temporariamente pelo ente público, 
 motivo pelo qual estaria sob a égide do regimeb2 
 estatutário, sem direito, portanto, ao depósito do FGTS, 
 o que destoa do que já foi decidido pela nossa Corte 
 Máxima de justiça, que tem decidido reiteradamente, 
 que nestes casos, uma vez verificado a nulidade do 
 contrato temporário celebrado entre as partes, gera o 
 direito ao recebimento do saldo de salário e ao 
 depósito do FGTS. Ademais, resta afastado, novamente, 
 um dos argumentos defendidos pelo Estado do Pará de 
 existência de divergência na aplicação do julgado no 
 RE 596.478 entre os Tribunais de Justiça do Estado do 
 Pará e do Estado de Minas Gerais, uma vez que se 
 pode constatar do precedente do STF, que o Excelso 
 Pretório está reformando as decisões do Tribunal 
 Mineiro. Nesta esteira, colaciono o precedente do STF, 
 segundo o qual a orientação contida no RE n. 
 596.478/RR-RG, também se aplica aos contratos 
 te mporários declarados nulos, contratos estes que 
 apesar de realizados sob o regime estatutário, sua 
 desobediência às normas constitucionais descaracteriza 
 o critério temporário da contratação, consoante 
 entendimento de ambas as turmas da Suprema Corte, in 
 verbis: EMENTA Agravo regimental no recurso

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