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Economia Industrial, da Tecnologia e Inovação- Aula 3 Efeito Substituição, efeito renda e a escolha sob incerteza

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Economia industrial, da tecnologia e inovação
Aula 3: Efeito Substituição, efeito renda e a escolha sob
incerteza
Apresentação
Esta aula está dividida em duas partes. Na primeira, abordaremos os diferentes tipos de bens – normais, inferiores e de
Giffen – e os efeitos renda e substituição a eles associados.
São temas muito próximos ao cotidiano do consumidor. Por exemplo, será estudado como o consumidor altera sua cesta
de consumo quando sua renda diminui.
Na segunda parte da aula, o tema será o signi�cado e importância do risco e incerteza. Esses conceitos podem parecer
sinônimos, mas, na verdade, são diferentes, como veremos. Todos os consumidores desejam minimizar o risco e a
incerteza e estudaremos como isso pode ser feito.
Objetivos
Explicar o impacto dos efeitos substituição e renda sobre o equilíbrio entre oferta e demanda;
Distinguir os conceitos de incerteza e risco.
Bens normais, Bens Inferiores e Bens de Giffen
Sua renda real (poder aquisitivo) aumenta só quando se eleva seu salário? A maioria das pessoas responderia a�rmativamente
a essa pergunta, o que estaria errado. Se seu salário for o mesmo, mas os preços baixarem, seu poder de compra aumenta.
Uma queda de preço tem o mesmo efeito de um aumento de renda.
Mas, e se apenas o preço de um produto que você consome cair, qual deve ser sua reação? Consumir mais desse produto, o
que poderá afetar negativamente o consumo de outros bens, que seriam substituídos pelo que �cou mais barato – vide o que
discutimos sobre curvas de indiferença na aula anterior.
Esses pontos são apresentados na Microeconomia como:
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
Efeito substituição
O consumo de um produto aumenta
porque seu preço diminuiu e isso afeta
negativamente as compras dos demais
produtos, mantendo-se constante o nível
de renda (satisfação).

Efeito renda
O consumo da mercadoria se eleva
porque a renda do consumidor
aumentou, não havendo alteração nos
preços.
Mas, antes de chegarmos a esse ponto, é importante diferenciarmos três tipos de bens:
Bens normais: o efeito renda e substituição têm efeito positivo. Se o preço cai, aumenta o consumo, pois a pessoa está com
maior renda e porque optou por consumir mais do produto que barateou e menos dos demais. Portanto, ocorre também uma
substituição.
Bem inferior: aquele cuja demanda diminui à medida que a renda aumenta. Teriam, portanto, elasticidade-renda negativa . Um
exemplo é carne de segunda (ex.: costela, paleta, fraldinha e acém.). Com o aumento de renda, consome-se menos carne de
segunda e mais carne de primeira (ex.: maminha, contra�lé, picanha, �lé mignon e alcatra). Estamos supondo que os preços
não se alterem.
Nos bens inferiores, o efeito renda é negativo e o de substituição é positivo, predominando o impacto positivo. O aumento de
renda tem impacto negativo sobre o consumo do bem, mas, como seu preço cai, o efeito substituição é positivo.
Exemplo
Você teve um aumento de salário e, em função disso, quer diminuir o consumo de carne de segunda (efeito renda negativo). Mas,
como, ao mesmo tempo, o preço caiu, você acaba, meio a contragosto, consumindo mais desse tipo de carne em detrimento da
carne de primeira (efeito substituição positivo).
Bens de Giffen: são um caso atípico de bens inferiores. Mesmo com queda de preço, cai seu consumo. É como se o
consumidor desejasse se livrar deles na primeira oportunidade, desviando sua renda para outros produtos.
Com a diminuição do preço, pode-se diminuir, pelo menos, um pouco o consumo desses bens e redirecionar o gasto para
outras mercadorias. Logo, ocorre uma substituição de produtos na cesta de bens. Portanto, o efeito substituição é positivo e o
efeito renda negativo, predominando o efeito renda. É um paradoxo e uma exceção à lei de oferta e demanda.
Efeito substituição e Efeito renda
Veremos agora o efeito substituição (também chamado de efeito substituição de Slutsky) e efeito renda por meio de grá�cos
(PINDYCK; RUBINFELD, 2013).
No Grá�co 1, vemos o efeito renda e substituição no caso dos bens normais. Incialmente, estamos no ponto A. É o ponto de
equilíbrio em que a curva de indiferença tangencia a reta de restrição orçamentária (ou reta de orçamento) RS. Esta ( ) é a
mais elevada curva de indiferença que é possível tangenciar dado o limite no orçamento do consumidor (RS).
Esse equilíbrio é modi�cado devido à queda do preço da alimentação. Com isso, pode-se comprar mais alimentos do que antes
e, portanto, a reta orçamentária muda de inclinação passando a ser RT. O novo ponto de equilíbrio é B, em que se consome
mais alimentos – que estão mais baratos – e menos vestuário que no ponto A. Houve uma troca de vestuário por alimentação.
Essa mudança foi fruto tanto do efeito renda quando do efeito substituição. Os dois efeitos podem ser visualizados
separadamente utilizando-se um pequeno artifício.
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
U1 U1
Suponha que o consumidor esteja em U1, mas que apenas tenha mudado a
relação entre o preço de vestuário e alimentos, que agora é a mesma de RT,
e a renda não se alterou. Com isso, temos uma nova reta de orçamento,
paralela à RT, pois tem a mesma inclinação, e um novo ponto de equilíbrio D.
Grá�co 1: Efeito Substituição e Efeito
renda – caso dos Bens Normais
Assim, isolamos os dois efeitos. A mudança de consumo de
alimentos de A (ponto A) até E (ponto D) se deve apenas ao
efeito substituição, pois não houve elevação de renda.
Portanto, o deslocamento de E até A (ponto B, novo ponto
de equilíbrio) se deve apenas ao efeito renda. Note que os
dois efeitos vão na mesma direção, de aumento do
consumo de alimentos (PINDYCK; RUBINFELD, 2013).
1
2
 Fonte: Pindyck e Rubinfeld, 2013.
 Fonte: Pindyck e Rubinfeld, 2013.
Grá�co 2: Efeito Substituição e Efeito
renda – caso dos Bens Inferiores
Vejamos agora o que ocorre quando se trata de um bem
inferior (Grá�co 2). A lógica das mudanças nos pontos de
equilíbrio é a mesma do Grá�co 1.
A diferença aqui, como se trata de um bem inferior, é o
efeito renda, agora negativo. Se dependesse só do efeito
substituição, o aumento de consumo de alimentos iria de A
até E. Mas, como o efeito renda está presente, a quantidade
consumida recua de E para A .
1
2
Grá�co 3: Efeito Substituição e Efeito
renda – caso dos bem de Giffen
Dentro da mesma sequência de passos, veremos agora o
que ocorre quando se trata de um bem de Giffen (Grá�co 3).
Nesse caso, vemos que o efeito substituição –
deslocamento de E para A – é menor que o efeito renda –
deslocamento de A até A . O saldo, portanto, é negativo e,
no novo ponto de equilíbrio B, temos menor consumo de
alimentos que no ponto inicial A.
2
2 1
 Fonte: Pindyck e Rubinfeld, 2013.
Risco e Incerteza
Até agora, adotamos o pressuposto de que os agentes econômicos são racionais. Mas, como agir com racionalidade se o
mundo é permeado por incertezas?
Veremos, então, como a teoria econômica, e a Microeconomia em particular, lida com o tema da incerteza e como é possível
minimizá-la. O primeiro passo é diferenciar incerteza de risco.
É impossível prever o futuro, costuma-se dizer que ele a Deus pertence. Mas alguns fatos são, até certo ponto, previsíveis e
outros, não. Numa situação que envolve risco, sabemos o que pode acontecer e a probabilidade de cada alternativa possível.
Por exemplo, quando jogamos uma moeda, conhecemos os dois resultados possíveis, cara ou coroa, e a probabilidade é de
50% para cada alternativa.
No caso de uma situação de incerteza, temos ciência do que pode acontecer, mas não a probabilidade de cada alternativa
possível.
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
Exemplo
Por exemplo, amanhã ou daqui a um mês, a bolsa vai fechar estável, em alta ou em baixa? Só há três possibilidades, mas não
sabemos objetivamente a probabilidade de cada uma. Ser racional, nessa situação, é apostar na alternativa que você considere
mais provável, com base na sua experiência, visto que um estudo objetivo de probabilidadesnão existe. É a chamada
probabilidade subjetiva, a qual varia de pessoa a pessoa.
Segundo Keynes, para os economistas neoclássicos ortodoxos, em situações de incerteza, os agentes comportam-se
racionalmente e os resultados possíveis são determinados objetivamente. Já Keynes concordava com a racionalidade, mas
a�rmava que os resultados eram determinados subjetivamente. Portanto, para uma mesma situação, um indivíduo poderia
listar 3 possíveis resultados e outro 4.
Existe risco bom?
Sim, alguns riscos são bons. O risco pode levar a uma mudança de comportamento que traga consequências bené�cas para a
pessoa ou para a empresa.
Um exemplo disso é o hábito de fumar cigarro, que diminuiu muito depois que �cou estabelecido, por vários estudos, que os
fumantes tinham muito mais chance de ter câncer no pulmão do que os não fumantes. Por conta dessa mudança, um número
maior de pessoas passou a ter uma vida mais longa e saudável.
No entanto, há riscos que deveriam, mas não se tornam oportunidades.
Segundo pesquisa da Associação Brasileira das Entidades dos
Mercados Financeiro e de Capitais (ANBINA), 85% dos brasileiros
têm consciência da importância de se ter uma poupança para ser
utilizada em situações emergência. No entanto, 52% dos brasileiros
não têm reserva �nanceira. Qual seria o motivo, baixa renda,
consumismo ou falta de educação �nanceira? Esse é um bom ponto
para discussão.
Numa situação de risco, sabe-se de forma objetiva como agir. Vejamos um exemplo (PINDYCK; RUBINFELD, 2013). Suponha
que você tenha duas opções de emprego, uma com renda �xa e outra variável, pois depende das vendas.
No primeiro caso, você ganharia praticamente todo mês (probabilidade de 99%) R$ 1.510,00. Mas, se a �rma fechasse, você
receberia só R$ 510,00 (probabilidade de 1%).
No segundo caso, sua renda poderia ser R$ 2.000,00 ou R$ 1.000,00, com probabilidade de 50% para cada alternativa. Qual
seria seu rendimento esperado em cada situação? Trata-se um caso de cálculo de média ponderada, sendo os salários
ponderados pelas suas probabilidades. Vejamos como se calcula:
Calculo do rendimento esperado
Salário variável 
0,5 x 2.000 + 0,5 x 1.000 = 1.500
Salário �xo 
0,99 x 1.510 + 0,01 x 510 = 1.500
O rendimento esperado é o mesmo. Mas existe uma diferença, a
variabilidade no salário �xo é muito menor. Chegamos a essa
conclusão, que é muito intuitiva, calculando o desvio médio de cada
opção.
Cálculo dos desvios (em módulo)
Salário variável 
Rendimento (médio) esperado = 1.500 
Desvios são calculados em relação ao rendimento esperado (em módulo) 
2.000 – 1.500 = 500 
1.000 – 1.500 = – 500, portanto 500 em módulo.
Salário �xo 
Rendimento (médio) esperado = 1.500 
Desvios em relação ao rendimento esperado (em módulo) 
1.510 – 1.500 = 10 
510 – 1.500 = – 990, portanto 990 em módulo.
Cálculo do desvio médio
Novamente, é uma média ponderada, sendo os desvios ponderados pelas probabilidades.
Salário variável 
0,5 x 500 + 0,5 x 500 = 500
Salário �xo 
0,99 x10 + 0,01 x 990 = 19,80
Portanto, vimos que, nesse caso, quem recebe salário �xo tem menos risco (19,80) do que quem recebe uma renda variável
(500). Logo, quem prefere tranquilidade e, portanto, tem aversão ao risco (vide tópico a seguir) deve optar pelo salário �xo.
Note que a oscilação (desvio) em relação ao valor esperado é a forma mais comum e objetiva de se mensurar o risco. Quanto
maior a oscilação, maior o risco.
Preferências de risco
Se você faz aplicações �nanceiras, em algum momento seu banco ou corretora vai pedir para você preencher um questionário
para determinar seu per�l de investidor. Existem basicamente três per�s possíveis:
1
Conservador
2
Arrojado
3
Moderado
O banco deve, pelas normas vigentes, oferecer produtos associados ao seu per�l. O objetivo do questionário é identi�car o nível
de aversão ao risco do cliente.
Há pessoas que têm aversão ao risco (a maioria), existem as apreciadoras de risco e as neutras.
Quem tem aversão ao risco prefere um salário �xo a um que seja variável que tenha o mesmo valor e investe em títulos
de renda �xa e na caderneta de poupança.
Já o apreciador de risco investiria em ações e aceitaria bem um salário variável.
Por último, o neutro seria indiferente às duas situações.
Pessoas com aversão ao risco estariam dispostas a pagar o que se chama de prêmio de risco para se tornarem indiferentes
entre uma escolha que envolva risco e outra que não envolva.
Exemplo
No �lme Invasões Bárbaras de Denys Arcand , há um personagem (Sébastien) que vive da venda de prêmios de risco. Seus
clientes são pessoas e principalmente empresas que têm renda/receita elevada, mas variável, o que as preocupa. No contrato que
�rmam com Sébastien, transferem para ele, todo mês, sua renda/receita variável e recebem em troca uma renda �xa (salário �xo).
Sébastien ganha com esse esquema, pois faz um estudo sobre o comportamento da renda variável nos últimos anos e calcula o
rendimento esperado – de forma similar ao visto no exercício no item anterior. Ele sempre paga a seus clientes menos que o
rendimento esperado – a diferença é seu lucro.
Os clientes não veem problema nisso, pois preferem receber menos, mas ser uma quantia garantida. Portanto, ele ganha dinheiro
vendendo segurança por meio da compra do risco de terceiros e, com isso, diminui (ou elimina) a incerteza de receita de seus
clientes.
Como minimizar o risco e a incerteza
A forma de minimizar o risco e a incerteza é criando instituições, associando a elas instrumentos e políticas que tenham esse
objetivo. A chamada Economia Institucional trata dessas questões.
Esse ramo da ciência econômica tem ganhado peso nas últimas décadas e quatro de seus membros ganharam prêmio Nobel
de economia: Ronald Coase (1910-2013), Douglass North (1920-2015), Elinor Ostrom (1933-2012)  e Oliver E. Williamson
(1923).
As instituições são regras formais e informais que regem o comportamento de uma sociedade. As instituições podem ter sido
formalmente criadas em um determinado momento (ex.: Banco Central) ou serem fruto de uma tradição, às vezes secular (ex.:
prática de dar gorjetas) (BRUE; GRANT, 2017).
Um dos instrumentos institucionais mais antigos criados para dar segurança a transações econômicas é o contrato, em que se
especi�cam os direitos e deveres de cada parte envolvida.
Vários estudos mostram que ter boas instituições é um pré-requisito para o desenvolvimento de um país . Um exemplo disso é
o poder judiciário, uma instituição de peso em qualquer país democrático. Quando funciona adequadamente, contribui para dar
segurança jurídica às transações econômicas e combater a corrupção, duas importantes pré-condições para o
desenvolvimento de uma nação.
 Fonte: Shutterstock.
Para minimizar a incerteza do consumidor ao comprar uma
mercadoria ou serviço, foram criadas várias instituições: o
Código de defesa do consumidor, os Procons, e os sites
onde se comparam preços e se avaliam produtos e
empresas comerciais. No mercado �nanceiro, a incerteza é
minimizada pela �scalização do Banco Central e da
Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Existem ainda práticas e produtos que contribuem para
diminuir o risco e a incerteza. No mercado �nanceiro, é
comum os investidores diversi�carem suas aplicações para
diminuir o risco. Assim, se uma aplicação estiver dando
prejuízo, pode ser compensado por outra que esteja indo
bem.
 Fonte: Globo
<https://s2.glbimg.com/eFEVT0UwgsfSWZVd140Wc8BkAq0=/75x0:755x494/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_63b422c2caee4269b8b34177e8876b93/internal_photos/bs/2019/n/V/vh4as
101-cvm-c1.jpg> .
Isso vale também para o comerciante. Veja o caso das bancas de jornal, que estão vendendo cada vez menos jornais e revistas
e cada vez mais apostilas para concursos, cigarros, biscoitos e refrigerantes.
Seguro é um produto cuja função especí�ca é diminuir o dano de um eventual risco, dando, assim, mais proteção ao seu
comprador. Seguradoras são empresas que, em função de seu ofício, fazem estudos detalhados sobre riscos e suas
probabilidades.Por isso, os seguros de carro para mulher são mais baratos do que para os homens. As estatísticas mostram
que as mulheres se envolvem menos em acidentes.
Minimizando o risco – títulos com taxas de juros negativas
Vários governos europeus e o Japão estão atualmente (2019) vendendo títulos da dívida pública com taxas de juros negativas.
Portanto, quem os compra terá prejuízo. Mesmo assim, a demanda continua grande, o que aparentemente não faz sentido.
https://s2.glbimg.com/eFEVT0UwgsfSWZVd140Wc8BkAq0=/75x0:755x494/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_63b422c2caee4269b8b34177e8876b93/internal_photos/bs/2019/n/V/vh4asJTQWy1xEY6vXRXQ/foto15fin-101-cvm-c1.jpg
A explicação está no fato de que os títulos do governo de países
desenvolvidos são considerados os mais seguros do mercado. Ninguém
espera, por exemplo, que o governo do Japão vá quebrar e dar calote na sua
dívida. Como o ambiente é de incerteza – fala-se na possibilidade de uma
recessão mundial –, é prudente aplicar, pelo menos parte dos recursos, no
que é seguro. Todo seguro tem seu preço, nesse caso é o juro negativo.
 Atividade
1. Sua renda real (poder aquisitivo) aumenta só quando se eleva seu salário? Justi�que sua resposta.
2.Assinale a alternativa correta.
a) Todos os bens inferiores são bens de Giffen.
b) Os bens normais e o efeito renda e substituição têm efeito negativo.
c) Os bens inferiores têm aumento de demanda quando sobe a renda.
d) O efeito renda e substituição agem sempre na mesma direção.
e) Todas as alternativas estão incorretas.
3.Assinale a alternativa incorreta.
a) A queda no preço de um bem muda a inclinação da reta de restrição orçamentária.
b) A queda no preço de um bem possibilita que o ponto de equilíbrio seja numa curva de indiferença mais elevada.
c) Quando a curva de indiferença tangencia a reta de restrição orçamentária encontramos o ponto de equilíbrio.
d) Nos bens inferiores, o efeito renda e efeito substituição atuam em direções contrárias.
e) Nos bens inferiores, o efeito renda tem maior impacto do que o efeito substituição.
4. Assinale a alternativa incorreta.
a) Riscos podem gerar oportunidades de negócio.
b) Lidar com a incerteza faz parte do cotidiano de um economista.
c) O risco é mensurável.
d) O futuro é sempre incerto.
e) A incerteza é sempre maior que o risco.
5. A partir dos dados abaixo, calcule a renda esperada e o seu desvio médio de uma pessoa que tem remuneração variável.
R$ 2.000,00 probabilidade 70% 
R$ 4.000,00 probabilidade 30%
O resultado encontrado é respectivamente:
a) 2650 e 860.
b) 2700 e 870.
c) 2400 e 720.
d) 265 e 530.
e) Nenhuma das respostas anteriores.
Notas
Título modal 1
Lorem Ipsum é simplesmente uma simulação de texto da indústria tipográ�ca e de impressos. Lorem Ipsum é simplesmente
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Referências
ACEMOGLU, D.; ROBINSON, J. Por que as nações fracassam? – as origens do poder, da prosperidade e da pobreza. 1. ed. Rio
de Janeiro: Elsevier, 2012.
BRUE, S.; GRANT, R. R. História do Pensamento Econômico. 3. ed. São Paulo: Ceangage Learning, 2017.
CARVALHO, F. Keynes on expectations, uncertainty and defensive behavior. Brazilian Keynesian Review. 1(1). P. 44-54. 
semester/2015.
PINDYCK, R. S.; RUBINFELD, D. L. Microeconomia. 8. ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2004. cap 4. p. 107-150.
1
st
Próxima aula
Produção e Tecnologia.
Explore mais
Assista a alguns �lmes muito bons sobre o mercado �nanceiro. Eles podem dar abertura para boas discussões. Dentre os
vários disponíveis, três se destacam e podem ser alugados no YouTube:
Trabalho Interno <https://youtu.be/R5IFQ5dW2Ck> , um ótimo documentário sobre a crise �nanceira de 2007 que
ganhou o Oscar.
A Grande Aposta <https://youtu.be/zFKCDzoP3nw> , baseado em fatos reais, ganhou Oscar de melhor roteiro. Ele
trata de como um grupo de investidores surpreendentemente previu e lucrou com a crise �nanceira de 2007.
O Lobo de Wall Street <https://youtu.be/944F0paMei0> , concorreu ao Oscar. É sobre um grande corretor �nanceiro
que �cou milionário praticando fraudes e acabou preso por isso.
Leia Economia das Crises, de Nouriel Roubini e Stephem Mihm, Editora Intrínseca, 2014. Roubini é uma das poucas
exceções da famosa discussão: Por que os economistas não vislumbraram o risco de uma grande crise �nanceira em
2007?
Leia A Lógica do Cisne Negro – o impacto do que é altamente improvável de Nassim Taleb, pela editora Best Bussiness,
2015. Esse livro também trata do tema risco e previsões.
Assista ao vídeo de Nassim Taleb em  entrevista legendada em espanhol (1/2).
Leia O sinal e o ruído - porque tantas previsões falham e outras não, de Nate Silver, Editora Intrínseca, 2002. Talvez o melhor
livro sobre previsões (de todos os tipos) e suas probabilidades.
Leia Subliminar: Como o inconsciente in�uencia nossas vidas, de Leonard Mlodinow, Editora Zahar, 2013. O livro explica
como somos menos racionais do que imaginamos e damos pouca importância às probabilidades.
Leia Por que as nações fracassam, de Acemoglu e Robinson, Editora Elsevier, 2012. Livro sobre a importância das
instituições no desenvolvimento de um país.
Assista ao vídeo que comenta e resume Por que as nações fracassam.
Assista à Pesquisa de Orçamentos Fam iliares do IBGE para saber o que o brasileiro consome e como sua cesta de bens foi
se alterando ao longo do tempo <https://youtu.be/8mAnWoY0RrU> .   
https://youtu.be/R5IFQ5dW2Ck
https://youtu.be/zFKCDzoP3nw
https://youtu.be/944F0paMei0
https://youtu.be/8mAnWoY0RrU

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