Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 SARAMPO TEORIA Prof. Rebeca Rocha Doença infecciosa grave/ Alta Contagiosidade; Vírus RNA do gênero Morbillivirus e da família Paramyxoviridae; Mantém-se como um problema de saúde pública; Pode evoluir com complicações e óbito, principalmente em crianças desnutridas e menores de 1 ano de idade. SARAMPO www.romulopassos.com.br - 2 Quadro clínico Febre alta ≥38,5ºC; Exantema máculo- papular. Inicia-se na região retroauricular e depois atinge todo o corpo. Tosse, coriza; Conjuntivite; Manchas de Koplik (pequenos pontos brancos na mucosa bucal, antecedendo o exantema; SARAMPO www.romulopassos.com.br Por meio de secreções nasofaríngeas, expelidas ao tossir, espirrar, falar ou respirar. Transmissão 4 dias antes a até 4 dias depois após o aparecimento das lesões cutâneas. Transmissibilidade SARAMPO www.romulopassos.com.br - 3 Os lactentes cujas mães já tiveram sarampo ou foram vacinadas possuem, temporariamente, anticorpos transmitidos por via placentária, conferindo imunidade, geralmente, ao longo do primeiro ano de vida, o que interfere na resposta à vacinação. Imunidade SARAMPO www.romulopassos.com.br Transmissibilidade Até 4 dias após o início do exantema SARAMPO www.romulopassos.com.br - 4 Período de incubação Dura 10 dias podendo variar de 7 a 18 dias desde a data da exposição até o aparecimento da febre, e cerca de 14 dias até o início do exantema. SARAMPO www.romulopassos.com.br Tratamento Antitérmicos, e em casos de xeroftalmia adm. vitamina A; Hidratação oral; Terapia nutricional com incentivo ao aleitamento materno; Higiene adequada dos olhos, da pele e das vias aéreas superiores. Sintomático SARAMPO www.romulopassos.com.br - 5 Complicações do Sarampo: Infecções respiratórias (pneumonia); Otites; Doenças diarreicas; e Doenças neurológicas, como a encefalite, que pode ocorrer mesmo após o 20º dia de doença. A panencefalite esclerosante subaguda (PESS) é uma doença neurodegenerativa fatal, rara, e que pode desenvolver 7 a 10 anos após a infecção por sarampo. www.romulopassos.com.br SARAMPO Caso suspeito Todo indivíduo que, independente da idade e situação vacinal, apresentar febre e exantema maculopapular, acompanhados de um ou mais dos seguintes sintomas: tosse e/ou coriza e/ou conjuntivite. Surto Um único caso de sarampo confirmado pelo critério laboratorial é considerado surto no Brasil. O surto só será considerado encerrado quando não houver novos casos após 90 dias da data do exantema do último caso confirmado. www.romulopassos.com.br - 6 Fonte: http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/png/2018/julho/11/tabela1-sarampo.png www.romulopassos.com.br A melhor forma de evitar surtos de doenças imunopreveníveis, como o sarampo, é mantendo a população protegida através da vacinação. www.romulopassos.com.br - 7 Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) e na Tetra viral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela) Via subcutânea 0,5 mL 1ª dose aos 12 meses- Tríplice viral; 2ª dose aos 15 meses- Tetra viral, caso a criança já tenha recebido a 1ª dose com a tríplice viral. O prazo para a administração da vacina tetra viral é de até 4 anos, 11 meses e 29 dias, acima desta faixa etária administrar a 2ª dose com a vacina tríplice viral. VACINA SARAMPO www.romulopassos.com.br Recomendações sobre o bloqueio vacinal: • Contatos a partir de 6 meses até 11 meses e 29 dias: - Administrar uma dose de tríplice viral (esta dose não é válida para a rotina, deve-se agendar a dose de rotina para os 12 meses de idade ou, caso a criança tenha recebido a dose de bloqueio com mais de 11 meses de idade, agendar a dose da rotina para 30 dias após); SARAMPO www.romulopassos.com.br - 8 Recomendações sobre a vacinação: • Contatos a partir de 12 meses até 49 anos: - Seguir o preconizado no calendário vacinal; e - Não sendo possível realizar todo o bloqueio em até 72 horas, as ações de vacinação devem ser mantidas até que todos os contatos tenham sido avaliados e vacinados conforme a situação encontrada; SARAMPO www.romulopassos.com.br Recomendações sobre a vacinação: • Pessoas com 50 anos ou mais: - Administrar uma dose de tríplice viral naquelas que não comprovarem vacinação anterior; - Não devem ser vacinadas pessoas imunocomprometidas, crianças menores de seis meses de idade, gestantes e o caso suspeito; - As mulheres em idade fértil vacinadas deverão evitar a gravidez por pelo menos um mês após a vacinação. SARAMPO www.romulopassos.com.br - 9 Não devem receber a vacina: - Casos suspeitos de sarampo; - Gestantes - devem esperar para serem vacinadas após o parto; - Menores de 6 meses de idade; - Imunocomprometidos. SARAMPO www.romulopassos.com.br São considerados vacinados: - Pessoas de 12m a 29 anos que comprovem duas doses de vacina com componente sarampo/caxumba/rubéola; - Pessoas de 30 a 49 anos que comprovem uma dose de Tríplice Viral; - Profissionais de saúde independente da idade: duas doses de Tríplice Viral. SARAMPO www.romulopassos.com.br - 10 SARAMPO Notificação Compulsória Todo caso suspeito de sarampo deve ser comunicado por telefone à SMS dentro das primeiras 24 horas após o atendimento do paciente e também à SES, por telefone, fax ou e- mail, para acompanhamento junto ao município. www.romulopassos.com.br www.romulopassos.com.br - 11 SARAMPO QUESTÕES COMENTADAS Prof. Rebeca Rocha 1. (PREFEITURA DE MARILÂNDIA-ES/IDECAN/2016) O sarampo é uma doença que vem tendo aspectos de reemergência em algumas áreas no Brasil. Sobre a vacina profilática dessa patologia, é correto afirmar que é dada: a) apenas em áreas indenes. b) de forma isolada em crianças de 15 meses (1ª dose). c) ao nascer, segundo nosso calendário vacinal vigente. d) em conjunto com as vacinas contra varíola e caxumba aos 12 meses, segundo nosso calendário nacional. www.romulopassos.com.br - 12 (EBSERH/CESPE-CEBRASPE/2018) No que se refere a doenças prevalentes na infância e na adolescência, julgue o item subsecutivo. 2. Uma criança imigrante de oito anos de idade que apresenta quadro clínico compatível com sarampo deverá ser afastada da escola a partir do momento que apresentar exantema. www.romulopassos.com.br (EBSERH/CESPE-CEBRASPE/2018) No que se refere a doenças prevalentes na infância e na adolescência, julgue o item subsecutivo. 3. No sarampo, febre por mais de 3 dias, após o aparecimento do exantema, é sinal de alerta, pois pode indicar o aparecimento de complicações, como infecções respiratórias, otites, doenças diarreicas e neurológicas. www.romulopassos.com.br - 13 4. (EBSERH/HUPEST-UFSC/IBFC/2016) O Sarampo é RNA vírus pertencente ao gênero Morbillivirus, família Paramyxoviridae. Sobre esta doença, assinale a alternativa correta. a) A doença ocorre de forma indireta e é considerada de baixa contagiosidade. b) Lactentes, cujas mães já tiveram sarampo ou foram vacinadas, possuem imunidade passiva conferida por anticorpos transmitidos pela via transplacentária. c) De um modo geral, apenas as crianças são suscetíveis ao vírus do sarampo. www.romulopassos.com.br 4. (EBSERH/HUPEST-UFSC/IBFC/2016) d) O período de incubação é de geralmente 5 dias, podendo variar de 3 a 7 dias, desde a data da exposição até o aparecimento da febre, e cerca de 7 dias até o início do exantema. e) A imunidade via transplacentária é permanente, razão pela qual não causa interferência na resposta à vacinação em menores de 12 meses de vida. www.romulopassos.com.br - 14 5. (Pref. Erval Velho-SC/UNOESC/2018) Na rotina dos serviços de saúde, a vacinação contra o sarampo deve ser realizada conforme as indicações do Calendário Nacional de Vacinação (Portaria n. 1.533, de 18 de agosto de 2016, do Ministério da Saúde e Nota Informativa n. 384, de 2016/CGPNI/DEVIT/SVS/MS, que trata das mudanças do Calendário Vacinal). Dessa forma, analise as alternativas e indique a correta. a) Para indivíduos a partir dos 12meses até os 29 anos de idade, administrar duas doses de vacina com componente sarampo (tríplice viral e/ou tetraviral), conforme situação vacinal encontrada. b) Aos 18 meses de idade, administrar uma dose da vacina tetraviral. Com essa dose busca-se completar o esquema de vacinação contra o sarampo, caxumba e rubéola, e administrar uma dose da vacina varicela. www.romulopassos.com.br 5. (Pref. Erval Velho-SC/UNOESC/2018) c) A vacina tetraviral pode ser administrada até os sete anos de idade. Após essa faixa etária, completar o esquema com a vacina tríplice viral. d) Para pessoas de 30 a 49 anos de idade, recomendam-se duas doses da vacina tríplice viral, conforme situação vacinal encontrada. www.romulopassos.com.br - 15 6. (Téc. Enfermagem/UFAM/COMVEST/2018) O cálculo da eficácia de vacinas em ocasiões de surto epidêmico é um procedimento muito útil. Considere que em uma escola houve um surto de sarampo. Após avaliação da vigilância epidemiológica, foi constatado que houve 5 casos de sarampo em vacinados e 91 casos de sarampo em não vacinados. As taxas de ataque de sarampo foram: 3,7% e 46,2%, respectivamente. Com isso, foi possível identificar que a eficácia da vacina foi de 91,9%. Considerando que nessa população não ocorreu a proteção de 100%, assinale a alternativa que mais se adequa à conduta dos serviços de saúde pública, no caso de controle do sarampo: a) Não recomendar a vacinação. b) Recomendar a vacinação apenas para adultos. www.romulopassos.com.br 6. (Téc. Enfermagem/UFAM/COMVEST/2018) c) Revacinar todas as crianças que adoeceram por sarampo. d) Levantar a situação vacinal das pessoas da escola e realizar vacinação. e)Nunca fazer bloqueio vacinal em situações de surto epidêmico de sarampo. www.romulopassos.com.br - 16 7. (Téc. Enfermagem/UFPR/2018) Considerando o atendimento de um adolescente com suspeita de sarampo em unidade básica de saúde, devem- se adotar precauções: a) de contato e para gotículas. b) padrão e aéreas. c) aéreas e de contato. d) de contato e para aerossóis. e) universais e para gotículas. www.romulopassos.com.br 8. (ENFERMEIRO/AL-RR/FUNRIO/2018) O sarampo é uma doença infecciosa aguda, viral, transmissível, extremamente contagiosa e muito comum na infância. O(s) sinal(is) patognomônico(s) do sarampo, que desaparece(m) de 24 a 48 horas após o início da erupção, é(são) denominado(s) Sinal(is) de: a) Hoffman. b) Koplik. c) Chadwick. d) Kluge. www.romulopassos.com.br - 17 9. (Téc. Enfermagem/UFRN/COMPERVE/2018) Em face da situação epidemiológica atual do sarampo no Brasil, a prioridade do Programa Nacional de Imunização é a vacinação de crianças, adolescentes e adultos até 49 anos de idade. De acordo com o calendário de vacinação da infância, a vacinação rotineira para crianças deve ser no esquema de: a) duas doses, preferencialmente aos 12 e 15 meses de idade, podendo ser realizada com as vacinas tríplice viral e tetra viral respectivamente. b) duas doses, preferencialmente aos 03 e 05 meses de idade, podendo ser realizada com as vacinas tríplice viral e tetra viral respectivamente. www.romulopassos.com.br 9. (Téc. Enfermagem/UFRN/COMPERVE/2018) c) três doses, preferencialmente aos 02, 04 e 06 meses de idade, podendo ser realizada com as vacinas tríplice bacteriana ou pentavalente. d) três doses, preferencialmente aos 06, 08 e 12 meses de idade, podendo ser realizada com as vacinas tríplice bacteriana ou pentavalente. www.romulopassos.com.br - 18 10. (Téc. Enfermagem/EBSERH/HUGG-UNIRIO/IBFC/2017) No Brasil, são doenças de notificação compulsória imediata: a) Síndrome da Rubéola Congênita, Sífilis adquirida, congênita e em gestante b) Tétano, Toxoplasmose Gestacional e Congênita c) Raiva Humana, Sarampo e Rubéola d)Tuberculose, Leishmaniose Visceral e Leishmaniose Tegumentar Americana e) HIV/AIDS - Infecção pelo Vírus da Imunodefciência Humana ou Síndrome da Imunodefciência Adquirida, Hepatites Virais e Hanseníase www.romulopassos.com.br 11. (Residência Multiprofissional da UFG/COREMU/2019) Desde fevereiro de 2018, o vírus do sarampo está em circulação nos estados de Roraima e do Amazonas e, em junho do mesmo ano, o Rio Grande do Sul confirmou cinco casos da doença. De acordo com o Plano de Contingência para Resposta a Emergência em Saúde Pública/Sarampo (SVS/MS), esse cenário epidemiológico no Brasil corresponde ao nível 3 de Resposta e Alerta. Para o controle dessa doença, após o atendimento do paciente, o profissional de saúde deve adotar, dentre outras, as seguintes medidas: notificar, dentro das primeiras www.romulopassos.com.br - 19 11. (Residência Multiprofissional da UFG/COREMU/2019) a) 12 horas, todo caso suspeito da doença, por telefone, à Secretaria Estatual de Saúde e, por telefone, fax ou e-mail, à Secretaria Municipal de Saúde, para acompanhamento do caso junto ao estado. Registrar a notificação no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). b) 24 horas, todo caso suspeito da doença, por telefone, à Secretaria Municipal de Saúde e, por telefone, fax ou e-mail, à Secretaria Estatual de Saúde, para acompanhamento do caso junto ao município. Registrar a notificação no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). www.romulopassos.com.br 11. (Residência Multiprofissional da UFG/COREMU/2019) c) 48 horas, todo caso suspeito da doença, por telefone, à Secretaria Estatual de Saúde e, por telefone, fax ou e-mail, à Secretaria Municipal de Saúde, para acompanhamento do caso junto ao estado. Registrar a notificação no Sistema de Informação de Agravos de Notificação Específico para Sarampo. d) 72 horas, todo caso suspeito da doença, por telefone, à Secretaria Municipal de Saúde e, por telefone, fax ou e-mail, à Secretaria Estatual de Saúde, para acompanhamento do caso junto ao município. Registrar a notificação no Sistema de Informação de Agravos de Notificação Específico para Sarampo. www.romulopassos.com.br - 20 12. (Residência Multiprofissional da UFPA/CEPS/2018) Segundo o Guia de Vigilância em Saúde (Brasil, 2017), o sarampo é uma doença viral, infecciosa aguda, potencialmente grave, transmissível, extremamente contagiosa e comum na quadra infantil. Sobre esta doença, é correto afirmar: a) O vírus é de DNA, pertencente ao gênero Morbillivirus, família Paramyxoviridae e tem como reservatório o homem. b) A transmissão ocorre por meio de perdigotos e aerossóis, com período de incubação de 3 a 7 dias. www.romulopassos.com.br 12. (Residência Multiprofissional da UFPA/CEPS/2018) c) As manifestações clínicas são febre alta (> 38,5°C), exantema máculo- papular generalizado, tosse, coriza, conjuntivite e manchas de Koplik (pequenos pontos brancos na mucosa bucal, antecedendo o exantema). d) As principais complicações são infecções respiratórias, cardiopatias, otites, doenças diarreicas e neurológicas, sendo indicada a hospitalização. e) Para diagnóstico sorológico, detectam-se os anticorpos IgG no sangue, na fase aguda da doença (desde os primeiros dias até 4 semanas após o aparecimento do exantema). www.romulopassos.com.br - 21 13. (Residência Multiprofissional da UPE/IAUPE/2019) Observe a notícia abaixo retirada de um site local: www.romulopassos.com.br 13. (Residência Multiprofissional da UPE/IAUPE/2019) A respeito da vigilância epidemiológica desse agravo, é INCORRETO afirmar que a) se trata de uma doença de notificação compulsória nacional. b) consiste em uma doença de investigação epidemiológica obrigatória imediata. c) constitui um caso suspeito de sarampo importado aquele em que o doente apresente história de viagem para fora do país, nos últimos 10 dias. www.romulopassos.com.br - 22 13. (Residência Multiprofissional da UPE/IAUPE/2019) d) constitui um caso suspeito aquele em que o paciente, independente da idade e situação vacinal, apresentar febre e exantema maculopapular, acompanhados de um ou mais dos seguintes sinais e sintomas: tosse e/ou coriza e/ou conjuntivite. e) constitui um caso suspeito de sarampo importadoaquele em que o doente apresente história de viagem para fora do país, nos últimos 30 dias. www.romulopassos.com.br BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Doenças infecciosas e parasitárias : guia de bolso. Brasília: Ministério da Saúde, 2010. ____. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Coordenação-Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviços. Guia de Vigilância em Saúde: volume único. 2.ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2017. ____. Prefeitura de São Paulo. Secretaria Municipal da Saúde. Coordenação de Vigilância em Saúde. Informe Técnico Sarampo e Rubéola. São Paulo: COVISA, 2018. BALLALAI, I.; MICHELIN, L.; KFOURI, R. Sarampo: Diagnóstico, notificação e prevenção. Nota Técnica. Sociedade Brasileira de Imunizações. São Paulo: SBIM, 2018. Referências Bibliográficas www.romulopassos.com.br - 23 www.romulopassos.com.br GABARITO 1 – D 2 – ERRADO 3 – CERTO 4 – B 5 – A 6 – D 7 – B 8 – B 9 – A 10 – C 11 – B 12 – C 13 – C www.romulopassos.com.br -
Compartilhar