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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ CURSO DE PEDAGOGIA PÂMELA DOS SANTOS OLIVEIRA PRÁTICAS LUDICAS, PEDAGOGICAS E SUA IMPORTANCIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE O APRENDER BRINCANDO. ANDRADINA 2020 PÂMELA DOS SANTOS OLIVEIRA PRÁTICAS LUDICAS, PEDAGOGICAS E SUA IMPORTANCIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE O APRENDER BRINCANDO. Trabalho de Projeto apresentado como exigência da disciplina PPE – Projeto Orientador : PROFª MARCIA FARIA ANDRADINA 2019 LINHA DE PESQUISA TEMA: EDUCAÇÃO DE CRIANÇAS DE 0 À 6 ANOS TÍTULO: PRÁTICAS LUDICAS, PEDAGOGICAS E SUA IMPORTANCIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE O APRENDER BRINCANDO. 1. INTRODUÇÃO A Educação Infantil desempenha um papel primordial no desenvolvimento integral da criança. Dentro do processo educacional, entendemos que trabalhar com dança e jogo se a brincadeira é garantir as crianças uma aprendizagem prazerosa e significativa, na qual estão inseridos os processos de interação, socialização, criatividade, imaginação e expressão livre/criativa. 1.1. APRESENTAÇÃO DO TEMA A importância da dança, das brincadeiras e dos jogos como ferramentas de um processo educacional, que para além de diversão estes recursos possibilitam a aprendizagem, pois a criança ao se submeter ao jogo, as brincadeiras e a dança, ela desenvolve suas capacidades, motoras, lingüísticas e cognitivas. No espaço escolar, a dança e os jogos são fundamentais no desenvolvimento da criança, pois ela desenvolve habilidades, aprende a se socializar. E buscamos por meio desta abordagem romper com a visão de que a escola é apenas o lugar de aprender a ler e escrever, pois ao inserir uma criança na educação infantil o trabalho que será feito é no sentido de que ela se desenvolva socialmente e cognitivamente, de forma lúdica, por meio de brincadeiras, dos jogos e da dança. Entendemos serem estas formas, as mais apropriadas a levarem as crianças a terem uma interação mais satisfatória entre elas mesmas, com o meio sociocultural e com os conhecimentos. 1.2. APRESENTAÇÃO DO PROBLEMA 1 – Qual a importância da ludicidade no desenvolvimento da aprendizagem infantil? 2 – Jogos, brincadeiras e dança: Qual sua importância para o desenvolvimento infantil? 1.3. OBJETIVO DA PESQUISA 1.3.1 OBJETIVO GERAL: Investigar qual a contribuição da dança, dos jogos e da brincadeira na educação infantil enquanto instrumentos para brincar e aprender. 1.3.2 OBJETIVOS ESPECIFICOS: 1. Buscar conhecer os benefícios que a dança e os jogos trazem para o desenvolvimento infantil. 2. Escrever as possibilidades de desenvolvimento da criança por meio dos jogos e da dança. 3. Compreender como o processo da aquisição conhecimentos e habilidades se dão por meio de brincadeiras e atividades lúdicas. 4. Compreender o valor dos jogos e das brincadeiras na educação infantil; e entender o brincar enquanto instrumento do aprender. 1.4 JUSTIFICATIVA DA PESQUISA Para este trabalho, entendemos o lúdico, como uma maneira eficaz de envolver a criança nas atividades, Salles e Kovaliczn (2007) destaca que “a atividade lúdica não é um fim em si mesma, faz parte de um processo pedagógico, do conteúdo, da sensibilização” (p.109), e a partir de Antunes (2000) ressalta que foi-se o tempo em que havia essa separação entre brincadeira, jogo pedagógico e atividade séria. Salles e Kovaliczn (2007) nos ajuda a compreendermos o significado e a importância destas atividades lúdicas, pontuando que “de acordo com Santos et al. (2000, p.57), ‘A palavra lúdico significa brincar. Nesse brincar estão incluídos os jogos, brinquedos e brincadeiras e é relativo também à conduta daquele que joga que brinca e que se diverte’.” (p.108) Como podemos observar, a ludicidade rompe com barreiras tradicionais, por meio dela, os laços provenientes das interações que as crianças estabelecem proporcionam estreitamento de laços, e do mesmo modo, promove o desenvolvimento da afetividade. Salles e Kovaliczn (2007) traduz a importância do lúdico no ensino, ressaltando que “o ensino lúdico quando ligado a comportamento de exploração e curiosidades, constitui o motor da aprendizagem e de descobrimento do mundo, porque permite estabelecer relações entre o conhecimento adquirido e formas de demonstração”. (p. 108) 2. LEVANTAMENTO DO REFERENCIAL DA PESQUISA Para Kishimoto os jogos educativos podem estimular o desenvolvimento físico e cognitivo das crianças. Da mesma forma, Vygotsky, Piaget e Wallon segundo Moraes (2002) apresentam o brincar e o jogo como elemento sempre presente para a formação e para o desenvolvimento infantil. Conforme assinala Freire ET AL (s/d, p.2) a partir de Winnicott (1975), “o brincar facilita o crescimento e em conseqüência promove o desenvolvimento”. Emerique (2004) assinala que, o brincar muitas vezes está associado ao que não é sério, um passatempo, algo sem utilidade, que não deve ser levado em conta, e que muitas vezes esta dificuldade é encontrada na própria escola, em face disto, a autora ressalta a necessidade de superar essa visão que opõe o sério ao lúdico, o brincar ao estudar, e que esta oposição passe a ser vista como complementação. Piaget, estudioso do desenvolvimento, entende que o jogo possui estreita relação com a construção da inteligência. Moraes (2012, p.43) pontua que para ele “as manifestações lúdicas estão intimamente ligadas à sequência dos estágios divididos por ele e acompanham o desenvolvimento da inteligência do indivíduo”. E o jogo, enquanto atividade lúdica constitui-se em um caráter educativo atuando nas áreas psicomotoras, afetivo e social, nesse sentido Moraes pontua que: Transferindo esta condição para a escola, observamos que as crianças da Educação Infantil brincam e jogam de uma forma e as crianças de idade mais avançada de outra. O jogo tem significado fundamental para o ser humano, e suas manifestações surgem, de acordo com o autor, à medida que o indivíduo vai amadurecendo e se tornando adulto. (2012, p.44) Além disso, ao fim do século XX, a educação infantil vive intensas transformações, embora tardio, houve um avanço legal no campo da educação infantil, com a Constituição de 1988 que passa a reconhecer legalmente as creches e pré-escolas, como parte do sistema educacional. E posteriormente na Lei de Diretrizes e Bases da Educação de 1996, estabelece em seu art. 4º, inciso IV que é dever do Estado com a educação escolar pública garantir o atendimento gratuito em creches e pré-escolas às crianças de zero a seis anos de idade; e no art.11º, inciso V que fica incumbido aos municípios, oferecer a educação infantil em creches e pré-escolas, no art. 29 que coloca a educação infantil, como primeira etapa da educação básica, tendo como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade, no art. 31 que estabelece que na educação infantil a avaliação se dará mediante acompanhamento e registro do seu desenvolvimento, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental. Essas mudanças resultaram em uma mudança de concepção, onde a educação infantil deixa de se constituir em caridade para se transformar legalmente em obrigação do Estado e direito da criança. Na busca por parâmetros para a educação das crianças que ainda não se encontram em idade escolar, encontramos um dos cadernos do MEC, apresentando critérios de qualidade para que a educação em creche respeite os direitos fundamentais das crianças, dos quais destacamos as seguintes assertivas: • Nossas crianças têm direito à brincadeira • Nossas crianças têm direito à atenção individual • Nossas crianças têm direito a um ambiente aconchegante, seguro e estimulante • Nossas crianças têm direito ao contato com a natureza • Nossas crianças têm direito a higiene e à saúde• Nossas crianças têm direito a uma alimentação sadia • Nossas crianças têm direito a desenvolver sua curiosidade, imaginação e capacidade de expressão • Nossas crianças têm direito ao movimento em espaços amplos • Nossas crianças têm direito à proteção, ao afeto e à amizade • Nossas crianças têm direito a expressar seus sentimentos • Nossas crianças têm direito a uma especial atenção durante seu período de adaptação à creche • Nossas crianças têm direito a desenvolver sua identidade cultural, racial e religiosa (CAMPOS e ROSEMBERG, 2009, p. 13) Por meio deste documento, podemos observar o grande avanço que houve no cuidado com as crianças, prevendo a interação com o ambiente visando estimular a curiosidade e a criatividade; assim como brinquedos para as diferentes faixas etárias, que estimulem diferentes usos e atividades; e até mesmo as cores do ambiente. Segundo o Ministério da Educação (2006, p.30): [...] as cores têm importância fundamental para os ambientes destinados à educação da primeira infância, pois reforçam o caráter lúdico, despertando os sentidos e a criatividade. O uso da cor, além do papel estimulante ao desenvolvimento infantil, pode ser também um instrumento eficaz de comunicação visual, identificando ambientes e setores. 3. REFERÊNCIAS KISHIMOTO, TizukoMorchida. O jogo e a educação infantil. Editora Pioneira, 1994. EMERIQUE, Paulo Sérgio. Aprender e ensinar por meio do lúdico. In SCHWARTZ, Gisele Maria (org). Dinâmica lúdica: novos olhares. Barueri, SP: Manole, 2004. MORAES, Ingrid Merkler. A PEDAGOGIA DO BRINCAR: Intercessões da ludicidade e da psicomotricidade para o desenvolvimento infantil.Americana: Centro Universitário Salesiano de São Paulo, 2012. PALANGANA, IsildaCampaner. Desenvolvimento e aprendizagem em Piaget e Vygotsky: a relevância social. 3ª Ed. São Paulo: Summus, 2001. Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. Referencial curricular nacional para a educação infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Disponível em http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/ldb.pdf Acessado em 29/07/2013. CRONOGRAMA ATIVIDADES DA PESQUISA Fev Mar Abr Maio Junho PRODUÇÃO Pesquisa Bibliográfica acerca do tema x x x x x Produção de dados teóricos Pesquisa de campo Produção de dados empíricos Escrita do projeto x x Aulas, pesquisas, palestras e seminários Apresentação no Seminário de Pesquisa da Estácio Busca por financiamento de pesquisa Entrega do trabalho final x Produção de material científico-acadêmico
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