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DA LEI DA IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA - ROBINSON B PIMENTEL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES 
ROBINSON BARBOSA PIMENTEL 
 
 
 
 
 
DA LEI DA IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FRANCA – SP 
2020 
 
 
2 
 
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES 
ROBINSON BARBOSA PIMENTEL 
 
 
 
 
 
 
DA LEI DA IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA 
 
Artigo científico apresentado à Universidade 
Cândido Mendes, como requisito parcial para 
obtenção do título de Especialista em Direito 
Administrativo de Pós-Graduação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FRANCA – SP 
2020 
 
 
3 
 
DA LEI DA IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA 
Robinson Barbosa Pimentel 
 
RESUMO 
O estudo faz uma exposição sintetizada sobre a Lei 8429/92 – Lei da 
improbidade Administrativa, que dá corpo ao Artigo 37 e seus parágrafos da 
Constituição de 1988. Longe de esgotar todo assunto, apresenta evolução da história 
em esforço de responder à corrupção, por meio de elaboração de leis; resumo 
conceitual sobre a probidade, moralidade e a relação entre estes princípios; princípios 
regentes da lei da improbidade e apresentação da estrutura da referida lei. 
Palavras-chave 
Probidade, improbidade, moralidade, princípios, Lei da Improbidade 
Administrativa, Constituição. 
Sumário 
Introdução, Evolução histórica no combate à improbidade; Algumas 
considerações acerca da (im)probidade e moralidade; A probidade relativa aos 
princípios que a regem; Breve resumo estrutural da Lei de Improbidade; Conclusão; 
Referência. 
Introdução 
Muito se noticia e se discute sobre a corrupção, em seu sentido genérico, nos 
setores públicos no Brasil atual, a atingir toda a sociedade, embora este mal se reporta 
desde à época em que os portugueses aqui se estabeleceram, nos primeiros contatos 
com os nativos. Habituada ao patrimonialismo e, por consequência, ao clientelismo, 
essa ausência de capacidade em distinguir o público do privado permeou, até aos dias 
de hoje, os conjuntos institucionais político-administrativa do país. Este mal social, que 
viola os princípios da administração pública, causa lesão ao Estado e prejuízo ao 
erário, pelo desvio de recursos públicos, gera efeitos perversamente lesivos sobre a 
 
 
4 
 
eficiência na prestação de serviços públicos, pela atuação imprópria de agentes 
públicos, que falseiam as prestações das contas públicas, superfaturam obras 
públicas, etc., o que, por consequência, incapacita o poder público em satisfazer os 
interesses legítimos da coletividade. Lembrando Ferreira Filho (2001), em seu artigo, 
“Corrupção e Democracia”, deste mal, a corrupção, comparável ao fruto podre a 
destruir os fundamentos do Estado e ameaçar a sociedade. 
 Nesse contexto, controles das atividades administrativas foram surgindo nas 
respectivas épocas, conforme a complexidade evolutiva foi se agigantando nos 
serviços para atender as necessidades do Estado, na introdução de novos conceitos 
e mudança de paradigmas. No entanto, engenhosidades nas práticas ilícitas 
caminharam juntas, na antecipação elaborada de meios desonestos de se enriquecer 
às custas do erário. E, numa certa desvantagem, pois aquele caminha na dianteira, 
leis e procedimentos a prevenirem tais atos ilícitos, são concebidos, inclusive, na 
tentativa de antecipar meios de repressão a alguma inovação danosa ao Estado. 
Nesta evolução, imprescindível, a construção pelo legislador de novos conceitos a 
abranger, em prevenção e repressão, o maior número de condutas lesivas e ímprobas 
possíveis, dentre vários ordenamentos jurídicos, está a LIA (Lei de Improbidade 
Administrativa), infraconstitucional derivada do artigo 37 da Constituição Federal de 
1988 (BRASIL, 1988) lei esta a combater atos ímprobos, que atingem a moralidade e 
o interesse público, infringem os princípios que regem o Estado Democrático de 
Direito e a Democracia e arruínam o patrimônio público, condutas estas conhecidas 
como improbidade administrativa. 
Evolução histórica no combate à improbidade 
Em que posição o Brasil se coloca, no tempo, quanto à improbidade e seu 
enfrentamento? Desde a época colonial, a corrupção já vinha introjetado no seio da 
sociedade, colônia cuja metrópole portuguesa era fundada politicamente, na 
monarquia absolutista, tendo por consequência que, segundo Garcia e Alves (2014, 
p. 85): 
[..] Monarca e administradores se mantivessem unidos por elos 
eminentemente pessoais e paternalistas, o que gerou a semente indesejada 
da ineficiência. [...] tinham por interesse comum o lucro desenfreado e, como 
única ação, o desfacelamento das riquezas da colônia a si subjugada, sem 
qualquer comprometimento com ideais éticos, deveres funcionais ou 
 
 
5 
 
interesses coletivos. [...] a concepção de que a coisa pública é coisa de 
ninguém, e que sua única utilidade é satisfazer aos interesses da classe que 
ascendeu ao poder. 
Ainda diz Garcia e Alves (2014, p. 85 - 86), o que ocorria na colônia, espelho 
daquela: 
No início do Século XVIII, o contrabando de ouro, sempre acompanhado dos efeitos 
deletérios inerentes às práticas dessa natureza ( v.g .: evasão tributária e corrupção), 
se disseminou mesmo no meio religioso. Era prática comum, dentre os denominados 
“frades renegados”, o transporte de ouro em pó no interior das estátuas de madeira 
que portavam, daí a expressão “santinho do pau oco”. 
Por essa época, conforme relata, em seu artigo, Guimarães (2018), os 
primeiros dispositivos sancionadores: 
Avançando o estudo para o Brasil, por certo período de tempo se utilizou as 
Ordenações Filipinas, como vetor jurídico aos administrados da colônia de 
Portugal, o Livro previa que caso os Oficiais da Justiça e da Fazenda 
praticassem atos de corrupção eram-lhe impostas às penas de perda do 
ofício e obrigação de pagar até vinte vezes mais do que receberam 
ilicitamente. 
A primeira Constituição Imperial, outorgada por D. Pedro I, em 25 de março 
de 1824, em seu art. 99, o considerava inviolável (BRASIL, 1824). Por outro lado, 
nessa Constituição previa a responsabilização dos Ministros, em seu art. 133, 
Secretários e Conselheiros de Estado, artigo 143 (BRASIL, 1824). Nela previa lei 
própria, segundo Art. 134: “Uma lei particular especificará a natureza destes delitos, e 
a maneira de proceder contra eles.”. Aos membros do poder judiciário, juízes e oficiais 
de justiça, também, havia menção à responsabilidade por atos ilícitos (Art. 156 e 157). 
(BRASIL, 1824). 
Constituição esta que, por sua vez teve sua regulamentação pela Carta de Lei 
de 15 de outubro de 1827, a qual, em seu artigo 8º, permitia a qualquer cidadão 
oferecesse denúncia contra os Ministros, Secretários de Estado e Conselheiros de 
Estados por delitos descritos na referida lei, à Câmara dos Deputados. Observa-se, 
na referida lei, pela responsabilidade dos Ministros e Secretários, os artigos 2º, por 
peita, suborno ou concussão; 4º, por falta de observância da lei; e 6º, por dissipação 
dos bens públicos. (BRASIL, 1827). 
https://steniohenrique.jusbrasil.com.br/
 
 
6 
 
Pela Constituição Republicana de 1891, em seu Artigo 54, item 6º, o 
Presidente da República poderia ser responsabilizado por atos atentatórios à 
probidade da administração (BRASIL, 1891), devendo estabelecer leis específicas 
pelo Congresso da época, no entanto, não foram editadas. Em seu artigo 82, os 
funcionários eram, por sua vez, responsabilizados por atos que não correspondiam à 
lisura do serviço público, in verbis: 
Art. 82. Os funcionários públicos são estritamente responsáveis pelos abusos 
e omissões em que incorrerem no exercício de seus cargos, assim como pela 
indulgência ou negligência em não responsabilizarem efetivamente os seus 
subalternos. (BRASIL, 1891) 
Nesta Carta Constitucional, foi estabelecido, em seu artigo 89, o órgão do 
Tribunal de Contas, cujo objetivo era analisar e fiscalizar as receitas e despesas 
públicas. 
Art 89 - É instituído um Tribunal de Contas para liquidar as contas da receita 
e despesa e verificar a sua legalidade, antes de serem prestadasao 
Congresso. Os membros deste Tribunal serão nomeados pelo Presidente da 
República com aprovação do Senado, e somente perderão os seus lugares 
por sentença. (BRASIL, 1891) 
A Constituição de 1934, de curta duração, no que se refere aos dispositivos 
das Constituição passada, reiterou, em seu Art. 57, alínea “f’ o dispositivo que se 
equivale, quanto à responsabilidade do Presidente da República, relativo à probidade 
(BRASIL, 1934), inovando, no entanto, em seu Art. 113, item 38, ao estabelecer a 
qualquer cidadão a legitimidade para pleitear ação popular nos termos que seguem: 
Art 113 - A Constituição assegura a brasileiros e a estrangeiros residentes no 
País a inviolabilidade dos direitos concernentes à liberdade, à subsistência, à 
segurança individual e à propriedade, nos termos seguintes:[...] 
38) Qualquer cidadão será parte legítima para pleitear a declaração de 
nulidade ou anulação dos atos lesivos do patrimônio da União, dos Estados 
ou dos Municípios. [...] (BRASIL, 1934) 
Na Constituição de 1937, outorgada por Getúlio Vargas em 10 de novembro 
do mesmo ano, dando amplos poderes ao presidente, em seu artigo 85, alínea “d”, o 
presidente respondia por crime de responsabilidade que atentasse contra a probidade 
administrativa, bem como a guarda e emprego dos dinheiros públicos (BRASIL, 1937). 
 Pelo crimes que ocasionavam prejuízo à Fazenda Pública, na esfera 
infraconstitucional, tratava o Decreto-Lei nº 3.240/41, de 8 de maio de 1941, que 
autorizava a sequestro os bens dos agentes indiciados (BRASIL, 1941). 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10601073/artigo-82-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-24-de-fevereiro-de-1891
 
 
7 
 
A Constituição de 1946, tratou-se de restabelecer o direito de ação popular, 
além de dispor expressamente que os atos dos Ministros de Estado, assim como os 
do Presidente contrários à probidade na administração e a guarda e o ilegal emprego 
do dinheiro público eram considerados crimes de responsabilidade. Em seu artigo 
141, §31, pela lei que ia ser regulamentada dizia: “[...] disporá sobre o seqüestro e o 
perdimento de bens, no caso de enriquecimento ilícito, por influência ou com abuso 
de cargo ou função pública, ou de emprego em entidade autárquica.”. (BRASIL, 1946). 
E foram pelas Leis infraconstitucionais 3.164 de 01/06/1957, conhecida como Lei 
Pitombo-Godói (BRASIL, 1957), e a Lei 3.502, de 21/01/1958, conhecida como Olavo 
Bilac Pinto (BRASIL, 1958), as quais passaram a regulamentar sobre o mencionado 
sequestro e perdimento de bens dos servidores a se enriquecerem ilicitamente, no 
entanto, as duas revogadas pela Lei Ordinária nº 8429 de 2 de Junho de 1992. 
(BRASIL, 1992) 
Após o início do governo militar no país, foi sancionada a Lei nº 4717, de 29 
de junho de 1965, que instituía a ação popular (BRASIL,1965), cuja uma das 
finalidades era anular ou declarar nulos atos que lesionavam o patrimônio público. 
Pela Carta Constitucional de 1967, a lei dispunha, no artigo 150, §11 sobre “o 
perdimento de bens por danos causados ao erário ou no caso de enriquecimento ilícito 
no exercício de função pública” (BRASIL, 1967). E pela Emenda Constitucional nº 1 
de 1969 adicionou o artigo 154, sobre abuso de direito individual ou político, com o 
propósito de subversão do regime democrático ou de corrupção que, representação 
efetuada pelo Procurador Geral da República, importava a suspensão dos referidos 
direitos, de dois a dez anos, declarado pelo STF, sem prejuízo da ação civil ou penal 
no que coubesse, ao réu assegurada ampla defesa. (BRASIL, 1969) 
Encerrado o governo sob tutela militar, numa nova fase de democratização, 
foi aprovada a Emenda Constitucional nº. 26, de 27 de novembro de 1985, pela qual 
convocava a Assembleia Nacional Constituinte (BRASIL, 1985), que aprovou o texto 
constitucional de 1988 – responsável pelo fortalecimento democrático do país e marco 
efetivo no combate à improbidade administrativa, mais amplo na punição do que atos 
genericamente chamados de corrupção, pelo artigo 37 da referida Carta, que gerou a 
 
 
8 
 
lei em epígrafe. (BRASIL, 1988), ou melhor, a infraconstitucional Lei 8.429 de 2 de 
junho de 1992. (BRASIL, 1992) 
Algumas considerações acerca da (im)probidade e moralidade 
Segundo definição exaustiva da palavra probidade, sua origem remonta, 
etimologicamente, do latim, probitas, de probus, ou seja, de boa qualidade, crescer 
reto. Acrescida do prefixo “im”, forma, originalmente, improbitate, com o sentido de 
negação, ou seja, de má qualidade. Em seu percurso histórico e aportuguesamento, 
tomou sentido de honrado, honesto, íntegro, de bom caráter, e a sua significação 
negativa, a saber, de má-fé, desleal, desonesto, etc. 
 Daí, o conceito da probidade administrativa, em que o princípio básico que 
norteia o administrador público na condução dos negócios públicos tem que estar 
respaldado na honestidade, moralidade, boa-fé. Neste sentido, podemos inferir o 
objetivo coibidor das práticas contrárias ao interesse público, mediante regras 
escritas, qual seja, aplicar sanções civis, penais e administrativos ao responsável 
pelos atos ímprobos. Neste sentido, a manifestação de Freitas, citado por Oliveira 
(2001): “[...] o princípio da probidade administrativa consiste na proibição de atos 
desonestos ou desleais para com a Administração Pública, praticados por agentes 
seus ou terceiros, com os mecanismos sancionatórios inscritos na Lei [...] “ 
Moral, do latim mos, moris ou morale, originária do latim, significa, a grosso 
modo, costumes. A moral comum, ou social se forma no seio de determinada 
sociedade, ou recorte social, podendo ser influenciada pelo modo de vida, religião, 
ideologias, culturas, comportamentos, etc. Esse conjunto de regras, da moralidade, 
estabelece normas para estabelecer um convívio harmonioso e pacífico entre os 
membros da sociedade. 
Distinta da moralidade social, ou comum, a moralidade administrativa, 
segundo Aquino (2004): “Trata-se da moralidade investida ao exercício das ações 
executadas pelos agentes públicos, oriunda do instituto que as disciplina, sendo ela, 
portanto, uma moral jurídica, formadora da ética institucional.”. 
Ainda, mencionado pela Silva Pinto (2019): 
 
 
9 
 
[...] a moral administrativa toma como parâmetro os valores subjacentes à 
atividade estatal, presumindo valores como probidade e honestidade. O 
princípio da moralidade administrativa não tem relação direta com a moral 
social, [...]” 
Logo, a moralidade administrativa se extrai do seio da Administração Pública, 
trazendo consigo a concepção de boa administração, equidade honestidade, boa-fé, 
que não se esgota somente nestes, para se despontar como guia disciplinadora às 
ações exercidas pelos agentes públicos com o fito maior de alcançar o bem comum 
de seus administrados. 
Esta imposição aos agentes públicos à observância dos princípios supra, ou 
seja, à moralidade e (im)probidade, foi consagrada pela Carta Magna de 1988, a 
saber, além de mencionado nos Art. 5º, Inc. LXXIII; Art. 85, Inc. V, também no Art. 37, 
§ 4º. (BRASIL, 1988) 
Desde a constitucionalização do princípio da moralidade a partir da 
Constituição de 1988, e por conta desta positivação, compelir ao estudo mais 
aprofundado nas questões dos conceitos, há divergências entre os juristas quanto a 
sua correlação com o da probidade, no que se refere à sinonímia e à predominância 
de uma sobre a outra. Não há como expressar, de maneira enfática, a diferença entre 
os dois termos acima, por conta desse empasse, ou melhor dizendo, da posição 
defendida desse desacordo quanto à interpretação dada. Para exemplificação à 
consideração supra, exemplos da divergência de alguns autores e doutores: 
 Segundo manifesta Di Prieto: 
“[...] como princípios, os da moralidade e probidade se confundem; como 
infração, a improbidade é mais ampla do que a imoralidade, porque a lesão 
ao princípio da moralidade constitui uma dashipóteses de atos de 
improbidade definidos em lei.”. (PIETRO, 2019, p. 1559) 
Fernandes, corroborando o acima dito, em sentido estrito, assevera: 
Os dispositivos constitucionais e legais [...], a par de evidenciar a distinção 
que deve existir entre probidade e moralidade, servem para fundamentar o 
nosso entendimento, [...], de que a probidade administrativa contém a noção 
de moralidade administrativa, ou seja, é conceito amplo, de modo a abarcar 
em si o conceito de moralidade administrativa. (FERNANDES, 1997) 
 
 
10 
 
Juarez Freitas, preleciona que [...] a violação do princípio da moralidade pode 
e deve ser considerada, em si mesma, apta para caracterizar a ofensa ao subprincípio 
da probidade administrativa, [...]. (FREITAS, 1996, p.71). 
E complementa Thiago Marrara: “Como subprincípio da moralidade que busca 
estimular a gestão pública profissional e pró-interesse público, a probidade tem como 
principal destinatário o agente público em todas as suas formas e relações. 
(MARRARA, 2017) 
A probidade relativa aos princípios que a regem 
Segundo o Art. 4º da Lei 8.429, de 2 de junho de 1992 (lei da Improbidade 
Administrativa): “Os agentes públicos de qualquer nível ou hierarquia são obrigados a 
velar pela estrita observância dos princípios de legalidade, impessoalidade, 
moralidade e publicidade no trato dos assuntos que lhe são afetos.”. (BRASIL, 1992). 
Abaixo, compêndio dos princípios que orientam e validam atos e condutas do 
administrador ou qualquer agente público no exercício de suas funções: 
Princípio da legalidade: a administração pública está submissa à lei; nada 
podendo fazer, ou deixar de fazer, senão em observação a ela, sendo nulos os atos 
que a confrontam. Este princípio nasce com o Estado de Direito, assegurando à 
sociedade segurança jurídica, ou seja, o agir do Estado, seja na administração das 
coisas púbicas, seja em relação aos seus administrados, somente nos limites traçados 
pela lei, o que se evidencia no art. 5º, II da Constituição: 
 Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, 
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a 
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à 
propriedade, nos termos seguintes: 
[...] 
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão 
em virtude de lei; (BRASIL, 1988) 
 Princípio da impessoalidade: aqui, num sentido, o interesse público busca a 
isonomia entre os administrados, em tratamentos iguais, não se permitindo à 
 
 
11 
 
Administração Pública discriminá-los, em prejuízo a uns e favorecimento de outros; 
noutro sentido, ao considerar que os atos são respondíveis pela Administração 
Pública, através de seus órgãos ou entidades administrativas e, por este princípio, é 
vedada qualquer promoção pessoal a todos agentes que nela laboram. É o que 
manifesta, em sua obra, Di Pietro, quando menciona a Lei 9.780/99: 
[...] “o princípio não aparece expressamente mencionado, porém, está 
implicitamente contido no artigo 2º, parágrafo único, inciso III, nos dois 
sentidos assinalados, pois se exige “objetividade no atendimento do interesse 
público, vedada a promoção pessoal de agentes ou autoridades.”. (DI 
PIETRO, 2019, P.194) 
Princípio da moralidade: distinta da moralidade comum, a moralidade 
administrativa, passa a ser tutelada pelo Estado quanto à sua judicização, no que diz 
respeito à coibição de práticas da má administração de agentes públicos. Esta, a 
moralidade administrativa, faz com que o administrador público observe as regras de 
boa administração, honestidade, imparcialidade, etc., na condução das coisas 
públicas. 
Princípio da publicidade: é dever do Poder Público dar publicidade dos atos e 
de suas atividades administrativas para terceiros, pois, esta transparência permite ao 
particular conferir e controlar se a atuação daquele obedece aos trâmites prescritos 
internos à legalidade, legitimidade, moralidade, etc. Por outro lado, o dever da 
publicidade não é absoluto, em observação ao Inciso LX do Art. 5º da CF (BRASIL, 
1988), ou se estiver em jogo a segurança do Estado, ou da própria sociedade, que, 
neste caso, há lei própria regulatória, como a 11.111/2005. (BRASIL, 2005) 
Da Lei Nº. 8.429/92 – algumas considerações sobre Improbidade Administrativa 
 Como já mencionado, antes, a corrupção era combatida apenas nos 
campos criminal e nos de crimes de responsabilidade. Em obediência à Constituição 
Federal, em seu art. 37 e parágrafo 4º (BRASIL, 1988), em que se expressa os 
princípios básicos e sanções relativas aos atos de improbidade administrativa, a 
infraconstitucional Lei da Improbidade Administrativa, o que se pode dizer amplificada 
pelo legislador comparativo às leis anteriores, abarca um conceito muito mais dilatado, 
qual seja, o da obrigação de honestidade do agente público relativo à sua condição 
 
 
12 
 
de responsabilidade aos bens públicos e sua punição, nos casos de desobediência 
aos preceitos supra constitucionais, ao descaso pelo interesse púbico ou qualquer 
ação considerada antiético, ou imoral, no âmbito da administração púbica. 
Situações de improbidade, que podem ocorrer por atos administrativos, 
omissões ou condutas não condizentes à boa administração, ou ilegais do agente, 
estão demonstradas, da LIA, nos artigos 9º - atos que causam enriquecimento ilícito; 
10º – atos que causam prejuízo ao erário; e 11º – atos que atentam contra os 
princípios da Administração Pública. Os artigos acima estão compreendidos nas três 
modalidades dos atos de improbidade, E, pelas ocasiões na vigência da referida, em 
que foram alterados vários pontos, foi incluído o art. 10º-A pela Lei Complementar nº 
157/16 (BRASIL, 2016), atos decorrentes de concessão ou aplicação indevida de 
benefício financeiro ou tributário. 
 Cumpre observar que, nesses artigos, incisos apontam um rol exemplificativo 
de atos ilícitos, ampliando possibilidades outras ao julgador enquadrar agentes 
ímprobos, e terceiros colaboradores se for o caso, no que couber, ou tipificações 
distintas e não prescritas, em atos que trazem em seu bojo ações ímprobas 
indubitáveis para o enquadramento destes. 
Fazendo menção à Maria Sylvia Zanella Di Pietro, o que determina como 
resultado a aplicação das medidas sancionatórias, previstas no artigo 37, § 4º, da 
Constituição (BRASIL, 1988) e espelhada na lei epigrafada, é a exigência da presença 
de determinados elementos, a saber, sujeito passivo, sujeito ativo, ocorrência de ato 
de improbidade e elemento subjetivo - dolo ou culpa. (DI PIETRO, 2019. P 1608 - 
1609) 
Aos sujeitos à improbidade administrativa, estão os que se situam no polo 
passivo, englobadas todas as pessoas jurídicas do direito público, a saber, a União, 
os Estados, Distrito Federal, Municípios e Autarquias e seus respectivos órgãos 
administrativos, vinculados direta ou indiretamente, suscetíveis de serem afetados 
pelos ilícitos. Tal alcance, também, se dá às entidades privadas, para cuja criação 
tenha o erário contribuído com menos de cinquenta por cento do património ou da 
receita anual, ou tenham recebido benefício, incentivos, subvenções, etc. 
 
 
13 
 
Pelos atos danosos, responde o sujeito ativo, na figura do agente público, seja 
servidor ou não, e o particular. A este, pois, embora não exerça nenhum serviço para 
a administração pública, a Lei de Improbidade Administrativa lhe prescreve sanções, 
no que couber, caso “induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele 
se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta (Art. 3º da Lei em epígrafe). A 
legislação reputa, para os fins da lei “todo aquele que exerce, ainda que 
transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, 
contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, 
emprego ou função nas entidades mencionadas” (Art. 2º da LIA), o que se denota ser 
extensoo conjunto de pessoas que, vinculadas à prática de atos ímprobos contra a 
administração pública, estão sujeitas às cominações prescritas na lei referida. 
As sanções, de natureza civil ou político-administrativa, pela prática de ato de 
improbidade, referidas na LIA, em seu art. 12 são aplicadas gradativamente, 
consoante gravidade do ato praticado, independentemente de outras previstas em 
legislação específica, de âmbito penal, civil e administrativo. Na aplicação das 
sanções, são cabíveis as seguintes gradações, segundo quadro abaixo: 
Perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio: Pelos atos 
apontados nos artigos 9º e 10º da LIA. Medida a ressarcir o erário dos danos causados 
pelo agente ímprobo, é antecipada por medidas cautelares de indisponibilidade, 
consoante artigo 7º da referida lei, que enuncia as regras a assegurarem reversão ao 
Poder Público do patrimônio obtido ilicitamente. Julgada procedente ação cível de 
reparação de dano, ou decretado a perda dos bens tidos ilícitos, o juiz determinará a 
reversão dos bens em favor da pessoa jurídica prejudicada. Tal medida, segundo Di 
Pietro, ... “não se trata propriamente de medida punitiva, mas de simples reposição 
das coisas no status quo ante.” (DI PIETRO, 2019M p. 1628). O objetivo da lei, nessas 
circunstâncias, é assegurar o integral ressarcimento do dano, e alcançada a 
indisponibilidade dos bens do indiciado, não importará se os bens foram adquiridos 
após a prática ilícita deste. 
Ressarcimento integral do dano: Pelos atos apontados nos artigos 9º, 10º e 
11º. Caracterizado o ato de improbidade pela sentença condenatória, a reparação do 
dano, em conformidade ao parágrafo 4º do artigo 37 da Constituição (BRASIL, 1988), 
 
 
14 
 
constitui as medidas cabíveis para restabelecer o erário ou patrimônio público lesado. 
Mesmo inexistindo prejuízos supra descritos, existe a possibilidade de danos materiais 
e/ou morais ao particular, ou, exemplificando, sendo exigido, pelo agente ímprobo, 
vantagens ilícitas, ou postergando serviços que a lei prescreve em favor daquele. 
Perda da função pública: Pelos atos apontados nos artigos 9º, 10º e 11º da 
LIA. Por se tratar de sanções de natureza civil e política, ainda que, 
concomitantemente, possa ser instaurado processo administrativa para apuração de 
responsabilidade do agente público, do mesmo modo que a suspensão dos direitos 
políticos, só podem ser aplicadas após o trânsito da sentença condenatória, expressa 
no artigo 20 da LIA. Segundo Weichert: 
Os agentes políticos também se sujeitam à responsabilização prevista na Lei 
de Improbidade Administrativa e, inclusive, à sanção da perda da função 
pública. [...] [...]Não poderá a Câmara dos Deputados ou o Senado Federal 
reapreciar o mérito da condenação. Ao final, confirmando-se a validade e a 
eficácia formal da condenação judicial, a respectiva Mesa Diretora deverá 
incontinenti declarar a perda do cargo. (WEICHERT, 2006, P.65) 
 
Suspensão dos direitos políticos: Pelos atos apontados na LIA, pelos artigos 
9º - 8 a 10 anos; 10º - 5 a 8 anos; e 11º - 3 a 5 anos. Segundo a Constituição Federal, 
em seu artigo 15, inciso V: 
Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão 
só se dará nos casos de: 
[...] 
V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º. (BRASIL, 1988) 
Dada a natureza grave da pena em razão e de ser os direitos políticos 
fundamentais ao cidadão, a suspensão, vedada a cassação, se dará somente pela via 
judicial, defeso, portanto pela via administrativa, Segundo Di Pietro corrobora: 
Note-se que os direitos políticos, que dizem respeito fundamentalmente aos 
direitos de votar e ser votado, estão assegurados no título II da Constituição, 
que trata dos direitos e garantias fundamentais e só podem ser suspensos ou 
perdidos nos casos expressos no artigo 15, entre os quais está prevista a 
“improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º”. Seria inconcebível 
que cada Estado ou cada Município pudesse legislar a respeito ou aplicar 
sanção dessa natureza, mediante processo administrativo. (DI PIETRO, 
2019, p. 1606), 
 
 
15 
 
Pagamento de multa civil: Pelos atos apontados nos artigos 9º (até 3 vezes 
do acréscimo patrimonial), 10º (até 2 vezes do valor do dano) e 11º (até 100 vezes da 
remuneração do agente). Sua cominação, como se observa, é descrita nas três 
modalidades do ato de improbidade, que se dá com diferentes graduações, e ao 
magistrado cabe dosar sua aplicação, em conformidade à gravidade do fato julgado. 
Possui caráter punitivo, uma vez que objetiva desencorajar a prática dos atos 
ímprobos. 
Proibição de contratar com o Poder Público ou de receber benefícios ou 
incentivos fiscais ou creditícios: Pelos atos apontados nos artigos 9º -10 anos; 10º - 5 
anos; e 11º - 3 anos. Sanção prevista além da norma constitucional, tem seu efeito 
semelhante ao artigo 195, parágrafo 3º da Constituição Federal (BRASIL, 1988), 
usando o legislativo federal de sua discricionariedade política e aplicando-a na 
elaboração do dispositivo em situação de improbidade administrativa do particular 
relativo à administração pública, segundo entendimento de Weichert. (WEICHERT, 2006, 
p.66 - 67) 
Breve resumo estrutural da Lei de Improbidade 
A LIA (Lei da Improbidade Administrativa) - que compõe em seu bojo, as identificação 
dos sujeitos ativos e passivos submetidos aos efeitos da sobredita; a especificação 
das quatro espécies de improbidade; as sanções aplicáveis, segundo a gravidade, em 
gradações; o dever do agente público prestar contas desde a sua posse até à sua 
saída do serviço público; das previsões processuais e procedimentos administrativos 
que orientam a apuração dos atos de improbidade; disposições penais; prescrição; e 
disposições finais - tem a sua temática disposta em sete capítulos - o capítulo II 
dividido em quatro seções - e perfaz vinte e cinco artigos, com seus incisos e 
parágrafos, disposta da seguinte maneira: 
Artigos 1º, 2º e 3º e parágrafo- identificação dos sujeitos dos atos de 
improbidade nos quais a lei tem efeito, com as seguintes redações: 
Art. 1° Os atos de improbidade praticados por qualquer agente público, 
servidor ou não, contra a administração direta, indireta ou fundacional de 
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos 
Municípios, de Território, de empresa incorporada ao patrimônio público ou 
de entidade para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra 
com mais de cinquenta por cento do patrimônio ou da receita anual, serão 
punidos na forma desta lei. 
 Parágrafo único. Estão também sujeitos às penalidades desta lei os atos de 
improbidade praticados contra o patrimônio de entidade que receba 
 
 
16 
 
subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público bem 
como daquelas para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou 
concorra com menos de cinquenta por cento do patrimônio ou da receita 
anual, limitando-se, nestes casos, a sanção patrimonial à repercussão do 
ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos. 
 Art. 2° Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que 
exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, 
nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura 
ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades mencionadas 
no artigo anterior. 
Art. 3° As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, 
mesmo não sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato 
de improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta. 
(BRASIL, 1992) 
Artigo 4º - menciona os princípios que regem a boa prática funcional e quem 
a eles devem se sujeitar; 
Art. 4° Os agentes públicos de qualquer nível ou hierarquia são obrigados a 
velar pela estrita observância dos princípios de legalidade, impessoalidade, 
moralidade e publicidadeno trato dos assuntos que lhe são afetos. (BRASIL, 
1992) 
Artigos 5º, 6º, 7º e 8º - regramento que possibilita a indisponibilidade dos bens 
do agente, ou terceiros, responsáveis pelos atos ilícitos, seu alcance aos sucessores, 
e a quem de direito requerê-la em juízo. 
 Art. 5° Ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação ou omissão, 
dolosa ou culposa, do agente ou de terceiro, dar-se-á o integral ressarcimento 
do dano. 
 Art. 6° No caso de enriquecimento ilícito, perderá o agente público ou 
terceiro beneficiário os bens ou valores acrescidos ao seu patrimônio. 
 Art. 7° Quando o ato de improbidade causar lesão ao patrimônio público 
ou ensejar enriquecimento ilícito, caberá a autoridade administrativa 
responsável pelo inquérito representar ao Ministério Público, para a 
indisponibilidade dos bens do indiciado. 
 Parágrafo único. A indisponibilidade a que se refere o caput deste artigo 
recairá sobre bens que assegurem o integral ressarcimento do dano, ou sobre 
o acréscimo patrimonial resultante do enriquecimento ilícito. 
 Art. 8° O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou 
se enriquecer ilicitamente está sujeito às cominações desta lei até o limite do 
valor da herança. (BRASIL, 1992) 
Artigos 9º, 10, 10º-A e 11 e seus incisos – categorias qualificadas dos atos de 
improbidade. Para efeito de classificação, são estas transcrições legais as três 
 
 
17 
 
modalidades de atos, a saber, enriquecimento ilícito, prejuízo ao erário e as que 
atentam contra os princípios da administração pública. Destas, a única a admitir as 
formas culposa e dolosa é a descrita na Seção II, as demais se ocupando apenas do 
dolo. Abaixo transcritas: 
Art. 9° Constitui ato de improbidade administrativa importando 
enriquecimento ilícito auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida 
em razão do exercício de cargo, mandato, função, emprego ou atividade nas 
entidades mencionadas no art. 1° desta lei, e notadamente: 
I - receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou imóvel, ou 
qualquer outra vantagem econômica, direta ou indireta, a título de comissão, 
percentagem, gratificação ou presente de quem tenha interesse, direto ou 
indireto, que possa ser atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente 
das atribuições do agente público; 
II - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a 
aquisição, permuta ou locação de bem móvel ou imóvel, ou a contratação de 
serviços pelas entidades referidas no art. 1° por preço superior ao valor de 
mercado; 
III - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a 
alienação, permuta ou locação de bem público ou o fornecimento de serviço 
por ente estatal por preço inferior ao valor de mercado; 
IV - utilizar, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, equipamentos 
ou material de qualquer natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer 
das entidades mencionadas no art. 1° desta lei, bem como o trabalho de 
servidores públicos, empregados ou terceiros contratados por essas 
entidades; 
V - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, 
para tolerar a exploração ou a prática de jogos de azar, de lenocínio, de 
narcotráfico, de contrabando, de usura ou de qualquer outra atividade ilícita, 
ou aceitar promessa de tal vantagem; 
VI - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, 
para fazer declaração falsa sobre medição ou avaliação em obras públicas 
ou qualquer outro serviço, ou sobre quantidade, peso, medida, qualidade ou 
característica de mercadorias ou bens fornecidos a qualquer das entidades 
mencionadas no art. 1º desta lei; 
VII - adquirir, para si ou para outrem, no exercício de mandato, cargo, 
emprego ou função pública, bens de qualquer natureza cujo valor seja 
desproporcional à evolução do patrimônio ou à renda do agente público; 
VIII - aceitar emprego, comissão ou exercer atividade de consultoria ou 
assessoramento para pessoa física ou jurídica que tenha interesse suscetível 
de ser atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições 
do agente público, durante a atividade; 
IX - perceber vantagem econômica para intermediar a liberação ou aplicação 
de verba pública de qualquer natureza; 
 
 
18 
 
X - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou 
indiretamente, para omitir ato de ofício, providência ou declaração a que 
esteja obrigado; 
XI - incorporar, por qualquer forma, ao seu patrimônio bens, rendas, verbas 
ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no 
art. 1° desta lei; 
XII - usar, em proveito próprio, bens, rendas, verbas ou valores integrantes 
do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1° desta lei. 
Art. 10 Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário 
qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, 
desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres 
das entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente: 
I - facilitar ou concorrer por qualquer forma para a incorporação ao patrimônio 
particular, de pessoa física ou jurídica, de bens, rendas, verbas ou valores 
integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º desta 
lei; 
II - permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize 
bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das 
entidades mencionadas no art. 1º desta lei, sem a observância das 
formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie; 
III - doar à pessoa física ou jurídica bem como ao ente despersonalizado, 
ainda que de fins educativos ou assistências, bens, rendas, verbas ou valores 
do patrimônio de qualquer das entidades mencionadas no art. 1º desta lei, 
sem observância das formalidades legais e regulamentares aplicáveis à 
espécie; 
IV - permitir ou facilitar a alienação, permuta ou locação de bem integrante do 
patrimônio de qualquer das entidades referidas no art. 1º desta lei, ou ainda 
a prestação de serviço por parte delas, por preço inferior ao de mercado; 
V - permitir ou facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem ou serviço por 
preço superior ao de mercado; 
VI - realizar operação financeira sem observância das normas legais e 
regulamentares ou aceitar garantia insuficiente ou inidônea; 
VII - conceder benefício administrativo ou fiscal sem a observância das 
formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie; 
VIII - frustrar a licitude de processo licitatório ou de processo seletivo para 
celebração de parcerias com entidades sem fins lucrativos, ou dispensá-los 
indevidamente; (Redação dada pela Lei nº 13.019, de 
2014) (Vigência) 
IX - ordenar ou permitir a realização de despesas não autorizadas em lei ou 
regulamento; 
X - agir negligentemente na arrecadação de tributo ou renda, bem como no 
que diz respeito à conservação do patrimônio público; 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/11333369/art-10-da-lei-de-improbidade-administrativa-lei-8429-92
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13019.htm#art77
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13019.htm#art77
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13019.htm#art88....
 
 
19 
 
XI - liberar verba pública sem a estrita observância das normas pertinentes 
ou influir de qualquer forma para a sua aplicação irregular; 
XII - permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se enriqueça ilicitamente; 
XIII - permitir que se utilize, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, 
equipamentos ou material de qualquer natureza, de propriedade ou à 
disposição de qualquer das entidades mencionadas no art. 1° desta lei, bem 
como o trabalho de servidor público, empregados ou terceiros contratados 
por essas entidades. 
XIV – celebrar contrato ou outro instrumento que tenha por objeto a 
prestação de serviços públicos por meio da gestão associadasem observar 
as formalidades previstas na lei (Incluído pela Lei nº 11.107, de 2005) 
XV – celebrar contrato de rateio de consórcio público sem suficiente e 
prévia dotação orçamentária, ou sem observar as formalidades previstas na 
lei. (Incluído pela Lei nº 11.107, de 2005) 
XVI - facilitar ou concorrer, por qualquer forma, para a incorporação, ao 
patrimônio particular de pessoa física ou jurídica, de bens, rendas, verbas 
ou valores públicos transferidos pela administração pública a entidades 
privadas mediante celebração de parcerias, sem a observância das 
formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie; (Incluído 
pela Lei nº 13.019, de 2014) (Vigência) 
XVII - permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize 
bens, rendas, verbas ou valores públicos transferidos pela administração 
pública a entidade privada mediante celebração de parcerias, sem a 
observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à 
espécie; (Incluído pela Lei nº 13.019, de 2014) (Vigência) 
XVIII - celebrar parcerias da administração pública com entidades privadas 
sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à 
espécie; (Incluído pela Lei nº 13.019, de 2014) (Vigência) 
XIX - agir negligentemente na celebração, fiscalização e análise das 
prestações de contas de parcerias firmadas pela administração pública com 
entidades privadas; (Incluído pela Lei nº 13.019, de 2014, com a 
redação dada pela Lei nº 13.204, de 2015) 
XX - liberar recursos de parcerias firmadas pela administração pública com 
entidades privadas sem a estrita observância das normas pertinentes ou 
influir de qualquer forma para a sua aplicação irregular. (Incluído pela Lei 
nº 13.019, de 2014, com a redação dada pela Lei nº 13.204, de 2015) 
XXI - liberar recursos de parcerias firmadas pela administração pública com 
entidades privadas sem a estrita observância das normas pertinentes ou 
influir de qualquer forma para a sua aplicação irregular. (Incluído pela Lei nº 
13.019, de 2014) (Vigência) 
Art. 10-A. Constitui ato de improbidade administrativa qualquer ação ou 
omissão para conceder, aplicar ou manter benefício financeiro ou tributário 
contrário ao que dispõem o caput e o § 1º do art. 8º-A da Lei Complementar 
nº 116, de 31 de julho de 2003. (Incluído pela Lei Complementar nº 157, de 
2016). 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11107.htm#art18
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11107.htm#art18
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13019.htm#art77
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13019.htm#art77
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13019.htm#art88....
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13019.htm#art77
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13019.htm#art88....
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13019.htm#art77
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13019.htm#art88....
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13019.htm#art77
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13204.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13019.htm#art77
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13019.htm#art77
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13204.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13019.htm#art77
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13019.htm#art77
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13019.htm#art88....
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/138419676/art-10a-da-lei-de-improbidade-administrativa-lei-8429-92
 
 
20 
 
Art. 11 Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os 
princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os 
deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às 
instituições, e notadamente: 
I - praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou diverso daquele 
previsto, na regra de competência; 
II - retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício; 
III - revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das atribuições 
e que deva permanecer em segredo; 
IV - negar publicidade aos atos oficiais; 
V - frustrar a licitude de concurso público; 
VI - deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo; 
VII - revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de terceiro, antes da 
respectiva divulgação oficial, teor de medida política ou econômica capaz de 
afetar o preço de mercadoria, bem ou serviço. 
VIII - descumprir as normas relativas à celebração, fiscalização e aprovação 
de contas de parcerias firmadas pela administração pública com entidades 
privadas. (Vide Medida Provisória nº 2.088-35, de 2000) (Redação dada 
pela Lei nº 13.019, de 2014) (Vigência) 
IX - deixar de cumprir a exigência de requisitos de acessibilidade previstos 
na legislação. (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência) 
X - transferir recurso a entidade privada, em razão da prestação de serviços 
na área de saúde sem a prévia celebração de contrato, convênio ou 
instrumento congênere, nos termos do parágrafo único do art. 24 da Lei nº 
8.080, de 19 de setembro de 1990. (Incluído pela Lei nº 13.650, de 
2018). (BRASIL, 1992) 
Artigo 12, seus incisos e parágrafo - sanções prescritas aos que praticam atos 
ímprobos: 
Art. 12. Independentemente das sanções penais, civis e administrativas 
previstas na legislação específica, está o responsável pelo ato de 
improbidade sujeito às seguintes cominações, que podem ser aplicadas 
isolada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato: (Redação 
dada pela Lei nº 12.120, de 2009). 
 
 I - na hipótese do art. 9°, perda dos bens ou valores acrescidos 
ilicitamente ao patrimônio, ressarcimento integral do dano, quando houver, 
perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de oito a dez anos, 
pagamento de multa civil de até três vezes o valor do acréscimo patrimonial 
e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou 
incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/Antigas/2088-35.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13019.htm#art78
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13019.htm#art78
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13019.htm#art88....
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm#art103
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm#art127
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8080.htm#art24
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8080.htm#art24
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13650.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13650.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12120.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12120.htm#art1
 
 
21 
 
intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de 
dez anos; 
 II - na hipótese do art. 10, ressarcimento integral do dano, perda dos 
bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se concorrer esta 
circunstância, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de 
cinco a oito anos, pagamento de multa civil de até duas vezes o valor do dano 
e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou 
incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por 
intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de 
cinco anos; 
 III - na hipótese do art. 11, ressarcimento integral do dano, se houver, 
perda da função pública,suspensão dos direitos políticos de três a cinco 
anos, pagamento de multa civil de até cem vezes o valor da remuneração 
percebida pelo agente e proibição de contratar com o Poder Público ou 
receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, 
ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, 
pelo prazo de três anos. 
 IV - na hipótese prevista no art. 10-A, perda da função pública, suspensão 
dos direitos políticos de 5 (cinco) a 8 (oito) anos e multa civil de até 3 (três) 
vezes o valor do benefício financeiro ou tributário concedido. (Incluído pela 
Lei Complementar nº 157, de 2016) 
Parágrafo único. Na fixação das penas previstas nesta lei o juiz levará em 
conta a extensão do dano causado, assim como o proveito patrimonial obtido 
pelo agente. (BRASIL, 1992) 
Artigo 13 e parágrafos - obrigatoriedade de todos os agentes públicos 
apresentarem declaração de bens na posse, anualmente e na data de saída de seu 
cargo, emprego ou função, sob pena de demissão a bem do serviço público: 
Art. 13. A posse e o exercício de agente público ficam condicionados à 
apresentação de declaração dos bens e valores que compõem o seu 
patrimônio privado, a fim de ser arquivada no serviço de pessoal competente. 
 § 1° A declaração compreenderá imóveis, móveis, semoventes, dinheiro, 
títulos, ações, e qualquer outra espécie de bens e valores patrimoniais, 
localizado no País ou no exterior, e, quando for o caso, abrangerá os bens e 
valores patrimoniais do cônjuge ou companheiro, dos filhos e de outras 
pessoas que vivam sob a dependência econômica do declarante, excluídos 
apenas os objetos e utensílios de uso doméstico. 
 § 2º A declaração de bens será anualmente atualizada e na data em 
que o agente público deixar o exercício do mandato, cargo, emprego ou 
função. 
 § 3º Será punido com a pena de demissão, a bem do serviço público, 
sem prejuízo de outras sanções cabíveis, o agente público que se recusar a 
prestar declaração dos bens, dentro do prazo determinado, ou que a prestar 
falsa. 
 § 4º O declarante, a seu critério, poderá entregar cópia da declaração 
anual de bens apresentada à Delegacia da Receita Federal na conformidade 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp157.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp157.htm#art4
 
 
22 
 
da legislação do Imposto sobre a Renda e proventos de qualquer natureza, 
com as necessárias atualizações, para suprir a exigência contida no caput e 
no § 2° deste artigo. (BRASIL, 1992) 
Artigos 14 e 15 e respectivos parágrafos – regra aos procedimentos 
administrativos e processos judiciais para apuração dos atos de improbidade: 
Art. 14. Qualquer pessoa poderá representar à autoridade administrativa 
competente para que seja instaurada investigação destinada a apurar a 
prática de ato de improbidade. 
 § 1º A representação, que será escrita ou reduzida a termo e assinada, 
conterá a qualificação do representante, as informações sobre o fato e sua 
autoria e a indicação das provas de que tenha conhecimento. 
 § 2º A autoridade administrativa rejeitará a representação, em despacho 
fundamentado, se esta não contiver as formalidades estabelecidas no § 1º 
deste artigo. A rejeição não impede a representação ao Ministério Público, 
nos termos do art. 22 desta lei. 
 § 3º Atendidos os requisitos da representação, a autoridade determinará 
a imediata apuração dos fatos que, em se tratando de servidores federais, 
será processada na forma prevista nos arts. 148 a 182 da Lei nº 8.112, de 11 
de dezembro de 1990 e, em se tratando de servidor militar, de acordo com os 
respectivos regulamentos disciplinares. 
 
Art. 15. A comissão processante dará conhecimento ao Ministério Público e 
ao Tribunal ou Conselho de Contas da existência de procedimento 
administrativo para apurar a prática de ato de improbidade. 
 
Parágrafo único. O Ministério Público ou Tribunal ou Conselho de Contas 
poderá, a requerimento, designar representante para acompanhar o 
procedimento administrativo. (BRASIL, 1992) 
Artigos 16, 17 e 18 e seus respectivos parágrafos - ordenamentos de 
processo respeitante às medidas cautelares e à ação principal passíveis de serem 
ajuizadas em face do ímprobo e resultado final; 
Art. 16. Havendo fundados indícios de responsabilidade, a comissão 
representará ao Ministério Público ou à procuradoria do órgão para que 
requeira ao juízo competente a decretação do sequestro dos bens do agente 
ou terceiro que tenha enriquecido ilicitamente ou causado dano ao patrimônio 
público. 
§ 1º O pedido de seqüestro será processado de acordo com o disposto 
nos arts. 822 e 825 do Código de Processo Civil. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8112cons.htm#art148
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8112cons.htm#art148
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L5869.htm#art822
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L5869.htm#art825
 
 
23 
 
§ 2° Quando for o caso, o pedido incluirá a investigação, o exame e o bloqueio 
de bens, contas bancárias e aplicações financeiras mantidas pelo indiciado 
no exterior, nos termos da lei e dos tratados internacionais. 
Art. 17. A ação principal, que terá o rito ordinário, será proposta pelo Ministério 
Público ou pela pessoa jurídica interessada, dentro de trinta dias da 
efetivação da medida cautelar. 
§ 1º As ações de que trata este artigo admitem a celebração de acordo de 
não persecução cível, nos termos desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 
13.964, de 2019) 
§ 2º A Fazenda Pública, quando for o caso, promoverá as ações necessárias 
à complementação do ressarcimento do patrimônio público. 
§ 3o No caso de a ação principal ter sido proposta pelo Ministério Público, 
aplica-se, no que couber, o disposto no § 3o do art. 6o da Lei no 4.717, de 29 
de junho de 1965. (Redação dada pela Lei nº 9.366, de 1996) 
§ 4º O Ministério Público, se não intervir no processo como parte, atuará 
obrigatoriamente, como fiscal da lei, sob pena de nulidade. 
§ 5o A propositura da ação prevenirá a jurisdição do juízo para todas as 
ações posteriormente intentadas que possuam a mesma causa de pedir ou o 
mesmo objeto. (Incluído pela Medida provisória nº 1.984-16, de 
2000) (Incluído pela Medida provisória nº 2.180-35, de 2001) 
§ 6o A ação será instruída com documentos ou justificação que contenham 
indícios suficientes da existência do ato de improbidade ou com razões 
fundamentadas da impossibilidade de apresentação de qualquer dessas 
provas, observada a legislação vigente, inclusive as disposições inscritas 
nos arts. 16 a 18 do Código de Processo Civil. (Vide Medida Provisória nº 
2.088-35, de 2000) (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 
2001) 
§ 7o Estando a inicial em devida forma, o juiz mandará autuá-la e ordenará 
a notificação do requerido, para oferecer manifestação por escrito, que 
poderá ser instruída com documentos e justificações, dentro do prazo de 
quinze dias. (Vide Medida Provisória nº 2.088-35, de 2000) (Incluído 
pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 2001) 
§ 8o Recebida a manifestação, o juiz, no prazo de trinta dias, em decisão 
fundamentada, rejeitará a ação, se convencido da inexistência do ato de 
improbidade, da improcedência da ação ou da inadequação da via 
eleita. (Vide Medida Provisória nº 2.088-35, de 2000) (Incluído pela Medida 
Provisória nº 2.225-45, de 2001) 
§ 9o Recebida a petição inicial, será o réu citado para apresentar 
contestação. (Vide Medida Provisória nº 2.088-35, de 2000) (Incluído 
pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 2001) 
§ 10. Da decisão que receber a petição inicial, caberá agravo de 
instrumento. (Vide Medida Provisória nº 2.088-35, de 2000) (Incluído 
pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 2001) 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art6
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art6http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4717.htm#art6%C2%A73
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4717.htm#art6%C2%A73
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9366.htm#art11
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/Antigas/1984-16.htm#art7
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/Antigas/1984-16.htm#art7
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2180-35.htm#art7
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L5869.htm#art16
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/Antigas/2088-35.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/Antigas/2088-35.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2225-45.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2225-45.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/Antigas/2088-35.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2225-45.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2225-45.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/Antigas/2088-35.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2225-45.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2225-45.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/Antigas/2088-35.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2225-45.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2225-45.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/Antigas/2088-35.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2225-45.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2225-45.htm#art4
 
 
24 
 
§ 10-A. Havendo a possibilidade de solução consensual, poderão as partes 
requerer ao juiz a interrupção do prazo para a contestação, por prazo não 
superior a 90 (noventa) dias. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
§ 11. Em qualquer fase do processo, reconhecida a inadequação da ação 
de improbidade, o juiz extinguirá o processo sem julgamento do 
mérito. (Vide Medida Provisória nº 2.088-35, de 2000) (Incluído pela 
Medida Provisória nº 2.225-45, de 2001) 
§ 12. Aplica-se aos depoimentos ou inquirições realizadas nos processos 
regidos por esta Lei o disposto no art. 221, caput e § 1o, do Código de 
Processo Penal. (Vide Medida Provisória nº 2.088-35, de 2000) (Incluído 
pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 2001) 
§ 13. Para os efeitos deste artigo, também se considera pessoa jurídica 
interessada o ente tributante que figurar no polo ativo da obrigação tributária 
de que tratam o § 4º do art. 3º e o art. 8º-A da Lei Complementar nº 116, de 
31 de julho de 2003. (Incluído pela Lei Complementar nº 157, de 2016) 
Art. 18. A sentença que julgar procedente ação civil de reparação de dano ou 
decretar a perda dos bens havidos ilicitamente determinará o pagamento ou 
a reversão dos bens, conforme o caso, em favor da pessoa jurídica 
prejudicada pelo ilícito. (BRASIL, 1992) 
Artigo 19 e parágrafo – tipificação como crime e estabelecimento de sanções 
ao que formular representação com conteúdo do qual sabe ser contrário à verdade: 
Art. 19. Constitui crime a representação por ato de improbidade contra agente 
público ou terceiro beneficiário, quando o autor da denúncia o sabe inocente. 
 Pena: detenção de seis a dez meses e multa. 
Parágrafo único. Além da sanção penal, o denunciante está sujeito a 
indenizar o denunciado pelos danos materiais, morais ou à imagem que 
houver provocado. (BRASIL, 1992) 
Artigo 20 e parágrafo – ocasião para aplicabilidade das sanções previstas e 
possibilidade de afastamento, por medida cautelar, do agente do cargo: 
Art. 20. A perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos só se 
efetivam com o trânsito em julgado da sentença condenatória. 
 
Parágrafo único. A autoridade judicial ou administrativa competente poderá 
determinar o afastamento do agente público do exercício do cargo, emprego 
ou função, sem prejuízo da remuneração, quando a medida se fizer 
necessária à instrução processual. (BRASIL, 1992) 
Artigo 21 e seus incisos - autonomia quanto às sanções: 
 Art. 21. A aplicação das sanções previstas nesta lei independe: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art6
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/Antigas/2088-35.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2225-45.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2225-45.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del3689.htm#art221
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del3689.htm#art221
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/Antigas/2088-35.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2225-45.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2225-45.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp116.htm#art3%C2%A74
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp116.htm#art8a
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp116.htm#art8a
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp157.htm#art4
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/11331467/art-20-da-lei-de-improbidade-administrativa-lei-8429-92
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/11331437/art-20-1-da-lei-de-improbidade-administrativa-lei-8429-92
 
 
25 
 
 I - da efetiva ocorrência de dano ao patrimônio público, salvo quanto à 
pena de ressarcimento; 
 II - da aprovação ou rejeição das contas pelo órgão de controle interno ou 
pelo Tribunal ou Conselho de Contas. 
Artigo 22 - providências que poderão ser adotadas pelo Ministério Público: 
Art. 22. Para apurar qualquer ilícito previsto nesta lei, o Ministério Público, de 
ofício, a requerimento de autoridade administrativa ou mediante 
representação formulada de acordo com o disposto no art. 14, poderá 
requisitar a instauração de inquérito policial ou procedimento administrativo. 
(BRASIL, 1992) 
Artigo 23 - prazo prescricional para o ajuizamento de ações no tocante ao 
ímprobo: 
 Art. 23. As ações destinadas a levar a efeitos as sanções previstas 
nesta lei podem ser propostas: 
 I - até cinco anos após o término do exercício de mandato, de cargo em 
comissão ou de função de confiança; 
 II - dentro do prazo prescricional previsto em lei específica para faltas 
disciplinares puníveis com demissão a bem do serviço público, nos casos de 
exercício de cargo efetivo ou emprego. 
 III - até cinco anos da data da apresentação à administração pública da 
prestação de contas final pelas entidades referidas no parágrafo único do art. 
1o desta Lei. (Incluído pela Lei nº 13.019, de 2014). (BRASIL, 1992) 
Artigos 24 e 25 - vigência da lei e revogação das disposições contrárias: 
Art. 24. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. 
Art. 25. Ficam revogadas as Leis n°s 3.164, de 1° de junho de 1957, 
e 3.502, de 21 de dezembro de 1958 e demais disposições em contrário. 
(BRASIL, 1992) 
Conclusão 
Dentre todas as Constituições, em que pouco se estabelecia quanto ao 
combate à corrupção, a de 1988 inaugurou uma nova era, constitucionalizando a 
punição à improbidade, o que foi concretizado com a promulgação da Lei 8429/92. 
Em vigência, aproximadamente, há 28 anos, ao longo deste período, sofreu algumas 
modificações, inclusões, ou revogações em seus dispositivos. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13019.htm#art78a
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1950-1969/L3164.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1950-1969/L3502.htm
 
 
26 
 
A importância maior dessa lei está no fortalecimento do Estado de Direito e 
da Democracia. Ao coibir ações inescrupulosas de agentes políticos e administrativos 
- sem restrições, pois desde um simples auxiliar ao presidente da República, 
passando pelos juízes aos membros do Ministério Público e parlamentares - bem 
como de terceiros, com intuito de se locupletarem em detrimento do erário, busca 
extirpar aquela sensação de impunidade que, ultimamente, tem permeado os 
sentimentos de indignação da sociedade. 
Referido dispositivo recebe críticas e elogios. Para uns, um importante 
instrumento coibidor de atos não condizentes com a boa administração e um norte ao 
julgador na instrumentalização eficaz da condução processual que possibiliteressarcimento ao erário, perquirição do enriquecimento ilícito, punição do ímprobo. 
Dentre as críticas, uma é a manifestação por conta de que referida lei carece de 
clareza e precisão no que se refere ao ato de improbidade. Por este e outros motivos, 
visando ao aperfeiçoamento e adequação da lei em comento, conforme notícias 
veiculadas pelos meios de comunicação, no Congresso tramita proposta de sua 
alteração. Segundo objetivo proposto, seria a adequação da lei aos novos textos 
legislativos correspondentes, bem como modificações dos quesitos que se mostraram 
necessários para sua clareza e aperfeiçoamento. 
REFERÊNCIAS 
Aquino, Sérgio Ricardo Fernandes. Moralidade e improbidade administrativa: 
parâmetros de definição e atuação. Âmbito Jurídico, Disponível em: 
https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-administrativo/moralidade-e-
improbidade-administrativa-parametros-de-definicao-e-atuacao/#_ftnref3. Acesso 
em: 02/04/2020. 
BRASIL, CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988. 
“Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional 
Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o 
exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, 
o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma 
sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e 
comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das 
controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO 
DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.”. Data de Publicação: 05 de Outubro 
de 1988, D.O.U de 05/10/1988, pág. nº 1. Disponível em: 
https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-administrativo/moralidade-e-improbidade-administrativa-parametros-de-definicao-e-atuacao/#_ftnref3
https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-administrativo/moralidade-e-improbidade-administrativa-parametros-de-definicao-e-atuacao/#_ftnref3
https://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/viwTodos/509f2321d97cd2d203256b280052245a?OpenDocument&Highlight=1,constitui%C3%A7%C3%A3o&AutoFramed
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/DOUconstituicao88.pdf
 
 
27 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm. Acesso em: 
07/09/2020. 
Brasil, LEI Nº 8.429, DE 2 DE JUNHO DE 1992. “Dispõe sobre as sanções 
aplicáveis aos agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito no exercício 
de mandato, cargo, emprego ou função na administração pública direta, indireta 
ou fundacional e dá outras providências.” Publicado no D.O. DE 03/06/1992, P. 
6993. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8429.htm. Acesso 
em: 03/04/2020. 
BRASIL. CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA DOS ESTADOS UNIDOS DO 
BRASIL DE 24 DE FEVEREIRO DE 1891. “Nós, os representantes do povo 
brasileiro, reunidos em Congresso Constituinte, para organizar um regime livre e 
democrático, estabelecemos, decretamos e promulgamos a seguinte.”. Diário 
Oficial De 24/02/1891. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao91.htm. Acesso em 
05/08/2010. 
BRASIL. CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA DOS ESTADOS UNIDOS DO 
BRASIL DE 16 DE JULHO DE 1934. “Nós, os representantes do povo brasileiro, 
pondo a nossa confiança em Deus, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte 
parja organizar um regime democrático, que assegure à Nação a unidade, a 
liberdade, a justiça e o bem-estar social e econômico, decretamos e promulgamos 
a seguinte.”. Diário Oficial de 16/07/1934. Disponível em: . 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao34.htm. Acesso em 
05/08/2010. 
BRASIL. CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1967. 
“O Congresso Nacional, invocando a proteção de Deus, decreta e promulga a 
seguinte.”. Publicado no Diário Oficial de 24 de Janeiro de 1967, P.1. Disponível 
em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao67.htm. Acesso 
em 007/08/2010. 
BRASIL. CONSTITUIÇÃO DOS ESTADOS UNIDOS DO BRASIL DE 18 DE 
SETEMBRO DE 1946. “A Mesa da Assembléia Constituinte promulga a 
Constituição dos Estados Unidos do Brasil e o Ato das Disposições 
Constitucionais Transitórias, nos termos dos seus arts. 218 e 36, respectivamente, 
e manda a todas as autoridades, às quais couber o conhecimento e a execução 
desses atos, que os executem e façam executar e observar fiel e inteiramente 
como neles se contêm.”. Publicado no Diário Oficial de 1909/1946, republicado em 
25.9.1946 e 15.10.46. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao46.htm. Acesso em 
10/08/2010. 
BRASIL. CONSTITUIÇÃO DOS ESTADOS UNIDOS DO BRASIL, DE 10 DE 
NOVEMBRO DE 1937. “O PRESIDENTE DA REPÚBLICA DOS ESTADOS 
UNIDOS DO BRASIL, ATENDENDO às legitimas aspirações do povo brasileiro à 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%208.429-1992?OpenDocument
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8429.htm
https://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/viwTodos/4ed91893cbdd0e10032569fa0074213f?OpenDocument&Highlight=1,&AutoFramed
https://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/viwTodos/4ed91893cbdd0e10032569fa0074213f?OpenDocument&Highlight=1,&AutoFramed
https://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/viwTodos/362641da8a5bde02032569fa00742174?OpenDocument&Highlight=1,&AutoFramed
https://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/viwTodos/362641da8a5bde02032569fa00742174?OpenDocument&Highlight=1,&AutoFramed
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao34.htm
https://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/viwTodos/4f201c7c04a5d57c032569fa0074225c?OpenDocument&Highlight=1,&AutoFramed
https://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/viwTodos/c44c4a59ad7cbc37032569fa007421ec?OpenDocument&Highlight=1,&AutoFramed
https://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/viwTodos/c44c4a59ad7cbc37032569fa007421ec?OpenDocument&Highlight=1,&AutoFramed
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao46.htm
https://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/viwTodos/c34a95087782978c032569fa007421a9?OpenDocument&Highlight=1,&AutoFramed
https://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/viwTodos/c34a95087782978c032569fa007421a9?OpenDocument&Highlight=1,&AutoFramed
 
 
28 
 
paz política e social, profundamente perturbada por conhecidos fatores de 
desordem, resultantes da crescente a gravação dos dissídios partidários, que, 
uma, notória propaganda demagógica procura desnaturar em luta de classes, e da 
extremação, de conflitos ideológicos, tendentes, pelo seu desenvolvimento 
natural, resolver-se em termos de violência, colocando a Nação sob a funesta 
iminência da guerra civil; ATENDENDO ao estado de apreensão criado no País 
pela infiltração comunista, que se torna dia a dia mais extensa e mais profunda, 
exigindo remédios, de caráter radical e permanente; ATENDENDO a que, sob as 
instituições anteriores, não dispunha, o Estado de meios normais de preservação 
e de defesa da paz, da segurança e do bem-estar do povo; Sem o apoio das 
forças armadas e cedendo às inspirações da opinião nacional, umas e outras 
justificadamente apreensivas diante dos perigos que ameaçam a nossa unidade e 
da rapidez com que se vem processando a decomposição das nossas instituições 
civis e políticas; Resolve assegurar à Nação a sua unidade, o respeito à sua honra 
e à sua independência, e ao povo brasileiro, sob um regime de paz política e 
social, as condições necessárias à sua segurança, ao seu bem-estar e à sua 
prosperidade, decretando a seguinte Constituição, que se cumprirá desde hoje em 
todo o Pais:”. Diário Oficial de 10/11/1937. Republicação no Diário Oficial em 11 e 
19/11/1937. Disponível em: . 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao37.htm. Acesso em 
05/08/2010. 
BRASIL. CONSTITUIÇÃO POLITICA DO IMPERIO DO BRAZILDE 25 DE 
MARÇO DE 1824. Constituição Política do Império do Brasil, elaborada por um 
Conselho de Estado e outorgada pelo Imperador D. Pedro I, em 
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de Improbidade Administrativa), e a Lei Complementar no 63, de 11 de janeiro de 
1990, que “dispõe sobre critérios e prazos de crédito das parcelas do produto da 
arrecadação de impostos de competência dos Estados e de transferências por 
estes recebidos, pertencentes aos Municípios, e dá outras providências”. 
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