Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Prof. Dr. Renato Bulcão UNIDADE I Estudos Disciplinares Política Para desvendarmos os sentidos da política, precisamos antes pensar na cultura que a sustenta. Política é uma atividade que varia de acordo com cada cidade, com cada país. A atividade política é um aspecto da atividade cultural de uma sociedade, que acaba influenciando as suas atividades socioeconômicas. Aquilo que é comido depende daquilo que é plantado. Aquilo que é construído, depende da forma como é utilizado. As formas de uso são dadas pela cultura. Mas cultura, assim como política, não é um substantivo com uma definição simples. Para aquilo que nos interessa, podemos dar à cultura um sentido mais simples: um conjunto de normas, valores e símbolos que constrói a ideia de tradição de uma sociedade. Os sentidos da Política O comportamento humano nos diversos meio ambientes acaba por formar hábitos e costumes. Hábitos são ações que se repetem diariamente na vida do indivíduo. Costumes são a forma que os indivíduos de um determinado local escolhem para realizar essas ações. Em todos os lugares do mundo é hábito se alimentar. Mas os costumes locais vão determinar as diferenças na culinária de cada lugar. O hábito deriva de uma necessidade humana. O costume é construído pela facilidade de criar um hábito. Os costumes formam a tradição e a tradição cria a herança cultural. Ambas formam padrões de comportamento no campo social e na atividade política. Os sentidos da Política Quando olhamos a atividade política de uma sociedade, verificamos que ela se manifesta como parte de sua ação cultural. Sempre há um grupo preocupado com a herança cultural da sociedade, que é a tradição. A tradição apela sempre à manutenção de costumes do passado. As análises sobre a cultura política indicam hoje em dia a preocupação com o funcionamento da democracia. Este ideal moderno de uma sociedade livre e igualitária é tentado em várias sociedades e até hoje temos dificuldades de implementá-lo. Os sentidos da Política Os princípios políticos da democracia na sua versão construída pelos filósofos do Iluminismo, vingaram de forma diferente em cada sociedade. Quando fazemos estudos comparativos entre as sociedades, percebemos quais características democráticas são importantes para cada sociedade. Isso significa que existem formas diferentes das pessoas se sentirem livres e iguais. Há um consenso de que a base da liberdade política é um contrato social, expresso através de uma constituição que assegura deveres e direitos aos cidadãos. Na política moderna é importante que as sociedades instituam um aparato legal que opere como a base social do Estado. Os sentidos da Política As leis representam acordos públicos que expressam o consenso daquela sociedade. Mas como o número de seres humanos cresceu por muito tempo sem que houvessem instrumentos de comunicação capazes de lidar com o crescimento da população, o Iluminismo pensou a democracia representativa com três poderes para resolver este problema. O poder legislativo deve ser formado por representantes do povo, escolhidos num processo eleitoral que seja lícito e permita a representação de posições divergentes. O poder executivo, também eleito legitimamente, deve administrar. Os sentidos da Política O poder judiciário deve demonstrar autonomia em relação ao executivo e é outro fundamento para a democracia. É interessante notar que na maioria dos países o poder judiciário constitui um corpo estável de funcionários públicos que não são votados, mas escolhidos através de concursos públicos apenas entre uma classe de profissionais, que são os advogados. Será que um médico, um bispo, um professor não sabem decidir o que é justo? Mas a justiça hoje em dia se tornou a interpretação técnica daquilo que está escrito na lei. Para entendermos a forma de interpretar, temos de entender a estrutura simbólica de uma cultura. Os sentidos da Política A tradição simbólica permite que as pessoas construam suas representações sobre as instituições políticas e sobre a prática associativa e colaborativa. No passado, este papel social estava diretamente ligado às funções e profissões que as pessoas exerciam. Um pescador vestia roupas de pescador, falava como um pescador e treinava seus filhos para serem pescadores. Ora, sabemos que não existem regras fixas para as categorias “roupas de pescador” ou “palavras de pescador”. Mesmo assim, o pescador enquanto ator social, acredita que ele habite a sua aldeia com uma participação especial: a construção da representação de si mesmo. As representações são os indícios que permitem investigar o comportamento político dos atores sociais. A construção simbólica Por isso que algumas sociedades insistem em manter valores tradicionais, que permitem uma cultura que pretende privilegiar poucos e subjugar a maioria das pessoas. Neste sentido, os valores individualistas, apoiados pelo exercício da força, acabam causando a apatia da maioria. A política acaba sendo apropriada por interesses de grupos particulares. Por outro lado, quando a cultura de uma sociedade permite, através da educação, que os valores cívicos sejam sedimentados na cultura, a política se torna decorrência destes valores. Este tipo de cultura possibilita a formação de cidadãos participativos. A construção simbólica Os valores cívicos dizem quais são os direitos e também quais são os deveres, as responsabilidades de cada um na sociedade. Para a democracia funcionar, um valor cívico importante é a noção de igualdade. A igualdade dos cidadãos perante a lei é a possibilidade de substituição dos cidadãos nas situações previstas pela lei, sem que mude o procedimento da lei. A igualdade moral ou jurídica de uma pessoa numa determinada condição não pode ser diferente daquela de outra pessoa nas mesmas condições. A construção simbólica Portanto, o juízo de igualdade só pode existir em um contexto no qual as condições de todas as pessoas começam de fato no entendimento de que todos os seres humanos nascem iguais e isso é suficiente para que todos sejam considerados equivalentes. Mas se a cultura de uma sociedade não considera todas as profissões igualmente importantes, a educação nessa sociedade ensina que algumas pessoas que exercem determinadas funções são melhores do que as outras. Nas sociedades não democráticas, as profissões que exercem a força e a violência, como os militares e políticos, os comerciantes ou industriais ricos que compram ou impõem sua vontade são as mais valorizadas. A construção simbólica Qual relação você consegue estabelecer entre a construção simbólica de uma sociedade e os sentidos da política? Interatividade A construção simbólica de uma sociedade é realizada pela educação que a sociedade elege para falar sobre sua história e sobre sua realidade. A posição social de cada profissão é determinada a partir da construção simbólica de uma sociedade. Nas sociedades democráticas, apenas o Estado, através da lei, pode exercer a força contra seus cidadãos. Em uma sociedade não democrática, todos aqueles que são violentos disputam o exercício da força. Dependendo da violência presente em uma sociedade, ela constrói um sentido diferente para a política local. Resposta Desde que nos tornamos seres humanos, aprendemos que há uma solução de compromisso entre segurança e liberdade. Como os seres humanos só se defendem bem em grupo, a segurança do grupo depende da cooperação. A liberdade é entendida como a ação individual espontânea. Vemos isso acontecer em uma família: quando as crianças são pequenas, precisam estar perto dos pais, pois eles zelam por sua segurança. Por isso, a liberdade da criança, e mais tarde do adolescente, precisa ser limitada para garantir sua segurança. Segurança ouLiberdade? O limite da liberdade para a garantia da segurança é a principal discussão entre a direita e a esquerda. O liberalismo tem lemas como: Viva e deixe viver. Faça e deixe fazer. O socialismo prefere lemas como: A liberdade de uma pessoa termina quando começa a liberdade da outra. Ser de direita é acreditar que existe um direito natural, que surge da natureza de cada um: da força de cada um. Ser de esquerda é acreditar que apenas o consenso coletivo permite a justiça entre as pessoas. Portanto, o exercício da força deve ser exercido apenas pelo Estado. Segurança ou Liberdade? O compromisso entre a liberdade e a segurança foi determinado pelo filósofo Emanuel Kant e complementado por Hegel: Para se ter liberdade com segurança é necessário que se adquira autonomia. Ser autônomo significa ter responsabilidade sobre si mesmo. Quando todos são igualmente autônomos, eles conseguem entender que participam da mesma sociedade, e portanto precisam cooperar entre si para proporcionar segurança para todos. Segurança ou Liberdade? Se a educação ensina às crianças e adolescentes a serem autônomos, é possível que uma sociedade alcance um grau maior de liberdade e ao mesmo tempo de segurança. Nos países onde isso acontece, a qualidade de vida das pessoas é maior, por que o respeito mútuo substitui a violência para impor a ordem. Nos países onde há diferenças na forma de educar as pessoas, algumas são formadas para serem autônomas, e a maioria é formada para obedecer regras. Apesar da educação permitir o desenvolvimento da reflexão, a educação que impede a autonomia é construída com crenças. Segurança ou Liberdade? A educação para a autonomia está preocupada com que o aluno entenda o que ele está aprendendo. A educação para a obediência está preocupada com que o aluno acredite no que ele está aprendendo. Existe uma confusão entre acreditar e saber de cor: Eu posso saber de cor o Hino Nacional, mas não acreditar que o Brasil é “gigante pela própria natureza”, nem é um “impávido colosso”. Se eu refletir com autonomia, vou questionar essas ideias, mas se eu acreditar que o que me ensinaram é verdadeiro, não vou questionar essas ideias. Segurança ou Liberdade? Quanto maior a quantidade de pessoas em uma sociedade que acreditam em crenças, maior o número de preconceitos. Quanto maior for a crença de que a liberdade é poder ficar o dia inteiro deitado na rede sem fazer nada, maior o número de pessoas que se recusam a cooperar com as outras. Quanto maior o número de pessoas que confundem egoísmo com liberdade, maior será a violência para que a maioria das pessoas obedeça a minoria. Quanto mais violência, menos justiça. Assim, quanto menos justiça, menos segurança. Segurança ou Liberdade? Como é difícil modificar o sistema de educação rapidamente para que a população aprenda o que é autonomia, mesmo algumas sociedades com sistema político de esquerda preferem ensinar pela crença. Assim, há propostas de esquerda que ensinam que a boa sociedade é aquela onde não há liberdade para haver segurança. Mas também há algumas sociedades de direita que preferem instaurar ditaduras em nome da segurança. Donde concluímos que há sociedades que adotam crenças para justificar a falta de liberdade. Toda vez que isso acontece, a sociedade fica dividida entre os que podem e os que não podem. Segurança ou Liberdade? Uma ditadura é um regime político de direita ou de esquerda? Interatividade Uma ditadura não é nem de direita nem de esquerda. Uma ditadura é um regime baseado na força e na violência. Essa força é exercida sempre com o auxílio de militares. Em uma ditadura, a sociedade sempre é dividida entre os que podem e os que não podem. Uma ditadura é uma degeneração de uma democracia: as ditaduras nascem quando, em uma sociedade democrática, as crenças de seus participantes são tantas e tão diferentes que os preconceitos levam ao ódio. Como o ódio leva à violência e à desagregação social, a ditadura entra para impor a ordem através da força. Resposta Maquiavel foi um pensador que estava precisando de um emprego público e escreveu um manual para o militar que tinha conquistado sua cidade, chamando-o de Príncipe. O grande feito de Maquiavel foi ter descrito a natureza humana daqueles que preferem as crenças no lugar do conhecimento. Para Maquiavel, os seres humanos são violentos e corruptos por natureza. Por isso, toda proposta de governo que nasce da razão e da lógica é uma utopia que nunca consegue ser realizada. Maquiavel e a massa O maquiavelismo é um conjunto de regras que tem o objetivo de indicar o caminho por meio do qual as comunidades políticas podem ser renovadas mantendo as instituições intactas, ou mesmo fazendo o contrário, renovar as instituições para manter a comunidade política. Parece um jogo de palavras, mas de fato é uma fórmula simples para prover um estado de continuidade política ou intervir no estado para mudar seu destino político sem que aconteça nenhuma quebra da ordem pública. Maquiavel e a massa Renovar as comunidades políticas e manter as instituições intactas é, por exemplo, o que aconteceu no Brasil com o Golpe Militar de 1964: Foram extintos os partidos antigos e criados novos partidos para funcionarem com outras pessoas. Os políticos importantes dos antigos partidos foram presos ou exilados. Já o inverso aconteceu depois da Constituinte de 1988: as instituições foram renovadas, mas a comunidade política permaneceu a mesma. Nos dois casos a República Brasileira continuou existindo. Maquiavel e a massa Outra novidade percebida por Maquiavel foi a importância do acaso na vida real. Em todo pensamento filosófico as propostas políticas sempre são construídas como se a realidade pudesse ser submetida à razão. Mas a imprevisibilidade é uma condição da atividade política. O empenho político pressupõe que nunca se deve desistir de uma causa, e é importante participar ativamente dos eventos políticos, pois no fim das contas o resultado pode surgir do acaso. Maquiavel e a massa Para ele pouco importou se a eficácia de cada governo vinha revestida de algum caráter moral. O moralismo e a religião podem ser utilizados como forças políticas que, como qualquer outra força, procuram ter êxito. Muitas vezes, a ação política é eficaz, mesmo quando exercida por leis e regras imorais. Na política, os fins justificam os meios. A maior receita: Faça o mal de uma só vez; e administre o bem aos pouquinhos. As regras devem pretender beneficiar o povo. Maquiavel e a massa Quando lemos a história de um país, muitas vezes temos a impressão de que as coisas se repetem: os políticos mentem, os ricos atuam com violência e força contra os pobres, a injustiça é a regra. Por que será? Interatividade A experiência política humana vem se repetindo desde o Antigo Egito, passando pela Grécia Antiga, por Roma e por toda a história do mundo. De um lado, o comportamento humano parece ser previsível. De outro lado, o acaso que rege o espírito de um povo é responsável por não conseguirmos aprender com os erros do passado. Como pensamos sempre de forma individualista, aquilo que foi antes e aquilo que será depois não importa, condenando as pessoas no presente a repetirem as mesmas experiências do passado. Resposta No presente, os países apresentam variações do liberalismo e do socialismo. Apesar da democracia e da república serem formas majoritárias de governos em todo o mundo, ainda existem monarquias e tiranias. A maioria das monarquias aceita a democracia como regime político de fato e muitas repúblicas democráticas são tiranias disfarçadas. Nas democracias temos situações regionais onde o regime de fato é uma oligarquia ou uma aristocracia, em poucos paísesfunciona a democracia direta, com o voto dos cidadãos decidindo diretamente as ações legislativas. A política que te encerra Estamos vivendo um momento de transformações importantes na comunicação entre as pessoas. A internet, aliada ao telefone celular, modificou profundamente o registro e o comentário dos acontecimentos ao redor do planeta. Hoje, para cada ação temos como identificar suas consequências imediatas. As pessoas se interligam a partir de interesses pessoais comuns que ultrapassam até mesmo as fronteiras da língua, e devemos pensar a realidade social como redes de interesse que se entrelaçam de forma complexa. A participação política neste sentido ultrapassa as questões exclusivas do poder do Estado. A política que te encerra Vemos como grupos de indivíduos se organizam contra ou a favor de questões ecológicas, humanitárias, e ecoam pedidos de ajuda dos mais diversos locais do mundo. As opiniões ultrapassam as fronteiras nacionais, muitas vezes expressando as opiniões individuais, que também não estão mais limitadas às questões de classe. Por exemplo, o Japão acredita que sua política de estado em relação à permissão da pesca da baleia não deve sofrer nenhuma limitação por outros estados. Mas as baleias são pescadas nas águas internacionais, onde nenhum país tem poder de estado. A política que te encerra Então milhares de seres humanos se sentem no direito de reclamar contra a política do Japão, pois sentem que isto afeta a vida no planeta como um todo, e portanto a sua vida em particular. Essas atuações supranacionais também não dão aos ativistas nenhuma vantagem pessoal. Os militantes das redes sociais que são contra a pesca da baleia não estão reivindicando o direito de proibir os pescadores; eles estão reclamando dos pescadores e da sua pretensa liberdade de atuarem de forma egoísta sobre aquilo que elas entendem que é um bem comum, que são as espécies em perigo de extinção. A política que te encerra A realidade permitida pelas redes sociais de comunicação não extingue os problemas percebidos no passado, mas abre a perspectiva de uma complexidade nas relações sociais que nunca tinha sido verificada anteriormente. As eleições no mundo democrático passaram a ser acompanhadas por amostragens estatísticas para indicar intenções de voto. Os discursos políticos de diferentes tendências filosóficas tentam influenciar eleitores em todas as camadas da população, independentemente da classe social. A política que te encerra Surgem políticos que fazem grandes demonstrações públicas de demagogia, que prometem à esquerda e à direita, soluções futuras que a própria realidade social local impede que sejam cumpridas. Como lidar com estas atuações políticas? A natureza humana é uma extensão da natureza. Se tudo no planeta, desde a temperatura das águas do mar à força e velocidade das correntes aéreas é variável, também o comportamento de todos os organismos é variável. Hoje sabemos que cada ser humano exibe comportamentos diferentes e cada comportamento individual é importante para o comportamento do grupo. A política que te encerra Isto não era nem uma hipótese plausível há 50 anos, quando as ideologias combatiam por explicações gerais do comportamento humano. Neste novo cenário, muitos sugerem a ampliação do conceito da política para dar conta das inúmeras manifestações que sugerem mudanças sociais sem desejarem participar nem de fato, nem de direito, da vida dentro dos estados nacionais. Conceitos como o de alienação política, de que as pessoas não têm consciência de que abrem mão de decidirem sobre suas vidas para permitirem que uma classe oligárquica mande nelas, perdem sentido quando entendemos que as escolhas pessoais dependem muito mais de situações individuais, do que de um contexto político maior. A política que te encerra As dificuldades crescem quando confrontamos as ideias com a realidade. Um exemplo muito utilizado é a ideia liberal de liberdade de ir e vir. Para os liberais basta que este direito esteja contratado socialmente através da lei. Mas como permitir a todos a locomoção livre numa cidade? É melhor a solução individualista de cada um se locomover de acordo com as suas posses ou todos devem ser beneficiados com o transporte público e gratuito, uma ideia socialista? A política que te encerra Assim, a atividade política é necessária, seja em defesa de impostos mais baixos ou em defesa dos direitos dos animais. Dentro das repúblicas democráticas, um grupo de ativistas sempre pode influenciar a eleição de um representante ou mesmo o avanço de um partido dentro das regras democráticas. No Brasil, o maior exemplo contemporâneo foi a criação da Lei da Ficha Limpa. A proposta de lei recolheu 1,6 milhões de assinaturas a seu favor. A lei foi aprovada por votação no Congresso Nacional por unanimidade, pois nenhum deputado ou senador correu o risco de ser chamado de corrupto por ficar contra a lei. A política que te encerra Mas são justamente os políticos que estão no poder em todos os países que lutam contra compartilhar o poder com o povo. Cada vez mais a Internet é segura para pagamentos e acesso às contas bancárias, mas os políticos insistem que ela é insegura para votações. Isso porque no dia que todos nós votarmos as leis, os vereadores, deputados e senadores vão perder sua razão de ser. A política que te encerra Com a população decidindo através do voto direto, as minorias com problemas específicos poderiam apresentar seu ponto de vista político sobre suas questões específicas ao invés de elegerem poucos representantes que acabam não conseguindo fazer valer suas propostas frente à maioria das assembleias. Por outro lado, isto traria em todos os níveis de governo uma legitimidade maior das decisões políticas, confirmando a soberania popular. A política que te encerra A democracia com o voto direto pela Internet seria um espelho da moral de um povo. Por quê? Interatividade A moral é construída pela cultura de um povo, portanto, sua moral espelha sua cultura. Não se pode separar a moral de povo, nem pensá-la de maneira isolada como um conjunto de regras ou crenças religiosas. Resposta ATÉ A PRÓXIMA!
Compartilhar