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Exame físico completo
Semiologia (Universidade de Santa Cruz do Sul)
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Semiologia (Universidade de Santa Cruz do Sul)
Baixado por Isabele Cristine Franco (isabelecristine84@yahoo.com.br)
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SEMIOLOGIA 2017/2 
Morgana Trojahn 
EXAME FÍSICO 
 O Exame físico apresenta como técnicas básicas a inspeção, palpação, percussão e ausculta, 
que envolvem os sentidos humanos. 
 Inspeção: usa o sentido da visão para analisar a superfície corporal e as partes acessíveis das 
cavidades, podendo ser panorâmica ou localizada. A luz deve estar boa e instrumentos como 
lupas e lanternas podem ser utilizados para melhorar o campo de visão. Alguns aspectos que 
podem ser visualizados com a inspeção são: marcha, fáscies, biótipo, pele e mucosas 
(palidez, icterícia, cianosa), estado nutricional e de hidratação, nível de Consciência 
(atenção, orientação e memória), afetividade, humor e condições emocionais e padrão 
respiratório (eupneico ou dispneico). 
 
• Palpação: usa o sentido do tato e da pressão, podendo confirmar pontos observados na 
inspeção. É nela que se percebe-se modificações de textura, temperatura, umidade, 
espessura, consistência, sensibilidade, volume, dureza, elasticidade, vibração, crepitações 
presença de edemas. Existem inúmeras variantes de palpação quanto a sua semiotécnica. 
 
• Percussão: usa a audição para reconhecer intensidade, timbre e tonalidade de vibrações 
produzidas na superfície corporal do paciente. Essa técnica também apresenta inúmeras 
variações . 
 
• Ausculta: consiste em ouvir os sons produzidos pelo corpo que em geral são canalizados 
através de um estetoscópio para serem avaliados. 
 
EXAME FÍSICO GERAL 
 O exame físico é separado em duas etapas: o exame físico geral/somatoscopia/ectoscopia é 
a obtenção de dados gerais de vários sistemas orgânicos e segmentos pela visão do paciente como 
um todo. Depois, é feito o exame físico específico de cada sistema (segunda etapada). 
 O exame físico geral é feito com inspeção e palpação e ele aborda: 
1. Avaliação do estado físico geral : avaliação subjetiva da impressão reproduzida pelo 
paciente para compreender até que ponto a doença atingiu o organismo como um todo. 
 BEG: estado geral bom 
 REG: estado geral regular 
 MEG: estado geral ruim mau 
2. Avaliação do nível de consciência: análise do estado de vigília (percepção consciente do 
mundo exterior e de si mesmo) e o estado de coma grau IV através de 4 parâmetros: 
perceptividade, reatividade, deglutição e reflexos. 
 Obnubilado: paciente com certa confusão mental e distúrbios de ideação. 
 Coma grau I: leve comprometimento da consciência. 
 Coma grau II: perda de consciência quase total, respondendo apenas à estimulação 
dolorosa. 
Baixado por Isabele Cristine Franco (isabelecristine84@yahoo.com.br)
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 Coma grau III: perda de consciência completa do paciente, que não responde à 
nenhuma solicitação externa. 
 Coma grau IV: grau III com comprometimento dos sinais vitais, como parada 
respiratória, sendo mantida a ventilação por respiradores artificiais. Esse caso é 
chamado de morte cerebral e o paciente pode doar seus órgãos. 
 
3. Fala e linguagem: a fala depende de mecanismos que compreendem a laringe (órgão 
fonador), os músculos da fonação e a elaboração cerebral. 
 Disfonia/afonia: alteração do timbre da voz 
 Dislalia: alterações menores da fala, muito comum em crianças (troca do R pelo L) 
 Disartria: problemas para falar pela alteração nos músculos, lesões cerebrais ou 
hipertonia no parkinsonismo 
 Disfasia: incapacidade de dispor as palavras de forma compreensível, não havendo 
danos nos músculos da fonação ou na laringe. 
 
4. Avaliação do estado de hidratação: os parâmetros para analisar esse estado são alterações 
bruscas de peso, alterações da pele e mucosas, fontanelas em crianças, alterações oculares e 
estado geral do paciente. 
A desidratação é a diminuição de água e eletrólitos no organismo (sede, perda de peso, 
mucosas e pele secas, olhos afundados –enoftalmia-, fontanelas deprimidas, estado geral 
comprometido, oligúria e abatimento emocional). Ela pode ser classificada quanto à 
intensidade (1º, 2º e 3º grau) ou à osmolaridade (isotônica, hipotônica e hipertônica). 
 
5. Altura: a mensuração é comparada com uma tabela que relaciona idade, sexo e altura para 
identificar distúrbios de desenvolvimento físico em caso de desproporção. Outras medidas 
antropométricas relacionadas com a altura são: 
 Envergadura: distância entre os extremos membros superiores com abdução de 90° 
 Distância pubovértice: distância entre a sínfise pubiana e o ponto alto da cabeça 
 Distância puboplantar: distância entre a sínfise pubiana e a planta dos pés 
 
6. Peso: a mensuração é comparada com a idade e o sexo e também deve ser analisado pela 
proporcionalidade. Essa análise é feita pelo IMC (índice de massa corpórea) que calcula o 
peso dividido pela altura elevada ao quadrado. 
 Peso ideal 
 Peso máximo normal: 5 a 10% acima do ideal 
 Peso mínimo normal: 5 a 10% abaixo do ideal 
 
7. Circunferência abdominal e relação cintura-quadril: a circunferência abdominal é medida 
logo acima da crista ilíaca e a relação cintura-quadril (WHR) mede a circunferência da cintura 
e do quadril ao nível das espinhas ilíacas anteriores. 
 
8. Variações de peso: 
 Magreza: redução de 15% dos valores ponderais padronizados que pode ser 
constitucional (traço genético) ou patológica (diabetes, desnutrição, 
hipertireoidismo e outros) 
Baixado por Isabele Cristine Franco (isabelecristine84@yahoo.com.br)
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 Caquexia: extrema magreza com comprometimento do estado geral do paciente, 
sendo frequente em tuberculose avançada, desnutrição grave, AIDS, cirrose e 
neoplasias malignas. 
 Sobrepeso e obesidade: paciente está acima do peso normal máximo. O acúmulo de 
tecido acontece no tecido subcutâneo 
 
9. Avaliação do estado de desnutrição: deve ser avaliado por parâmetros como peso, 
musculatura, panículo adiposo, desenvolvimento físico, estado geral, pele, pelos e olhos. 
 Hiponutrição/desnutrição: peso está abaixo dos valores mínimos normais e 
panículo adiposo é escasso. A falta de proteínas altera a pele e os pelos e a falta de 
vitamina A está relacionada com problemas de visão, como sequidão da conjuntiva 
bulbar, fotofobia e perda de reflexo à luz. Existe o 1º (10%), o 2º(25%) e o 3º(40%) 
grau de desnutrição. 
 Deficiênciacalórico-proteica: pode ser por kwashiorkor (predominantemente 
proteica), marasmo (falta proteínas e calorias) ou inespecífica (famintos e 
desnutridos). 
 
10. Desenvolvimento físico: estudo antropométrico do paciente relacionado à idade e sexo. 
 Desenvolvimento normal 
 Hiperdesenvolvimento: gigantismo 
 Hipodesenvolvimento: nanismo 
 Hábito grácil: constituição corporal frágil e delgada, com ossatura fina e musculatura 
pouco desenvolvida 
 Infantilismo: permanência de características infantis na idade adulta. 
 
11. Fácies: conjunto de dados exibidos na face do paciente, resultando traços anatômicos e 
expressões fisionômicas. Algumas doenças apresentam traços característicos no rosto, 
podendo ser importantes para o diagnóstico. Os principais tipos são: 
 Fácies normal ou atípica: sem variações que 
caracterizem uma patologia 
 Fácies hipocrática: olhos fundos, parados e 
inexpressivos; nariz afilado e com batimentos das asas 
nasais; lábios delgados e cianóticos; suor excessivo; 
palidez. 
 Fácies renal: edema ao redor dos olhos; palidez cutânea. 
 Fácies leonina: pele espessa e com lepromas; ausência de supercílios; lábios grossos; 
aparecimento de nódulos nas bochechas. (Cara de leão) 
 Fácies adenoidiana: nariz pequeno e afilado; boca sempre entreaberta. Acontece na 
hipertrofia das adenoides (problemas de respiração) 
 Fácies parkinsoniana: cabeça para frente; olhar fixo; supercílios elevados. 
 Fácies basedowiana: exoftalmia (olhos salientes); aspecto de espanto; presença do 
bócio. Acontece no hipertireoidismo 
 Fácies mixedematosa: rosto arredondado; nariz e lábios grossos; pele seca e com 
sulcos; desânimo e apatia. Acontece no hipotireoidismo ou mixedema. 
 Fácies acromegálica: saliência das arcadas supra-orbitárias, proeminência das maçãs 
do rosto e aumento da maxilar inferior, nariz, lábios e orelhas, tornando os olhos 
relativamente pequenos. 
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 Fácies Cushingóide ou de Lua-cheia: arredondamento do rosto e surgimento de 
acne. 
 Fácies Mongolóide: prega cutânea no epicanto, tornando os olhos oblíquos e 
distantes um do outro. Rosto redondo, boca entreaberta e expressão de pouca 
inteligência. Síndrome de Down 
 Fácies de depressão: expressão cabisbaixa, com olhos sem brilho e distantes 
 Fácies pseudobulbar: súbitas crises de choro ou riso involuntárias mas conscientes 
(paciente tem aspecto espasmódico ao tentar se conter) 
 Fácies da paralisia facial periférica: assimetria da face, com dificuldade para fechar 
as pálpebras e repuxamento da boca para o lado são 
 Fácies miastênica/ de Huntchinson: ptose palpebral bilateral, fazendo o paciente 
franzir a testa e levantar a cabeça. Miastenia grave 
 Fácies do deficiente mental: traços faciais apagados, boca entreaberta e olhar 
disperso. 
 Fácies etílica: olhos avermelhados e ruborização da face, hálito etílico e voz pastosa. 
 Fácies esclerodérmica/ da múmia: quase completa imobilidade facial. 
 
 
12. Atitude e decúbito preferido no leito: algumas posições são conscientemente procuradas 
pelo paciente (voluntárias) e outras independem de sua vontade ou são resultantes de 
estímulos cerebrais (involuntárias). 
 Atitudes voluntárias: ortopnéica (melhorar respiração), genupeitoral (enchimento 
do coração em derrames), cócoras (alívio da hipóxia causada em cardiopatias), 
atitude parkinsoniana e atitude em decúbito lateral (alívio de dor pleurítica), dorsal 
(alívio da dor em inflamações pelvi-peritoniais) e ventral (cólica intestinal). 
 Atitudes involuntárias: atitude passiva, ortótona (tronco e membros rígidos), 
opistótona (contratura lombar – tétano e meningite), emprostótona (concavidade 
voltara para diante – tétano, meningite e raiva), pleurostótona (corpo se curva 
lateralmente – tétano e meningite), posição em gatilho (hiperextensçao da cabeça e 
encurvamento do tronco – irritação meníngea) e torcicolo. 
 
13. Mucosas: as mucosas conjuntivais, labiobucal, lingual e gengival podem ser examinadas por 
inspeção para análise de coloração, umidade e presença de lesões. 
 
14. Musculatura: olhar atentamente a superfície corporal com o paciente em repouso, 
observando o relevo das massas musculares. Depois, é feita a palpação com polpas digitais 
em forma de pinça para analisar troficidade e tonicidade. O trofismo é dividido em normal, 
Baixado por Isabele Cristine Franco (isabelecristine84@yahoo.com.br)
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hipertrófico (aumento da massa muscular) e hipotrófico (redução da massa muscular) e a 
tonicidade é subdividade em normal, hipertonicidade/espasticidade (estado de contração) e 
hipotonicidade/flacidez (tônus diminuído ou ausente). 
 
15. Movimentos involuntários: Observação de movimentos como: 
 
 Tremores: movimentos alternantes de pequena a média amplitude. Podem ser de 
repouso, de atitude/postura, de ação ou vibratório. 
 Movimentos coreicos (coréia): movimentos desordenados, multiformes e arrítmicos 
que manifestam-se na face e membros superior e inferior. 
 Movimentos atetósicos (atetose): movimentos lentos nas extremidades 
 Hemibalismo: movimentos violentos de grande amplitude e rápidos 
 Mioclonias: contrações musculares breves relatadas como choques 
 Mioquinias: contrações fibrilares do tipo ondulatório 
 Asterix (flapping): movimentos rápidos de segmentos distais como o bater de asas 
das aves 
 Tiques: movimentos sucessivos de um grupo muscular 
 Convulsões: movimentos súbitos e incoordenados 
 Tetania: crises excessivamente tônicas nas mãos e pés 
 Fasciculações: contrações breves, arrítmicas e limitadas a um feixe muscular 
 Discinesias orofaciais: movimentos rítmicos e repetitivos na face, boca, mandíbula e 
língua 
 Distonias: movimentos involuntários que envolvem grandes porções do corpo 
 
16. Temperatura corporal: a temperatura corporal é verificada de forma oral, retal, timpânica, 
arterial pulmonar, esofácica, nasofaringiana e vesical. As regiões podem apresentar 
diferentes temperaturas normais e a mensuração é afetada pela umidade e pela presença 
de pelos. 
A hipotermia é caracterizada pela queda da temperatura corporal pela redução da 
produção de calor ou pela exposição do corpo a fatores que aumentam a perda de calor. É 
considerado hipotermia quando o paciente está com menos de 35,5°C na região axilar. 
Inúmeras doenças e infecções podem causar um aumento na temperatura corporal, 
caracterizando um quadro de febre. Essa elevação pode acontecer, por exemplo como forma de 
proteção para matar agentes patógenos, bem como pela presença no organismo de substâncias 
tóxicas que alteram os centros termorreguladores. Por isso, a febre não é considerada uma 
doença, mas um sintoma manifestado em um corpo doente. A febre pode ser classificada por 
diferentes características: 
 
 Início: 
• Súbito 
• Gradual 
 
 Intensidade 
• Febrícula : até 37,5 °C 
• Febre moderada: de 37,5°C até 38,5°C 
• Febre alta/elevada: acima de 38,5°C 
Baixado por Isabele Cristine Franco (isabelecristine84@yahoo.com.br)
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 Duração 
• Indeterminada: menos de duas semanas 
• Prolongada: mais de duas semanas 
 
 Evolução: 
• Febre contínua : temperatura alta permanece constante durante o dia (existem pequenas 
variações de menos de 1° C por dia). Comum em infecções do trato urinário, pneumonia, 
tuberculose e febre tifóide. 
• Febre remitente: febre em que a temperatura oscila mais que 1°C por dia. Isso acontece em 
endocardite infecciosa. 
• Febre irregular/séptica: intercalação entre picos muito altos e baixos de temperatura 
• Febre intermitente: febre interrompidapor um período de temperatura normal 
• Febre recorrente/ondulante: febre vai e volta no organismo em questão de dias ou semanas. 
Esse processo é característico de pessoas com problemas no sistema imunológico. 
 
 
 
 
 
 Término 
• Crise: desaparece subitamente 
• Lise: desaparece gradualmente. 
 
17. Postura ou atitude na posição de pé: A postura do paciente pode ser caracterizada em boa, 
sofrível e má postura. Também são analisadas as afecções da coluna que acompanham a 
alteração na postura, como cifose, lordose e escoliose. 
 
18. Biotipo/tipo morfológico: conjunto de características morfológicas apresentadas por 
indivíduos semelhantes. A determinação do biótipo encontra sua principal utilidade na 
interpretação de variações anatômicas. 
• Longilíneo: pescoço longo e delgado, tórax afilado e chato, tendência para estatura elevada, 
musculatura delgada e panículo adiposo pouco desenvolvido 
• Mediolíneo: equilíbrio entre os membros e o tronco e desenvolvimento harmônico da 
musculatura e do panículo adiposo 
• Brevelíneo: pescoço curto e grosso, tórax volumoso, membros curtos em relação ao tronco, 
tendência para baixa estatra e panículo adiposo espesso. 
Baixado por Isabele Cristine Franco (isabelecristine84@yahoo.com.br)
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19. Marcha: analisada no exame neurológico, a marcha é o modo de andar do paciente. Ela 
pode apresentar alterações individuais ou patológicas. 
• Helicópode, ceifante ou hemiplégica: membro inferior é espástico e joelho não funciona 
adequadamente, fazendo o paciente formar semicírculos em cada passo. Comum em 
pacientes com acidente vascular cerebral. 
• Marcha anserina ou de pato: lordose lombar e afastamento das pernas. Comum na gravidez 
• Marcha parkinsoniana: marcha enrijecida e passos curtos e rápidos. Comum em portadores 
da doença de Parkinson. 
• Marcha cerebelar ou do ébrio: pés separados e paciente ziguezagueia como bêbado. 
Comum em portadores de lesões do cerebelo. 
• Marcha tabética: paciente com olhar fixo no chão e com calcanhares batendo abruptamente 
no chão. Comum em pessoas om perda de sensibilidade proprioceptiva (lesão medular). 
• Marcha de pequenos passos: passos curtos. Comum em paralisia pseudobulbar 
• Marcha vestibular ou em estrela: lateropulsão quando o paciente anda. Comum em 
pacientes com lesão vestibular 
• Marcha escarvante: paciente toca o chão com a ponta do pé e tropeça e por isso, levanta 
acentuadamente o membro inferior, lembrando o ‘’passo de ganso’’. Comum em paralisia 
dos movimentos de flexão dorsal do pé. 
• Marcha claudicante: paciente manca. Ocorre na insuficiência arterial periférica. 
• Marcha em tesoura ou espástica: membros inferiores enrijecidos se cruzam um na frente 
do outro, lembrando uma tesoura. 
 
SINAIS VITAIS 
 Os sinais vitais são os aspectos analisados pelo examinador que indicam a funcionalidade 
básica do organismo. 
1. Temperatura corporal: indica equilíbrio entre produção e perda de calor pelo organismo. 
 
Temperatura axilar 35,5 a 37 °C, com média de 36 a 36,5°C 
Temperatura bucal 36 a 37,3 °C 
Temperatura retal 36 a 37,5 °C, isto é, 0,5 °C maior que a axilar 
 
2. Pressão arterial: Força exercida pelo sangue contra a parede das artérias, por sua força 
elástica, sobre o sangue composta pro pressão sistólica e pressão diastólica. O método 
usando o esfigmomanômetro é posicionar o garrote acima da área a ser analisada 
(geralmente membro superior – artéria braqual). Então, o manguito é inflado até o 
desaparecimento do pulso radial (acrescentar 30 mmHg) e depois aberto para a ausculta. A 
pressão arterial ideal é de 12-8 mmHg. 
 
Fases de Korotkoff: 
• I. Aparecimento de sons, PA sistólica. 
• II. Batimentos com sopros. 
• III. Sopro desaparece, batimentos mais audíveis. 
• IV. Abafamento dos sons. 
• V. Desaparecimento dos sons, PA diastólica. 
 
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 A hipotensão arterial, também chamada de choque, é caracterizada pela queda de pressão 
arterial suficiente para causar sintomas no paciente. Ela é geralmente inferior a 90-60mmHg e pode 
ser causada por fatores cardiogênicos, hipovolêmicos, sépticos, neurogênicos e anafiláticos. 
 A hipertensão arterial é o aumento da pressão arterial, geralmente causada por um 
estreitamento da luz arterial, por ações vasoconstritoras (medicamentos e substâncias químicas), 
por deposição de placas ateromatosas no lúmen, por redução da contratilidade do vaso ou por 
aumento do líquido circulante 
3. Frequência cardíaca (pulso): A frequência cardíaca indica a quantidade de vezes que o coração 
bate por minuto e o seu valor normal, em adultos, varia entre 60 e 100 bpm. Porém, ela variar com a 
idade, se a pessoa faz alguma atividade física ou se possui alguma doença cardíaca. Ela pode ser 
mensurada com os dedos indicador e médio posicionados em algum pulso (geralmente o radial) e os 
batimentos são contados por 1 minuto. 
Bradsfigmia: < 60 pulso 
 Taquisfigmia: >100 pulso 
4. Frequência respiratória: sem avisar o paciente, conte a quantidade de respirações (movimentos 
torácicos) ele faz por um minuto. Em adultos, a frequência respiratória varia entre 14 a 20 mpm. 
EXAME DE PELE E FÂNEROS 
 No exame físico da pele, são analisados: 
 Coloração: palidez, eritrose (vermelhidão), cianose, icterícia, albinismo, bronzeamento da 
pele, dermatografismo (urticária factícia) e fenômeno de Raynaud. 
 Umidade 
 Textura 
 Espessura 
 Temperatura 
 Elasticidade e mobilidade 
 Turgor 
 Sensibilidade 
 Lesões elementares 
 Infecções cutâneas 
 
Quanto aos cabelos, é analisado tipo de implantação, distribuição, quantidade coloração, brilho, 
espessura e consistência. Nos pelos esses aspectos também são os principais para inspeção. 
Destaca-se o hirsutismo (pelos mais longos, duros e espessos em lugares comuns) e hipertricose 
(pilosidade excessiva em lugares incomuns). Ainda nos fâneros, são examinadas as unhas quanto ao 
ângulo de implantação, formato, espessura, superfície, consistência, brilho e coloração. 
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As lesões elementares ou eflorescências são modificações no tegumento que podem ter causa 
física, química, imunológica, ou animada que são induzidas por mecanismos neoplásicos, 
degenerativos, circulatórios e outros. Em 1808, Robert William agrupou essas lesões em oito itens: 
pápula, escama, exantema, bolha, pústula, vesícula, tubérculo e mácula. Já Schulmann classificou as 
alterações no seguinte sistema: 
 
1. Alterações de cor: 
 Mancha/mácula: alterações sem relevo ou depressão, se apresentando no mesmo plano da 
pele normal. 
 Manchas pigmentares: melanina e outras substâncias em desordem no organismo podem 
provocar alterações na coloração da pele. 
 Mancha hipocrômica: diminuição da cor da pele pela redução das quantidades de 
melanina. 
 Mancha acrômica: a ausência de melanina provoca a perda completa da cor da pele em 
determinada região, criando um contraste com o tom natural. Típica nos casos de 
vitiligo. 
 Mancha hipercrômica: excesso de melanina provoca tons mais escuros que o tom 
natural da pele. Presente no melasma. 
 Pigmentos endógenos: substâncias produzidas pelo organismo alteram a coloração da 
pele, como acontece com o excesso de bilirrubina (distúrbios de sua metabolização 
causam aspecto amarelado) 
 Pigmentos exógenos: substâncias como o caroteno (coloração alaranjada), clofazimina 
(coloração cinza) e tinta de tatuagens alteram a cor da pele. 
 Leucodermia: manchas brancas pela diminuição ou ausência da melanina. 
 
 Manchas vásculo-sanguíneas: podem ser provocadas por alterações vasculares, como 
extravasamento ou vasodilatações 
 Eritema: mancha vermelha por vasodilatação(desaparece com a digitopressão). 
Enantema: eritema nas mucosas. 
 Púrpura: mancha vermelha por extravasamento das hemácias que muda a coloração 
com o tempo pela alteração da hemoglobina (torna-se roxa e depois verde-amarelada). 
É denominada petéquia quanto possui até 1 cm e equimose quando tem mais que 1 cm. 
 Cianose: coloração azulada provocada pela redução da hemoglobina no sangue. 
Cianema: cianose nas mucosas. 
 
2. Formações sólidas: alterações de relevo na pele, podendo apresentar mudança de coloração, 
formadas pelo acúmulo de células em uma região. Não possuem conteúdo líquido e são subdivididas 
em: 
 Pápula: menor que 1 cm; pode ser epidérmica, 
dérmica ou mista. 
 Placa: maior que 1 cm; confluência de pápulas. 
 Nódulo: mais palpável que visível, contendo 
entre 1 a 3 cm 
 Tumor: maior que 3 cm 
 Goma: lesão endurecida que amolece com o 
tempo (saem secreções). É um nódulo que se 
liquefaz. Comum em tuberculose. 
 Vegetação: lesão pedunculada com aspecto de 
couve-flor 
 Verrucosidade: lesão elevada de superfície dura e 
inelástica formada por hiperqueratose. 
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3. Elevações edematosas: elevações circunscritas causadas por edema na derme ou hipoderme. 
 Urtica: elevação efêmera, irregular de tamanho e cor variável do branco ao vermelho 
pruriginosa. Formada pelo extravasamento de plasma, causando edema dérmico, podendo 
ser causada pela liberação de histamina e outras aminas vasoativas 
 Angioedema: edema circunscrito que pode acontecer no tecido subcutâneo (derme 
profunda-hipoderme), provocando tumefação. 
 
4. Coleções líquidas: eflorescências que apresentam conteúdo líquido, podendo ele ser seroso, 
sangue ou pus. 
 Vesícula: elemento circunscrito de pequenas dimensões, com conteúdo seroso citrino, 
causando elevação da pele. Pode ser formada por espongiose (edema intercelular na 
camada de Malpighi - eczemas) ou por balonização (degeneração intracelular malpighiana – 
viroses) . O conteúdo é claro e pode ser tornar turvo (pus) ou rubro (sangue). 
 Bolha/flictena: elemento líquido seroso de dimensões bem maiores que a vesícula, com 
saliência em abóboda. 
 Pústula: elemento de conteúdo purulento com dimensões variáveis. Podem ser foliculares 
(foliculite) ou interfoliculares (impetigo). Comum em acne. 
 Abscesso: acúmulo de pus em tecidos. São sintomas associados: rubor, calor, edema e dor 
local. 
 Hematoma: acúmulo de sangue em um tecido com tamanhos variados. É diferente da 
equimose por haver alteração de espessura. 
 
5. Alterações de espessura 
 Queratose/ceratose: espessamento superficial da pele pelo aumento da camada córnea, 
dando aspecto áspero e amarelado ou esbranquiçada. Comum em cotovelo, joelho, região 
palmar e plantar. 
 Liquenificação: espessamento da pele com acentuação de sulcos e da coloração pelo 
aumento da camada córnea e camada malpiguiana. Aspecto quadriculado. Trauma repetido 
pela coceira 
 Edema: espessamento das camadas da hipoderme até a derme pelo extravasamento de 
plasma. Coloração rósea. Depressível. 
 Esclerose: alteração na espessura pelo aumento da consistência da pele, tornando-se 
lardácea ou coriácea (‘’endurecimento da pele’’ – aspecto de couro de sapato). Acontece 
pela fibrose do colágeno. 
 Infiltração: espessamento e aumento da consistência da pele decorrentes do aumento de 
número de células (origem tumoral ou inflamatórias) . Comum da hanseníase 
 Atrofia: redução da espessura da pele pela queda da quantidade ou do volume de seus 
constituintes. Pele fina. 
 
6. Perdas e reparações teciduais 
 Escama: massa furfurácea (aspecto de farinha), micácea ou foliácea que se desprende da 
superfície por alteração de queratinização. Acontece na psoríase e na dermatite seborrácea. 
 Rrosão/exulceração: perda da camada superficial da pele – epiderme. Comum na herpes. 
 Escoriação: erosão traumática – coçar com a unha 
 Ulceração: perda circunscrita da derme e da epiderme, podendo atingir tecidos subjacentes 
 Crosta: compressão ao dessecamento de sangue, serosidade e pus quando há uma perda 
tecidual. Pode ser clara, amarelada ou escura. 
 Cicatriz: tecido resultante da reparação de um processo destrutivo. Tem aspecto variável e 
pode ser atrófica(‘’pra dentro’’) ou hipertrófica(‘’pra fora’’ – queloide). 
 
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EXAME DA CABEÇA 
Exame físico 
1. Inspeção geral: simetria, fácies, mímica, presença de lesões ou cicatrizes, pele e pelos. 
2. Palpação: analisar implantação e distribuição do couro cabeludo, abaulamentos, pontos 
dolorosos ou deformidades no crânio e ossos da face. 
3. Exames neurológicos dos pares cranianos 
4. Palpação de linfonodos: occipitais, auriculares posteriores, auriculares anteriores, tonsilares 
(amigdalianos), submandibulares, submentonianos, cervicais anteriores, cervicais 
posteriores, cervicais profundos (inclinar cabeça do paciente e ‘’empurrar’’ o 
esternocleidomastoideo) e supraclaviculares. Essa palpação permite a junção entre os 
exames físicos de cabeça e pescoço. 
‘’Linfonodos móveis, indolores, elásticos com temperatura de pele normal, superfície lisa e 
bordas regulares’’ 
 
 Na inspeção e palpação, podem ser identificados: 
 Alopécia: redução total ou parcial de pêlos/cabelos em uma área 
 Canície: perda de pigmento dos cabelos 
 Torcicolo: inclinação da cabeça para um lado pela contração de músculos do pescoço 
 
EXAME DA TIREOIDE 
Exame físico: 
1. Inspeção e palpação: avaliação do formato, volume, consistência, limites, sensibilidade, 
temperatura e posição da glândula. A palpação geralmente se faz com o paciente sentado e 
o médico atrás, com as mãos rodeando o pescoço. Para facilitar a palpação, o médico deve 
usar como referência a cartilagem tireóidea e cricóidea (a tireoide fica abaixo delas). Então, 
pedimos para o paciente deglutir, revelando onde está o istmo da tireoide. Encontrada a 
tireoide, podemos analisar seus lóbulos: com a mão esquerda, empurramos a traqueia para 
a direita, fazendo o lóbulo direito ‘’saltar’’ para frente, podendo ser palpado. 
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EXAME DOS OLHOS 
Principais sinais e sintomas 
 Sensação de corpo estranho: presença na córnea, na conjuntiva bulbar ou palpebral e 
conjuntivite; 
 Queimação ou ardência: conjuntivite, ceratite, sono insuficiente exposição à fumaça, poeira 
e produtos químicos; 
 Prurido: alergias ou vício de refração não corrigido 
 Sensação de olho seco: conjuntivite crônica, síndrome de Srogren e dificuldade de fechar 
corretamente a pálpebra (paralisia facial) 
 Lacrimejamento/epífora: defeito de drenagem ou excesso de secreção de lágrimas por 
inflamações na conjuntiva, hipertireoidismo, obstrução da via lacrimal excretora, glaucoma; 
 Dor ocular: inflamação da pálpebra, dacrioadenite, celulite orbitária, abscesso, conjuntivite, 
esclerite, corpo estranho corneano, sinusite; 
 Fotofobia/sensibiliadade à luz: inflamação corneana, afacia (ausência de cristalino), irite e 
albunismo ocular 
 Cefaleia 
 Hemeralopia e nictalopia 
 Xantopsia, iantopsia e cloropsia 
 Alucinações visuais 
 Sinal de Argyll-Robertson: miose irregular uni ou bilateral indicativa de neurossífilis 
 Síndrome de Claude-Bernard-Horner: enoftalmia, miose e ptose palpabral comum em 
tumores de ápice de pulmão (gânglio simpático cervical) 
 Tríade clássica da hipertensão intracraniana: edema de papila, cefaleia e vômitos 
 
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Exame físico 
1. Inspeção do aparelho visual (pode ser usada a palpação em concomitância) 
 Globo ocular e cavidade orbitária: distanciamento e simetria entre as cavidades, 
tamanho do globo, fraturas ou espessamento do rebordo ósseo 
 Aparelho lacrimal: volume e sensibilidade da glândula lacrimal, teste de Schirmer 
 Pálpebras: cor, textura, posição, movimentos e edemas 
 Cílios 
 Conjuntiva e esclera: a esclerótica 
normal deve ter cor branco-
porcelana (baixar a pálpebra 
inferior e pedir que o paciente 
olhe para cima) 
 Córnea: tamanho, irregularidades 
epiteliais e neovascularização 
 Pupila: cor, desvios, orifícios da 
íris e da pupila 
 Cristalino 
 Sobrancelhas 
 
‘’ Sobrancelhas simétricas e com presença adequada de pelos, cílios com implantação normal, olhos 
simétricos, pregas do epicanto normais, conjuntiva hidratada e corada e pupilas isocóricas e 
centrais’’. 
 
Na inspeção ocular é possível identificar 
 Exoftalmia: deslocamento anterior do globo ocular na órbita 
 Enoftalmia: afundamento anormal do globo ocular na órbita 
 Lagoftalmia: defeito no fechamento das pálpebras 
 Xantelasma: placas amareladas na pálpebra (acúmulo lipídico) 
 Hipertelorismo: afastamento dos olhos 
 Microftalmia: globo ocular pequeno 
 Escotoma: área de cegueira dentro de um campo visual 
 Diplopia: desvio ocular sem interesse na fóvea que causa ‘’visão dupla’’ 
 Calázio: nódulo inflamatório na pálpebra 
 Hordéolo: abscesso na glândula palpebral causada por infecções (terçol) 
 Epicanto: dobra de pele na pálpebra superior 
 Entrópio: pálpebra virada para dentro 
 Ectrópio: pálpebra virada para fora 
 Blefaroptose: pálpebras caídas 
 Midríase: dilatação das pupilas 
 Miose: contração das pupilas 
 Nistagmo: movimentos involuntários e rápidos do globo ocular 
 Estrabismo: desalinhamento dos eixos visuais dos olhos 
 Isocoria: pupilas negras e de mesmo diâmetro 
 Anisocoria: pupilas de diâmetros diferentes 
 Discoria: pupilas com contornos irregulares 
 Pterígio: crescimento de tecido da conjuntiva que compromete a córnea 
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 Pinguécula: depósito amarelo na conjuntiva 
 Xeroftalmia: globo seco e enrugado pela falta de secreção lacrimal 
 
 
 
2. Acuidade visual: permite analisar a queixa de perda ou de diminuição da visão. Em geral é 
feita com o quadro de Snellen, mas o médico pode solicitar que o paciente leia algum cartaz 
ou quadro à distância de 6 metros para detectar dificuldades. É feito com um dos olhos de 
cada vez e feita com a correção óptica caso o paciente use óculos ou lente de contato. 
‘’Acuidade visual em ambos os olhos’’ 
 
3. Reflexo pupilar: com uma iluminação uniforme, faz-se incidir um feixe luminoso sobre um 
olho para observar o movimento da pupila (reflexo fotomotor direto). Vedando a visão entre 
eles (colocar a mão no nariz do paciente), pode ser analisado o reflexo fotomotor indireto 
/consensual pela incidência de luz em um olho e observação do movimento no outro. 
‘’Reflexo pupilar direto e consensual normais e reação a aproximação de objetos normal’’ 
 
4. Exame de campimetria (campo visual): estudo da visão central e periférica. O médico pede 
que o paciente olhe fixamente em seus olhos e responda aos movimentos (mexendo ou 
parado) das mãos do médico, que deve fazer o teste com ambos os olhos e com um olho de 
cada vez. 
‘’Campos visuais preservados’’ 
 
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5. Movimentação ocular: pedir para o paciente acompanhar a ponta do dedo só com os olhos 
(pescoço fixo) e fazer a bandeira inglesa ou um H e a convergência (aproximar dedo à ponta 
do nariz do paciente) 
‘’Movimentos extraoculares normais’’ 
 
6. Fundoscopia/exame oftalmoscópico: o paciente deve estar com as pupilas dilatadas para 
que a periferia da retina seja visualizada e a sala deve estar com as luzes apagadas. O médico 
deve entrar com o oftalmoscópio inclinado lateralmente a 15° do paciente e com a outra 
mão segurar a sobrancelha dele (enquanto o paciente olha para um ponto fixo na parede). 
Nesse teste deve ser observado o reflexo vermelho, encontrar artérias e veias (deve-se 
saber a distinção). Seguindo a convergência dos vasos, observa-se o disco óptico, seu 
contorno e tamanho. As artérias são de cor vermelho-clara, são mais espessas e têm reflexo 
mais brilhante e as veias são vermelho escuras. 
‘’Reflexo vermelho preservado, disco óptico vertical e rosado, artérias e veias normais’’. 
 
 
EXAME DOS OUVIDOS 
Principais sinais e sintomas 
 Otalgia 
 Otorreia: saída de líquidos do ouvido 
 Otorragia 
 Prurido 
 Distúrbios da audição (disacusias): pouca perda (hipoacusia), muita perda (surdez) ou perda 
total (anacusia) 
 Zumbidos 
 Vertigem 
 Otite interna 
 Otite externa: confirmada com o sinal de Tragus (dor na manipulação) 
 
 
 
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Exame físico dos ouvidos: 
1. Inspeção e palpação: avaliação de simetria, implantação, nódulos, presença de pontos 
dolorosos, secreções e reações linfonodais periauriculares 
 
2. Otoscopia: com uma mão, mover a orelha para 
cima e para trás (segurando pelo hélix). Com a 
outra mão, posicionar o otoscópio lateralizado 
para inspecionar o meato acústico e o tímpano. É 
possível visualizar o ‘’brilho’’ dos ossículos da 
audição, formato do cabo martelo pela membrana 
timpânica, pelos, cerume e perfurações. 
‘’Meato acústico preservado, sem secreções e com 
presença de pelos. Tímpano perolado e sem 
secreções, abaulamentos ou perfurações. 
 
3. Acuidade auditiva: realizar algum barulho inesperado e identificar o movimento dos 
olhos/face na direção das ondas acústicas produzidas. 
‘’Acuidade auditiva normal e simétrica’’ 
 
4. Teste de Weber: vibrar o diapasão e posicioná-lo no vértice do crânio para identificar uma 
surdez unilateral pela lateralização do som. Pergunta-se ao paciente se ele escuta o som 
igualmente nos dois ouvidos. Se weber for positivo, a surdez perceptiva vai aumentar o som 
da vibração do lado saudável e a surdez condutiva vai aumentar do lado comprometido. 
‘’Weber negativo’’ (escuta igual dos dois lados) 
 
5. Teste de Rinne: vibrar o diapasão e posicioná-lo no processo mastoide e pedir para o 
paciente avisar quando parar de ouvir. Quando ele falar, colocar o diapasão próximo ao 
ouvido e ele deve dizer se ainda escuta. Esse teste é feito para comparar a condução aérea e 
óssea das ondas sonoras. No negativo, há deficiência auditiva de condução 
‘’Rinne positivo’’ (continua escutando quando o diapasão é colocado no ouvido) 
 
 
 
 
 
 
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EXAME DO NARIZ E SEIOS PARANASAIS 
Principais sinais e sintomas 
 Dor 
 Espirro 
 Epistaxe: sangramento nasal 
 Rinorreia: corrimento nasal 
 Alterações de olfato: diminuição (hiposmia), perda total (anosmia), aumento (hiperosmia), 
sensação de cheiros ruins (cacosmia) e interpretação errada de cheiros (parosmia) 
 Obstrução nasal 
 Ronco 
 Dispneia 
 Alterações na fonação 
Exame físico 
1. Inspeção e palpação do nariz: análise de formato, pele, desnivelamentos, deformidades, 
pontos dolorosos na inspeção externa. 
2. Palpação dos seios paranasais: seios frontal, maxilar e etmoidal 
3. Rinoscopia: Inclinar a cabeça do paciente e levantar a ponta do seu nariz. Com uma 
lanterna, fazer a inspeção. Na inspeção interna, investiga-se cornetos, mucosa, superfície da 
mucosa e septo. 
‘’Ausência de lesões,ausência de desvio de septo, ausência de manchas e machucados na 
pele. Mucosa úmida e rosada. Ausência de secreções. Presença de pelos’’ 
 
 
 
EXAME DA CAVIDADE BUCAL E ANEXOS 
Exame físico 
1. Inspeção: 
 Lábios: simetria, coloração, erupções, deformidades e movimento (n. VII) 
 Gengivas: sangramentos, gengivite e tumefações 
 Dentes: cáries, falhas e conservação 
 Língua: formato, cor, tamanho, papilas, lesões, freio e movimento (n. XII) 
 Palatos duro e mole: formato, lesões, erupções e movimento (n. IX – AAA) 
 Úvula: formato e movimento (AAAA) 
 Assoalho bucal 
 Amigdalas: tamanho, coloração e secreções 
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‘’ Mucosa róseo-avermelhada e úmida, dentes conservados, língua róseo-avermelhada simétrica e 
com papilas proeminentes. Presença dos óstios das glândulas salivares/orifícios de Stenon. 
Amígdalas normais e normocoradas. 
Na inspeção é possível identificar: 
 Língua cerebriforme: papilas irregulares 
 Língua geográfica: esfoliação das papilas 
 Língua bífida: duas pontas 
 Língua escrotal: língua com sulcos profundos (Down) 
 Língua saburrosa: acúmulo branco-acinzentado (tabagismo) 
 Língua seca: desidratação 
 Língua careca: deficiência de vitamina B12 e anemia 
 Língua negra/pilosa 
 Língua lisa e pálida: anemia ferropriva 
 Língua em framboesa: papilas vermelhas e hipertrofiadas (escarlatina) 
 Sialorreia/sialose: produção excessiva de saliva 
 Sialosquiese: produção reduzida de saliva 
 Candidose bucal/Candidíase/’’sapinho’’ 
 Aftas 
 Pênfigo: doença vesículo-bolhosa que acomete as mucosas 
 
 
 
EXAME DO SISTEMA RESPIRATÓRIO 
Principais sinais e sintomas 
 Dor 
 Tosse 
 Expectoração 
 Hemoptise: eliminação de sangue pela 
boca através da glote 
 Vômica: eliminação de pus e outros 
líquidos pela boca através da glote 
 Sibilância: chiado ou chieira 
predominante na fase expiratória 
causada pela redução do calibre da 
árvore brônquica 
 Rouquidão/disfonia: alteração na 
dinâmica das cordas vocais 
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 Cornagem: dificuldade inspiratória por redução do calibre das vias respiratórias superiores, 
se manifestando com ruídos e tiragem 
 Dispneia: dificuldade para respirar causada por fatores atmosféricos, obstrutivos, 
parenquimatosos, toracopulmonares, diafragmáticos, pleurais, cardíacos e teciduais 
 Eupneia: respiração normal. Frequência respiratória entre 16 a 20 rpm 
 Platipnéia: dispneia na posição ortostática. Pericardite 
 Ortopnéia: dispneia na posição deitado. Congetão pulmonar, IC esquerda 
 Trepopnéia: dispneia em decúbito lateral. Derrame pleural 
 Dispnéia paroxística noturna: sensação de falta de ar que interrompe o sono 
 
Exame físico 
1. Inspeção estática: avaliação do formato e simetria do tórax, abaulamentos e depressões, 
afecções da coluna, presença de cicatrizes e lesões, coloração, telangiectasia (presença de 
pequenos vasos na pele), sons anormais audíveis, cianose de extremidade e 
baqueteamento digital. 
‘’Forma normal de tórax, sem abaulamentos ou depressões. Ausência de cianose e de 
baqueteamento digital. Ausência de cicatrizes e lesões. Ausência de sons anormais 
audíveis. Ausência de telangectasia’’. 
2. Inspeção dinâmica: tipo respiratório (costal superior ou toracoabdominal), ritmo 
respiratório (eupneico, dispneico, platipneico ou ortopneico), amplitude do movimento 
(profundo ou superficial), frequência respiratória (eupneia, taquipneia, bradipneia, 
apneia), presença de tiragem, utilização de músculos acessórios na respiração (inspeção 
do pescoço – sinal precoce de obstrução das vias aéreas), batimento de asas nasais. 
Na inspeção, é possível identificar: 
 Tórax chato ou plano: pequeno diâmetro antero-superior, com as escápulas sobressalientes 
 Tórax em tonel ou globoso: aumento do diâmetro ântero-posterior, havendo 
‘’horizontalização’’ dos arcos costais. Enfisema e DPOC 
 Tórax infundibiliforme ou de sapateiro (pectus excavatum): depressão na parte inferior do 
esterno e na região epigástrica 
 Tórax cariniforme (pectus carinatum): esterno é proeminente e costelas horizontalizadas 
(tórax de pombo). Raquitismo na infância 
 Tórax cônico ou em sino: parte inferior alargada causando um formato de cone. Ascites 
volumosas e hepatoesplenomegalias 
 Tórax cifótico: curvatura da coluna dorsal formando uma gibosidade. Problemas posturais e 
mal de Pott 
 Tórax cifoescoliótico: cifose e escoliose 
 
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 Tiragem: depressão dos espaços intercostais durante a inspiração que pode ser unilateral 
(oclusão de brônquio) ou bilateral (oclusão acima da bifurcação traqueal) 
 Sinal de Lemos-Torres: abaulamentos dos últimos espaços intercostais na expiração. Comum 
em pequenos derrames pleurais 
 Sinal de Ramond: contração da musculatura paravertebral torácica. Indica 
comprometimento pleural 
 Respiração de Cheyne-Stokes: fase de apneia segida de incursões inspiratórias cada vez mais 
profundas até atingir um máximo para descer até uma pausa. Comum em insuficiência 
cardíaca, hipertensão intracraniana, traumatismos e acidentes vasculares cerebrais. 
 Respiração de Biot: fase de apnéia seguida de movimentos inspiratórios e expiratóros 
anárquicos. As causas são as mesmas que a respiração de Cheyne-Stokes 
 Respiração de Kussmaul: inspirações ruidosas, apneia em inspiração, expirações ruidosas e 
apneia em expiração. Causada pela acidose metabólica diabética 
 Respiração suspirosa: movimentos inspiratórios de amplitude crescente seguidos de 
expiração breve e rápida ou inspirações/’’suspiros’’ em meio ao movimento respiratório 
normal. Relacionado com tensão emocional e ansiedade. 
 
 
3. Palpação: palpar a coluna vertebral e a área como um todo procurando pontos 
dolorosos/hipersensíveis ou nódulos 
 
 
 Expansibilidade pulmonar: avaliar a simetria da 
expansibilidade pulmonar no ápice e na base (altura da 
9ª ou 10ª vértebra torácica) do pulmão fazendo pregas 
com as mãos e pedindo para o paciente inspirar fundo. 
As mãos colocadas sobre as fossas supraclaviculares é 
chamada de Manobra de Ruault. A redução da 
expansibilidade pode ser unilateral (infecção apical, 
derrames pleurais, hepatomegalias, esplenomegalia e 
traumatismos torácicos) ou bilateral (infecção apical, 
gravidez, ascite, obesidade grave, enfisema pulmonar e derrame pleural). 
 
 Frêmito toracovocal: avaliar a vibração e sua simetria no 
ápice, centro e base dos pulmões e axila posicionando a 
mão em toda a extensão do tórax (faces anterior, laterais 
e posterior) e pedindo para o paciente falar ‘’Trinte e 
três’’. As vibrações aumentam em casos de fibrose e 
pneumonias (consolidação de uma área pulmonar) e 
diminuem em DPOC, pneumotórax e derrames pleurais 
(impedimento da transmissão de ondas sonoras). 
 
4. Percussão: o médico inicia a percussão comparativa e simétrica na face anterior e depois 
faz dos lados, pedindo que o paciente levante os braços para fazer a percussão axilar (2 
pontos em cada lado). Após, o examinador se posiciona atrás do paciente e pede para ele 
fazer a manobra facilitadora de ‘’se abraçar’’ para percussão posterior de 8 pontos nas 
costas (4 em cada hemitórax). Os sons que podem ser identificados na percussão são: 
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 Som claro pulmonar/ claro atimpânico: área de projeção 
dos pulmões 
 Som timpânico no espaço de Traube 
 Som maciço na região inferiorao esterno 
 Som maciço na região inframamária direita (fígado) e 
região precordial 
‘’Sons claros pulmonares simétricos’’ 
 
 
5. Ausculta: o examinador deve pedir que o paciente respire fundo com a boca entreaberta 
cada vez que mudar o estetoscópio de lugar. A ausculta começa na região posterior, 
passando para a lateral e depois face anterior e é feita de maneira simétrica, comparando 
os dois hemitórax. 
 Posterior: ausculta de murmúrios vesiculares na periferia dos pulmões, contando 
6 pontos posteriores e 4 pontos axilares. Também é feita a ausculta da voz falada 
(ausculta vocal) no ápice, centro e base do pulmão e na região axilar enquanto o 
paciente fala o nome da mãe ou outra informação que o examinador não saiba. A 
pectoriloquia fônica é quando o examinador identifica o som, a pectoriloquia 
afônica é quando esse som é identificado no cochicho e broncofonia é a 
identificação parcial do som. 
 
‘’Murmúrios vesiculares uniformemente distribuídos, sem ruídos adventícios. 
Ressonância vocal normal, sem sons compreensíveis.’’ 
 
 Anterior: ausculta do som traqueal na fúrcula esternal, da respiração brônquica 
no 2º espaço intercostal (borda esternal) e da respiração broncovesicular 
 
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 Na ausculta, os sons pleuropulmonares normais são som traqueal, respiração brônquica, 
respiração broncovesicular e murmúrio vesicular. Os principais sons anormais são: 
 Estertores: ruídos anormais descontínuos audíveis na inspiração ou expiração. Podem ser: 
 Finos/crepitantes: agudos e de curta duração. Ocorrem no final da inspiração e 
são comuns em pneumonia e congestão pulmonar. Não são alterados com a tosse 
 Grossos/bolhosos: graves e de ‘’longa’’ duração. Ocorrem no início da inspiração 
e em toda a expiração e são comuns em bronquite crônica e atelectasia. Sofrem 
alteração com a tosse. 
 Roncos: ruídos anormais contínuos graves formatos nas vibrações das paredes brônquicas 
quando há estreitamento de ductos, como asma brônquica, bronquite, bronquiectasias e 
obstruções localizadas. Manifestam-se em todo o ciclo respiratório, sendo predominantes 
na expiração. 
 Sibilos: também se originam de estreitamentos na árvore brônquica como asma e bronquite 
 Estritor: som produzido por uma semi-obstrução na laringe ou traqueia, como na difteria, 
laringites agudas, câncer da laringe e estenose da traquéia. 
 Sopros: quando o pulmão perde sua textura normal, como na pneumonia bacteriana e no 
pneumotórax hipertensivo, ele produz um sopro brando que pode aparecer em certas 
regiões do tórax (traqueia, região interescapular e 7ª vértebra cervical). 
 Atrito pleural: nas pleurites, o deslizamento entre os folhetos visceral e parietal da pleura 
produz um som de ‘’rangido de couro atritado. Esse som é grave e de longa duração 
 
As principais síndromes brônquicas e pleuropulmonares são: 
 Asma brônquica: hiper-reatividade das vias respiratórias inferiores e estreitamento 
difuso dos condutos respiratórios. O paciente apresenta crises de dispneia, dor torácica 
difusa, tosse (seca e depois mucoide), tiragem intercostal e uso da musculatura 
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acessória. Há diminuição do murmúrio vesicular com expiração prolongada e sibilos em 
ambos os campos pulmonares. O frêmito toracovocal também é reduzido. 
 
 Bronquites: a aguda é causada por um vírus ou bactéria que compromete as vias 
respiratórias, causando febre, cefaleia, mal-estar, tosse seca e depois mucoide e 
rouquidão. Clinicamente, manifesta-se por estertores grossos em ambos os pulmões, 
roncos e sibilos esparsos. A bronquite crônica é caracterizada pelo excesso de secreção 
de muco na árvore brônquica. 
 
 
 Bronquiectasias: dilatação dos brônquios pela destruição de componentes da parede 
desses ductos, podendo ser congênitas ou derivadas de infecções como tuberculose e 
coqueluche. A manifestação clínica mais comum é a tosse produtiva com expectoração 
mucopurulenta principalmente pela manhã, havendo também hemoptise. Ao exame 
físico, podem ser observados: redução da expansibilidade, submacicez, estertores 
grossos na área afetada, roncos e sibilos. 
 
 Broncopneumonias: lesões brônquicas que afetam os alvéolos, sem condensação como 
nas pneumonias. São auscultados estertores finos. 
 
 Síndrome de consolidação pulmonar: pneumonias, infarto pulmonar e tuberculose 
causam ocupação dos espaços alveolares por células e exsudato, alterando as condições 
respiratórias do paciente (dispneia). No exame físico a expansibilidade é diminuída, o 
frêmito toracovocal é aumentado no lado afetado, há submacicez ou macicez da área 
afetada e na ausculta podem ser ouvidos estertores finos, broncofonia e pectorilóquia. 
 
 Atelectasia: desaparecimento de ar dos alvéolos causada por obstruções de corpo 
estranhos, compressões anatômicas e neoplasias brônquicas. Ela manifesta-se por 
retração do hemitórax, tiragem, expansibilidade diminuída, frêmito toracovocal 
diminuído, submacicez e respiração broncovesicular reduzida. 
 
 Enfisema pulmonar (doença pulmonar obstrutiva crônica): aumento anormal dos 
espaços aéreos, limitando o fluxo aéreo dos alvéolos e consequentemente causando 
dispneia que se agrava lentamente. A expansibilidade é diminuída, o frêmito toracovocal 
é diminuído, hipersonoridade na percussão conforme o tempo e murmúrios vesiculares 
diminuídos com fase expiratória prolongada. Com o agravamento da doença, o tórax 
começa a apresentar formato em tonel. Os achados extratorácidos da DPOC são 
baqueteamento digital, batimento de asa da nariz e cianose de extremidades e perioral. 
 
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 Pleurite: inflamação dos folhetos pleurais causados por tuberculose, viroses, neoplasias, 
pneumonia e outros que pode ser aguda (atrito pleural) ou crônica (murmúrios 
vesiculares diminuídos). Ambas as formas apresentam submacicez, expansibilidade 
diminuída e frêmito toracovocal diminuído. 
 
 Derrame pleural: acúmulo de líquido entre os folhetos pleurais que acontecem em 
pleurites, pneumonias, neoplasias, síndrome nefrótica, insuficiência cardíaca e outras 
patologias. Suas manifestações dependem do volume de líquido acumulado, mas em 
geral são apresentados: expansibilidade diminuída, frêmito toracovocal abolido, som 
maciço na área afetada, murmúrio vesicular diminuído na área do derrame e presença 
de estertores finos. 
 
 Pneumotórax: ar acumulado no espaço pleural 
por lesões traumáticas, ruptura de bolha 
subpleural, tuberculose e neoplasias. As 
principais manifestações clínicas são dor no 
hemitórax afetado, tosse seca e dispneia. Ao 
exame físico, são observados: expansibilidade e 
frêmito toracovocal diminuídos, hipersonoridade 
(som timpânico) na percussão, murmúrio 
vesicular diminuído e possíveis abaulamentos 
dos espaços intercostais. 
 
 
EXAME CARDIOVASCULAR 
Principais sinais e sintomas 
 Dor 
 Palpitações: percepções incômoda dos batimentos cardíacos 
 Dispneia 
 Tosse e expectoração 
 Sibilância, chieira ou chiado 
 Hemoptise 
 Síncope e lipotimia (desmaio) 
 Alterações de sono 
 Cianose 
 Edema 
 Astenia 
Exame físico 
1. Inspeção: avaliação do formato do tórax, distribuição de pêlos, presença de massas, 
abaulamentos, presença de batimentos na fúrcula e pulsações anormais. A inspeção é 
sempre feita do lado direito do paciente. 
‘’ Tórax sem abaulamento.’’ 
 
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 Ictuscordis: é o contato da região anterior do 
ventrículo esquerdo com a parede torácica durante 
a contração do ciclo cardíaco. Em condições normais 
o ictus cordis é localizado na linha hemiclavicular 
esquerda ou medialmente a ela no 4º ou 5º espaço 
intercostal. Sua observação é feita em decúbito 
dorsal e depois com o examinador nos pés do 
paciente. Deve ser analisado localização, tipo, mobilidade, extensão (polpas 
digitais), intensidade, ritmo e frequência. 
‘’Ictus cordis no 5º espaço intercostal, na linha hemiclavicular com uma polpa 
digital.’’ 
 
 
2. Palpação: 
 Ictus cordis: palpação para identificar seu tamanho (em polpas digitais). Feita com 
manobra facilitadora em decúbito lateral esquerdo com braço esquerdo atrás da 
cabeça (manobra de Pachon) 
 Bulhas 
 Frêmito cardiovascular: verificar localização, intensidade e situação no ciclo 
cardíaco 
 Pulsações carotídeas 
 Pulsação na fúrcula 
 Pulso: calcular frequência cardíaca 
 Ordenha jugular: verificação do pulso venoso feita na veia jugular interna (ângulo 
reto com o átrio direito) ou pela veia jugular externa (fácil acesso). O paciente 
deve estar deitado em decúbito dorsal, com a cabeceira da cama elevada à 45 
graus. Faz-se uma compressão da veia com os dois dedos indicadores, retirando o 
sangue daquela área do vaso. O dedo ‘’de baixo’’ é solto para analisar se existe 
retorno de sangue venoso para a cabeça (indicando obstruções ou deficiências 
valvares e insuficiência cardíaca). Faz-se novamente a ordenha e o dedo ‘’de 
cima’’ é retirado para conferir que o sangue continua no fluxo correto. 
 
3. Ausculta 
 Carótidas: pedir para o paciente prender 
a respiração e auscultar com a 
campânula 
 Pulsação na fúrcula: pedir para o 
paciente prender a respiração 
 Pulsos periféricos: pulsação radial, 
braquial, femoral, poplítea, tibial 
posterior ou pediosa. 
‘’ Pulsos palpáveis, simétricos, com ritmo 
regular e ondas normais.’’ 
 
 
 
 
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 Focos de ausculta: 
 Foco aórtico: 2º espaço intercostal direito na região justaesternal 
 Foco pulmonar: 2º espaço intercostal esquerdo na região justaesternal. 
Melhor área para percepção de desdobramentos fisiológicos e patológicos 
 Foco aórtico acessório: 3º espaço intercostal esquerdo região justaesternal 
 Foco tricúspide: base do apêndice xifoide, lado esquerdo. Pode ser 
auscultado com campânula e com diafragma. 
 Foco mitral: entre 4º e 5º espaço intercostal esquerdo, corresponde ao ictus 
cordis. Melhor área para percepção de alteração das bulhas, estalidos e 
sopros. É auscultado com o diafragma em decúbito dorsal em 30° e com a 
campânula em decúbito lateral e sentado. 
 
 Bulhas cardíacas: 
 B1 (TUM): fechamento das valvas mitral (antes) e tricúspide (depois). 
Coincide com o foco mitral/ictus cordis. 
 B2 (TÁ): fechamentos das valvas aórtica (antes) e pulmonar (depois). 
 B3 (TU): vibrações produzidas pela corrente sanguínea que penetra a 
cavidade durante o enchimento ventricular rápido. 
 B4: fim da diástole. 
‘’Bulhas normofonéticas e regulares/rítmicas, binárias (em dois tempos), sem 
sopro.’’ 
 Durante a ausculta, o examinador pode realizar a manobra de Rivero-Carvalho, em que ele 
solicita ao paciente que ele inspire profundamente e tranque a respiração. Isso aumenta o fluxo de 
sangue para o átrio (mais pressão), deixando mais clara a ausculta dos sopros na tricúspide. Dessa 
forma, a manobra é utilizada para diferenciar sopros da insuficiência da tricúspide do da 
insuficiência mitral. Se não houver alteração, o teste é negativo (sopro na valva mitral). Se o sopro 
aumentar sua intensidade, a manobra é positiva e o sopro é originado na valva tricúspide. 
 
 
 
 
 
 
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EXAME DO ABDOMEN 
Exame físico 
1. Inspeção: dividida em estática e dinâmica. 
 Divisão por quadrantes: quadrantes superior direito, superior esquerdo, inferior 
direito e inferior esquerdo 
 Divisão por regiões: hipocôndrio direito, epigástrio, hipocôndrio esquerdo, flanco 
direito, mesogástrio ou periumbilical, flanco esquerdo, fossa ilíaca direita, 
hipogástrio e fossa ilíaca esquerda. A divisão é feita no rebordo costal e na crista 
ilíaca com as linhas hemiclaviculares. 
 
 
 Formas: normal, globoso, pendular/ptótico, ventre de batráquio, em avental e 
escavado/escafoide/côncavo 
 Simetria: abdome assimétrico pode ser apresentado em megacolon, fecaloma ou 
Doença de Chagas 
 Abaulamentos ou retrações 
 Cicatriz umbilical: plana, intrusa ou protusa. 
 Distribuição de pelos 
 Alterações de pele, lesões, manchas e estrias 
 Circulação colateral 
 Movimentos peristálticos visíveis 
 Pulsações visíveis 
 Movimento respiratório: torácica, abdominal ou toraco-abdominal 
 Diástase dos músculos retos do abdome 
 Sinal de Cullen: equimose periumbilical que indica hemorragia intraperitoneal 
 Sinal de Grey Turner: equimose nos flancos que indica hemorragia retroperitoneal 
 
‘’Abdome normal, com distribuição adequada de pelos para sexo e idade, sem 
abaulamentos, sem alterações de pele ou cicatrizes. Cicatriz umbilical protusa. Ausência de 
circulação colateral. Movimentos peristálticos não visíveis e pulsações não visíveis. 
Respiração abdominal. Auência de sinal de Cullen e de Grey Turner.’’ 
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 Conforme a localização, forma e extensão das cicatrizes, podemos inferior alguns 
procedimentos ou cirurgias anteriores: 
 Flanco direito: colecistectomia 
 Flanco esquerdo: colectomia 
 Fossa ilíaca direita: apendicectomia, herniorrafia 
 Hipogástrio: histerectomia 
 Fossa ilíaca esquerda: herniorrafia 
 Linha média: laparotomia 
 Região lombar: nefrectomia 
 Linha vertebral: laminectomia 
 
2. Ausculta: feita com o diafragma do estetoscópio. O examinador está sempre ao lado 
direito do paciente no exame de abdome (exceto em manobras especiais). É feita antes da 
percussão e palpação para que não tenha estímulo de movimentos peristálticos. 
 Auscultar os 4 quadrantes do abdômen por 2 minutos. Deve-se ouvir ruídos 
hidroaéreos. 
‘’Ruídos aéreos audíveis’’. 
 Auscultar as artérias aorta abdominal (região do epigástrio), artérias renais (região 
periumbilical – um pouco acima) e artérias ilíacas externas. Não devem ser 
escutados ruídos. 
 
3. Percussão: percussão digito-digital das 9 regiões do abdome. Em geral, as regiões do 
hipocôndrio direito e esquerdo apresentam som maciço (fígado e baço não possuem ar) e 
o restante das regiões apresenta timpanismo, tratando-se de vísceras ocas. 
‘’Percussão normal. Maciçez identificada nas regiões do fígado e baço. Timpanismo 
identificado no restante do abdome.’’ 
 Hepatimetria: através da percussão o 
hemitorax direito de cima para baixo, 
identificamos o limite superior do fígado 
pela presença de um som submaciço. 
Então, usa-se uma fita métrica do ponto 
de limite superior do fígado até o limite 
inferior (identificado na palpação). 
Sempre deve ser feita antes da palpação 
de fígado. Os valores referentes de 
normalidade são entre 6 e 12 cm. 
‘’Limite superior do fígado no 6º espaço intercostal. Fígado de 8 cm, estando 
dentro do tamanho normal.’’ 
 
4. Palpação superficial: palpar as nove regiões para identificar tônus muscular, sensibilidade, 
presença de pontos dolorosos, tumorações e massas palpáveis. Também podem ser 
detectadas diástases (afastamento de músculos) ou hérnias. 
‘’Abdome sem pontos dolorosos. Sem massas palpáveis. Sem diástase ou hérnias.’’Baixado por Isabele Cristine Franco (isabelecristine84@yahoo.com.br)
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5. Palpação profunda: com as duas mãos (uma em cima da outra) palpar as nove regiões 
abdominais procurando os mesmos itens da palpação superficial e tentando identificar a 
posição e limites de órgãos. Caso o paciente tenha referido alguma dor antes do exame, o 
médico deve palpar todas as regiões e deixar a dolorosa por último para não interferir na 
percepção e sensibilidade do paciente. É possível palpar ceco (linha entre a cicatriz 
umbilical e a espinha ilíaca anterssuperior), colo transverso e colo sigmoide (quadrante 
inferior esquerdo). 
 
 Palpação do fígado: pedir para o paciente 
inspirar fundo e expirar. Com as duas mãos em 
posição de garras, o médico palpa durante as 
inspirações da região umbilical até o rebordo 
hepático (Técnica de Mathieu). Também pode 
ser feita a Técnica de Lemos-Torres, em que a 
mão esquerda do examinador faz uma leve 
compressão póstero-anterior no paciente para 
aumentar a superfície de exposição do fígado. 
Palpado, ele deve ser analisado por sua consistência (normal, diminuída ou 
aumentada), estado da borda inferior (fina ou romba), superfície (lisa ou irregular) 
e sensibilidade (indolor ou dolorosa). 
‘’Borda do fígado fina, com superfície lisa, sem irregularidades e distância de 1 cm 
do rebordo costal direito. Ausência de sensibilidade. Consistência 
parenquimatosa.’’ 
 
 
 Palpação do baço: o baço só é palpado quando sua localização ou tamanho estão 
alterados. Para procura-lo, pode ser feita a manobra em garra, em que as mãos 
palpam da região periumbilical até o rebordo costal esquerdo, ou a Manobra de 
Schuster, em que o paciente deve estar em decúbito lateral direito, com a perna 
direita estendida, coxa esquerda fletida e o braço esquerdo sobre a cabeça. Nessa 
última manobra, o examinador se posiciona a esquerda do paciente e realiza a 
palpação em garra. Caso o baço seja palpável, ele deve ser analisado quanto ao 
tamanho, distância em relação ao rebordo costal, características da borda, 
superfície e sensibilidade. 
‘’Baço não palpável’’ 
 
 
 
 
 
 
 
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 Palpação dos rins: fazer a Manobra de Lemos-Torres, 
colocando a mão esquerda na região lombar do 
paciente e com a direita ir comprimindo a região do 
rim durante as inspirações do paciente. No lado 
esquerdo, as mãos são trocadas (direita faz a 
compressão lombar e esquerda palpa o rim 
anteriormente).É feita uma ‘’compressão’’ do rim para verificar mobilidade, 
sensibilidade e localização do polo inferior. Não é feito no exame físico de rotina. 
‘’Rins não palpáveis.’’ 
 
 Palpação da bexiga: com a palpação profunda é possível identificar a forma da 
bexiga caso ela esteja com tamanho aumentado. Nessa situação, deve ser 
observado o grau de distensão em relação à sínfise pubiana. 
‘’Bexiga não palpável.’’ 
 
6. Exames específicos: 
 Irritação peritoneal 
1. Sinal de Blumberg: descompressão súbita da parede abdominal causa dor no 
paciente. Se acontece no ponto de McBurney, é indicativo de apendicite. 
2. Sinal de Rovsing: compressão ascendente do colo descendente, criando uma 
pressão retrógrada no quadrante inferior direito. Se causar dor, é indicativo 
de apendicite 
3. Manobra do obturador: flexão da perna direita e rotação interna da coxa. Se 
o paciente relatar dor, é indicativo de apendicite. 
4. Manobra do psoas: paciente em decúbito lateral esquerdo. O examinador 
realiza uma extensão da perna esquerda. Se o paciente relatar dor, é 
indicativo de apendicite. Essa manobra apresenta inúmeras variações. 
 
 
 
 Ascite de grande volume (mais de 1.500mL) 
1. Percussão por piparote: paciente posiciona a 
mão (borda cubital) na linha mediana do 
abdome. O examinador fica ao lado direito do 
paciente, com a mão esquerda repousada no 
flanco esquerdo. É feito um golpe (peteleco) 
no flanco direito. Se a mão esquerda perceber 
ondas líquidas, é indicativo de ascite. 
 
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2. Manobra do rechaço: a mão faz uma leve compressão na parede abdominal e 
com as polpas digitais realiza um impulso rápido. Quando ondas líquidas são 
perceptíveis na mão, é indicativo de ascite. 
 
 Ascite de médio volume 
1. Macicez móvel: paciente em decúbito lateral e percussão de todo o abdome 
(de ‘’cima para baixo’’) para comparar o timpanismo e a macicez quando 
houver a troca de lados. Em decúbito lateral direito, o timpanismo é no lado 
esquerdo e a macicez do lado direito e vice-versa. Quando for identificada 
esse volume de líquido móvel, é ascite. 
2. Semicírculos de Skoda: com o paciente em decúbito dorsal, o examinador 
realiza a percussão da região periumbilical até o andar inferior do abdome – 
onde o líquido deve estar acumulado pela posição. Delimita-se uma linha 
semicircular na transição entre timpanismo e macicez, formando uma 
concavidade. 
 
 
 Ascite de pequeno volume (menos de 500mL): percussão por Piparote na região 
do baixo ventre. É de difícil identificação, por isso o diagnóstico geralmente é feito 
com ultrassonografia abdominal. 
 
 Hérnias: a manobra de Valsalva é feita no exame abdominal para identificar 
hérnias umbilicais. O examinador deve pedir para o paciente assoprar com força o 
dorso da mão (‘’fazer força de cocô). Caso exista uma hérnia, a cicatriz umbilical 
torna-se protusa. 
 
 Diástese dos retos: com o paciente em decúbido dorsal, o médico eleva a cabeça 
com força. Distensão dos músculos é visível com esse movimento. 
No exame de abdome, existem inúmeros pontos e espaços de destaque: 
 Espaço de Traube: espaço delimitado pelo diafragma, borda costal esquerda, lobo 
esquerdo do fígado e linha axilar anterior. Em geral, essa região apresenta som timpânico 
 Ponto cístico: rebordo costal direito e borda externa do músculo reto-abdominal. 
 Ponto de McBurney/apendicular: é feita uma linha imaginária entre o umbigo e a 
espinha ilíaca direita. Em 2/3 dessa linha, está localizado o ponto de McBurney, que 
representa a localização do apêndice. 
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Também, conforme os exames feitos, alguns sinais e sintomas são detectados: 
 Sinal de Murphy: quando o espaço de Traube é comprimido e o paciente começa a inspirar 
mas pára por relatar dor aguda, o sinal de Murphy é positivo. Indica colicistite aguda. 
 Sinal de Courvoisier-Terrier: vesícula biliar palpável e indolor em pacientes com icterícia. 
Indica neoplasia na cabeça do pâncreas. 
 Sinal de Jobert: desaparecimento da macicez hepática, substituída por timpanismo. Indica 
pneumoperitônio. 
 Sinal de Giordano: dor na punho-percussão lombar. Indica pielonefrite. 
 Acalasia: relaxamento parcial do esfíncter inferior do esôfago. 
 Odinofagia: dor ao engolir alimentos 
 Disúria: micção associada à dor ou desconforto. 
 Oligúria: volume de urina inferior à 400 mL/dia 
 Polaciúria: intervalo das micções inferior a 2h 
 Polidipsia: sede excessiva 
 Poliúria: volume de urina superior a 2500 mL/dia 
 Enurese: incapacidade de reter urina durante o sono 
 Esteatorréia: gorduras em excesso nas fezes. 
 Nictúria: alteração do ritmo da diurese (necessidade de fazer xixi no meio da noite). 
 
EXAME NEUROLÓGICO 
Durante a própria anamnese, o início do exame neurológico pode ser feito. Ele começa pela 
análise do estado mental do paciente, observando seu nível de consciência orientação, memória 
imediata, atenção, cálculo, evocação e linguagem. 
Exame físico1. Exame dos pares cranianos: 
 NC I – OLFATÓRIO: análise da capacidade olfativa do paciente e possíveis alterações. 
 NC II – ÓPTICO: O nervo óptico pode ser avaliado pelo reflexo pupilar (motilidade 
intrínseca), acuidade visual, campimetria e fundoscopia. Examina-se cada um dos 
olhos separadamente e se o paciente usa óculos, deve usá-lo na acuidade visual. 
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 NC III - OCULOMOTOR: motilidade extrínseca pelo movimento dos músculos reto 
superior, reto inferior, reto medial e oblíquo inferior. Analisado com a bandeira 
inglesa 
 NC IV – TROCLEAR: motilidade extrínseca pelo movimento do músculo oblíquo 
superior. Analisado com a bandeira inglesa. 
 NC V – TRIGÊMEO: a raiz motora é testada pela ‘’força’’ feita para morder (palpação 
dos músculos masseter e temporal). A raiz sensitiva é verificada por toques de 
algodão nos ramos oftálmico, maxilar e mandibular do paciente, pedindo para ele 
confirmar toda vez que sentir o toque. Na sensibilidade, pode ser feito o reflexo 
córneo-palpebral, em que o examinador coloca um algodão entre a esclerótica e a 
córnea, esperando uma contração do músculo orbicular das pálpebras do paciente. 
 NC VI – ABDUCENTE: motilidade extrínseca pelo movimento do músculo reto lateral. 
Analisado com a bandeira inglesa. 
 NC VII – FACIAL: a raiz motora é analisada pelo movimento dos músculos da mímica 
(mandar beijo, franzir a testa, fechar os olhos com força, sorrir). A raiz sensitiva 
corresponde a sensibilidade gustativa dos 2/3 anteriores da língua. 
 NC VIII – VESTIBULOCOCLEAR: a raíz coclear (audição) é avaliada pelo teste de Rinne 
e de Weber. A raíz vestibular (equilíbrio) é analisada mais adiante no exame 
neurológico, junto com outros testes de equilíbrio e marcha. 
 NC IX – GLOSSOFARÍNGEO: gustação de 1/3 posterior da língua e sensibilidade das 
tonsilas e paredes faringes. É analisado em conjunto com o nervo vago (X) pois eles 
geralmente inervam os mesmos órgãos. 
 NC X – VAGO: motilidade do palato mole e reflexo do vômito. 
 NC XI – ACESSÓRIO: motilidade e força dos músculos trapézio e 
esternocleidomastoideo 
 NC XII – HIPOGLOSSO: motricidade e simetria da língua 
 
 
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Em ordem anatômica, os pares cranianos podem ser avaliados na seguinte sequência: 
 
1. Olhos: acuidade visual (II), reflexo pupilar (II), campimetria (II), fundoscopia (II) e 
bandeira inglesa (III, IV e VI) 
2. Nariz: vedar o paciente e pedir para ele identificar cheiros (uma narina de cada vez). 
Comumente se usa canela e café. (I) 
3. Mandíbula: pedir para o paciente ‘’morder forte’’ e palpar masseter e temporal (V) 
4. Face: testar sensibilidade em pontos simétricos do rosto (V) e pedir que o paciente faça 
movimentos da mímica (VII) 
5. Boca: pedir para o paciente colocar a língua para fora e em cada lado da bochecha (XII), 
colocar um palito na parte posterior da língua e analisar o reflexo do vômito (X) e pedir 
para o paciente dizer ‘’Ah’’ e analisar o movimento da úvula e elevação do palato mole 
(IX). 
6. Ouvidos: realizar os testes de Rinne e Weber (VIII) 
7. Ombros: pedir para o paciente levantar os ombros e virar o rosto para os dois lados 
contra uma força resistente criada pelo examinador. (XI) 
 
2. Análise do sistema motor 
 Trofismo muscular: inspecionar limites e contornos dos músculos 
‘’Trofismo muscular normal.’’ 
 
 Tônus muscular: inspecionar flacidez ou enrijecimentos anormais, palpar massas 
musculares. 
‘’Tônus muscular normal.’’ 
 
 Força muscular: solicitar ao paciente para resistir aos estímulos/ manobras de 
oposição que o examinador iniciar. São feitos de forma simétrica para serem 
comparados. Feitos nos dedos (indicador-polegar e dedos esticados), punho, braço, 
antebraço, coxas, perna e pés. Também podem ser feitos testes contra a força da 
gravidade como as provas de Mingazzini (membro superior e inferior), a manobra 
de Raimiste (paciente em decúbito dorsal deve estender os antebraços em um 
ângulo de 90° com o tronco e permanecer nessa posição por 60 segundos) e a prova 
de Barré (paciente em decúbito ventral flete a perna sobre a coxa em ângulo de 90° 
por 60 segundos). 
‘’Força muscular preservada e simétrica.’’ 
 
 
Ainda, a força pode ser classificada em um escore de 0 a 5: 
 0 – nenhum movimento 
1 – discreta contração 
2 – movimento completo sem a força da gravidade 
3 – movimento contra a força da gravidade 
4 – movimento contra a resistência, mas incompleto 
5 – movimento com força normal 
 
Baixado por Isabele Cristine Franco (isabelecristine84@yahoo.com.br)
lOMoARcPSD|5789456
 Coordenação: testes que analisam o cerebelo e a sensibilidade proprioceptiva. 
1. Movimentos alternados rápidos: mostrar ao paciente como bater com uma 
mão e com seu dorso na coxa e solicitar que o paciente faça isso o mais rápido 
possível. Diadococinesia é a capacidade que uma pessoa tem em realizar 
movimentos rápidos alternadamente. A dificuldade dessa função é chamada 
disdiadococinesia e a incapacidade total é adiadococinesia. 
‘’ Movimentos alternados rápidos normais. Presença de diadococinesia 
(paciente eudiadococinésico).’’ 
 
2. Movimentos ponto-a-ponto: a prova índex-
nariz consiste em orientar o paciente a colocar 
as pontas dos dedos indicadores no nariz 
alternadamente, primeiro com os olhos 
abertos e depois fechados. O mesmo princípio 
dessa prova pode ser feita nos membros 
inferiores (prova calcanhar-joelho), 
solicitando que o paciente encoste o calcanhar de uma perna no joelho e o 
arraste até o pé da outra perna, e fazer o mesmo com a outra perna, com os 
olhos abertos e depois fechados. Também pode ser feito o teste índex-índex, 
pedindo que o paciente encoste o dedo indicador no dedo do examinador, 
alternando posições. 
‘’Movimentos ponto-a-ponto normais.’’ 
 
 
3. Prova do rechaço: pedir ao paciente para forçar o antebraço em direção ao 
tórax com uma resistência do examinador. O examinador libera o punho do 
paciente e normalmente o movimento é freado rapidamente. 
‘’Prova do rechaço normal.’’ 
 
 Reflexos tendinosos profundos (miotáticos): peça para o paciente relaxar e goleie o 
tendão do paciente com o martelo. Caso o paciente não relaxe, o examinador pode 
‘’distrair a resistência’’ solicitando que o paciente faça uma técnica de esforço em 
outro local do corpo, como ranger os dentes, ‘’puxar as mãos’’ ou comprimir uma 
coxa com a mão oposta. A análise deve ser feita de modo simétrico e os principais 
reflexos observados são: 
 Bicipital: percussão do bíceps na região medial do cotovelo 
 Tricipital: percussão do tendão do tríceps. 
 Braquiorradial/ estilorradial: percussão do processo estiloide do rádio. 
Usar como referência um carpo e ‘’subir’’ de 2 a 5 cm para fazer a 
percussão. 
 Patelar: percussão do tendão do quadríceps. 
 Aquileu/aquiliano: percussão do tendão de Aquiles. 
 
 
 
Baixado por Isabele Cristine Franco (isabelecristine84@yahoo.com.br)
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 Reflexos superficiais (esteroceptivos): estímulo na pele e mucosas 
 Reflexo cutâneo-plantar: com algum objeto, friccionar a face lateral da 
planta do pé no sentido póstero-anterior. Geralmente ocorre flexão plantar 
(dedos para baixo). O contrário desse reflexo é o sinal de Babinski 
(dorsiflexão plantar – dedos para cima) 
‘’Resposta plantar normal. Sinal de Babinski negativo.’’ 
 
 Reflexo cutâneo-abdominal: fricção com 
algum objeto dos quatro quadrantes do 
abdome em direção ao umbigo. O normal é 
observar uma contração dos músculos e 
desvio do umbigo em direção do estímulo. 
 
‘’Resposta abdominal normal.’’

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