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Master em Engenharia Sanitária e Ambiental – PUC/MG Tratamento de Esgoto e Efluentes Industriais Naiara Aparecida dos Santos Pereira Leis Ambientais – Padrões de Lançamento de Efluentes em Corpos d’água De acordo com, (Von Sperling, 1998). O padrão de lançamento de efluentes em corpos hídricos é uma ferramenta que, juntamente com o padrão de qualidade dos corpos receptores, visa a resguardar a qualidade dos mananciais. As definições do tipo e da concentração do padrão de lançamento visam a facilitar a fiscalização dos poluidores e a detecção e autuação dos responsáveis pela degradação do corpo receptor. Lei Ambiental Comentário Geral: Estadual: Deliberação Normativa Conjunta COPAM/CERH-MG N.º 01/2008: Condições e Padrões de Lançamento de Efluentes; - Norma de aplicabilidade válida no estado de Minas Gerais. alguns órgãos ambientais estaduais e municipais possuem legislações próprias sobre esse assunto, tendo como base os padrões estabelecidos pela legislação federal e, eventualmente, firmando padrões mais restritivos de forma de controlar os lançamentos preservando o corpo receptor. A legislação do estado de Minas Gerais considera, padrões de DQO para efluentes industriais e sanitários, além de estabelecer concentrações próprias de acordo com a tipologia industrial ou do empreendimento. A legislação estadual determina padrões específicos e menos restritivos para Lagoas de Estabilização, tecnologia muito utilizada nesse estado devido à disponibilidade de área e baixo custo operacional. Essa adoção visa facilitar o cumprimento das legislações no que concerne ao parâmetro de sólidos suspensos totais (SST), o qual costuma ser elevado nesse tipo de tratamento devido à presença de biomassa em suspensão. A legislação federal e a de Minas Gerais também aplicam a concentração de 20 mg-N/L, esse parâmetro não é exigível para Sistemas de Tratamento de Esgotos Sanitários. Federal: Resolução CONAMA Nº 430/2011: Condições e Padrões de Lançamento de Efluentes. - Norma de aplicabilidade de âmbito Federal. Em nível federal, o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), por meio de sua Resolução n° 430, de 13 de maio de 2011 (Brasil, 2011), dispõe sobre as condições e padrões de lançamento de efluentes, fixando valores de concentração de parâmetros orgânicos e inorgânicos a serem obedecidos por qualquer fonte poluidora que lance seus efluentes diretamente em corpos receptores. É necessária uma legislação em nível federal que oriente a instituição das legislações estaduais e/ou municipais sobre padrões de reúso, visando uma uniformização de parâmetros e padrões, sendo respeitadas as singularidades locais e que assegure a qualidade físico-química e microbiológica das águas de reúso. A Resolução Conama n° 430, de 13 de maio de 2011, complementa e altera a Resolução n° 357/2005, definindo em seu artigo 4° a capacidade de suporte do corpo receptor como o valor máximo de determinado poluente que o corpo hídrico pode receber, sem comprometer a qualidade da água e seus usos determinados pela classe de enquadramento. A Resolução Conama Nº 430 apresenta-se como um avanço da legislação ambiental ao considerar as peculiaridades do setor de saneamento e ao incluir orientações para análise da capacidade de suporte do corpo de água receptor para recebimento dos efluentes, bem como com o detalhamento do processo de avaliação da ecotoxicidade dos efluentes e das ações de gestão necessárias ao seu controle.
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