Prévia do material em texto
OBMEP 2010 Soluções da prova da 2ª Fase Nível 3 1 Questão 1 a) A seguir vemos o que acontece quando começamos com 3 no visor e apertamos as teclas na ordem BBAB: 23 3 3 6 816 3 9 9 81 3 84B B A B⎯⎯→ + = ⎯⎯→ + = ⎯⎯→ ⎯⎯→ + == . Logo o número que vai aparecer no visor é 84. b) Uma maneira é apertar as teclas na ordem BBABB, como vemos a seguir: 1 4 7 49 52B B A B B⎯⎯→ ⎯⎯→ ⎯⎯→ ⎯⎯→ ⎯⎯→55 6 36 Outra maneira é apertar a tecla B dezoito vezes seguidas; ainda outra é BA seguida de treze B’s. c) 1ª solução: Se o número que aparece no visor após apertar as teclas A e B algumas vezes não é um quadrado perfeito, a última tecla apertada foi necessariamente a tecla B. Desse modo, se o 54 aparece no visor, podemos re- construir parcialmente a sequência das teclas apertadas até chegar a 54: 36 39 42 45 48 51 54B B B B B B⎯⎯→ ⎯⎯→ ⎯⎯→ ⎯⎯→ ⎯⎯→ ⎯⎯→ Chegamos a 36, que é um quadrado perfeito. Aqui temos as possibilidades 0 3 6 3B B A⎯⎯→ ⎯⎯→ ⎯⎯→ e 9 12 15 18 21 24 27 30 33B B B B B B B B B⎯⎯→ ⎯⎯→ ⎯⎯→ ⎯⎯→ ⎯⎯→ ⎯⎯→ ⎯⎯→ ⎯⎯→ ⎯⎯→ . Como 9 é um quadrado perfeito, essa última sequência nos dá também duas possibilidades, a saber, 0 3 6 9B B B⎯⎯→ ⎯⎯→ ⎯⎯→ e 0 3B A 9⎯⎯→ ⎯⎯→ . Vemos assim que é possível chegar a 54 a partir de 0 e 3, mas não a partir de 2. 2ª solução: Se um número inteiro x não é múltiplo de 3 então: o não é múltiplo de 3. De fato, se 3x + 3x + fosse múltiplo de 3, poderíamos escrever 3 3x y+ = para al- gum inteiro y e então seria múltiplo de 3, absurdo. 3 3 3( 1x y y= − = − ) o 2x não é múltiplo de 3. De fato, os fatores primos de x e 2x são os mesmos; assim, se 3 não é fator pri- mo de x então também não será fator primo de 2x . Assim, começando com um número que não é múltiplo de 3 no visor, não é possível chegar a um múltiplo de 3 aper- tando as teclas A e B. Como 2 não é múltiplo de 3 e 54 13 8= × é múltiplo de 3, concluimos que não se pode chegar a 54 a partir do 2. 3ª solução: Vamos tentar chegar a 54 a partir do 2. Como 54 não é múltiplo de 3, vemos que não é possível usar apenas a tecla B, ou seja, a tecla A deve ser usada pelo menos uma vez. Por outro lado, como , a tecla A só pode ser usada em números menores ou iguais a 7. Os números obtidos a partir do 2 que são menores ou iguais a 7 são 2, , e ; seus quadrados são 4,16, 25 e 49. A partir de 16, 25 e 49 não po- demos usar a tecla A outra vez, e como nenhum desses números difere de 54 por um múltiplo de 3, vemos que a partir deles não é possível chegar a 54; o mesmo argumento se aplica ao 4 e a seu quadrado 16. Logo não é possí- vel obter 54 a partir do 2. 2 52− = 28 64 5= > 4 324 2= 5 2 3= + 27 2= + 4ª solução: Notamos primeiro que começando do 2 e apertando apenas duas teclas quaisquer, o maior resultado possível é 24 (sequência BA), ou seja, não se chega ao 54. Vamos agora ver o que acontece quando o 2 está no visor e apertamos três teclas. Seqüência de teclas Resultado AAA 256 AAB 19 ABA 49 BAA 125 ABB 10 BAB 28 BBA 64 BBB 11 OBMEP 2010 Soluções da prova da 2ª Fase Nível 3 2 Podemos eliminar as seqüências AAA, BAA e BBA de nossas considerações, pois elas levam a resultados maiores que 54. Para chegar ao 54 a partir dos resultados das outras seqüências, não podemos usar a tecla A, pois isso nos daria resultados maiores que 54. Por outro lado, a diferença entre 54 e qualquer dos números 19, 49, 10, 28 e 11 não é um múltiplo de 3, ou seja, também não podemos chegar ao 54 a partir desses números apenas com a tecla B. Logo não é possível chegar ao 54 a partir do 2. 5ª solução: Se um número x não é múltiplo de 3 então x + 3 não é múltiplo de 3. O quadrado de x também não é múltiplo de 3, pois os fatores primos de x2 são os mesmos de x. Daí, como não é múltiplo de 3, usando as teclas A e B sucessivas vezes o número do visor nunca será múltiplo de 3. Como 54 = 3×18 é múltiplo de 3, segue-se que não é possível obtê-lo a partir do 2, usando apenas as teclas A e B. 2 Questão 2 a) Somar as somas das linhas é o mesmo que somar todos os números no quadrado; assim, a soma das somas das linhas é 1 . O mesmo se pode dizer da soma das somas das colunas, e concluímos que a soma de todas as somas é 2 4 . Logo a soma que está faltando é . 2 3 4 5 6 7 8 9 45+ + + + + + + + = 5 90× = 90 (9 13 14 17 18) 90 71 19− + + + + = − = b) 1ª solução: Se todas as somas fossem pares, as somas das três linhas seriam pares e sua soma seria par. Mas isso é impossível pois, como vimos acima, a soma das somas das três linhas é 45, que é um número ímpar. 2ª solução: Ao distribuir os números no quadrado, uma linha pode ter no máximo três números ímpares. Por outro lado, há cinco números ímpares de 1 a 9, a saber, 1,3,5,7 e 9. As maneiras de escrever 5 como soma de inteiros menores ou iguais a 3 são . Como em qualquer dessas somas aparecem as parcelas 1 ou 3, concluímos que pelo menos uma linha de um quadrado preenchido conterá um ou três números ímpares, sendo os restantes pares. Em qualquer caso, obtemos uma linha cuja soma é ímpar. 5 2 3 1 1 3 1 2 2= + = + + = + + c) Vamos estender um pouco essa solução para determinar não apenas um, mas todos os quadrados que têm as somas dadas. Antes de começar, notamos que trocar a ordem de duas linhas (ou de duas colunas) não altera as somas de um quadrado. O seis números do resultado final devem ser separados em dois grupos de três números cada, cujas somas sejam iguais a 45. No primeiro grupo, cada número é a soma de uma linha e, no outro, a soma de cada coluna. De acordo com o item anterior, cada grupo deve conter um número ímpar; logo 7 e 13 devem ficar em conjuntos diferen- tes. Segue imediatamente que a única possibilidade é separar as somas nos grupos 7,16, 22 e 13,14,18; podemos então supor que as somas das linhas são 7,16,22 e as somas das colunas são 13,14,18. 1 2 4 7 Como a única maneira de obter a soma 7 é 1 2 4 7+ + = , podemos começar a preencher o quadrado como à direita. Suponhamos que a soma da segunda linha seja 22; as únicas possibilidades para a soma 22 são 5 8 9 e 6 7 , que vamos considerar separadamente. 22+ + = 9 22+ + = Suponhamos primeiro que na segunda linha aparecem os números 5, 8 e 9. Aqui o 5 não pode aparecer na coluna do 4, pois 4 5 9+ = e para obter uma das somas 13, 14 ou 18 nessa co- luna o terceiro número deveria ser 4, 5 ou 9, respectivamente, o que não pode acontecer pois o 4 já foi usado enquanto que 5 e 9 aparecem na segunda linha; argumento análogo mostra que o 9 tam- bém não pode aparecer na coluna do 4, ou seja, o 8 aparece abaixo do 4. Como e tanto o 1 como o 2 já foram usados, a soma dessa coluna não pode ser 13 ou 14; logo a soma é 18. Podemos agora com- pletar o quadrado das seguintes maneiras: 4 8 12+ = 1 2 4 7 8 22 6 16 18 1 2 4 7 1 2 4 7 5 9 8 22 9 5 8 22 7 3 6 16 3 7 6 16 13 14 18 13 14 18 OBMEP 2010 Soluções da prova da 2ª Fase Nível 3 3 Deixamos para o(a) leitor(a) mostrar que, quando na segunda linha aparecem os números 6, 7 e 9, as possibilidades são 1 2 4 7 1 2 4 7 1 2 4 7 1 2 4 7 7 9 6 22 9 6 7 22 9 7 6 22 9 7 6 22 5 3 8 16 8 5 3 16 3 5 8 16 8 5 3 16 13 14 18 18 13 14 13 14 18 18 13 14 Desse modo, existem apenas seis quadrados com as somas do enunciado, a menos de troca de posição de linhas , (troca de posição de colunas e troca das linhas pelas colunas. Questão 3 a) 1ª solução: Na figura ao lado temos e queremos achar CR. Notamos que os ângulos indicados na figura com vértices em C e X são iguais, pois são determinados pelas paralelas CR e XS e pela transversal XY. Logo os triângulos retângulos ARC e ASX são semelhantes e temos 0,2XS = CR A XS A = C X ou seja, 0,50,2 0,1 1 × =CR XS AC AX × == . Podemos também argumentar como segue. A razão de semelhança entre os triângulos ARC e ASX é igual a 0,5 0,5 1 AC Ax = = ; como os segmentos CR e XS são corresponden- tes, segue que o comprimento de CR é a metadedo comprimento de AX, ou seja, é igual a m. 0,1 2ª solução: Denotemos por α o ângulo , como na figura à esquerda. Como e são opostos pelos vértices, temos também �DAX �DAX �BAY �BAY α= . Nos triângulos retângulos ASX e ARC, temos ·sen 2senXS AX α α== e ·sen senCR AC α α== . Logo 1 0,1 2 XSCR == m. b) 1ª solução: Como AC BC YC= = os triângulos ACB e BCY são isósceles; podemos então marcar os ângulos α e β como na figura à direita. A soma dos ângulos do triângulo ABY é ° ; donde ° . Logo BY é per- pendicular ao trilho BD, ou seja, BY é horizontal qualquer que seja a posição de Y. 12 2 80α β+ = + = 90α β 2ª solução: Como AC BC YC= = , podemos traçar um círculo com centro C e passando por A, B e Y, como na figura à esquerda. Como os pontos A, C e Y estão alinhados, o segmento AY é um diâmetro desse círculo. Logo o ângulo está inscrito no semicírculo, donde sua medida é 90 �AB eja a osição de Y. Y o; com antes, segue que BY é horizontal qualquer que s p c) Na figura à direita, queremos calcular DT quando 0,4XT = . Para isso, notamos primeiro que, quando a porta se fecha, XY coincide com BD; logo XA AC C 1 0,5 0,5BD XY Y 2= = + + = . = + + Como DSTX é um retângulo, temos 0,4SD XT= = e segue que 2 0,4 1,6BS BD SD= − = − = . Por outro lado, os triângulos ASX e ABY são congrue fato, ele bos retân eus ângulos e são iguais (como no item a)) e AX AY ntes; de gulos, s m X e Y s são am = . Logo AS A= B e com se- gue que . O teorema de Pitágoras nos d o 1,6BS = 0,8AS = iz então que 2 2 1 0,64 0,36 0,6SX AX AS− = − = == concluímos que m. e 0,6DT = OBMEP 2010 Soluções da prova da 2ª Fase Nível 3 4 Questão 4 aixo mostra que a sequência de seis movimentos a) A figura ab ( ), , , , ,↓ ← ↑ ← ↓ → termina o jogo a partir da posição inicial dada. b) A figura abaixo mostra que a sequência de quatro movimentos ( ), , ,↑ ← ↓ → transforma a posição inicial dada na posição inicial do item a), a partir da qual é possível terminar o jogo em seis movimentos. Assim, podemos terminar o jogo num total de movimentos. xemplo do enunciado seguidos da repetição dos movimentos do item a). Ilus- tramos isso abaixo em um tabuleiro . 4 6 10+ = c) A idéia é fazer a peça preta se mover ao longo da diagonal do tabuleiro. Isso pode ser feito uma casa de cada vez usando primeiro os movimentos do e 4 4× Em geral, em um tabuleiro n n× a peça preta vai sub 1ir n − casas na diagonal; pelo método indicado, pode-se subir a primeira dela e cada uma ds em 4 movi s as mento 2n − restantes em 6 movimentos cada uma. Logo pode-se aca- ar o jogo em movimentos. uestão 5 4 6( 2) 6 8n n+ − = −b Q enas uma é abilidade de ele retirar a bola preta é a) Para André ganhar o livro ele deve retirar a bola preta. Como a caixa contém quatro bolas das quais ap 1 4 . Outra solução aparece na 2ª solução do item b). s bra preta, a prob b) 1ª solução: Para Dalva ganhar o livro, André, Bianca e Carlos devem retirar bola ncas. Como inicialmente a caixa contém 3 bolas brancas, a probabilidade de André retirar uma bola branca é 3 4 . Supondo que André tire uma brancas e 1 preta; assim, a probabilidade de Bianca tirar uma bola branca é bola branca, sobrarão na caixa 2 bolas 2 3 . Do mesmo modo, se André e Bianca tirarem bolas brancas, a probabilidade de Carlos tirar uma bola branca será 1 2 . Assim, a probabilidade de André, Carlos e Bianca tirarem bolas brancas é 3 2 1 1 4 3 2 4 × × = , que é a probabilidade de Dalva ganhar o livro. Raciocínio semelhante mostra que a probabilidade de qualquer um dos amigos ganhar o livro é 1 4 , ou seja, o sorteio é justo e a ordem em que eles retiram as bolas não tem importância. Para entender melhor so, vejamos outra solução. is OBMEP 2010 Soluções da prova da 2ª Fase Nível 3 5 2ª solução: Mantendo as regras do sorteio, vamos pintar uma bola branca de azul e outra de vermelho; temos então quatro bolas diferentes na caixa. O número de sorteios possíveis passa a ser 3 2 1 244× × × = ; desses, Dalva ganha do André, Bianca e Carlos ficam com as bolas branca, azul e vermelha, o que pode acontecer de 3 2 1 6× × = maneiras diferentes. Logo a probabilidade de Dalva ganhar o livro é o livro quan = 6 1 24 4 . Esse raciocínio se aplica a ualquer um dos amigos, justificando assim o comentário anterior sobre a justiça do sorteio. tão quand eiras bolas retirada dade no primeiro caso é q c) 1ª solução: André pode ganhar o livro de duas maneiras, a saber, quando a primeira bola retirada for preta ou en- o as quatro prim s forem brancas e a quinta preta. A probabili 2 1 8 4 = e no segundo é 6 5 4 3 2 3 8 7 6 5 4 28 × × × × = . Assim, a probabilidade procurada é 1 3 5 4 28 14 + = . 2ª solução: A probabilidade de que André ganhe o livro na primeira rodada, como visto acima, é 1 4 . Para calcular a probabilidade de que ele ganhe o livro na segunda r calcular os casos possíveis e os casos favoráveis. As primeiras cinco bolas podem ser sorteadas de 7 6 5 48 odada, vamos × × × × maneiras. Para que André na quinta bola, as quatro primeiras bolas devem ser brancas e a quinta preta, o que po maneiras. ganhe o livro de ocorrer de Logo, a probabilidade de que André ganhe o livro na a é 5 4 3 26× × × × quinta bola sortead 5 4 3 2 3 7 6 4 88 5 6 2 × × × × × × × = × . Assim, a probabili- rocurada é 1 3 5 4 28 14 + = . dade p d) 1ª solução: Dalva só vai ganhar o livro no caso em que as três primeiras bolas sorteadas sejam brancas e a quarta preta; de fato, se as quatro primeiras bolas sorteadas forem brancas, sobrarão na caixa duas brancas e duas pretas e s que chegue sua vez. Assim, a probabilidade de que Dalva ganhe o livro é uma bola preta será retirada ante 6 5 4 2 1 8 7 6 5 2 17 4 × × × = = respectivamente, . Fica como exercício mostrar que as probabilidades de Bianca e Carlos ganharem o livro são, 4 14 e 3 14 . O André foi bem esperto em propor esse novo sorteio! (observação: escrevemos todas as probabilidades como frações com o mesmo denominador para compará-las mais rapidamente e também para cilitar a verificação de que a soma de todas é igual a 1.) as três prim ta fa 2ª Solução: Dalva só pode ganhar o livro no caso em que eiras bolas sorteadas sejam brancas e a quar preta. As quatro primeiras bolas podem ser sorteadas de 8 7 6 5× × × m que Dalva ganhe o livro, as três odos. Para primeiras devem ser brancas e a quarta preta, o que pode ocorrer de 6 5 4 2× × × modos. Logo, a probabilidade de que Dalva ganhe o livro é 5 4 26 6 1 58 77 × × × × = × × . OBMEP 2010 Soluções da prova da 2ª Fase Nível 3 6 Questão 6 Vamos denotar a distância da formiguinha a A e B no instante t por e , respectivamente, como à esquerda. No gráfico abaixo, o ponto mostra que ( )A t ( )B t (3) 1A = e o ponto Q mostra que (8) 3B = . a) Os pontos R e S, onde os gráficos se cruzam, correspondem aos instantes t nos qu ( )B tais A t( ) = , ou seja, quando a formiguinha se encontrava à mesma distância dos pontos A e B. Em R te- t = ) 2= ; em S tem t = )mos e A B= os e 3A B2 (2) (2 5 (5) (5= = . = b) Os pontos T e U mostram que B e (0) 0 (0) 4A = , ou seja, em 0t = a formiguinha se encontrava sobre B e à distância 4 de A. Logo a distância entre A e B é 4. c) Quando a formiguinha F estava na reta que passa por A e B, uma das três possibilidades a seguir deve ter ocorri- do: 1. F estava entre A e B, ou seja, ( ) ( ) 4A t B t+ = 2. A estava entre F e B, ou seja, ( ) ( ) 4B t A t− = 3. B estava entre A e F, ou seja, ( ) ( ) 4A t B t− = No gráfico vemos que a primeira possibilidade ocorreu no intervalo de tempo entre t 0= e t ; a segunda possibili- dade não ocorreu e a terceira ocorreu apenas no instante 3= 9t = . d) Como vimos no item anterior, de até t0t = 3= a formiguinha partiu de B e se moveu ao longo do segmento AB. Nesse trajeto de- cresce, ou seja, a formiguinhase aproximou de A até chegar a um pon- to que dista 1 de A e 3 de B. Entre t e o gráfico mostra que , ou seja, a formiguinha andou ao longo de um arco de círculo de centro B e raio 3. Finalmente, em ( )A t = = 3 9t = ( ) constante 3B t = 9t = a formigui- nha voltou à reta AB, dessa vez em um ponto que dista 7 de A e 3 de B. Na figura ilustramos esse trajeto, com as posições da formiguinha em instantes especiais. Assim, a formiguinha percorreu um segmento de comprimento 3 seguido de um semicírculo de raio 3; o comprimento desse trajeto é 3 3π+ . OBMEP 2011 – 2a Fase Soluções – Nível 3 1 Questão 1 – Solução a) Primeiro notamos que é possível preencher o quadriculado de acordo com o enunciado; um exemplo está ao lado. Observamos agora que, qualquer que seja a maneira de preencher o quadriculado, o enunciado mostra que não podem aparecer números repetidos nos quadradinhos centrais, pois se houver dois números iguais eles estarão na mesma linha, ou na mesma coluna ou na mesma diagonal. Devem então aparecer os números 1, 3, 7 e 8 nesses quadradinhos, com a soma 1 3 7 8 19+ = = = . b) Conforme observado no item anterior, nos quatro quadradinhos centrais devem aparecer os números 1, 3, 7 e 8. Segue que nos quadradinhos marcadas com x devem aparecer os números 1 e 8, o que pode ser feito de duas maneiras; a partir daí o quadriculado pode ser completado de modo único, como mostrado abaixo. Logo é possível preencher o quadriculado inicial de exatamente duas maneiras distintas. 1 7 8 3 1 8 3 7 8 3 1 7 7 3 8 1 3 8 7 1 8 1 7 3 7 1 3 8 3 7 1 8 c) 1a solução: O problema, com letras a, b, c e d em vez números e com a diagonal já preenchida, como na figura ao lado, admite apenas duas soluções, que apresentamos abaixo. a c d b a d b c d b a c c b d a b d c a d a c b c a b d b c a d Em ambas, a soma dos quadradinhos cinzentos é 2 2a b c d+ + + . Para que essa soma seja máxima, basta escolher os dois maiores valores possíveis para as letras que aparecem multiplicadas por 2; a soma máxima é então 8 2 7 3 1 342 × + × + + = . 2a solução: Notamos primeiro que o enunciado do problema mostra que cada número aparece exatamente quatro vezes em um quadriculado corretamente preenchido. Suponhamos, como acima, o quadriculado preenchido com as letras a, b, c e d,nessa ordem, na diagonal principal. O diagrama abaixo mostra as duas únicas maneiras de distribuir os quatro a’s pelo quadriculado de acordo com o enunciado. Vamos assim que, em qualquer caso, aparecem dois a’s nas casas sombreadas, e o mesmo acontece com d. a a a a a a a a Os diagramas a seguir representam as possíveis posições dos b’s; vemos assim que, em qualquer caso, aparece exatamente um b nas casas sombreadas, e o mesmo acontece com c. 3 8 7 1 7 1 3 8 1 7 8 3 8 3 1 7 1 3 x x 7 8 a b c d OBMEP 2011 – 2a Fase Soluções – Nível 3 2 b b b b b b b b Desse modo, a soma dos algarismos nas casas sombreadas é2( )a d b c+ + + , e a partir daí procedemos como na primeira solução. 3a solução: Consideremos o quadriculado ao lado, onde x e y denotam os números que aparecem nas casas correspondentes. O mesmo argumento utilizado no início do item (b) mostra que a soma dos números que aparecem em cada um dos quadriculados 2x2 destacados é 1+ 3 + 7 + 8 = 19. Por outro lado, a soma dos números na diagonal também é 19; logo a soma dos números nas casas cinzentas dos dois quadriculados 2x2 é 2 ×19 −19 = 19. Segue que a soma dos números nas casas cinzentas é 19 + x + y ; para que ela seja máxima, basta escolher os valores 7 e 8 para x e y, e chegamos à soma 19 + 7 + 8 = 34. y x OBMEP 2011 – 2a Fase Soluções – Nível 3 3 Questão 2 – Solução a) A sequência é37 38 19 20 10 5 6 3 4 2 1→ → → → → → → → → → . b) A única sequência de comprimento 3 é 4 2 1→ → . As sequências de comprimento 4 são3 4 2 1→ → → e 8 4 2 1→ → → ; elas são obtidas a partir de 4 2 1→ → , a primeira acrescentando 4 1 3− = no início da sequência e a segunda acrescentando 2 4 8× = no início da sequência. Do mesmo modo, a sequência ímpar 3 4 2 1→ → → dá origem à sequência par 6 3 4 2 1→ → → → e a sequência par 8 4 2 1→ → → dá origem à sequência ímpar7 8 4 2 1→ → → → e à sequência par 16 8 4 2 1→ → → → . Temos assim as três únicas sequências de comprimento 5, sendo duas delas pares e uma ímpar. O raciocínio pode ser representado pelo esquema abaixo. c) 1a solução: Repetindo o esquema do item anterior, temos: e assim temos 3 sequências pares e 2 ímpares de comprimento 6 e 5 sequências pares e 3 ímpares de comprimento 7. 2a solução: Observamos que a sequência ímpar de comprimento cinco vai gerar 1 sequência par de comprimento seis; já as 2 sequências pares de comprimento cinco vão gerar 2 sequências pares de comprimento seis e 2 sequências ímpares de comprimento seis. Assim, temos 2 sequências ímpares de comprimento seis e 1+ 2 = 3 sequências pares de comprimento seis, num total de 2 + 3 = 5 sequências de comprimento 6. O mesmo argumento mostra que há 8 sequências de comprimento sete, sendo três ímpares e cinco pares.. Observação: A repetição desse argumento para valores sucessivos do comprimento mostra que, a partir do comprimento 3, o número de sequências ímpares é 0, 1, 1, 2, 3, 5, 8,..., o número de sequências pares é 2, 3, 5, 8, 13,... e o número total de sequências é 3, 5, 8, 13, 21, ..... Cada termo dessas sequências de valores, a partir do terceiro, é a soma dos dois anteriores; vemos assim que essas sequências, com a 124 36 8 7 16 124 36 510 12 11 24 8 714 13 28 16 1530 32 31 64 OBMEP 2011 – 2a Fase Soluções – Nível 3 4 eventual omissão de termos iniciais, são a sequência 0, 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, 55, 89,..., conhecida como sequência de Fibonacci. comprimento 5 6 7 ... 15 16 Ímpares 1 2 3 ... 144 233 pares 2 ... 233 233 +144 = 377 total 1+ 2 = 3 2 + 3 = 5 3 + 5 = 8 ... 144 + 233 = 377 233 + 377 = 610 d) 1a solução: As 144 sequências ímpares de comprimento quinze vão gerar 144 sequências pares de comprimento dezesseis; já as 233 sequências pares de comprimento quinze vão gerar 233 sequências pares de comprimento dezesseis e 233 sequências ímpares de comprimento dezesseis. Assim, temos 233 sequências ímpares de comprimento dezesseis e 377 = 233 +144 sequências pares de comprimento dezesseis, num total de 233 + 377 = 610 sequências. 2a solução: A parte da sequência de Fibonacci que nos interessa é 1, 2, 3, 5, 8,....., 144, 233, 377, 610,... . O número de sequências ímpares de comprimento 15 (resp. 16) é o 15º (resp. 16º) termo dessa sequência, que é 144 (resp. 233); o número de sequências pares de comprimento 15 (resp.16) é o 16º (resp. 17º) termo, que é 233 (resp. 377) e o número total é o 17º (resp. 18º) termo, que é 377 (resp. 610). 2 +1= 3 3 + 2 = 5 OBMEP 2011 – 2a Fase Soluções – Nível 3 5 Questão 3 – Solução a) Por contagem direta, vemos que a lonjura de (3,2) é 11 e a de (0,4) é 16. b) Os pontos de coordenadas inteiras no interior e nos lados desse quadrado formam n +1 linhas, cada uma com n +1 pontos; o total de pontos no interior e nos lados desse quadrado é então (n +1) 2 . Excluindo a borda desse quadrado, sobra um quadrado de linhas e colunas, que contém pontos inteiros; segue que o número de pontos na borda do quadrado original é . Pode-se também calcular o número de pontos de coordenadas inteiras no quadrado notando que de (0,0) a (0,1) a poligonal passa por 21 3 2+ = pontos; de (0,0) a (2,0) a poligonal passa por 21 3 5 3+ + = pontos, de (0,0) a (0,3) a poligonal passa por 21 3 5 7 4+ + + = pontos e assim por diante. Logo o número de pontos inteiros do quadrado que tem um de seus vértices no ponto ( , )n n é (n +1) 2 . c) 1asolução: para ir de (0,0) até (1,1) são 2 passos, de (1,1) até (2,2) são 4 passos, de (2,2) até (3,3) são 6 passos e assim por diante. Logo para chegar ao ponto ( , )n n serão necessários 2 + 4 + 6 +…+ 2n = 2 ⋅(1+ 2 + 3 +…+ n) = 2 ⋅ n(n +1) 2 = n2 + n passos. 2a solução: A poligonal chega ao ponto ( , )n n passando por todos os pontos com coordenadas inteiras do interior e da borda do quadrado do item anterior, com a exceção dos n pontos da horizontal de (0, )n até ( 1, )n n− , caso n seja ímpar ou da vertical de ( ,0)n até ( , 1)n n − , caso n seja par. Logo a poligonal passa por pontos, incluindo seus extremos, e seu comprimento é então . d) 1a solução: Como e é a lonjura do ponto (20,20), vemos que para chegar ao ponto de lonjura 425 devemos chegar a (20,20) e andar mais 5 segmentos ao longo da poligonal. Como 20 é par, esses segmentos partirão do ponto (20,20) na vertical para baixo; assim chegamos ao ponto (20,15), que é o ponto procurado. 2a solução:para ir de (0,0) até (1,1) são 2 passos; de (1,1) até (2,2) são 4 passos, de (2,2) até (3,3) são 6 passos e assim por diante. Logo, para chegar ao ponto (20,20), serão necessários 2 + 4 + 6 +…+ 40 = 2 ⋅(1+ 2 + 3 +…+ 20) = 2 ⋅210 = 420 passos. A partir daí a solução procede como acima. 1n − 1n − 2( 1)n − 2 2( 1) ( 1) 4n nn − −+ = 2 2( 11) n nn n− =+ + + 2n n+ 2425 (20 20) 5+ += 220 20+ OBMEP 2011 – 2a Fase Soluções – Nível 3 6 Questão 4– Solução a) Como os triângulos HBG e ABC têm lados paralelos, eles são semelhantes. Logo HG AC = HB AB = 20 − x 20 e segue que GH = 20 − x 20 AC = 20 − x 20 ⋅15 = 3 4 (20 − x). b) 1a solução: Construímos os triângulos IFG e JGC como na figura ao lado. Eles são congruentes, pois possuem um cateto de medida x e os ângulos marcados em azul têm a mesma medida; logo suas hipotenusas são congruentes, isto é, . Notamos agora que os triângulos JGC e ABC são semelhantes, pois são retângulos e têm um ângulo comum. Logo GC x = BC AC = 25 20 = 5 4 e segue que GC = 5 4 x . Como FG = GC , temos FG = 5 4 x . Alternativamente, podemos argumentar que os triângulos IFG e ABC são semelhantes; segue que FG x = BC AB = 25 20 = 5 4 e então FG = 5 4 x , como antes. 2a solução: Na figura ao lado, observamos que os ângulos marcados em F têm a mesma medida, pois são opostos pelo vértice e, por outro lado, são iguais ao ângulo em C por paralelismo. A congruência dos triângulos sombreados na figura (mostrada de modo semelhante ao utilizado na 1ª solução) mostra que FK FG= , e segue que CKFG é um losango; em particular, temos CG = FG . O cálculo de FG = 5 4 x procede como na 1a solução. 3a solução: Observamos que o triângulo CJG é retângulo. A semelhança de CGJ e ABC nos dá CJ x = 15 20 , ou seja, CJ = 3 4 x . O teorema de Pitágoras diz que CJ 2 + JG2 = CG2 , ou seja, CG 2= 3 4 x 2 + x2 e segue que CG = 5 4 x . Agora CG = FG segue como na 1a ou na 2a soluções. FG GC= OBMEP 2011 – 2a Fase Soluções – Nível 3 7 c) 1ª solução: Temos 3 5 (20 ) 15 3 4 4 xDF GH FG D x x xH − − − == − −− = . Da semelhança dos triângulos ABC e DEF tiramos 15 3 20 15 15 DE DF x− = = , donde 4 (15 3 ) 3 DE x= − . A área de DEF é então 2 2 · (15 3 3 1 ( 2 )) DE xA x DF = −= . A figura ao lado mostra o gráfico dessa função para 0 5x≤ ≤ . 2ª solução: Temos . A razão de semelhança entre os triângulos DEF e ABC como . Por outro lado, a área do triângulo ABC é ; como a razão das áreas de triângulos semelhantes é o quadrado da razão de semelhança, segue que 2 215 3 2· (15 3 ) 15 ( ) 150 3 A x xx − = − = , como antes. 3 (20 15 3 4 4 5 )xDF GH FG xH xD x= − − − − − = −= 15 3 15 DF x AC − = 1 20 15 150 2 ⋅ ⋅ = OBMEP 2011 – 2a Fase Soluções – Nível 3 8 Questão 5 – Solução a) 1ª solução: O princípio multiplicativo mostra que o número de maneiras de retirar duas bolas, uma a uma, é 10 9 90× = . Dessas retiradas, há dez que determinam diâmetros, a saber, (1,6), (2,7), (3,8), (4,9), (5,10), (6,1), (7,2), (8,3), (9,4) e (10,5). Logo a probabilidade pedida é 10 1 90 9 = . 2ª solução: Retira-se uma bola qualquer. Das nove possibilidades de retirar outra bola, apenas uma determinará, junto com a primeira, um diâmetro. Logo a probabilidade de retirar duas bolas que determinam um diâmetro é 1 9 . 3a solução: É possível retirar duas bolas de 10 45 2 = maneiras diferentes. Dessas retiradas há cinco que determinam diâmetros; logo a probabilidade procurada é 5 45 = 1 9 . b) 1a solução: O princípio multiplicativo mostra que o número de maneiras de retirar três bolas, uma a uma, é 10 × 9 × 8 = 720 . Para que uma retirada determine um triângulo retângulo, ela deve conter duas bolas a e b que determinam um diâmetro e uma terceira bola x distinta dessas duas; ordenando essas bolas das 3! 6= maneiras possíveis, vemos que há seis retiradas que consistem dessas bolas. Como há cinco pares de bolas que determinam um diâmetro e a bola extra pode ser escolhida de oito maneiras diferentes, o número de retiradas que determinam um triângulo retângulo inscrito é 5 8 246 0× × = . Logo a probabilidade procurada é 240 1 720 3 = . 2ª solução (também mais adequada ao enunciado alternativo):Uma vez retiradas três bolas, podemos formar com elas trêsgrupos de duas bolas. Observamos que se um desses grupos determina um diâmetro então isso não pode acontecer para os outros dois grupos. Como cada grupo de duas bolas tem probabilidade 1 9 de determinar um diâmetro, a probabilidade procurada é então 1 1 1 1 9 9 39 + + = . OBMEP 2011 – 2a Fase Soluções – Nível 3 9 3a solução: Há 10 3 = 120maneiras de escolher três bolas, ou seja, há 120 triângulos inscritos com vértices nos vértices do decágono. Por outro lado, cada diâmetro determina oito triângulos retângulos inscritos, num total de 5 × 8 = 40; ou seja, há 40 escolhas de três bolas que determinam triângulos retângulos inscritos. A probabilidade procurada é então 40 120 = 1 3 . c) 1a solução: O número de retiradas de quatro bolas é e cada uma dessas retiradas determina um quadrilátero inscrito. Por outro lado, as bolas de uma retirada que determina um retângulo inscrito devem determinar dois diâmetros. Há dez escolhas para a primeira bola de uma tal retirada e a bola diametralmente oposta pode então aparecer em qualquer uma das três posições seguintes; as outras duas bolas podem então ser escolhidas de oito maneiras diferentes, correspondentes aos quatro diâmetros ainda não determinados. Assim, as retiradas que determinam um triângulo retângulo são em número de10 3 8× × e a probabilidade procurada é então 10 × 3 × 8 10 × 9 × 8 × 7 = 1 21 2a solução: Para que as quatro bolas retiradas determinem um retângulo, as três primeiras devem determinar um triângulo retângulo, o que acontece com probabilidade 1 3 ; uma vez isso feito, há uma única escolha para a quarta bola entre as sete remanescentes. Logo a probabilidade procurada é 1 3 ⋅ 1 7 = 1 21 . 3a solução: Há 10 4 = 210maneiras de escolher quatro bolas, ou seja, há 210 quadriláteros inscritos com vértices nos vértices do decágono. Por outro lado, um retângulo inscrito é determinado por dois diâmetros, ou seja, há 5 2 = 10 retângulos inscritos, correspondentes a dez escolhas de quatro bolas. Logo a probabilidade procurada é 10 210 = 1 21 . 10 × 9 × 8 × 7 OBMEP 2011 – 2a Fase Soluções – Nível 3 10 Questão 6 – Solução a) 1a solução: Na figura ao lado marcamos, em vermelho, o ângulo em B do triângulo ABC e o ângulo correspondente no polígono AMJD; em azul, marcamos o ângulo em C do triângulo ABC e o ângulo correspondente do polígonoAELN. Podemos observar na parte superior da figura que o ângulo MAN � é a soma desses dois ângulos com o ângulo em A do triângulo ABC; como a soma dos ângulos internos de um triângulo é 180o, segue que MAN � = 180o . Logo M, A e N estão alinhados. 2a solução: Observamos primeiro que AM é paralelo a BF, pois ele é obtido de BF por meio de uma rotação de 180o; do mesmo modo, AN é paralelo a CG. Como BF e CG estão na mesma reta suporte e AM e AN tem o ponto A em comum, segue que os pontos M, A e N estão alinhados. b) Na figura os ângulos marcados em vermelho são congruentes, assim como os ângulos marcados em azul. Segue que os ângulos marcados em marrom também são congruentes, pois são ambos suplementos do ângulo vermelho; do mesmo modo, os ângulos verdes são também congruentes. Notamos agora que MN = MA + AN = BF + CG = BC − FG = 2FG = FG = FG Segue pelo critério ALA que os triângulos FGI e MNK são congruentes. c) Na figura ao lado traçamos a base média DE do triângulo ABC. O teorema da base média nos diz que DE é paralelo a BC e que DE = 1 2 BC = FG . Segue que os triângulos FGI e EHD são congruentes, pois são retângulos, tem os ângulos verdes congruentes (pois são agudos de lados paralelos) e hipotenusas congruentes. Em particular, temos FI = EH , donde FH = FI − HI = EH − HI = EI . Logo LH = LE + EI + IH = FH + HI + IE = EF . d) A área do quadrado HJKL é igual à área do triângulo ABC, que é 9; logo o lado do quadrado mede 3. Em particular, LH = 3 e segue do item anterior que EF = 3 . 1 OBMEP 2012 – 2a Fase Soluções – Nível 3 N3Q1 – Solução a) O valor da área de cada painel é igual ao total de lâmpadas vermelhas que o mesmo usa. Logo, em um painel de 5 metros por 8 metros há 5 8 40× = lâmpadas vermelhas. b) Um painel de 5 metros por 8 metros contém 6 linhas horizontais e 9 linhas verticais, que formam entre si 6 9 54× = interseções. De acordo com o enunciado, em cada uma dessas interseções é colocada uma lâmpada azul; logo há 54 lâmpadas azuis. c) 1ª solução: Em um painel de m metros por n metros, o número de lâmpadas azuis que há na borda coincide com o valor do seu perímetro, que é igual a 2( )m n+ . Por argumentos análogos aos usados nos itens (a) e (b), vemos que este painel usa 72mn = lâmpadas vermelhas e ( 1)( 1) 90m n+ + = lâmpadas azuis. Da última igualdade segue que ( ) 1 90mn m n+ + + = e então temos 90 1 90 72 1 17m n mn+ = − − = − − = . Assim, o número de lâmpadas azuis que estão na borda do painel é 2( ) 2 17 34m n+ = ⋅ = . 2ª solução: A área do painel é 72 (total de lâmpadas vermelhas), assim as possíveis dimensões do painel são as seguintes (em metros): 1 72× , 2 36× , 3 24× , 4 18× , 6 12× e 8 9× . A mesma argumentação usada no item (b) mostra apenas 8 9× corresponde a um painel que tem um total de 90 lâmpadas azuis, pois ( ) ( )90 8 1 9 1= + + . Como o número de lâmpadas azuis que há na borda coincide com o valor do perímetro do painel, temos então que há ( )2 8 9 34+ = lâmpadas azuis na borda do painel. 2 OBMEP 2012 – 2a Fase Soluções – Nível 3 N3Q2 – Solução a) A figura I indica, com o número 3, os quadrados contaminados no terceiro estágio e apresenta o resultado da contaminação ao final deste estágio. b) A figura II indica os quadrados contaminados em cada estágio subsequente e mostra o resultado final da contaminação. c) Os perímetros de contaminação no terceiro e no último estágios, destacados na figura III, são ambos iguais a 18 (correspondentes a 8 lados horizontais e 10 lados verticais de quadrados). d) Há várias configurações com 5 quadradinhos que levam à completa contaminação; a mais simples é a formada por 5 quadradinhos em uma diagonal. e) Ao se acrescentar um quadrado à contaminação, cada lado exposto (ou seja, não em contato com outros quadrados) faz o perímetro de contaminação aumentar de uma unidade, enquanto cada lado em contato faz o perímetro diminuir de uma unidade. Portanto, a variação do perímetro de contaminação é igual à diferença entre o número de lados expostos e o número de lados em contato. Como um quadrado deve ter pelo menos dois lados em contato com outros quadrados para ser contaminado, esta diferença é sempre menor ou igual a zero. A tabela abaixo mostra os três casos possíveis: lados em contato lados expostos variação do perímetro 2 2 2 2 0− = 3 1 1 3 2− = − 4 0 0 4 4− = − e) Quando todos os quadrados estão contaminados, o perímetro de contaminação é igual a 4 5 20× = . Por outro lado, o perímetro de uma contaminação com n quadrados é no máximo igual a 4n, que ocorre quando os n quadrados não têm lados em comum. Como o perímetro de contaminação nunca aumenta, para que esta contaminação seja capaz de contaminar todo o tabuleiro, é necessário que 4n seja no mínimo igual a 20; ou seja, n deve ser no mínimo igual a 5. 3 OBMEP 2012 – 2a Fase Soluções – Nível 3 N3Q3 – Solução a) O algarismo 1 é composto por dois polígonos, indicados na figura por A e B. Para pintar o polígono A, há 3 opções: branco, cinza e preto. Já para pintar o polígono B, há 2 opções, uma vez que sua cor não pode coincidir com aquela já usada para pintar A. Logo, pelo Princípio Multiplicativo, o algarismo 1 pode ser pintado de 3 2 6× = maneiras distintas. b) Iniciamos observando que há 3 opções para pintar o polígono A. Uma vez que A foi pintado, há duas opções para pintar o polígono B e, como o polígono C é vizinho de A e B, só há uma cor possível para C. A cor do polígono D não deve coincidir com a cor de B, logo para cada cor escolhida para B, há 2 opções para a cor de D. Analogamente, há 2 opções para a cor de E. Assim, pelo Princípio Multiplicativo, há 2 1 2 2 243 × × × × = maneiras distintas para pintar o algarismo 3. c) Vamos distinguir dois casos. • As cores de A e B coincidem: neste caso há 3 opções de cores para A e B, e restam 2 opções de cores para C e 2 para D. Assim, pelo Princípio Multiplicativo, o algarismo 0 pode ser pintado de 3 2 2 12× × = maneiras distintas. • As cores de A e B são diferentes: neste caso, há 3 opções de cores para pintar A e, para cada uma dessas, há 2 opções para pintar B, restando apenas 1 opção para C e também para D. Assim, pelo Princípio Multiplicativo, o algarismo 0 pode ser pintado de 2 1 1 63 × × × = maneiras distintas. Segue do Princípio Aditivo que o algarismo 0 pode ser pintado de 12 6 18+ = maneiras distintas. d) Basta pintar os algarismos 2, 0, 1 e 3; o 2 pode ser pintado de 3 2 2 12× × = maneiras diferentes e o número de maneiras de pintar os outros algarismos já foi calculado nos itens anteriores. Assim, pelo Princípio Multiplicativo, há 24 1812 6 31104× × × = maneiras distintas de pintar o número 2013. 4 OBMEP 2012 – 2a Fase Soluções – Nível 3 N3Q4 – Solução a) Do enunciado temos (i) ! ! 90PAY XBP= = ° . Além disso, temos ! !90 180BPX APY+ ° + = ° , o que nos dá (ii) ! !90APY BPX= ° − . Por outro lado, no triângulo XBP os ângulos !BPX e !BXP são complementares e segue que (iii) ! !90BXP BPX= ° − . De (ii) e (iii) obtemos (iv) ! !APY BXP= . Finalmente, de (i) e (iv) segue a semelhança dos triângulos PAY e XBP . b) 1ª solução Seja AY y= . A semelhança dos triângulos PAY e XBP nos dá (i) 2 1 y x = . Decompondo o trapézio AYXB nos triângulos XPY , PAY e XBP , temos (ii) ( ) ( ) ( ) ( )área XPY área AYXB área XBP área PAY= − − . Usando (i), temos 2 3 3 ( ) 3 3 2 2 2 xx y xxárea AYXB x ++ = ⋅ = ⋅ = + 1 ( ) 2 2 x x área XBP ⋅ = = 2 2 ( ) 2 y área PAY x ⋅ = = . Substituindo estas expressões em (ii) obtemos 3 3 2 1 ( ) 2 2 x x área XPY x x x x = + − − = + . Solução análoga pode ser obtida baixando por X uma perpendicular à reta AB, denotando por C o ponto de interseção dessa perpendicular e da reta AB e fazendo ( ) ( ) ( ) ( ) ( )área XPY área ABXC área PAY área XBP área XYC=− − − 2ª solução: Seja AY y= . A semelhança dos triângulos PAY e XBP nos dá a relação 2 1 y x = . Segue do teorema de Pitágoras que 21PX x= + e 2 2 2 244 4 1PY y x x x = + = + = + . Temos então 2 2 21 2 1 1 1 ( ) 2 2 PX PY x x x área XPY x x x x ⋅ + + + = = = + × = . c) Devemos resolver a equação 1 5 2 x x + = , ou seja, 22 5 2 0x x− + = ; suas raízes são 1 5 25 4 2 2 1 4 2 x − − ⋅ ⋅ = = e 2 5 25 4 2 2 2 4 x + − ⋅ ⋅ = = . 5 OBMEP 2012 – 2a Fase Soluções – Nível 3 d) 1ª solução: Queremos encontrar o menor valor positivo de a tal que a equação 1 x a x + = tem solução positiva x . Essa equação é a mesma 2 1 0x ax− + = , que tem soluções 2 1 4 2 a a x + − = e 2 2 4 2 a a x − − = sempre que 2 4 0a∆ = − ≥ (nesse caso, essas soluções são sempre positivas, pois 20 4a a≤ − < para qualquer 0a > ). O menor valor de a que satisfaz a condição 0∆ ≥ é 2a = ; nesse caso, 0∆ = e a única solução da equação é 1x = . Logo ( )XPY assume seu valor mínimo quando 1x = , quando ( ) 2XPY = ; observamos que esse é o caso em que os triângulos PAY e XBP são isósceles. 2ª solução: Escrevemos 2 1 1 2x x x x = − + + , lembrando que 0x > . Como um quadrado é sempre maior ou igual a zero, vemos que o valor mínimo da expressão 1 x x + ocorre quando 1 0x x − = , ou seja, quando 1x = ; nesse caso, esse valor mínimo é 2. 3ª solução: Se 1x = então 1 2x x + = . Se 1x ≠ então 1 2x x + > ; de fato, se 1 2x x + ≤ então 2 2 1 0x x + ≤− , ou seja, 2( 01)x − ≤ , um absurdo. Logo a área é mínima para 1x = e seu valor nesse ponto é 2. 4ª solução: Se 1x ≠ podemos escrever 1x k= ± , com 0k > . Raciocínio análogo ao da 3ª solução mostra então que, em ambos os casos, temos 1 2x x + > . 5ª solução: a desigualdade aritmético-geométrica diz que se a e b são dois números positivos então sua média aritmética é maior que sua média geométrica, isto é, 2 a b ab + ≥ (exercício). Fazendo x a= e 1 b x = , temos 1 1 · 1 2 x x x x + ≥ = , ou seja, 1 2x x + ≥ para qualquer valor de x; como para 1x = temos 1 1 1 2 1x x = ++ = , segue que esse é o valor mínimo da área. 6 OBMEP 2012 – 2a Fase Soluções – Nível 3 N3Q5 – Solução a) Ao se sortear uma bola da 2ª caixa, há 10 bolas idênticas, uma das quais é amarela. Logo, a probabilidade de que a segunda bola retirada seja amarela é 1 10 . b) Ao se sortear uma bola da 2ª caixa, há duas bolas com o mesmo número da primeira bola sorteada (uma amarela e uma branca). A probabilidade de que uma delas seja a 2ª bola sorteada é 2 1 10 5 = . c) 1ª solução: A primeira bola pode ser sorteada de 9 maneiras e a segunda de 10. O número total de possibilidades para o sorteio das duas bolas é, portanto, 9 × 10 = 90. Para contar quantos são os sorteios em que a segunda bola tem o número 1, consideraremos dois casos: • A bola sorteada da 1ª caixa tem o número 1. Neste caso, há apenas uma possibilidade para o sorteio da 1ª bola, mas duas para o sorteio da 2ª (já que há duas bolas com o número 1 na segunda caixa quando ela é sorteada). Logo, há 1 × 2 = 2 formas de se obter 1 na 2ª bola. • A bola sorteada da 1ª caixa tem o número diferente de 1. Neste caso, há 8 possibilidades para o sorteio da 1ª bola, e apenas uma para o sorteio da 2ª (já que há somente uma bola com o número 1 na segunda caixa quando ela é sorteada). Logo, há 8 × 1 = 8 formas de se obter 1 na 2ª bola A probabilidade de que a segunda bola tenha o número 1 é, portanto, número de casos favoráveis 2 8 1 número de casos possíveis 90 9 + = = 2ª solução: As bolas de 1 a 9 figuram em igual quantidade em ambas as caixas. Logo, mesmo depois de passada uma bola da 1ª para a 2ª, todos os números continuam tendo a mesma chance de serem sorteados. Portanto, a probabilidade de que a segunda bola seja a bola de número 1 é 1 9 . 3ª solução: ( ) ( ) ( ) = = = = = = = + × ≠ × ≠ = P 2ª bola 1 P 1ª bola 1 P 2ª bola 1|1ª bola 1 + P(1ª bola 1) P(2ª bola 1|1ª bola 1) 1 2 8 1 1 . . 9 10 9 10 9 7 OBMEP 2012 – 2a Fase Soluções – Nível 3 N3Q6 – Solução Iniciamos fazendo algumas observações gerais. Como os ciclistas percorrem a pista com velocidade constante, e gastam o mesmo tempo para percorrer a circunferência menor, concluímos que eles se deslocam com a mesma velocidade. Consequentemente, se eles partem de pontos diferentes, eles podem se encontrar apenas quando passam pelo ponto A, chegando por circunferências distintas. Para facilitar nossa descrição, colocamos mais quatro pontos na circunferência maior, indicados pelas letras P, Q, R e S, como na figura, de modo que distância entre quaisquer dois destes pontos consecutivos, ao longo da pista, é sempre a mesma e igual a 500 metros, que é 1/8 de volta na circunferência maior. Vamos chamar de módulo o percurso entre dois destes pontos consecutivos. Então, a pista é formada por 12 módulos e, como os ciclistas gastam 8 minutos para percorrer a circunferência menor, eles gastam 2 minutos para percorrer um módulo e 24 minutos para dar uma volta completa na pista. a) O ciclista que parte do ponto B chegará pela primeira vez ao ponto A após percorrer 6 módulos, portanto após 12 minutos de sua partida. O percurso percorrido por ele é denotado pela sequência BQCRDSA, indicando os pontos pelos quais o ciclista parte, passa e chega. Por outro lado, o outro ciclista, que parte do ponto D, chega em A pela primeira vez após percorrer 2 módulos, ou seja, após 4 minutos, quando troca de circunferência e chega pela segunda vez em A depois de dar uma volta completa na circunferência menor, totalizando 12 minutos após sua partida. O seu percurso é DSAEFGA. Logo, os ciclistas se encontram pela primeira vez, em A, após 12 minutos do momento em que partiram. b) Como eles levaram 20 minutos para se encontrar, sabemos que cada ciclista percorreu 10 módulos entre o ponto de partida e o ponto A, onde se encontraram. Assim, para determinar os possíveis pontos de partida dos ciclistas basta percorrer, a partir de A, 10 módulos no sentido contrário ao do deslocamento na pista. Podemos fazer isto de apenas duas maneiras: • partindo de A pela circunferência maior, fazendo o percurso ASDRCQBPAGF, e portanto chegando ao ponto de partida F; e • partindo de A pela circunferência menor, fazendo o percurso AGFEASDRCQB, e portanto chegando ao ponto de partida B. Consequentemente, um dos ciclistas partiu do ponto B e o outro de F. 8 OBMEP 2012 – 2a Fase Soluções – Nível 3 c) Consideremos as semicircunferências "ABC , "CDA , "AEF e "FGA ; observando o sentido do percurso e lembrando que os ciclistas se deslocam com a mesma velocidade constante v, podemos fazer a seguinte tabela, que descreve o comportamento da distância entre os ciclistas, dependendo das semicircunferências nas quais se encontram: Ciclistas Distância entre eles Os dois estão na mesma circunferência constante Um está em "ABC e outro em "FGA Um está em "CDA e outro em "AEF Um está em "ABC e outro em "AEF aumenta Um está em "CDA e outro em "FGA diminui No caso em que eles se encontram nas semicircunferências "ABC e "AEF , eles se afastam com velocidade constante 2v ; como a distância é uma função linear do tempo (supondo a velocidade constante), o gráfico da distância entre eles em função do tempo, nesse caso, também é linear. O mesmo vale se eles se encontram nas semicircunferências "CDA e "FGA , pois nesse caso eles se aproximam com velocidade constante 2v . Assim, o gráfico é formado por segmentos de reta, como vemos abaixo. Para facilitar a leitura do gráfico, em cada tempo considerado, indicamos, abaixo do eixo horizontal, o ponto da pista onde se encontrava cada um dos ciclistas. OBMEP 2013 – 2a Fase Soluções – Nível 3 1 N3Q1 a) Quando o visor mostra 804,o número de controle é 10 8 0 4 22+ − + = . b) Quando o visor mostra 690, o número de controle é 10 6 9 0 7+ − + = . Mostramos na tabela abaixo todas as possibilidades de giro de uma unidade dos discos C e U: C D U controle Posição inicial 6 9 0 7 C gira para 7 7 0 0 17 C gira para 5 5 8 0 7 U gira para 1 6 0 1 17 U gira para 9 6 8 9 17 Como o número de controle não mudou, vemos que o disco C foi girado para 5 e o número no visor passou a ser 580. c) Vamos analisar o que acontece quando giramos o disco C para cima. Se 9C ≠ , ele passará a mostrar ' 1C C= + ; se 9C = , ele passará a mostrar ' 0C = . O mesmo acontecerá com o disco D; se 9D ≠ então ele passará a mostrar ' 1D D= + e, se 9D = , ele passará a mostrar ' 0D = . Nesse processo, o disco U continuará a mostrar U, ou seja, o novo número de controle será 10 ' 'C D U+ − + . A diferença entre o novo número de controle e o original é então 10 ' ' (10 ) ( ´ ) ( ' )C D U C D U C C D D+ − + − + − + = − − − . Observamos agora que 'C C− só assume os valores ( 1) 1C C+ − = e 0 9 9− = − , bem como 'D D− ; desse modo, os possíveis valores de ( ´ ) ( ' )C C D D− − − são 1 1 9 ( 9) 0− = − − − = , 1 ( 9) 10− − = e 9 1 10− − = − , todos múltiplos de 10. Logo o algarismo das unidades dos números de controle original e novo é o mesmo. Raciocínio idêntico mostra que o algarismo das unidades do número de controle não muda também nas outras possibilidades de giro dos discos C e U. d) Quando o visor mostra 978, o número de controle é 10 9 7 8 20+ − + = ; o item anterior mostra que, qualquer que seja o giro dos discos C e U, o algarismo das unidades do número de controle continuará a ser 0. Como o número de controle de 555 é 10 5 5 5 15+ − + = , não é possível obter 555 a partir de 978. OBMEP 2013 – 2a Fase Soluções – Nível 3 2 N3Q2 a) De acordo com a definição, temos 2 3 (2 3) 1 6= + + =� . b) Temos 0 3 0 (1 1) (0 1) (0 1) 3 3 (3 3) 1 7= = = = + + =� � � � � � � onde observamos que 0 1 3=� , de acordo com a conta de Hipácia no quadro negro. c) Primeiro calculamos 2 3 (0 1) 3 (0 3) (1 3) 7 (1 3)= = =� � � � � � � � Para continuar, é necessário calcular 1 3� , o que fazemos a seguir: 1 3 (0 0) 3 (0 3) (0 3) 7 7 (7 7) 1 15= = = = + + =� � � � � � � Finalmente, temos 2 3 7 (1 3) 7 15 (7 15) 1 23= = = + + =� � � � . Observação: O(a) leitor(a) com algum conhecimento de indução matemática pode mostrar que, em geral, 2( ) 1m n m n mn= + + +� . OBMEP 2013 – 2a Fase Soluções – Nível 3 3 N3Q3 a) No tabuleiro dado aparecem somas ímpares na primeira e segunda linhas, primeira e segunda colunas e na diagonal principal. Desse modo, a nota desse tabuleiro é 5. b) Abaixo temos 4 tabuleiros com nota 8 1 1 1 1 0 0 0 0 1 0 1 0 1 1 1 0 1 0 0 1 0 1 1 1 1 1 1 0 0 1 1 0 0 0 1 0 É possível mostrar que estes são os únicos tabuleiros com nota 8; deixamos isso como exercício. c) Ao trocar o número de um dos cantos do tabuleiro, soma-se 1 (caso a troca tenha sido de 0 para 1) ou subtrai-se 1 (caso a troca tenha sido de 1 para 0) aos totais de da linha, da coluna e da diagonal que se encontram nesse canto. Assim, das oito somas (três linhas, três colunas e duas diagonais), três trocam de paridade e as outras não mudam. Observamos agora que: • se essas três somas são ímpares, após a troca a nota diminuirá de 3; • se duas dessas somas são pares e uma é ímpar, após a troca a nota aumentará de 1; • se duas dessas somas são ímpares e uma é par, após a troca a nota diminuirá de 1; • se essas três somas são pares, após a troca a nota aumentará de 3. Em qualquer caso, vemos que se a nota original do tabuleiro é par (ou ímpar), ela se tornará ímpar (ou par), pois aumentará ou diminuirá de 1 ou 3. d) Para preencher todas as casas de um tabuleiro, exceto (por exemplo) a do canto superior direito, temos 82 2 2 2 2 62 252 2 2× × × × × × ==× possibilidades. O item anterior mostra que, uma vez essas casas preenchidas, há apenas uma maneira de preencher a casa do canto superior direito de modo que a nota desse tabuleiro seja ímpar, e concluímos que o número de tabuleiros de nota ímpar é 256. Alternativamente, podemos concluir do item anterior que se um tabuleiro tem nota par (ou ímpar), ao trocar o algarismo da casa do canto superior direito teremos um tabuleiro de nota ímpar (ou par). Isso mostra que a cada tabuleiro de nota par corresponde um de nota ímpar e vice-versa, ou seja, o número de tabuleiros de nota ímpar (ou par) é a metade do número total de tabuleiros, que é 9 82 2 2 = . OBMEP 2013 – 2a Fase Soluções – Nível 3 4 N3Q4 Para simplificar a exposição, vamos indicar a área de uma figura colocando seu nome entre parêntesis; por exemplo, ( )ABC denota a área do triângulo ABC (em cm2). a) A figura abaixo ilustra as situações 2x = , 5x = e 7x = ; nelas F representa a posição de C após a dobra. Como o triângulo ABC é retângulo em C e a dobra é paralela ao lado AB, segue que CDFE é um quadrado de lado CD x= cm; a área do triângulo DEF é metade da área do quadrado CDFE. Temos 2( )CDFE x= e então 2 ( ) 2 EF xD = . Para 2x = o triângulo DEF representa a região de sobreposição, logo, 222) 2 2 (f = = ; analogamente, temos 5(5) 2 2 f = . No caso 7x = , a área de sobreposição, representada pelo trapézio DEHG, é igual a ( ) ( )DEF GHF− . O triângulo ADG é isósceles com 3AD DG= = cm; como 7DF = temos 4GF = . Logo 2 2 ( ) ( ) ( ) 2 2 2 7 4 33DEHG DEF GHF= − = − = cm2, ou seja, 3(7) 3 2 f = . b) A figura abaixo, à esquerda, ilustra a região de sobreposição para 0 5x< ≤ ; à direita temos a região de sobreposição para 5 10x< < . No primeiro caso, CDFE é um quadrado de lado x e a área de DEF é metade da área desse quadrado, ou seja, 2 ( ) 2 xf x = . No segundo caso, o triângulo ADG é OBMEP 2013 – 2a Fase Soluções – Nível 3 5 isósceles com 10AD DG x= = − ; logo (10 ) 2 10GF DF DG x x x= − = − − = − e temos 2 2 2(2 10) 1( ) ( ) ( ) ( ) ( 3 40 100) 2 2 2 xf x DEHG DEF GHF xx x= = − = − = − + −− . Pode-se também calcular ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 2( )DEGH ABC DEC ADG EBH ABC DEC ADG= − − − = − − ; deixamos esse cálculo para o(a) leitor(a). c) O gráfico de f aparece abaixo. d) Observamos primeiro que 21 1(3 40 100) (3 10)( 10) 2 2 x x x x− − + = − − − ; essa fatoração pode ser obtida a partir das raízes de 23 40 100x x− + , que são 10 3 e 10. Quando0 5x< ≤ o maior valor de 21( ) 2 f x x= é 25(5) 2 f = . Por outro lado, quando 5 10x< < o maior valor de 1( ) (3 10)( 10) 2 f x x x= − − − é atingido no vértice da parábola, cuja abscissa é o ponto médio das raízes, ou seja, é 20 3 1 10 10 2 3 + = ; temos 20 50 3 3 f = . Como 25 50 2 3 20(5) 3 f f = < = , o maior valor possível da área de sobreposição é 50 3 . OBMEP 2013 – 2a Fase Soluções – Nível 3 6 N3Q5 a) 1ª solução: Após amarrar dois barbantes do lado de cima da mão, temos a situação da figura à direita. Os possíveis resultados após amarrar duas pontas do outro lado da mão são mostrados na figura à esquerda. Temos 2 possibilidades para o caso da esquerda (barbantes unidos em um único fio) e 1 possibilidade para o caso da direita, num total de 2 1 3+ = . Assim, a probabilidade de formar um único fio é 2 3 . \\\\\\\Podemos expressar esse raciocínio dizendo que, uma vez dado um nó do lado de cima da mão, a ponta em baixo correspondente à ponta solta em cima tem 3 escolhas: ficar sozinha ou unir- se a uma das outras duas. Em 2 dessas escolhas (unir-se a uma das outras duas) é formado um único fio, ou seja, a probabilidade de formar um único fio é 2 3 . 2ª solução: Vamos supor que as pontas dos barbantes do lado de cima da mão sejam rotuladas com as letras A, B, C e as pontas correspondentes do outro lado com A’, B’, C’. Para dar umnó em cima da mão, basta escolher a ponta que vai ficar solta (3 possibilidades) e amarrar as outras duas. O mesmo ocorre do outro lado da mão, e segue que temos 3 3 9× = possibilidades para dar nós de ambos os lados da mão. Haverá um barbante isolado quando a ponta solta do lado de baixo for a ponta correspondente à ponta solta do lado de cima; isso ocorre uma vez a cada escolha de como amarrar os barbantes na parte de cima, num total de 3 casos. Logo, a probabilidade de que os barbantes não estejam unidos em um único fio é 3 1 9 3 = e a de que estejam unidos em um único fio é 1 1 2 3 3 − = . b) 1ª solução: Como na 1ª solução do item (a), após dar dois nós de um dos lados da mão, a outra ponta do barbante não usado tem 5 escolhas, sendo que em apenas 1 delas ele ficará solto; logo, a probabilidade de que um dos pedaços fique isolado é 1 5 . OBMEP 2013 – 2a Fase Soluções – Nível 3 7 2ª solução: Como na 2ª solução do item (a), vamos supor que as pontas dos barbantes do lado de cima da mão sejam rotuladas com as letras A, B, C, D e E e as pontas correspondentes do outro lado com A’, B’, C’, D’ e E’. Para dar os nós em cima da mão, basta escolher a ponta que vai ficar solta (5 possibilidades) e amarrar as outras quatro duas a duas (3 possibilidades; por exemplo, se A ficou solta, as possibilidades são (BC,DE), (BD,CE) e (BE,CD)). O mesmo ocorre do outro lado da mão, e segue que temos 2(5 3)× possibilidades para dar nós de ambos os lados da mão. Haverá um barbante isolado quando a ponta solta do lado de baixo for a ponta correspondente à ponta solta do lado de cima; isso ocorre uma vez a cada escolha de como amarrar os barbantes na parte de cima, num total de (5 3) 3× × (5 3× escolhas da ponta solta na parte de baixo, uma para cada possibilidade de dar nós na parte de cima, e 3 escolhas de como amarrar as outras quatro pontas). Logo, a probabilidade de que um dos pedaços originais de barbante fique separado dos demais é 2 (5 1 5(5 3) 3 3) × × = × . c) 1ª solução: Como na 1ª solução do item (b), após dar dois nós de um dos lados da mão, a outra ponta do barbante não usado tem 5 escolhas, a saber, ficar solta ou unir-se a uma das outras 4 pontas; para formar um único fio, ela deve ser unida a outra ponta, o que acontece com probabilidade 4 5 . Isso feito, a outra ponta do fio ao qual a ponta solta foi unida tem 3 possibilidades, a saber, ficar solta ou unir-se a uma das outras 2 pontas; para formar um único fio, ela deve ser unida a outra ponta, o que acontece com probabilidade 2 3 . Logo, a probabilidade de os barbantes formarem um único fio é 4 2 8 5 3 15 × = . Para exemplificar esse raciocínio, observamos na figura ao lado que a ponta E pode ser unida às pontas A, B, C e D. Se, por exemplo, ela for unida à ponta A, para que os barbantes formem um único fio é necessário que a ponta B seja unida a uma das pontas C ou D. 2ª solução: Supomos aqui também que as pontas dos barbantes do lado de cima da mão sejam rotuladas com as letras A, B, C, D e E e as pontas correspondentes do outro lado com A’, B’, C’, D’ e E’. Já vimos que o número de maneiras de dar dois nós de ambos os lados da mão é 2(5 3)× . Para cada maneira de amarrar os barbantes na parte de cima (5 3× possibilidades), haverá um fio único quando a ponta da parte de baixo correspondente à ponta solta em cima for unida a uma das outras quatro (4 possiblidades) e, depois disso, a outra ponta (em baixo) do barbante de três fios assim formado for unida a uma das restantes (2 possibilidades). Logo a probabilidade de os barbantes formarem um único fio é 2 (5 3) 4 2 ( 8 153)5 × × = × × . OBMEP 2013 – 2a Fase Soluções – Nível 3 8 N3Q6 a) Seja n a distância a ser percorrida por Adonis e Basílio. O algoritmo da divisão de Euclides nos permite escrever 8 7n a r b s= + = + onde 0 7r≤ ≤ e 0 6s≤ ≤ ; segue que ( )A n a r= + e ( )B n b s= + . Por exemplo, 1 6 28 04 71 × + = × += , donde (14) 1 6 7A = + = e (14) 2 0 2B = + = . O restante da tabela pode ser preenchido analogamente. n 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 ( )A n 1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4 5 6 7 8 2 ( )B n 1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 5 6 7 2 3 4 b) Para achar um desses números, basta fazer uma tabela como a do item anterior para valores de n entre 200 e 240. n 200 201 202 203 204 205 206 207 208 209 210 211 212 213 ( )A n 25 26 27 28 29 30 31 32 26 27 28 29 30 31 ( )B n 32 33 34 29 30 31 32 33 34 35 30 31 32 33 n 214 215 216 217 218 219 220 221 222 223 224 225 226 227 ( )A n 32 33 27 28 29 30 31 32 33 34 28 29 30 31 ( )B n 34 35 36 31 32 33 34 35 36 37 32 33 34 35 n 228 229 230 231 232 233 234 235 236 237 238 239 240 ( )A n 32 33 34 35 29 30 31 32 33 34 35 36 30 ( )B n 36 37 38 33 34 35 36 37 38 39 34 35 36 Essa tabela mostra que 231, 238 e 239 são os valores de n entre 200 e 240 tais que ( ) ( )A n B n> . Observamos que a feitura dessa tabela não é tão trabalhosa como parece, pois o padrão dos valores de ( )A n e ( )B n é claro; por exemplo, basta calcular ( )A n para os múltiplos de 8 e a linha correspondente a ( )A n é preenchida como segue: n 8k 8 1k + 8 2k + 8 3k + 8 4k + 8 5k + 8 6k + 8 7k + 8( 1)k + ( )A n k 1k + 2k + 3k + 4k + 5k + 6k + 7k + 1k + Observação análoga vale para a linha correspondente a ( )B n . c) Das expressões 8 7n a r b s= + = + temos 7( 8 ) 8 A n a r n r n rr− ++ == + = e 6( 7 ) 7 B n b s n s n ss− ++ == + = . Desse modo, ( ) ( )A n B n= se escreve como 7 6 8 7 n r n s+ += ; simplificando essa expressão chegamos a 49 48n r s= − . O maior valor possível para 49 48r s− é obtido colocando 7r = e 0s = , ou seja, o número procurado é 7 349 43d == × . Fica como exercício para o(a) leitor(a) mostrar que ( ) ( )A n B n< para 343n > . Solução da prova da 2a fase OBMEP 2014 − Nível 3 � Questão 1 Sabemos que a pontuação máxima por rodada é de 3x5=15 pontos. Podemos descobrir quantas rodadas é possível obter com pontuações máximas sem ultrapassar 134 pontos fazendo a divisão de 134 por 15. 134 = 8 x 15 + 14 = 120 + 14 Assim são necessárias 8 rodadas e ainda sobram 14 pontos. Pelo item b) são necessárias, no mínimo, 2 rodadas para obter 14 pontos. Logo, no mínimo, são necessárias 8+2=10 rodadas para obter 134 pontos. Outra Solução item a) Observemos que uma das flechas atingiu a região interna, que vale 5 pontos, caso contrário, Michel obteria, no máximo, 9 pontos nesta rodada. Consequentemente, as outras flechas atingiram a região de 3 pontos. Assim, os pontos obtidos com as flechas foram 5,3 e 3, não necessariamente nesta ordem. Item b) Conforme a tabela abaixo, os únicos pontos entre 0 e 15 que Michel não pode obter, em apenas uma rodada, são 1 e 14. 0=0+0+0 4=2+2+0 8=2+3+3=3+5+0 12=2+5+5 1 5=5+0+0=2+3+0 9=2+2+5=3+3+3 13=3+5+5 2=2+0+0 6=2+2+2=3+3+0 10=2+3+5=5+5+0 14 3=3+0+0 7=2+5+0 11=3+3+5 15=5+5+5 Isto se deve aos seguintes fatos: • a menor pontuação, diferente de zero, é igual a 2. Logo é impossível obter apenas1 ponto em uma única rodada; • 15 pontos são obtidos, de modo único, quando as três flechas atingirem a região central do alvo. Se uma das flechas não atingir a região central, no máximo Michel obteria 13 pontos em uma rodada. Logo, não é possível obter 14 pontos em uma única rodada. Item c) Como 8 x 15 = 120 < 134, sabemos que houve, pelos menos, 9 rodadas neste treino. Vamos supor que seja possível obter 134 pontos em 9 rodadas, e seja n o número de rodadas nas quais a pontuação obtida foi de 15 pontos. Como 9 x 13 = 127 < 134, segue que n1 e, por outro lado, como 9 x 15 = 135 > 134, segue que n8.Assim, a pontuação máxima obtida nesta rodada é de 15n+13(9-n)=2n+127, ou seja, 1342n+127. Portanto, 172n, o que contradiz o fato de que n8. Logo, concluímos que não é possível obter 134 pontos em 9 rodadas, ou seja, houve, pelo menos, 10 rodadas. Como 134 = 8 x 15 +14 e é possível obter 14 pontos em duas rodadas,concluímos que Michel pode obter os 134 pontos em 10 rodadas. Solução da prova da 2a fase OBMEP 2014 − Nível 3 � Questão 2 item a) A formiga anda 20+ 10 + 20 = 50 cm até chegar em D. Item b) Quando � � centímetros ela está no ponto F do segmento BC que dista 2 cm do ponto B. Podemos considerar o segmento AD, com medida 10 cm, a base do triângulo ADF e sua altura será a distância do ponto F à base AD, distância esta igual a 20 cm.Portanto, a área do triangulo será � � ��� cm2. Item c) Considerando sempre o segmento AD, com medida 10cm, a base do triângulo, sua área variará com a altura e será máxima quando a altura for máxima, ou seja, quando a altura for 20cm. O cálculo acima nos dá a área máxima igual a ��� cm2. Item d) Quando o ponto F varia no lado AB, � � � � e o valor da área do triângulo ADF será � ��. A área será constante e igual a ��� cm2 quando � � � � . Para � � � ��, a expressão para a área será �� � � �� � ��� O gráfico pedido será o da figura ao lado. Solução da prova da 2a fase OBMEP 2014 − Nível 3 � Questão 3 item a) A distância que a aranha irá percorrer seguindo o caminho vermelho é 60 + 24 = 84. Item b) ou Item c) Usamos o Teorema de Pitágoras e vemos que, dentre os três caminhos, o verde é o mais curto. Solução da prova da 2a fase OBMEP 2014 − Nível 3 � Questão 4 item a) Basta observar na tabela o número que se apresenta na linha do F e na coluna do B, que é o número 2. Portanto, F ultrapassou B duas vezes Item b) A casa amarela representa quantas vezes o atleta B ultrapassou o atleta D.No início da corrida B estava à frente de D e como D foi o vencedor da corrida, temos a certeza de que B terminou atrás de D. Portanto, B ultrapassou D uma vez a menos do que D ultrapassou B.Como D ultrapassou B duas vezes, podemos afirmar que B ultrapassou D uma única vez. Item c) A casa verde representa quantas vezes o atleta E ultrapassou o atleta B.No início da corrida E estava atrás de B e como E foi o último colocado da corrida, temos a certeza de que E terminou atrás de B. Portanto, E ultrapassou B tantas vezes quanto B ultrapassou E.Como B ultrapassou E três vezes, E também ultrapassou B três vezes. item d) Já sabemos que D ganhou a corrida e que E foi o último colocado.Comparando os números escritos em posições simétricas em relação à diagonal cinza, concluímos que: • A começou à frente de B, C e F. • Como o número de ultrapassagens de A sobre B é igual ao número de ultrapassagens de B sobre A, concluímos que A e B terminaram na mesma posição relativa que começaram a corrida, ou seja, A terminou à frente de B. • Do mesmo modo, como o número de ultrapassagens de A sobre Cé igual ao número de ultrapassagens de C sobre A, concluímos que A e C terminaram na mesma posição relativa que começaram a corrida, ou seja, A terminou à frente de C. • Por outro lado, como o número de ultrapassagens de A sobre F é igual ao número de ultrapassagens de F sobre A menos 1, concluímos que A terminou atrás de F. Com isso já podemos concluir que F terminou à frente de A, B e C. Mas B começou à frente de C não houve ultrapassagens entre B e C, logo B terminou à frente de C. Portanto, a corrida terminou na seguinte ordem: 1º. lugar: D – 2º. lugar: F – 3º. lugar: A – 4º. lugar: B – 5º. lugar: C – 6º. lugar: E. Solução da prova da 2a fase OBMEP 2014 − Nível 3 � Questão 5 item a) As seis maneiras são as seguintes: 1-2-3-4-5, 1-2-3-5-4, 1-2-4-3-5, 1-2-4-5-3, 1-3-2-4-5, 1-3-5-4-2. Item b) Basta ele subir pelos degraus ímpares até o mais alto dos ímpares e em seguida ir para o mais alto dos pares e descer pelos degraus pares. • Exemplo para 10 degraus: 1-3-5-7-9-10-8-6-4-2 • Exemplo para 11 degraus: 1-3-5-7-9-11-10-8-6-4-2. Item c) • Se ele começar com os movimentos 1-2, o problema recairá no caso com 11 degraus e, portanto, será possível completá-lo de 68 maneiras. • Se ele começar com 1-3-2, então ele terá que ir para o degrau 4 e o problema recairá na mesma situação da escada com 9 degraus e ele terá 31 maneiras para completá-lo. • Se ele começar com 1-3-4, os degraus 2 e 5 ficarão com um afastamento de 3 degraus e não será possível completar o movimento. • Se ele começar com 1-3-5, ele não poderá mais descer ou subir um degrau, até atingir o último ímpar para depois voltar pelos pares como descrito no item c e, portanto, haverá apenas uma maneira. Logo, o número de maneiras de completar a brincadeira será igual a 68 + 31 + 1 = 100 maneiras. Solução da prova da 2a fase OBMEP 2014 − Nível 3 � Questão 6 item a) O 22º da fila, pois até o 21º teremos 21 cartõespara 20 números e podemos afirmar, pelo Princípio dasCasas dePombos, que haverá pelo menos dois cartões com o mesmo número, ou seja, o prêmio já terá saído. Item b) Para que o terceiro ganhe, o segundo deve ter um número diferente do primeiro e o terceiro ter um número igual a um dos cartões dos dois primeiros: � � ����� �� �� � � �� �� � ���� Item c) Vamos calcular a fração � � : � � � ������������ �������� �� �� �� �� �� �� �� � ������������ ���� �� �� �� �� �� � � � ���� � � � �� � � � � Logo � � � . Item d) Vamos calcular a fração � � � � � ������� ����� � � � � �� � ��� � � � �� � ���� � �� �� �� � �� � ������� ����� � � � � �� � ��� � � � �� � ��� �� � �� �� �� ��� � � � � � � ��� � � �� � �� � � �� � � �� � � Vamos analisar agora a partir de qual n, maior do que 1, Pn+1 fica menor que Pn, ou seja, � � �� � � �� � � � �� �� � � � � � ��� � � � � � ��� � ��� � Logo, P6> P7> P8> ...> P21. Analogamente, Pn+1 = Pn quando � � � � � � �, ou seja, quando n = 5. Logo P5 = P6 e Pn+1 > Pn quando � � � � � � �, ou seja, quando n < 5. Logo, P2 < P3 < P4 < P5. A maior probabilidade ocorre para os participantes nas posições 5 e 6. SOLUÇÕES N3 2015 N3Q1 – Solução item a) O aluno D obteve nota zero em 1 questão, nota meio em 5 questões e nota um em 4 questões. Sendo assim, a nota obtida pelo aluno D na prova foi 1 × 0,0 + 5 × 0,5 + 4 × 1,0 = 6,5. Item b) Há sete possibilidades de um aluno tirar nota zero em 4 questões. • 1,0 + 1,0 + 1,0 + 1,0 + 1,0 + 1,0 = 6 x 1,0 + 0 x 0,5 + 4 x 0,0 • 1,0 + 1,0 + 1,0 + 1,0 + 1,0 + 0,5 = 5 x 1,0 + 1 x 0,5 + 4 x 0,0 • 1,0 + 1,0 + 1,0 + 1,0 + 0,5 + 0,5 = 4 x 1,0 + 2 x 0,5 + 4 x 0,0 • 1,0 + 1,0 + 1,0 + 0,5 + 0,5 + 0,5 = 3 x 1,0 + 3 x 0,5 + 4 x 0,0 • 1,0 + 1,0 + 0,5 + 0,5 + 0,5 + 0,5 = 2 x 1,0 + 4 x 0,5 + 4 x 0,0 • 1,0 + 0,5 + 0,5 + 0,5 + 0,5 + 0,5 = 1 x 1,0 + 5 x 0,5 + 4 x 0,0 • 0,5 + 0,5 + 0,5 + 0,5 + 0,5 + 0,5 = 0 x 1,0 + 6 x 0,5 + 4 x 0,0 item c) Há 16 possibilidades do aluno obter nota 7,0 ou maior do que 7,0, como está ilustrado na figura ao lado. N3Q2 – Solução item a) Cliente Horário da chegada Duração do atendimento (minutos) Tempo de espera na fila(minutos) Horário de início do atendimento Horário de término do atendimento 1 10h 06min 6 0 10:06 10:12 2 10h 15min 6 0 10:15 10:21 3 10h 19min 15 2 10:21 10:36 4 10h 29min 12 7 10:36 10:48 5 10h 34min 7 14 10:48 10:55 6 10h 42min 1 13 10:55 10:56 Item b) O tempo médio de espera na fila foi de 6 minutos, pois (0+0+2+7+14+13)÷6 = 36÷6 = 6. Solução da prova da 1a fase OBMEP 2015 � Nível 1 1 Item c) Vamos observar, para cada cliente, o tempo de espera na fila: • O Cliente 1 não ficou esperando na fila; • O Cliente 2 não ficou esperando na fila; • O Cliente 3 ficou esperando 2 minutos na fila, das 10:19 às 10:21; • O Cliente 4 ficou esperando 7 minutos na fila, das 10:29 às 10:36; • O Cliente 5 ficou esperando 14 minutos na fila, das 10:34 às 10:48; • O Cliente 6 ficou esperando 13 minutos na fila, das 10:42 às 10:55. Logo, das 10h 34min até as 10h 36min os clientes 4 e 5 ficaram esperando juntos na fila, e das 10h 42min até as 10h 48min os Clientes 5 e 6 ficaram esperando juntos na fila. Esses são os únicos intervalos em que duas pessoas ficaram esperando juntas na fila. Outra solução. No instante em que o Cliente5 chega, ele encontra o Cliente 4 na fila, portanto, a fila terá dois clientes até o instante que o Cliente 3 sai do atendimento. Novamente, quando o Cliente 6 chega ele e o Cliente 5 ficam na fila até que o Cliente 4 sai do atendimento. Logo, nos períodos das 10h 34min até as10h 36min e no período das 10h 42min até as 10h 48min a fila ficou com dois clientes. Item d) Temo de espera na fila do Cliente 1 10:19 10:21 10:29 10:34 10:36 10:42 10:48 10:55 10:00 10:10 10:20 10:30 10:40 10:50 11:00 Temo de espera na fila do Cliente 2 Temo de espera na fila do Cliente 3 Temo de espera na fila do Cliente 4 Temo de espera na fila do Cliente 5 Temo de espera na fila do Cliente 6 N3Q3 – Solução item a) Podemos traçar várias linhas poligonais diferentes de comprimento 16 cm, as quais dividem o tabuleiro em duas regiões. Abaixo estão alguns exemplos. Item b) O comprimento de qualquer linha poligonal que começa e termina na borda do tabuleiro sempre será igual à quantidade de vértices dos quadradinhos que estão no interior do tabuleiro pelos quais o caminho passa, mais um. Assim, a linha poligonal de maior comprimento deve ter os seus pontos inicial e final no contorno do tabuleiro e passar por todos os vértices dos quadradinhos que estão no seu interior. Sempre é possível fazer um caminho assim, por exemplo serpenteando o interior do tabuleiro como na primeira figura acima. O número de vértices dos quadradinhos que estão no interior do tabuleiro + × , é -+ − 1/-, − 1/, pois, nos lados do contorno do tabuleiro temos + + 1 e , + 1 pontos. Portanto, o tamanho da linha poligonal de maior comprimento é -+ − 1/-, − 1/ + 1 cm. Item c) Dentre todos os tabuleiros possíveis com 100 casas, o comprimento da maior linha poligonal que Mônica traçou é 82 cm, pois para os comprimentos dos lados de tabuleiros retangulares com 100 quadradinhos temos as possibilidades listadas no quadro abaixo. N3Q4 – Solução item a) Abaixo estão algumas maneiras de se cobrir o tabuleiro, todas elas diferentes da que aparece na Figura 1. Item b) Primeiro, observemos que cinco peças cobrem exatamente 5 x 3 = 15 casas do tabuleiro. Consequentemente, quando cobrimos o tabuleiro com cinco peças, sobrará uma casa descoberta. Por outro lado, observemos que o tabuleiro apresentado possui 5 casas brancas, 5 casas cinzas e 6 casas amarelas. Também vemos que ele possui 5 casas marcadas com a palavra OBMEP, 5 com o ano 2015 e, finalmente, 6 com o logotipo . Como cada peça cobre sempre três cores e três marcas diferentes, concluímos que a única casa descoberta deve ser amarela e marcada com o logo . Mas somente as casas dos cantos têm estas características (amarela e marcada com ). Portanto, a única casa descoberta sempre será uma casa localizada em um dos cantos. Outra solução. Se forem colocadas quatro peças no tabuleiro cobrindo os quatro cantos então as quatro casas centrais do tabuleiro ficarão descobertas, e a quinta peça nunca irá cobrir essas casas, pois não há possibilidade de encaixe para essa peça. Logo, a única forma de se cobrir um tabuleiro 4x4 com 5 peças é deixar uma das casas do canto descoberta. Isso é sempre possível, como visto no item a). m× n Comprimentos dos lados -m − 1/-n − 1/ + 1 Comprimento da maior poligonal 1 × 100 0 × 99 + 1 = 1 cm 2 × 50 1 × 49 + 1 = 50 cm 4 × 25 3 × 24 + 1 = 73 cm 5 × 20 4 × 19 + 1 = 77 cm 10 × 10 9 × 9 + 1 = 82 cm Item c) Analogamente ao que vimos no item anterior, com 21 peças podemos cobrir 63 casas. Portanto, pelo menos uma casa ficará descoberta, uma vez que o tabuleiro 8 x 8 tem 64 casas. Usando o mesmo raciocínio aplicado no item anterior, observemos que o tabuleiro apresentado possui 21 casas amarelas, 21 casas cinzas e 22 casas brancas. Por outro lado, possui 21 casas demarcadas com a palavra OBMEP, 21 casas com o ano 2015 e 22 com o logo . Consequentemente, se a cobertura deixar apenas uma casa descoberta, esta deve ser branca e marcada com o logo . Dentre todas as casas do tabuleiro, existem apenas 4 com essas características, destacadas em vermelho na figura abaixo à esquerda. Na figura abaixo, ao centro, exibimos uma possível cobertura com a correspondente casa descoberta. A partir dessa, “rodando” a cobertura sobre o tabuleiro, obtemos uma nova cobertura exibida na figura à direita, cuja casa descoberta é diferente da anterior. Seguindo esta ideia, podemos exibir 4 coberturas diferentes, cada uma correspondendo a uma das casas indicadas na figura à esquerda. Outra solução. Pinte 28 casas do tabuleiro 8 × 8, dispostas em duas faixas horizontais e duas faixas verticais, conforme a figura abaixo. Suponha, por absurdo, que exista uma cobertura do tabuleiro com 21 peças do tipo 3 × 1 que cobrem as quatro casas situadas na interseção de duas faixas pintadas. Cada peça que cobre uma casa da interseção obrigatoriamente cobre 3 casas pintadas e não cobre duas casas da interseção de duas faixas. Portanto há 4 peças, cada uma cobrindo exatamente uma casa da interseção, logo, juntas cobrem ao todo 12 das casas pintadas. Pela disposição da pintura (das faixas estarem afastadas de 2 casas entre si), cada uma das 17 peças restantes cobre exatamente 1 casa pintada. Logo o número de casas pintadas no tabuleiro é maior do que ou igual a 12 + 17 = 29, absurdo, pois apenas há 28 delas. Portanto qualquer cobertura do tabuleiro com 21 peças deixa descoberta uma das casas de interseção de duas faixas. A existência de coberturas do tabuleiro com 21 peças deixando descoberta uma casa da interseção de duas faixas é exibida na solução anterior. N3Q5 – Solução item a) A medida do arco determinado por 7 e 8 e que contém o ponto 9 é igual à medida do ângulo central 7Â8 = 90°. Item b) Os pontos A e O são equidistantes da reta BC e, portanto, na situação em que A e O não são coincidentes, eles definem a reta AO paralela à reta BC. Vamos mostrar que os triângulos !" e 8" são congruentes e disto seguirá o resultado esperado, isto é, que ! = 8. Não podemos utilizar o falso caso de congruência “lado-lado-ângulo”, embora ele seja válido neste caso. Como "! e "8 são raios da circunferência, eles têm a mesma medida. Devido ao paralelismo descrito acima, obtemos as congruências de ângulos: " #$ = $#% e %&$ = ! #", mas então esses quatro ângulos medem 45°, pois %$ é isósceles retângulo em . Assim " está sobre a bissetriz do ângulo !Â8. Projetamos ortogonalmente " sobre as retas % e $, como na figura, obtendo respectivamente os pontos ' e (; o quadrilátero '"( é um quadrado. Os triângulos '!" e (8" são congruentes, pois são retângulos e possuem pares de lados correspondentes com mesma medida ("' = "( e "! = "8). Logo !)" = 8&". Como consequência todos os ângulos dos triângulos !" e 8" são, respectivamente, congruentes. Como esses triângulos têm dois pares de lados correspondentes congruentes, eles são, de fato, congruentes. Logo AD = AQ. Outra solução. Os pontos A e O são equidistantes da reta BC e, portanto, na situação em que A e O não são coincidentes, eles definem a reta AO paralela à reta BC. Suponha que ! > 8 e considere o ponto !’ no segmento ! com !’ = 8, como na figura ao lado. Então os triângulos " !’ e " 8 são semelhantes, pelo caso LAL. Como o lado " é comum, esses triângulos são congruentes. Logo "8 = "!’, o que é impossível, pois "8 é um raio e !’ é um ponto interior ao círculo. Analogamente, não podemos ter ! < 8. Consequentemente, ! = 8. Item c) No item anterior vimos que o triângulo !8 é isósceles e, portanto, o ângulo 7!8 mede 45°. Logo, como o ângulo central 7"&8 tem o dobro da medida de 7!)8, concluímos que a medida em graus do arco 78 passando por 9 é também 90°. Deste modo, o comprimento do arco 78 que contém o ponto de tangência 9 é sempre o mesmo,igual a ¼ da medida da circunferência. N3Q6 – Solução item a) Fixadauma equipe, todas as demais 7 equipes têm a mesma probabilidade (igual a1/7) de ser sua adversária na próxima fase. Logo, a probabilidade de que uma equipe francesa enfrente a outra na primeira fase é 1/7. Outra solução: Um modo de definir os confrontos consiste em ordenar, por sorteio, as 8 equipes e determinar os quatro jogos: Equipe 1 x Equipe 2, Equipe 3 x Equipe 4, Equipe 5 x Equipe 6 e Equipe 7 x Equipe 8. Procedendo deste modo, há 8 × 7 × 6 × 5 × 4 × 3 × 2 × 1 sorteios possíveis para as equipes. Para produzir um caso favorável devemos: • Escolher a partida em que as equipes francesas vão se enfrentar (4 possibilidades); • Escolher a ordem dessas equipes no sorteio (2 possibilidades); • Definir a posição das demais equipes (6 × 5 × 4 × 3 × 2 × 1 possibilidades). Logo, o número de casos favoráveis é4 × 2 × 6 × 5 × 4 × 3 × 2 × 1 e a probabilidade de que duas equipes francesas se enfrentem na primeira fase é 4 × 2 × 6 × 5 × 4 × 3 × 2 × 1 8 × 7 × 6 × 5 × 4 × 3 × 2 × 1 = 1 7 Outra solução: O número de emparelhamentos possíveis entre duas equipes é 8 × 7/2 = 28 (seleciona- se a primeira equipe dentre 8, depois a segunda dentre 7 e divide-se o resultado do produto por 2 devido à simetria dentro de cada par, pois a ordem das equipes em uma partida não deve ser levada em conta na contagem). Desses 28 emparelhamentos, há um só entre equipes francesas, mas isto pode ocorrer em qualquer dos quatro jogos da primeira fase. Logo, a probabilidade de duas equipes francesas se enfrentarem é -1/28/ × 4 = 1/7. Item b) Há três confrontos possíveis entre equipes espanholas. A probabilidade de cada confronto na primeira fase é 1/7. Como esses confrontos são mutuamente excludentes (isto é, no máximo um dos confrontos pode ocorrer), a probabilidade de que duas equipes espanholas se enfrentem na primeira fase é 1/7 + 1/7 + 1/7 = 3/7. Outra solução: Como na segunda solução do item a), há 8 × 7 × 6 × 5 × 4 × 3 × 2 × 1 sorteios possíveis. Para produzir um caso favorável devemos: • Escolher duas das três equipes espanholas para se enfrentarem (3 possibilidades); • Escolher a partida em que essas equipes vão se enfrentar (4 possibilidades); • Escolher a ordem dessas equipes no sorteio (2 possibilidades); • Definir a posição das demais equipes (6 × 5 × 4 × 3 × 2 × 1 possibilidades). Logo, o número de casos favoráveis é 3 × 4 × 2 × 6 × 5 × 4 × 3 × 2 × 1 e a probabilidade de que duas equipes espanholas se enfrentem na primeira fase é 3 × 4 × 2 × 6 × 5 × 4 × 3 × 2 × 1 8 × 7 × 6 × 5 × 4 × 3 × 2 × 1 = 3 7 Outra solução: O número de emparelhamentos entre as três equipes espanholas é igual a 3. Qualquer um desses emparelhamentos pode ocorrer em qualquer um dos quatro jogos da primeira fase e assim a probabilidade de duas equipes espanholas se enfrentarem nessa fase é -3/28/ × 4 = 3/7. Item c) Há 8×7/2 = 28 possibilidades para o par de equipes que se enfrentarão na final. Como as chances de vitória são iguais em cada confronto, todos estes 28 possíveis encontros são equiprováveis. Deles, um é entre duas equipes francesas e três são entre equipes espanholas. Logo, a probabilidade de que a final seja entre equipes do mesmo país é 4/28 = 1/7. Outra solução: A final será entre duas equipes: Equipe A x Equipe B. Como todas as equipes têm a mesma probabilidade de chegar a final, a probabilidade da Equipe A ser espanhola é 3/8, pois são três equipes espanholas dentre oito equipes participantes do torneio. Se a Equipe A for espanhola, a probabilidade da Equipe B ser também espanhola é 2/7. Logo a probabilidade de uma final entre duas equipes espanholas é 3/8 x 2/7 = 3/28. De forma análoga, a probabilidade de uma final francesa é 2/8 x (1/7) = (1/28). Logo a probabilidade de uma final entre duas equipes de um mesmo país é (3/28) + (1/28) = (4/28) = (1/7). Outra solução: Para que haja dois times franceses na final é necessário que eles estejam presentes na 2ª.fase, que não disputem jogos entre si e que vençam seus jogos da 2ª. fase. Para que estejam na 2ª fase é necessário que não disputem partidas entre si e que vençam seus jogos da 1ª. fase. A probabilidade de dois times franceses disputarem a final é, portanto, (6/7).(1/2).(1/2).(2/3).(1/2).(1/2) = 1/28. Analogamente, há três possibilidades da final ser realizada com dois times espanhóis e, como caso dos times franceses descrito acima, cada uma das duplas de times espanhóis tem probabilidade igual a 1/28 de disputar a final. Logo a probabilidade de dois times do mesmo país disputarem a final é 4. (1/28) = 1/7. Outra solução: Como vimos acima, a probabilidade dos dois times franceses disputarem a final é 1/28.Para calcular a probabilidade de uma dupla de times espanhóis disputar a final, vamos dividir em casos mutuamente excludentes: 1) Três times espanhóis disputam a 2ª. fase 2a) Dois times espanhóis disputam a 2ª. fase e não há dois times espanhóis que se enfrentam na 1ª. fase. 2b) Dois times espanhóis disputam a 2ª. fase e dois times espanhóis se enfrentam na 1ª. fase. No caso 1), nenhum dos times espanhóis disputou com outro espanhol jogos da 1ª. fase, todos eles venceram seus jogos e, na segunda fase, o time espanhol que não disputou com outro time de seu país venceu o jogo. A probabilidade, neste caso, é (6/7)(4/6).(1/2).(1/2).(1/2).(1/2) = 1/28. No caso 2a), (6/7)(4/6).(1/8+1/8+1/8).(2/3) .(1/4) = 1/28 No Caso 2b) (3/7).(1/2).(2/3) .(1/4) = 1/28 Logo a probabilidade de dois times do mesmo país disputarem a final é (1/28) + 3. (1/28) = 1/7. SOLUÇÕES OBMEP 2ª. FASE 2016 NÍVEL 3 N3Q1 – Solução item a) Para facilitar, colocamos letras nas casas vazias: O número a deve ser a média dos números 3 e 19: a = O número 8 deve ser a média entre 3 e b, ou seja, Logo, b = 13. O número c deve ser a média entre 19 e 13: Analogamente, { ⇒ ⇒ ⇒ ⇒ ⇒ ⇒ Portanto, o preenchimento final do quadriculado medimágico é: item b) Primeiramente, colocamos letras nas casas vazias, de acordo com a figura abaixo: Calculando as médias, obtemos: { ⇒ ⇒ ⇒ ⇒ ⇒ ⇒ Isso nos permite também calcular v e t em função de x: { ⇒ ⇒ ⇒ ⇒ Segue, da terceira linha do quadriculado acima, que: ⇒ ⇒ ⇒ Utilizando esse valor encontrado de x, os outros valores podem ser facilmente calculados e o preenchimento final do quadriculado medimágico, nesse caso, é: item c) Consideremos agora um quadrado medimágico qualquer, como o da figura abaixo ⇒ { ⇒ Como o número representado pela letra e é um número inteiro, a soma de todos é múltipla de 9. Conclusão: em qualquer quadriculado medimágico a soma de todos os seus números é igual a 9 vezes o termo central. N3Q2 – Solução item a) item b) Há duas soluções possíveis para que o segundo anel fique todo cinza; em ambas, as cores do primeiro anel devem se alternar. item c) Solução 1: Há 26 = 64 possibilidades de Joãozinho pintar o primeiro anel. Entretanto, devido à simetria, podemos considerar, sem perda de generalidade, somente os 13 casos ilustrados a seguir. Observe o que acontece em cada caso quando pintamos o segundo anel de acordo com as regras do enunciado: Pintura do primeiro anel feita por Joãozinho, fornecida pelo enunciado. Pintura do segundo anel. Resultado final da pintura dos três primeiros anéis. Caso 1 Caso 2 Caso 3a) Caso 3b) Antes Depois Antes DepoisEm cada um desses casos, o segundo anel tem sempre uma quantidade par de partes pintadas de cinza. Para passar do segundo anel para o terceiro, o procedimento é análogo, exceto que os casos análogos a 2, 4a), 4b), 4c) e 6) não mais ocorrerão, pois não há no segundo anel uma quantidade ímpar de partes pintadas de cinza, e exatamente o mesmo que ocorreu da transição do primeiro para o segundo anéis ocorrerá também do segundo para o terceiro. Esse processo continua indefinidamente. Assim, a quantidade de partes pintadas de cinza de um anel, do segundo em diante, será sempre par. Caso 3c) Caso 4a) Caso 4b) Caso 4c) Caso 5a) Caso 5b) Caso 5c) Caso 6 Caso 7 Solução 2: Com exceção do primeiro, as cores das partes de um anel são determinadas de modo único pelas cores das partes do anel anterior. Se, em uma configuração inicial de cores do primeiro anel, modificarmos a cor de uma única de suas partes, trocando branco por cinza ou cinza por branco, essa modificação provocará a mudança de cor em exatamente duas partes do próximo anel, a saber, as duas casas do anel exterior que estão em contato com a casa que foi modificada. As outras quatro casas continuarão com as cores que já tinham. Conclusão: modificar a cor de uma parte de um anel provoca a modificação das cores de exatamente duas partes do anel seguinte e, mais ainda, as cores dessas partes são trocadas (branco vira cinza e vice-versa). Joãozinho inicia a pintura das partes do primeiro anel a partir do anel totalmente branco (nenhuma parte cinza, lembre-se de que 0 é par); a cada casa que ele escolhe pintar são automaticamente modificadas duas casas (vizinhas) do próximo anel, logo, independentemente de como ele pintar o primeiro anel, o segundo anel sempre terá uma quantidade par de partes pintadas de cinza. Isso porque, a cada casa pintada do primeiro anel, a quantidade de partes cinza do segundo anel continua a mesma, ou é diminuída de 2 ou acrescida de 2. A título de ilustração, observe o que ocorre quando modificamos somente a cor da casa marcada com x. As casas marcadas com um quadradinho (e na cor amarela) podem ter a cor branca ou cinza, elas não são modificadas com a mudança de cor da casa marcada com x. Um processo análogo se repete do segundo para o terceiro anel. Vejamos o motivo: como vimos, uma modificação de cor em uma casa do primeiro anel provoca alterações de cores em duas casas vizinhas do segundo anel, as quais chamaremos de casas a e b. A modificação de cor da casa a, seguida da modificação de cor da casa b, tem o mesmo efeito, nas casas do terceiro anel, que primeiro modificar a cor de b, depois a de a. Podemos então concluir que, no mesmo anel, uma casa após a outra é modificada, sem nos preocuparmos com a mudança simultânea de cores em várias casas, qual casa foi modificada em primeiro lugar ou a ordem em que as modificações aconteceram. Para ilustrar, veja a figura acima; ao modificarmos a cor da casa x, modificamos as cores das casas a e b, as quais, por sua vez, provocam modificações de cores nas casas c, d e e. Ao mudarmos a cor da casa x, a casa c ficará com cor oposta à que tinha, a casa d ficará com a mesma cor que tinha e a casa e terá sua cor trocada. Disso segue que, se a quantidade de casas pintadas de cinza for par antes da modificação da cor na casa x, então ela continuará sendo par depois da modificação. Como vimos acima, no segundo anel teremos sempre uma quantidade par de casas pintadas de cinza e, daí para a frente, como a paridade é conservada, todos os demais anéis deverão ter uma quantidade par de casas coloridas de cinza. Solução 3: Suponhamos, primeiramente, que haja somente uma parte pintada de cinza em um anel e que esse anel não seja o primeiro. Vejamos o que pode acontecer com o anel imediatamente anterior, que está em contato com ele. Para ilustrar, observe a figura abaixo, em que as partes do anel anterior são numeradas de 1 a 6. Se a casa com o número 1 fosse branca, a de número 2 seria cinza, bem como as casas numeradas com 2, 3, 4, 5 e 6, pois as partes do anel externo em contato com essas últimas são todas brancas. Assim, as casas 1 e 6 teriam cores diferentes e, portanto, a parte do anel externo em contado com essas duas casas deveria ser cinza, mas não é (isto é uma contradição). De modo análogo, chegaremos a uma situação contraditória se a casa com o número 1 fosse da cor cinza. Vamos considerar agora o caso em que exatamente três casas são da cor cinza. Devido à simetria, há apenas três casos a considerar. Eles estão ilustrados nas figuras a seguir: Essas configurações também geram contradições quando analisarmos as cores das partes do anel interior que estão em contato com o que já está pintado. Como os casos são completamente análogos, analisaremos somente a terceira configuração. Neste caso, se a cor da parte 1 fosse branca, então a parte 2 deveria ser cinza, a parte 3 branca, a parte 4 branca, a parte 5 cinza e a parte 6 também cinza. Logo, as partes numeradas com 1 e 6 teriam cores opostas, o que entra em conflito com a cor da parte branca do anel exterior que faz fronteira com elas. Analogamente, se iniciarmos admitindo que a parte 1 fosse cinza, também chegaríamos a uma contradição. Três casas cinzas juntas Três casas cinzas separadas entre si Duas casas cinzas juntas e uma separada Finalmente, vejamos o que ocorre quando 5 partes estão pintadas de cinza, como ilustra a figura ao lado. A análise é similar às anteriores: se a parte 1 fosse branca, 2 deveria ser branca, a casa 3, cinza, a casa 4 deveria ser branca, a casa 5 cinza e, a casa 6, branca. Nesse caso, as casas 1 e 6 teriam a mesma cor, mas isso é impossível, pois a parte do anel exterior em contato com elas é cinza, denunciando que elas deveriam ter cores diferentes. Contradição análoga aparece se iniciarmos supondo que a casa 1 é cinza. Esses casos esgotam todas as possibilidades e mostram que nenhum anel, a partir do segundo, terá uma quantidade ímpar de partes pintadas de cinza. item d) Se um anel, a partir do terceiro, fosse pintado todo de cinza, o anel imediatamente anterior teria cores alternadas (três partes pintadas de cinza e três partes brancas, como ocorreu no item b)). Como 3 é ímpar, isto é impossível, devido ao item c). Logo, a partir do terceiro, nenhum anel será pintado todo de cinza N3Q3 – Solução item a) O lado AE é a hipotenusa do triângulo retângulo AEH. Observemos que AH = AB – HB = AB – DC = 5 – 2 = 3 e EH = DH – DE = CB – DE = 6 – 2 = 4. Portanto, utilizando o Teorema de Pitágoras, segue que √ √ √ √ . De acordo com o enunciado, f(3) é a medida do perímetro do triângulo retângulo AEH, ou seja, f(3) = 3 + 4 + 5 = 12. item b) f(5) é a medida do perímetro do polígono , ou seja, f(5) = 5 + 6 + 2 + 2 + 5 = 20. item c) Primeiro vamos obter a expressão de f(x), para . Consideremos P e Q os pontos de intersecção da reta vertical com o polígono, conforme a figura ao lado. Segue que os triângulos APQ e AHE são semelhantes. Consequentemente, e , ou seja, e . Assim, para , obtemos que f(x) = AP + PQ + QA = + + = = Como acima, consideremos agora P e Q os pontos de intersecção da reta vertical com o polígono, conforme a figura ao lado. Para , f(x) = AP + PQ + QD + DE + EA = + 6 + ( ) + 2 + 5 = . item d) N3Q4 – Solução item a) Como a base da figura tem 13 quadradinhos, o segundo nível deverá ter 11 quadradinhos, o terceiro nível deverá ter 9 quadradinhos e assim por diante, até o último nível, que terá apenas 1 quadradinho. Logo, o número de quadradinhos necessário para montar essafigura é 1 + 3 + 5 + 7 + 9 + 11 + 13 = 49 quadradinhos. Assim, a área da figura é 49. Por inspeção direta podemos verificar que o perímetro da figura é 40. Isto pode ser confirmado facilmente, pois o perímetro da figura é formado por 13 unidades na base, 13 unidades horizontais paralelas à base em cada camada, 7 unidades verticais à esquerda e 7 unidades verticais à direita, totalizando 13 + 13 + 7 + 7 = 40. item b) Observamos que todo número natural ímpar é da forma 2n-1 para algum n natural; por exemplo, 1 = 2 x 1 – 1, 3 = 2 x 2 – 1, 5 = 2 x 3 – 1, e assim por diante. Desse modo, 1 é o primeiro número ímpar, 3 é o segundo, 5 o terceiro e, em geral, o n-ésimo número ímpar é 2n-1. O número de quadradinhos de uma figura de base com 2n-1 quadradinhos é a soma de todos os números ímpares de 1 até 2n-1. As primeiras somas desse tipo são e é natural conjeturar que o número de quadradinhos de uma figura de base com 2n-1 quadradinhos é n2, isto é, que 1 + 3 + 5 + ... + (2n-3) + (2n-1) = n2 O que precisamos fazer, então, para resolver o item b), é mostrar a validade da fórmula acima. Há muitas maneiras de fazer isso. Primeira maneira: Escrevendo S = 1 + 3 + 5 + ... + (2n-3) + (2n-1), temos e segue que S = n2. Segunda maneira: Podemos utilizar a fórmula ( ) da soma dos n primeiros termos de uma progressão aritmética , , ..., de termo inicial e razão . No nosso caso, a progressão tem termo inicial 1 e razão 2; o n-ésimo termo é 2n-1 e a fórmula nos dá ( ) ( ) Terceira maneira: Podemos utilizar o Princípio de indução Finita para mostrar que a afirmativa 1 + 3 + 5 + ... + (2n-3) + (2n-1) = n2 é verdadeira para todo n natural não nulo. Primeiro verificamos que ela é verdadeira para n = 1; isto é imediato, pois 1 = 12. Supondo agora que ela é verdadeira para algum natural n, isto é, que 1 + 3 + 5 + ... + (2n-3) + (2n-1) = n2 temos: Segue que a afirmativa é verdadeira para n + 1. Por indução, a afirmativa é verdadeira para todo n. É claro que existem outras maneiras de se demonstrar que a soma dos primeiros n números ímpares é n2. Por exemplo, a figura ao lado pode inspirar uma outra demonstração de tal fato. Observação: Se N é o número de quadradinhos da primeira fileira, N é ímpar e, de acordo com a notação introduzida acima, N = 2n-1. Nesse caso, a igualdade 1 + 3 + 5 + ... + (2n-1) = n2 pode ser expressa como 1 + 3 + 5 + ... + N = [(N+1)/2] 2 O que mostra, de uma outra maneira, que o número total de quadradinhos é o quadrado de um número natural. Nesse caso, a área total da figura é [(N+1)/2] 2, ou seja, os quadradinhos podem ser rearranjados de modo a formarem um quadrado maior de lado (N+1)/2. item c) Solução 1: Vamos observar o que acontece com o perímetro de uma pilha de retângulos quando colocamos um retângulo a x 1 em cima dessa pilha, nos moldes descritos no enunciado (como na figura ao lado). O perímetro original (isto é, antes de colocar o retângulo a x 1) “perde” a no contato entre os dois retângulos, mas “ganha” a no lado superior do retângulo a x 1, e também “ganha” 1 + 1 = 2 por conta dos dois lados verticais. Desse modo, a contribuição do retângulo adicional a x 1 para o perímetro da figura é a – a + 2 = 2. Concluímos que, ao fazer pilhas de retângulos como na figura, cada camada contribui com 2 para o perímetro da figura, com exceção da base, que contribui com seu próprio perímetro. No nosso caso, a figura possui 2n – 1 quadradinhos na base e, portanto, tem um retângulo de perímetro (2n – 1) x 2 + 2 na base e n – 1 camadas adicionais, de modo que seu perímetro é Solução 2: Outra maneira de deduzir a fórmula acima é observar a figura ao lado, formada pelo empilhamento de retângulos de bases cada vez menores. Seu perímetro é a soma do comprimento da base da figura (o segmento azul); com a soma dos comprimentos dos segmentos horizontais vermelhos que se encontram nas partes superiores das camadas (a soma das medidas desses segmentos é igual ao comprimento da base) e com a soma dos comprimentos dos segmentos verticais pretos, que é igual a duas vezes o número de camadas. No nosso caso, a primeira camada da figura é um retângulo de base 2n – 1 e ela tem um total de n camadas, logo, seu perímetro é 2. (2n-1) + 2n = 6n – 2, exatamente como na primeira solução. Em resumo, o perímetro de uma figura com 2n – 1 quadradinhos na base é p = 6n – 2 e sua área é A = n2. Temos então (p+2)2 = [(6n-2)+2]2 = (6n)2 = 36 n2 = 36 A. Observação: Se N for o número de quadradinhos da primeira fileira, N é ímpar e portando da forma 2n – 1. Nesse caso, a expressão do perímetro da figura é p = 6n – 2 = 6 [(N+1)/2] – 2 = 3N +1. O perímetro poderia também ser calculado diretamente em função de N observando-se que uma figura com N quadradinhos na primeira fileira é constituída por n = (N+1)/2 fileiras. Assim, seu contorno é formado por 2N segmentos horizontais e 2[(N+1)/2] segmentos verticais, o que totaliza 2N+ 2[(N+1)/2] = 3N +1 segmentos. Logo, o perímetro é, de fato, p = 3N +1. N3Q5 – Solução item a) O ângulo ̂ é externo ao triângulo ABD , logo, ̂ ̂ ̂ . item b) O lado AE é comum aos triângulos e e da figura sabemos que ̂ ̂ . Como EF é perpendicular a DB e ̂ ̂ , concluímos que ̂ ̂ ; consequentemente, ̂ ( ̂ ̂ ) . Resumindo, AE é lado comum aos triângulos e e os ângulos adjacentes a esse lado são iguais ( ̂ ̂ e ̂ ̂ ). Portanto, os triângulos e são congruentes pelo caso de congruência ALA (ângulo-lado-ângulo). item c) Denotemos por o ponto de interseção dos segmentos e . De acordo com os itens anteriores, os triângulos e são congruentes com . Os triângulos e também são congruentes pelo caso de congruência LAL (lado-ângulo-lado), pois , é lado comum e ̂ ̂ , em particular o ângulo ̂ ̂ . Finalmente, a congruência entre os triângulos e , obtida no item b), implica a congruência entre os triângulos e , de onde concluímos que ̂ ̂ ; logo, ̂ ̂ . N3Q6 – Solução item a) O número de retiradas possíveis é 6 × 5 × 4 × 3. Para que 1 seja o menor número observado, basta que ele saia. Isso pode ocorrer em qualquer das 4 bolas retiradas (4 possiblidades). Nas demais posições, podem ocorrer quaisquer das bolas restantes, para um total de 5 × 4 × 3 possibilidades. Logo, a probabilidade de que 1 seja o menor número observado é Outra solução: Como argumentado acima, para que 1 seja o menor número observado, basta que ele saia. Em cada bola retirada, a probabilidade de que saia 1 é 1/6. Logo, a probabilidade de que saia 1 em alguma bola é 1/6 + 1/6 + 1/6 + 1/6 = 2/3. Outra solução: É irrelevante se as bolas são retiradas uma a uma ou todas de uma vez. Considerando que as bolas são retiradas simultaneamente, o número de retiradas possíveis é . O número de retiradas em que aparece o 1 é . Logo, a probabilidade de que 1 seja o menor número observado é item b) O número de retiradas possíveis é, como no item anterior, 6 × 5 × 4 × 3. Para que 5 seja o maior número observado, é preciso que ele saia e que o 6 não saia. A posição em que o 5 ocorre pode ser escolhida de 4 modos. Nas demais 3 posições, podem sair quaisquer dos números de 1 a 4; há, assim, 4 × 3 × 2 para essas escolhas. Logo, a probabilidade de que 5 seja o maior número observado é Outra solução: Como no item anterior, é irrelevante se as bolas são retiradas uma a uma ou todas de uma vez. Considerandoque as bolas são retiradas simultaneamente, o número de retiradas possíveis é . O número de retiradas em que aparece o 5 mas não aparece o 6 é . Logo, a probabilidade de que 5 seja o menor número observado é item c) O número de retiradas possíveis é, como nos itens anteriores, 6 × 5 × 4 × 3. Para que o 1 seja o menor número observado e 5 seja o maior, é preciso que ambos saiam e que o 6 não saia. A posição em que o 1 ocorre pode ser escolhida de 4 modos; aquela em que o 5 ocorre, de 3 modos. Nas demais 2 posições, podem sair quaisquer dos números de 2 a 4; há, assim, 3 × 2 possibilidades para essas escolhas. Logo, a probabilidade de que 1 seja o menor e 5 seja o maior número observado é Outra solução: Como nos itens anteriores, é irrelevante se as bolas são retiradas uma a uma ou todas de uma vez. Considerando que as bolas são retiradas simultaneamente, o número de retiradas possíveis é . O número de retiradas em que aparecem o 1 e o 5 mas não aparece o 6 é (de fato, precisamos escolher dois dentre os três números: 2, 3 e 4). Logo, a probabilidade de que 1 seja o menor número observado e de que 5 seja o maior número observado é item d) O número de retiradas possíveis é, como nos itens anteriores, 6 × 5 × 4 × 3. As possibilidades para o menor e o maior número retirado e o número de retiradas em que eles ocorrem na primeira e última posições, respectivamente, são listados na tabela abaixo: Menor Maior Número de retiradas em que aparecem na primeira e na última posição respectivamente. Possibilidades em cada caso 1 4 2 (1234) e (1324) 1 5 3 × 2 = 6 (1235), (1325), (1245), (1425), (1345) e (1435) 1 6 4 × 3 = 12 (1236), (1326), (1246), (1426), (1256), (1526), (1346), (1436), (1356), (1536), (1456) e (1546) 2 5 2 (2345) e (2435) 2 6 3 × 2 = 6 (2346), (2436), (2356), (2536), (2456) e (2546) 3 6 2 (3456) e (3546) Logo, a probabilidade de que o menor número saia na primeira posição e o maior na última é Outra solução: Quaisquer que tenham sido as 4 bolas retiradas, as diversas ordenações dos números das bolas têm todas a mesma chance de ocorrer. O número de ordenações possíveis é 4 × 3 × 2 × 1. As ordenações em que o menor número aparece na primeira posição e o maior na última são apenas duas (correspondentes às duas possíveis ordenações dos números do meio). Logo, a probabilidade de que o menor número saia na primeira posição e o maior na última é: SOLUÇÕES NÍVEL 3 – 2ª. FASE 2017 N3Q1 – Solução item a) O resultado de Júlia com o número 3 é 33 – 3 = 27 – 3 = 24. .item b) Utilizando as formas de fatoração, temos que n3 – n = n(n2 – 1) = n(n –1)(n + 1) = 1320 Isto nos diz que o produto de três números consecutivos é 1320. Usando cálculos mentais, por aproximação, como 103 = 1000 e como a unidade do número 1320 é 0, testamos n = 11. Nesse caso, como 11 x 10 x 12 = 1320, concluímos que, de fato, n = 11 deve ter sido o número escolhido por Júlia para que ela tenha obtido 1320 como resultado. Observe que outro teste natural seria 14 x 13 x 15, que também tem unidade 0, mas é maior do que 1320. item c) Para um número ser múltiplo de 6, ele deve ser múltiplo de 2 e de 3. Como vimos no item b), o resultado é o produto de três números inteiros positivos consecutivos. Como dentre os três números consecutivos pelo menos um deles é par, temos que o resultado é par. Para mostrar que o número encontrado é múltiplo de 3, basta verificar que um dos três números: n, (n –1) ou (n + 1), é múltiplo de 3. Observe que: - se o resto da divisão de n - 1 por 3 for 1, então n + 1 será múltiplo de 3; - se o resto da divisão de n - 1 por 3 for 2, então n será múltiplo de 3; - se o resto da divisão de n - 1 por 3 for 0, então ele mesmo será múltiplo de 3. Em qualquer um dos casos, o resultado de Júlia, isto é, n(n –1)(n + 1), será sempre um múltiplo de 2 e de 3; portanto, um múltiplo de 6. N3Q3 – Solução item a) a) As possibilidades restantes são dadas a seguir: Note que não é possível ter as três peças retangulares na horizontal. Assim, ou temos duas na horizontal e uma na vertical (que pode estar à direita ou à esquerda) ou as três na vertical. item b) Comecemos por cobrir os quadradinhos superiores. Temos duas possibilidades: x Cobri-los com uma peça horizontal x Cobri-los com duas peças verticais No primeiro caso, resta um quadriculado igual ao do item a) para ser coberto; como vimos, ele pode ser coberto de 3 modos. No segundo caso, só há uma forma possível de terminar a cobertura. Logo, o número de possibilidades é 3 + 1 = 4. item c) 1ª solução: Comecemos cobrindo o quadrado 2 x 2 central. Há 3 possibilidades: x O quadrado central é coberto de modo que as peças retangulares usadas não invadam as regiões vizinhas. Isto ocorre quando são usadas duas peças horizontais ou duas verticais para cobrir o quadrado central (como ilustrado nas figuras ao lado). Em ambos os casos, cada um dos outros quadrados pode ser coberto de dois modos (com peças horizontais ou verticais). Logo, o número de coberturas deste tipo é: 2 x 2 x 2 x 2 x 2 = 32. x O quadrado central é coberto de modo a invadir dois quadrados opostos. Isto acontece quando são usadas quatro peças horizontais ou quatro verticais para cobrir suas casas (como ilustrado nas figuras ao lado). Neste caso, os quadrados invadidos só podem ter sua cobertura completada de 1 modo, enquanto os outros dois podem ser cobertos de 2 modos. Logo, o número de coberturas deste tipo é 2 x 1 x 1 x 2 x 2 = 8. x O quadrado central é coberto de modo a invadir somente um dos outros dois quadrados. Isto ocorre quando são usadas 2 peças horizontais e 1 vertical ou duas verticais e uma horizontal (como ilustrado nas figuras ao lado). Há quatro possibilidades para o quadrado a ser invadido. O quadrado invadido só pode ser coberto de 1 modo, e cada um dos demais, de 2 modos. Logo, o número de coberturas deste tipo é: 4 x 1 x 2 x 2 x 2 = 32. O número total de possibilidades de cobertura é, portanto, igual a 32 + 8 + 32 = 72. 2ª solução Olhe para o tabuleiro vazio e enxergue nele as seguintes possibilidades de dividi-lo em regiões retangulares disjuntas: É notável que qualquer preenchimento do tabuleiro com peças retangulares siga o padrão de cobertura descrito por uma dessas duas possibilidades e, como veremos, não é possível que um mesmo recobrimento pertença simultaneamente aos dois padrões por regiões descritos acima. Assim, podemos contar separadamente cada caso e, no final, somar o número de possibilidades. Observe também que o número de preenchimentos na forma “vertical” é igual ao número de preenchimentos na forma “horizontal”. Em outras palavras, em todas as possibilidades de preenchimento, haverá sempre exatamente uma direção (vertical ou horizontal) em que o braço da cruz nesta direção é preenchido como se fosse composto de dois retângulos 2 x 3 (modo horizontal) ou 3 x 2 (modo vertical). De fato, se isto não fosse verdade, por exemplo, para a direção horizontal, haveria uma peça horizontal cobrindo duas casas do quadrado central (representada no exemplo da figura ao lado pelo retângulo menor dentro do quadrado central da cruz). Mas, neste caso, na direção vertical o preenchimento poderia ser feito independentemente para os dois retângulos maiores 2 x 3 destacados na figura. Portanto, podemos contar separadamente os preenchimentos que seguem o padrão vertical (como acima) ou horizontal. Em cada um destes casos, cada retângulo 2 x 3 (ou 3 x 2) pode ser preenchido, como visto no item a), de 3 modos, e cada quadrado,de 2 modos. Logo, há para cada forma de preenchimento (horizontal ou vertical), 3 x 3 x 2 x 2 = 36 possibilidades. Assim, o número total de preenchimentos do tabuleiro em forma de cruz é 2 x 36 = 72. Forma de preenchimento “vertical” Forma de preenchimento “horizontal” N3Q3 – Solução Lembramos, para a resolução do problema, que a altura e a área de um triângulo equilátero cujo lado tem comprimento L são dadas, respectivamente, por: 𝐻 = 𝐿√3 2 e 𝐴 = 𝐿 2√3 4 item a) Para calcular f(2), denominemos P, Q e R os vértices do triângulo equilátero, conforme a figura ao lado. Para calcular 𝑓(2) observamos que, quando os pontos A e B se deslocam 2 cm a partir dos vértices P e Q, respectivamente, fica determinado um novo triângulo equilátero ABR, pois os lados RA e RB medem 8 cm e o ângulo do vértice R é 60º. A área do triângulo ABC pode ser calculada como a diferença entre as áreas dos triângulos ABR e ACR; a área do triângulo ACR será obtida tomando o segmento RC como base para que a altura relativa a essa base coincida com a altura do triângulo equilátero ABR, a qual pode ser facilmente calculada. Desta forma, 𝑓(2) = 8 2√3 4 − 1 2 2.8√3 2 = 12√3 cm2 item b) Ao se deslocarem 5 cm a partir de seus pontos de origem, os pontos A e B estarão nos pontos médios dos lados PR e QR, respectivamente. Simultaneamente, o ponto C, ao se deslocar 5 cm a partir do vértice R, coincidirá com o ponto B no ponto médio de QR e, neste caso, não formarão um triângulo. Ao se deslocarem 10 cm, os pontos A e B coincidirão com o vértice R e, novamente, A, B e C não formarão um triângulo. Para todos os outros valores de 𝑥, os pontos A, B e C serão não colineares, portanto, vértices de um triângulo. Logo, os valores de 𝑥 para os quais 𝑓(𝑥) = 0, para 0 ≤ 𝑥 ≤ 10, são 𝑥 = 5 e 𝑥 = 10. item c) Vamos encontrar as expressões de 𝑓(𝑥) para 0 ≤ 𝑥 < 5 e para 5 ≤ 𝑥 ≤ 10. Para os valores de 𝑥 entre 0 e 5, podemos tomar PA = QB = RC = 𝑥 (Figura ao lado) e usar a mesma estratégia do cálculo de 𝑓(2); para cada valor de 𝑥, o lado do triângulo equilátero ABR terá o comprimento 10 − 𝑥. Portanto, 𝑓(𝑥) = (10−𝑥) 2 √3 4 − 1 2 𝑥.(10−𝑥)√3 2 = (10−𝑥)(10−2𝑥)√3 4 = √3 (10−𝑥)(5−𝑥) 2 cm2, para 0 ≤ 𝑥 ≤ 5 . Para os valores de 𝑥 entre 5 e 10, como PA = QB = RC = 𝑥, o lado do triângulo equilátero ABR terá comprimento 10 − 𝑥. Escolhemos AB como base do triângulo ABC cuja área queremos calcular (figura ao lado). A medida do lado AB é, portanto, igual a 10 − 𝑥. Traçamos uma reta paralela à reta PQ, passando por C; ela determina sobre o lado PR o ponto S, como na figura ao lado. A altura ℎ do triângulo ABC com relação ao lado AB é dada pela diferença das alturas dos triângulos equiláteros de lados SC e AB, ou seja, ℎ = 𝑥√3 2 − (10 − 𝑥)√3 2 = (2𝑥 − 10) √3 2 = (𝑥 − 5)√3 Daí, 𝑓(𝑥) = √3 (10−𝑥)(𝑥−5)2 para 5 ≤ 𝑥 ≤ 10. Assim, a partir dos cálculos acima, o gráfico de f, para 0≤ 𝑥 ≤ 10, formado por trechos de parábolas, tem o seguinte aspecto: Observação: A função 𝑓 pode ser escrita utilizando-se a função módulo; neste caso, sua expressão é: 𝑓(𝑥) = | √3(10−𝑥)(𝑥−5)2 | para 0 ≤ 𝑥 ≤ 10. N3Q4 – Solução item a) O preenchimento solicitado é o seguinte: item b) Admita, por absurdo, que todos os números nos círculos brancos sejam menores do que 17, ou seja, que sejam todos iguais ou menores do que 16. Como são 10 círculos brancos, a soma de todos os números presentes nesses círculos deve ser no máximo 160. Entretanto, pelo método de preenchimento indicado no enunciado, essa soma deve ser igual a três vezes a soma dos números que aparecem nos círculos internos em cinza, ou seja, deve ser igual a 3 x (1+2+3+4+5+6+7+8+9+10) = 165 Como 165 > 160, chegamos a uma contradição. Logo, não existe uma distribuição nos círculos internos de modo que nos círculos externos só apareçam números menores do que 17. item c) Nos círculos internos devem estar escritos todos os números de 1 a 10, e sua soma é 55. Em uma dada distribuição dos números nos círculos internos, focamos nossa atenção no círculo em que o número 1 está escrito e, retirando-o momentaneamente, vemos que os demais nove círculos internos podem ser agrupados em três grupos de três círculos vizinhos, Grupo1, Grupo 2 e Grupo 3, como sugerido na figura abaixo: Isto sempre pode ser feito, independentemente da posição ocupada pelo número 1. A soma dos números nos nove números nos círculos internos que não contêm o número 1 é, obviamente, 55 - 1 = 54. Vejamos agora o que ocorre com os círculos externos que estão associados a cada um dos três grupos de círculos vizinhos que marcamos anteriormente (olhe para as três casas marcadas com as setas na figura acima). A soma dos números das casas marcadas com as setas é exatamente a soma de todos os números presentes nos três grupos de círculos internos que não contêm o 1, a qual é igual a 54. Logo, sempre existirão três círculos brancos tais que a soma de seus números é 54. Os três círculos marcados com setas satisfazem essa propriedade. Outra solução: Dada uma distribuição qualquer dos números de 1 a 10 nos círculos azuis, denominamos x1 o número 1 e passamos a indicar os seguintes (caminhando em qualquer um dos dois sentidos na circunferência interna onde estão os círculos azuis) por x2, x3, ..., x10. Então os agrupamentos x2, x3, x4 x5, x6, x7 x8, x9, x10 dão origem a círculos brancos nos quais aparecem as somas x2 + x3 + x4 = s1 x5 + x6 + x7 = s2 x8 + x9 + x10 = s3 e a soma s1 + s2 + s3 é igual a 2 + 3 + 4 + ... + 10 = 54. item d) Suponhamos, novamente por absurdo, que exista uma distribuição de números nos círculos internos de tal modo que nos círculos externos só apareçam números estritamente menores do que 18. Omitindo-se momentaneamente o número 1 nos círculos internos e agrupando os demais círculos internos em três grupos (Grupo 1, Grupo 2 e Grupo 3), como fizemos no item anterior, chegaremos à conclusão de que os números nos círculos externos associados a esses grupos (marcados com as setas) devem somar, no máximo, 3 x 17 = 51; entretanto, vimos no item c) que esta soma deve ser igual a 54. Chegamos assim a uma contradição e, portanto, não existe uma distribuição de números nos círculos internos tal que nos círculos externos apareçam apenas números menores do que 18. N3Q5 – Solução item a) Os comprimentos dos lados paralelos do trapézio da obra de arte não mudam quando projetados no plano horizontal que contém a base do cilindro (plano base). Na Figura 1, ilustramos esse fato. As projeções dos pontos A, B, C e D no plano base são indicadas pelos pontos A', B', C' e D', respectivamente. As projeções A' e B' dos vértices A e B do trapézio são determinadas pela interseção do plano base com as retas perpendiculares a ele que passam por A e B, respectivamente. De acordo com o enunciado, o segmento AB é paralelo ao segmento A'B'; logo ABB'A' é um retângulo e, consequentemente, AB = A'B' = 6 cm. De modo similar, segue que DCC'D' é um retângulo com DC = D'C' = 24 cm. item b) Para calcular os comprimentos dos lados A'D' e B'C' das projeções dos lados não paralelos do trapézio da obra de arte, usaremos a Figura 2. Indicamos por r o raio do tubo cilíndrico e os pontos M, N, P e Q indicam os pontos de tangência do cilindro com o trapézio A'B'C'D'. Notamos dois pontos importantes: I. O trapézio A'B'C'D' é isósceles, logo, os pontos de tangência M e P são os pontos médios dos lados A'B' e C'D', respectivamente. II. MAQA '' , NBMB '' , PCNC '' e QDPD '' . A seguir, justificamos II. Como os ângulos QOA'� MOA'� são retos, segue do Teorema de Pitágoras a igualdade: 22''' rOAMAQA � . As igualdades restantesseguem de forma análoga. De acordo com as afirmações em I) e II), podemos concluir que .15123'''''' � � � PDMAQDQADA Igualmente, .15'' CB Obs.: Os argumentos usados neste item asseguram que, para qualquer trapézio isósceles que admitir um círculo inscrito, o comprimento de seu lado não paralelo é determinado pela média aritmética dos comprimentos de seus lados paralelos. item c) De acordo com a Figura 2, para determinar o diâmetro do pedaço de cano cilíndrico basta calcular a altura do trapézio isósceles A'B'C'D'. Na Figura 3 o segmento B'E' , onde E' é a projeção no plano base do ponto E da Figura 1, é perpendicular a D'C', logo, eles têm a mesma medida que a altura do trapézio. O resto dos dados da figura decorre das informações obtidas nos itens a) e b). Portanto, segue do Teorema de Pitágoras que 12246)915)(915(915'' 22 u �� � EB cm. Obs.: Não colocamos diretamente a raiz quadrada de 144 na conta anterior para evidenciar outro fato elegante: para qualquer trapézio isósceles, que admitir um círculo inscrito, o comprimento de sua altura é determinado pela média geométrica dos comprimentos de seus lados paralelos. item d) Primeiro calcularemos a altura do trapézio da obra de arte, indicada por BE na Figura 1. O trapézio ABCD se encontra situado num plano que forma 45º com o plano base. Então, cortando a obra de arte com um plano imaginário, perpendicular ao plano base e contendo o segmento B'E', temos a situação representada na Figura 4 (a), que nos permite concluir que 212 BE cm. Finalmente, de acordo com a Figura 4 (b), concluímos que o comprimento do lado não paralelo do trapézio da obra de arte mede 41336981288 � BC cm. Logo, foram utilizados 24 + 6 + 413 + 413 = 41630 � cm de arame. N3Q6 – Solução Item a) Podemos separar as bolas em três conjuntos: as que deixam resto 0, 1 ou 2, na divisão por 3. Vamos chamar esses conjuntos de A, B e C, respectivamente. Como 2017 = 3 x 672 + 1, A tem 672 elementos, B tem 673 e C tem 672. Podemos analisar o "pior cenário", isto é, procurar o número máximo de bolas em que nenhuma bola retirada possui número múltiplo de 3. Se pegarmos todas as bolas dos conjuntos B e C, um total de 1345 bolas, não teremos nenhum múltiplo de 3. A próxima bola, portanto, necessariamente será do grupo A, que é o grupo dos múltiplos de 3. Assim, se pegarmos 1346 bolas teremos de pegar uma do grupo A, necessariamente. Portanto, o mínimo de bolas que devem ser retiradas é 1346. Item b) Para que a soma dos números das bolas seja um múltiplo de 3, temos as seguintes possibilidades: 1. duas bolas do grupo A; 2. uma bola do grupo B e uma bola do grupo C. Qual o número máximo de bolas que podemos pegar de tal forma que a soma de duas quaisquer não seja um múltiplo de 3? O pior cenário é: pegar uma bola do conjunto A e todas do conjunto B (que tem mais bolas que o grupo C). Então, o total é 1 + 673 = 674. Se pegarmos 675 bolas, necessariamente a soma de duas delas será um múltiplo de 3. De fato, note que, para quaisquer 675 bolas que pegarmos, se duas estiverem no conjunto A, então elas formam um par cuja soma de seus números é igual a um múltiplo de 3. Se apenas uma estiver no conjunto A ou nenhuma das duas estiver em A, pelo menos 674 bolas estarão em B υ C. Como o B tem 673 elementos, temos que ter pelo menos uma do conjunto B e uma do conjunto C e, novamente, a soma dos números nessas bolas será um múltiplo de 3. Portanto, neste caso, a quantidade mínima de bolas é 675. Item c) Desta vez vamos separar as bolas em conjuntos de acordo com o resto da divisão do número delas por 6. Isso basta porque se 𝑚 e 𝑛 são números inteiros, como 𝑚 + 𝑛 = 𝑚 − 𝑛 + 2𝑛 e 2𝑛 é um número par, 𝑚 − 𝑛 e 𝑚 + 𝑛 ou são ambos pares ou são ambos ímpares. Portanto, basta Joana buscar a quantidade mínima de bolas que devem ser retiradas para garantir que a soma dos números escritos em duas delas seja simultaneamente um múltiplo de 2 e 3, ou seja, um múltiplo de 6. Chamemos os conjuntos dos números que deixam resto 0, 1, 2, 3, 4 e 5 na divisão por 6, respectivamente, por P, Q, R, S, T e U. Esses conjuntos têm 336, 337, 336, 336, 336 e 336 elementos, respectivamente. Queremos saber qual é o menor número de bolas que Joana deve pegar para assegurar que a soma de duas delas seja divisível por 3 e que a sua diferença seja divisível por 2. É fácil ver que essas condições são satisfeitas apenas nos seguintes casos: Caso 1. Duas bolas do conjunto P (resto 0 por 6), Caso 2. Uma bola do conjunto Q (resto 1 por 6) e uma bola do conjunto U (resto 5 por 6), Caso 3. Uma bola do conjunto R (resto 2 por 6) e uma bola do conjunto T (resto 4 por 6), Caso 4. Duas bolas do conjunto S (resto 3 por 6). O pior cenário é o seguinte: pegar 1 bola do conjunto P, 337 bolas do conjunto Q (este conjunto é o que possui uma maior quantidade de elementos), 336 bolas do conjunto R, e uma bola do conjunto S. Com certeza, se Joana fizer essas escolhas, pegando um total de 1 + 337 + 336 + 1 = 675 bolas, ela não obterá duas bolas cuja soma de seus números é múltipla de 3 e a diferença múltipla de 2. Entretanto, se ela pegar uma bola a mais, certamente entre as 676 bolas aparecerão duas com números que, somados, dão um múltiplo de 3 e cuja diferença é par. De fato, selecionemos duas bolas dentre as 676 e analisemos as possibilidades: x As duas bolas estão no conjunto P. Neste caso, os números são ambos múltiplos de 6 e as exigências do enunciado estão satisfeitas (Caso 1 descrito acima). x As duas bolas estão no conjunto S. Neste caso, os números em ambas as bolas são múltiplos de 3 e, novamente, elas cumprem as exigências do enunciado (Caso 4 descrito acima). x Não existem duas bolas em P, nem duas bolas em S. Neste caso, em Q υ R υ υ T υ U estão pelo menos 676 – 1 – 1 = 674 elementos. Considerando as uniões Q υ U e R υ T, pelo menos uma delas deve possuir 337 ou mais elementos, pois, caso contrário, existiriam no máximo 336 + 336 = 672 elementos nessas duas uniões. Vamos analisar separadamente cada caso: o Suponha que R υ T possua 337 elementos ou mais; então, devem existir bolas escolhidas nos dois elementos da união, uma delas em R e outra em T, pois ambos os conjuntos possuem menos do que 337 elementos. Escolhendo uma bola em R e outra em T, os números escritos nelas deixam restos 2 e 4, respectivamente, quando divididos por 6. Este par satisfaz as exigências do enunciado (Caso 3 descrito acima). o Suponha que R υ T possua menos do que 337 elementos; então Q υ U deve possuir pelo menos 674 – 336 = 338 elementos. Deste modo, deve sempre existir um par de bolas, uma delas em Q e outra em U, pois Q e U possuem menos do que 337 elementos. Este par assim escolhido cumpre as exigências do enunciado, posto que uma bola em Q possui número que deixa resto 1 quando dividido por 6 e uma bola em U tem número que deixa resto 5, quando dividido por 6 (Caso 2 descrito acima). Em qualquer uma das duas situações anteriores, será formado um par que satisfaz as propriedades descritas no enunciado e, portanto, o mínimo de bolas que Joana deve retirar é 676. Outra solução: Temos três conjuntos disjuntos de números inteiros positivos: A0 = {𝑥 / 1 ≤ 𝑥 ≤ 2017 , 𝑥 ≡ 0 𝑚𝑜𝑑 3} A1 = {𝑥 / 1 ≤ 𝑥 ≤ 2017 , 𝑥 ≡ 1 𝑚𝑜𝑑 3} A2 = {𝑥 / 1 ≤ 𝑥 ≤ 2017 , 𝑥 ≡ 2 𝑚𝑜𝑑 3} O número de elementos de A1 é 673, já os conjuntos A0 e A2 possuem 672 elementos. Começamos com o conjunto com maior número de elementos, A1. Escolhemos todos os ímpares contidos em A1 e formamos um conjunto B1 com 337 inteiros (com certeza a soma de quaisquer dois deles não é múltiplo de 3). Escolhemos, a seguir, todos os pares contidos em A2 e formamos um conjunto B2 com 336 inteiros (com certeza a soma de quaisquer dois deles não é múltiplo de 3). A soma de um elemento de B1 com um elemento de B2 é múltiplade 3, porém, sua diferença não é par. Escolhemos, agora, dois elementos de A0, um par e um ímpar e denotamos o conjunto formado por esses dois elementos por B0. Temos que a união B0 U B1 U B2 é um conjunto em que quaisquer dois elementos x e y são tais que x + y ou não é múltiplo de 3 ou x - y não é par e, para qualquer outro elemento 𝑎 do conjunto diferença (A0 U A1 U A2) - (B0 U B1 U B2), existe um elemento 𝑏 de B0 U B1 U B2 tal que 𝑎 + 𝑏 ≡ 0 𝑚𝑜𝑑 3 𝑎 − 𝑏 ≡ 0 𝑚𝑜𝑑 2 Portanto, a quantidade mínima de bolas que Joana deve retirar é 337 + 336 + 2 + 1 = 676.