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Sonhos Freud

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Freud e sua análise através dos sonhos.
Durante muito tempo antes da teoria Freudiana, as pessoas acreditavam que os sonhos era manifestações divinas ou premonições. 
Quando Freud escreveu o seu livro “A Interpretação dos Sonhos” publicado no ano de 1900, o autor considerou que os sonhos tinham significados. Freud escreveu que “O sonho é a estrada real que conduz ao inconsciente”. Este livro foi finalizado alguns anos antes da sua publicação, porém Freud fez questão de que fosse publicado apenas no ano de 1900, para que se destacasse como o livro do século. Esse livro é um marco no desenvolvimento da psicanálise. 
O sonho trabalhado nesse livro e que Freud se refere, é ao sonho que ocorre quando estamos dormindo, e para Freud o sonho se estabelece por três critérios: Estímulos sensoriais, restos diurnos e conteúdos reprimidos no inconsciente. No primeiro caso trata-se de incômodos internos ou externos durante o sono, como por exemplo um som, luz ou barulho. O segundo critério são os restos diurnos, cenas vividas durante o período que estamos acordados, cenas que presenciamos e que ficam armazenadas na nossa psique e o terceiro critério e o mais importante para acessar o verdadeiro significado trata-se dos conteúdos inconscientes reprimidos, os desejos e sentimentos que se encontram imersos no nosso inconsciente. É como se através dos sonhos, desejos são manifestados.
Freud também dividiu o sonho em 2 conteúdos, conteúdo manifesto e conteúdo latente.
Através do conteúdo manifesto, é possível extrair o conteúdo latente. 
O conteúdo manifesto é uma descrição consciente que a pessoa que sonhou, faz a respeito do seu sonho.
O conteúdo latente é a parte inconsciente, é o significado por trás do conteúdo manifesto.
Pessoas que sofreram algum trauma é exceção à regra, pois esses pacientes vivenciam o mesmo sonho não por desejo e sim por uma repetição compulsiva, onde eles ficam revivendo os traumas que passaram, muito comum naqueles que sofre de estresse pós-traumático.
Os sonhos se formam no inconsciente, mas sempre dão um jeito de acessar a consciência, porém esse conteúdo precisa passar pelos censuradores, através de disfarces. Disfarces nomeados por Freud como condensação, deslocamento e simbolização.
Na condensação é como se o material manifesto fosse abreviado, compactado ou resumido antes de aparecer a consciência. O deslocamento, pega o conteúdo latente e transforma em uma imagem agradável. Ambos os modelos de disfarces, operam por símbolos e na sua maioria objetos inofensivos. Na simbolização, também a uma transformação dos conteúdos em símbolos, fornecendo ao sonho diversas metáforas. 
A interpretação dos sonhos é algo muito complexo, pois o sonho pode enganar o sonhador inibindo ou invertendo seus afetos. Ao acordar, é possível se lembrar apenas do conteúdo manifesto, que foi todo distorcido e por isso na maioria das vezes parece não fazer sentido ou ter lógica alguma. 
Freud sempre focalizou aquilo que durante milênios foi o “ponto cego” de nossas percepções, sentimentos e pensamentos, aquilo que, de uma certa maneira, sempre esteve presente e ao que, no entanto, recusávamos conferir a dignidade de nossa atenção. (MONZANI, 1989, p.57)
Dessa forma, podemos entender que o conteúdo manifesto é uma distorção que resulta da condensação, deslocamento, inibição ou inversão dos afetos. Disfarce que é necessário para que o sonho possa ser suportado pela consciência. Portanto o conteúdo manifesto não tem validade nenhuma para uma análise psicanalítica. O que interessa ao analista é o conteúdo latente.
Freud usava dois métodos para fazer a análise dos sonhos. O primeiro método era pedir ao paciente que fizesse associações possíveis com as imagens sonhadas, não importando quanto absurdas seriam essas comparações. Freud acreditava que tais associações revelam os desejos inconscientes, por trás do conteúdo manifesto.
O segundo método necessitava que o paciente fizesse alguma associação livre, ele comparava essas imagens com as mesmas sonhadas por outros pacientes. Ambos os métodos tinham o mesmo propósito de rastrear o conteúdo latente. 
Apesar de Freud utilizar um método onde fazia comparações de uma mesma imagem sonhada por pessoas diferentes, a interpretação do sonho é singular para cada pessoa, não existe uma regra geral. Não é possível por exemplo, dizer que sonhar com cobra significa traição ou algo do tipo, pois essa imagem de cobra, pode representar significados completamente diferentes para cada indivíduo. 
Ao psicanalista, cabe o papel de auxiliar o paciente a compreender o conteúdo que foi manifestado no seu sonho, até que consigam entender o que está por trás desses símbolos e acessar ao conteúdo inconsciente, onde o paciente é libertado de seu sofrimento, já que os traumas são tratados quando o inconsciente se torna consciente. 
Concluímos que os sonhos nos oferecem um caminho para acessar os conteúdos inconscientes. Devido a forma que se é lembrado no dia seguinte, por simbologias e distorções, se torna algo desafiador para o psicanalista. O que sabemos é que nos sonhos realizamos nossos desejos reprimidos. É extremamente necessário que o analista compreenda os mecanismos de elaboração dos sonhos, para que os mesmos possam ser decifrados. 
				
REFERÊNCIAS
SILVA, Elaine Aparecida da; SANCHES, José Augusto Rodrigues. Os Sonhos como Manifestação de Desejos Inconscientes. Psicologado, [S.l.]. (2011). Disponível em https://psicologado.com.br/abordagens/psicanalise/os-sonhos-como-manifestacao-de-desejos-inconscientes . Acesso em 13 Jul 2020.

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