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História- Período Regencial

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1EXPLICAEOFICIAL | .COM.BR 1EXPLICAEOFICIAL | .COM.BR
A POLÍTICA NA REGÊNCIA
Estava previsto na Constituição em caso de morte ou 
renúncia do Imperador, o poder seria entregue ao seu 
herdeiro, maior de idade. Caso este ainda não fosse de 
maior, o poder seria exercido temporariamente por uma 
regência trina, formada no Parlamento. Quando Dom 
Pedro I abdicou, o Parlamento estava em recesso, o que 
resultou na formação de uma Regência Provisória.
A REGÊNCIA TRINA PROVISÓRIA (1831):
Um grupo político moderado logo assumiu o poder com o 
intuito de frear as agitações políticas da época. Foram escolhidos 
os senadores Nicolau de Campos Vergueiro, Joaquim Carneiro de 
Campos e o militar Francisco de Lima e Silva. Como estavam em 
caráter provisório, tomaram decisões básicas, como reconvocar o 
ministério dos brasileiros, demitido por Dom Pedro I.
A REGÊNCIA TRINA PERMANENTE (1831-34): 
Assim que voltaram do recesso, os parlamentares, elegeram 
a Regência Permanente, que apesar do nome, teria mandato de 
quatro anos. Nesse novo governo – agora formado por Francisco 
Lima e Silva, João Bráulio Muniz e José da Costa Carvalho – 
organizou-se um gabinete ministerial conservador. Essa medida 
visava conter os movimentos populares que pressionaram o 
governo de Dom Pedro I. O Ministério da Justiça foi delegado ao 
padre Diogo Antônio Feijó, que se incumbiu da tarefa de retaliar 
quaisquer revoltas que ameaçassem a ordem nacional.
Guarda Nacional (1831)
 Criada por Feijó, era uma espécie de força militar paralela 
ao exército, constituída por fazendeiros e seus capangas, com o 
objetivo de ajudar a manter a ordem e evitar distúrbios e invasões 
de terras. Os fazendeiros mais ricos, membros dessa Guarda, 
recebiam a patente de coronel, termo que vai ser empregado 
mais tarde, para denominar todo e qualquer líder político local, 
o coronelismo.
O Ato Adicional (1834):
Os parlamentares decidiram fazer uma reforma na 
Constituição de 1824 (outorgada por D. Pedro I). Dentre as 
medidas reformistas destacamos a transformação da Regência 
Trina em Regência Una, a concessão de autonomia política às 
províncias (princípio federalista) e a transformação do Rio de 
Janeiro em munícipio neutro.
Nesse contexto, devemos lembrar das facções políticas que 
existiam no Brasil: Durante o Primeiro Reinado existiam o Partido 
Brasileiro (subdividido em moderados e liberais) e o Partido 
Português. Com a abdicação do imperador, o Partido Brasileiro 
ofi cializou a divisão e o Português mudou seu nome para Partido 
Restaurador, acreditando no retorno de D. Pedro I ao Brasil. 
Porém, durante a reforma da Constituição (Ato Adicional), as três 
facções acabaram se reagrupando em duas. A Progressista, que 
defendia reformas mais amplas e liberalizantes, e a Regressista, 
defensora de uma reforma mínima. Esses dois grupos, durante o 
Segundo Reinado serão, respectivamente, o Partido Liberal e o 
Partido Conservador.
A REGÊNCIA UNA DE FEIJÓ (1835-37): 
Diogo Feijó pertencia ao grupo político dos progressistas 
(liberais) sendo eleito Regente Uno com um total de 2.826 votos. 
O baixo número de eleitores refl etia a exclusão política e a falta 
de representatividade das instituições políticas da época. Feijó 
tentou ampliar o poder da Guarda Nacional, mas o parlamento 
não aprovou, pois temia uma manobra golpista do padre para 
ampliar seu poder. Em 1836, ocorreram eleições parlamentares 
e os regressistas (conservadores) tornaram-se majoritários, 
difi cultando o governo de Feijó. A partir de 1835, eclodiram 
revoltas em algumas províncias, a exemplo da Cabanagem (Pará) 
e a Farroupilha (Rio G. do Sul). Feijó tenta convencer o Congresso 
a liberar recursos, mas não consegue. Em 1837, eclodem mais 
duas revoltas, o regente preferiu renunciar.
A REGÊNCIA UNA DE ARAÚJO LIMA (1838-1840): 
Após a renúncia de Feijó, o regressista Pedro de Araújo Lima 
foi eleito. Durante a regência de Lima, o Ato Adicional foi alterado, 
eliminando a autonomia das províncias, o que é denominado 
de Regresso Conservador. Contando com o apoio da maioria 
no Parlamento, o regente conseguiu debelar quase todas as 
revoluções (a dos farrapos resistiu até 1845). Na oposição, Feijó 
passou a articular uma mudança na Constituição para alterar a 
idade mínima para o imperador tomar posse antes dos 18 anos 
previstos na lei: era o Golpe da Maioridade. Em julho de 1840, 
a Constituição foi alterada e Dom Pedro II assume aos 15 anos.
AS REBELIÕES REGENCIAIS:
• Caráter geral das revoltas: Tratam-se de grandes rebeliões 
contra a centralização e o absolutismo, contra a carestia, muitas 
vezes anti-lusitanas, a favor das liberdades individuais e com a 
questão social presente.
2 EXPLICAEOFICIAL | .COM.BR
GEOGRAFIA - MÓDULO - 3 - FÍSICA - 3.4 - CLIMA
2 EXPLICAEOFICIAL | .COM.BR
HISTÓRIA - MÓDULO - 2 - IMPÉRIO - 2.2 - PERÍODO REGENCIAL
• A primeira leva das rebeliões: Antes do Ato Adicional, houve 
algumas rebeliões pelo país, nenhuma de grande vulto como as da 
segunda leva, especifi cadas a seguir.
• Cabanagem (1833-6): Foi a primeira rebelião brasileira 
na qual as camadas populares tomaram o poder. Os cabanos 
formavam a camada mais pobre da população do Grão-Pará, 
sobrevivendo do extrativismo vegetal e se submetendo à 
exploração dos comerciantes de Belém e ao autoritarismo 
do governador da província, Lobo de Souza. A revolta eclodiu 
quando o governador mandou prender o pequeno fazendeiro 
Félix Malcher, por ter realizado uma reunião política em sua 
propriedade. Liderados pelos irmãos Vinagre (cabanos) e por 
Eduardo Angelim (jornalista), milhares de miseráveis invadiram 
Belém para libertar Malcher e derrubar o governador. Uma 
República foi proclamada, mas o Malcher declarou-se fi el ao 
governo central no Rio de Janeiro. Os cabanos mataram Malcher 
e um dos irmãos Vinagre a presidência, vindo também a trair a 
revolução pouco tempo depois. Por último, Eduardo Angelim 
assume o governo do Pará até o esmagamento completo da 
revolta. A repressão foi encabeçada por tropas mercenárias. 
Estima-se que o massacre deixou cerca de 40 mil mortos, o que 
correspondia a 40% da população paraense.
• Revolta dos Malês (1835): O termo Malê era usado para 
denominar escravos seguidores do Islamismo. Muito deles eram 
letrados e trabalhavam com “escravos de ganho”, o que permitia a 
circulação desses escravos por várias partes de Salvador. Os malês 
pretendiam tomar o poder e proclamar uma República Negra 
na Bahia, nos moldes do Haiti. Em virtude de uma denúncia, o 
movimento acabou frustrado e seus líderes condenados à morte.
• Guerra dos Farrapos (1835-45): Essa revolta teve caráter 
elitista, bem diferente das duas citadas anteriormente. Liderada 
pela elite estancieira (fazendeiros), a Farroupilha teve como 
causa principal a concorrência do charque platino e o aumento 
do imposto sobre o sal. Mas devemos desconsiderar o descaso 
do governo central (Regência Una) com os sulistas. Em 1835, o 
líder Bento Gonçalves toma Porto Alegre e proclama a República 
do Piratini. Em seguida, a revolta se estende para Santa Catarina, 
onde Davi Canabarro e o italiano Giuseppe Garibaldi tomam o 
poder e proclamam a República Juliana. Os regentes enviaram 
tropas, contrataram mercenários, mas os gaúchos resistiram. Em 
1845, depois de muitos embates, já com D. Pedro II no trono, o 
governo e os rebeldes chegaram a um acordo (Tratado de Ponche 
Verde). Negociado pelo Barão de Caxias (futuro Duque), o acordo 
atendia algumas reivindicações dos rebeldes, mas a integridade 
territorial do Brasil estava mantida. Os rebeldes foram anistiados, 
parte do exército farrapo integrado ao exército ofi cial e o charque 
platino passou a ser sobretaxado.
• Sabinada (1837-38): Liderada pelo médico Sabino da Rocha, 
essa revolta representava o descontentamento da classe média 
baiana, diante do descaso do governo central. Os seguidores 
de Sabino tomaram a capital e proclamaram uma República. 
O governador fugiu e organizou a reação a partir de Feira de 
Santana, apoiado pelosfazendeiros. Com chegada de tropas 
enviadas pelo regente Araújo Lima, a revolta foi contida e seus 
envolvidos queimados vivos (Tribunal de Sangue).
• Balaiada (1838-41): Essa revolta se assemelha à Cabanagem 
em sua composição social. Camponeses, vaqueiros e quilombolas 
estavam entre os rebeldes. Nesta época havia uma briga entre 
liberais (bem-ti-vis) e conservadores. A revolta eclodiu quando a 
polícia prendeu um grupo de vaqueiros que participavam de uma 
festa. O vaqueiro Raimundo Gomes, o artesão Manuel Francisco 
(o Balaio) e um líder de um quilombo, o Negro Cosme tomaram 
a Vila de Caxias e proclamaram uma República com a apoio dos 
liberais. O governo central enviou o futuro Duque de Caxias para 
abafar a revolta. Estima-se que entre oito mil e doze mil pessoas 
morreram durante a repressão. A revolta chegou ao Piauí, mas 
depois da morte do Balaio, o movimento foi controlado.
AULAS 06
2. IMPÉRIO
2.2. Período Regencial
APOSTILAS: 1 resumo + 20 questões
EXERCÍCIOS ONLINE: 30 questões
CAIU NO ENEM: 01 questões
CAIU NA CONSULTEC + STRIX: 0 questões
REVISÃO NA PLATAFORMA
EXERCÍCIOS ORIENTADOS
QUESTÃO 01 
Após a abdicação do primeiro imperador, diversas províncias do 
Império do Brasil foram sacudidas por uma série de movimentos 
de contestação política e social, dos quais o mais longo foi a Guerra 
dos Farrapos (1835-1845). A respeito de tais movimentos, em 
geral, e da Revolução Farroupilha, em particular:
 Explique duas reivindicações do movimento ocorrido no Rio 
Grande do Sul.
 Cite dois outros movimentos ocorridos nesse mesmo contexto, 
indicando as províncias em que ocorreram. 
 
QUESTÃO 02 
A fatalidade das revoluções é que sem os exaltados não é possível 
fazê-las e com eles é impossível governar. Cada revolução 
subentende uma luta posterior e aliança de um dos aliados, quase 
sempre os exaltados, com os vencidos. A irritação dos exaltados 
[trouxe] a agitação federalista extrema, o perigo separatista, que 
durante a Regência [ameaçou] o país de norte a sul, a anarquização 
das províncias. [...] durante este prazo, que é o da madureza de 
uma geração, se o governo do país tivesse funcionado de modo 
satisfatório – bastava não produzir abalos insuportáveis –, a 
desnecessidade do elemento dinástico teria fi cado amplamente 
demonstrada. 
NABUCO, Joaquim. Um Estadista do Império: Nabuco de Araújo, sua vida, 
suas opiniões, sua época. 2ed. São Paulo: Editora Nacional,
Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1936, p.21. 
Na obra Um Estadista do Império, escrita entre os anos de 1893 
e 1894, Joaquim Nabuco faz uma análise da história do Brasil 
Imperial. O trecho acima remete ao período regencial (1831-
1840) do país. Com base no texto e em seus conhecimentos, faça 
o que se pede.
 Explique como Joaquim Nabuco interpretou o período 
regencial no Brasil.
 O período da Regência é citado por diversos autores, incluindo 
Nabuco, como o de uma experiência republicana federalista. 
Aponte duas razões pelas quais a Regência no Brasil ganhou 
essa interpretação. 
 
3EXPLICAEOFICIAL | .COM.BR
GEOGRAFIA - MÓDULO - 3 - FÍSICA - 3.4 - CLIMA
3EXPLICAEOFICIAL | .COM.BR
HISTÓRIA - MÓDULO - 2 - IMPÉRIO - 2.2 - PERÍODO REGENCIAL
QUESTÃO 03 
O imperador D. Pedro II era um mito antes de ser realidade. 
Responsável desde pequeno, pacato e educado, suas imagens 
constroem um príncipe diferente de seu pai, D. Pedro I. Não se 
esperava do futuro monarca que tivesse os mesmos arroubos do 
pai, nem a imagem de aventureiro, da qual D. Pedro I não pôde 
se desvincular. A expectativa de um imperador capaz de garantir 
segurança e estabilidade ao país era muito grande. Na imagem de 
um monarca maduro, buscava-se unificar um país muito grande 
e disperso.
Adaptado de Lilia Moritz Schwarcz,
As barbas do imperador: D. Pedro II, um monarca nos trópicos.
São Paulo: Companhia das Letras, 2006, p. 64, 70, 91
 Segundo o texto, quais os significados políticos da construção 
de uma imagem de D. Pedro II que o diferenciasse de seu pai?
 Que características do período regencial ameaçavam a 
estabilidade do país? 
 
QUESTÃO 04 
Não há sombra de dúvidas sobre o papel central desempenhado 
pelos muçulmanos na rebelião de 1835. Os rebeldes - ou uma boa 
parte deles - foram para as ruas com roupas usadas na Bahia pelos 
adeptos do islamismo. No corpo de muitos dos que morreram a 
polícia encontrou amuletos muçulmanos e papéis com rezas e 
passagens do Qur’ãn usados para proteção.
REIS, João José. “Rebelião escrava no Brasil”.
São Paulo: Companhia das Letras, 2003, p. 158.
Considerando os fatos descritos no episódio acima e o tema do 
islamismo, responda o que se pede a seguir.
 Por qual nome ficou conhecida a rebelião de que trata o texto?
 A imigração forçada de africanos ao Brasil trouxe para 
trabalhar como escrava uma população de diversas etnias, que 
pode ser englobada genericamente em dois grupos bastante 
distintos, com claras diferenciações culturais e linguísticas.
I. De qual desses dois grupos se originou a maior parte dos 
africanos islamizados?
II. De qual área geográfica da África esse grupo procede?
QUESTÃO 05 
Em 07 de abril de 1831, o Imperador D. Pedro I renunciou ao 
trono do Brasil, deixando como herdeiro seu filho de apenas cinco 
anos de idade, o futuro D. Pedro II.
 Cite quatro elementos que provocaram a renúncia de D. Pedro I.
 Como ficou conhecido o sistema de governo que vigorou no 
período entre a abdicação de D. Pedro I e a coroação de D. 
Pedro II?
 O que motivou a instalação desse sistema de governo?
 Cite dois fatores que contribuíram diretamente para a 
antecipação da coroação de D. Pedro II, por meio do “golpe da 
maioridade”.

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