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História - Grécia

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INTRODUÇÃO
A civilização grega surgiu entre os mares Egeu, Jônico 
e Mediterrâneo, por volta de 2000 AC. Formou-se após 
a migração de tribos nômades de origem indo-europeia, 
como, por exemplo, aqueus, jônios, eólios e dórios. As pólis 
(cidade-Estado), forma que caracterizava a vida política 
dos gregos, surgiram por volta do século VIII a.C. As duas 
pólis mais importantes da Grécia foram Esparta e Atenas.
Entre as civilizações europeias nascidas na Antiguidade, 
a civilização grega foi aquela que legou ao mundo ocidental 
elementos essenciais para a sua constituição. Foi na Grécia 
Antiga que apareceram, por exemplo, a concepção democrática 
de governo, na cidade de Atenas, e o processo de racionalização 
(da busca pelo “logos”, pela razão) da realidade com o método 
filosófico, em cidades como Mileto e Samos. A medicina ocidental 
também tem suas bases nos métodos dos gregos Hipócrates e 
Galeno.
O primeiro passo para compreender a civilização grega é 
saber como eles próprios se compreendiam. Para tanto, faz-
se necessário saber que os gregos não viviam em um país, em 
um Estado-Nação, tal como hoje, mas em cidades-estados 
independentes. O conjunto dessas cidades-estados formava 
a Hélade, e os gregos eram conhecidos como helenos. As cidades-
estados eram conhecidas como  poleis,  plural de “pólis”, palavra 
da qual deriva o termo “política”.
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
 
PERÍODO PRÉ-HOMÉRICO
Esse período foi marcado pela chegada das tribos indo-
europeias e pela ocupação da Península Balcânica. Além disso, 
devemos lembrar que antes mesmo que a Civilização Grega se 
formasse, existiu a Civilização Cretense ou Minóica ao Sul da 
Grécia. 
3.2 ANTIGUIDADE CLÁSSICA: A. GRÉCIA
FRENTE A | CAPÍTULO 03
HISTÓRIA
A origem dos cretenses é incerta, pois o pouco que sabemos 
sobre esse povo nos foi transmitido pelos gregos através de 
relatos que misturam lendas e mitos. Do pouco que sabemos, 
constatou-se que os cretenses viviam em cidades-estados, 
dentre elas a poderosa Cnossos, com seu rei Minos. Nessa 
poderosa cidade, também surgiu a lenda do Minotauro. 
Tudo leva a crer que parte da população cretense migrou para 
a Grécia continental e fundou povoados, como Micenas, mais 
tarde tomada pelos invasores Aqueus. Estes eram, até então, 
nômades, mas acabaram se fixando em Micenas, resultando 
na fusão com os cretenses que ali habitavam. Essa mistura deu 
origem a um terceiro povo, denominado de Creto-micênicos. 
Muito tempo depois, toda a Civilização Cretense foi exterminada 
pelos gregos.
PERÍODO HOMÉRICO – SÉCULOS XII A.C. A VIII A.C.
O Período Homérico recebe esse nome em razão dos poemas 
de Homero: a Ilíada e a Odisseia. A Ilíada narra a Guerra de Tróia 
e a Odisseia, as aventuras de Ulisses. 
Durante esse período, as comunidades aldeãs, formadas 
pelos povos indo-europeus que colonizaram o território grego, 
evoluíram até atingir a condição de cidade-estado.
Comunidade Gentílica: Nessas comunidades, a terra ainda 
era coletiva e não havia desigualdade social. Os génos eram 
governados pelos patriarcas, denominados Basileus. Com o 
passar dos anos, essas comunidades uniram-se para aumentar 
a produção agrícola ou a defesa de seus territórios. Quando 
chegaram a condição de cidade-estado, a terra deixou de ser 
coletiva, provocando as desigualdades sociais.
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HISTÓRIA - FRENTE A - CAPÍTULO 03 3.2 ANTIGUIDADE CLÁSSICA:
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PERÍODO ARCAICO 
Esse período caracteriza-se pelo processo de consolidação 
das cidades-estados. As pólis gregas acabaram evoluindo em dois 
modelos. Um democrático, tradicionalmente representado pela 
cidade de Atenas, e outro militarista, representado pela cidade 
de Esparta.
As vezes rivais e embora independentes, as cidades gregas 
apresentavam certa unidade cultural (língua, crenças religiosas 
e jogos olímpicos). Diante de ameaças estrangeiras, chegavam 
a se unir para defender a Hélade (nome pelos gregos para seu 
território).
ATENAS
Ágora: praça pública onde discutiam as questões políticas
 A SOCIEDADE ATENIENSE:
Cidadãos: Eupátridas. Demiurgos, Gergóis e Thétas
Estrangeiros: Metecos
Escravos
EVOLUÇÃO POLÍTICA DE ATENAS (ATÉ CHEGAR A 
DEMOCRACIA):
Monarquia: Vigorou até meados do século VII a.C. O monarca 
(Basileu) era assistido pelo Conselho de Anciãos (Areópago). A 
monarquia foi deposta por uma revolta popular.
Arcontado (Oligarquia): Implantada pelo antigo Conselho 
de Anciãos. Esse grupo de aristocratas nomeava um Legislador 
(espécie de 1º Ministro) para criar leis e governar a cidade. Os 
legisladores mais importantes foram Drácon e Sólon.
• Drácon: criou as primeiras leis escritas. Seu código de leis era 
caracterizado pela rigidez.
• Sólon: ampliou a legislação escrita, destacando-se a proposta 
de se criar uma Assembleia Popular (Bulé). Também propôs 
dividir a sociedade pela renda do cidadão, o que valorizaria 
a classe dos comerciantes demiurgos. Sólon foi deposto por 
um golpe militar.
Tirania: Foi exercida por usurpadores, a exemplo de Psístrato, 
grande tirano que tomou o poder em 561 a.C. apoiado pelo 
partido popular. Os tiranos alteraram o serviço militar obrigatório 
(Eufébia) de 2 anos para 12 anos, deixando a aristocracia 
descontente.
Democracia: Implantada por Clístenes, líder do Partido 
Democrático, esse regime pretendia atenuar as desigualdades, 
pois permitiria que qualquer cidadão se manifestasse em 
praça pública (Ágora) e propusesse leis. No entanto, devemos 
ficar atentos que a cidadania era restrita aos homens livres, 
descendentes dos fundadores da cidade de Atenas. Mulheres, 
estrangeiros e escravos estavam excluídos da cidadania e, 
consequentemente, fora da democracia.
Clístenes, criou o Ostracismo como mecanismo de 
preservação da democracia, pois bania por 10 anos qualquer 
cidadão que atentasse contra o regime.
Durante o governo do Legislador Péricles, a democracia foi 
ampliada, pois chegava a remunerar cidadãos pobres para que 
fossem à Ágora discutir política.
DEMOCRACIA DIRETA, INDIRETA E 
REPRESENTATIVA
Numa  democracia direta,  o cidadão vota e expressa 
sua opinião sem intermediários. No entanto, trata-se de 
um modelo aplicável apenas a populações e territórios 
pequenos. Por esse motivo, a maioria dos  governos 
democráticos  utiliza uma forma de  democracia indireta, 
a democracia representativa, em que as decisões políticas 
não são tomadas diretamente pelos cidadãos, mas por 
representantes eleitos por eles. Apenas os representantes 
têm direito a voto e depende das leis de cada país 
democrático se o voto dos cidadãos é obrigatório (como 
no Brasil) ou facultativo (como nos Estados Unidos).
Em tese, as opiniões, demandas e interesses dos 
cidadãos são representados pelos políticos eleitos 
nas assembleias, câmaras e parlamentos do país. No 
entanto, as relações entre os políticos e os cidadãos são 
movidas, geralmente, por tensões e questionamentos. 
Algumas formas de acentuar a participação popular 
nas decisões políticas são, por exemplo, a existência de 
referendos e plebiscitos, onde os cidadãos votam em 
relação a determinado assunto de interesse público 
(desarmamento, aborto, pesquisas com células tronco 
etc.). Em todo caso, para o aperfeiçoamento dos regimes 
democráticos, é imprescindível a manutenção da 
liberdade de expressão e da imprensa, do livre acesso à 
informação por parte da população, do direito ao voto e 
de eleições transparentes para os cargos no Executivo e 
Legislativo, além da garantia do uso pleno dos direitos da 
cidadania.
http://educacao.globo.com/sociologia/assunto/organizacao-social/
democracia-direta-indireta-e-representativa.html
ESPARTA
Fundada pelos guerreiros dórios na Península do Peloponeso, 
Esparta era militarista por excelência. Os espartanos obedeciam 
a uma rigorosa disciplinar militar, pois sua cultura era baseada na 
manutenção do poder pelas armas. 
A SOCIEDADE ESPARTANA:
Cidadãos:Esparciatas (ou espartanos): descendentes dos 
dórios, possuíam direitos políticos;
Estrangeiros: Periecos: viviam na periferia da cidade. Eram 
estrangeiros, dedicavam-se ao comércio e ao artesanato. Eram 
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livres, porém sem direitos políticos;
Hilotas: eram servos do Estado, descendentes dos povos 
conquistados, trabalhavam nos trabalhos mais pesados.
O GOVERNO ESPARTANO
Diarquia: 2 reis com poderes simbólicos
Gerúsia: formada por 28 anciãos, tinha caráter consultivo.
Eforato: Conselho de 5 fiscais sociais
Ápela: Assembleia popular composta por todos os cidadãos 
em idade militar, tomava todas as decisões importantes sobre 
assuntos políticos e militares
A EDUCAÇÃO ESPARTANA
De acordo com o antigo historiador grego Plutarco (46 d.C. 
- 120 d.C.), desde o nascimento os espartanos selecionavam os 
seus futuros soldados, rejeitando os bebês que nascessem com 
defeito. Os mais velhos se incumbiam da tarefa de eliminá-los, 
os atirando do alto do monte Taigeto. Os garotos aptos eram 
separados de suas famílias para viverem em uma espécie de 
acampamento militar, onde eram preparados para todo tipo de 
situação que ocorresse em um campo de batalha.
O PERÍODO CLÁSSICO
Estamos no século V a.C. A Civilização Grega chegava ao seu 
apogeu com a implantação da democracia. Porém, nesse mesmo 
século, os gregos enfrentaram longas guerras contra os Persas 
(Guerras Médicas) e entre eles mesmos (Guerra do Peloponeso).
AS GUERRAS MÉDICAS OU GRECO-PÉRSICAS (490 – 479 A. C.)
Os conflitos foram causados pelo choque entre o imperialismo 
persa e o mundo grego, que atingia sua plenitude. Os imperadores 
Ciro, Cambises e Dário I, conquistaram parte das colônias gregas 
na costa da Ásia Menor. No início, os persas respeitavam a 
autonomia das cidades gregas, mas depois passaram a explorá-
las, provocando uma reação violentas dos helenos.
A primeira guerra ocorreu quando o exército de Dário I 
desembarcou na Planície de Maratona, e as tropas atenienses, 
com o auxilio de outras cidades, repeliram a invasão. Essa vitória 
fortaleceu o prestígio de Atenas.
Em 480 a.C., Xerxes iniciou uma nova ofensiva contra os 
gregos, atacando por terra e mar. Porém, prevendo tal situação, 
os gregos haviam criado uma associação de cidades, a Liga de 
Delos, com o objetivo de tornarem mais forte a resistência. 
Atenas foi encarregada de fazer a defesa naval e, Esparta, a 
defesa terrestre. Pelo mar, as tropas de Xerxes não tiveram 
êxito na Batalha de Salamina, mas por terra, as tropas persas 
esmagaram o Rei Leônidas e seus 300 espartanos na famosa 
Batalha das Termópilas. As tropas persas entraram, saquearam 
e incendiaram uma Atenas quase desabitada (os atenienses 
evacuaram a cidade antes). Quando as tropas de Xerxes voltavam 
pela costa da Ásia Menor, foram surpreendidas pelos atenienses 
que os esperavam em pontos estratégicos. Essa foi a Batalha de 
Plateia. Os atenienses mais uma vez venciam, transformando sua 
pólis na cidade mais poderosa da Grécia.
É durante o período de hegemonia de Atenas que se destaca 
um dos mais ilustres atenienses, Péricles. O governo de Péricles 
foi responsável por ampla modernização, ampliação dos vínculos 
comerciais, enriquecimento e disseminação dos padrões políticos 
de Atenas. Tamanho foi o impacto do governante, que o século V 
a.C. ficou conhecido como “Século de Péricles”.
A GUERRA DO PELOPONESO (431 A.C. – 404 A.C.)
Colocou em choque o modelo político democrático de Atenas 
e o modelo político oligárquico militarista de Esparta. A tradição 
militar desta foi decisiva por colocar fim à hegemonia ateniense. 
Inaugurava-se, então, a fase de imperialismo espartano na Grécia.
Esparta foi desligada da Liga de Delos e criou sua própria 
liga na região do Peloponeso (Liga do Peloponeso). Apesar de 
contar com um menor de aliados, a liga espartana tinha o melhor 
exército, enquanto a Liga de Delos tinha a melhor Marinha. O 
estopim do conflito se deu quando Corinto (aliada de Esparta) foi 
atacada por Atenas. Foram quase 28 anos de guerra, ao final dos 
quais Esparta sagrou-se vitoriosa e hegemônica.
A guerra envolveu direta ou indiretamente todas as cidades 
gregas, provocando a decadência dessa brilhante civilização. 
A fase de superioridade de Esparta no mundo grego não 
durou muito tempo, já encontrava em expansão o  Império 
Macedônico  na mesma época. No entanto, antes mesmo dos 
macedônios chegarem, Esparta foi derrotada por Tebas, cidade 
situada ao Norte da Grécia.
PERÍODO HELENÍSTICO
Felipe II (359 a.C.-336 a.C.) = Conquistou a Grécia usando a 
tática da Falange Macedônica (Batalha de Queroneia). Os gregos 
estavam enfraquecidos pelas guerras internas, o que favoreceu o 
domínio macedônico.
Alexandre Magno, O Grande (336 - 323 a.C.)
Educado na Grécia, pelo filósofo Aristóteles, o jovem Alexandre 
expandiu seus domínios de forma meteórica. Aristóteles havia 
transmitido ao jovem imperador seu ódio aos persas. Isso explica 
o desejo que Alexandre tinha de conquistar a Pérsia.
Conquistas = Ásia Menor, Fenícia, Palestina, Ásia central, além 
de ter enviado uma expedição à Índia. Por onde andou, Alexandre 
procurou difundir a cultura grega através da fundação de cidades, 
denominadas de Alexandrias, dotando-as de bibliotecas.
Alexandre morreu precocemente aos 33 anos e seu Império 
foi dividido entre seus principais generais.
 
O HELENISMO
Ao conquistar a Pérsia, Alexandre percebeu quanto era rica 
sua cultura. A diversidade cultural dos persas vinha do hábito de 
copiarem o que havia de melhor de cada povo submetido aos seus 
domínios. Dessa forma, Alexandre tive a ideia de fundir a cultura 
grega com a cultura persa, resultando na cultura helenística.
Características do Helenismo: Despotismo no governo; 
Realismo exagerado nas artes; Individualismo; na Filosofia 
destacou-se o Estoicismo e o Epicurismo; Comércio em grande 
escala; Desigualdade social acentuada. Os principais centros do 
Helenismo foram: ALEXANDRIA, PERGAMO E RODES.
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HISTÓRIA - FRENTE A - CAPÍTULO 03 3.2 ANTIGUIDADE CLÁSSICA:
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CULTURA GREGA
Política: foi a maior contribuição grega para o mundo 
Ocidental moderno.
Religião: Os gregos acreditavam em vários deuses, que 
apresentavam defeitos e virtudes como qualquer ser humano, 
embora dotados de poderes especiais. A mitologia grega ainda 
hoje exerce muita infl uência em nossa cultura. Jogos e games 
estão repletos de mitos. Observe que nosso gosto por Histórias 
em Quadrinhos, com mitos e heróis, é uma prova do fascínio que 
os gregos possuíam por seus mitos.
Arquitetura: Estilos Dórico, Jônico e Coríntio
Escultura: Figuras humanas.
Letras: Homero (poesia épica), Píndaro, Safo e Anacreonte 
(poesia lírica); Heródoto (pai da história) 
Teatro: Ésquilo (Pai da Tragédia - Prometeu acorrentado), 
Sófocles (Édipo Rei), Eurípedes (Medeia), Aristófanes (comédias 
- Assembleia de mulheres)
Ciências: Hipócrates (Medicina), Pitágoras (Matemática): 
Heródoto (História) Demóstenes (Oratória)
Filosofi a: Tales de Mileto, os Sofi stas, Sócrates, Platão 
(Apologia de Sócrates) e Aristóteles (Política). 
Esporte: Olimpíadas.
AULAS 06
3. GERAL - IDADE ANTIGA
3.2. Antiguidade Clássica
A. Grécia 
APOSTILAS
1 resumo + 30 questões
EXERCÍCIOS ONLINE
30 questões
CAIU NO ENEM
04 questões
REVISÃO NA PLATAFORMA
SEÇÃO VESTIBULARES
QUESTÃO 01 
“(...) o teatro trágico usava histórias e personagens que todos 
conheciam e mostrava o que acontecia a esses personagens, 
de tal forma que, no fi nal, os espectadores entendessem que 
as histórias da carochinha que lhes contavam, quando eram 
crianças, expressavam uma espécie de coerência interna no 
destino do homem, uma experiência simuladora, cujo objetivo 
era mostrar o caráter necessário de tudo aquilo que acontecera a 
um tipo de indivíduo socialmente defi nido (herói, rei,etc.)”.
Eyler, Flávia Maria Schlee. História Antiga: Grécia e Roma: a formação do Ocidente. 
Petrópolis: Vozes, 2014, p. 106. (Adaptado).
O trecho fala da função social do teatro trágico em Atenas, que 
tinha como principal objetivo a: 
A. diversão dos cidadãos. 
B. incorporação dos estrangeiros à cidade. 
C. educação cívica por meio da performance. 
D. evolução econômica dos metecos. 
E. destruição da moral dos espartanos. 
 
QUESTÃO 02 
Era considerada a engrenagem essencial para assegurar o bom 
funcionamento do regime. A tradição afi rma que sua origem 
remeteria a Sólon. A partir de Clístenes, passou a contar com 
quinhentos membros sorteados anualmente, à razão de cinquenta 
por tribo, entre todos os cidadãos, a partir de listas estabelecidas 
em cada demo, a principal função do órgão consistia em preparar 
os decretos a serem submetidos ao voto da Assembleia.
Claude Mossé. Dicionário da Civilização Grega
O órgão em questão, tratado pelo texto é: 
A. a Eclésia, órgão soberano da democracia ateniense; 
B. a Helieia, órgão responsável pela justiça na democracia 
ateniense; 
C. a Boulé, órgão que preparava decretos votados pela 
Assembleia dos Cidadãos na democracia ateniense; 
D. a Gerúsia, ou Conselho dos Anciãos, órgão decisório em 
Esparta; 
E. a Ápela, órgão encarregado de preparar projetos, órgão 
consultivo em Esparta. 
 
QUESTÃO 03 
Para justifi car a ambição grega de hegemonia universal, 
Aristóteles (384 - 322 a. C.) formulou a hipótese de que certas 
raças são, por natureza, livres desde o berço, enquanto outras 
são escravas. 
COMAS, Juan. Os mitos raciais. Raça e Ciência. São Paulo: Perspectiva, 1960. v. I. p. 13. 
Essa fi losofi a racial foi incorporada às campanhas militares de um 
grande general e líder político que foi aluno de Aristóteles. Seu 
nome era: 
A. Leônidas, rei espartano que liderou a resistência contra os 
persas com apenas 300 soldados. 
B. Alexandre, o Grande, rei da Macedônia, que difundiu a cultura 
grega na África e na Ásia. 
C. Nero, imperador romano admirador dos gregos, famoso por 
ter colocado fogo em Roma. 
D. Péricles, governante responsável pelo apogeu da cidade de 
Atenas no período clássico. 
E. Licurgo, legislador conhecido por estabelecer as duras leis da 
cidade de Esparta. 
 
QUESTÃO 04 
Leia o trecho de Odisseia, poema grego composto no fi nal do 
século VIII a.C.
273
EXERCÍCIOSHISTÓRIA - FRENTE A - CAPÍTULO 03 
Tenho uma serva velha, muito compreensiva,
que amamentou e criou o meu pobre marido,
recebendo-o nos braços no dia em que a mãe o deu à luz.
[...]
Anda lá, ó sensata Euricleia, levanta-te agora:
lava os pés de quem tem a idade do teu amo.
Homero. Odisseia, 2011.
O trecho apresenta as palavras da rainha Penélope no momento 
da chegada de Ulisses ao palácio da ilha de Ítaca.
Considerando o conteúdo do trecho e a organização social na 
Grécia Antiga, pode-se sustentar a: 
A. predominância do poder político feminino nas cidades 
monárquicas. 
B. existência de relações escravistas no interior das famílias 
nobres. 
C. natureza pacífica das relações entre gregos e bárbaros. 
D. tendência à libertação dos escravos depois da Guerra de Troia. 
E. resistência passiva dos trabalhadores estrangeiros nos 
palácios dos reis. 
 
QUESTÃO 05 
O processo de colonização e emigração de populações gregas 
das cidades-Estados para as colônias no Mediterrâneo 
estabeleceu novas relações político-sociais e ocasionou grandes 
transformações econômicas, tais como o desenvolvimento da 
construção naval e o crescimento da produção de manufaturas 
e do comércio marítimo. Em decorrência dessas mudanças na 
sociedade grega, os armadores, os comerciantes e os artesãos 
ganharam importância social.
O processo de colonização e de formação de novas cidades-
estados gregas ocorreu no período: 
A. Clássico. 
B. Arcaico. 
C. Helenístico. 
D. Micênico. 
QUESTÃO 06 
“(...) aprendemos executando o que temos que executar. Exemplo: 
homens se tornam construtores construindo e se tornam 
tocadores de lira tocando lira. É a realização de atos justos que 
nos torna justos, a de atos moderados que nos torna moderados, 
a de atos corajosos que nos torna corajosos (...).”
Aristóteles. Ética a Nicômaco. Livro II, cap. I, pág.75. São Paulo: Edipro, 2014. (Adaptado). 
Segundo o texto, para Aristóteles, as virtudes são: 
A. puramente inatas ao ser humano. 
B. frutos do nascimento nobre. 
C. oriundas da prática e do exercício. 
D. exclusivas dos atenienses. 
E. proibidas aos bárbaros. 
 
QUESTÃO 07 
Os gregos sentiram paixão pelo humano, por suas capacidades, 
por sua energia construtiva. Por isso, inventaram a pólis: a 
comunidade cidadã em cujo espaço artificial, antropocêntrico, 
não governa a necessidade da natureza, nem a vontade dos 
deuses, mas a liberdade dos homens, isto é, sua capacidade 
de raciocinar, de discutir, de escolher e de destituir dirigentes, 
de criar problemas e propor soluções. O nome pelo qual hoje 
conhecemos essa invenção grega, a mais revolucionária, 
politicamente falando, que já se produziu na história humana, é 
democracia.
Adaptado de Fernando Savater, Política para meu filho. São Paulo: Martins Fontes, 1996.
Assinale a alternativa correta, considerando o texto acima e seus 
conhecimentos sobre a Grécia Antiga. 
A. Para os gregos, a cidade era o espaço do exercício da liberdade 
dos homens e da tirania dos deuses. 
B. Os gregos inventaram a democracia, que tinha então o mesmo 
funcionamento do sistema político vigente atualmente no 
Brasil. 
C. Para os gregos, a liberdade dos homens era exercida na polis e 
estava relacionada à capacidade de invenção da política. 
D. A democracia foi uma invenção grega que criou problemas em 
função do excesso de liberdade dos homens. 
 
QUESTÃO 08 
Durante o governo de Péricles (444-429 a.C.), a cidade-Estado de 
Atenas atingiu seu apogeu e, algumas de suas medidas políticas, 
ainda servem como referência ao mundo contemporâneo. 
Sobre sua influência na política, é correto afirmar que: 
A. foi instituída, por sua iniciativa, a remuneração aos que 
desempenhavam funções no Estado. Essa seria uma forma de 
estímulo para que ocorresse maior participação popular no 
governo. 
B. é considerado o fundador da democracia ateniense; pois, 
ao reforçar o poder naval e as tropas a serviço do Estado, 
enfraqueceu o prestígio da nobreza, essencialmente guerreira. 
C. fortaleceu o poder do Areópago, aumentando sua capacidade 
de deliberar sobre questões de interesse geral da sociedade, 
além de poder julgar crimes de sangue e elaborar projetos de 
lei. 
D. foi um grande estadista que, por meio de alianças militares 
com os países vizinhos, por meio de acordos comerciais, e de 
tratados sobre livre navegação, estabeleceu os princípios da 
diplomacia moderna. 
E. estendeu os mesmos privilégios concedidos aos hoplitas 
aos soldados e marinheiros a serviço do Estado, ampliando 
os princípios democráticos e desenvolvendo o sentimento 
patriótico. 
 
QUESTÃO 09 
O Ocidente havia conhecido somente três modos de acesso 
ao poder: o nascimento, o mais importante, a riqueza, muito 
secundário até o século XIII salvo na Roma Antiga, o sorteio, 
de alcance limitado entre os cidadãos das cidades gregas da 
Antiguidade.
Jacques Le Goff. Os intelectuais na Idade Média, 1985. Adaptado. 
Na democracia ateniense da Antiguidade, havia um modo de 
exercício do poder político, que consistia no sorteio: 
A. de cidadãos para o exercício de funções administrativas por 
um curto período de tempo. 
B. de indivíduos da população da cidade para participarem da 
assembleia dos cidadãos na ágora. 
C. de habitantes mais hábeis militarmente e mais cultos para 
comporem o conselho político da polis. 
D. de homens e mulheres descendentes de gregos para 
governarem a cidade nos tempos de paz. 
274
EXERCÍCIOSHISTÓRIA - FRENTE A - CAPÍTULO 03 
E. de estrangeiros aliados da cidade para auxiliaremos cidadãos 
nas decisões concernentes às relações entre as polis. 
 
QUESTÃO 10 
Por muito tempo, entre os historiadores pensou-se que os gregos 
formavam um povo superior de guerreiros que, por volta de 2000 
a.C., teria conquistado a Grécia, submetendo a população local.
Hoje em dia, os estudiosos descartam esta hipótese, considerando 
que houve um movimento mais complexo. Segundo o pesquisador 
Moses Finley, a ‘chegada dos gregos significou a introdução de 
um elemento novo que se misturou com seus predecessores para 
criar, lentamente, uma nova civilização e estendê-la como e por 
onde puderam’.
FUNARI, Pedro Paulo. Grécia e Roma. São Paulo: Contexto, 2001. Adaptado. 
Segundo o texto, a formação da Grécia antiga ocorreu: 
A. de forma negociada, por meio de alianças e acordos políticos 
entre os líderes das principais tribos nativas da península 
balcânica. 
B. de forma gradual, a partir da integração de povos provenientes 
de outras regiões com habitantes da parte sul da península 
balcânica. 
C. de forma planejada, pela expansão militar dos povos nativos 
da península balcânica sobre territórios controlados por 
grupos bárbaros. 
D. de forma violenta, com a submissão dos habitantes originais 
da península balcânica a conquistadores recém-chegados do 
norte. 
 
QUESTÃO 11 
Atente ao seguinte excerto: “Vivi a guerra inteira, tendo uma 
idade que me permitia formar meu próprio juízo, e segui-a 
atentamente, de modo a obter informações precisas. Atingiu-
me também uma condenação ao exílio que me manteve longe 
de minha terra por vinte anos após o meu período de comando 
em Anfípolis e, diante de minha familiaridade com as atividades 
de ambos os lados, especialmente aquelas do Peloponeso, em 
consequência do meu banimento, graças ao meu ócio, pude 
acompanhar melhor o curso dos acontecimentos. Relatarei, 
então, as divergências surgidas após os dez anos, e o rompimento 
da trégua e as hostilidades supervenientes”.
TUCÍDIDES, História da Guerra do Peloponeso, V, 26.
Sobre a Guerra do Peloponeso, registrada por Tucídides, é 
correto afirmar que: 
A. se trata de conflito armado entre gregos e troianos. 
B. foi uma guerra entre Atenas e Esparta. 
C. não ocorreu propriamente: trata-se de uma ficção do mundo 
antigo. 
D. foi o conflito que ficou conhecido como Guerras Médicas. 
 
QUESTÃO 12 
É bem provável que você tenha ouvido falar de Alexandre, 
o Grande (no mínimo, por causa do filme com Collin Farrell 
e Angelina Jolie). É bem provável que tenha ouvido falar da 
democracia ateniense. Mas também é bastante provável que 
nunca tenha se dado conta de que esses dois extremos do 
espectro político, a democracia e a monarquia absoluta, assim 
como as sociedades e os mundos diametralmente opostos por ele 
definidos estivessem separados no mundo antigo pela duração 
de uma vida. 
SCOTT, Michael. Dos democratas aos reis. Rio de Janeiro: Record, 2012, p. 24.
Entre os anos finais da democracia ateniense (c. 403 a.C.) e o 
domínio macedônico (388 a.C.), a(s) principal(ais) característica(s) 
sociopolítica(s) de Atenas foi(foram) a(s): 
A. formação dos grandes complexos filosóficos, em especial o 
Socrático. 
B. ampliação da democracia que havia iniciado com Péricles, 
cerca de cem anos antes. 
C. dissolução da cidade-estado e sua incorporação pelas cidades 
vizinhas, como Tebas e Esparta. 
D. desagregação do regime democrático e as constantes disputas 
com as cidades-estados vizinhas. 
E. institucionalização da monarquia com a derrubada do regime 
democrático, instituído um século antes. 
 
QUESTÃO 13 
Apesar de sua dispersão geográfica e de sua fragmentação 
política, os gregos tinham uma profunda consciência de 
pertencer a uma só e mesma cultura. Esse fenômeno é tão 
mais extraordinário, considerando-se a ausência de qualquer 
autoridade central política ou religiosa e o livre espírito de 
invenção de uma determinada comunidade para resolver os 
diversos problemas políticos ou culturais que se colocavam para 
ela.
Moses I. Finley. Os primeiros tempos da Grécia, 1998. Adaptado.
O excerto refere-se ao seguinte aspecto essencial da história 
grega da Antiguidade: 
A. a predominância da reflexão política sobre o desenvolvimento 
das belas-artes. 
B. a fragilidade militar de populações isoladas em pequenas 
unidades políticas. 
C. a vinculação do nascimento da filosofia com a constituição de 
governos tirânicos. 
D. a existência de cidades-estados conjugada a padrões 
civilizatórios de unificação. 
E. a igualdade social sustentada pela exploração econômica de 
colônias estrangeiras. 
 
QUESTÃO 14 
Ao vencer sua 13ª medalha de ouro em competições olímpicas 
individuais – 200 m medley –, o americano Michael Phelps 
superou Leônidas de Rodes, um dos mais famosos atletas 
olímpicos da Antiguidade. Leônidas competiu nos jogos de 164 
a. C. e conquistou a coroa de louros em três corridas – o estádio 
(cerca de 180 metros), o diaulo (cerca do dobro do estádio) e na 
corrida hoplitódromo, na qual os participantes tinham que usar 
proteção nas pernas, elmo e escudo [...]. O recorde de Leônidas 
durou cerca de 2.160 anos, atravessando milênios, guerras e 
mudanças.
www.bbc.com/portuguese/geral-37028519. Acesso em: 01 set. 2016. 
Os Jogos Olímpicos da Antiguidade surgiram de um acordo de 
paz travado em 776 a. C., na cidade de Olímpia, entre reis de 
diversas regiões da Grécia.
Comparando o contexto histórico dos feitos de Phelps ao de 
Leônidas destaca-se:
A. o aspecto pacifista dos jogos modernos, considerando-se que, 
a exemplo do que ocorria na Grécia Antiga, diversas guerras 
eram interrompidas durante o período dos jogos. 
B. a transformação dos feitos realizados por atletas antigos em 
lendas, que, embora não possam ser provadas historicamente, 
inspiram novos praticantes das modalidades. 
275
EXERCÍCIOSHISTÓRIA - FRENTE A - CAPÍTULO 03 
C. a manutenção de técnicas de treinamento utilizadas na 
Antiguidade, proporcionando aos atletas modernos a 
possibilidade de superar os grandes nomes do passado. 
D. o caráter secular e nacionalista dos jogos modernos, uma vez 
que os atletas gregos competiam em nome de suas cidades-
estados e os jogos eram realizados em honra a Zeus. 
E. o baixo investimento na formação de atletas observado nos 
últimos séculos, possibilitando que recordes se mantenham 
inalcançáveis durante milênios. 
 
QUESTÃO 15 
(...) a partir do século V a.C., a guerra tornou-se endêmica no 
Mediterrâneo. Foram séculos de guerra contínua, com maior ou 
menor intensidade, ao redor de toda a bacia. O trabalho acumulado 
nos séculos anteriores tornara possível um adensamento dos 
contatos, um compartilhamento de informações e estruturas 
sociais, uma organização dos territórios rurais que propiciava 
a extensão de redes de poder. Foram os pontos centrais dessas 
redes de poder que animaram o conflito nos séculos seguintes.
Norberto Luiz Guarinello. História Antiga, 2013.
Sobre esses “séculos de guerra contínua”, é correto afirmar que: 
A. as Guerras Púnicas, entre Atenas e Cartago, foram uma 
disputa pelo controle comercial sobre o mar Mediterrâneo, 
terminando após três grandes enfrentamentos, com a vitória 
de Cartago e a hegemonia cartaginesa em todo o Mundo 
Antigo ocidental. 
B. as Guerras Macedônicas foram um longo conflito entre o 
Reino da Macedônia, em aliança com os persas, e o Império 
Romano, que venceu com muitas dificuldades porque ainda 
estava em guerra com outros povos. 
C. as Guerras Médicas, entre persas e gregos, resultaram na 
vitória dos últimos e, em meio a esses confrontos, permitiram 
que Atenas liderasse a Liga de Delos, aliança de cidades-
Estados gregas com o intuito de combater a presença persa 
no Mediterrâneo. 
D. as Campanhas de Alexandre, o Grande, aliado a Esparta e 
Corinto, combateram e venceram as poderosas forças persas 
e ampliaram os domínios gregos até a Ásia Menor, propagando 
os princípios da democracia ateniense pelo Mediterrâneo. 
E.a Guerra do Peloponeso, o mais importante conflito bélico da 
Antiguidade, envolveu as principais cidades-Estados gregas 
que, aliadas a Roma, enfrentaram e derrotaram as forças 
militares cartaginesas. 
SEÇÃO ENEM
QUESTÃO 01 
(ENEM)
Texto I
Sólon é o primeiro nome grego que nos vem à mente quando 
terra e dívida são mencionadas juntas. Logo depois de 600 a.C., 
ele foi designado “legislador” em Atenas, com poderes sem 
precedentes, porque a exigência de redistribuição de terras e 
o cancelamento das dívidas não podiam continuar bloqueados 
pela oligarquia dos proprietários de terra por meio da força ou de 
pequenas concessões.
FINLEY, M. Economia e sociedade na Grécia antiga. São Paulo: WMF Martins Fontes.
Texto II
A “Lei das Doze Tábuas” se tornou um dos textos fundamentais 
do direito romano, uma das principais heranças romanas que 
chegaram até nos. A publicação dessas leis, por volta de 450 a.C., 
foi importante pois o conhecimento das “regras do jogo” da vida 
em sociedade é um instrumento favorável ao homem comum e 
potencialmente limitador da hegemonia e arbítrio dos poderosos.
FUNARI, P. P. Grécia e Roma. São Paulo: Contexto, 2011 (adaptado).
O ponto de convergência entre as realidades sociopolíticas 
indicadas nos textos consiste na ideia de que a: 
A. discussão de preceitos formais estabeleceu a democracia. 
B. invenção de códigos jurídicos desarticulou as aristocracias 
C. formulação de regulamentos oficiais instituiu as sociedades. 
D. definição de princípios morais encerrou os conflitos de 
interesses. 
E. criação de normas coletivas diminuiu as desigualdades de 
tratamento. 
 
QUESTÃO 02 
(ENEM) O que implica o sistema da pólis é uma extraordinária 
preeminência da palavra sobre todos os outros instrumentos do 
poder. A palavra constitui o debate contraditório, a discussão, a 
argumentação e a polêmica. Torna-se a regra do jogo intelectual, 
assim como do jogo político.
VERNANT, J. P. As origens do pensamento grego. Rio de Janeiro: Bertrand, 1992.
Na configuração política da democracia grega, em especial a 
ateniense, a ágora tinha por função: 
A. agregar os cidadãos em torno de reis que governavam em prol 
da cidade. 
B. permitir aos homens livres o acesso às decisões do Estado 
expostas por seus magistrados. 
C. constituir o lugar onde o corpo de cidadãos se reunia para 
deliberar sobre as questões da comunidade. 
D. reunir os exercícios para decidir em assembleias fechadas os 
rumos a serem tomados em caso de guerra. 
E. congregar a comunidade para eleger representantes com 
direito a pronunciar-se em assembleias. 
 
QUESTÃO 03 
(ENEM)
Texto l
Olhamos o homem alheio às atividades públicas não como alguém 
que cuida apenas de seus próprios interesses, mas como um 
inútil; nós, cidadãos atenienses, decidimos as questões públicas 
por nós mesmos na crença de que não é o debate que é empecilho 
à ação, e sim o fato de não se estar esclarecido pelo debate antes 
de chegar a hora da ação.
TUCÍDIDES. História da Guerra do Peloponeso. Brasília: UnB, 1987 (adaptado).
Texto II
Um cidadão integral pode ser definido por nada mais nada 
menos que pelo direito de administrar justiça e exercer funções 
públicas; algumas destas, todavia, são limitadas quanto ao tempo 
de exercício, de tal modo que não podem de forma alguma ser 
exercidas duas vezes pela mesma pessoa, ou somente podem sê-
lo depois de certos intervalos de tempo prefixados.
ARISTÓTELES. Política. Brasília: UnB, 1985.
276
EXERCÍCIOSHISTÓRIA - FRENTE A - CAPÍTULO 03 
Comparando os textos l e II, tanto para Tucídides (no século V 
a.C.) quanto para Aristóteles (no século IV a.C.), a cidadania era 
definida pelo(a): 
A. prestígio social. 
B. acúmulo de riqueza. 
C. participação política. 
D. local de nascimento. 
E. grupo de parentesco. 
 
QUESTÃO 04 
(ENEM) Segundo Aristóteles, “na cidade com o melhor conjunto 
de normas e naquela dotada de homens absolutamente justos, 
os cidadãos não devem viver uma vida de trabalho trivial ou de 
negócios — esses tipos de vida são desprezíveis e incompatíveis 
com as qualidades morais —, tampouco devem ser agricultores 
os aspirantes à cidadania, pois o lazer é indispensável ao 
desenvolvimento das qualidades morais e à prática das atividades 
políticas”.
VAN ACKER, T. Grécia. A vida cotidiana na cidade-Estado. São Paulo: Atual, 1994.
O trecho, retirado da obra Política, de Aristóteles, permite 
compreender que a cidadania: 
A. possui uma dimensão histórica que deve ser criticada, pois 
é condenável que os políticos de qualquer época fiquem 
entregues à ociosidade, enquanto o resto dos cidadãos tem de 
trabalhar. 
B. era entendida como uma dignidade própria dos grupos sociais 
superiores, fruto de uma concepção política profundamente 
hierarquizada da sociedade. 
C. estava vinculada, na Grécia Antiga, a uma percepção política 
democrática, que levava todos os habitantes da pólis a 
participarem da vida cívica. 
D. tinha profundas conexões com a justiça, razão pela qual o 
tempo livre dos cidadãos deveria ser dedicado às atividades 
vinculadas aos tribunais. 
E. vivida pelos atenienses era, de fato, restrita àqueles que se 
dedicavam à política e que tinham tempo para resolver os 
problemas da cidade. 
 
QUESTÃO 05 
(ENEM PPL) 
Mirem-se no exemplo 
Daquelas mulheres de Atenas 
Vivem pros seus maridos 
Orgulho e raça de Atenas. 
BUARQUE, C.; BOAL, A. “Mulheres de Atenas”. In: Meus caros amigos,1976. http://letras.
terra.com.br. Acesso em 4 dez. 2011 (fragmento)
Os versos da composição remetem à condição das mulheres na 
Grécia antiga, caracterizada, naquela época, em razão de: 
A. sua função pedagógica, exercida junto às crianças atenienses. 
B. sua importância na consolidação da democracia, pelo 
casamento. 
C. seu rebaixamento de status social frente aos homens. 
D. seu afastamento das funções domésticas em períodos de 
guerra. 
E. sua igualdade política em relação aos homens. 
GABARITO
VESTIBULARES ENEM
1 C 11 B 1 E
2 C 12 D 2 C
3 B 13 D 3 C
4 B 14 D 4 B
5 B 15 C 5 C
6 C 16 • 6 •
7 C 17 • 7 •
8 A 18 • 8 •
9 A 19 • 9 •
10 B 20 • 10 •

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