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História - Roma

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INTRODUÇÃO
ORIGENS
Lendária: As explicações sobre a origem de Roma 
envolvem fatos reais e lendários. Segundo o poeta Virgílio, 
na sua obra Eneida, os fundadores da cidade foram os 
irmãos Rômulo e Remo, descendentes de troianos que 
sobreviveram à guerra contra os gregos. Rômulo e Remo 
seriam fi lhos da princesa albana (da Alba Longa) Rea 
Sílvia com o deus Marte. Depois que fundaram Roma 
teria ocorrido uma disputa pelo poder e Rômulo matou o 
irmão, tornando-se o primeiro rei da cidade. Anos depois, 
Rômulo desapareceu durante uma tempestade.
História: Pesquisas comprovam que a fundação de 
Roma ocorre no contexto do povoamento da Itália, por 
volta de 1000 a. C., quando pastores e agricultores latinos 
ocuparam a região do Lácio (região central da Itália) e 
construíram fortifi cações para defender suas terras da 
ameaça dos Etruscos, povos guerreiros que habitam 
o Norte. Nessa mesma época, o Sul da Itália já estava 
ocupado por gregos que migraram em busca de terras 
férteis. Ao Norte, além dos etruscos, haviam também os 
gauleses. O vilarejo de Roma já nasceu fortifi cado, o que 
explica a vocação militar dos romanos.
HISTÓRIA POLÍTICA DE ROMA
MONARQUIA (VIII A VI a.C.)
A Monarquia foi a primeira organização política dos romanos. 
O poder do rei era limitado por um Conselho de Anciãos, 
composto pelos descendentes dos primeiros habitantes. Os 
quatro primeiros reis romanos foram latinos (Rômulo, Numa 
Pompilho, Túlio Hostilho e Anco Márcio). Porém, a Vila Romana 
foi invadida e ocupada pelos guerreiros etruscos, o que explica 
uma sequência de três reis dessa origem (Tarquínio Prisco, Sérvio 
Túlio e Tarquínio).
3.2 ANTIGUIDADE CLÁSSICA: B. ROMA
FRENTE A | CAPÍTULO 04
HISTÓRIA
Sobre o povo etrusco, alguns historiadores que acreditam 
que eles tiveram uma grande civilização, antes mesmo de Roma 
existir. No entanto, pouco se sabe sobre essa civilização porque 
os romanos destruíram tudo quando conquistaram a Etrúria na 
fase republicana.
Ao longo do tempo percebe-se uma fusão dos povos que 
habitavam a Itália. Sabinos, úmbrios, etruscos e romanos se 
misturavam. Tal fato serve para explicar as diversas camadas 
sociais que formavam a sociedade romana nos seus primeiros 
tempos.
Patrícios: Possuíam as melhores terras, formavam a camada 
mais rica.
Clientes: Parentes ou agregados de patrícios ricos.
Plebeus: Pequenos proprietários rurais, artesãos e 
comerciantes.
Escravos: Em pequeno número, eram comprados nos 
mercados, prisioneiros de guerra ou por dívida.
Em 509 a.C. ocorreu uma revolta de patrícios e plebeus contra 
o tirânico Rei Tarquínio, o Soberbo. Após sua deposição, uma 
República foi instalada. Essa revolta foi conduzida pelo Conselho 
de Anciãos, que havia perdido seu poder durante o domínio 
etrusco sobre Roma.
REPÚBLICA
ORGANIZAÇÃO POLÍTICA
SENADO: Inicialmente era composto só por patrícios. Eram 
100 membros, encarregados de supervisionar as fi nanças, de 
conduzir a política externa, administrar as províncias e criar leis.
MAGISTRATURAS: Os magistrados exerciam o poder 
executivo. Na maioria das vezes também eram patrícios, mas os 
plebeus acabaram também ocupando alguns cargos. As principais 
magistraturas eram:
• Cônsules: Eram os principais magistrados. Presidiam o 
Senado e o exército em época de paz.
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HISTÓRIA - FRENTE A - CAPÍTULO 04 3.2 ANTIGUIDADE CLÁSSICA:B. ROMA
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• Censor: Responsável pela contagem da população, a cada 
5 anos, elabora a lista dos nomes que podiam disputar o 
Senado.
• Pretor: Respondia pela pasta da justiça. 
• Questor: Era o responsável pela arrecadação de impostos.
• Edil: Cuidava da manutenção da cidade, como limpeza e 
policiamento.
• Ditador: Só era eleito (pelo Senado) em caso de guerra ou 
calamidade.
ASSEMBLEIAS ou COMÍCIOS: Eram de três tipos: Centurial, 
Tribal e Curiata. A primeira era a mais importante porque elegia 
os Senadores, enquanto a Tribal elegia os governadores das 
províncias e a Curiata elegia os sacerdotes.
AS LUTAS DE CLASSES (PATRÍCIOS x PLEBEUS)
Como a República dava privilégios aos patrícios, a classe 
plebeia passou a contestar e exigir direitos iguais. Além disso, 
as guerras de conquistas de terras e escravos enriqueciam os 
patrícios. A gradativa substituição dos plebeus por escravos 
prisioneiros de guerra agravou a pobreza dos primeiros. Tal 
situação levou os plebeus aos conflitos com a camada patrícia.
No ano de 494 a.C., os plebeus se recusaram a participar do 
exército romano e saíra da cidade, levando os patrícios a fazerem 
uma série de concessões aos plebeus. 
• Lei das 12 Tábuas: foi o primeiro código de leis escritas 
de Roma, estabelecendo direitos iguais entre patrícios e 
plebeus. 
• Leis Complementares: Canuleia, Licínia, Olgúnia e Hortência.
EXPANSÃO ROMANA
Depois de organizada politicamente, a cidade de Roma se 
torna uma potência militar. Essa cultura militar teve início quando 
os romanos foram obrigados a defender suas férteis terras das 
invasões constantes, como foi o caso dos etruscos. Aos poucos, 
os romanos perceberam que poderiam avançar sobre outros 
povos (genericamente denominados de bárbaros) e tomar-
lhes as terras, submetendo-os à escravidão e ao pagamento de 
impostos.
As conquistas militares são divididas em duas etapas: 
a conquista da Península Itálica e a Conquista da Bacia do 
Mediterrâneo.
Na primeira etapa, o povo etrusco que habitava o Norte 
foi o que ofereceu maior resistência. Já na conquista da Bacia 
do Mediterrâneo, os Cartagineses (descendentes dos antigos 
fenícios), que até então dominavam o comércio marítimo, 
resistiram por mais de cem anos. Foram as Guerras Púnicas.
As Guerras Púnicas foram uma série de três conflitos militares 
entre Roma e Cartago (localizada na região da atual Tunísia), 
que ocorreram entre os anos de 264 a.C. a 146 a.C. Os romanos 
venceram os cartagineses e ocuparam o Norte da África, Ásia 
Menor e a Europa. 
CONSEQUÊNCIAS DA EXPANSÃO
• Entrada maciça de capitais provenientes das regiões 
conquistadas (saques e impostos).
• Os patrícios ficaram mais ricos e os plebeus mais pobres.
• Aumento considerável do número de escravos.
• A concentração fundiária.
• Surgimento da classe dos cavaleiros.
• Os romanos absorviam parte da cultura dos povos 
conquistados.
CRISE DA REPÚBLICA
• Revoltas sociais – escravos e plebeus. 
• Propostas de Reformas dos irmãos Graco: Tibério (133 a.C.) 
– Reforma Agrária. Caio (123 a.C.) – Reforma Agrária e Lei 
Frumentária.
• Guerra Civil – Mário X Silas: esses generais disputaram o 
poder máximo de Ditador, envolvendo plebeus e patrícios.
• A Conjuração de Catilina: Esse senador planejou um golpe de 
Estado para fechar o senado e acabar com a República. Foi 
denunciado por Cícero (“Catilinárias”) e acabou executado.
PRIMEIRO TRIUNVIRATO
César, Pompey e Crassus
Depois da morte de Mário, o General Silas reabriu o Senado, 
que prontamente escolheu três cidadãos para compor uma junta 
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HISTÓRIA - FRENTE A - CAPÍTULO 04 3.2 ANTIGUIDADE CLÁSSICA: B. ROMA
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governativa denominada de Primeiro Triunvirato. Essa junta era 
composta por Júlio César, Pompeu e Crasso.
Cada triúnviro governaria uma região do vasto território 
romano. César cuidaria do Ocidente, Pompeu administraria a 
região central e Crasso, o Oriente. 
Quando Crasso morreu combatendo uma revolta no Oriente, 
Pompeu sugeriu que o Senado lhe desse mais poder, o que levou 
Júlio César a ameaçá-lo. Pompeu acabou fugindo para o Egito e o 
Senado aclamou César como ditador vitalício de Roma.
A DITADURA DE CÉSAR
Entre outras ações, Júlio César organizou a realização de várias 
obras públicas e reorganizou o quadro financeiro do Estado. Além 
disso, estendeu o direito de cidadania para outras regiões dos 
vastos territórios romanos e admitiu que os gauleses ocupassem 
vagas do Senado.Outra importante transformação esteve ligada 
à modificação do calendário romano, onde adicionou o mês de 
julho em sua homenagem e estipulou o emprego do ano bissexto 
a cada quatro anos.
Em pouco tempo, a insatisfação dos senadores foi responsável 
pela organização de um complô que deu fim ao governo de Júlio 
César. No ano de 44 a.C., sob o comando de Brutus e Cássio, um 
grupo de senadores assassinou o ditador.
Octavio Augusto, Marco Antonio, Lépido
Os responsáveis pelo assassinato de Júlio César não 
conseguiram chegar ao poder. O general Marco Antônio, fiel ao 
antigo ditador, perseguiu cada um daqueles que participaram 
do golpe político. O Senado foi forçado a nomear um novo 
triunvirato, composto por Marco Antônio, Lépido e Otávio.
Os membros desse Segundo Triunvirato tomaram rumos 
diferentes. Lépido foi afastado do poder sob o pretexto de ter ido 
ao Norte da África e ter desaparecido. Marco Antônio foi acusado 
de traição quando se recusou a cobrar os impostos atrasados da 
rainha Cleópatra. Otávio foi estimulado pelo Senado a prender 
Marco Antônio no Egito.
Além disso, por influência do estadista e filósofo Cícero, os 
membros do Senado decidiram entregar o controle de Roma para 
Caio Otávio, tornando-lhe imperador.
IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. - 476 d.C.)
Senatus populusque romanus
ALTO IMPÉRIO 
• Governo De Otávio Augusto (27 a.C. A 14 d.C.)
Permitiu que as instituições republicanas continuassem 
existindo na aparência. 
Dividiu o império em províncias (senatoriais e imperiais).
Criou a Guarda Pretoriana e a Esquadra Imperial levando a 
novas conquistas. 
Estabeleceu a PAX ROMANA.
Ampliou a política do Pão e Circo.
Promoveu a economia e a cultura (Século de Ouro).
Grandes obras (pontes, teatros, termas etc.).
Nasce Jesus Cristo na Palestina.
• Os Sucessores De Augusto:
Dinastia Julio-Claudiana (14 a 68 d.C.)
Dinastia dos Flávio (69 a 96)
Dinastia dos Antoninos (96 a 192)
Dinastia dos Severos (193 a 235)
BAIXO IMPÉRIO (235-476) 
Caracterizado pelo esgotamento econômico e interrupção 
das conquistas.
• Diocleciano (284-305)
Dividiu o Império entre 4 imperadores (tetrarquia) para 
melhorar a administração. Tal medida provocou novas disputas 
pelo poder. No setor econômico, tentou tabelar os preços dos 
alimentos para conter a crise inflacionária através do Edito 
Máximo. Diocleciano foi o último imperador que perseguiu 
cristãos.
• Constantino (306-337)
A religião mais popular entre seus soldados era o cristianismo, 
até então perseguida pelas autoridades imperiais. Por isso, no 
ano de 313, com o Edito de Milão, deu liberdade de culto aos 
cristãos. Seu governo também foi marcado pela transferência 
da capital do Império para a cidade de Bizâncio, que passou a se 
chamar Constantinopla.
• Teodósio (378-395)
Em 380, o Cristianismo transformou-se em religião oficial de 
Roma com o Edito de Tessalônica.
Em 395, o enfraquecido Império foi dividido definitivamente 
em Império Romano do Oriente (Constantinopla - Arcádio) e 
Império Romano do Ocidente (Roma - Honório). 
CAUSAS DA DECADÊNCIA DO IMPÉRIO 
• Falta de escravos e surgimento do colonato.
• Declínio da produção e elevação do custo de vida nas cidades.
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HISTÓRIA - FRENTE A - CAPÍTULO 04 3.2 ANTIGUIDADE CLÁSSICA:B. ROMA
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• Crise econômica e elevados gastos públicos para sustentar a 
imensa estrutura administrativa e militar. 
• Ruralização da economia, êxodo urbano. 
• Crescimento do Cristianismo.
• Invasões Bárbaras.
A Queda do Império Romano do Ocidente (Ano de 476) - 
Os Bárbaros penetraram no território romano, derrubaram o 
último Imperador Rômulo Augusto e colocaram Odoacro, rei dos 
Hérulos no poder. Esse fato representou o fi m da Idade Antiga e o 
início da Idade Média. Enquanto isso, o lado Oriental do Império 
Romano resistiu às invasões bárbaras até 1453. 
CULTURA ROMANA
O Direito foi a contribuição mais importante dos romanos 
para a civilização. Dividido em Direito público e Direito privado.
Outras contribuições romanas: o latim, a arquitetura (arcos), 
o circo, o teatro (sátiras e tragédias), as esculturas (bustos dos 
imperadores e deuses), a política (política do pão e circo). A 
religião era politeísta e centralizada na família. A religião ofi cial 
desenvolveu-se ao lado do culto da família. O sumo sacerdote, no 
início, era o rei. Mais tarde foi substituído pelo pontífi ce máximo. 
Júpiter era o principal deus da religião ofi cial. Outros deuses: 
Minerva; Netuno; Vênus; Baco (copiados dos gregos). Com o 
tempo o Cristianismo (surgido no Alto Império) foi crescendo e a 
religião politeísta perdeu espaço.
AULAS 06
3. GERAL - IDADE ANTIGA
3.2. Antiguidade Clássica
B. ROMA
APOSTILAS
1 resumo + 17 questões
EXERCÍCIOS ONLINE
30 questões
CAIU NO ENEM
06 questões
REVISÃO NA PLATAFORMA
SEÇÃO VESTIBULARES
QUESTÃO 01 
O mapa do Império Romano na época de Augusto (27 a.C. – 14 d.C.) 
demonstra: 
A. a difi culdade das tropas romanas de avançar sobre territórios 
da África e a concentração dos domínios imperiais no 
continente europeu. 
B. a resistência do Egito e de Cartago, que conseguiram impedir 
o avanço romano sobre seus territórios. 
C. a conformação do maior império da Antiguidade e a imposição 
do poder romano sobre os chineses e indianos. 
D. a iminência de confl itos religiosos, resultantes da tensão 
provocada pela conquista de Jerusalém pelos cristãos. 
E. a importância do Mar Mediterrâneo para a expansão imperial 
e para a circulação entre as áreas de hegemonia romana. 
 
QUESTÃO 02 
Leia abaixo o trecho escrito por Tácito acerca do Império Romano.
Aos que pereciam, acrescentaram-se zombarias. Alguns, cobertos 
por peles de animais, foram estraçalhados por cães e pereceram; 
ou eram pregados a cruzes, e por vezes queimados, para servir 
de iluminação noturna quando a luz do dia havia expirado. Nero 
ofereceu seus jardins para o espetáculo e ofereceu jogos de circo, 
misturando-se entre o povo em trajes de condutor de carro, ou 
conduzindo o carro. Por isso, embora a condenação fosse contra 
culpados e merecedores dos piores castigos, entre o povo surgiu 
pena para com eles, como se não estivessem morrendo por 
utilidade pública, mas devido à crueldade de um só indivíduo.
BONI, Luis Alberto de. O estatuto jurídico das perseguições dos cristãos no Império 
Romano. In: Trans/Form/Ação. Vol.37, Marília, 2014.
Esse texto expõe atitudes polêmicas de Nero que teriam sido 
direcionadas contra: 
A. escravos, mortos em lutas de gladiadores e outros espetáculos 
públicos dentro de sua nova política de pão e circo, como 
forma de alienar a população de seus problemas cotidianos. 
B. povos bárbaros, que continuavam a adorar seus deuses 
familiares e não aceitavam o culto ao imperador e aos deuses 
do panteão romano. 
C. estrangeiros, vistos como uma ameaça pelos romanos graças 
às constantes invasões e saques que proporcionavam contra 
o império. 
D. rebeldes, cidadãos romanos que foram condenados por 
delitos contra os órgãos estatais e punidos exclusivamente 
com a violência pública como forma de expirar seus crimes. 
E. cristãos, perseguidos por não aceitarem a divindade 
do imperador e por recusarem o uso da escravidão, tão 
importante dentro do sistema econômico romano. 
QUESTÃO 03 
O historiador romano Tácito escreveu sobre o tratamento dado 
aos cristãos em Roma: 
“[...] uma grande multidão foi condenada não apenas pelo crime de 
incêndio mas por ódio contra a raça humana. E, em suas mortes, 
eles foram feitos objetos de esporte, pois foram amarrados nos 
esconderijos de bestas selvagens e feitos em pedaços por cães, 
ou cravados em cruzes, ou incendiados, e, ao fi m do dia, eram 
queimados para servirem de luz noturna.” 
TÁCITO, Cornelius. Anais. Rio de Janeiro: W. M. Jackson, 1964.
Sobre o tratamento dado aos cristãos pelo Estado Romano, é 
CORRETO afi rmar:
281
EXERCÍCIOSHISTÓRIA - FRENTE A - CAPÍTULO 04 
A. A perseguição violenta desencadeadacontra os seguidores 
do cristianismo foi praticada até a queda do Império Romano.
B. A violência contra os cristãos foi decorrente da fraqueza 
doutrinária da sua religião, o que facilitava a aplicação da 
justiça por parte do Estado Romano.
C. As perseguições aos cristãos foram circunstanciais, motivadas 
pelo fanatismo de alguns governantes, pois o Estado Romano 
tolerava a presença de todas as religiões. 
D. Apenas os principais líderes cristãos foram perseguidos, pois 
o Estado Romano se caracterizava pela tolerância religiosa.
E. As razões da violenta perseguição ao cristianismo no Império 
Romano têm relação com o fato de que os cristãos não 
aceitavam que o Imperador fosse adorado como um deus.
 
QUESTÃO 04 
Durante o século II, o Império Romano atingiu sua máxima 
extensão territorial, dominando quase toda a atual Europa, o 
norte da África e partes do Oriente Médio. No final do século IV, 
porém, essa unidade começaria a ser desfeita com a divisão do 
império em duas porções: a ocidental, com a capital em Roma, 
e a oriental, com a capital em Bizâncio. Nos séculos IV e V, a 
fragmentação territorial se aprofundou ainda mais e o Império 
Romano do Ocidente acabou desaparecendo para dar lugar a 
diversos reinos germânicos.
Quanto à desagregação e queda do Império Romano do Ocidente, 
assinale a alternativa correta.
A. O êxodo rural causado pelos ataques dos povos germânicos 
resultou num crescimento desordenado das cidades, criando 
instabilidade e desordem política nos centros urbanos e 
forçando a abdicação do último imperador romano. 
B. O paganismo introduzido no Império Romano pelas tribos 
germânicas enfraqueceu o cristianismo e causou a divisão 
entre cristãos católicos e ortodoxos, encerrando o apoio 
da Igreja ao imperador e consequentemente fazendo ruir o 
império. 
C. A língua oficial do Império Romano, o latim, ao se fundir com 
os idiomas falados pelos invasores, deu origem às línguas 
germânicas, dificultando a administração dos territórios que 
se tornaram cada vez mais autônomos até se separarem de 
Roma. 
D. A disputa entre os patrícios romanos e a plebe pelas terras 
férteis facilitou a invasão do império pelos “povos bárbaros”, 
pois o exército romano foi obrigado a deixar as fronteiras 
desguarnecidas para defender os proprietários das terras das 
constantes rebeliões. 
E. Com o fim das conquistas territoriais, o escravismo e a 
produção entraram em declínio, somado às “invasões 
bárbaras” e à ascensão do cristianismo, que aceleraram a 
fragmentação e queda de Roma. 
 
QUESTÃO 05 
Foi a República Romana que primeiro uniu a grande propriedade 
agrícola com a escravidão em grupos no interior em maior 
escala. O advento da escravidão como um modo de produção 
organizado inaugurou – como na Grécia – a fase clássica que 
distinguia a civilização romana, o apogeu de seu poder e de sua 
cultura. Mas enquanto na Grécia isso havia coincidido com a 
estabilização da pequena agricultura e de um compacto corpo 
de cidadãos, em Roma foi sistematizado por uma aristocracia 
urbana a qual já gozava de um domínio social e econômico sobre 
a cidade. O resultado foi a nova instituição rural do latifundium 
escravo extensivo. A mão de obra para as enormes explorações 
que emergiam do século III a.C. em diante era abastecida pela 
espetacular série de campanhas que deu a Roma o poder sobre 
o mundo mediterrâneo. 
ANDERSON, Perry. Passagens da antiguidade ao feudalismo. São Paulo: Brasiliense.
Tendo como alvo a República Romana, assinale a alternativa 
correta. 
A. A desestruturação agrária em Roma, que estabeleceu sistemas 
de latifúndios, beneficiou os grupos empobrecidos, uma vez 
que estes podiam abandonar o campo e se estabelecer em 
cidades. 
B. As guerras constantes ajudaram as classes dominantes 
da Roma republicana a desviar a atenção dos problemas 
fundiários derivados do latifundium nos séculos seguintes. 
C. Foi por meio da intervenção dos irmãos Graco que o problema 
da reforma agrária foi resolvido no século II, pois os poderes 
políticos foram transplantados ao senado e, assim, Roma viu 
mais um século de paz. 
D. Os tribunos da plebe tiveram um papel importante no processo 
da reforma agrária romana, possibilitando a transformação 
do modo de vida de maneira a permitir que todo pequeno 
agricultor transformasse sua propriedade em um Domus. 
E. O domínio social e econômico das cidades provinha de 
delicada relação entre a manutenção de sistemas agrários 
em que a mão de obra escrava era aproveitada de forma 
esporádica e a utilização ocasional de grandes extensões de 
terra. 
QUESTÃO 06 
Imagine um só lugar onde você possa fazer compras, alugar 
livros, fazer ginástica e trilhas, ver obras de arte, comer, tomar 
um banho quente. Assim eram as termas da Roma Antiga, casas 
de banho criadas no século II a.C. As construções eram enormes 
e chegavam a abrigar milhares de banhistas. O ato de banhar-se 
era visto mais como uma atividade social do que como de higiene 
para os romanos. Era nas termas que eles fechavam negócios, 
falavam de política e fofocavam. Os banhos tinham horários 
separados para homens e mulheres e os escravos também 
podiam frequentar.
https://tinyurl.com/cynbuy. Acesso em: 08.02.2017. Adaptado.
De acordo com o texto, é correto afirmar que as construções 
citadas: 
A. eram grandes edificações onde ocorriam diversas atividades 
sociais, além dos banhos quentes. 
B. surgiram da necessidade de combater doenças relacionadas à 
falta de higiene no período medieval. 
C. atendiam, ao mesmo tempo, a homens e mulheres, nunca 
ultrapassando a ocupação de mil pessoas. 
D. sediaram a assinatura de acordos políticos que tiveram como 
consequência a unificação italiana. 
E. funcionavam em pequenos edifícios e eram destinadas ao 
lazer dos nobres e de seus escravos. 
 
QUESTÃO 07 
A expansão de Roma durante a República, nos séculos III e II a.C, 
com o consequente domínio da bacia do Mediterrâneo, provocou 
importantes transformações políticas, sociais e econômicas, 
dentre as quais: 
A. Acentuado processo de industrialização, êxodo urbano, 
endividamento do Estado. 
B. Fortalecimento da classe dos plebeus, expansão da pequena 
propriedade agrícola, propagação do cristianismo. 
282
EXERCÍCIOSHISTÓRIA - FRENTE A - CAPÍTULO 04 
C. Influência intensa da cultura grega, domínio político dos 
plebeus, grande moralização dos costumes. 
D. Fortalecimento do Estado romano, surgimento de uma 
poderosa classe de comerciantes, aumento do número de 
escravos. 
E. Aumento do trabalho livre, maior concentração populacional 
nos campos e enriquecimento da elite patrícia. 
 
QUESTÃO 08 
Podendo-se encontrar na crise do mundo romano do século 
III o início da profunda perturbação de que sairá o Ocidente 
medieval, é legítimo considerar as invasões bárbaras do século V 
como o acontecimento que precipita as transformações, que lhes 
dá um aspecto catastrófico e que lhes modifica profundamente 
a aparência.
LE GOFF, J. A civilização do Ocidente Medieval. Trad. Lisboa: Estampa, 1983, v. 1, p. 29.
A crise do mundo romano e a transição para a Idade Média:
A. foram decorrentes do fortalecimento do cristianismo que, 
a partir do século III, tornou-se a religião oficial do Império 
Romano. 
B. tiveram entre suas características a diminuição do ingresso de 
mão de obra escrava e o processo de ruralização social. 
C. foram marcadas pelas catástrofes naturais e pelas epidemias 
de peste e lepra que estimularam o deslocamento para as 
cidades. 
D. levaram ao fortalecimento das instituições públicas 
romanas e ao desenvolvimento das atividades mercantis no 
Mediterrâneo. 
E. foram particularmente catastróficas na parte Oriental do 
mundo Romano, pela proximidade geográfica com os povos 
germânicos. 
 
QUESTÃO 09 
Durante o século IV, a velocidade da expansão do cristianismo 
aumentou muito, especialmente nas cidades [romanas]. As 
antigas crenças continuaram existindo, mas o númerode fiéis 
diminuiu muito. Os cristãos passaram a chamar os adeptos das 
outras religiões de pagãos e, em algumas ocasiões, se dedicaram 
a destruir seus templos e as estátuas dos deuses antigos.
Isso não significa que as religiões tenham vivido em conflito. 
O cristianismo tomou diversas ideias e características do 
paganismo para si. Os livros escritos no início do Império e 
na época da República eram considerados obras-primas da 
literatura, e mesmo os que falavam de outros deuses eram lidos e 
apreciados pelos cristãos.
Carlos Augusto Ribeiro Machado. Roma e seu império, 2004. Adaptado.
Segundo o texto, a ascensão do cristianismo na Roma Antiga: 
A. não impediu o avanço de outras formas de religiosidade, e 
o paganismo, apesar de reprimido, continuou a crescer e 
manteve-se hegemônico. 
B. deu-se a partir das conquistas romanas na Palestina e revelou 
a correção e a supremacia religiosa da fé cristã frente às 
antigas religiões. 
C. não impediu a manifestação de outras formas de religiosidade 
e, apesar de terem ocorrido tensões, algumas antigas práticas 
religiosas persistiram. 
D. deu-se a partir das cruzadas, que levaram a fé cristã aos 
pagãos, judeus e muçulmanos que controlavam as terras do 
Oriente Próximo. 
E. deu-se a partir do extermínio dos grupos que professavam 
crenças antigas e da eliminação dos materiais que contivessem 
referências ao paganismo. 
QUESTÃO 10 
No período imperial, a cidade de Roma atingiu algo em torno 
de um milhão de habitantes, mas boa parte dessa população 
vivia em condições precárias, já que o sistema escravista a 
impedia de arrumar trabalho. Para diminuir as tensões sociais 
os imperadores adotavam a Política de Pão e Circo, que pode ser 
definida como: 
A. distribuição de cereais e grandes espetáculos públicos em que 
gladiadores lutavam entre si ou com animais ferozes. 
B. distribuição de alimentos como pães, frutas e hortaliças, além 
da realização de jogos variados. 
C. distribuição de alimentos em geral e representações teatrais, 
mas somente de comédias, com o objetivo de alegrar a 
assistência. 
D. distribuição de pães e outros alimentos, além da realização de 
corridas de biga pelas ruas centrais da cidade. 
E. distribuição de alimentos variados e grandes espetáculos de 
circo, com a presença de mágicos, palhaços e malabaristas. 
 
QUESTÃO 11 
Até quando, Catilina, abusarás da nossa paciência? Quanto 
zombará de nós ainda esse teu atrevimento? Onde vai dar tua 
desenfreada insolência? É possível que nenhum abalo te façam 
nem as sentinelas noturnas do Palatino, nem as vigias da cidade, 
nem o temor do povo, nem a uniformidade de todos os bens, nem 
este seguríssimo lugar do Senado, nem a presença e semblante 
dos que aqui estão? Não pressentes manifestos teus conselhos? 
Não vês a todos inteirados da tua já reprimida conjuração? Julgas 
que algum de nós ignora o que se obraste na noite próxima e na 
antecedente, onde estiveste, a quem convocaste, que resolução 
tomaste? 
Cícero. Orações. Volume II. 1964. W.M. Jackson inc. Editores. Rio de Janeiro. p. 215 
Tendo como referência o discurso acima, bem como os registros 
históricos sobre a chamada Conspiração de Catilina ocorrida em 
Roma no século I a.C., assinale a alternativa correta. 
A. A guarda do Palatino, mencionada no discurso, tinha como 
tarefa cuidar da segurança pessoal do Imperador. 
B. Ao nomear a guarda do Palatino, o voto e o Senado, Marco 
Túlio Cícero destaca o caráter conspiratório da ação de Lúcio 
Sérgio Catilina contra as instituições republicanas de Roma, 
seus valores ancestrais, bem como a ordem estabelecida. 
C. A conspiração de Lúcio Sérgio Catilina foi efetuada contra a 
concentração de poder nas mãos de Marco Túlio Cícero, um 
senador liberal, que tinha como projeto promover amplas 
reformas sociais e políticas em Roma, instituindo a política do 
“pão e circo” para amenizar os conflitos sociais em Roma. 
D. A conspiração de Lúcio Sérgio Catilina foi uma tentativa de 
derrubar o poder oligárquico vigente na República Romana, 
no final do século I a.C., em especial as ações de corrupção e os 
desmandos praticados pelos senadores que angariavam apoio 
do povo com ações populistas, como a instituição da Reforma 
Agrária para as populações pobres de Roma. 
E. O discurso de Marco Túlio Cícero contra Lúcio Sérgio Catilina 
teve como consequências imediatas a queda da República 
Romana e a instauração do Regime Monárquico em Roma, 
tendo Júlio César como primeiro imperador. 
 
283
EXERCÍCIOSHISTÓRIA - FRENTE A - CAPÍTULO 04 
QUESTÃO 12 
“Consideremos o significado da palavra república. Ela vem do 
latim res publica, que quer dizer ‘coisa de todos’. Denomina, 
portanto, uma forma de governo em que o Estado e o poder 
pertencem ao povo. 
No entanto, o que se observou na fase inicial da república romana 
foi a instalação de uma organização política dominada apenas 
pelos patrícios. Não houve a distribuição do poder entre todos, 
pois a maioria da população, os plebeus, não tinha, inicialmente, 
o direito de participar das decisões políticas. Isso gerou grandes 
conflitos.” 
COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e geral. Vol.1, 2ª ed. São Paulo: Saraiva, 2013. 
Por conta da situação acima mencionada, os plebeus iniciaram 
uma longa luta em busca dos seus direitos, sobre a qual é 
incorreto afirmar-se que: 
A. a “Lei das XII Tábuas”, ainda que favorecesse os patrícios, 
serviu para dar clareza às normas e aos costumes. 
B. a “Lei Canuleia” autorizava o casamento entre patrícios e 
plebeus. 
C. o “Comício da Plebe” deu aos patrícios o direito de decidirem 
pelos plebeus assuntos relativos aos interesses de ambos. 
D. a “Eleição de Magistrados” deu aos plebeus a condição de 
ascenderem, aos poucos, aos principais cargos públicos. 
E. a proibição da escravização por dívidas fez com que nenhum 
romano fosse mais escravizado por conta de dívidas existentes. 
 
QUESTÃO 13 
“Não descreverei catástrofes pessoais de alguns dias infelizes, 
mas a destruição de toda a humanidade, pois é com horror que 
meu espírito segue o quadro das ruínas da nossa época. Há vinte 
e poucos anos que, entre Constantinopla e os Alpes Julianos, o 
sangue romano vem sendo diariamente vertido. A Cítia, Trácia, 
Macedônia, Tessália, Dardânia, Dácia, Épiro, Dalmácia, Panônia 
são devastadas pelos godos, sármatas, quedos, alanos (...); 
deportam e pilham tudo.
Quantas senhoras, quantas virgens consagradas a Deus, quantos 
homens livres e nobres ficaram na mão dessas bestas! Os bispos 
são capturados, os padres assassinados, todo tipo de religioso 
perseguido; as igrejas são demolidas, os cavalos pastam junto aos 
antigos altares de Cristo (…).”
São Jerônimo, Cartas apud Pedro Paulo Abreu Funari,Roma: vida pública e vida privada.
O excerto, de 396, remete a um contexto da história romana 
marcado pela: 
A. combinação da cultura romana com o cristianismo, além da 
desorganização do Estado Romano, em meio às invasões 
germânicas e de outros povos. 
B. reorientação radical da economia, porque houve o abandono 
da relação com os mercados mediterrâneos e o início de 
contato com o norte da Europa. 
C. expulsão dos povos invasores de origem não germânica, 
seguida da reintrodução dos organismos representativos da 
República Romana. 
D. crescente restrição à atuação da Igreja nas regiões fronteiriças 
do Império, porque o governo romano acusava os cristãos de 
aliança com os invasores. 
E. retomada do paganismo e o consequente retorno da 
perseguição aos cristãos, responsabilizados pela grave crise 
política do Império Romano. 
 
QUESTÃO 14 
“Ao lidarmos com escravos, não deveríamos permitir que 
fossem insolentes para conosco, nem deixá-los totalmente sem 
controle. Aqueles cuja posição está mais próxima da dos homens 
livres deveriam ser tratados com respeito; aqueles que são 
trabalhadores deveriam receber mais comida. Já que o consumo 
de vinho também torna homens livres insolentes [...], é claro queo 
vinho jamais deveria ser dado a escravos, ou só muito raramente.”
ARISTOTELES, in: CARDOSO, Ciro Flamarion. O trabalho compulsório na antiguidade. 
Rio de Janeiro: Graal, 1984, p. 108
Sobre a escravidão na Antiguidade, é correto afirmar: 
A. Esteve presente com igual importância econômica em todas 
as sociedades mediterrâneas. 
B. Foi restrita às cidades-estados da Grécia e à Roma republicana 
e imperial. 
C. Foi tão importante nas sociedades do Egito e da Mesopotâmia 
quanto nas da Grécia e de Roma. 
D. Foi marcante nas sociedades grega e romana só a partir de um 
determinado estágio do desenvolvimento de ambas, quando 
surgiu a propriedade privada. 
E. Era desconhecida nas chamadas sociedades hidráulicas do 
Egito e da Mesopotâmia e entre os hebreus e fenícios. 
 
QUESTÃO 15 
A colisão catastrófica dos dois anteriores modos de produção em 
dissolução, o primitivo e o antigo, veio a resultar na ordem feudal, 
que se difundiu por toda a Europa.
Anderson, P. Passagens da Antiguidade ao Feudalismo. Trad. Porto: Afrontamento, 1982.
O autor refere-se a três tipos de formações econômico-sociais 
nesse pequeno trecho. A esse respeito é correto afirmar: 
A. A síntese descrita refere-se à articulação entre o escravismo 
romano em crise e as formações sociais dos guerreiros 
germânicos. 
B. O escravismo predominava entre os povos germânicos e 
tornou-se um ponto de intersecção com a sociedade romana. 
C. A economia romana, baseada na pequena propriedade 
familiar, foi transformada a partir das invasões germânicas 
dos séculos IV a VI. 
D. Os povos germânicos desenvolveram a propriedade privada 
e as relações servis que permitiram a síntese social com os 
romanos. 
E. A transição para o escravismo feudal foi proporcionada pelos 
conflitos constantes nas fronteiras romanas devido à ofensiva 
dos magiares. . 
QUESTÕES ENEM
QUESTÃO 01 
Pois quem seria tão inútil ou indolente a ponto de não desejar 
saber como e sob que espécie de constituição os romanos 
conseguiram em menos de cinquenta e três anos submeter 
quase todo o mundo habitado ao seu governo exclusivo – fato 
nunca antes ocorrido? Ou, em outras palavras, quem seria tão 
apaixonadamente devotado a outros espetáculos ou estudos a 
ponto de considerar qualquer outro objetivo mais importante 
que a aquisição desse conhecimento?
POLÍBIO. História. Brasília: Editora UnB, 1985.
284
EXERCÍCIOSHISTÓRIA - FRENTE A - CAPÍTULO 04 
A experiência a que se refere o historiador Políbio, nesse texto 
escrito no século II a.C., é a: 
A. ampliação do contingente de camponeses livres. 
B. consolidação do poder das falanges hoplitas. 
C. concretização do desígnio imperialista. 
D. adoção do monoteísmo cristão. 
E. libertação do domínio etrusco. 
 
QUESTÃO 02 
 
A figura apresentada é de um mosaico, produzido por volta 
do ano 300 d.C., encontrado na cidade de Lod, atual Estado de 
Israel. Nela, encontram-se elementos que representam uma 
característica política dos romanos no período, indicada em: 
A. Cruzadismo — conquista da terra santa. 
B. Patriotismo — exaltação da cultura local. 
C. Helenismo — apropriação da estética grega. 
D. Imperialismo — selvageria dos povos dominados. 
E. Expansionismo — diversidade dos territórios conquistados. 
 
QUESTÃO 03 
A Lei das Doze Tábuas, de meados do século V a.C., fixou por 
escrito um velho direito costumeiro. No relativo às dívidas não 
pagas, o código permitia, em última análise, matar o devedor, ou 
vendê-lo como escravo “do outro lado do Tibre” – isto é, fora do 
território de Roma. 
CARDOSO, C. F. S. O trabalho compulsório na Antiguidade. Rio de Janeiro: Graal, 1984. 
A referida lei foi um marco na luta por direitos na Roma Antiga, 
pois possibilitou que os plebeus: 
A. modificassem a estrutura agrária assentada no latifúndio. 
B. exercessem a prática da escravidão sobre seus devedores. 
C. conquistassem a possibilidade de casamento com os patrícios. 
D. ampliassem a participação política nos cargos políticos 
públicos. 
E. reivindicassem as mudanças sociais com base no 
conhecimento das leis. 
 
QUESTÃO 04 
(ENEM PPL) Os escravos tornam-se propriedade nossa seja 
em virtude da lei civil, seja da lei comum dos povos; em virtude 
da lei civil, se qualquer pessoa de mais de vinte anos permitir a 
venda de si própria com a finalidade de lucrar conservando uma 
parte do preço da compra; e em virtude da lei comum dos povos, 
são nossos escravos aqueles que foram capturados na guerra e 
aqueles que são filhos de nossas escravas.
CARDOSO, C. F. Trabalho compulsório na Antiguidade. São Paulo: Graal, 2003.
A obra Institutas, do jurista Aelius Marcianus (século III d.C.), 
instrui sobre a escravidão na Roma antiga. No direito e na 
sociedade romana desse período, os escravos compunham uma: 
A. mão de obra especializada protegida pela lei. 
B. força de trabalho sem a presença de ex-cidadãos. 
C. categoria de trabalhadores oriundos dos mesmos povos. 
D. condição legal independente da origem ética do indivíduo. 
E. comunidade criada a partir do estabelecimento das leis 
escritas. 
QUESTÃO 05 
(ENEM PPL) No aniversário do primeiro decênio da Marcha 
sobre Roma, em outubro de 1932, Mussolini irá inaugurar sua Via 
dell Impero; a nova Vida Sacra do Fascismo, ornada com estátuas 
de César, Augusto, Trajano, servirá ao culto do antigo e à glória do 
Império Romano e de espaço comemorativo do ufanismo italiano. 
Às sombras do passado recriado ergue-se a nova Roma, que pode 
vangloriar-se e celebrar seus imperadores e homens fortes; seus 
grandes poetas e apólogos como Horácio e Virgílio.
SILVA, G. História antiga e usos do passado: um estudo de apropriações da Antiguidade 
sob o regime de Vichy. São Paulo: Annablume, 2007 (adaptado).
A retomada da Antiguidade clássica pela perspectiva do 
patrimônio cultural foi realizada com o objetivo de: 
A. afirmar o ideário cristão para reconquistar a grandeza perdida. 
B. utilizar os vestígios restaurados para justificar o regime 
político. 
C. difundir os saberes ancestrais para moralizar os costumes 
sociais. 
D. refazer o urbanismo clássico para favorecer a participação 
política. 
E. recompor a organização republicana para fortalecer a 
administração estatal. 
GABARITO
VESTIBULARES ENEM
1 E 11 B 1 C
2 E 12 C 2 E
3 E 13 A 3 E
4 E 14 D 4 D
5 B 15 A 5 B
6 A 16 • 6 •
7 D 17 • 7 •
8 B 18 • 8 •
9 C 19 • 9 •
10 A 20 • 10 •

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