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FUNDII - P1

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CENTRO UNIVERSITÁRIO GERALDO DI BIASE 
FUNDAÇÃO EDUCACIONAL ROSEMAR PIMENTEL 
PRÓ-REITORIA DE ASSUNTOS ACADÊMICOS 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA E ENGENHARIAS 
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL 
 
 
 
 
 
 
 
 
FUNDAÇÕES PROFUNDAS 
 
 
Pedro Toshio Carneiro Kimura 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nova Iguaçu, 2020 
 
Pedro Toshio Carneiro Kimura 
 
 
 
FUNDAÇÕES PROFUNDAS 
 
 
 
 
 
Trabalho apresentado como requisito parcial 
para avaliação de Fundações II pelo curso de 
Engenharia Civil, do Instituto de Ciências 
Exatas e da Terra e Engenharia, do Centro 
Universitário Geraldo Di Biase. 
 
Professor: Marcos Antônio da Silva 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nova Iguaçu, 2020 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO: 
 
Denominamos Fundação o elemento estrutural capaz de suportar as cargas 
provenientes da edificação e consequentemente transferi-las ao solo onde se apoia, 
devendo ser assentada em terreno firme, sendo a profundidade deste determinada 
pelo processo de sondagem. 
As fundações devem possuir as resistências necessárias para suportar as 
tensões causadas pelos esforços solicitantes, assim como o solo que deve possuir 
todas as características geológicas e geotécnicas adequadas as dimensões da 
construção. 
 
 
2. FUNDAÇÕES PROFUNDAS 
 
Segundo ABNT NBR 6122/2019, fundação profunda é elemento de fundação 
que transmite a carga ao terreno ou pela base (resistência de ponta) ou por sua 
superfície lateral (resistência de fuste) ou por uma combinação das duas, sendo sua 
ponta ou base apoiada em uma profundidade superior a oito vezes a sua menor 
dimensão em planta e no mínimo 3,00 metros; quando não for atingido o limite de oito 
vezes, a denominação é justificada. Neste tipo de fundação incluem-se as estacas e 
os tubulões. São normalmente utilizadas em edificações de grande porte. Dentre os 
tipos de fundações profundas, analisaremos neste trabalho os tipos mais comuns e/ou 
citadas na ABNT NBR 6122/2019, tais como: 
 Estacas: elemento de fundação profunda executado inteiramente por 
equipamentos ou ferramentas, sem que, em qualquer fase de sua execução, haja 
trabalho manual em profundidade. Os materiais empregados podem ser: madeira, 
aço, concreto pré-moldado, concreto moldado in loco, argamassa, calda de cimento, 
ou qualquer combinação dos anteriores. Podem ser instaladas através da cravação a 
percussão, prensagem, vibração, por escavação, ou por injeção, ou ainda, de forma 
mista, envolvendo mais de um desses processos. 
 Tubulão: elemento de fundação profunda em que, pelo menos na etapa 
final da escavação do terreno, faz-se necessário o trabalho manual em profundidade 
para executar o alargamento de base ou pelo menos para a limpeza do fundo da 
escavação, uma vez que neste tipo de fundação as cargas são resistidas 
preponderantemente pela ponta. 
 Caixões: elemento de fundação de forma prismática, concretado na 
superfície do terreno, e instalado por escavação interna, podendo-se ainda na sua 
instalação usar, ou não, ar comprimido, e ter, ou não, a sua base alargada. 
 
 
2.1. Estacas 
 
As estacas mais comuns podem ser classificadas por seu método construtivo 
como: 
 Estacas de Deslocamento: As estacas de deslocamento são aquelas 
introduzidas no terreno por meio de algum processo que não provoca a retirada de 
material. São do tipo moldada “in loco” e se caracteriza pelo deslocamento lateral do 
solo que é compactado na parede do furo até atingir a profundidade do projeto. Neste 
caso, a concretagem ocorre juntamente com a retirada do equipamento utilizado para 
o furo e a armadura pode ser inserida após o bombeamento do concreto. Podem ser 
estacas pré-moldadas de concreto, metálicas, de madeira ou do tipo Franki. 
As vantagens das estacas de deslocamento são: alta produtividade, 
monitoração das estacas, baixa remoção de solo, dispensa a necessidade de 
máquinas auxiliares, aumento das tensões laterais, melhorando as condições de atrito 
e redução do volume concreto das estacas. 
 Estacas de Escavadas: As estacas escavadas são aquelas em que 
ocorre a retirada de material em sua perfuração no solo. São do tipo moldada “in loco” 
e podem ser realizadas com ou sem revestimento, com ou sem a utilização de fluido 
estabilizante. Podem ser estacas do tipo Strauss, trado rotativo, hélice contínua e 
estacas raiz. As vantagens das estacas escavadas são: Menor de vibração no terreno, 
análise imediata das camadas atravessadas de solo, atingem grandes profundidades, 
suportam grandes cargas e podem ser executadas mesmo em presença de água com 
o uso de revestimento ou camisa metálica. 
 
 
 
2.1.1. Estacas de Madeira 
 
São troncos retilíneos de madeira de boa resistência, cravados com bate 
estacas pequenos ou martelos leves, são classificadas como estacas de 
deslocamento. Geralmente são utilizadas na execução de obras provisórias, 
principalmente em pontes e obras marítimas, mas se forem utilizadas para 
obras permanentes devem receber tratamentos contra os ataques de fungos, 
bactérias e outros organismos. 
O topo da estaca deve ter diâmetro maior do que 25 cm e devem ser protegidos 
para minimizar danos durante a cravação. 
Podem ser cravadas com um martelo de queda livre desde que a relação do 
peso do pilão e o peso da estaca não seja menor do que 1(um), devendo ser a maior 
possível. 
A ponta da estaca de madeira deve ter diâmetro maior do que 15 cm e deve 
ser protegida com ponteira de aço, caso necessite penetrar ou atravessar camadas 
resistentes de solo. 
Os tipos de madeira mais utilizados são: eucalipto, aroeira, ipê e guarantã. 
 
Vantagens: 
 Baixo custo de execução em relação aos outros tipos de estacas; 
 Baixo peso, o que facilita a movimentação; 
Figura 1: Estacas de Madeira 
Fonte: https://www.aegrupo.com.br/ 
 São empilháveis e/ou emendáveis, o que proporciona o alcance de boas 
profundidades; 
Desvantagens: 
 Geram grande vibração durante sua cravação; 
 Devem ser tomados cuidados, quando a estaca fica exposta a flutuação 
de água, pois podem surgir ação de fungos e bactérias; 
 Menor capacidade de carga em relação às metálicas e de concreto; 
 
 
2.1.2. Estacas Metálicas 
 
De acordo com a ABNT NBR 6122/2019, as estacas metálicas podem ser por 
perfis laminados ou soldados, tubos de chapas dobradas (seção circular, quadrada ou 
retangular), tubo sem costura e trilhos. E devem ser dimensionadas conforme ABNT 
NBR 8800, através da seção transversal da estaca. 
As estacas de aço que estiverem totalmente enterradas, independentemente 
do nível d’água, dispensam tratamento especial, desde que descontadas as devias 
espessuras de sacrifício apresentadas na tabela 1. 
 
 
 
Tabela 1: Espessura de Sacrifício 
Fonte: NBR 6122/2019 
 
 
Vantagens: 
 Podem ser emendadas; 
 Possuem pouca vibração durante sua cravação; 
 São resistentes ao solo e atingem grandes profundidades. 
Desvantagens: 
 Alto peso próprio, o que dificulta a movimentação; 
 Custo Elevado, se comparadas com outros tipos de estacas; 
 Apresentam corrosão/oxidação se não forem tratadas. 
 
Quando a parte superior das estacas metálicas ficarem desenterradas, é 
obrigatória a utilização de camisa de concreto ou outro recurso de proteção do aço, 
ou aumento da espessura de sacrifício de projeto. 
As eventuais emendas devem ser realizadas através de talas soldadas ou 
parafusadas, e obrigatoriamente resistirem aos esforços de cravação e da estrutura. 
Podem ser cravadas com um martelo de queda livre desde que a relação do peso do 
pilão e o peso da estaca não seja menor do que 0,5 e nem o martelo tenha peso 
inferior a 10 KN. 
 
 
Figura 2: Estacas Metálicas 
Fonte: Site Sete Engenharia 
 
 
2.1.3. Estacas Pré-moldadas de Concreto 
 
As estacas pré-moldadas de concreto podem ser de concreto armado ou 
concreto protendido e concretadas em formas horizontais ou verticais. São cravadas 
por percussão,prensagem ou vibração e a escolha de um destes tipos deve ser feita 
de acordo com a dimensão da estaca, características do solo e do projeto e condições 
da vizinhança. 
As estacas pré-moldadas de concreto são fabricadas nas formas: quadradas, 
circulares, circulares centrifugadas, duplo “T”, e etc. Podem ter seção maciça ou 
vazada. Sendo a segunda opção mais leve, pois facilita o transporte, movimentação 
e cravação. Os comprimentos que variam de 4,00 a 12,00 metros. E podem ser 
emendadas para obtenção de profundidades maiores. 
Segundo ABNT NBR 6122/2019, nas estacas de concreto pré-moldadas ou 
pré-fabricadas, o dimensionamento estrutural deve ser feito utilizando-se as ABNT 
NBR 6118, ABNT NBR 9062 e ABNT NBR 16258, limitando o FCK a 40,0 Mpa. 
Nas duas extremidades da estaca, deve ser feito um reforço da armadura 
transversal, para levar em conta as tensões de cravação. 
O processo de cravação mais comum é o de cravação dinâmica, utilizando a 
força da gravidade. 
Figura 3: Estacas Pré-moldadas de Concreto. / Fonte: Site SOTEF 
Engenharia 
 
Vantagens: 
 Capacidade de carga, resistência aos esforços de flexão e cisalhamento; 
 Custo Relativo; 
 Controle por laboratório de concreto; 
Desvantagens: 
 Grande vibração durante a sua cravação; 
 Não ultrapassa camadas de solos resistentes. 
 Alto peso próprio, o que dificulta a movimentação; 
 
 
2.1.4. Estacas Mega 
 
São estacas de concreto ou metálicas, de seção vazada ou maciça, quadrada 
ou circular, com ou sem encaixe e com alguns segmentos compostos por perfis 
metálicos. São introduzidas através de macacos hidráulicos, posicionadas entre o 
terreno e a estrutura da edificação. As estacas mega são geralmente utilizadas como 
reforço de fundações ou substituições de fundações colapsadas, possibilitando a 
recuperação de patologias, sem a necessidade de demolição. 
As estacas são constituídas por segmentos da ordem de 0,5 a 1,0 m, 
dependendo do local; porém o segmento mais usado na prática é o de 0,5 m. Da 
mesma forma, a geometria da seção da estaca pode variar (sendo constante em todo 
o seu comprimento), mas a mais comum é a seção circular de diâmetro entre 0,20 e 
0,25 m. 
Segundo Almeida (2019), as estacas mega de concreto têm sua carga de 
cravação limitada a 450kN para estacas com comprimento inferior a 10 m. Quando 
este comprimento é maior ou encontra solos colapsáveis, a carga de cravação deve 
ser diminuída devido aos efeitos de segunda ordem (flambagem). 
 
 As estacas mega metálica têm seu corpo constituído de tubos metálicos 
com espessura de parede compatível com sua carga estrutural; segmentos de 60 a 
75 cm cada, soldadas, interligados com roscas e luvas ou cones feitos em tornos 
mecânicos de alta precisão. Após a cravação, estas estacas são preenchidas com 
concreto, aumentando substancialmente o coeficiente de segurança estrutural desse 
reforço de fundação e evitando a oxidação interna da mesma. 
 
 
Vantagens: 
 Recuperação de patologias sem demolições; 
 Execução em locais pequenos e de difícil acesso a pessoas e 
equipamentos; 
 Sem vibrações durante a cravação; 
Desvantagens: 
 Custo elevado; 
 Longo tempo de cravação; 
 Demanda mão de obra e equipamentos específicos; 
 
 
2.1.5. Estacas Franki 
 
É um tipo de fundação profunda que apresenta grande capacidade de carga e 
pode alcançar grandes profundidades. São executadas enchendo-se de concreto as 
perfurações executadas por meio da cravação de um pilão, constituído de um tubo de 
ponta fechada, e por uma bucha seca constituída de pedra e areia, previamente 
armada na extremidade inferior do tubo por atrito. O conjunto é movido por bate-
Figura 4: Estacas Mega / Fonte: Site Sondarello Engenharia 
estacas. A armadura e o concreto são inseridos na estaca à medida que o tubo vai 
sendo retirado do solo. Ocorre a formação do bulbo que atua diretamente na 
resistência de ponta da estaca, sendo a base mais larga que a extremidade superior. 
Para estacas de até 15 metros de profundidade, deve-se utilizar pilão com 
massa mínima de 1,0 a 3,0 toneladas com o diâmetro variando de 300 a 600 
milímetros. (Conforme NBR 6122/2019). 
 
Vantagens: 
 Suportam grande cargas; 
 Atingem grandes profundidades; 
 Adequam-se a diversos tipos de solo; 
Desvantagens: 
 Grande vibração durante a cravação; 
 Longo tempo de execução; 
 Custo elevado; 
 
 
 
 
 
 
Figura 5: Processo executivo de Estaca Franki / Fonte: Site Escola 
Engenharia 
2.1.6. Estacas Escavadas por Trado Mecânico – Sem Fluido Estabilizante 
 
Vulgarmente denominadas Estacas Broca, são escavadas através de trado 
curto manual, geralmente com diâmetros entre 15 e 30 centímetros, acoplado em 
haste, aplicando-se rotação/compressão de sua haste até a cota de assentamento da 
estaca em projeto, o fundo da perfuração deve ser apiloado com soquete. A 
concretagem é executada no mesmo dia da perfuração, através de um funil metálico 
de comprimento mínimo de 1,50 metros, com a finalidade de orientar o fluxo do 
concreto. As estacas brocas possuem comprimento máximo de 6,00 metros 
(normalmente entre 3,00 e 4,00m). 
Segundo NBR 6122/2019, no caso das estacas não sujeitas a tração ou a 
flexão, a armadura é apenas de arranque sem função estrutural e as barras de aço 
podem ser posicionadas no concreto, uma a uma, sem estribos, imediatamente após 
a concretagem, deixando-se para fora a espera (arranque) prevista em projeto. Para 
o caso de estacas submetidas a esforços de tração, horizontais ou momentos, a 
armadura projetada deve ser colocada no furo antes da concretagem. 
 
 
Vantagens: 
 Não emitem vibrações no terreno; 
 Não necessita de equipamentos e equipes robustas; 
 Custo baixo; 
Figura 6: Processo de execução de Estaca Broca. / Fonte: 
nelsoschneider.com.br/ 
Desvantagens 
 Baixa capacidade de carga; 
 Exequível apenas acima do nível de água; 
 Aplicável apenas em solos coesos; 
 
 
 
2.1.7. Estacas Strauss 
 
São estacas de concreto moldadas “in loco”, com escavação realizada por meio 
de sonda metálica (também denominada piteira), impulsionada por guincho metálico, 
no qual toda a superfície de escavação é protegida por meio de revestimento 
metálicos segmentados e rosqueados, que encamisam e asseguram a estabilidade 
da perfuração e garantem as condições para que não ocorra a mistura do concreto 
com o solo ou o estrangulamento do fuste da estaca até a profundidade de projeto. 
 A concretagem é lançada e apiloada simultaneamente com a gradativa retirada 
do revestimento metálico. A ponta da estaca deve estar em material de baixa 
permeabilidade para permitir as condições necessárias para limpeza e concretagem. 
 O processo executivo inicia-se com a abertura de um furo no terreno, 
utilizando a piteira, ao atingir a profundidade entre 1,00 a 2,00 metros, para colocação 
do primeiro tubo, dentado na extremidade inferior denominado “coroa”. A seguir 
prossegue-se a perfuração com repetidos golpes da sonda e eventual adição de água 
o que remove o solo. Os tubos de revestimento são introduzidos até que a 
profundidade prevista seja atingida. Concluída a perfuração, é lançada água no 
interior dos tubos para sua limpeza. A água e a lama são totalmente removidas pela 
piteira e o soquete é lavado. Devem ser feitas tantas manobras quanto necessárias 
para que os tubos desçam livremente. O processo é concluído com o lançamento do 
concreto e colocação das armaduras dimensionados em projeto. 
 
 
Vantagens: 
 Não emitem vibrações no terreno; 
 Custo baixo; 
 Podem ser empregadas em espaço confinado; 
 
Desvantagens: 
 Difícil cravação em solos resistentes; 
 Baixa carga nominal da estaca; 
 Produz grandes volumes de lama; 
 
 
2.1.8. Estacas Raiz 
 
São estacas moldadas in loco, onde a perfuração é revestida integralmente, em 
solo, por meio de segmentos de tubos metálicos reaproveitáveis (revestimento)de 
1,00 a 1,50 metros, que são rosqueados à medida que a perfuração é executada. A 
escavação é executada com equipamento de rotação com circulação de água ou ar 
comprimido. Elas possuem variação de diâmetro de 10 a 50 centímetros, com 
profundidade de até 60 metros. Tem forma circular e suas dimensões possibilitam 
capacidades de carga em torno de 140tf. E tem boa resistência à tração e 
compressão. A armadura neste tipo de fundação profunda é inserida após a 
Figura 7: Processo de execução de Estaca Strauss / Fonte: totalconstrucao.com.br 
conclusão da perfuração com revestimento total do furo. Posteriormente, o furo é 
preenchido com argamassa de cimento e areia (fck≥20MPa) com o uso de um tubo 
de injeção, de baixo para cima que preenchem todo o seu comprimento. 
 
 
Vantagens: 
 Não emitem vibrações no terreno; 
 Combatem efetivamente os esforços de flexão; 
 Execução com maiores inclinações (0 a 90º); 
Desvantagens: 
 Custo elevado; 
 Alto consumo de água; 
 Geram grande impacto ambiental; 
 
 
2.1.9. Estacas Hélice Contínua 
 
As estacas hélice contínua são moldadas in loco, com uso de uma haste tubular 
de grandes profundidades, que possui trado helicoidal mecanizado, que escavam o 
terreno com aplicação de torque até a profundidade estabelecida em projeto. É 
imprescindível ressaltar que hélice não deve ser retirada do solo em momento algum 
até que se atinja a profundidade desejada, pois garante a estabilidade do furo até a 
Figura 8: Processo de execução de estaca raiz. / Fonte:. 
https://www.escolaengenharia.com.br 
concretagem tanto em solos coesivos como arenosos, na presença ou não de lençol 
freático. O mesmo equipamento de perfuração que realiza também, a concretagem 
das estacas simultaneamente na retirada do solo perfurado. De acordo com a NBR 
6122/2019, o concreto deve apresentar resistência característica igual ou superior à 
20 MPa. As armaduras de aço são posicionadas somente após o lançamento do 
concreto. A ferragem é introduzida por gravidade ou com o auxílio de um pilão de 
pequena carga. 
Este tipo de estaca possui grande velocidade de execução com pouca geração 
de ruídos e menor geração de resíduos. Destaca-se a necessidade de sondagem 
preliminar, para detecção de rochas e matacões, pois trata-se de equipamentos de 
perfuração de alto valor. Esta fundação profunda permite uma monitoração eletrônica 
de suas etapas de execução, que garantem maior controle na execução e na 
segurança dos elementos da fundação como: a profundidade atingida, velocidade de 
rotação e descida do trado, por exemplo. 
Geralmente as estacas hélice contínua, têm diâmetro de 70 a 150 centímetros 
de acordo com os principais equipamentos disponíveis no mercado. 
. 
 
 
 
 
Figura 9: Processo executivo de Estacas Hélice Continua 
Fonte: https://cdn.escolaengenharia.com.br/ 
Vantagens: 
 Alta capacidade de carga; 
 Não emitem vibrações no terreno; 
 Podem ser executadas acima ou abaixo do lençol freático. 
 
Desvantagens: 
 Equipamento grande e pesado; 
 Não exequíveis em terrenos duros; 
 Custo elevado; 
 
 
2.2. Tubulões 
 
São elementos de fundação profunda com formato cilíndrico em que há a 
necessidade de descida de operário para a execução de sua base, pelo menos na 
etapa final da escavação do terreno. Possuem grandes diâmetros e elevada 
capacidade de carga. Os tubulões podem ter ou não base alargada e serem 
executados com ou sem revestimento que podem ser de aço ou de concreto. 
Os tubulões são classificados em: tubulões a céu aberto e tubulões a ar 
comprimido. 
Segundo NBR 6122/2019, os tubulões devem ser dimensionados de maneira 
que as bases não tenham alturas superiores a 1,8 metro. Para tubulões a ar 
comprimido, as bases podem ter alturas de até 3,0 m, desde que as condições do 
maciço permitam ou sejam tomadas medidas para garantir a estabilidade da base 
durante a sua abertura. Havendo base alargada, esta deve ter a forma de um tronco 
de cone (com base circular ou no formato de falsa elipse), superposto a um cilindro 
(ou falsa elipse) de no mínimo 20 centímetros de altura, denominado rodapé. O ângulo 
β, entre a base e a projeção do tronco, deve ser maior ou igual a 60 graus. 
 
 
 
 
 
2.2.1. Tubulões à céu aberto 
 
É um elemento estrutural de fundação constituído concretando-se um poço 
aberto no terreno, geralmente dotado de uma base alargada. O tubulão a céu aberto 
trata-se de uma fundação profunda, escavada manual ou mecanicamente, em que, 
pelo menos na sua etapa final, há descida de pessoal para alargamento da base ou 
limpeza do fundo quando não há base. 
Este tipo de fundação é empregado acima do lençol freático, ou mesmo abaixo 
dele, nos casos em que o solo se mantenha estável sem risco de desmoronamento. 
No caso de existir apenas carga vertical, o tubulão a céu aberto não é armado, 
colocando-se apenas uma ferragem de topo para ligação com o bloco de coroamento 
ou de capeamento. 
Os tubulões a céu aberto podem ser executados com ou sem revestimento, 
podendo este ser de aço ou de concreto. O fuste do tubulão normalmente é de seção 
circular, adotando-se 70 centímetros de diâmetro mínimo para permitir a entrada e 
saída de operários. Já a projeção da base poderá ser circular ou em forma de falsa 
elipse. 
Elementos do tubulão a céu aberto: 
 Cabeça: Segmento inicial do tubulão, encarregado da redistribuição das 
tensões existentes na base do pilar. Seu dimensionamento se compara ao de um 
bloco sobre uma estaca. A cabeça pode ser substituída por um bloco sobre o topo do 
fuste (bloco de transição). 
 Fuste: É dimensionado como um pilar de concreto simples, submetido à 
compressão simples. Se existir momento fletor na base do pilar, este deve ser 
considerado no dimensionamento do fuste. 
 Base: Segmento inferior do tubulão que transfere a carga para o solo. 
Pode ser alargada ou não. 
 
 
Vantagens: 
 Grande capacidade de carga; 
 Não emitem vibrações no terreno; 
 Equipamentos simples; 
 
Desvantagens: 
 Atividade de alto risco; 
 Recebem somente os esforços verticais; 
 Longo tempo de execução; 
 
 
2.2.2. Tubulões a Ar Comprimido 
 
Os tubulões a ar comprimido são fundações profundas, escavadas de forma 
manual ou mecanizada, quando se pretende executar tubulões abaixo do nível de 
água. Caracterizam pelo uso de revestimentos fechados pressurizados de aço ou de 
concreto para auxiliar na escavação do fuste. Neste tipo de tubulão podemos 
encontrar base alargada ou não, necessitando de pessoal para descida para executar 
o alargamento da base ou limpeza do fundo quando não há base. 
Figura 10: Tubulão a céu aberto 
Fonte: https://www.escolaengenharia.com.br/tubulao-a-ceu-aberto/ 
Essas fundações requerem grande cuidado e atenção pelos trabalhos serem 
executado sob ar comprimido e deve atender aos requisitos da legislação trabalhista 
contidos na NR 18. Para que qualquer serviço seja realizado sob pressões superiores 
a 0,15 MPa algumas medidas devem ser tomadas como: disponibilização de equipe 
de socorro médico a disposição da equipe de obra, câmara de descompressão, 
compressores e reservatórios de ar comprimido de reserva e equipamentos para 
injeção de ar nas camisas de concreto ou aço para satisfazer as condições para o 
trabalho humano. 
 
 
Vantagens: 
 Exequíveis abaixo do nível d’água; 
 Grande capacidade de carga 
 Não emitem vibrações no terreno; 
Desvantagens: 
 Atividade de alto risco; 
 Necessita de mão-de-obra especializada; 
 Longo tempo de execução; 
 
 
 
Figura 11: Tubulão a Ar Comprimido 
Fonte: https://www.aecweb.com.br/ 
2.3. Caixões 
 
São elementos de fundação profunda de forma prismática, concretado na 
superfície e instalado por escavação interna. Podem ter ou não base alargada e serem 
executados com ou sem ar comprimido. 
Os caixões abertos são de grandes dimensões em geral, divididos em paredes 
internas que cruzamentre sim, são afundados gradativamente na escavação por meio 
de “Clam Shell”. 
Já os caixões fechados, são vedados na base, geralmente são utilizados em 
edificações marítimas. Neste caso são rebocados por flutuação, até o local da 
construção. 
 
 
 
Vantagens: 
 Não emitem vibrações no terreno; 
 Custo relativamente baixo; 
 Exequíveis sob água; 
Desvantagens: 
 Necessitam de impermeabilização; 
 Longo tempo de execução; 
 Necessidade de transporte aquático; 
Figura 12: Fundação Caixão 
Fonte: https://engm3.com/ 
3. CUSTOS COMPARATIVOS DE FUNDAÇÕES PROFUNDAS 
 
Foram exemplificados alguns comparativos de fundações profundas, 
pressupondo, edificações em condições de projeto semelhantes. 
 
 
3.1. Comparativo 1 
 
 
 
3.2. Comparativo 2 
 
 
3.3. Comparativo 3 
 
Neste exemplo foi utilizado o custo SINAPI entre Estaca Raiz e Estaca Hélice 
Contínua, representando uma diferença de aproximadamente 30% custo efetivo total. 
Figura 13: Custos de Estacas de Concreto e Estacas Metálicas. 
Fonte: CEFET/MG 
 
 
Figura 14: Custos de Estaca Hélice Contínua e Tubulão a céu aberto. 
Fonte: CEFET/MG 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tabela 2: Custo de execução de Estaca Raiz 
Fonte: SINAPI/Caixa 
Tabela 3: Custo de execução de Estava Hélice Contínua 
Fonte: SINAPI/Caixa 
4. CONCLUSÃO 
 
Assim como em todas as etapas de um projeto de engenharia, o tipo da 
fundação a ser utilizada depende do solo, disponibilidade de material, equipamentos, 
mão de obra, vizinhança e legislação do local em que se pretende dimensionar o 
projeto da fundação. Além do orçamento disponível para custeio de todo processo 
construtivo. 
 
 
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
ALMEIDA, Anderson. Estaca Mega. Sandarello Engenharia, 2019. Disponível 
em: https://sondarello.com.br/2019/10/14/estaca-mega/ Acesso em: 17 set. 2020. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6122. Projeto e 
execução de fundações. Rio de Janeiro, 2019. 
 
PEREIRA, Caio. Fundações Profundas. Escola Engenharia, 2016. Disponível 
em: https://www.escolaengenharia.com.br/fundacoes-profundas/ Acesso em: 16 set. 
2020. 
 
SINAPI. Sistema nacional de pesquisa de custos e índices da construção 
civil (CAIXA). Disponível em: http://www.caixa.gov.br/Downloads/sinapi-a-partir-jul-
2014mg/SINAPI_Custo_ref_Composicoes_MG_ 
072015_NaoDesonerado.PDF.Acesso em:16 de agosto. 2015. 
 
SCHINEIDER, Nelso. Estaca Broca: O guia completo para 
dimensionamento e execução. Fundações, 2019. Disponível em: 
<https://nelsoschneider.com.br/estaca-broca/ Acesso em: 18 set. 2020. 
 
 
 
 
https://sondarello.com.br/2019/10/14/estaca-mega/

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