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CIÊNCIA E ENGENHARIA DOS MATERIAIS Universidade Estadual do Amazonas Escola Superior de Tecnologia Curso: Engenharia Naval Disciplina: ciência e engenharia dos materiais Cod: ESTENV002 Turma: ENV03_T01 Aluno: Brendo Xavier lima Matrícula: 1915200005 Resumo: PTM3110_TOPICO_01_2018 Parte I Definições e Classificação dos Materiais Definições o Ciência dos Materiais: Investigação das relações entre composição/estrutura e propriedades dos materiais. o Engenharia dos Materiais: Projeto, desenvolvimento ou aperfeiçoamento de técnicas de processamento de materiais (= técnicas de fabricação) com base nas relações composição/estrutura e propriedades. Composição e Estrutura o Composição: Natureza química dos materiais. o Estrutura: Associada ao arranjo dos componentes do material em estudo. Pode (e deve) ser analisada em diferentes ESCALAS. Propriedades de um Material o Propriedades: Tipo e intensidade da resposta a um estímulo que é imposto ao material. o As principais propriedades dos materiais: Mecânicas, Elétricas, Térmicas, Magnéticas, Ópticas, Químicas, de Degradação (corrosão, oxidação, desgaste). Processamento e Desempenho o Processamento: conjunto de técnicas para obtenção de materiais com formas e propriedades específicas. o Desempenho: resposta do material a um estímulo externo, presente nas condições reais de utilização. Parte II Ligações Químicas Conceitos fundamentais o Cada átomo é composto por: Núcleo → prótons e nêutrons. Elétrons, que circundam o núcleo. o Elétrons e prótons são carregados eletricamente. o Elétrons tem carga negativa; prótons tem carga positiva; nêutrons não tem carga. A magnitude da carga do próton e do elétron é 1,602 x 10-19C. O Átomo de Bohr o Posição de cada elétron em particular é mais ou menos bem definida em termos do seu orbital. o Energias dos elétrons são quantizadas → mudança de orbital é possível, com absorção (maior energia) ou missão (menor energia) de energia. o O modelo de Bohr apresenta limitações significativas, não servindo para explicar vários fenômenos envolvendo os elétrons. Modelo Mecânico-Ondulatório o Nesse modelo, o elétron apresenta características tanto de onda, quanto de partícula. o O elétron não é mais tratado como uma partícula que se movimenta num orbital discreto. o • A posição do elétron passa a ser considerada como a probabilidade deste ser encontrado em uma região próxima do núcleo. o Números Quânticos Cada elétron em um átomo é caracterizado por quatro parâmetros → os números quânticos. Não existem dois elétrons com os mesmos números quânticos. Número quântico principal n n = 1, 2, 3, 4, 5,... (camadas K, L, M, N, O,....) Número quântico orbital (ou secundário) l l = 0, 1, 2, 3, 4,..., (n -1) (subcamadas s, p, d, f,...) Número quântico orbital magnético (ou terceiro) ml ml = - l, (- l +1),..., (l - 1), l Número quântico de spin (ou quarto) ms = -1/2, +1/2. Elétrons de Valência - Configurações Estáveis o Elétrons de Valência: São aqueles que ocupam a camada eletrônica mais externa. o Configurações Eletrônicas Estáveis: As camadas eletrônicas mais externas estão completamente preenchidas. Ligações Primárias o Ligação Iônica Envolve a transferência de elétrons de um átomo para outro. A ligação iônica resulta da atração eletrostática entre dois íons de cargas opostas. o Ligação Covalente Envolve o compartilhamento dos elétrons de valência de átomos adjacentes. Menor diferença de eletronegatividade entre os elementos do que o observado em ligações iônicas. o Ligação Metálica Átomos dos metais possuem de um a três elétrons de valência. Os elétrons de valência passam a se comportar como elétrons “livres”. Ligações Secundárias ou de Van der Waals o Ocorrem atrações entre dipolos gerados pela assimetria de cargas. o As ligações dipolares podem ser entre: Dipolos permanentes. Dipolos permanentes e induzidos. Dipolos induzidos flutuantes. o Ponte de Hidrogênio É o tipo de ligação secundária mais forte. Ocorre entre moléculas em que o H está ligado covalentemente ao flúor (como no HF), ao oxigênio (como na água) Classificação dos Materiais Os materiais podem ser classificados de diversas formas. o Uma classificação muito utilizada, é baseada na composição: Metálicos Cerâmicos Poliméricos o Metais Composição: combinação de elementos metálicos. Grande número de elétrons livres. Muitas propriedades estão relacionadas a esses elétrons livres. Propriedades gerais: Resistência mecânica de moderada a alta. Moderada plasticidade. Alta tenacidade. Opacos. Bons condutores elétricos e térmicos. o Cerâmicas Composição: combinação de elementos metálicos e não-metálicos (óxidos, carbetos e nitretos), incluindo Si e Ge, semicondutores. Tipos de ligações Caráter misto, iônico-covalente Tipos de materiais: Cerâmicas tradicionais. Cerâmicas de alto desempenho. Vidros e vitro-cerâmicas. Cimentos Propriedades gerais: Isolantes térmicos e elétricos. Refratários. Inércia química. Corpos duros e frágeis. o Polímeros Composição: compostos orgânicos: Carbono e hidrogênio, e O, Cl, F, N, Si, S e outros elementos, tais como Al, Zn, Mg, Na e Ca (em ionômeros). Compostos de massas moleculares muito grandes (macromoléculas). Tipos de materiais: Termoplásticos. Termorrígidos. Elastômeros. Propriedades gerais: Baixa densidade. Flexibilidade e facilidade de conformação. Tenacidade. Geralmente pouco resistentes a altas temperaturas. o Compósitos Constituídos por mais de um tipo de material: – Matriz – Reforçador Projetados para apresentar as melhores características de cada um dos materiais envolvidos. Composição: por fibras de um material cerâmico (vidro) reforçando uma matriz de material polimérico. Questões: PTM3110_TOPICO_01_2018 2) Marque as respostas corretas relativas as ligações químicas: a) Uma ligação química que é formada a partir da atração de um átomo que perdeu um elétron para um átomo que ganhou um elétron é chamada uma: A. Ligação covalente; B. Ligação iônica; C. Ligação metálica; D. Ligação secundária. b) Uma atração fraca entre um átomo de hidrogênio numa molécula e um átomo de oxigênio numa outra é denominada: A. Ligação iônica; B. Ligação covalente; C. Ligação metálica; D. Ligação de hidrogênio. c) Uma substância pura não conduz eletricidade no estado sólido, mas quando se dissolve na água a solução resultante conduz eletricidade. A substância tem um ponto de fusão bastante elevado. A substância é mais provável que seja: A. Um composto iônico; B. Um composto covalente; C. Um metal; D. Um reticulado sólido. d) Quando as ligações covalentes são formadas entre átomos com diferentes eletronegatividades, os elétrons tendem a passar mais tempo no átomo com maior eletronegatividade. Tais ligações químicas são chamadas: A. Ligações eletrovalentes; B. Ligações covalentes polares; C. Ligações covalentes coordenadas; D. Nenhuma das respostas acima. 3) Considerando a tabela de eletronegatividade apresentada a seguir responda as questões a) e b). Elemento Eletronegatividade Elemento Eletronegatividade F 4.0 Al 1.5 O 3.5 Mg 1.2 Cl 3.0 Ca 1.0 Br 2.8 Li 1.0 S 2.5 Na 0.9 H 2.1 Ba 0.9 K 0.8 3. a) Qual o par de elementos que mais provavelmente formará um composto ligado covalentemente? A. Li e Cl B. S e O C. Ca e S D. Na e Br E. K e F b) Qual dos compostos abaixo é o mais iônico? A. AlCl3 B. BaCl2 C. NaF D. MgBr2 E. H2S Resumo: PTM3110_TOPICO_02_2018 ESTRUTURA DOS SÓLIDOS CRISTALINOS Sólidos cristalinos e amorfos o CRISTALINOS: compostos por átomos, moléculasou íons arranjados de uma forma periódica em três dimensões (simetria translacional). o AMORFOS: compostos por átomos, moléculas ou íons que não apresentam uma ordenação de longo alcance (não possuem simetria translacional). RETICULADO CRISTALINO o MODELO DE ESFERAS RÍGIDAS: os átomos ou íons são representados como esferas de diâmetro fixo. o RETICULADO CRISTALINO: conjunto de pontos, que podem corresponder a átomos ou grupos de átomos, que se repetem no espaço tridimensional com uma dada periodicidade. o CÉLULA UNITÁRIA: agrupamento de átomos representativo de uma determinada estrutura cristalina específica. Célula Unitária o O conceito de célula unitária é usado para representar a simetria de uma determinada estrutura cristalina. o Qualquer ponto da célula unitária que for transladado de um múltiplo inteiro de PARÂMETROS DE REDE: o comprimento das três arestas do paralelepípedo (a, b e c) e os três ângulos entre as arestas ( α, β e γ). Esses parâmetros são chamados PARÂMETROS DE REDE. Índices de Miller: direções cristalográficas o DIREÇÃO CRISTALOGRÁFICA: vetor que une dois pontos da rede cristalina. Índices de Miller: planos cristalográficos o Determinação dos índices de Miller de um plano cristalográfico: determinar os interceptos do plano com os eixos do sistema de coordenadas em termos dos parâmetros de rede a, b e c. o Se o plano passar pela origem, transladar o plano para uma nova posição no sistema de coordenadas. – obter os recíprocos desses três interceptos. Se o plano for paralelo a um dos eixos, considera-se o intercepto infinito e o seu recíproco zero. – representar na forma (h k l). Planos Cristalográficos o FAMÍLIA DE PLANOS: conjunto de planos cristalograficamente equivalentes, ou seja, planos com o mesmo empacotamento atômico. Famílias de planos são representadas por {h, k, l}. Alotropia e Polimorfismo o POLIMORFISMO: fenômeno no qual um sólido (metálico ou não metálico) pode apresentar mais de uma estrutura cristalina, dependendo da temperatura e da pressão. o ALOTROPIA: polimorfismo em elementos puros. Materiais monocristalinos e policristalinos o MONOCRISTALINOS: constituídos por um único cristal em toda a extensão do material, sem interrupções. o •POLICRISTALINOS: constituído de vários cristais ou grãos, cada um deles com diferentes orientações espaciais. Difração de raios X o O fenômeno de difração ocorre quando uma onda encontra uma série de obstáculos espaçados regularmente, que: São capazes de espalhar a onda e; O espaçamento entre eles é comparável em magnitude ao comprimento de onda. Questões: PTM3110_TOPICO_02_2018 5. Considerando as duas curvas apresentadas ao lado, escolha um dos dois materiais nelas representados (material a ou material b), justificando a sua escolha. (a) Material para aplicação na qual a resistência mecânica seja fundamental (ou seja, deseja-se o material com a maior resistência mecânica dentre os dois considerados). Resposta: Material para aplicação na qual a resistência mecânica seja fundamental (ou seja, deseja-se o material com a maior resistência mecânica dentre os dois considerados); material a, uma vez que a resistência mecânica aumenta com a força máxima e com a profundidade do poço da curva de energia de ligação. (b) Material para uma aplicação na qual ocorre uma variação lenta da temperatura, e para a qual a estabilidade dimensional do corpo é fundamental (ou seja, deseja-se o material que sofra a menor variação dimensional com a temperatura). Resposta: Material para uma aplicação na qual ocorre uma variação lenta da temperatura, e para a qual a estabilidade dimensional do corpo é fundamental (ou seja, deseja-se o material que sofra a menor variação dimensional com a temperatura); material a, uma vez que o coeficiente de expansão térmica diminui com a profundidade do poço da curva de energia de ligação. (c) Material para uma aplicação onde é necessária uma certa flexibilidade (ou seja, deve ser escolhido o material, dentre os dois considerados, que apresente o menor módulo de elasticidade). Resposta: Material para uma aplicação onde é necessária uma certa flexibilidade (ou seja, deve ser escolhido o material, dentre os dois considerados, que apresente o menor módulo de elasticidade). E1.As relações entre estrutura e propriedades nos materiais de engenharia podem ser analisadas de diferentes formas, de acordo com a “escala” na qual está sendo feita a análise. Descreva brevemente estrutura dos materiais de engenharia, considerando diferentes “escalas”: Å; ⎧m; mm, fazendo algumas considerações de como as estruturas podem afetar as propriedades dos materiais. Respostas: A estrutura está associada ao arranjo dos componentes do material em diferentes escalas. (a) na escala de Å → estrutura atômica, estrutura molecular (depende das ligações químicas) (b) na escala de ⎧m → microestrutura (fases, microconstituintes, grãos) (c) na escala de mm → macroestrutura (poros, grãos, segregações)
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