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Simulado ENEM Objetivo 2020 - 1º dia

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SIMULADO ABERTO
1. Este CADERNO DE QUESTÕES contém 90 questões numeradas de 01 a 90 e a Proposta de Redação, dispostas
da seguinte maneira:
a) questões de número 01 a 45, relativas à área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias;
b) Proposta de Redação;
c) questões de número 46 a 90, relativas à área de Ciências Humanas e suas Tecnologias.
ATENÇÃO: as questões de 01 a 05 são relativas à língua estrangeira. Você deverá responder apenas às questões
relativas à língua estrangeira (inglês ou espanhol) escolhida no ato de sua inscrição.
2. Confira se a quantidade e a ordem das questões do seu CADERNO DE QUESTÕES estão de acordo com as
instruções anteriores. Caso o caderno esteja incompleto, tenha defeito ou apresente qualquer divergência,
comunique ao aplicador da sala para que ele tome as providências cabíveis.
3. Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 opções. Apenas uma responde corretamente à questão.
4. O tempo disponível para estas provas é de cinco horas e trinta minutos.
5. Reserve os 30 minutos finais para marcar seu CARTÃO-RESPOSTA. Os rascunhos e as marcações assinaladas
no CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados na avaliação.
6. Somente serão corrigidas as redações transcritas na FOLHA DE REDAÇÃO.
7. Quando terminar as provas, acene para chamar o aplicador e entregue este CADERNO DE QUESTÕES e o
CARTÃO-RESPOSTA/FOLHA DE REDAÇÃO.
8. Você poderá deixar o local de prova somente após decorridas duas horas do início da aplicação e poderá levar
seu CADERNO DE QUESTÕES ao deixar em definitivo a sala de prova nos 30 minutos que antecedem o término
das provas.
ATENÇÃO: transcreva no espaço apropriado do seu CARTÃO-RESPOSTA,
com sua caligrafia usual, considerando as letras maiúsculas e minúsculas, a seguinte frase:
ALUNO_ENEM_PROVA1_24_5_ALICE_2020 19/05/2020 09:00 Página 1
LC – 1.o dia � Página 2
ALUNO_ENEM_PROVA1_24_5_ALICE_2020 19/05/2020 09:00 Página 2
LC – 1.o dia � Página 3
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS 
TECNOLOGIAS
Questões de 01 a 45
Questões de 01 a 05 (opção inglês)
A patch for love
Hormone-delivering patches could help endangered
animals breed
For years, people have been able to wear patches
(skin adhesives like band-aids) that help them quit
smoking, prevent seasickness or replace hormones in
their aging bodies. But now patches might help out
when it comes to the birds and the bees – especially
the birds. Rebecca L. Holberton, a biologist at the
University of Mississippi, is developing a patch that
can safely deliver hormones to encourage
reproduction in endangered birds. 
Free of surgical complications that may affect
other methods, the patch delivers hormones directly
through the skin and is light and easy to make: it is
derived from Band-Aids. The hormone is mixed with
vegetable oil and added to the gauze. The completed
patch is attached just under the wing; it falls off three
to four days later.
From Scientific American
A bióloga Rebecca L. Holberton está desenvolvendo
um adesivo que 
� combata enjoos.
� possa combater o vício do fumo.
� possa ajudar na identificação de cada espécie de
pássaros.
� visa a promover a multiplicação de animais em
extinção.
� fique colado na pele por muito tempo.
Consider an experiment by sociologist Devah
Pager, who sent pairs of experimenters — one black
and one white — to apply for 340 job ads in New York
City. She gave them resumes altered to have identical
qualifications. She gave them scripts so that the
applicants said the same things when handing in their
applications. She even dressed them alike. She found
that black applicants got half the call backs that white
applicants got with the same qualifications.
Keith Payne. Disponível em: www.scientificamerican.com
(adaptado).
Os resultados do experimento sugerem a existência
de 
� discriminação contra pessoas com baixa
qualificação.
� oportunidades iguais para pessoas brancas e de
cor.
� desigualdade econômica devida ao mérito.
� disparidades de qualificação entre os candidatos.
� preconceito racial no mercado de trabalho.
QUESTÃO 01
QUESTÃO 02
ALUNO_ENEM_PROVA1_24_5_ALICE_2020 19/05/2020 09:00 Página 3
LC – 1.o dia � Página 4
Englishman in New York
I don't drink coffee, I take tea, my dear
I like my toast done on one side
And you can hear it in my accent when I talk
I'm an Englishman in New York
See me walking down Fifth Avenue
A walking cane here at my side 
I take it everywhere I walk
I'm an Englishman in New York
[...]
I'm an alien, I'm a legal alien
I'm an Englishman in New York
I'm an alien, I'm a legal alien
I'm an Englishman in New York
Modesty, propriety can lead to notoriety
You could end up as the only one
Gentleness, sobriety are rare in this society
At night a candle's brighter than the sun
STING. Nothing Like the Sun. Studio Album. United States:
A&M Records, (fragmento).
Na letra da canção Englishman in New York, a fala do
eu lírico evidencia uma atitude de
� exaltação dos hábitos de um outro povo.
� dificuldade de adaptação à cultura alheia.
� valorização da diversidade de costumes.
� disponibilidade para aprender coisas novas.
� predispoção a um comportamento solitário.
Observe a imagem da campanha publicitária criada
pela agência MullentLowe.
Disponível em: www.adsonftheworld.com. (adaptado).
O propósito da campanha é
� criticar o uso de embalagens descartáveis.
� apresentar uma forma alternativa de arma -
zenamento.
� incentivar e facilitar o consumo de frutas.
� fomentar o uso de plástico biodegradável.
� orientar quanto à conservação de alimentos.
QUESTÃO 03 QUESTÃO 04
ALUNO_ENEM_PROVA1_24_5_ALICE_2020 19/05/2020 09:00 Página 4
Few inventions can match the home computer as
a time- saving tool that adds to personal productivity,
enhances education and provides hours of
entertainment.
Still, while home computers are proving to be the
answer for many, they raise a number of questions for
first-time buyers: 
How do I go about buying a computer? How can I
choose from among all the computers available?
What do the technical terms mean?
This guide has been prepared to provide plain-
language answers to these questions — and many
more — which often confront the first-time buyer.
Information in the guide is organized so that certain
aspects of each topic are covered in different levels of
detail.
From A Free Guide to Buying your First PC — COMPAQ.
Tendo lido o texto acima, espera-se que
� a linguagem do manual será fácil de entender.
� o glossário será muito útil.
� o manual será útil para compradores experientes.
� o manual não ajudará a decidir qual computador
o leitor deveria escolher.
� o uso do computador exigirá muito tempo por
parte de proprietário.
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS 
TECNOLOGIAS
Questões de 01 a 45
Questões de 01 a 05 (opção espanhol)
El Mediterráneo se queda sin dieta
La multiplicación en los cascos históricos del
Mediterráneo de restaurantes de comida rápida en los
que triunfan los platos combinados y los espaguetis a
la carbonara que nadan en nata industrial es uno de
los muchos síntomas de que se ha iniciado un
proceso de cambio lento pero inexorable: el final de la
dieta mediterránea.
Este cambio alimentario esconde una transformación
social que va mucho más allá de la comida: la dieta
mediterránea histórica, una forma de vida y de
alimentación, se ha ido transformando para convertirse
más en un modelo médico que en un reflejo de las
costumbres sociales.
Un informe del Centro Internacional de Altos
Estudios Agronómicos Mediterráneos, publicado a
principios de junio, constata que se está produciendo
un declive en el seguimiento de la dieta y destaca sobre
todo que las consecuencias no son solo nutricionales,
sino mucho más amplias. "El abandono de hábitos
tradicionales y el surgimiento de un nuevo estilo de
vida asociado con cambios socioeconómicos. 
Esta dieta no solo representa una forma de
alimentación equilibrada, "sino que se trata de un
recurso para garantizar un desarrollo sostenible,
porque contribuye a promover el consumo yproducción local, la agricultura sostenible y la
preservación de paisajes". […]
"La dieta mediterránea se consigue con productos
locales, frescos, del territorio, por lo que es un poco
más cara y requiere más tiempo", explica Lluìs Serra-
Majem, experto en nutrición, catedrático de la
Universidad de Las Palmas y uno de los principales
impulsores de la declaración de la dieta mediterránea
como patrimonio inmaterial de la humanidad por la
Unesco en 2010. 
Disponível em:
https://elpais.com/politica/2015/07/10/actualidad/1436486268_2932
01.html (adaptado).
De acordo com o texto, é correto afirmar que
� os altos preços dos produtos que compõem a
base da dieta Mediterrânea a tornam inviável para
a população mais pobre. 
� apenas a declaração da dieta Mediterrânea como
patrimônio imaterial da humanidade pelo
UNESCO, poderá recuperar a importância da
dieta.
� a dieta Mediterrânea sobrevive na atualidade
devido a recomendações médicas, já que é
extremamente saudável para todas as idades. 
� o comportamento socioeconômico dos grupos
influenciam os hábitos alimentares de um povo. 
� a dieta Mediterrânea poderá ser adaptada ao
sistema de comida rápida.
QUESTÃO 01
QUESTÃO 05
LC – 1.o dia � Página 5
ALUNO_ENEM_PROVA1_24_5_ALICE_2020 19/05/2020 09:00 Página 5
LC – 1.o dia � Página 6
Disponível em:
https://cvc.cervantes.es/artes/muvap/sala1/comunicacion/comunic
acionx07.htm. Acesso em: 25 fev. 2020.
A publicidade apresentada busca destacar
� a impossibilidade de levar a televisão a todos os
lares e lugares.
� a ineficiência da televisão como transmissora de
conhecimento e informação.
� a versatilidade da imprensa escrita como meio de
comunicação e de higiene pessoal. 
� a falta de transparência e de imparcialidade dos
veículos de comunicação televisivos na hora de
informar o cidadão.
� a relevância do jornal escrito no meio social e o
tratamento dado à notícias que, algumas vezes,
não são aprofundados pela imprensa televisiva.
Fábulas para niños: ¿Por qué son tan importantes?
Desde que el mundo es mundo, los padres les han
contado historias a sus hijos. De hecho, hace siglos
los cuentos orales eran la única manera para
transmitir el conocimiento que se había acumulado a
lo largo de varias generaciones. Ahora esta función la
suple la escuela, pero las fábulas y los cuentos
infantiles continúan teniendo un papel importantísimo
en la educación de los niños.
Ahora, ¿qué son las fábulas? Las fábulas son
cuentos breves, generalmente sobre animales o cosas
inanimadas a las que se les confieren características
humanas. Se utilizan para hacer una crítica a los
comportamientos y, a la misma vez, para transmitir
determinadas enseñanzas y valores. Sus
características principales son las que las convierten
en una poderosa herramienta educativa.
Su contenido es sintético, es decir, cuentos cortos
en el que participan pocos personajes, facilitando la
comprensión de los niños pequeños. Además
contiene una moraleja, a veces implícita y otras veces
explícita. Esa enseñanza es su principal valor, el
mensaje que se le desea transmitir al niño y que le
enseña una norma de conducta que es aceptada por
la sociedad. […]
Se dice que en Mesopotamia, 2.000 años antes de
nuestra era, ya se contaban fábulas. No obstante, la
primera fábula que llegó hasta nuestros días es obra
de Hesíodo, un poeta de la Antigua Grecia, y se
encuentra en “Los trabajos y los días”. Más tarde,
llegaron las famosas fábulas de Esopo. […]
Las fábulas promueven la reflexión y estimulan el
pensamiento crítico de los niños, estimulan la
memoria, amplían la sensibilidad y la empatía por
medio de la identificación con los personajes,
fomentan el amor por la lectura, además de contribuir
para la adquisición de valores, ya que comprenden de
una manera didáctica y entretenida lo que es correcto
y lo que no.
(Disponível em: https://www.etapainfantil.com/fabulas-para-ninos.
Acesso em: 24 fev. 2020. (adaptado.)
QUESTÃO 02 QUESTÃO 03
ALUNO_ENEM_PROVA1_24_5_ALICE_2020 19/05/2020 09:00 Página 6
Podemos afirmar que o texto
� tem como objetivo principal realçar a antiguidade
do gênero fábula no mundo ocidental.
� destaca a relevância das fábulas no processo de
desenvolvimento intelectual e social das crianças.
� menospreza o valor das fábulas na atualidade,
pois seus ensinamentos podem ser transmitidos
pela escola. 
� compreende a fábula como um gênero literário
menor, já que sua função é ensinar e entreter
crianças pequenas e de raciocínio limitado. 
� busca valorizar a importância da oralidade em
detrimento da escrita durante o processo de
aprendizagem infantil. 
¿Quién inventó el teléfono?
El pasado 22 de febrero empezaba el Mobile
World Congress, la feria de telefonía que paraliza
Barcelona. Dos semanas después, este 7 de marzo, se
celebra el aniversario del aparato que, en su versión
moderna, parece que hace girar el mundo en el siglo
XXI. Este lunes se cumplen 140 años de que el
científico escocés Alexander Graham Bell patentó el
teléfono, un aparato que transmitía sonidos por un
cable a través de señales eléctricas.
Bell, junto al estadounidense Elisha Gray, fue
considerado durante muchos años el inventor del
teléfono pero en realidad no lo creó él, sino que fue el
primero en patentarlo, en 1876. El padre del teléfono
fue el italiano Antonio Meucci, que lo bautizó como
“teletrófono”. Así lo aprobó el 11 de junio del 2002 el
Congreso de los Estados Unidos después de una
histórica pugna por la autoría del aparato. Y es que en
1871 Meucci, que emigró de Florencia a Nueva York,
solo pudo, por dificultades económicas, presentar una
breve descripción de su invento, pero no formalizar la
patente ante la Oficina de Patentes de Estados Unidos.
Antes, en 1860, Meucci había presentado el invento
en sociedad.
Tras de patentar el teléfono, Bell comenzó una
serie de demostraciones para introducir el aparato
entre la comunidad científica así como al público en
general, siendo en la Exposición Universal en
Filadelfia de 1876 la gran presentación del aparato.
[…]
El 25 de enero de 1915 Alexander Graham Bell
envió la primera llamada telefónica transcontinental,
desde el 15 de Day Street, en la ciudad de Nueva York,
que fue recibida por Thomas Watson en la 333 de
Grant Avenue en San Francisco, California.
Disponível em:
https://www.elperiodico.com/es/extra/20160307/quien-invento-el-
telefono-4956802. Acesso em: 25 fev. 2020. (adaptado.)
Segundo o texto podemos inferir que
� para muita gente, Alexander Graham Bell ainda é
considerado o inventor do telefone.
� o Congresso dos Estados Unidos pateteou o
“teletrófono” em 2002. 
� Meucci aperfeiçoou e apresentou o telefone aos
italianos.
� o italiano Antonio Meucci, além de inventor
também era padre. 
� Inicialmente, Granham Bell y Thomas Watson
foram considerados os inventores do telefone.
QUESTÃO 04
LC – 1.o dia � Página 7
ALUNO_ENEM_PROVA1_24_5_ALICE_2020 19/05/2020 09:00 Página 7
LC – 1.o dia � Página 8
Disponível em: https://blogdoenem.com.br/condicional-simples-
do-indicativo-espanhol-enem/
Na tira da personagem Gaturro, o uso dos verbos no
condicional e do pronome pessoal “vos” tem por
objetivo
� transmitir a ideia de possibilidade seguida de
condição.
� transmitir a sensação de irritação sentida pela
personagem Ágatha. 
� demonstrar ao leitor as contradições da
personagem e de seus sentimentos por Ágatha. 
� fazer menção à nacionalidade das personagens e
de seu autor: argentina. 
� expor o caráter aventureiro da personagem Gaturro.
Questões de 06 a 45
Texto I
Conselho Nacional de Justiça.
Texto II
Pinterest.
QUESTÃO 05
QUESTÃO 06
ALUNO_ENEM_PROVA1_24_5_ALICE_2020 19/05/2020 09:00 Página 8
A relação existente entre o Texto I, artigo 5.° da
Constituição Brasileira, e o Texto II, meme de
empoderamento feminino, é de
� plágio, já que o texto Il se apossou indevidamente
do texto I.
� metalinguagem, visto que os dois textos se
referem à propria elaboração.
� intertextualidade, já que o texto Il retoma em parte
o preceitodo texto I.
� contraste, uma vez que o texto II é uma oposição
ao texto l.
� consequência, porque o texto I é resultante da
proposta do texto II.
Disponível em: https://www.viajenaviagem.com/2019/08/marca-
brasil-erros/. Acesso em: 26 de mar. de 2020.
A propaganda é um gênero amplamente explorado,
que apresenta um produto ao consumidor, promo -
vendo a venda ou a imagem dele e, como seu objetivo
é convencer, é natural que, além de estratégias
argumentativas diversas,
� a função conativa da linguagem se destaque
nesse gênero textual.
� uma metáfora seja essencial para que o receptor
compreenda o texto.
� a função referencial da linguagem seja descartada
desse gênero textual.
� o texto se distancie do receptor para melhor
transmitir a mensagem.
� a norma culta da língua seja o principal recurso
para esse gênero.
As imagens abaixo fazem parte de uma campanha
do governo da Bahia para o Carnaval:
Disponível em:
https://www.jornalgrandebahia.com.br/2018/02/com-apoio-da-
onu-governo-da-bahia-faz-
campanha-contra-a-violencia-de-genero-no-carnaval-campanha-
aborda-diferencas-entre-paquera-e-assedio/
As campanhas publicitárias buscam persuadir os
leitores a fim de convencê-los ou instruí-los acerca de
um assunto. Assim, nas imagens acima, utilizou-se
como estratégia de conscientização:
� o uso coloquial da linguagem para demonstrar que
quem não respeita as mulheres desconhece a
norma-padrão.
� a disponibilização do número 180 a ser utilizado pa ra
denúncias de assédio durante o Carnaval da Bahia.
� a exposição dos selos da “ONU mulheres” e do
governo da Bahia para deixar evidentes os
apoiadores da campanha.
� a escolha de mulheres diferentes para reiterar um
padrão de comportamento de negras e brancas
em casos de assédio.
� o uso dos cartões, como os utilizados por juízes
de futebol, atrelados respectivamente à autoriza -
ção e à proibição para diferenciar atitudes.
QUESTÃO 07
QUESTÃO 08
LC – 1.o dia � Página 9
ALUNO_ENEM_PROVA1_24_5_ALICE_2020 19/05/2020 09:00 Página 9
LC – 1.o dia � Página 10
Uma estudante de Direito denunciou ter sido vítima
de racismo e xenofobia por uma passageira do metrô
do Rio de Janeiro, neste sábado. [...] O surto do novo
coronavírus veio acompanhado de outro, de racismo
aliado à xenofobia contra chineses, orientais e seus
descendentes. Histórias de pessoas que, por terem os
olhos puxados, sofreram preconceito em espaços
públicos, mesmo estando sãs, avolumam-se em vários
países. Na França, relatos podem ser lidos na hashtag
#JeNeSuisPasUnVirus – "NãoSouUmVírus". 
O preconceito e o ódio contra o estrangeiro se aliam
à discriminação devido a características físicas, sociais e
culturais de grupos étnicos. No Brasil, isso não é no vo. Não
raro passa despercebido por conta da inte gra ção dessas
minorias à elite branca brasileira. Mas, inevita velmente,
eles são lembrados de que nem toda diferença é tolerada.
Leonardo Sakamoto. “Surto de coronavírus lembra racismo e
xenofobia contra orientais no Brasil”. Adaptado. 
Disponível em: https://noticias.uol.com.br/colunas/leonardo-
sakamoto/2020/02/02/surto-de-coronavirus-lembra-racismo-e-
xenofobia-contra-orientais-no-brasil.htm.
As tipologias textuais, também chamadas de tipos
textuais ou tipos de texto, são as diferentes formas
que um texto pode apresentar, visando responder a
diferentes intenções comunicativas. Nesse texto, o
autor vale-se da tipologia
� dissertativa, já que defende a opinião de que a
histórica xenofobia brasileira apoia-se agora no
surto do coronavírus.
� narrativa, já que narra acontecimentos como os
do metrô e os da França para expor seu ponto de
vista sobre a xenofobia.
� descritiva, já que caracteriza o preconceito e xeno -
fobia e os estrangeiros que sofrem esses ataques
pós-surto do coronavírus.
� injuntiva, já que instrui a maneira de acessar os
relatos franceses por meio da hashtag
#JeNeSuisPasUnVirus (“NãoSouUmVírus").
� dissertativa, já que expõe informações sobre as
atitudes brasileiras contra asiáticos pós-surto do
coronavírus de forma neutra.
Disponível em: https://www.hojemais.com.br/tres-lagoas/noticia/
charge/confira-a-charge-sobre-a-redacao-do-enem. 
Acesso em: 7 maio 2019.
A tira apresentada faz referência à redação do Enem,
na edição de 2015, cujo tema foi “A persistência da
violência contra a mulher na sociedade brasileira”. A
atenção dada ao problema possibilitou, ao Brasil, a
reflexão sobre como resolvê-lo, além de evidenciar
que as medidas de combate foram insuficientes.
Portanto, dessa relação entre a charge e o tema de
redação há
� oposição, entre a mulher que é impossibilitada de
estudar e o homem que tem poder para fazê-lo.
� quebra de expectativa, ao denunciar que a violên -
cia persiste também em ambientes familiares.
� metalinguagem, ao explicar a contradição limí -
trofe do brasileiro em lidar com o problema.
� intertextualidade, na referência à dificuldade de
abordagem do tema em um país patriarcal.
� ironia, ao enfatizar a violência contra mulheres
como complicador de seu acesso à universidade.
QUESTÃO 09 QUESTÃO 10
ALUNO_ENEM_PROVA1_24_5_ALICE_2020 19/05/2020 09:00 Página 10
Disponível em: https://me.me/i/ninguem-sabe-0-dia-de-amanha-
amanha-e-sexta-caramba-14010640
No cartum apresentado, o humor se constrói por meio
da interação inesperada entre as personagens, ge -
rando uma quebra de expectativa. Para atingir esse
efeito, o autor 
� usa linguagem denotativa na fala da primeira per -
sonagem, levando o seu interlocutor a respondê-lo
de forma incoerente.
� vale-se da diferença morfológica do termo amanhã,
pois exerce tanto função de adjetivo quanto de
advérbio, respectivamente.
� alterna o uso da linguagem figurada e da lingua -
gem literal, expressas, respectivamente, na pri -
meira e na segunda falas das personagens.
� recorre à referência político-social do século an -
terior, presente no uso do provérbio “ninguém
sabe o dia de amanhã", incompreensível à socie -
dade atual.
� ironiza o posicionamento reflexivo expresso pelo uso
da linguagem figurada na primeira fala, eviden ciada
pela resposta concisa da segunda personagem.
Disponível em: 
https://pt-br.facebook.com/objetosinanimadoscartoon/photos/
As relações de sentido entre as orações de um texto
podem ser evidenciadas por meio das conjunções.
Analisando o cartum apresentado, assim como as
informações expressas pelos períodos, a conjunção
ou locução que pode ser usada para evidenciar a
relação semântica existente entre eles é
� já que.
� por isso.
� enquanto.
� haja vista.
� conquanto.
QUESTÃO 12QUESTÃO 11
LC – 1.o dia � Página 11
ALUNO_ENEM_PROVA1_24_5_ALICE_2020 19/05/2020 09:00 Página 11
LC – 1.o dia � Página 12
Disponível em: https://br.pinterest.com/
O texto se vale, para construção de seu sentido, tanto
de informações explícitas quanto de informações
implícitas. A fim de analisar a imagem apresentada,
o leitor deve apreender a informação não anunciada
de que as pessoas de etnias negras
� descendem da miscigenação das três etnias
fundadoras da sociedade ocidental (branco, índio
e egípcio), tendo, portanto, raízes históricas que
transcendem à herança cultural imposta pela
escravidão, como evidenciado nas informações
verbais e não verbais.
� são, na realidade, frutos da miscigenação de várias
etnias diferentes, cujas origens assemelham-se às
dos demais povos do Oriente Médio e provêm de
todas as classes sociais, como é evidenciado pelas
informações verbais.
� correspondem a um número reduzido da popu -
lação brasileira que foi escravizada com o intuito
de trabalhar para a aristocracia de países
próximos e amigos da nação brasileira, como é
evidenciado pela informação não verbal.
� são descendentes de povos importantes na for -
ma ção de toda a civilização ocidental, podendo-se
remontar sua origem até a figuras históricas
repre sentantes de realezas, como é evidenciado
pelas informações não verbais.
� originam-se de vários grupos culturais diferentes,
de origens geográficas e sociais diversas,cujas
influências se restringem à formação da cultura
oriental, sem causar grandes impactos na forma -
ção da sociedade atual.
QUESTÃO 13
ALUNO_ENEM_PROVA1_24_5_ALICE_2020 19/05/2020 09:00 Página 12
Frank & Ernest, Bob Thaves
O humor da tira decorre da fala de um dos cães, que afirma que as pessoas não só domesticam os cães, mas
também são domesticadas por eles. Nessa fala, há o uso inadequado do pronome pessoal reto, de acordo com
a norma culta da Língua Portuguesa, pois
� contraria o uso previsto para o registro oral da língua.
� gera ambiguidade na leitura do texto.
� apresenta dupla marcação de sujeito.
� opõe-se à marcação das funções de sujeito e objeto.
� provoca inadequação de regência com o verbo.
O texto prescritivo, uma vez nos remetendo à noção de prescrever, define-se por algo que deve ser cumprido
à risca, cujas instruções são inques tionáveis, ou seja, devemos segui-las ao "pé da letra", de certa forma. Logo,
trata-se de uma imposição de natureza coercitiva. O texto injuntivo, cabe ressaltar que ele já não traz em sua
essência essa natureza tão coercitiva assim, haja vista que apenas induz o interlocutor a proceder desta ou
daquela forma. Assim, torna-se possível substituir um determinado procedimento em função de outro, como
ocorre, por exemplo, com os ingredientes de uma receita culi nária, os quais podem ser substituídos por outros,
dependendo da escolha de quem os utilizar.
Disponível em: https://alunosonline.uol.com.br/portugues/injuntivo-prescritivo-modalidades-textuais-distintas.html
Segundo as definições apresentadas, são exemplos de textos prescritivos e injuntivos, respectivamente:
� edital de concurso público e bula de remédio.
� livro de autoajuda e propaganda comercial.
� manual de instrução e Constituição Federal.
� edital de jornal e discurso político.
� enciclopédia e guia de viagem.
QUESTÃO 14
QUESTÃO 15
LC – 1.o dia � Página 13
ALUNO_ENEM_PROVA1_24_5_ALICE_2020 19/05/2020 09:00 Página 13
LC – 1.o dia � Página 14
Surgiu uma relação profunda entre mim e as
crianças. Bastava dar um estímulo e pronto, elas
reagiam, criavam, brincavam, riam. Uma vez por mês
eu propunha que os pais viessem ver e fazer as aulas
com os filhos, para que vissem a espontaneidade das
crianças. Mas logo descobri que aquele convite era
contraproducente: as crianças se tornavam inibidas e
ficava claro que aquela relação afetuosa e
companheira da sala de aula não existia em casa.
Dessa forma, em pouco tempo desisti dos convites
aos pais. Mas não desisti das aulas: fiquei com um
mesmo grupo de meninas dos oito aos treze, quatorze
anos, e a proposta foi sempre uma aula lúdica. Falava
do corpo, das funções dos ossos, brincávamos de
roda, pedia para que elas dançassem o que gostavam
de dançar nas festas, lia histórias.
Acreditava, nessa época, que é assim que se
estimula um ser criativo. Não adianta colocar uma
criança de sete anos em um Royal Ballet: este é um
método desenvolvido para menininha inglesa, que tem
perna comprida e bumbum fino, enquanto a brasileira
tem perna curta e retaguarda grande. Essas meninas,
coitadas, têm que se adaptar a um método que não
serve para elas. O pior é que tudo vira moda no Brasil,
em pouco tempo: dá status ter um diploma do Royal
Ballet. Como ter pinguim em cima da geladeira.
VIANNA, Klauss. A dança. São Paulo: Summus. 2005. (adaptado)
Klauss Vianna foi coreógrafo, bailarino e professor.
No excerto acima ele comenta sua experiência
ensinando balé clássico para uma turma de crianças.
Infere-se do texto que
� o ensino deve ser feito na ausência dos pais, já
que as crianças não se desenvolvem porque seus
pais as reprimem.
� devem-se criar metodologias de ensino que
adaptem as técnicas de acordo com os potenciais
e necessidades dos educandos.
� os brasileiros, devido a suas diferenças anatô -
micas, devem se expressar por meio de danças
mais adequadas do que o balé.
� a criatividade do brasileiro é sempre prejudicada
pelos modismos muito cafonas, como o pinguim
da geladeira e o balé.
� as potencialidades das jovens bailarinas são
prejudicadas pelas expectativas de status de seus
pais.
QUESTÃO 16
ALUNO_ENEM_PROVA1_24_5_ALICE_2020 19/05/2020 09:00 Página 14
A bola sempre foi o brinquedo preferido de Natália
Pereira, 10 anos, de Florianópolis (SC). Quando tinha
entre 3 e 4 anos, seu pai, o jornalista Fabiano Linhares,
comentou que o chute da menina era "forte, diferente".
"Ah, tá bom!", ironizou a mãe, Karyna Pereira,
empresária do ramo da comunicação. "Ela nem sabe
andar direito ainda!" Com experiência em jornalismo
esportivo, Fabiano sabia do que estava falando.
Em 13 de abril, Nati participou do primeiro torneio
com o Avaí e levantou o troféu em uma competição
de futsal com quatro equipes.
Para Nati chegar às categorias de base do Avaí,
várias barreiras tiveram que ser quebradas. Em 1941,
no governo Getúlio Vargas, um decreto determinou
que "às mulheres não se permitirá a prática de des -
portos incompatíveis com as condições de sua natu -
reza". Em 1965, na ditadura militar, uma delibe ração
listou os esportes proibidos para mulheres, entre eles
o futsal. Só em 1979 as normas foram revogadas.
Desde então, houve um crescimento do futebol
feminino no Brasil. Marta se tornou seis vezes a
melhor jogadora do mundo e muitas brasileiras
passaram a atuar na Europa. Neste ano, todos os
clubes da série A são obrigados a manter um time de
base e um feminino, mas as diferenças deste para o
masculino ainda são grandes. Nati e sua geração têm
muitas barreiras a enfrentar.
Uma delas é a que impede que mulheres sejam
aceitas em competições masculinas. Segundo o Avaí,
garotas podem jogar com garotos até os 13 anos. A
questão, porém, gera divergência. Em 2016, Laura
Pigatin foi impedida de atuar no Campeonato Paulista
de Futebol Sub-13 por ser menina. Neste ano, Maria
Clara Balby só pôde participar do Campeonato
Maranhense de Futebol 7 Sub-11 após sua história
viralizar nas redes sociais e a federação daquele
estado ser pressionada.
[...] Durante as partidas, Nati corre, sua, se esforça,
dribla, divide a bola com intensidade. Nem os
meninos pegam leve com ela, nem ela com os
meninos. Joga como uma garota.
Maurício Frighetto. “De chuteira e laço”. 
In: Piauí 153, junho de 2019. pp. 8-9. (adaptado).
O excerto apresentado traça, brevemente, o percurso
de Nati, Natália Pereira, jogadora de futebol de 10 anos
que almeja construir uma carreira no futsal feminino.
Depreende-se corretamente do texto que, para Nati
conseguir ocupar seu espaço no futebol, foi neces -
sário que
� o jornalista Fabiano Linhares convencesse Karyna
Pereira, mãe da jogadora, sobre seu talento para
o esporte.
� o governo de Getúlio Vargas decretasse como lei o
direito irrestrito da prática desportiva às mulheres.
� a jogadora Marta se tornasse, por seis vezes
consecutivas, a melhor jogadora do mundo,
forçando o governo a permitir o futebol feminino.
� as jogadoras até os 13 anos fossem aceitas em
competições masculinas, comprovando a igualda -
de física de homens e mulheres para o futebol.
� o governo revogasse a lista, divulgada em 1965,
na qual o futsal era proibido às mulheres,
permitindo, assim, que jogadoras surgissem.
QUESTÃO 17
LC – 1.o dia � Página 15
ALUNO_ENEM_PROVA1_24_5_ALICE_2020 19/05/2020 09:00 Página 15
LC – 1.o dia � Página 16
Os signos visuais, como meios de comunicação,
são classificados em categorias de acordo com seus
significados. A categoria denominada indício
corresponde aos signos visuais que têm origem em
formas ou situações naturais ou casuais, as quais,
devido à ocorrência em circunstâncias idênticas,
muitas vezes repetidas, indicam algo e adquirem
significado. Por exemplo, nuvens negras indicam
tempestade. Com base nesse conceito, escolha a
opção que representa um signo da categoria dos
indícios.
�
�
�
�
�
QUESTÃO 18
ALUNO_ENEM_PROVA1_24_5_ALICE_2020 19/05/2020 09:00 Página 16
Texto I
Antes da constituição da cidadania moderna, os
direitos e deveres entre os homens eram definidospor privilégios sociais (posses, rendas, títulos de
nobreza). O surgimento dos direitos civis assinalou
uma mudança substancial nas relações dos homens
em sociedade [...].
Os direitos civis impuseram um nivelamento
jurídico entre os cidadãos, que passaram a ser
considerados iguais perante a lei. As distinções de
origem e classe social continuam a existir, mas não
devem interferir na igualdade jurídica dos cidadãos.
Esse é o princípio básico de tais direitos.
CANCIAN, Renato. “Cidadania e direitos civis – os direitos 
civis e as revoluções do século 18”. Disponível em:
https://educacaouol.com.br. Acesso em: 9 fev. 2020.
Texto II
Disponível em: http//www.jornalavozdearaxa.com.br
O texto I apresenta a noção contemporânea de que
todos os indivíduos, sem distinção de qualquer
ordem, devem ser tratados igualmente perante a lei.
O texto II em relação a esse princípio constitucional
� propaga a legitimidade da Constituição.
� ilustra a ausência de distinção entre ricos e
pobres.
� coíbe a população a procurar apoio jurídico.
� propõe o acesso de minorias sociais à Justiça.
� confirma a existência de casos de exclusão social.
A falta de batata quase destruiu um país
A batata, planta originária do Peru, viajou para a
Europa com os invasores espanhóis e se adaptou que
foi uma beleza. O tubérculo se mostrou resistente ao
frio do norte europeu e virou comida nacional de
países como Alemanha, Polônia, Inglaterra e Bélgica.
Tudo parecia bem quando uma praga, um fungo,
dizimou os batatais europeus entre 1845 e 1849. Só
na Irlanda, que dependia totalmente da batata, um
milhão de pessoas morreram de fome; mais um
milhão emigraram, o que reduziu a população do país
em 25%. A Irlanda quase foi pro beleléu. A praga da
batata causou estragos grandes também na Escócia,
na Bélgica e na Holanda.
Superinteressante. Edição 412-A. Fevereiro/2020
O texto apresenta uma perspectiva histórica sobre a
importância da batata na alimentação dos habitantes
de alguns países europeus. O autor desse texto opta,
em alguns trechos, por uma variedade linguística
mais informal, como se verifica em "foi pro beleléu" e
em
� "viajou para a Europa".
� "que foi uma beleza".
� "virou comida nacional".
� "mais um milhão emigraram".
� "A praga da batata causou".
QUESTÃO 19 QUESTÃO 20
LC – 1.o dia � Página 17
ALUNO_ENEM_PROVA1_24_5_ALICE_2020 19/05/2020 09:00 Página 17
LC – 1.o dia � Página 18
Disponível em: https://www.pcdf.df.gov.br/noticias/8645
Esse cartaz foi composto pela Secretaria de
Segurança Pública do Distrito Federal para a
campanha #MetaaColher. Tendo em vista a função
persuasiva do gênero, é possível concluir que a
desconstrução da máxima "Em briga de marido e
mulher não se mete a colher" incentiva o(a)
� sociedade a se responsabilizar pelas ações
punitivas de crimes contra a mulher.
� cidadão a exercer seu papel social ao denunciar
casos de feminicídio.
� mulher a questionar interferências alheias na
resolução de seus conflitos.
� vítima de violência a expor a vida doméstica para
a sociedade.
� agressor a verificar qual a melhor maneira de
evitar o feminicídio.
Texto I
Canção do exílio
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar – sozinho, à noite –
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá. 
Gonçalves Dias
QUESTÃO 21 QUESTÃO 22
ALUNO_ENEM_PROVA1_24_5_ALICE_2020 19/05/2020 09:00 Página 18
Texto II
André Laurentino
A imagem reproduzida no texto II faz parte da série Poe -
sia Contábil do artista André Laurentino. Trata-se de
uma referência à "Canção do Exílio", do poeta Gon -
ça lves Dias, apresentada no texto I. Analisando a lin gua -
gem utilizada por Laurentino, pode-se afirmar que o
ca ráter inusitado de sua obra se dá pelo fato de o artista
� satirizar o poeta ao representá-lo como funcioná -
rio de uma empresa.
� simplificar a poesia ao transformá-la em gráficos
comuns no setor financeiro.
� representar graficamente a valorização da
natureza do lugar onde o poeta está.
� traduzir o conteúdo dos versos em linguagem
gráfica utilizada no setor financeiro.
� ironizar o trabalho de funcionários da tesouraria
ao transformar a poesia em gráfico.
Embora nenhuma língua natural seja um todo
homogêneo, impermeável e imutável, durante muito
tempo a variação linguística esteve distante das pro -
postas pedagógicas do ensino de Língua Portuguesa
no Brasil. O fato de que em suas mudanças históricas
e sociais as línguas se modificam e diversificam para
atender às necessidades de simbolização e comu -
nicação que se materializam nos modos de produção
da realidade nem sempre foi levado em consideração.
Tomada como modelo e padrão de correção, a
norma culta metropolitana tinha livre circulação em
materiais didáticos, gramáticas prescritivas e dicio -
nários, silenciando as vozes dissonantes. A pesquisa
linguística e o avanço dos estudos de linguagem, no
entanto, demonstraram quanto o mito da hetero -
geneidade linguística é um equívoco em um país com
a diversidade social e cultural do Brasil.
Revista Língua Portuguesa. Edição 80. Pág. 54 (fevereiro de 2020).
O texto aborda a questão da heterogeneidade lin -
guística no Brasil. Após a leitura, conclui-se que tal
conceito coloca em xeque a visão da língua como algo
imutável, visto que
� a heterogeneidade da língua ainda é vista como
um mito.
� a variedade linguística passou a fazer parte das
gramáticas.
� as vozes silenciadas pela norma culta passaram a
ser ouvidas.
� os fatores sociais e culturais influenciam no uso
da língua.
� os materiais didáticos, as gramáticas e os
dicionários utilizam a norma culta.
QUESTÃO 23
LC – 1.o dia � Página 19
ALUNO_ENEM_PROVA1_24_5_ALICE_2020 19/05/2020 09:00 Página 19
LC – 1.o dia � Página 20
Como você usa o método científico 
no dia a dia sem perceber 
Na coluna "Mulheres das Estrelas", astrônomas
explicam o que é o método científico e por que você
deveria usá-lo amplamente na sua vida
Sabia que você faz ciência no seu dia a dia mesmo
sem ser um cientista? E que provavelmente já utiliza
várias das suas estratégias essenciais? Imagine que,
ao usar um novo xampu, você perceba que surgiram
manchas vermelhas no corpo. Nenhuma comida
nova, nada novo... apenas o xampu. Então você se
pergunta: será que o xampu causou as manchas? Dias
depois, de volta ao xampu antigo, você percebe que
as manchas sumiram. Ao tentar usar o xampu novo
mais uma vez, as manchas voltam. Você constata
junto com o dermatologista que sim, esse é o motivo
da alergia. 
Os cientistas têm uma espécie de receita de bolo
para resolver problemas e descobrir coisas novas, o
método científico, usado desde Aristóteles e
aprimorado por Roger Bacon no século 13. Funciona
assim: você identifica um fenômeno de interesse, bola
na sua cabeça algumas perguntas e hipóteses do que
causa aquilo e tenta fazer testes para chegar a uma
conclusão.
Você observou um fenômeno (manchas
vermelhas), bolou a hipótese (“será o xampu novo?”)
e fez testes (usando novamente o xampu e indo ao
médico). Com a conclusão, agora você consegue
prever que terá alergia quando usar esse produto – e
deve, portanto, evitá-lo. Exercitar o pensamento
questionador nos dá o poder de tomar decisões mais
sábias nas nossas vidas, desde como cuidar melhor
da nossa saúde até como não cair em fake news.
[...]
Ana Posses, Duília de Mello e Geisa Ponte 20 fev. 2020.
O artigo de divulgação científica é um expediente que
visa familiarizar as pessoas com a ciência, tomando
por base suas dimensõessociais e políticas. Nesse
sentido, esse tipo de composição pretende
� despertar nas pessoas uma consciência
esclarecida acerca das possíveis aplicações da
ciência no próprio cotidiano.
� formar jovens cientistas para que eles resolvam
os problemas mais imediatos da sociedade em
que estão inseridos.
� fomentar na sociedade a capacidade de agir de
maneira premeditada usando as aplicações da
ciência em situações específicas.
� acautelar as pessoas sobre o perigo de se usar a
ciência no dia a dia sem o devido preparo para
lidar com suas dimensões práticas.
� inculcar nas pessoas que a única forma
satisfatória de se viver na atualidade é
contemplando a ciência em todos os aspectos da
vida.
QUESTÃO 24
ALUNO_ENEM_PROVA1_24_5_ALICE_2020 19/05/2020 09:00 Página 20
Como o coronavírus é transmitido?
As investigações sobre as formas de transmissão
do coronavírus ainda estão em andamento, mas a
disseminação de pessoa para pessoa, ou seja, a
contaminação por gotículas respiratórias ou contato,
está ocorrendo. Qualquer pessoa que tenha contato
próximo (cerca de 1m) com alguém com sintomas
respiratórios está em risco de ser exposta à infecção.
É importante observar que a disseminação de
pessoa para pessoa pode ocorrer de forma
continuada.
Alguns vírus são altamente contagiosos (como
sarampo), enquanto outros são menos. Ainda não
está claro com que facilidade o coronavírus se espalha
de pessoa para pessoa.
Apesar disso, a transmissão dos coronavírus
costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com
secreções contaminadas, como:
• gotículas de saliva;
• espirro;
• tosse;
• catarro;
• contato pessoal próximo, como toque ou aperto de
mão;
• contato com objetos ou superfícies contaminadas,
seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.
O período médio de incubação por coronavírus é
de 5 dias, com intervalos que chegam a 12 dias,
período em que os primeiros sintomas levam para
aparecer desde a infecção.
Disponível em: Ministério da Saúde. Acesso em: 1.o mar. 2020.
A publicidade de utilidade pública destina-se a divul -
gar temas de interesse social e apresenta comando de
ação objetivo, claro e de fácil entendimento. Pela
análise do conteúdo do texto, constata-se que a
divulgação das informações tem como função social
� propagar informações concludentes sobre a
transmissão do vírus.
� informar a população sobre os medicamentos
contra o vírus.
� divulgar políticas sociais de combate ao
coronavírus.
� coibir manifestações de preconceito contra
infectados pelo vírus.
� instruir as pessoas sobre as maneiras de
transmissão do vírus.
QUESTÃO 25
LC – 1.o dia � Página 21
ALUNO_ENEM_PROVA1_24_5_ALICE_2020 19/05/2020 09:00 Página 21
LC – 1.o dia � Página 22
Texto I
Domingo
(...)
Hoje quem joga?... O Paulistano.
Para o Jardim América das rosas e dos pontapés!
Friedenreich fez gol! Corner! Que juiz!
Gostar de Bianco? Adoro. Qual Bartô...
E o meu xará maravilhoso...
– Futilidade, civilização...
ANDRADE, M. de, “Pauliceia desvairada”. In: Poesias completas –
vol. 1. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2013 ,p. 90.
Texto II
O futebol brasileiro, nos primeiros anos daquele
século [1910-1930], era como a República brasileira,
oligárquica e excludente. Apenas um segmento social
minoritário usufruía a possibilidade de ter acesso a
ele; era, assim, uma metáfora da condição política do
país.
GONÇALVES JÚNIOR, R. D. As regras do jogo da terra de Arthur
Friedenreich. p. 21 – Disponível em:
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-03122008-
151457/publico/DISSERTACAO_RENE_DUARTE_GONCALVES_
JUNIOR.pdf. Acesso em: 8 mar. 2020.
A divisão entre as diferentes áreas do conhecimento
nem sempre é estanque, como comprova a com -
paração entre os versos de Mário de Andrade e o
comentário do historiador René Duarte Gonçalves Jú -
nior. Nessas abordagens, nota-se que o futebol
� possuía o tom vibrante e conciliador defendido
pela estética modernista.
� revelava o dinamismo democrático implantado
nos novos centros urbanos.
� ia ao encontro da ideologia do Estado brasileiro
da República Velha.
� era importante para a integração socioeconô -
mica e étnica do povo brasileiro.
� era criticado, alvo de preconceito xenófobo por
ser de origem anglo-saxônica.
Aos afetos, e lágrimas derramadas na ausência da
dama a quem queria bem
Ardor em firme coração nascido;
Pranto por belos olhos derramado;
Incêndio em mares de água disfarçado;
Rio de neve em fogo convertido:
Tu, que em um peito abrasas escondido;
Tu, que em um rosto corres desatado;
Quando fogo, em cristais aprisionado;
Quando cristal em chamas derretido.
Se és fogo, como passas brandamente?
Se és neve, como queimas com porfia?
Mas ai, que andou Amor em ti prudente!
Pois para temperar a tirania,
Como quis que aqui fosse a neve ardente,
Permitiu parecesse a chama fria.
MATOS, G. de. In: WISNIK, J. M. [Sel. e org.]. Poemas escolhidos.
São Paulo: Companhia das Letras, 2010. p. 232.
Esse soneto tematiza o amor. Nota-se que esse senti -
mento é concebido como tendo um caráter 
� impreciso.
� unilateral.
� etéreo.
� paradoxal.
� utilitário.
QUESTÃO 26 QUESTÃO 27
ALUNO_ENEM_PROVA1_24_5_ALICE_2020 19/05/2020 09:00 Página 22
Morte
(Hora de Delírio)
Pensamento gentil de paz eterna,
Amiga morte, vem. Tu és o termo
De dois fantasmas que a existência formam,
– Dessa alma vã e desse corpo enfermo.
Pensamento gentil de paz eterna,
Amiga morte, vem. Tu és o nada,
Tu és a ausência das moções da vida,
Do prazer que nos custa a dor passada.
Pensamento gentil de paz eterna,
Amiga morte, vem. Tu és apenas
A visão mais real das que nos cercam,
Que nos extingues as visões terrenas.
[...]
FREIRE, Junqueira. “Morte”. In: Grandes poetas românticos do
Brasil. Prefácio e notas Antônio Soares Amora. São Paulo: LEP,
1959. V.2, p.62-6.
Esses versos apresentam aguda tensão dramática
proveniente dos impulsos de prazer e destruição. O
eu lírico considera que 
� a existência é um fardo desagradável que não se
pode eliminar.
� a morte é um sofrimento mais intenso que o da
própria existência.
� a consciência sobre a finitude humana leva o ser
ao hedonismo.
� a chegada da morte é deleitosa para os pesares
existenciais.
� a proximidade da morte traz tensões, chamadas
de “dois fantasmas”.
Para os que há muito não estudam a nossa língua
portuguesa, é preciso “começar pelo começo”. Não
tente estudar assuntos como “concordância, regência,
crase” sem antes ter uma boa base em sintaxe de
oração, por exemplo. Não pule a sequência. Quem
estuda, por exemplo, sintaxe do período composto
sem antes estudar sintaxe do período simples, ou
crase antes de regência, não compreende a lógica da
gramática e provavelmente obterá poucos ganhos em
sua empreitada. Portanto, vá com calma. A absorção
dos conteúdos gramaticais requer tempo. Ademais, o
conhecimento “amadurece” em momentos diferentes
em cada estudante. Logo, não se desespere. Acredite
em você. Faça sua parte: estude bastante.
BEZERRA, R. Nova gramática da língua portuguesa para
concursos. RJ: Forense; SP: MÉTODO, 2017.
Em um livro sobre gramática, há a função meta -
linguística. Além disso, ao convidar o receptor a ex -
plorar com calma os conteúdos gramaticais,
per cebe-se a função
� apelativa, pois se propõe a veicular a visão
subjetiva do autor.
� conativa, uma vez que utiliza verbo no imperativo,
exortando o leitor.
� fática, porque incide no canal de comunicação
com o interlocutor.
� poética, por elaborar a mensagem centrada na
própria mensagem.
� emotiva, já que explora linguagem afetiva para
explicar conceitos.
QUESTÃO 28 QUESTÃO 29
LC – 1.o dia � Página 23
ALUNO_ENEM_PROVA1_24_5_ALICE_2020 19/05/2020 09:00 Página 23
LC – 1.o dia � Página 24
Disponível em:
https://fotografia.folha.uol.com.br/galerias/1654476650364388-
charges-janeiro-2020 [Charge 6]. Acesso em: 8 mar. 2020.
A tirinha acima tem por contexto o Fórum Econômico
Mundial (2019), durante o qual diversas discussões
sobre mudanças climáticas ganharam destaque.Seu
efeito de humor deve-se à/ao
� emprego da expressão meio ambiente em
oposição a cenário internacional. 
� concisão da resposta dada pelo entrevistado à
pergunta que lhe foi dirigida. 
� alinhamento entre as questões ambientais e as
árvores artificiais ao fundo.
� duplo sentido que a palavra cenário assume no
contexto em questão.
� oposição entre a expressão meio ambiente e a
realidade do clima frio.
Explico ao senhor: o diabo vige dentro do homem,
os crespos do homem – ou é o homem arruinado, ou
o homem dos avessos. Solto, por si, cidadão, é que
não tem diabo nenhum. Nenhum! – é o que digo. O
senhor aprova? Me declare tudo, franco – é alta mercê
que me faz: e pedir posso, encarecido. Este caso – por
estúrdio que me vejam – é de minha certa impor -
tância. Tomara não fosse... Mas, não diga que o
senhor, assisado e instruído, que acredita na pessoa
dele?! Não? Lhe agradeço! Sua alta opinião compõe
minha valia. Já sabia, esperava por ela – já o campo!
Ah, a gente, na velhice, carece de ter sua aragem de
descanso. Lhe agradeço. Tem diabo nenhum. Nem
espírito. Nunca vi. Alguém devia de ver, então era eu
mesmo, este vosso servidor. Fosse lhe contar... Bem,
o diabo regula seu estado preto, nas criaturas, nas
mulheres, nos homens. Até: nas crianças – eu digo.
Pois não é ditado: “menino – trem do diabo”?
ROSA, J. G. Grande sertão: veredas. 19.a ed. Rio de Janeiro: Nova
Fronteira, 2001, p. 26.
Nesse excerto, o sertanejo Riobaldo, narrador-perso na gem
do romance Grande sertão: veredas, de João Guima -
rães Rosa, discorre sobre a figura do diabo ao recep -
tor imediato. A estratégia persuasiva desse discurso
deve-se ao
� encadeamento do raciocínio lógico-dedutivo, frio,
manifesto ao longo de sua argumentação.
� tom elogioso das capacidades intelectuais do
interlocutor, de quem Riobaldo espera aprovação.
� ajustamento rigoroso da argumentação à doutrina
bíblica, seguindo o Velho Testamento. 
� caráter objetivo de sua opinião, fundamentada
nas experiências pessoais da vida religiosa.
� ao estilo retórico cuja base argumentativa pro -
vém de máximas extraídas da sabedoria popular. 
QUESTÃO 30 QUESTÃO 31
ALUNO_ENEM_PROVA1_24_5_ALICE_2020 19/05/2020 09:00 Página 24
Unidade
As plantas sofrem como nós sofremos. 
Por que não sofreriam 
se esta é a chave da unidade do mundo?
A flor sofre, tocada 
por mão inconsciente. 
Há uma queixa abafada
em sua docilidade.
A pedra é sofrimento 
paralítico, eterno.
Não temos nós, animais, 
sequer o privilégio de sofrer.
ANDRADE, C. D. de. Farewell. In: Poesia completa. Rio de
Janeiro: Nova Aguilar, 2002, p. 1393.
A poesia lírica moderna comumente busca repre sen -
tar temas universais a partir de situações e imagens
do cotidiano. Nesse poema de Carlos Drummond de
Andrade, essa abordagem ocorre pelo(a)
� identidade entre os homens e os demais seres no
que tange ao sofrimento.
� condição existencial humana como causa da
própria autodestruição.
� dissimulação do sofrimento causada pela
agitação da vida pós-moderna.
� inconstância humana causadora de ambiguidades
comportamentais.
� caracterização do homem como ser privilegiado
pela natureza. 
Eu cantarei de amor tão docemente, 
por uns termos em si tão concertados, 
que dous mil acidentes namorados 
faça sentir ao peito que não sente.
Farei que amor a todos avivente, 
pintando mil segredos delicados, 
brandas iras, suspiros magoados,
temerosa ousadia e pena ausente.
Também, Senhora, do desprezo honesto
de vossa vista branda e rigorosa,
contentar-me-ei dizendo a menor parte.
Porém, para cantar de vosso gesto
a composição alta e milagrosa, 
aqui falta saber, engenho e arte.
CAMÕES, Luís de. Sonetos de Camões. Cotia (SP): Ateliê Cultural,
2011, p. 32.
O soneto acima, por seu caráter metalinguístico,
costuma ser colocado no início das publicações líricas
de Camões, pois assemelha-se a uma proposição.
Coerente com essa preocupação explicativa, o eu
poemático indica que a dúvida sobre a criação poética
tem como causa o(a)
� rigor formal da composição.
� beleza sublime da amada.
� temor diante do sentimento.
� o caráter dual do amor.
� o caráter insondável do amor.
QUESTÃO 32 QUESTÃO 33
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Macunaíma representava, assim, o resultado de
um período fecundo de estudos e dúvidas sobre a
cultura brasileira, incorporando traços de uma cultura
não letrada, em que se inseriam indígenas, caipiras,
sertanejos, negros, mulatos e brancos, muitos deles
até então esquecidos nas artes nacionais. Mário, que
nasceu e viveu na cidade de São Paulo, que nunca
saiu do país, foi sem dúvida o personagem mais
significativo nesse processo de “abrasileiramento do
Brasil”.
SCHWARCZ, L. M. e STARLING, H. M. Brasil: uma biografia. São
Paulo: Companhia das Letras, 2015, p. 339.
O Modernismo rompeu com os padrões vigentes
dados pela cultura bacharelesca e acadêmica que
marcava a intelectualidade desde o fim do século XIX.
Desse modo, segundo Lilia Moritz Schwarcz e Heloísa
M. Starling, o fato de Macunaíma, de Mário de
Andrade, promover o “abrasileiramento do Brasil” se
justifica pelo(a)
� caráter peculiar e provinciano de tipos brasileiros,
discriminados hierarquicamente.
� concepção de povo brasileiro a partir da
reiteração ortodoxa de teorias do Naturalismo.
� inserção de elementos formadores do povo
brasileiro, relegados pela visão acadêmica.
� registro dos falares regionais a despeito de sua
valorização pela cultura letrada.
� pesquisa étnica que redundou em uma concepção
uniforme do povo brasileiro.
Texto I
Ismália
Quando Ismália enlouqueceu,
Pôs-se na torre a sonhar...
Viu uma lua no céu,
Viu outra lua no mar.
No sonho em que se perdeu,
Banhou-se toda em luar...
Queria subir ao céu,
Queria descer ao mar...
E, no desvario seu,
Na torre pôs-se a cantar...
Estava perto do céu,
Estava longe do mar...
E como um anjo pendeu
As asas para voar...
Queria a lua do céu,
Queria a lua do mar...
As asas que Deus lhe deu
Ruflaram de par em par...
Sua alma subiu ao céu,
Seu corpo desceu ao mar...
GUIMARAENS, Alphonsus de. Melhores poemas. Seleção de
Alphonsus de Guimaraens Filho. 4.a ed., São Paulo: Global, 2001,
p. 101.
QUESTÃO 35QUESTÃO 34
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Texto II
[...]
No fim das conta é tudo Ismália, Ismália
Ismália, Ismália
Ismália, Ismália
Quis tocar o céu, mas terminou no chão
Ter pele escura é ser Ismália, Ismália
Ismália, Ismália
Ismália, Ismália (Ismália, Ismália)
Quis tocar o céu, mas terminou no chão
Terminou no chão
(Ismália)
(Quis tocar o céu, terminou no chão)
(OLIVEIRA, Leandro Roque de (Emicida) et alii. “Ismália”.
Disponível em: https://www.letras.mus.br/emicida/ismalia-part-
larissa-luz-e-fernanda-montenegro/. Acesso em: 8 mar. 2020.
Os textos muitas vezes dialogam entre si, num
processo conhecido como intertextualidade, como
ocorre nos exemplos acima, extraídos das obras de
Alphonsus de Guimaraens, artista renomado no
século XIX, e Emicida, artista renomado no século
XXI. Considerando os contextos sociais em que estão
inseridas, as duas produções apresentam ideias 
� idealizadoras por igualarem o destino de Ismália.
� opostas por aproximarem a figura feminina do
céu.
� distintas, porque em uma delas é notória a discri -
minação étnica.
� complementares por tematizarem uma mesma
condição.
� encomiásticas ao enaltecerem socialmente Ismália.
(BANKSY. Disponível em:
https://www.canvasartrocks.com/blogs/posts/70529347-121-
amazing-banksy-graffiti-artworks-with-locations. 
Acesso em: 9 fev. 2020.
O grafite tornou-se uma manifestação de arte
reconhecida no mundo como forma de denúncia e
comunicação nos muros. O exemplo reproduzido
acima segue essa proposta por 
� denunciar a falta de acesso do povo aos museus. 
� apontar o limite da comunicação nas ruas.� utilizar o espaço urbano para questionamento.
� popularizar o refinamento artístico no ambiente
urbano. 
� revelar que a comunicação tem como base o
efeito estético.
QUESTÃO 36
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As mudanças, não só tecnológicas, mas também
aquelas influenciadas pelas constantes renovações na
tecnologia que ocorrem na sociedade, impõem a
necessidade de transformação dos modelos crista -
lizados de escola e das formas tradicionais de ensinar,
lançando novos desafios ao professor e à mediação
realizada por ele. Assim, podemos dizer que a ideia
de mediação permanece no modo beta (em constante
construção). A cada dia, novas ações do professor
podem integrar a mediação, conforme as mudanças
sociais ocorridas, o que nos indica a inexistência de
uma única forma de mediar e de uma fórmula para
fazê-lo.
THADEI, J. “Mediação e educação na atualidade”. In: BACICH,
L. & MORAN, J. (orgs.). Metodologias ativas para uma educação
inovadora. Porto Alegre: Penso, 2018, p. 104.
A atualização e renovação dos métodos educativos
têm pautado uma série de discussões sobre a
educação no Brasil. O trecho do texto que confirma a
inevitabilidade dessas mudanças é 
� “impõem a necessidade de transformação dos
modelos cristalizados de escola e das formas
tradicionais de ensinar”.
� “aquelas influenciadas pelas constantes reno -
vações na tecnologia que ocorrem na sociedade”.
� “podemos dizer que a ideia de mediação perma -
nece no modo beta (em constante construção)”.
� “novas ações do professor podem integrar a
mediação, conforme as mudanças sociais ocor -
ridas”.
� “nos indica a inexistência de uma única forma de
mediar e de uma fórmula para fazê-lo”.
Para os que, como eu, irão pular o Carnaval,
aconselho assistir a Indústria Americana, docu -
mentário dirigido por Steven Bognar e Julia Reichert,
que recebeu o Oscar 2020 em sua categoria e foi
produzido pela Higher Ground Productions, do casal
Obama.
TORRES, F. “Negócio da China”. Folha de S.Paulo, 23 de fevereiro
de 2020, p. C5.
A atriz e escritora Fernanda Torres, em sua coluna no
jornal Folha de S. Paulo, indicou o filme Indústria
Americana. Nesse excerto, a cronista deu ao verbo
pular o seguinte sentido:
� dançar animadamente nos blocos carnavalescos.
� elevar-se do chão por impulso dos pés e das
pernas.
� atirar-se de um lugar mais alto para um mais
baixo.
� passar de posição inferior para outra superior.
� omitir algo por distração ou propositalmente.
QUESTÃO 37 QUESTÃO 38
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Final de eleição ---
O candidato derrotado
Sorri no outdoor.
ODA, T. Haicais tropicais. São Paulo: Boa Companhia, 2018, p.159.
O haicai é um poema curto de origem japonesa. A
palavra que o designa é formada por dois termos, hai
(brincadeira, gracejo) e kai (harmonia, reali zação).
Assim, indica-se que esse tipo de poema apresenta
elemento lúdico, que se evidencia na
� ação expressa pelo verbo, oposta ao desfecho da
votação.
� palavra estrangeira outdoor, que indica um país
neocolonizado.
� revelação da derrota do candidato, fato por si só
risível.
� escolha de temática inusual, relativa à disputa
política.
� poesia em prosa , que se opõe à tradição métrica. 
eu durmo comigo
eu durmo comigo/ deitada de bruços eu durmo
comigo/ virada pra direita eu durmo comigo/ eu
durmo comigo abraçada comigo/ não há noite tão
longa em que não durma comigo/ como um trovador
agarrado ao alaúde eu durmo comigo/ eu durmo
comigo debaixo da noite estrelada/ eu durmo comigo
enquanto os outros fazem aniversário/ eu durmo
comigo às vezes de óculos/ e mesmo no escuro sei
que estou dormindo comigo/ e quem quiser dormir
comigo vai ter que dormir do lado.
FREITAS, A. Um útero é do tamanho de um punho. São Paulo:
Companhia das Letras, 2017, p. 57.
Angélica Freitas é uma poeta brasileira que vem se
destacando como uma das vozes mais poderosas da
nova geração. Sua obra retrata com humor, saga -
cidade e muita inteligência a sociedade contempo -
rânea. Em seu poema “eu durmo comigo”, a autora
descreve um perfil feminino que
� sente solidão e aspira a uma companhia, algo
evidenciado pela repetição da frase “eu durmo
comigo”.
� reavalia o conceito de relacionamento e dá àquele
que poderia ser seu amante um lugar secundário
na vida dela.
� mostra resignação diante da condição de exclusão
afetiva a que está submetida a mulher moderna e
empoderada. 
� luta contra a condição de submissão das mulhe -
res, mas ainda espera por um relacionamento
convencional.
� espera passivamente por alguém que possa
dormir ao seu lado abraçando-a com afeto e
eliminando-lhe a solidão. 
QUESTÃO 39 QUESTÃO 40
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AMARAL, Tarsila do. Segunda classe. Disponível em:
https://www.arteeartistas.com.br/segunda-classe-tarsila-do-
amaral/. Acesso em: 17 fev. 2020.
O quadro Segunda classe (1933) é um dos inúmeros
quadros de temática social de Tarsila do Amaral. Essa
obra incide numa questão candente da década de
1930, que foi
� a agrura da seca nordestina.
� a migração para a cidade.
� a degradação moral da família.
� a construção de mitos brasileiros.
� a integração social pelo trem.
Assim chegado a estas plagas hospitalares, nos
demos ao trabalho de bem nos inteirarmos da etnolo -
gia da terra, e dentre muita surpresa e assombro que
se nos deparou por certo não foi das menores tal
originalidade linguística. Nas conversas, utilizam-se
os paulistanos dum linguajar bárbaro e multifário,
crasso de feição e impuro na verna culidade, mas que
não deixa de ter o seu sabor e força nas apóstrofes, e
também nas vozes do brincar. (...) Mas si de tal
desprezível língua se utilizam na conversação os
naturais desta terra, logo que tomam da pena, se
despojam de tanta asperidade, e surge o Homem
Latino, de Lineu, exprimindo-se numa outra
linguagem, mui próxima da vergiliana, no dizer de um
penegirista, meigo idioma, que, com imperecível
galhardia, se intitula: língua de Camões! 
ANDRADE, M. de. Macunaíma. 29. ed., Belo Horizonte/Rio de
Janeiro: Villa Rica, 1993, p. 66.
O texto acima é um trecho de Macunaíma (1928), de
Mário de Andrade, uma das obras mais importantes
do Modernismo brasileiro. Seu enunciador, ao
apontar a existência de duas "línguas" na cidade de
São Paulo, mostra-nos que as variedades linguísticas
são fenômenos que indicam o(a)
� dinâmica variável dos contextos sociais. 
� crítica à inferioridade cultural brasileira. 
� condenação do despojamento modernista. 
� paródia aos escritores do novo estilo literário. 
� padrão volúvel dos conceitos poéticos nacionais.
QUESTÃO 41 QUESTÃO 42
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José
E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, você?
você que é sem nome,
que zomba dos outros,
você que faz versos,
que ama, protesta?
e agora, José?
Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José?
E agora, José?
Sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio — e agora?
(...)
ANDRADE, C. D. de. “José”. In: Poesia completa. Rio de Janeiro:
Nova Aguilar, 2002, p. 106-107.
“José” é um dos poemas mais conhecidos de Carlos
Drummond de Andrade. Ao longo do poema há uma
repetição constante da pergunta “e agora, José?”,
que serve para indicar que o eu lírico 
� soluciona as dúvidas existenciais do seu interlocutor.
� critica os atos inconsequentes do seu confidente.
� faz uma súplica para que seu amigo possa ajudá-lo. 
� frisaa insolubilidade da situação em que se
encontra o receptor. 
� conta sua própria história de fracassos e
inadaptações. 
QUESTÃO 43
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Fragmento
Bem-aventurado o que pressentiu
quando a manhã começou:
não vai ser diferente da noite.
Prolongados permanecerão o corpo sem pouso,
o pensamento dividido entre deitar-se primeiro
à esquerda ou à direita
e mesmo assim anunciou paciente ao meio-dia:
algumas horas e já anoitece, o mormaço abranda,
um vento bom entra nessa janela.
PRADO, A. Bagagem. México: Editorial Praxis/Universidade
Iberoamericana, 2000, p. 142.
No poema acima, de Adélia Prado, diversas ideias
contrárias e dúvidas servem para indicar a
fragmentação do sujeito. Ao final do poema surge um
tom mais ameno, representado 
� na noite, momento em que o sujeito decide
acalmar suas inquietudes.
� nas janelas abertas, que ajudam a ventilar o
ambiente.
� no abrandamento do mormaço, pelo vento que
entra pela janela.
� na expectativa de um novo dia, que traz conforto
emocional para o eu lírico.
� nas horas que passam rápido, fazendo a noite e o
sono chegarem. 
Há alguns anos houve uma campanha com o
nome “Quem é de axé diz que é”, reforçando que
assumir-se “do axé” também é um ensinamento
importante para quebrar estereótipos e difamações.
Exu, por exemplo, que tantos temem, não é o demô -
nio, mas o senhor dos caminhos. Não existe demônio
no candomblé, trata-se de uma invenção cristã.
Iemanjá é, na verdade, negra, como todos os orixás,
já que se trata de uma religião criada por negros.
Aprendemos que Oxum, antes de cuidar dos seus
filhos, limpa suas joias. O candomblé ainda ensina
que não há problema algum em ser sensual, quando
se é fixado nesse lugar. Que a criação das crianças
não depende apenas do sacrifício da mãe, já que é
preciso uma aldeia para fazê-lo, como diz o provérbio.
Que os arquétipos trazidos pelos deuses e deusas des -
sa religião valorizam muitas qualidades que o mun do
criado pelo colonizador demoniza. Que orixá não é san -
to em todos os sentidos, e que isso pode ser liber ta dor,
posto que não existe culpa, outra invenção cristã.
RIBEIRO, Djamila. Quem tem medo do feminismo negro?. São
Paulo: Companhia das Letras, 2018, p. 22-23.
No texto acima, Djamila Ribeiro discute o precon ceito
contra o candomblé. Para tanto, utiliza como estra -
tégia argumentativa:
� opor a cultura brasileira à matriz africana.
� enumerar estereótipos e desconstruí-los.
� diferenciar a macumba do candomblé.
� refutar semelhanças entre religiões.
� explicar os nomes de diversos orixás.
QUESTÃO 44 QUESTÃO 45
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TEXTOS MOTIVADORES
TEXTO I
O art. 4.o do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA, Lei Nº 8069/90), assegurado pelo art. 227 da
Constituição Federal de 1988, aponta que é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao
adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. O
Estatuto ainda garante que crianças e adolescentes devem ser protegidos de toda forma de: negligência,
discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
Disponível em: http://www.crianca.mppr.mp.br/arquivos/File/publi/sedh/cartilha_educativa.pdf. (adaptado).
TEXTO II
Dados do Disque 100 mostram que, só no ano passado, foram registradas um total de 17.093 denúncias de
violência sexual contra menores de idade. A maior parte delas é de abuso sexual (13.418 casos), mas há
denúncias também de exploração sexual (3.675). Só nos primeiros meses deste ano, o governo federal registrou
4,7 mil novas denúncias. Os números mostram que mais de 70% dos casos de abuso e exploração sexual de
crianças e adolescentes são praticados por pais, mães, padrastos ou outros parentes das vítimas. Em mais de
70% dos registros, a violência foi cometida na casa do abusador ou da vítima. 
TEXTO III
O dia 18 de maio é uma data marcada pelo Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de
Crianças e Adolescentes. Em âmbito nacional, o Ministério dos Direitos Humanos é o órgão responsável pela
coordenação das ações de combate a essas violações.
A violência sexual pode ocorrer de diversas formas, entre elas o abuso sexual e a exploração sexual. O abuso
acontece quando a criança ou adolescente é usado para a satisfação sexual de uma pessoa mais velha. Já a
exploração sexual envolve uma relação de mercantilização, em que o sexo é fruto de uma troca, seja financeira,
de favores ou presentes. 
Disponível em: https://www.orientarcentroeducacional.com.br/noticias/diga-nao-a-exploracao-sexual-contra-criancas-e-adolescentes-
denuncie-disque-100.html. (adaptado).
TEXTO IV
Quando a violência é naturalizada, resta somente aprender a conviver com ela, não se tornando necessário
o seu enfrentamento, uma vez que faz parte das relações e dos comportamentos entre os indivíduos. Ao se
naturalizar qualquer expressão de violência, sua produção e reprodução no cotidiano incidirão na desu manização
das relações interpessoais, uma vez que os indivíduos passam a ser concebidos como coisas, em especial as
crianças e os adolescentes, pelo estereótipo e estigma histórico de inferioridade.
Disponível em: http://osocialemquestao.ser.puc-rio.br/media/OSQ_42_SL_2.pdf. (adaptado).
INSTRUÇÕES PARA REDAÇÃO
1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
2. O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas. 
3. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número
de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.
4. Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:
4.1. tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada “texto insuficiente”.
4.2. fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo.
4.3. apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto.
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TEXTO V
TEXTO VI
Diante do reconhecimento da infância e da adolescência como fases importantes na construção da
subjetividade, busca-se cada vez mais estar atento a comportamentos que possam lesar o desenvolvimento
integral de crianças e adolescentes, bem como sensibilizar e conscientizar famílias, comunidade e sociedade em
geral quanto ao problema da violência e da exploração sexual, tão frequentes na realidade brasileira, ainda
tolerante em relação a essas violações de direito.
O combate à violência sexual necessita de engajamento da sociedade, das famílias e do governo na
prevenção dos crimes sexuais, tanto no fortalecimento das denúncias quanto no comprometimento das
instituições, para que juntos possam, por meio de ações acolhedoras e eficazes, garantir a proteção integral de
crianças e adolescentes. 
Disponível em: https://www.mpdft.mp.br/portal/pdf/imprensa/cartilhas/cartilha_violencia_contra_criancas_adolescentes_web.pdf. (adaptado).
PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação,
redija um texto dissertativo-argumentativo, em modalidade escrita formal da língua portuguesa, sobre o tema “Combate
à violência sexual contra crianças e adolescentes no Brasil”, apresentando proposta de intervenção que respeite os
direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu
ponto de vista.
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CIÊNCIAS HUMANAS E SUASTECNOLOGIAS
Questões de 46 a 90
A questão da longevidade e seus impactos sobre
a economia dos países, notadamente o Brasil, são
analisados na seguinte reportagem:
O longo debate sobre a necessidade de uma
reforma básica do sistema de aposentadoria, num
ambiente de pressão crescente do envelhecimento
populacional, evidencia o atraso do Brasil em políticas
públicas para lidar com a nova realidade demográfica.
Hoje, 14% da população é composta por idosos,
percentual que era de aproximadamente 10% em
2011 e vai a 20% em 12 anos, aponta o especialista
em envelhecimento Alexandre Kalache com base em
projeções do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE).
Em 1980 a expectativa de vida era 62,5 anos e em
2016 passa a 75,8 anos. Ou seja, a cada três anos do
calenda ́rio a expectativa de vida avanc ̧ou pouco mais
de um ano. A fertilidade tambe ́m caiu de forma
contundente. Mas não fizemos a reforma e gastamos
13% do PIB com Previde ̂ncia.
“O Japa ̃o, a nac ̧ão mais longeva do mundo, gas ta
10%, embora tenha uma populac ̧ão com mais de 65
anos 350% maior que a nossa. O agravante e ́ que
vamos multiplicar por cinco nossa populaçaõ de idosos
nos pro ́ximos 50 anos”. compara o economista.
“Em 1840, 10% dos franceses tinham mais de 60 anos,
que só passaram a 20% no fim do século XX, percor -
ridos 145 anos. Vamos dobrar essa proporção em 19
anos, ciclo que se completará em 2030. É uma fração
do tempo, apenas uma geração para dar um salto que
a França levou seis gerações para concluir”, diz ele.
Valor Econômico, 16 ago. 2019.
Para que a população idosa possa usufruir de uma
condição de vida melhor num futuro de idades cada
vez mais longevas, seria necessário adotar
� um programa que beneficiasse a migração de
pessoas idosas para países ricos.
� uma reforma da previdência que equilibrasse suas
finanças, aumentando a disponibilidade de renda
dos idosos.
� copiar o modelo previdenciário das nações mais
ricas.
� apenas sobretaxar a população ativa para que ela
possa sustentar a população idosa.
� promover a transferência total do sistema
previdenciário público para o privado.
“Para a alma, a religião constitui um consenso
normal exatamente comparável ao da saúde em
relação ao corpo.”
Augusto Comte
A Sociologia nasceu sob a bandeira do positivismo,
que lhe deu as primeiras feições científicas. Os
positivistas não reivindicaram, em princípio, um
método próprio para as ciências sociais. Isso é
observável pois
� por reconhecer as diferenças entre fenômenos do
mundo físico-natural e do mundo social, o po -
sitivismo buscou um método próprio para a
Sociologia.
� o positivismo nunca enfatiza a coesão e a har -
monia entre os indivíduos como solução de
conflitos, para alcançar o progresso social. 
� o positivismo endereça uma contundente crítica à
sociedade europeia do século XIX, sobretudo em
razão das desigualdades sociais oriundas da
consolidação do capitalismo. 
� o positivismo utiliza recorrentemente a metáfora
organicista para se referir à sociedade como um
todo constituído de partes integradas e coesas,
funcionando harmonicamente, segundo uma
lógica física ou mecânica. 
� o positivismo defende uma concepção
evolucionista da história social, segundo a qual o
estágio mais avançado seria dominado pela
metafísica e religião.
QUESTÃO 46
QUESTÃO 47
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O IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística – realiza no território nacional diversas
pesquisas, entre elas a chamada “Outras Formas de
Trabalho”, da qual emergiram os seguintes dados:
Folha de S.Paulo, 27 abr. 2019.
O conjunto de informações disponibilizado pode levar
a concluir pela (o)
� supremacia do trabalho masculino, que não pode
sujeitar-se a afazeres domésticos.
� exclusividade do trabalho feminino nos trabalhos
domésticos.
� evidência da dupla jornada de trabalho fe minino.
� baixo valor pago pelos afazeres domésticos, que
afasta o interesse do trabalho masculino.
� destinação de trabalhos leves domésticos para a
mão de obra feminina, mais frágil.
QUESTÃO 48
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Entre 1508 e 1512, Michelangelo pintou o teto da
Capela Sistina no Vaticano, um marco da civilização
ocidental. Revolucionária, a obra chocou os mais
conservadores, pela quantidade de corpos nus,
possivelmente, resultado de seus secretos estudos de
anatomia, uma vez que, no seu tempo, era necessária
a autorização da Igreja para a dissecação de
cadáveres.
Recentemente, perceberam-se algumas peças
anatômicas camufladas entre as cenas que compõem
o teto. Alguns pesquisadores conseguiram identificar
uma grande quantidade de estruturas internas da
anatomia humana, que teria sido a forma velada de
como o artista “imortalizou a comunhão da arte com
o conhecimento”.
Uma das cenas mais conhecidas é “A criação de
Adão”. Para esses pesquisadores ela representaria o
cérebro num corte sagital, como se pode observar nas
figuras a seguir.
BARRETO, Gilson e OLIVEIRA, Marcelo G. de. A arte secreta de
Michelangelo – Uma lição de anatomia na Capela Sistina. ARX.
Considerando essa hipótese, uma ampliação inter -
pretativa dessa obra-prima de Michelangelo expres -
saria
� o Criador dando a consciência ao ser humano,
manifestada pela função do cérebro.
� a separação entre o bem e o mal, apresentada em
cada seção do cérebro.
� a evolução do cérebro humano, apoiada na teoria
darwinista.
� a esperança no futuro da humanidade, revelada
pelo conhecimento da mente.
� a diversidade humana, representada pelo cérebro
e pela medula.
Atente para a notícia que dá conta dos sérios
danos causados pelas enchentes ocorridas em Minas
Gerais em fins de janeiro de 2020:
Desde sexta (24), as chuvas em Minas deixaram
55 mortos. Cerca de 50 mil pessoas ainda estão fora
de casa. Considerando-se o período desde outubro do
ano passado, 64 pessoas morreram no estado em
episódios relacionados aos temporais, recorde nos
últimos cinco anos. Até então, o maior número de
mortes havia sido 18, nas temporadas 2016/2017 e
2018/2019.
Cento e uma cidades mineiras entraram no de -
creto estadual de emergência e cinco decretaram
calamidade pública.
Folha de S.Paulo, 31 jan. 2020.
É mais provável que, no caso de Minas Gerais,
� não tenha ocorrido qualquer tipo de intem -
perismo, já que as regiões atingidas são total -
mente transformadas pela atividade antrópica.
� tenha ocorrido apenas tectonismo, dada a
violência das enxurradas.
� tenham ocorrido movimentos orogenéticos, pois
a reação das rochas à agua da chuva provocou os
deslizamentos.
� tenha havido o intemperismo químico, com a for -
mação de solos de grande espessura, o que, as -
sociado à saturação do solo pelas chuvas,
de sen cadeou o movimento de massa.
� tenha predominado a epirogênese positiva.
QUESTÃO 49
QUESTÃO 50
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CH – 1.o dia � Página 38
Em sala de aula, o professor lê para seus alunos
uma passagem de um manual francês de História, do
curso secundário, que explicava o domínio da França
sobre as populações do norte da África:
“A França deseja que as crianças árabes sejam tão
bem instruídas quanto as crianças francesas. Isso
prova que a França é boa e generosa com os povos
que ela submeteu.”
Petit Lavisse, 1884.
Da leitura e discussão sobre o texto, o professor pôde
concluir, com seus alunos, que, nas escolas francesas,
havia apresentação e difusão da colonização como
� imposição militar da raça branca sobre os povos
negros do mundo.
� domínio dos países industrializados sobre regiões
fornecedoras de matérias-primas.
� missão cristã de evangelização das populações
muçulmanas do Magreb.
� esforço de expansão da rede privada do ensino
francês para outros continentes.
� atividade em prol dos dominados porque movida
por objetivos civilizacionais.
Leia o texto: Porém, sair do estado aporético exi -
gia que o interlocutor abandonasse os seus pré-con -
ceitos

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