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1 - A Constituição Federal e o meio ambiente

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1 - A Constituição Federal e o meio ambiente1 - A Constituição Federal e o meio ambiente
A preocupação com a inserção do homem no ambiente é bastante recente, sobretudo a partir da segunda metade do século passado. Como diz Machado (1982, p. 6): “Não se separa o homem e seu ambiente como compartimentos estanques”.
Por isso, é bom destacar a Constituição de 1988, que ratificou esse interesse pela temática ambiental ao criar um capítulo inteiro para a discussão dela, o capítulo VI. A constitucionalização da proteção do meio ambiente é tendência internacional, contemporânea do surgimento e do processo de consolidação do Direito Ambiental.
No presente texto, portanto, faremos uma análise dos fundamentos ético-jurídicos e das técnicas de constitucionalização do meio ambiente, em especial na Constituição Federal de 1988.
Vamos começar com o único artigo do capítulo VI, uma vez que é no art. 225 que se encontra o núcleo principal da proteção do meio ambiente na Constituição de 1988.
Art. 225 - Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
Repare que, logo no início, o Estado brasileiro quer deixar claro que todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado. Isso significa dizer que não é qualquer meio ambiente que é bom para a população, mas sim aquele que é ecologicamente equilibrado, ou seja, com qualidade.
É fundamental destacar que esse bem, o meio ambiente ecologicamente equilibrado, é para todos, tanto desta geração quanto da futura. Devemos preservá-lo. Isso está associado ao conceito de desenvolvimento sustentável.
De acordo com Rodrigues (2008), ao ser tachado de essencial à sadia qualidade de vida, o meio ambiente tornou-se indissociável de uma vida saudável, vinculando o ambiente equilibrado a uma condição imprescindível para acesso à saúde.
Continuemos com a Constituição:
Art. 225 [...] § 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:
Aula I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico das espécies e ecossistemas.
No primeiro inciso, já há a obrigatoriedade de restaurar processos ecológicos desfeitos. A Constituição Federal é taxativa e transferiu esse ônus ao Poder Público.
FIGURA 3 – Organismo geneticamente modificado
Fonte: Cherries/Shutterstock
Nesse caso, é bom também diferenciar as ações verbais:
· Preservar: significa, de maneira mais ampla, a manutenção do bem, nesse caso, ambiental.
· Restaurar: é o ato de não apenas lhe conferir estabilidade, mas recuperar, o mais possível, as características originais.
· De acordo com Rodrigues (2008), há diferenças fundamentais entre recuperar e restaurar o meio ambiente. As políticas de recuperação não possuem compromisso com a condição original do ambiente degradado, mas principalmente com o restabelecimento do equilíbrio ambiental. Por sua vez, o termo restaurar é usado para definir as políticas de restituição de um ecossistema degradado o mais próximo possível a sua condição original.
Verifique também que o inciso deixa claro que cabe ao Poder Público prover o manejo ecológico das espécies e ecossistemas, ou seja, precisam-se desenvolver práticas de conservação ambiental.
“II - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético.”
Ao Poder Público, também ficou a incumbência de preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do país e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e à manipulação desse material. É bom sempre lembrar de que o Brasil é um dos países que abrigam maior biodiversidade no planeta.
Atualmente, a Lei nº 11.105/05 fixou normais de segurança e mecanismos de fiscalização de atividades que envolvam organismos geneticamente modificados (OGMs) e seus derivados.
Aula III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção.
Foi imposta também ao Estado a missão de definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais que devam ser protegidos. Essa norma foi regulamentada, posteriormente, pela Lei nº 9.985/00, que instituiu o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (figura 4).
De acordo com a Lei nº 9.985/00, existem cinco tipos de unidades de conservação:
(1) Estação ecológica. As áreas assim determinadas são de domínio público, ou seja, se alguma propriedade particular estiver incluída no projeto, ela é desapropriada. É aberta somente a visitação com objetivo educacional, desde que previsto em seu plano de manejo. Até mesmo as pesquisas científicas devem ser autorizadas.
(2) Reserva biológica. Possui as mesmas características da estação ecológica, porém seu uso é mais restrito. Esta tem como objetivo a preservação da natureza e a realização de pesquisas científicas. Já a reserva biológica tem o objetivo único de proteger integralmente a biota sem nenhuma interferência humana, a não ser para medidas de recuperação.
3) Parque nacional. Também é de domínio público (pode ainda ser estadual ou municipal), mas, ao contrário das UCs (unidades de conservação) anteriores, pode ser utilizado para recreação, pesquisa científica, turismo ecológico e demais atividades educativas, desde que previstas no seu plano de manejo. As pesquisas devem ser autorizadas.
(4) Monumento natural. É uma reserva que pode ser particular, desde que o uso pelos seus proprietários corresponda ao objetivo da UC, que é preservar sítios naturais raros, singulares ou de grande beleza cênica.
(5) Refúgio da vida silvestre. Tem como objetivo proteger áreas naturais necessárias para a reprodução e a manutenção de espécies. Da mesma forma que o monumento natural, o refúgio 
da vida silvestre pode ser particular, desde que respeitados os objetivos da UC. Caso contrário, a área pode ser desapropriada.
Veja que apenas lei formal poderá estabelecer qualquer possibilidade de alteração ou supressão dos recursos ambientais existentes nessas unidades de conservação.
Aula 4 “IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade.”
FIGURA 5 – Poluição da água causada por mineração de cobre
Fonte: Mikadun/Shutterstock
Constitucionalizou-se a exigência de estudo prévio de impacto ambiental para a instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação ambiental. Os estudos ambientais tornaram-se, a partir da Carta Magna, parte integrante e imprescindível de licenciamento ambiental, tanto para empreendimentos públicos como privados. É só ver o exemplo do processo de licenciamento da menina dos olhos do governo Lula, a Hidrelétrica de Belo Monte.
Existem duas resoluções importantes a ser comentadas nesse caso:
a. Resolução Conama nº 1/86: estabelece as definições, as responsabilidades, os critérios básicos e as diretrizes gerais para uso e implementação da Avaliação de Impacto Ambiental.
b. Resolução Conama nº237/97: organiza os procedimentos e os critérios utilizados no licenciamento ambiental, de forma a efetivar a utilização do sistema de licenciamento como instrumento de gestão ambiental, e lista os empreendimentos que necessitam de Estudos de Impactos Ambientais (EIA/Rima) porque desenvolvem atividades potencialmente causadoras de significativa degradação ambiental.
“V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente.”
Esse inciso recorre aos princípios de precaução e de prevenção. O primeiro diz respeito ao fato de que, se não se conhece ou nãose controla as consequências que o uso de técnicas, métodos e sinergia de substâncias podem causar à vida e ao ambiental, então é melhor não empregá-lo. No segundo caso, a situação é um pouco diferente. Se há a hipótese conhecida de risco, precisam-se desenvolver técnicas para enfrentar o limite máximo de consequências negativas.
Cabe ao Poder Público também estabelecer limites de emissões que possam de alguma forma ameaçar o equilíbrio ambiental e pôr em risco a vida humana.
“VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente.”
Como diz Rodrigues (2008), a educação é a única ferramenta capaz de alterar a cultura e os costumes de um povo. O inciso VI foi regulamentado pela Política Nacional de Educação Ambiental (Lei nº 9.795/99).
Parte 5 “VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade.”
O número inigualável de espécies de plantas, peixes, anfíbios, pássaros, primatas e insetos faz com que o nosso país seja alvo da biopirataria, termo usado para caracterizar o desvio ilegal das riquezas naturais (flora e fauna) e do conhecimento das populações tradicionais sobre a utilização deles (CAVALCANTE, 2010).
De acordo com a ministra do Meio Ambiente em 2010, Izabella Teixeira, “O Brasil é o G1 da biodiversidade”. Segundo ela, é fundamental regulamentar os recursos genéticos do país (AGUIAR, 2010).
Também é bom destacar que o Brasil aparece ao lado da Austrália, do México, da China e da Indonésia como um dos países que reúnem o maior número de espécies ameaçadas. Se tais práticas não forem contidas, o equilíbrio ambiental estará certamente fadado à extinção.
De acordo com Gomes (2007), ainda faltam no Brasil instrumentos de repressão penal e uma lei que regulamente o setor. A difícil interpretação jurídica e as atuais exigências burocráticas para autorização de pesquisas de campo sobre biodiversidade desestimulam o desenvolvimento científico e econômico, impedindo o objetivo maior, que é repartir benefícios para todas as cadeias que participaram da geração desse conhecimento.
Atualmente, o tema está regulamentado no país pela Medida Provisória nº 2.186/01, editada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Ainda está tramitando na instância pública o anteprojeto da Lei de Acesso a Recursos Genéticos, Conhecimentos Tradicionais e Repartição de Benefícios.
Atualmente, o Ministério de Minas e Energia elaborou uma nova proposta para a regulamentação da atividade de mineração no Brasil, com o objetivo de fortalecer o processo regulatório, por meio da criação da Agência Nacional de Mineração (ANM), de atrair investimentos para o setor e de acabar com a informalidade na área.
§ 3º - As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados.
De acordo com Rodrigues (2008), esse dispositivo é iluminado pelo princípio da ubiquidade, por meio do qual o agente de uma conduta nociva ao meio ambiente é responsabilizado nas três esferas de poder: administrativa, penal e civil. Traduz-se que uma única atitude contrária ao equilíbrio ambiental gera a tríplice responsabilização do agente, com punições administrativas, penais e civis.
A diferença entre as responsabilidades é:
· Administrativa: aplica-se às pessoas jurídicas e corresponde ao dever de observar procedimentos garantidores de lisura, transparência e equidade para manter vínculo com a Administração Pública.
· Civil: é a responsabilidade de reparar danos causados a terceiros.
· Penal: é definida na Lei de Crimes Ambientais e pode colocar na cadeia os responsáveis por um dano ambiental.
§ 4º - A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira são patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais.
Nesse caso, quis o legislador que houvesse o reconhecimento da importância dos biomas brasileiros, por isso eles são considerados patrimônio nacional. Verifique que, embora se deva assegurar a sua preservação, eles não são intangíveis e podem ser utilizados de maneira sustentável. A lei autoriza, mas limita a sua exploração.
Destaca-se, no entanto, que o cerrado não está presente nessa legislação. Quando foi elaborada a Carta Magna, o Brasil estava passando por amplo processo de implantação do agronegócio na região Centro-Oeste brasileira, e havia o interesse de não resguardar esse importante bioma.
“§ 5º - São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos Estados, por ações discriminatórias, necessárias à proteção dos ecossistemas naturais.”
Durante o Brasil Colônia, as terras eram divididas pelas capitanias hereditárias (sabia-se de quem elas eram). Quando o país se tornou independente, a Lei das Terras, de 1850, limitou o acesso a elas. Somente se poderiam adquirir terras por compra e venda ou por doação do Estado. Portanto, a maior parte daquelas terras das capitanias hereditárias ficou sem dono.
Terras devolutas são terras que não pertencem ao domínio público, nem ao particular. Seriam, portanto, terras de ninguém. De acordo com o legislador, elas devem conglobar os recursos ambientais existentes, portanto, determina-se a sua indisponibilidade para outras ações, como para a reforma agrária (figura 10).
“§ 6º - As usinas que operem com reator nuclear deverão ter sua localização definida em lei federal, sem o que não poderão ser instaladas.”
O país já detém a sétima maior reserva de urânio do mundo, de acordo com dados da Associação Brasileira de Energia Nuclear (Aben), e está entre os sete países que têm conhecimento e meios para gerar energia elétrica de fonte nuclear.
TABELA 1 – As 10 maiores reservas conhecidas recuperáveis - 2007
	 
	País
	Reserva
	1
	Austrália
	1.243.000
	2
	Cazaquistão
	817.000
	3
	Rússia
	546.000
	4
	África do Sul
	435.000
	5
	Canadá
	423.000
	6
	EUA
	342.000
	7
	Brasil
	278.000
	8
	Namíbia
	275.000
	9
	Níger
	274.000
	10
	Ucrânia
	200.000
No interesse nacional, reservou-se ao Congresso Nacional, por lei federal, definir a localização de usinas que operem com reator nuclear. Até agora, apenas as usinas de Angra, cujas localizações já estavam definidas anteriormente à Constituição, estão em funcionamento, no Rio de Janeiro (figura 11).
Após a construção da terceira usina em Angra, no Rio de Janeiro, o governo pretende investir na tecnologia nuclear no Nordeste e no Sudeste. Em 2009, houve o lançamento do Programa Nuclear Brasileiro: Autonomia e Sustentabilidade do País, e divulgou-se que o país precisa dobrar sua capacidade de geração energética até 2030. Para atingir essa meta, o Plano Nacional de Energia – PNE 2030 – estabelece cenários de implantação entre 4.000 MW e 8.000 MW de usinas termonucleares até esse ano (ROTHMAN, 2009).
Reservas nacionais de urânio, unidades de extração, beneficiamento e produção de elementos combustíveis e usina termonuclear de Angra dos Reis.
Fonte: Eletrobras (2010)
Questionário
Quanto aos tipos de unidades de conservação, determine quais afirmações são verdadeiras ou falsas:
Estação ecológica: As áreas assim determinadas são de domínio público, ou seja, se alguma propriedade particular estiver incluída no projeto, ela é desapropriada.
R: verdadeiro
Reserva biológica: Possui as mesmas características da estação ecológica. Tem como objetivo a realização de pesquisas científicas, sendo permitida a interferência humana para sua exploração com esse fim.
R: verdadeiro
Parque nacional: Área de domínio particular, podendo ser utilizado para recreação, pesquisa científica, turismo ecológico e demais atividades educativas, desde que previstas no seu plano de manejo.
R: falso
Refúgio da vida silvestre: Tem como objetivo proteger áreas naturaisnecessárias para a reprodução e a manutenção de espécies. Pode ser particular, recebendo fundos da exploração, como recreação, pesquisa científica, turismo ecológico e demais atividades educativas, desde que previstas no seu plano de manejo.
R: verdadeiro
Refúgio da vida silvestre: Tem como objetivo proteger áreas naturais necessárias para a reprodução e a manutenção de espécies. Pode ser particular, recebendo fundos da exploração, como recreação, pesquisa científica, turismo ecológico e demais atividades educativas, desde que previstas no seu plano de manejo.
R: falso
Monumento natural: É uma reserva que pode ser particular, desde que o uso pelos seus proprietários corresponda ao objetivo da UC, que é preservar sítios naturais raros, singulares ou de grande beleza cênica.
R: verdadeiro
Complete o texto do inciso a seguir com um dos deveres do Poder Público referente ao meio ambiente:
“VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente.”
Parque nacional: Área de domínio particular, podendo ser utilizado para recreação, pesquisa científica, turismo ecológico e demais atividades educativas, desde que previstas no seu plano de manejo.
Verdadeiro
Falso
Refúgio da vida silvestre: Tem como objetivo proteger áreas naturais necessárias para a reprodução e a manutenção de espécies. Pode ser particular, recebendo fundos da exploração, como recreação, pesquisa científica, turismo ecológico e demais atividades educativas, desde que previstas no seu plano de manejo.
Verdadeiro
Falso
Monumento natural: É uma reserva que pode ser particular, desde que o uso pelos seus proprietários corresponda ao objetivo da UC, que é preservar sítios naturais raros, singulares ou de grande beleza cênica.
Verdadeiro
Falso
Quanto aos tipos de unidades de conservação, determine quais afirmações são verdadeiras ou falsas:
Estação ecológica: As áreas assim determinadas são de domínio público, ou seja, se alguma propriedade particular estiver incluída no projeto, ela é desapropriada.
Verdadeiro
Falso
Reserva biológica: Possui as mesmas características da estação ecológica. Tem como objetivo a realização de pesquisas científicas, sendo permitida a interferência humana para sua exploração com esse fim.
Verdadeiro
Falso
Parque nacional: Área de domínio particular, podendo ser utilizado para recreação, pesquisa científica, turismo ecológico e demais atividades educativas, desde que previstas no seu plano de manejo.
Verdadeiro
Falso
Refúgio da vida silvestre: Tem como objetivo proteger áreas naturais necessárias para a reprodução e a manutenção de espécies. Pode ser particular, recebendo fundos da exploração, como recreação, pesquisa científica, turismo ecológico e demais atividades educativas, desde que previstas no seu plano de manejo.
Verdadeiro
Falso
Monumento natural: É uma reserva que pode ser particular, desde que o uso pelos seus proprietários corresponda ao objetivo da UC, que é preservar sítios naturais raros, singulares ou de grande beleza cênica.
Verdadeiro
Falso

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