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MECÂNICA DOS SOLOS Aula 1: Apresentação da disciplina. Origem e Natureza dos Solos: Introdução à mecânica dos solos. Partículas constituintes dos solos. Sistemas Solo ar-água. DISCIPL INA: MECÂNICA DOS SOLOS CURSO: 3º ANO TÉCNICO INTEGRADO EM EDIF ICAÇÕES PROF.ª MSC. ISABELA S ILVA DE CARVALHO Apresentação 2 1. A Professora: nome, contato, moodle. ◦ REGRAS EM SALA DE AULA 2. Os alunos: ◦ Nome ◦ Por que escolheu Técnico em Edificações? ◦ O que esperam dessa disciplina? 3. Objetivo da disciplina: Adquirir os conceitos básicos de Mecânica dos Solos, assim como conhecimento em aplicações práticas. Tornar apto à execução de ensaios de laboratório seguindo suas respectivas normas. Ementa Origem e Natureza dos Solos: Introdução à mecânica dos solos. Partículas constituintes dos solos. Sistemas Solo ar-água. Identificação Táctil Visual de solos: Testes expeditos, aula práticas, atividades de laboratório. Determinação do teor de umidade dos solos: método de determinação. Conceitos, aplicações, normas. Determinação do peso específico natural dos solos: método de determinação. Conceitos, aplicações, normas. O Estado do Solo: Cálculo dos índices físicos de estado, compacidade das areias, consistência das argilas. Coleta e tratamento de amostras e Ensaios de Caracterização: Determinação dos limites de Atteberg e da curva granulométrica. Classificação dos Solos: Classificação unificada; Sistema rodoviário de classificação; sistemas regionais de classificação. Compactação dos Solos: Conceitos. Energia normal e modificada. Normas. Índice de suporte Califórnia. Atividades de laboratório. Tensões no solo: Tensões devida ao peso próprio. Tensão neutra e tensão efetiva. Permeabilidade dos Solos: Velocidade da água no solo; força de percolação; tensões no solo submetido a percolação. Traçados de redes de fluxo bidimensionais. Interpretação de redes de fluxo. Tensões Verticais devidas a Cargas externas: Aplicação da teoria da elasticidade. Soluções simplificadas. Deformações devido a carregamentos verticais: Recalque imediato. Recalque por adensamento primário. Recalque por adensamento secundário. Tópicos sobre resistência e Estado de tensões critérios de ruptura: comportamento típico das areias; ângulos de atrito típicos. Coeficientes de empuxo em repouso; tensões num plano; critérios de ruptura. Métodos de determinação da resistência em laboratório. Ensaios UU, CU, CD. 3 Bibliografia Bibliografia básica PINTO, C. S. Curso básico de mecânica dos solos. 3 ed., Oficina dos textos, 2002. CAPUTO, H. P. Mecânica dos solos e suas aplicações. Volume 1. São Paulo: Livros Técnicos e Científicos, 6ª edição, 2011. CRAIG, R. F. Mecânica dos solos.7º edição. São Paulo: LTC,2007. Bibliografia complementar CAPUTO, H. P. Mecânica dos solos e suas aplicações. Volume 2. São Paulo: Livros Técnicos e Científicos, 6ª edição, 2011. CAPUTO, H. P. Mecânica dos solos e suas aplicações. Volume 3. São Paulo: Livros Técnicos e Científicos, 4ª edição. MASSAD, F. Mecânica dos solos experimental. São Paulo: Oficina de Textos, 2016. PINTO, C.S. Curso básico de mecânica dos solos – Exercícios resolvidos. São Paulo, SP: Oficina de Textos,2001. TERZAGHI, K. Mecânica dos solos na prática da engenharia. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1962. 4 Calendário 5 Calendário 6 Avaliação 1º Trimestre: Atividades EAD (2,0) + Relatórios de ensaios de laboratório (3,5) + Avaliação teórica A1 (4,5) = 10 2º Trimestre: Atividades EAD (2,0) + Relatórios de ensaios de laboratório (3,5) + Avaliação teórica A2 (4,5) = 10 3º Trimestre: Atividades EAD (2,0) + Relatórios de ensaios de laboratório (3,5) + Avaliação teórica A3 (4,5) = 10 Nota final= 0,3.T1 + 0,3.T2 + 0,4.T3 7 Atividades EAD 1. EAD 1: 07/03/20 – 21/03/20 2. EAD 2: 18/04/20 – 02/05/20 3. EAD 3: 30/05/20 – 13/06/20 4. EAD 4: 15/08/20 – 29/08/20 5. EAD 5: 26/09/20 – 10/10/20 6. EAD 6: 14/11/20 – 28/11/20 8 1º TRIMESTRE 2º TRIMESTRE 3º TRIMESTRE Atividades EAD 9 Atividades EAD 10 Datas das Avaliações Avaliação A1 e Entrega do Relatório 1: 24/04/20; Avaliação A2 e Entrega do Relatório 2: 21/08/20; Avaliação A3 e Entrega do Relatório 3: 27/11/20. 11 Trabalhos 1. Trabalho 1: Desenhos de polígonos com o uso de instrumentos. (02/04/20 - 23/04/20) 2. Trabalho 2: Construções geométricas: bissetrizes, perpendiculares e paralelas. Circunferências e tangências. (23/04/20 – 30/04/20) 3. Trabalho 3: Projeções ortogonais. (30/07/20 – 13/08/20) 4. Trabalho 4: Cortes. (20/08/20 – 03/09/20) 5. Trabalho 5: Representação gráfica de instalações e diagramas elétricos (CAD). (12/11/20 – 03/12/20) 12 Trabalhos: Relatórios e listas 1. Relatório 1: Caracterização do solo: Umidade higroscópica, Massa específica, Limite de plasticidade; 2. Relatório 2: Umidade higroscópica, Massa específica, Limite de plasticidade; Limite de liquidez, Sedimentação, Peneiramentos, Curva de compactação e CBR. 3. Relatório 3: Umidade higroscópica, Massa específica, Limite de plasticidade; Limite de liquidez, Sedimentação, Peneiramentos, Curva de compactação e CBR; Permeabilidade dos solos. 13 REGRAS DAS AULAS DE LABORATÓRIO 1. Sapato fechado; 2. Calça comprida; 3. Proibido alimentos; 4. Não mexer em equipamentos que não estão sendo utilizados na aula; 5. Respeitar os técnicos; 6. Ao final dos ensaios: LAVAR, LIMPAR E GUARDAR. CUIDE DO LABORATÓRIO, É SEU TAMBÉM! 14 Engenharia Geotécnica: estudar as propriedades físicas e mecânicas dos solos e rochas e suas aplicações em obras de Engenharia Civil, quer como material de construção, quer como suporte. 15 O que é Mecânica dos Solos? 16 Estuda o comportamento dos solos para questões relacionadas à Engenharia Civil. (Souza Pinto, 2006) 17 A Mecânica dos solos tenta descrever e equacionar soluções para um meio anisotrópico, heterogêneo, desuniforme e descontínuo. 18 Como a Mecânica dos Solos se aplica à Construção Civil? 19 Todas as obras de construção civil se assentam sobre o terreno e inevitavelmente requerem que o comportamento do solo seja considerado. 20 21 1. Histórico 22 • Mecânica dos solos surgiu como ciência em 1925 quando Karl Terzaghi publicou a sua obra "Mecânica das Construções de Terra Baseada na Física dos Solos“; • Primeiro equacionamento pelo engenheiro francês Coulomb (1776) sobre resistência dos solos (coesão e ângulo de atrito); • Cauchy (1982), Poncelet (1840), Colin (1846); 1. Histórico 23 • Darcy (1856) – Contribuição para fluxo dentro do solo; • Rankine (1856) – Empuxo; • Atteberg (1908) – Limites de Consistência; • Otto Mohr (1914) – Envoltória de ruptura; • Fellenius (1918 e 1926) – Estabilidade de Taludes. • TERZAGHI (1925) – Pai da mecânica dos solos; • Em 1936 com I Conferencia de Mecânica dos Solos na Universidade de Harvard a Mecânica dos solos passa ser reconhecida mundialmente. O que são solos? 24 2. Conceitos Gerais 25 Solo: Solos são materiais com origem recente ou remota na alteração das rochas por ação do intemperismo (agentes físicos ou químicos), ao ponto granular e passível de ser escavada apenas com o auxílio de pás e picaretas ou escavadeiras; Geologia: Capa superficial sobrejacente a rocha; Agricultura: Camada de terra tratável, que suporta as raízes das plantas; Engenharia: Aglomerado de partículas provenientes de decomposição da rocha, que podem ser escavados com facilidade, sem o emprego de explosivos, e que são utilizados como material de construção ou de suporte de estruturas. O solo em contato prolongado com a água perde totalmente a sua resistência. 26 Onde os solos são encontrados? Na crosta terrestre, podendo ser de espessura mínima (centímetros) até da ordem de dezenas de metros, a depender de fatores climáticos e geomorfológicos. 2. Conceitos gerais 27 Ciclo das rochas Como as rochas se transformam em solos? 28 2.Conceitos gerais 29 Processos geológicos de formação dos solos 2. Conceitos gerais 30Intemperismo • Meteorização ou intemperismo é o processo natural de decomposição ou desintegração de rochas e solos, e seus minerais constituintes, por ação dos efeitos químicos, físicos e biológicos que resultam da sua exposição aos agentes externos. 31 Intemperismo físico • Desintegração das rochas formando sedimentos sem alterar a composição mineralógica da rocha mãe. • Quando física – pode ser causada pela variação da temperatura (dilatação térmica e contração das rochas), cristalização de sais, congelamento da água, etc.; • Quando fisicobiológica – pode ser causada pela ação dos seres vivos, como o crescimento de raízes, escavação de animais, etc.; • AGENTES FÍSICOS: Água, Temperatura, Vegetação, Vento. 2. Conceitos gerais 2. Conceitos gerais 32 Intemperismo químico • Reações químicas entre os minerais constituintes da rocha e soluções aquosas de diferentes teores; • AGENTES QUÍMICOS: Oxidação, Hidratação, Hidrólise, Carbonatação e Ataques de elementos ácidos. 3.Fatores que influenciam a formação dos solos Clima: ação da água da chuva e da temperatura; Rocha de origem: Influencia na circulação interna da água e na composição mineralógica do solo; Organismos vegetais e animais: modificam as características físicas e químicas das rochas e dos solos; Relevo: interfere na dinâmica da água, no microclima e nos processos de erosão e sedimentação; Tempo: transcorrido sob ação dos demais fatores. 33 3.1 Mineralogia da rocha Minerais ricos em sílica – Solos arenosos; Minerais ferromarnesianos e feldspatos – solos argilosos; Minerais de micáceos ricos em potássio – ilitas; Minerais ricos em cálcio e magnésio – esmectitas. 34 3.2 Clima • Temperatura • Lei de Vant Holf A cada aumento de 10°C a velocidade de reação aumenta de 2 a 3 vezes – solos tropicais; • Pluviosidade • Lixiviação Dissolução e remoção dos constituintes de rochas e de solos – solos tropicais. 35 3.3 Relevo • Percolação e Infiltração Percolação<Infiltração Materiais mais permeáveis e relevo suave – Solos profundos; Percolação>Infiltração Materiais menos permeáveis e relevo acidentado – Solos rasos. 36 3.4 Vegetação e animais • Bactérias, fungos e líquens: tem-se a decomposição de matéria orgânica, com isso originam-se os ácidos orgânicos, que atacam a rocha realizando a decomposição mineral; • Vegetação: Floresta tem muita matéria orgânica pois é um ambiente favorável (úmido e quente); • Raízes, minhocas, cupins e formigas: As raízes aumentam a proteção contra a erosão, já as minhocas, cupins e formigas atuam aumentando a permeabilidade do solo. 37 3.5 Tempo 38 4. Origem dos solos • O solo é formado por uma mistura de partículas pequenas, e o tipo de solo formado depende da composição química e dos minerais que constituíam a rocha de origem; • Em função do mecanismo de formação, costuma–se dividir os solos em três grandes grupos: residual, transportado, orgânico e evolução pedogenética. 39 4. Origem dos solos 40 4.1 Solos residuais • Solos residuais ou autóclones: são solos provenientes da decomposição das rochas e não foram submetidos a ações de transporte (se conservam no local da rochamãe). 41 4.1 Solos residuais 42 • Solo eluvial 4.1 Solos residuais 43 • Saprólito fino 4.1 Solos residuais 44 • Saprólito grosso 4.2 Solos transportados • Solos transportados, sedimentares ou alotóclones : São solos, que após o processo de alteração, foram transportados para outros locais. • Classificam-se segundo o agente intemperístico de transporte: coluvionares, aluvionares, glaciais e eólicos • Solos coluvionares: solos formados pela ação da gravidade; • Solos aluvionares: solos resultantes do carreamento pela água. Apresentam baixa resistência e elevada compressibilidade; • Solos Glaciais: o gelo é um agente transportador muito importante uma vez que em eras anteriores, cerca de 30% da superfície dos continentes era coberta por gelo perene; • Solos Eólicos: O transporte pelo vento dá origem aos depósitos eólicos de solo. O transporte eólico é o mais seletivo tipo de transporte das partículas do solo, restringindo-se ás areias finas e siltes. 45 4.3 Solos orgânicos • São solos com alto teor de matéria orgânica em decomposição. Apresentam colorações escuras. Exemplo: argilas e siltes orgânicos; turfa (solos com alto teor orgânico); • Turfas: provêm de decomposição sobre o solo de grande quantidade de folhas, caules e troncos de plantas formando um solo fibroso essencialmente de carbono, de alta compressibilidade e baixa resistência. 46 4.4 Solos de evolução pedogenética • São solos, que após o seu processo de formação, são alterados por processos físico- químicos, como lixiviação, laterização, cimentação, etc. 47 4.4.1 Solos Lateríticos • A identificação dos solos lateríticos é de particular interesse para o Brasil, já que são típicos da evolução de solos em climas quentes, com regime de chuvas moderadas a intensas. • Os solos lateríticos apresentam-se na natureza, geralmente: • Não-saturados; • De coloração avermelhada (devido elevada concentração de ferro e alumínio); • Com índice de vazios elevado 48 5. Partículas do solo 1. Horizonte O – Essencialmente orgânico; 2. Horizonte A – Solo transportado ou solo intemperizado/laterítico, além do componente orgânico, componentes minerais; 3. Horizonte E – Solo residual ou saprolítico; 4. Horizonte B – Solo residual jovem, preserva as características da rocha; 5. Horizonte C – Rocha desintegrada 6. Horizonte R ou D - Rocha Mãe 49 5.1 Tamanho das partículas do solo 50 • Primeira característica que diferencia os solos é o tamanho das partículas que os compõem; • SOLOS GRANULADOS: Numa primeira aproximação, pode-se identificar que alguns solos possuem grãos perceptíveis a olho nu, como os grãos de pedregulho ou a areia. 5.1 Tamanho das partículas do solo 51 • SOLOS FINOS: E que outros têm os grãos tão finos que, quando molhado, se transformam numa pasta (barro), não podendo se visualizar as partículas individualmente. 5.1 Tamanho das partículas do solo 52 Nomenclatura mais comum: • Pedregulho; • Areia; • Silte; • Argila. 5.1 Tamanho das partículas do solo • Pedregulho: Dimensões maiores que 4,8 mm. Normalmente, são encontrados em grandes extensões, nas margens dos rios e em depressões preenchidas pôr materiais transportados pelos rios; • Areia: Tem origem semelhante à dos pedregulhos, entretanto, as suas dimensões variam entre 4,8 mm e 0,05 mm. As areias são ásperas ao tacto, e, estando isentas de finos, não se contraem ao secar, não apresentam plasticidade e comprimem-se, quase instantaneamente, ao serem carregadas; 53 5.1 Tamanho das partículas do solo 54 • Silte: São solos de granulação fina que apresentam pouca ou nenhuma plasticidade. Um torrão de silte seco ao ar pode ser desfeito com bastante facilidade; • Argilas: São solos de granulação muito fina que apresentam características mercantes de plasticidade e elevada resistência, quando secas. Constituem a fração mais ativa dos solos. As argilas, quando secas e desagregadas, dão uma sensação de farinha, ao tacto, e, quando úmidas, são lisas. Constituem a fração fina, e mineralogia dos argilo-minerais. 5.1 Tamanho das partículas do solo 55 5.1 Tamanho das partículas do solo 56 5.2 Constituição mineralógica 57 • Os minerais encontrados nos solos são os mesmos das rochas de origem (primários), além de outros que se formam na decomposição (secundários); • As propriedades dos solos dependem dos minerais que os mesmos são formados; • O comportamento diferenciado das argilas é função dos argilominerais que as formam. O conhecimento dos componentes mineralógicos das argilas é de grande importância, pois o comportamento mecânico destas é função, principalmente de sua estrutura a qual é fortemente influenciada pela constituição mineralógica. 5.2 Constituição mineralógica 58 Fração Grossa• Silicatos (quartzo, feldspato, mica, clorita, etc); • Óxidos (hematita, magnetita, limonita); • Carbonatos (calcita, dolomita); • Sulfatos (gesso, anidrita). Fração Fina • Com composição mais complexa, destacam-se a sílica (SiO2) e argilominerais. Principais grupos são: • Caulinita; • Ilita; • Montmorilonita. 5.2 Constituição mineralógica Quartzo (SiO2) • Presente na maioria das rochas; • Resistente à desagregação; • Forma grãos de siltes e areias; • Partículas são equidimensionais (cubos ou esferas); • Apresenta baixa atividade superficial. 59 5.2 Constituição mineralógica Feldspatos • Mais atacados pelos processos de intemperismo; • Dão origem aos argilominerais → influência no comportamento; • Constituem a fração mais fina do solo (menor que 2,00 mm). 60 5.2 Constituição mineralógica Argilominerais • São silicatos de alumínio complexos compostos por duas unidades básicas: • Tetraedro de sílica; • Octaedro de alumina. • A identificação dos minerais do tipo argilo- minerais, presentes num solo, é feita pôr meio de processos bastante aprimorados, tais como a análise termodiferencial e a microscopia eletrônica. 61 5.2 Constituição mineralógica Argilominerais • São silicatos de alumínio complexos compostos por duas unidades básicas: • Tetraedro de sílica; • Lâmina de sílica. • Octaedro de alumina; • Gibsita . 62 5.2 Constituição mineralógica Caulinita (Si:Al = 1:1) As caulinitas estão formadas pela combinação alternada de uma lâmica silícica e de uma alumínica, que se superpõem indefinidamente e com um vínculo tal entre suas retículas, que não é possível a entrada de molécula de água entre elas. A Figura esquematiza esse arranjo. 63 5.2 Constituição mineralógica Caulinita (Si:Al = 1:1) • Camadas unidas por pontes de hidrogênio; • Lamelas. 64 5.2 Constituição mineralógica Ilita (2Si:1Al = 2:1) • Ligadas por íons de potássio; • Ligações mais fracas; • Camadas livres. A presença de íons não permutáveis faz com que a união entre os retículos seja mais estável, e não seja afetada fortemente pela água. Tais argilas são bem menos expansivas que as montmorilonitas. 65 5.2 Constituição mineralógica Montmorilonita (2Si:1Al = 2:1) • Não há íons de potássio; • Água entre as camadas. Diferentemente das caulinitas, a união entre os retículos é frágil, o que permite a penetração de água com relativa facilidade. Assim, tais argilas, com presença de água, experimentam expansões, fonte de inúmeros problemas para a engenharia de solos. 66 5.3 Forma das partículas Formas arredondadas: Predominam nos pedregulhos, areias e siltes; Formas lamelares São formas de placa que predominam nas argilas; Formas fibrilares É uma das características dos solos altamente orgânicos. 67 6. Estrutura dos solos argilosos Quando duas partículas de argilo-minerais estão próximas surgem forças de atração e/ou repulsão. A combinação destas forças, bem como do líquido circundante, irá determinar a forma de contato entre as diversas partículas de argila, resultando em diferentes estruturas para os solos finos. Estrutura dispersa: Predominam ligações “face(-) face (-)” Estrutura floculada: Predominam ligações “borda(+) face (-)” 68 Conclusão 69 Síntese da aula • Apresentação da disciplina; • Definições: Mecânica dos solos, solos; • Formação dos solos; • Tipos de solos; • Tamanho das partículas; • Constituição mineralógica; • Forma das partículas; • Estrutura do solos. 71 Dúvidas 72 Questão para a próxima aula: Como os agentes do intemperismo químico atuam? • Oxidação • Hidratação • Hidrólise • Carbonatação • Ataques por elementos ácidos 73 Para a próxima aula Leitura • Ler capítulo 2: PINTO, C. S. Curso Básico de Mecânica dos Solos. São Paulo: Oficina de Textos, 2006. Próxima aula: Identificação Táctil Visual de solos: Teoria e Prática. Solos coletados pelos alunos. AULA NO LABORATÓRIO 74
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