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Diferença entre a PSICOLOGIA NA COMUNIDADE e a PSICOLOGIA DA COMUNIDADE. PSICOLOGIA NA COMUNIDADE A psicologia na comunidade de fato surgiu e recebeu essa identificação de NA COMUNIDADE, em uma época em que isso era fundamental: eram momentos em que a psicologia vivia, fortemente, uma crise em relação aos modelos importados e alheios à realidade brasileira e, dessa forma, assumia a proposta de se deselitizar e de se tornar mais ligada às condições de vida da população. Para isso, ela necessitava deixar de ser realizada nos consultórios e nas escolas, por exemplo, e passar a ser desenvolvida na comunidade. Foram iniciativas importantes e com uma significação histórica grande, para aquilo que se vivia nas décadas de 60 e 70. Durante o passar desses anos, o emprego das expressões foram se misturando e se confundindo, especialmente entre os termos na e da. como que numa sinonímia. Somente nestes últimos anos, aproximadamente de 1985 para cá, adquirindo uma maior força no início dos anos 90, é que a expressão psicologia da comunidade tornou-se de uso freqüente, passando a se referir às práticas ligadas às questões: ● da saúde, ● ao movimento de saúde, ● e que envolviam atividades que se realizam através da mediação de algum órgão prestador de serviços, que se constituía na instituição na qual o psicólogo trabalha. Assim, os trabalhos realizados com diversas temáticas, situações, embasamentos teóricos e orientações metodológicas defendiam que fosse desenvolvida uma psicologia menos acadêmica, menos intelectualizada, mais identificada com a população permitindo que ela tivesse acesso aos serviços de saúde, que o profissional de psicologia poderia e deveria prestar, visto que isto é um direito de qualquer cidadão. Grande parte dos trabalhos são desenvolvidos dentro de uma perspectiva do chamado trabalho institucional, do movimento institucionalista e das intervenções psicossociológicas, adotando instrumentais oriundos das vertentes clínicas e educacionais. Já o trabalho do PSICÓLOGO NA COMUNIDADE consiste em ser um profissional liberal, onde ele monta uma estrutura, possui uma base clínica e individualizada, utiliza de teorias e técnicas psicoterápicas para o ambiente comunitário utilizar psicologia. Portanto não há um diálogo direto de um plano de intervenção ou algo semelhante para aquela ação em psicologia, embora esteja geograficamente na comunidade. Essa psicologia não há uma ênfase na saúde coletiva. Esse profissional é um psicólogo clínico que apenas se desloca de uma clínica tradicional para uma clínica mais ampliada. Dito isso, vale esclarecer que ele não chega nem a metade do caminho para exercer uma saúde coletiva. No entanto, esse psicólogo tem uma formação clínica, onde ele ainda não tem uma percepção em trabalho em grupo. O poder público nesse caso não se envolve. Esse profissional na verdade atua com recursos próprios e o paciente também paga esse serviço com recursos próprios. Esse atendimento como segue nível clínico, ele passar ser em médio e longo prazo. PSICOLOGIA DA COMUNIDADE No mesmo sentido, porém apresentando diferenças significativas uma vez que compreende o homem como sendo sócio-historicamente construído e ao mesmo tempo construindo as concepções a respeito de si mesmo, dos outros homens e do contexto social encontra-se a PSICOLOGIA DA COMUNIDADE, ou que na América Latina tem sido chamado de psicologia social-comunitária, exatamente para estabelecer esta diferenciação com a prática assistencialista ligada aos serviços de saúde, presente nos modelos importados, especialmente, dos Estados Unidos. A psicologia (social) comunitária utiliza-se do enquadre teórico da psicologia social, privilegiando o trabalho com os grupos, colaborando para a formação da consciência crítica e para a construção de uma identidade social e individual orientadas por preceitos eticamente humanos. Na psicologia DA comunidade é a comunidade que vai a busca desse psicólogo, nisso buscaram fazer algumas adaptações em relação aos instrumentos utilizados nos seus trabalhos, pois já havia a percepção das influências do meio para a formação do psiquismo humano. Nessa prática já tem uma pequena parceria com o poder público, onde tende a pensar perspectiva na psicologia DA comunidade já iniciando uma facilitação em pequenos grupos. Embora esse profissional, junto com o profissional da psicologia NA comunidade seja profissionais autônomos que prestam serviços remunerados a médio e em longo prazo para determinadas pessoas, o psicólogo NA comunidade faz isso exclusivamente através de psicoterapias individuais, utilizando teorias e técnicas relativas às abordagens, enquanto a psicologia DA comunidade traz um pouco de teorias voltadas para as facilitações de pequenos grupos. Na psicologia Da comunidade o serviço continua sendo paga (a preços populares), mas não necessariamente por “paciente”, mas já com a ideia de “turnos de trabalho”, ou seja, as pessoas repassavam determinado valor para as associações ou escolas manterem os serviços. Dito isso, o contato do psicólogo era basicamente com líderes ou diretores de escolas de bairro.
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