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Fiscalização

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Livro Eletrônico
Aula 22
Edificações p/ EBSERH (Engenheiro Civil) - Com Videoaulas -
Pós-Edital
Marcus Campiteli
 
 
 
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Fiscalização ........................................................................................................................ 2 
1 – Introdução ................................................................................................................... 2 
1.1 – Atividades da Fiscalização ........................................................................................................ 2 
2 – Editais .......................................................................................................................... 4 
3 – Projetos ....................................................................................................................... 5 
4 – Caderno de Encargos .................................................................................................... 8 
5 – Contratos ..................................................................................................................... 9 
6 – Diário de Obras .......................................................................................................... 12 
7 – Medição ..................................................................................................................... 13 
7.1 – Condições Gerais .................................................................................................................... 13 
7.2 – Composição das Medições ..................................................................................................... 14 
7.3 – Elaboração das Medições ....................................................................................................... 14 
7.4 – Critérios de Medição............................................................................................................... 15 
8 – Recebimentos ............................................................................................................ 31 
9 – Pagamentos ............................................................................................................... 32 
10 – Reajustamento ......................................................................................................... 32 
11 – Mudança de Data-base ............................................................................................. 33 
12 – Aditivos .................................................................................................................... 33 
13 – Questões Comentadas.............................................................................................. 35 
14 – Questões Apresentadas Nesta Aula .......................................................................... 56 
15 – Gabarito ................................................................................................................... 64 
16 – Referências Bibliográficas ......................................................................................... 64 
 
 
Marcus Campiteli
Aula 22
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FISCALIZAÇÃO 
Olá pessoal, 
Segue a aula sobre Fiscalização ou Acompanhamento de Obras. 
Dicas adicionais são publicadas no Instagram: @profmarcuscampiteli 
Bons estudos! 
1 – INTRODUÇÃO 
A Fiscalização trata-se de atividade exercida de modo sistemático pelo Contratante e seus 
prepostos, objetivando a verificação do cumprimento das disposições contratuais, técnicas e 
administrativas, em todos os seus aspectos. 
Deverão ser observadas as seguintes condições gerais: 
- o Contratante manterá desde o início dos serviços e obras até o seu recebimento definitivo, a seu 
critério exclusivo, uma equipe de Fiscalização constituída por profissionais habilitados que 
considerar necessários ao acompanhamento e controle dos trabalhos; 
- a Contratada deverá facilitar, por todos os meios ao seu alcance, a ampla ação da Fiscalização, 
permitindo o acesso aos serviços e obras em execução, bem como atendendo prontamente às 
solicitações que lhe forem efetuadas; 
- todos os atos e instruções emanados ou emitidos pela Fiscalização serão considerados como se 
fossem praticados pelo Contratante. 
 
1.1 – ATIVIDADES DA FISCALIZAÇÃO 
A Fiscalização deverá realizar, dentre outras, as seguintes atividades: 
- manter um arquivo completo e atualizado de toda a documentação pertinente aos trabalhos, 
incluindo o contrato, Caderno de Encargos, orçamentos, cronogramas, caderneta de ocorrências, 
correspondência, relatórios diários, certificados de ensaios e testes de materiais e serviços, 
protótipos e catálogos de materiais e equipamentos aplicados nos serviços e obras; 
- analisar e aprovar o projeto das instalações provisórias e canteiro de serviço apresentados pela 
Contratada no início dos trabalhos; 
- analisar e aprovar o plano de execução e o cronograma detalhado dos serviços e obras a serem 
apresentados pela Contratada no início dos trabalhos; 
- obter da Contratada o Manual de Qualidade contendo o Sistema de Gestão de Qualidade e 
verificar a sua efetiva utilização; 
Marcus Campiteli
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- promover reuniões periódicas no canteiro de serviço para análise e discussão sobre o andamento 
dos serviços e obras, esclarecimentos e providências necessárias ao cumprimento do contrato; 
- esclarecer ou solucionar incoerências, falhas e omissões eventualmente constatadas nos 
desenhos, memoriais, especificações e demais elementos de projeto, bem como fornecer 
informações e instruções necessárias ao desenvolvimento dos trabalhos; 
- solucionar as dúvidas e questões pertinentes à prioridade ou seqüência dos serviços e obras em 
execução, bem como às interferências e interfaces dos trabalhos da Contratada com as atividades 
de outras empresas ou profissionais eventualmente contratados pelo Contratante; 
- promover a presença dos Autores dos projetos no canteiro de serviço, sempre que for necessária 
a verificação da exata correspondência entre as condições reais de execução e os parâmetros, 
definições e conceitos de projeto; 
- paralisar e/ou solicitar o refazimento de qualquer serviço que não seja executado em 
conformidade com projeto, norma técnica ou qualquer disposição oficial aplicável ao objeto do 
contrato; 
- solicitar a substituição de materiais e equipamentos que sejam considerados defeituosos, 
inadequados ou inaplicáveis aos serviços e obras; 
- solicitar a realização de testes, exames, ensaios e quaisquer provas necessárias ao controle de 
qualidade dos serviços e obras objeto do contrato; 
- exercer rigoroso controle sobre o cronograma de execução dos serviços e obras, aprovando os 
eventuais ajustes que ocorrerem durante o desenvolvimento dos trabalhos; 
- aprovar partes, etapas ou a totalidade dos serviços executados, verificar e atestar as respectivas 
medições, bem como conferir, vistar e encaminhar para pagamento as faturas emitidas pela 
Contratada; 
- verificar e aprovar a substituição de materiais, equipamentos e serviços solicitada pela 
Contratada e admitida no Caderno de Encargos, com base na comprovação da equivalência entre 
os componentes, de conformidade com os requisitos estabelecidos no Caderno de Encargos; 
- verificar e aprovar os relatórios periódicos de execução dos serviços e obras, elaborados de 
conformidade com os requisitos estabelecidos no Caderno de Encargos; 
- solicitar a substituição de qualquer funcionário da Contratada que embarace ou dificulte a ação 
da Fiscalização ou cuja presença no local dos serviços e obras seja considerada prejudicial ao 
andamento dos trabalhos; 
- verificar e aprovar os desenhos “como construído” elaborados pela Contratada, registrando todas 
as modificações introduzidas no projetooriginal, de modo a documentar fielmente os serviços e 
obras efetivamente executados. 
Qualquer auxílio prestado pela Fiscalização na interpretação dos desenhos, memoriais, 
especificações e demais elementos de projeto, bem como na condução dos trabalhos, não poderá 
ser invocado para eximir a Contratada da responsabilidade pela execução dos serviços e obras. 
A comunicação entre a Fiscalização e a Contratada será realizada através de correspondência 
oficial e anotações ou registros na Caderneta de Ocorrências. 
Marcus Campiteli
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A Caderneta de Ocorrências, com páginas numeradas em 3 (três) vias, 2 (duas) destacáveis, será 
destinada ao registro de fatos e comunicações que tenham implicação contratual, como: 
modificações de projeto, conclusão e aprovação de serviços e etapas construtivas, autorizações 
para execução de trabalho adicional, autorização para substituição de materiais e equipamentos, 
ajustes no cronograma e plano de execução dos serviços e obras, irregularidades e providências a 
serem tomadas pela Contratada e Fiscalização. 
A Fiscalização deverá exigir relatórios diários de execução dos serviços e obras (Diário de Obra), 
com páginas numeradas em 3(três) vias, 2(duas) destacáveis, contendo o registro de fatos normais 
do andamento dos serviços, como: entrada e saída de equipamentos, serviços em andamento, 
efetivo de pessoal, condições climáticas, visitas ao canteiro de serviço, inclusive para as atividades 
de suas subcontratadas. 
As reuniões realizadas no local dos serviços e obras serão documentadas por Atas de Reunião, 
elaboradas pela Fiscalização e que conterão, no mínimo, os seguintes elementos: data, nome e 
assinatura dos participantes, assuntos tratados, decisões e responsáveis pelas providências a 
serem tomadas. 
É importante, também, que sejam mantidas no canteiro de obras, para rápida consulta, cópias da 
documentação completa dos elementos que auxiliam no entendimento da situação do 
empreendimento, como por exemplo: projetos, especificações técnicas constantes do edital, 
caderno de encargos, cronogramas, correspondências, resultados dos ensaios, laudos e atas de 
reunião (Altounian, 2008). 
 
2 – EDITAIS 
É importante que o fiscal detenha conhecimento básico das regras estabelecidas no procedimento 
licitatório que não foram registradas no contrato, como, por exemplo, o orçamento-base definido 
no edital, de modo a ter subsídios para análises de pleitos formulados pela empresa no decorrer 
do contrato. 
No preâmbulo do edital encontram-se: 
- modalidade da licitação: convite, tomada de preço ou concorrência; 
- regime de execução: empreitada por preço unitário ou por preço global; 
- tipo de licitação: menor preço, melhor técnica ou técnica e preço. 
Dentre os itens obrigatórios do edital, previstos no art. 40 da Lei 8.666/93, destacam-se para a 
fiscalização: 
- Objeto: o que se quer contratar 
- Sanções 
- Critérios de reajuste 
- Condições de pagamento 
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- Instruções e normas para recursos 
- Condições de recebimento do objeto da licitação 
- Anexos: 
- Projeto Básico e/ou Projeto Executivo completos 
- Orçamento em planilhas c/ quantidades e preços unitários 
- Minuta do contrato 
- Especificações complementares e normas de execução 
De acordo com o art 7º da Lei 8.666/93, as licitações obedecerão à seguinte sequência: 
- Projeto Básico 
- Projeto Executivo 
- Execução das Obras e Serviços 
“§ 1º A execução de cada etapa será obrigatoriamente precedida da conclusão e aprovação, pela autoridade 
competente, dos trabalhos relativos às etapas anteriores, à exceção do projeto executivo, o qual poderá ser 
desenvolvido concomitantemente com a execução das obras e serviços, desde que também autorizado pela 
Administração. 
§ 2º As obras e os serviços somente poderão ser licitados quando: 
 I - houver projeto básico aprovado pela autoridade competente e disponível para exame dos interessados 
em participar do processo licitatório; 
II - existir orçamento detalhado em planilhas que expressem a composição de todos os seus custos unitários; 
[...] 
§ 4º É vedada, ainda, a inclusão, no objeto da licitação, de fornecimento de materiais e serviços sem previsão 
de quantidades ou cujos quantitativos não correspondam às previsões reais do projeto básico ou executivo.” 
 
3 – PROJETOS 
Também é importante ao fiscal conhecer a definição de Projeto Básico da Lei 8.666/93, no seu 
inciso IX do art. 6º: 
“Conjunto de elementos necessários e suficientes, com nível de precisão adequado, para caracterizar a obra 
ou serviço, ou complexo de obras ou serviços objeto da licitação, elaborado com base nas indicações dos 
estudos técnicos preliminares, que assegurem a viabilidade técnica e o adequado tratamento do impacto 
ambiental do empreendimento, e que possibilite a avaliação do custo da obra e a definição dos métodos e do 
prazo de execução, devendo conter os seguintes elementos: 
a) desenvolvimento da solução escolhida de forma a fornecer visão global da obra e identificar todos os seus 
elementos constitutivos com clareza; 
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b) soluções técnicas globais e localizadas, suficientemente detalhadas, de forma a minimizar a necessidade de 
reformulação ou de variantes durante as fases de elaboração do projeto executivo e de realização das obras e 
montagem; 
c) identificação dos tipos de serviços a executar e de materiais e equipamentos a incorporar à obra, bem 
como suas especificações que assegurem os melhores resultados para o empreendimento, sem frustrar o 
caráter competitivo para a sua execução; 
d) informações que possibilitem o estudo e a dedução de métodos construtivos, instalações provisórias e 
condições organizacionais para a obra, sem frustrar o caráter competitivo para a sua execução; 
e) subsídios para montagem do plano de licitação e gestão da obra, compreendendo a sua programação, a 
estratégia de suprimentos, as normas de fiscalização e outros dados necessários em cada caso; 
f) orçamento detalhado do custo global da obra, fundamentado em quantitativos de serviços e 
fornecimentos propriamente avaliados; (grifou-se) 
De acordo com Altounian (2008), o Projeto Básico é o quesito mais importante de um processo 
licitatório. Projeto Básico mal elaborado é certeza de sérios problemas futuros. 
E de acordo com a Lei 8.666/93, art. 6º, inciso X, projeto executivo é o conjunto dos elementos 
necessários e suficientes à execução completa da obra, de acordo com as normas pertinentes da 
Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT. 
No art. 12 da Lei 8.666/93 consta que nos projetos básicos e projetos executivos de obras e 
serviços serão considerados principalmente os seguintes requisitos: 
I - segurança 
II - funcionalidade e adequação ao interesse público 
III - economia na execução, conservação e operação 
IV - possibilidade de emprego de mão-de-obra, materiais, tecnologia e matérias-primas existentes 
no local para execução, conservação e operação 
V - facilidade na execução, conservação e operação, sem prejuízo da durabilidade da obra ou do 
serviço 
VI - adoção das normas técnicas adequadas 
VI - adoção das normas técnicas, de saúde e de segurança do trabalho adequadas 
VII - impacto ambiental 
 
A Resolução 361/91 do Confea, no art. 3º, alínea “f”, acerca do nível de precisão do projeto básico, 
diz: 
“Art. 3º - As principais características de um Projeto Básico são: 
(...) 
f) definir as quantidades e os custos de serviços e fornecimentos com precisão compatível com o tipo e porte 
da obra, de tal forma a ensejar a determinaçãodo custo global da obra com precisão de mais ou menos 15% 
(quinze por cento)” (grifou-se) 
Marcus Campiteli
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Sobre a responsabilidade do projeto básico e executivo, o Decreto 7.983/2013, § 4º, traz que: 
Art. 10. A anotação de responsabilidade técnica pelas planilhas orçamentárias deverá constar do projeto que 
integrar o edital de licitação, inclusive de suas eventuais alterações. 
Segundo Altounian (2008), o TCU já se manifestou pela necessidade de que o órgão contratante 
“colha a assinatura dos responsáveis por cada etapa do projeto básico (cadernos de especificações, 
de encargos, plantas, orçamentos etc.) [...], como forma de evidenciar autorias e atribuir 
responsabilidades. Todo projeto básico deve ser respaldado por profissional habilitado, 
necessariamente com a existência de ART. 
Caso ocorra falha no projeto, é essencial que a fiscalização promova a responsabilidade 
devidamente anotada das empresas ou profissionais que elaboraram o projeto executivo da obra, 
sempre que for verificada a omissão ou insuficiência de elemento essencial do projeto. 
O responsável técnico indicado pela empresa no processo licitatório que detém experiência 
anterior na execução de obras com características similares, deverá apresentar a ART, em seu 
nome, do empreendimento a ser executado, e participar do objeto da licitação. A fiscalização 
deverá assegurar que esse responsável técnico participe de forma efetiva do acompanhamento da 
obra. 
O contratado é responsável pelos danos causados diretamente à Administração ou a terceiros, 
decorrentes de sua culpa ou dolo na execução do contrato, não excluindo ou reduzindo essa 
responsabilidade a fiscalização ou o acompanhamento pelo órgão interessado. 
Na Orientação Técnica OT - IBR 001/2006, do Instituto Brasileiro de Obras Públicas – Ibraop, consta 
que o Projeto Básico deve possuir as seguintes peças técnicas: 
- Desenhos 
- Memorial Descritivo 
- Especificações Técnicas 
- Orçamento 
- Cronograma Físico-financeiro 
E que as pranchas de desenho e demais peças deverão possuir identificação contendo: 
- Denominação e local da obra; 
- Nome da entidade executora; 
- Tipo de projeto; 
- Data; 
- Nome do responsável técnico, número de registro no CREA e sua assinatura. 
O desenho é a representação gráfica do objeto a ser executado, elaborada de modo a permitir sua 
visualização em escala adequada, demonstrando formas, dimensões, funcionamento e 
especificações, perfeitamente definida em plantas, cortes, elevações, esquemas e detalhes, 
obedecendo às normas técnicas pertinentes. 
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O Memorial Descritivo é a descrição detalhada do objeto projetado, na forma de texto, onde são 
apresentadas as soluções técnicas adotadas, bem como suas justificativas, necessárias ao pleno 
entendimento do projeto, complementando as informações contidas nos desenhos. 
A especificação técnica é o texto no qual se fixam todas as regras e condições que se deve seguir 
para a execução da obra ou serviço de engenharia, caracterizando individualmente os materiais, 
equipamentos, elementos componentes, sistemas construtivos a serem aplicados e o modo como 
serão executados cada um dos serviços apontando, também, os critérios para a sua medição. 
A Planilha de Custos e Serviços sintetiza o orçamento e deve conter, no mínimo: 
- Discriminação de cada serviço, unidade de medida, quantidade, custo unitário e custo parcial 
- Custo total orçado, representado pela soma dos custos parciais de cada serviço e/ou material 
- Nome completo do responsável técnico, seu número de registro no CREA e assinatura. 
O cronograma físico-financeiro é a representação gráfica do desenvolvimento dos serviços a serem 
executados ao longo do tempo de duração da obra demonstrando, em cada período, o percentual 
físico a ser executado e o respectivo valor financeiro despendido. 
O Caderno de Encargos é parte integrante do Edital de Licitação, que tem por objetivo definir o 
objeto da Licitação e do sucessivo Contrato, bem como estabelecer os requisitos, condições e 
diretrizes técnicas e administrativas para a sua execução. 
 
4 – CADERNO DE ENCARGOS 
De acordo com o Manual de Obras Públicas – Edificações – Construção – SEAP, o Caderno de 
Encargos é parte integrante do Edital de Licitação, que tem por objetivo definir o objeto da 
Licitação e do sucessivo Contrato, bem como estabelecer os requisitos, condições e diretrizes 
técnicas e administrativas para a sua execução. 
O Caderno de Encargos conterá todos os elementos de projeto, bem como as informações e 
instruções complementares necessárias à execução dos serviços e obras objeto do contrato, como: 
- descrição e abrangência dos serviços objeto da Licitação, localização e plano ou programa de 
suporte do empreendimento; 
- prazo e cronograma de execução dos serviços, total e parcial, incluindo etapas ou metas 
previamente estabelecidas pelo Contratante; 
- Memorial Descritivo, Especificações Técnicas, Desenhos e demais elementos de projeto 
correspondentes aos serviços e obras objeto da Licitação; 
- Planilhas de Orçamento, contendo a codificação, a discriminação, o quantitativo, a unidade de 
medida e o preço unitário de todos os serviços e fornecimentos previstos no projeto; 
- regulamentação de Preços e Medições, contendo a definição, a composição e o critério de 
medição de todos os itens das Planilhas de Orçamento; 
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- definição do modelo de Garantia de Qualidade a ser adotado para os serviços, fornecimentos e 
produtos pertinentes ao objeto da Licitação; 
- informações específicas sobre os serviços e obras objeto da Licitação e disposições 
complementares do Contratante; 
- relação das Práticas de Projeto, Construção e Manutenção de Edifícios Públicos Federais 
aplicáveis aos serviços e obras objeto da Licitação. 
 
5 – CONTRATOS 
De acordo com a Lei 8.666/93: 
Art. 55. São cláusulas necessárias em todo contrato as que estabeleçam: 
I - o objeto e seus elementos característicos 
II - o regime de execução ou a forma de fornecimento 
III - o preço e as condições de pagamento, os critérios, data-base e periodicidade do reajustamento de preços, 
os critérios de atualização monetária entre a data do adimplemento das obrigações e a do efetivo pagamento 
IV - os prazos de início de etapas de execução, de conclusão, de entrega, de observação e de recebimento 
definitivo, conforme o caso 
V - o crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação da classificação funcional programática e da 
categoria econômica 
VI - as garantias oferecidas para assegurar sua plena execução, quando exigidas 
VII - os direitos e as responsabilidades das partes, as penalidades cabíveis e os valores das multas 
VIII - os casos de rescisão 
IX - o reconhecimento dos direitos da Administração, em caso de rescisão administrativa prevista no art. 77 
desta Lei 
X - as condições de importação, a data e a taxa de câmbio para conversão, quando for o caso 
XI - a vinculação ao edital de licitação ou ao termo que a dispensou ou a inexigiu, ao convite e à proposta do 
licitante vencedor 
XII - a legislação aplicável à execução do contrato e especialmente aos casos omissos; 
XIII - a obrigação do contratado de manter, durante toda a execução do contrato, em compatibilidade com as 
obrigações por ele assumidas, todas as condições de habilitação e qualificação exigidas na licitação. 
[...] 
Art. 67. A execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada por um representante da 
Administração especialmente designado, permitida a contratação de terceiros paraassisti-lo e subsidiá-lo de 
informações pertinentes a essa atribuição. 
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§ 1º O representante da Administração anotará em registro próprio todas as ocorrências relacionadas com a 
execução do contrato, determinando o que for necessário à regularização das faltas ou defeitos observados. 
§ 2º As decisões e providências que ultrapassarem a competência do representante deverão ser solicitadas a 
seus superiores em tempo hábil para a adoção das medidas convenientes. 
Art. 68. O contratado deverá manter preposto, aceito pela Administração, no local da obra ou serviço, para 
representá-lo na execução do contrato. 
[...] 
Art. 75. Salvo disposições em contrário constantes do edital, do convite ou de ato normativo, os ensaios, 
testes e demais provas exigidos por normas técnicas oficiais para a boa execução do objeto do contrato 
correm por conta do contratado. 
Art. 76. A Administração rejeitará, no todo ou em parte, obra, serviço ou fornecimento executado em 
desacordo com o contrato. 
De acordo com Altounian (2008), O início dos serviços fica condicionado à existência dos seguintes 
documentos: 
- ART dos responsáveis técnicos pelo empreendimento recolhida junto ao CREA do Estado em que 
a obra será realizada 
- Licença ambiental de instalação 
- Ordem da Administração autorizando o início dos serviços 
- Alvará de construção junto à Prefeitura Municipal 
- Aprovação do projeto de prevenção e combate a incêndio pelo Corpo de Bombeiros 
- Certificado de matrícula junto ao INSS 
- Demais autorizações específicas 
Etapas de uma contratação de obra pública: 
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Fonte: Altounian (2008) 
 Quanto à definição dos preços referenciais e aceitação dos preços contratuais, cabe verificar 
o que prevê o Decreto 7.983/2013 sobre esse assunto: 
Art. 3o O custo global de referência de obras e serviços de engenharia, exceto os serviços e obras de 
infraestrutura de transporte, será obtido a partir das composições dos custos unitários previstas no projeto 
que integra o edital de licitação, menores ou iguais à mediana de seus correspondentes nos custos unitários de 
referência do Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil - Sinapi, excetuados os 
itens caracterizados como montagem industrial ou que não possam ser considerados como de construção 
civil. 
Parágrafo único. O Sinapi deverá ser mantido pela Caixa Econômica Federal - CEF, segundo definições técnicas 
de engenharia da CEF e de pesquisa de preço realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - 
IBGE. 
Art. 4o O custo global de referência dos serviços e obras de infraestrutura de transportes será obtido a partir 
das composições dos custos unitários previstas no projeto que integra o edital de licitação, menores ou iguais 
aos seus correspondentes nos custos unitários de referência do Sistema de Custos Referenciais de Obras - Sicro, 
cuja manutenção e divulgação caberá ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes - DNIT, 
excetuados os itens caracterizados como montagem industrial ou que não possam ser considerados como de 
infraestrutura de transportes. 
Art. 5o O disposto nos arts. 3o e 4o não impede que os órgãos e entidades da administração pública federal 
desenvolvam novos sistemas de referência de custos, desde que demonstrem sua necessidade por meio de 
justificativa técnica e os submetam à aprovação do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. 
Marcus Campiteli
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Parágrafo único. Os novos sistemas de referência de custos somente serão aplicáveis no caso de 
incompatibilidade de adoção dos sistemas referidos nos arts. 3o e 4o, incorporando-se às suas composições de 
custo unitário os custos de insumos constantes do Sinapi e Sicro. 
(...) 
Art. 11. Os critérios de aceitabilidade de preços deverão constar do edital de licitação para contratação de 
obras e serviços de engenharia. 
 
6 – DIÁRIO DE OBRAS 
De acordo com o Manual de Obras Públicas – Edificações – Construção – SEAP, a comunicação 
entre a Fiscalização e a Contratada será realizada através de correspondência oficial e anotações 
ou registros na Caderneta de Ocorrências. 
A Caderneta de Ocorrências, com páginas numeradas em 3 (três) vias, 2 (duas) destacáveis, será 
destinada ao registro de fatos e comunicações que tenham implicação contratual, como: 
modificações de projeto, conclusão e aprovação de serviços e etapas construtivas, autorizações 
para execução de trabalho adicional, autorização para substituição de materiais e equipamentos, 
ajustes no cronograma e plano de execução dos serviços e obras, irregularidades e providências a 
serem tomadas pela Contratada e Fiscalização. 
A Fiscalização deverá exigir relatórios diários de execução dos serviços e obras (Diário de Obra), 
com páginas numeradas em 3(três) vias, 2(duas) destacáveis, contendo o registro de fatos normais 
do andamento dos serviços, como: entrada e saída de equipamentos, serviços em andamento, 
efetivo de pessoal, condições climáticas, visitas ao canteiro de serviço, inclusive para as atividades 
de suas subcontratadas. 
Segundo Altounian (2008), no caso de obra, documento de extrema relevância é o “Diário de 
Obra”, livro que registra todas as informações diárias relativas ao empreendimento: equipamentos 
disponíveis, condições meteorológicas, número de funcionários por categoria, presença de 
subcontratadas, observações quanto a irregularidades constatadas pela fiscalização, pendências de 
projeto etc. Em regra, é composto por três vias, cujas folhas são assinadas pelo representante da 
Administração e da empresa contratada: a primeira permanece na obra, a segunda é destacada 
pelo fiscal e a terceira pela empresa. 
Segue um exemplo de Diário de Obra adotado pelo DNIT: 
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7 – MEDIÇÃO 
Os serviços de medição das obras de implantação têm por finalidade a apuração das grandezas dos 
seus diversos elementos, de modo a permitir o seu pagamento. 
7.1 – CONDIÇÕES GERAIS 
Deverão ser obedecidas as seguintes condições gerais: 
a) Somente poderão ser considerados para efeito de medição e pagamento os serviços e obras 
efetivamente executados pela Contratada e aprovados pela Fiscalização, respeitada a rigorosa 
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correspondência com o projeto e suas modificações expressa e previamente aprovadas pelo 
Contratante. 
b) A medição de serviços e obras será baseada em relatórios periódicos elaborados pela 
Contratada, registrando os levantamentos, cálculos e gráficos necessários à discriminação e 
determinação das quantidades dos serviços efetivamente executados. 
c) A discriminação e quantificação dos serviços e obras considerados na medição deverão respeitar 
rigorosamente as planilhas de orçamento anexas ao contrato, inclusive critérios de medição e 
pagamento. 
d) O Contratante deverá efetuar os pagamentos das faturas emitidas pela Contratada com base 
nas medições de serviços aprovadas pela Fiscalização, obedecidas as condições estabelecidas no 
contrato. 
 
7.2 – COMPOSIÇÃO DAS MEDIÇÕES 
As medições compreendem duas partes distintas: as folhas de medição, com todos os detalhes de 
cálculo, contendo a memória de cálculo, com todos os esclarecimentos e detalhes e parâmetros 
considerados, apresentados deforma transparente, e o resumo, onde são indicadas as 
quantidades globais de cada serviço, quantidades estas extraídas das folhas de medição, nas quais 
deve ser observado o que se segue: 
- As medições terão sempre caráter cumulativo, isto é, devem abranger todos os serviços 
executados desde o início dos trabalhos, objeto do contrato em causa. 
- Nas folhas de medição, os trabalhos que já foram objeto de pagamento em medições anteriores e 
que não sofreram alteração, devem aparecer apenas com os seus valores globais. 
- As folhas de medição, que constituem a medição propriamente dita, devem ficar arquivadas na 
Superintendência Regional do DNIT, que é o responsável pelo acerto e fidedignidade dos dados 
apresentados. 
 
7.3 – ELABORAÇÃO DAS MEDIÇÕES 
As medições devem ser elaboradas a requerimento da firma empreiteira ou por iniciativa da 
própria fiscalização, devendo sempre ser obedecidas as determinações contratuais, no que diz 
respeito ao valor mínimo e ao prazo mínimo entre duas medições. 
a) Medição resumo 
Destina-se às medições contratuais, constituindo-se no resumo do desenvolvimento da medição 
propriamente dita. Os diversos serviços, então executados e a serem objetos de medição, devem 
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ser apresentados conforme a itenização constante na planilha de quantitativos de serviços, 
estabelecida no projeto de engenharia, registrando o subtotal de cada item ou serviço. 
A coluna de “Observação” deve conter todos os esclarecimentos que justifiquem os preços 
unitários aplicados, cumprindo observar que ordinariamente os preços unitários adotados são os 
definidos na licitação da obra correspondente e constante na respectiva “Planilha de Quantitativos 
e Custos Unitários dos Serviços”. 
Se houver reajustamento, o seu valor deve ser indicado de forma explícita no resumo. Em todas 
as medições (parciais ou finais) deve ser verificado, na folha resumo, o cumprimento do 
cronograma básico, através do confronto entre o efetivamente executado em cada período e os 
respectivos valores consignados no cronograma físico-financeiro vigente, relativo ao mês em foco. 
 
7.4 – CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO 
a) Obras Rodoviárias 
Os trabalhos de medição, particularmente no que se refere aos serviços de escavação, carga e 
transporte devem acompanhar o ritmo de execução da obra, para que não se verifique acúmulo de 
trabalho na época do processamento das medições, com prejuízo para ambas as partes. 
 a.1) Medições de serviços preliminares 
A medição deve ser feita na área satisfatoriamente desmatada, destocada e limpa. Deve-se medir 
essa área, em m2, na projeção horizontal do corpo estradal, isto é, na superfície delimitada pelas 
poligonais das estacas de amarração (off-sets) com os acréscimos laterais previstos e/ou pelas 
operações executadas em empréstimos marginais e caminhos de serviços, sempre observando o 
disposto nas Especificações de Serviço. 
No destocamento de árvores de diâmetro superior a 15 cm, devem ser consideradas as unidades 
destocadas, devidamente agrupadas em duas faixas, a saber: 0,15 m < ø ≤ 0,30 m e ø > 0,30 m, 
devendo o diâmetro ø das árvores ser medido a 1,00 m de altura do solo. 
A escavação dos caminhos de serviço deve ser calculada pelo processo da média das áreas. Não 
devem ser objetos de medição específica os segmentos dos caminhos de serviço situados no 
interior da faixa delimitadora da linha de off-set, devendo ser observado, no caso, o que dispõe a 
Especificação de Serviço, do DNIT. 
 
a.2) Medição de serviços de terraplenagem 
A construção de aterros e cortes chama-se serviço de terraplenagem, ou movimento de terras, 
pois se trata de transportar as terras escavadas dos cortes e dos empréstimos para aproveitá-las 
na construção dos aterros, ou removê-las para fora da estrada. 
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A medição de um serviço de terraplenagem compreende: medição de cortes ao longo da diretriz, 
medição de empréstimos, medição de aterros, medição de bota-foras e medição de transportes. 
Nota: O processo de medição de cortes ao longo da diretriz aplica-se também aos empréstimos, 
porém, dependendo da configuração dos empréstimos, é usual o emprego de processos próprios 
para cada uso - conforme exposto mais adiante. 
 
Medições de cortes ao longo da diretriz 
A determinação do volume dos cortes ao longo da diretriz deve ser feita pelo método da “média 
das áreas”, que consiste em supor o corte dividido em vários elementos parciais V1, V2,... Vn, de 
forma geométrica definida, de modo a permitir o cálculo de seus volumes por meio de fórmulas 
simples. 
O volume total do corte deve ser, naturalmente: 
 
Os elementos de volume Vi devem ser limitados pela superfície natural do terreno, configurado 
após as operações de desmatamento, destocamento e limpeza, pela superfície final assumida pela 
plataforma e taludes e por duas seções transversais normais ao eixo da rodovia. 
Portanto, para a obtenção do volume V do corte, torna-se necessária a determinação das áreas das 
seções transversais que limitam o elemento e a cubação do elemento. 
 
Determinação das áreas das seções transversais que limitam o elemento 
Esta determinação inicia-se depois de feita a locação e o nivelamento do eixo da rodovia, sendo 
em cada estaca levantada, a régua ou a nível, a seção transversal para fixação da superfície natural 
do terreno, após a execução da operação de desmatamento, destocamento e limpeza. 
Desenhadas as seções transversais em cada estaca, deve-se proceder à marcação em cada uma, da 
cota do projeto do eixo, para desenho do gabarito de corte ou aterro, conforme o caso. Os 
gabaritos de aterro devem ser também desenhados, com a finalidade de serem conhecidos os seus 
volumes, para efeito da distribuição de terras. 
Assim é que, antes do início do trabalho de terraplenagem propriamente dita, a Fiscalização deve 
possuir a Nota de Serviço de terraplenagem focalizada em seção e subseção específicas deste 
Manual, a qual apresenta a seção transversal em cada estaca da locação, contendo a seção natural 
do terreno, o gabarito da plataforma e a posição das estacas de amarração (off-sets), distanciadas 
cerca de 2 m da crista dos cortes ou dos pés dos aterros. 
A abertura do corte deve ser acompanhada pela Fiscalização, para que a mesma providencie, 
sempre que necessário, o levantamento de novas seções transversais, com o objetivo de 
caracterizar o aparecimento de material de 3ª categoria. Estas seções devem ser desenhadas sobre 
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a seção de projeto, com as anotações necessárias à perfeita delimitação de cada tipo de material 
escavado. Os cortes que apresentarem mistura de 3ª categoria com as demais categorias com 
limites pouco definidos, devem merecer atenção especial da Fiscalização, de maneira a permitir 
uma avaliação justa do volume de 3ª categoria no interperfil, de conformidade com o definido na 
Especificação de Serviço correspondente. 
Nas medições de cortes não acabados, o levantamento das seções transversais pode ser feito com 
base nas estacas de amarração (off-sets), não sendo necessário o restabelecimento do eixo. Deve, 
outrossim, ser considerada a seção transversal levantada após as operações de desmatamento, 
destocamento e limpeza. 
Para medição de cortes concluídos, deve ser relocado e nivelado o eixo, e levantadas, 
obrigatoriamente, todas as seções transversais. 
O levantamento das seções transversais deve ser feito a trena, tomando-se todas as medidas que 
forem necessárias à reprodução das seções transversais assimiladas a polígonos. Estas medidas 
devem ser tomadas, admitindoa decomposição da área de cada seção transversal do corte em 
triângulos, que ficarão determinados pela medida dos seus lados, ou se um dos ângulos for 
conhecido (taludes verticais), pela medida dos seus lados adjacentes. O engenheiro que executar 
os serviços de medição deve ter em mente que a figura geométrica representativa da seção 
transversal, a cuja medida procede, deve ficar plenamente determinada pelas dimensões por ele 
colhidas no terreno. 
Deve-se ter o cuidado de considerar no levantamento das seções somente a parte realmente 
escavada, evitando, assim, que os depósitos de materiais acumulados nas cristas dos taludes 
venham a aumentar a área da seção respectiva, ou que os acumulados dentro do corte, em 
especial, o decorrente das operações de desmatamento, destocamento e limpeza, venham 
diminuí-la, cumprindo ao empreiteiro fazer a limpeza dos cortes para as medições neste último 
caso. 
Sempre que os taludes não constituírem uma superfície desempenada, por defeito de escavação, o 
engenheiro encarregado deve fazer a devida correção no levantamento da seção, considerando a 
área limitada pelas tangentes à seção curvilínea dos taludes. 
O registro das medidas tomadas no campo deve ser feito com o máximo cuidado e clareza em 
caderneta especialmente organizada para tal fim. É imprescindível para cada seção o esboço da 
figura geométrica da mesma, com todas as dimensões tomadas, indicadas com clareza. Com esta 
providência, o próprio engenheiro encarregado dos serviços de medição verificará, no campo, se as 
figuras geométricas representativas das seções escavadas ficaram suficientemente determinadas 
pelas medidas por ele tomadas, conforme as figuras a seguir, sendo a, b, c, d, e, f, g, h, i, j as 
medidas a serem tomadas. 
 
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- 1º caso: Eixo não relocado 
 
 
 
 
 
 
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– 2º caso: Eixo relocado 
 
 
 
Colhidos estes elementos no campo e utilizado o nivelamento do eixo, devem ser os mesmos 
transpostos para as seções transversais já desenhadas por ocasião da locação e, com a 
superposição das seções, calcula-se a área correspondente à parte escavada. Esta área pode ser 
calculada por decomposição em figuras geométricas (triângulos e trapézios) ou, de preferência, 
por integração gráfica (planímetro), devendo cada seção ser planimetrada no mínimo duas 
vezes, para controle dos resultados obtidos. 
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A escavação do material que ficar fora da seção transversal do projeto, respeitadas as tolerâncias, 
deve correr por conta do empreiteiro, salvo se se tratar de escavações adicionais inevitáveis em 
rochas e autorizadas pela Fiscalização. Todos os desmoronamentos fora dos taludes regulares, 
devidos a defeitos de execução, devem ser retirados pelo empreiteiro à sua conta. 
 
Cubação dos elementos 
A partir das áreas das diversas seções transversais ao longo do corte, devem ser calculados os 
volumes entre as seções consecutivas. Considere-se, em primeiro lugar, o caso de um trecho 
totalmente em corte, isto é, em que não haja seção mista. 
O interperfil assemelha-se, com grande aproximação, a um prismoide sólido limitado por duas 
seções planas e paralelas, de forma qualquer, chamadas bases, e por uma superfície regular, 
gerada por uma reta que se apoia em ambas. Na realidade, nos cortes só raramente ocorre este 
sólido ideal, isto porque a superfície do terreno não é uma superfície regular, o mesmo 
acontecendo com os taludes e com a plataforma. Entretanto, como dissemos, todos os casos que 
ocorrem na prática podem referir-se a ele, com grande aproximação. 
O volume do prismoide é dado pela fórmula: 
 
Na fórmula, d é a distância entre as bases ou altura do prismoide, Ω1, Ω2 e Ωm as áreas das bases e 
da seção média. 
A fórmula anterior não é de aplicação prática, pois exige o conhecimento da seção média Ωm, 
conforme ilustrado na figura a seguir: 
 
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Para simplificação, admitimos que as geratrizes do prismóide sejam paralelas a um plano diretor; 
neste caso, a seção média coincide com a média das seções extremas, isto é: 
 
Substituindo este valor na expressão do volume, obtemos: 
 
Expressão simples, de aplicação bastante prática e conhecida como fórmula da Média das Áreas. 
O erro cometido aplicando-se esta fórmula, em lugar do prismóide, pode ser positivo ou negativo, 
dependendo da grandeza da seção média em relação à média das seções extremas, havendo, 
portanto, no resultado geral, certa compensação. 
A fórmula da média das áreas continua válida no caso de curvas, desde que se reduza o 
espaçamento entre as seções, quando a curvatura for grande. 
 
Soma dos volumes dos vários elementos consecutivos 
A cubação dos elementos e a soma dos volumes são feitas em modelo específico, terraplenagem-
escavação, que contém: as estacas, as áreas de solo (1ª e 2ª categoria) e rocha (3ª categoria), a 
soma das áreas, as semidistâncias, os volumes de solo e rocha e as observações. 
 
a.3) Medição de empréstimos 
Os empréstimos podem ser medidos por dois processos: o da média da área descrito 
anteriormente, ou o da rede de malhas cotadas. 
O primeiro processo aplica-se geralmente aos empréstimos executados no próprio corpo estradal, 
isto é, os resultados de alargamentos de cortes. Neste caso, as seções do terreno natural devem 
ser levantadas abrangendo, também, a área do empréstimo ou, se este não tiver sido previsto por 
ocasião da locação, as seções devem ser prolongadas antes do início do trabalho das máquinas. 
Quando o empréstimo for localizado fora do corpo estradal, pode-se usar o mesmo processo, isto 
é, providenciando-se, previamente, a locação de uma linha-base longitudinal, situada de 
preferência no centro da área, e levantando-se seções transversais, a régua, para cada lado. 
Entretanto, quando o empréstimo ocupa grande área, com alturas de corte relativamente 
pequenas, o método do levantamento de seções transversais a régua não apresenta precisão 
suficiente, pois os erros inerentes ao processo se acumulam, resultando em apreciações finais 
imprecisas. Deve-se recorrer, então, ao processo da rede de malhas cotadas, que consiste em 
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dividir o volume total numa série de sólidos parciais, de base quadrada ou retangular, de 10 a 20 m 
de lado, cujo volume é de fácil determinação. 
Especial cuidado deve ser tomado nas vizinhanças dos taludes dos empréstimos quando se utiliza o 
processo da “rede de malhas cotadas”. Se o serviço for executado por máquinas do tipo trator com 
scraper ou moto-scraper, os taludes se apresentarão bastante suaves e o processo descrito 
continua válido. Entretanto, sendo o serviço executado por máquinas tipo escavadeira, surgem 
taludes a prumo, que podem conduzir a erros na cubação. 
Conforme é ilustrado na Figura a seguir, há casos em que a projeção horizontal da linha do talude 
fica entre dois nodos, e neste caso o processo continuará válido; porém, em certas situações esta 
linha pode ficar próxima de um dos nodos, e então deve ser computado volume não escavado ou 
vice-versa. 
 
Nestes casos, a solução deve ser recorrer a processo gráfico, para determinar o 
volume dos sólidos nas proximidades do talude. Para isso, devem ser identificadas no 
campo, pelas suas três coordenadas, o pé e a crista do talude emcada situação. 
 
a.4) Medição de aterros 
O volume de aterro, para efeito de pagamento da operação de compactação, deve ser medido na 
pista, após compactação e conforme a seção de projeto. Nestas condições, a medição não deve ser 
feita diretamente. 
Para efeito de análise, deve ser verificada a correspondência entre o volume de aterro compactado 
e o volume de material escavado, através da seguinte fórmula: 
Va = Vc + Ve - Vd 
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Sendo: 
Va = volume total de aterro compactado; 
Vc = volume total dos cortes ao longo da diretriz (em materiais de 1ª e 2ª categoria); 
Ve = volume total dos empréstimos; 
Vd = volume total dos bota-foras. 
Se for utilizada rocha proveniente dos cortes na construção dos aterros, o volume de aterro de 
solos a ser compactado é: 
Va = (Vc + Ve) - (Vd + Var) 
Onde, Var é o volume de aterro construído com rocha extraída de corte, e os demais símbolos têm 
a mesma significação vista anteriormente. O volume Var deve ser medido diretamente no aterro, 
pelo processo da "média das áreas". 
 
a.5) Medição de bota-foras 
No volume de bota-fora só devem ser incluídos os volumes de solo realmente não aproveitados na 
implantação da plataforma. Os volumes excedentes aplicados nos alargamentos e nas bermas de 
equilíbrio dos aterros e, portanto, sujeitos à compactação, devem ser considerados como parte 
integrante dos aterros. O volume de bota-foras deve ser medido compactado, (de conformidade 
com a energia de compactação estabelecida), no próprio local do depósito, devendo-se 
providenciar com antecedência o levantamento de seções transversais na área a ser atingida. 
Os procedimentos e respectivos parâmetros de compactação de aterros e de bota-foras, inclusive 
com a utilização de rocha, deve estar definido no Projeto de Engenharia. 
Nota: Deve ser procedida, sistematicamente, a checagem entre os volumes escavados e os 
volumes compactados de aterros e de bota-foras, considerando as seções de aterros definidas no 
Projeto de Engenharia, as considerações acima expostas e mediante a devida aplicação dos fatores 
de conversão, levando em conta inclusive os volumes dos materiais de 2ª e de 3ª categorias. 
 
a.6) Medição de transporte 
A distribuição de terras deve ser orientada no sentido da pesquisa da solução teoricamente mais 
econômica, sob o ponto de vista de transporte, levando-se em consideração também o 
aproveitamento racional dos materiais provenientes dos cortes. Para isso, a Fiscalização deve 
fornecer à empreiteira, juntamente com a "nota de serviço", uma cópia do perfil de locomoção, 
contendo o diagrama de massas e sua distribuição pelo método de Brückner, observada a sua 
segmentação. 
A determinação das distâncias de transporte de cada compensação longitudinal deve ser feita no 
perfil de locação, entre os centros de gravidade de extração e depósito, localizados em decorrência 
da observação do trabalho no campo, e com subsídios fornecidos pelo Brückner. 
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As distâncias de transporte dos empréstimos e bota-foras devem ser, também, consideradas de 
centro de gravidade de extração a centro de gravidade de depósito e medidas no campo. 
A distância média de transporte de cada tipo de material escavado (1ª, 2ª ou 3ª categoria), em 
determinado trecho, deve ser resultante da aplicação da seguinte fórmula: 
 
Onde Vi e xi são o volume e a distância de transporte respectiva, de cada categoria no corte ou 
empréstimo. O cálculo deve ser feito em modelo específico. 
Nota: Observar que a formulação em foco tende a onerar o custo do serviço na medida em que a 
equação de custo pertinente é, sensivelmente, proporcional à raiz quadrada da distância de 
transporte. 
 
a.7) Medição dos serviços de obras de arte correntes 
A medição da obra de arte corrente deve ser iniciada logo após a conclusão da cava de fundação, 
para determinação do volume de escavação e da classificação do material. Quando a cava de 
fundação for executada conforme o projeto constante da nota de serviço, pode ser dispensada a 
medição direta da escavação no campo. A escavação da cava de fundação, bem como o 
preenchimento e a compactação após a colocação da obra de arte corrente, deve ser medida e 
objeto de pagamento, conforme definido na Especificação de Serviço correspondente e/ou no 
Projeto de Engenharia. 
Todos os elementos colhidos no campo devem constar sempre de caderneta especial, reservada 
para tal fim. No caso de bueiros tubulares, o comprimento da obra deve ser medido realmente, e 
não apenas contando o número de tubos empregados. 
Os demais elementos constituintes da obra (calçada, berço, gigante, muros, alas etc.) não devem 
ser medidos diretamente, sendo os volumes respectivos retirados do próprio projeto. Cabe apenas 
constatar se o projeto foi executado. 
Na caderneta de medição, devem ser anotadas as distâncias de transportes dos materiais 
(cimento, areia, brita, pedra, tubos etc.) empregados nos diversos serviços e observada a utilização 
de agregado, quando proveniente de rocha, cuja extração já tenha sido paga na terraplenagem. 
A medição dos canais de derivação (corta-rios) deve ser feita pelo processo da média das áreas 
descrito anteriormente, devendo, para isto, ser levantadas as seções transversais 
convenientemente espaçadas, antes e depois de concluído o trabalho de escavação. 
Os procedimentos pertinentes à elaboração das medições destes serviços devem ser objeto de 
detalhamento no Projeto de Engenharia e nas Especificações de Serviço. 
 
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a.8) Medição de serviços complementares 
Estes serviços, compreendendo, de uma forma ordinária, a execução de cercas de vedação da faixa 
de domínio, de sinalização rodoviária, a construção de defensas e de revestimento primário, têm 
seus respectivos procedimentos para medição e pagamento definidos nas competentes 
Especificações de Serviço vigentes no DNIT e, complementarmente, no Projeto de Engenharia. 
 
b) Edificações 
O Caderno de Encargos conterá todos os elementos de projeto, bem como as informações e 
instruções complementares necessárias à execução dos serviços e obras objeto do contrato, como 
a regulamentação de Preços e Medições, contendo a definição, a composição e o critério de 
medição de todos os itens das Planilhas de Orçamento. 
 
Seguem os critérios de medição dos serviços de construção civil previstos no Manual de Obras 
Públicas – Edificações – Prática SEAP – Projetos: 
Serviço Critério de Medição 
Levantamentos 
Planialtimétricos 
Área efetivamente levantada, medida no plano 
horizontal, em m². 
Sondagens - Poços de 
inspeção 
Volume efetivamente escavado e aprovado pela 
Fiscalização, em m³, medido no poço. 
Sondagens a Trado 
Metro efetivamente perfurado no subsolo, entre os 
limites em que esse método de avanço for empregado 
e aceito pela Fiscalização. 
Sondagens a 
Percussão 
Metro efetivamente perfurado no subsolo aceito pela 
Fiscalização. O limite para medição poderá ser entre a 
superfície original do terreno e o fundo do furo. 
Sondagem Rotativa 
Metro efetivamente perfurado e aceito pela 
Fiscalização em rochas, matacões ou outra obstrução. 
O limite para a medição será entre a cota de início da 
rotação e a cota final da operação de rotação. 
Sondagem Mista 
Metro efetivamente perfurado e aceito pela 
Fiscalização. 
Ensaios Por unidade de ensaio. 
Canteiro de Obras – Área da edificação, descontando-se as áreas de 
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64Escritórios, Depósitos, 
Oficinas, Refeitórios, 
Vestiários e sanitários, 
Dormitórios 
beirais, iluminação e ventilação, em m². 
Tapumes e Cercas 
Área efetiva em m², considerando a altura desde o 
nível do solo até a borda superior do tapume e o 
comprimento corrido, descontando-se portas ou 
portões (se estes foram pagos à parte). 
Muros Área de muros efetivamente executados, em m². 
Portões Área efetiva dos portões instalados, em m². 
Demolição de 
concreto simples e 
armado 
Metro cúbico de concreto demolido, obtendo-se o 
volume através das dimensões de projeto. 
Demolição de 
estruturas metálicas 
Peso em kg da estrutura demolida, obtido através de 
pesagem em balança ou através dos pesos 
padronizados de tabelas. 
Demolição de 
estruturas de madeira 
Volume de estrutura de madeira efetivamente 
desmontada, em m³. 
Demolição de pisos 
Metro cúbico de piso demolido, obtendo-se o volume 
através das dimensões de projeto. 
Demolição de 
cobertura 
Área em projeção horizontal da cobertura demolida, 
conforme projeto, em m². 
Demolição de 
revestimentos e forros 
Área de revestimento ou forro efetivamente 
removido, conforme projeto, em m². 
Demolição de 
Pavimentações 
Metro cúbico de piso demolido, obtendo-se o volume 
através das dimensões de projeto. No caso de 
pavimentos articulados, a medição será efetuada por 
metro quadrado de piso demolido. 
Remoção das redes 
hidráulicas, elétricas 
e de utilidades. 
 
Metro linear de rede efetivamente removida. 
Carga, transporte, 
descarga e 
Produto do volume efetivamente transportado, 
medido nos veículos de transporte, em metros 
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espalhamento de 
materiais provenientes 
da demolição 
cúbicos, pelas distâncias em quilômetros, em linha 
reta, entre os centros geométricos dos locais da 
demolição e do bota-fora. 
Locação de Edificações 
Metro quadrado, apurando-se a área de projeção de 
cada edificação, medida em planta, conforme o 
projeto, descontando-se os beirais, áreas de 
ventilação e iluminação. 
Locação de Sistemas 
Viários Internos e Vias 
de Acesso 
Metro de eixo locado, medido conforme o projeto. 
Limpeza e Preparo da 
Área - Capina e roçado 
Área efetivamente capinada e roçada, em m². 
Destocamento de 
árvores 
Unidade de árvore destocada. 
Escavação Volume medido no corte. 
Aterro compactado 
Volume compactado, medido no aterro conforme 
projeto. 
Transporte, 
Lançamento e 
Espalhamento 
de Material Escavado 
até a distância de 1km 
m3 x dam, apurando-se o volume medido no corte e 
determinando-se a distância entre os centros de 
massa dos locais de carga e descarga. O percurso será 
o autorizado pela Fiscalização. 
Distância > 1 km 
Idem na anterior, porém a medição será efetuada em 
m3 x km. 
Paredes-Guias Área de parede efetivamente executada, em m². 
Armadura 
A medição será efetuada conforme os resumos 
indicados no projeto, em kg, sem qualquer acréscimo 
a título de perdas e desbitolamento. 
Concreto 
Volume de concreto aplicado, medido de acordo com 
as dimensões indicadas no projeto, em m³, 
computando os volumes comuns a várias peças uma 
só vez. 
Estacas-prancha Área efetivamente escorada, em m². 
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Instalação de bombas 
para esgotamento de 
valas 
Produto da potência das bombas em HP pelas horas 
efetivamente trabalhadas e apontadas pela 
Fiscalização. 
Drenos Horizontais e 
Suborizontais, e 
verticais de areia 
Metro de dreno executado, conforme projeto. 
Fundações – 
Escavação de Valas 
Manual e/ou 
Mecanizada 
Volume escavado, em m³, medido no corte, cujas 
dimensões em planta estão limitadas por linhas 
paralelas distantes de 0,50 m das faces laterais das 
fundações. 
Reaterro compactado Volume compactado em m³, medido na vala. 
Escoramento contínuo 
e descontínuo de 
madeira 
Área da pranchada executada, em m². 
Estacas justapostas de 
solo-cimento 
Metro de coluna executada conforme projeto entre a 
cota de ponta e a cota de arrasamento. 
Gabiões tipo caixa, 
colchão e saco 
Volume obtido das dimensões indicadas no projeto 
em m³. 
Gabiões maciços de 
solo armado 
m² do paramento efetivamente executado entre o seu 
topo e a face superior de soleira. 
Lastro de concreto 
Volume obtido através das dimensões indicadas no 
projeto, em m³. 
Formas para sapatas 
isoladas 
A medição será efetuada de acordo com as dimensões 
indicadas no projeto, apurando-se a área 
efetivamente em contato com o concreto, em m², 
não sendo descontadas áreas de interseção no caso 
de cruzamentos ou interferências. 
Estaca pré-moldada de 
concreto armado ou 
protendido e Estaca de 
madeira 
Metro de estaca cravada, considerando-se o 
comprimento definido pela cota de fundação na 
ponta da estaca e pela cota de arrasamento, sendo 
tolerado apenas o que exceder no comprimento, até 
3,00m acima da face inferior do bloco. 
Estaca Metálica 
Comprimentos originais das estacas utilizadas, 
independentemente da profundidade atingida. 
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Estaca Franki 
Comprimento de estaca efetivamente executada, em 
m, obtido pela soma dos comprimentos dos tubos de 
revestimento. 
Impermeabilização 
com argamassa rígida 
de cimento, areia e 
impermeabilizante 
m³, conforme o projeto. 
Impermeabilização - 
Pintura com emulsão 
betuminosa 
Área, conforme projeto, em m², não descontando 
áreas de interseção de alvenarias. 
Impermeabilização 
com manta asfáltica 
m², conforme projeto, considerando os dobramentos 
verticais e descontando as áreas de vazios ou 
interferências que excederem a 0,30m². 
Formas para 
estruturas de concreto 
A medição será efetuada de acordo com as dimensões 
indicadas no projeto, apurando-se a área 
efetivamente em contato com o concreto, em m², não 
sendo descontadas áreas de interseção no caso de 
cruzamentos ou interferências, sendo descontadas 
áreas de vazios previstas no projeto, quando 
superiores a 0,30 m². 
Formas para escadas 
Idem ao anterior, sendo que nas formas laterais não 
serão deduzidas as áreas dos vazios triangulares dos 
degraus. 
Armadura de 
protensão 
A medição será efetuada conforme os resumos 
indicados no projeto, em kg, sem qualquer acréscimo 
a título de perdas. 
Bainha Metro de bainha instalada, conforme o projeto. 
Ancoragem Unidade instalada, conforme o projeto. 
Junta de dilatação Metro de junta executada. 
Estrutura Metálica 
Peso obtido das listas de materiais indicadas no 
projeto, em kg. 
Parafusos Unidade instalada. 
Solda Metro de solda executada. 
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Estrutura de madeira Volume da estrutura, conforme o projeto, em m³. 
Pregos Peso de pregos, em kg 
Porta de madeira 
Unidade colocada, conforme as dimensões indicadas 
no projeto. 
Batentes e guarnições 
de madeira 
Metro de batentes e guarnições efetivamente 
instalados. 
Vidro 
Área de vidro obtida através das dimensões de cada 
peça, conforme o projeto, em m², devendo ser 
arredondadas para mais, em múltiplos de 0,05m. 
Vidro aramado 
Idem ao anterior, porém as dimensões de cada peça 
serão arredondadas para mais, em múltiplos de 
0,25m. 
Telhas 
Área de projeção da cobertura no plano horizontal, 
conforme projeto, em m². 
Revestimentos de 
pisos 
Área de piso, conforme as dimensões indicadas no 
projeto, em m², sendo descontadas as áreas de vazios 
ou interferências que excederem a 0,50m². 
Contrapiso e 
regularização de base 
m², conforme projeto. 
Chapisco, Emboço e 
Reboco 
A medição será efetuada por m², obtendo-se aárea 
de acordo com o projeto, descontando-se os vãos 
maiores que 2,00m², áreas de vazios ou 
interferências. 
Revestimento de 
Parede Cerâmico e de 
Azulejo 
m², descontando-se no que exceder a 1,00m², os 
vazios cujas superfícies de topo não sejam revestidas. 
Revestimento de 
Parede de Pedras, 
Madeira, Borracha, 
Laminado Melamínico 
m², conforme o projeto. 
Revestimento de 
Parede com 
Argamassas Especiais 
m², obtendo-se a área de acordo com o projeto, 
descontando-se os vãos maiores que 2,00m², áreas 
de vazios ou interferências. 
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Pinturas 
m², descontando-se, apenas o que exceder a 2,00m², 
áreas de vazios ou interferências. 
Brises Pagamento será efetuado por m². 
Cercas Metro linear de cerca pronta. 
 
8 – RECEBIMENTOS 
De acordo com a Lei 8.666/93: 
Art. 73. Executado o contrato, o seu objeto será recebido: 
I - em se tratando de obras e serviços: 
a) provisoriamente, pelo responsável por seu acompanhamento e fiscalização, mediante termo 
circunstanciado, assinado pelas partes em até 15 (quinze) dias da comunicação escrita do contratado 
b) definitivamente, por servidor ou comissão designada pela autoridade competente, mediante termo 
circunstanciado, assinado pelas partes, após o decurso do prazo de observação, ou vistoria que comprove a 
adequação do objeto aos termos contratuais, observado o disposto no art. 69 desta Lei 
§ 2º O recebimento provisório ou definitivo não exclui a responsabilidade civil pela solidez e segurança da 
obra ou do serviço, nem ético-profissional pela perfeita execução do contrato, dentro dos limites estabelecidos 
pela lei ou pelo contrato. 
§ 3º O prazo a que se refere a alínea "b" do inciso I deste artigo (entrega definitiva) não poderá ser superior a 
90 (noventa) dias, salvo em casos excepcionais, devidamente justificados e previstos no edital. “ 
Segundo o Manual de Obras Públicas da SEAP, o Recebimento dos serviços e obras executados 
pela Contratada será efetivado em duas etapas sucessivas: 
a) na primeira etapa, após a conclusão dos serviços e solicitação oficial da Contratada, mediante 
uma vistoria realizada pela Fiscalização e/ou Comissão de Recebimento de Obras e Serviços, será 
efetuado o Recebimento Provisório; 
Nesta etapa, a Contratada deverá efetuar a entrega dos catálogos, folhetos e manuais de 
montagem, operação e manutenção de todas as instalações, equipamentos e componentes 
pertinentes ao objeto dos serviços e obras, inclusive certificados de garantia. 
Após a vistoria, através de comunicação oficial da Fiscalização, serão indicadas as correções e 
complementações consideradas necessárias ao Recebimento Definitivo, bem como estabelecido o 
prazo para a execução dos ajustes. 
 
b) na segunda etapa, após a conclusão das correções e complementações e solicitação oficial da 
Contratada, mediante nova vistoria realizada pela Fiscalização e/ou Comissão de Recebimento de 
Obras e Serviços, será realizado o Recebimento Definitivo. 
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O Recebimento Definitivo somente será efetivado pelo Contratante após a apresentação pela 
Contratada da Certidão Negativa de Débito fornecida pelo INSS, certificado de Recolhimento de 
FGTS e comprovação de pagamento das demais taxas, impostos e encargos incidentes sobre o 
objeto do contrato. 
 
9 – PAGAMENTOS 
De acordo com Altounian (2009), no caso de obras, a liquidação se faz com base em medição 
atestada e detalhada pela fiscalização competente, bem como pela comprovação do recolhimento 
dos devidos tributos e da implementação das demais condições exigidas no edital. 
Na liquidação e pagamento, verificar também: correção dos cálculos dos reajustes; atentar para as 
compensações financeiras e penalizações por eventuais atrasos e descontos por eventuais 
antecipações de pagamentos, conforme previsto no edital; não proceder a pagamentos 
antecipados, salvo em situações excepcionais e com as devidas garantias. 
Segundo a Lei 4.320/64: 
“Art. 62. O pagamento da despesa só será efetuado quando ordenado após sua regular liquidação. 
Art. 63. A liquidação da despesa consiste na verificação do direito adquirido pelo credor tendo por base os 
títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito.” 
 
10 – REAJUSTAMENTO 
De acordo com Altounian (2009), o reajustamento tem como principal objetivo assegurar que os 
preços contratuais sejam compensados em função de variações dos preços dos insumos (material, 
mão de obra e equipamentos) que ocorrem em determinado período, ou seja, nada mais é do que 
a atualização do poder aquisitivo da moeda em face da inflação setorial. 
A conjuntura inflacionária ocasiona aumento periódico do preço dos insumos de construção civil, 
exigindo, portanto, reajustamento dos preços de serviços pagos às construtoras, de modo a evitar 
o desequilíbrio econômico-financeiro do contrato. 
Para a atualização dos preços são geralmente utilizados índices que refletem a variação dos custos 
do setor. 
Segundo a Lei 10.192/2000: 
“Art. 2º É admitida estipulação de correção monetária ou de reajuste por índices de preços gerais, setoriais ou 
que reflitam a variação dos custos de produção ou dos insumos utilizados nos contratos de prazo de duração 
igual ou superior a um ano. 
§ 1º É nula de pleno direito qualquer estipulação de reajuste ou correção monetária de periodicidade inferior a 
um ano. 
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Art. 3º (...) 
§ 1º A periodicidade anual nos contratos de que trata o caput deste artigo será contada a partir da data limite 
para apresentação da proposta ou do orçamento a que essa se referir.” 
 
11 – MUDANÇA DE DATA-BASE 
Data-base: mês de referência do orçamento ou de cotação dos preços 
Mudança da data-base: aplicação dos índices de reajuste específicos de cada serviço/insumo do 
orçamento ou de índice geral ao total do orçamento. 
 
12 – ADITIVOS 
Conforme a Lei 8.666/93: 
“Art. 58. O regime jurídico dos contratos administrativos instituído por esta Lei confere à Administração, em 
relação a eles, a prerrogativa de: 
I - modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às finalidades de interesse público, respeitados os 
direitos do contratado; 
[...] 
§ 2º Na hipótese do inciso I deste artigo, as cláusulas econômico-financeiras do contrato deverão ser revistas 
para que se mantenha o equilíbrio contratual.” 
[...] 
Art. 65. Os contratos regidos por esta Lei poderão ser alterados, com as devidas justificativas, nos seguintes 
casos: 
 I - unilateralmente pela Administração: 
a) quando houver modificação do projeto ou das especificações, para melhor adequação técnica aos seus 
objetivos; 
b) quando necessária a modificação do valor contratual em decorrência de acréscimo ou diminuição 
quantitativa de seu objeto, nos limites permitidos por esta Lei; 
II - por acordo das partes: 
a) quando conveniente a substituição da garantia de execução; 
b) quando necessária a modificação do regime de execução da obra ou serviço, bem como do modo de 
fornecimento, em face de verificação técnica da inaplicabilidade dos termos contratuais originários; 
c) quando necessária a modificação da forma de pagamento, por imposição de circunstâncias supervenientes, 
mantido o valor inicial atualizado, vedada a antecipação do pagamento, com relação ao cronograma 
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financeiro fixado, sem a correspondente contraprestação de fornecimento de bens ou execução de obra ou 
serviço; 
d) para restabelecera relação que as partes pactuaram inicialmente entre os encargos do contratado e a 
retribuição da administração para a justa remuneração da obra, serviço ou fornecimento, objetivando a 
manutenção do equilíbrio econômico-financeiro inicial do contrato, na hipótese de sobrevirem fatos 
imprevisíveis, ou previsíveis porém de conseqüências incalculáveis, retardadores ou impeditivos da execução 
do ajustado, ou, ainda, em caso de força maior, caso fortuito ou fato do príncipe, configurando álea 
econômica extraordinária e extracontratual. (revisão ou recomposição) 
§ 1º O contratado fica obrigado a aceitar, nas mesmas condições contratuais, os acréscimos ou supressões 
que se fizerem nas obras, serviços ou compras, até 25% (vinte e cinco por cento) do valor inicial atualizado do 
contrato, e, no caso particular de reforma de edifício ou de equipamento, até o limite de 50% (cinqüenta por 
cento) para os seus acréscimos. 
§ 2º Nenhum acréscimo ou supressão poderá exceder os limites estabelecidos no parágrafo anterior, salvo: 
II - as supressões resultantes de acordo celebrado entre os contratantes. 
§ 3º Se no contrato não houverem sido contemplados preços unitários para obras ou serviços, esses serão 
fixados mediante acordo entre as partes, respeitados os limites estabelecidos no § 1º deste artigo. 
§ 4º No caso de supressão de obras, bens ou serviços, se o contratado já houver adquirido os materiais e posto 
no local dos trabalhos, estes deverão ser pagos pela Administração pelos custos de aquisição regularmente 
comprovados e monetariamente corrigidos, podendo caber indenização por outros danos eventualmente 
decorrentes da supressão, desde que regularmente comprovados. 
§ 5º Quaisquer tributos ou encargos legais criados, alterados ou extintos, bem como a superveniência de 
disposições legais, quando ocorridas após a data da apresentação da proposta, de comprovada repercussão 
nos preços contratados, implicarão a revisão destes para mais ou para menos, conforme o caso. 
§ 6º Em havendo alteração unilateral do contrato que aumente os encargos do contratado, a Administração 
deverá restabelecer, por aditamento, o equilíbrio econômico-financeiro inicial. 
[...] 
§ 8º A variação do valor contratual para fazer face ao reajuste de preços previsto no próprio contrato, as 
atualizações, compensações ou penalizações financeiras decorrentes das condições de pagamento nele 
previstas, bem como o empenho de dotações orçamentárias suplementares até o limite do seu valor corrigido, 
não caracterizam alteração do mesmo, podendo ser registrados por simples apostila, dispensando a 
celebração de aditamento.” 
 Os comandos do Decreto 7.983/2013, sobre aditivo: 
[...] 
Art. 13. Em caso de adoção dos regimes de empreitada por preço global e de empreitada integral, deverão ser 
observadas as seguintes disposições para formação e aceitabilidade dos preços: 
I - na formação do preço que constará das propostas dos licitantes, poderão ser utilizados custos unitários 
diferentes daqueles obtidos a partir dos sistemas de custos de referência previstos neste Decreto, desde que o 
preço global orçado e o de cada uma das etapas previstas no cronograma físico-financeiro do contrato, 
observado o art. 9o, fiquem iguais ou abaixo dos preços de referência da administração pública obtidos na 
forma do Capítulo II, assegurado aos órgãos de controle o acesso irrestrito a essas informações; e 
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II - deverá constar do edital e do contrato cláusula expressa de concordância do contratado com a adequação 
do projeto que integrar o edital de licitação e as alterações contratuais sob alegação de falhas ou omissões em 
qualquer das peças, orçamentos, plantas, especificações, memoriais e estudos técnicos preliminares do projeto 
não poderão ultrapassar, no seu conjunto, dez por cento do valor total do contrato, computando-se esse 
percentual para verificação do limite previsto no § 1º do art. 65 da Lei nº 8.666, de 1993. 
Parágrafo único. Para o atendimento do art. 11, os critérios de aceitabilidade de preços serão definidos em 
relação ao preços global e de cada uma das etapas previstas no cronograma físico-financeiro do contrato, que 
deverão constar do edital de licitação. 
Art. 14. A diferença percentual entre o valor global do contrato e o preço global de referência não poderá ser 
reduzida em favor do contratado em decorrência de aditamentos que modifiquem a planilha orçamentária. 
Parágrafo único. Em caso de adoção dos regimes de empreitada por preço unitário e tarefa, a diferença a que 
se refere o caput poderá ser reduzida para a preservação do equilíbrio econômico-financeiro do contrato em 
casos excepcionais e justificados, desde que os custos unitários dos aditivos contratuais não excedam os custos 
unitários do sistema de referência utilizado na forma deste Decreto, assegurada a manutenção da vantagem 
da proposta vencedora ante a da segunda colocada na licitação. 
Art. 15. A formação do preço dos aditivos contratuais contará com orçamento específico detalhado em 
planilhas elaboradas pelo órgão ou entidade responsável pela licitação, na forma prevista no Capítulo II, 
observado o disposto no art. 14 e mantidos os limites do previsto no § 1o do art. 65 da Lei no 8.666, de 1993. 
 
13 – QUESTÕES COMENTADAS 
1. (120 – CEF/2011 – Cespe) 
Celebrado o contrato com a administração pública, a execução desse contrato deve ser 
acompanhada e fiscalizada por um representante da administração especialmente designado 
para tal fim, admitida a contratação de terceiros para assistir ou subsidiar o trabalho. 
Comentários 
A assertiva está exatamente de acordo com o art. 67 da Lei nº 8.666/93: 
“Art. 67. A execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada por um representante da 
Administração especialmente designado, permitida a contratação de terceiros para assisti-lo e subsidiá-lo de 
informações pertinentes a essa atribuição.” 
No caso do DNIT, é comum a contratação de empresa supervisora para subsidiar o representante da 
administração na tarefa de fiscalização da obra. 
É interessante trazer mais duas importantes informações acerca da fiscalização, previstas nos §§ 1º e 2º do 
mesmo artigo: 
“§ 1º O representante da Administração anotará em registro próprio todas as ocorrências relacionadas com a 
execução do contrato, determinando o que for necessário à regularização das faltas ou defeitos observados. 
§ 2º As decisões e providências que ultrapassarem a competência do representante deverão ser solicitadas a 
seus superiores em tempo hábil para a adoção das medidas convenientes.” 
Marcus Campiteli
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O registro próprio, no caso de construção civil, é o diário de obras, que possui 3 vias (uma do 
contratante, uma do contratado e uma fica na obra). 
Gabarito: Correta 
2. (55 - TCE-RN/2015 - CESPE) 
A fiscalização de obras públicas deve ser realizada por servidores do órgão ou da entidade da 
administração pública contratante, sendo inadmissível a contratação de terceiros para esse 
fim. 
Comentários 
De acordo com a Lei 8.666/93, art. 67, a execução do contrato deverá ser acompanhada e 
fiscalizada por um representante da Administração especialmente designado, permitida a 
contratação de terceiros para assisti-lo e subsidiá-lo de informações pertinentes a essa atribuição. 
Gabarito: Errada 
(ANA/2006 – Cespe) 
A fiscalização de uma obra pública consiste no acompanhamento e na verificação da 
execução de cada etapa dos serviços, zelando-se pelo cumprimento dos padrões de 
qualidade fixados no projeto executivo e nas especificações. Com relação a essa tarefa de 
controle, julgue os itens subsequentes. 
3. 96 – 
 A fiscalização é responsável

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