Buscar

Módulo 1 - Arma de fogo aspectos iniciais

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 43 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 43 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 43 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Ficha técnica
Mauricio Santos Silva (coordenador técnico)
Flavio Luis Correa dos Santos (conteudista)
Luiz Henrique Alves do Pateo (conteudista)
Eduardo Fernandes Cardoso (conteudista)
Aldo Luiz Santana (conteudista)
Marcio de Godoy Rodrigues (colaborador)
Leandro Goldemberg Ramos de Lima (colaborador)
Priscila Campos Pereira (designer instrucional)
Lavínia Cavalcanti M T dos Santos (coordenadora)
Camila Rodrigues de Souza (coordenadora)
Concita Varella (produção audiovisual)
Sandra Sipp (produção audiovisual)
Daniel Necchi Nogueira (filmagem, edição e finalização)
Ricardo Batista Carneiro (filmagem, edição e finalização)
Desenvolvimento do curso realizado no âmbito do contrato Enap/ Avante Brasil 
Tecnologias Educacionais, 2019. 
Módulo 1 – Aspectos técnicos das armas de fogo e munições ................................ 5
1.Conceitos .................................................................................................................. 5
2. Classificação ........................................................................................................... 5
2.1. Quanto à alma do cano (1,2) ....................................................................... 6
2.2. Quanto ao tamanho ..................................................................................... 7
2.3. Quanto ao tipo de ação ............................................................................... 7
2.4. Quanto ao sistema de fundamento ............................................................ 8
2.5. Quanto ao sistema de carregamento ....................................................... 10
2.6. Quanto ao sistema de acionamento ........................................................ 10
3. Enquadramento das armas nas principais classificações ................................. 11
4. Munição ................................................................................................................. 16
4.1. Estojo .......................................................................................................... 16
4.2. Espoleta ...................................................................................................... 17
4.3. Propelente .................................................................................................. 19
4.4. Funcionamento .......................................................................................... 21
4.5. Projétil ......................................................................................................... 22
4.6. Munição de armas de alma lisa ................................................................ 23
5. Calibre (1,3,4) ......................................................................................................... 24
5.1. Definições de calibre ................................................................................. 24
5.2. Calibre real ................................................................................................. 24
5.3. Calibre nominal .......................................................................................... 25
5.4. Calibre das espingardas ............................................................................ 29
6. Balística (3, 25) ...................................................................................................... 30
Sumário
4
7. Stopping power - Poder de parada (3,18) ............................................................ 35
8. Munições adotadas pela RFB ............................................................................... 37
8.1. Copper Bullet Tactical ................................................................................ 38
8.2. Gold Hex Tactical ....................................................................................... 39
8.3. NTA – Treina .............................................................................................. 40
8.4. Fachos de luz provocados pelas munições utilizadas pela RFB ............ 42
5
ARMAMENTO INSTITUCIONAL
Módulo 1 – Aspectos técnicos das armas de fogo e 
munições
Veremos neste tópico os aspectos técnicos das armas de fogo e munições.
1. Conceitos
ARMA
É todo objeto que pode aumentar a capacidade de ataque ou defesa 
do homem.1
ARMA DE FOGO
É um “dispositivo que impele um ou vários projéteis através de um 
cano pela pressão de gases em expansão produzidos por uma carga 
propelente em combustão”.2
12
São, portanto, considerados elementos essenciais de uma arma de 
fogo: o cano, o projétil e a expansão de gases gerada pela combustão 
de uma carga de projeção (pólvora).
2. Classificação
As armas de fogo podem ser classificadas quanto às suas características básicas 
como tipo da alma do cano, tamanho do cano, sistema de carregamento, sistema de 
funcionamento e sistema de acionamento.
1 Tocchetto, Domingos. Balística Forense - Aspectos Técnicos e Jurídicos - 5a ed., 2009.
2 Departamento de Polícia Federal; Academia Nacional de Polícia; Serviço de Armamento e Tiro. Cartilha de Armamento e 
Tiro. Brasília, DF : s.n., 2014.
6
2.1. Quanto à alma do cano (1,2)
A alma é a parte oca do interior do cano de uma arma de fogo, sendo o principal 
elemento de identificação da arma. Geralmente, vai desde a porção inicial do cano 
(câmara ou cone de forçamento) até a boca, sendo destinada a resistir à pressão 
dos gases produzidos pela combustão da pólvora e outros explosivos e a orientar o 
projétil. Pode ser lisa ou raiada, dependendo do tipo de munição para o qual a arma 
foi projetada.
Seu projeto, a qualidade de sua construção e o esmero de seu acabamento, especial-
mente em sua porção terminal, a coroa, são preponderantes na definição da precisão 
de uma arma de fogo.
Alma raiada
Sulcos feitos na parte interna (alma) dos canos ou tubos das armas 
de fogo, geralmente de forma helicoidal, que têm a finalidade de pro-
piciar o movimento de rotação dos projéteis ou granadas. Desta for-
ma, o projétil ganha estabilidade para o voo que empreenderá assim 
que deixa o cano. Um projétil estável é capaz de seguir uma trajetória 
mais previsível.3
Projétil Raia Cheio
Alma lisa
É aquela isenta de raiamentos, com superfície absolutamente polida, 
como, por exemplo, nas espingardas. As armas de alma lisa podem 
ter um sistema redutor (choke), fixo ou acoplado ao extremo do cano, 
que tem como finalidade controlar a dispersão dos bagos de chumbo 
(mantém a concentração dos disparos no alvo a diferentes distâncias).
3
3 Cabral, Antônio Benício de Castro e Silva Junior, Benedito Pereira da. Curso de Manuseio de Arma de Fogo. Belo Horizon-
te; Piracicaba, MG : s.n., Agosto de 2007.
7
2.2. Quanto ao tamanho
A seguir, detalharemos os seguintes itens4:
 § Arma curta
 § Arma longa
Arma curta
É aquela desenvolvida para ser manejada normalmente por uma úni-
ca mão, segundo o inciso XIV do art. 3º do R105:
XIV - arma de porte: arma de fogo de dimensões e peso reduzidos, que 
pode ser portada por um indivíduo em um coldre e disparada, como-
damente, com somente uma das mãos pelo atirador; enquadram-se, 
nesta definição, pistolas, revólveres e garruchas;
Arma longa
É a arma portátil, feita para ser manejada com as duas mãos, 
geralmente apoiada no ombro do atirador. São exemplos 
típicos as carabinas e os fuzis, segundo inciso XXII do art. 3º 
do R105:
XXII - arma portátil: arma cujo peso e cujas dimensões 
permitem que seja transportada por um único homem, mas não conduzida em um 
coldre, exigindo, em situações normais, ambas as mãos para a realização eficiente 
do disparo;
2.3. Quanto ao tipo de ação
Em tipo de ação, temos:5
Ação por ferrolho
O ferrolho é um mecanismo móvel, instalado na culatra da 
arma, que tem a função de carregar (colocar um cartucho ín-
tegro na câmara) e extrair o estojo vazio, para novo carrega-
mento. Ele funciona abrindo a janela de ejeção, para ejetar o 
estojo, e fechando essa mesma janela, para carregar.
4 Departamento de Polícia Federal; Academia Nacional de Polícia;Serviço de Armamento e Tiro. Cartilha de Armamento e 
Tiro. Brasília, DF : s.n., 2014.
5 Cabral, Antônio Benício de Castro e Silva Junior, Benedito Pereira da. Curso de Manuseio de Arma de Fogo. Belo Horizon-
te; Piracicaba, MG : s.n., Agosto de 2007.
8
Nesse mecanismo, o ferrolho da arma possui uma pequena haste (uma alavanca ex-
terna), a qual é movida pelo atirador antes de cada disparo (ou antes do primeiro 
disparo no caso de armas semiautomáticas), em quatro movimentos seguidos, quais 
sejam, o destrancamento do ferrolho, a abertura da janela (ferrolho para trás), o fe-
chamento da janela (ferrolho para frente) e trancamento do ferrolho.
Durante o tiro o ferrolho funciona trancado, a fim de evitar incidentes de tiro e aciden-
tes. Muitos fuzis e carabinas utilizam esse tipo de ação. O fuzil Mauser 1898 é um dos 
exemplos mais famosos. As demais armas de repetição e mesmo as semiautomáti-
cas e automáticas também possuem ferrolho, entretanto, por razões históricas, ape-
nas um tipo específico de mecanismo de repetição é chamado de “ação por ferrolho”.
Ação por alavanca
Essa arma possui uma haste embaixo da caixa de culatra, que 
começa à frente da tecla do gatilho (onde é fixada por um pino, 
que lhe serve de eixo), servindo como guarda-mato, e formando 
uma espécie de elipse, que vai até próximo da empunhadura da 
coronha. Essa haste é a alavanca que, ao ser acionada para frente 
e para trás (movimento circular), movimenta o ferrolho da arma, extrai e recarrega.
Ação por bomba
A telha (guarda-mão) dessa arma é, ao mesmo tempo, a 
alavanca de acionamento do ferrolho. A extração/ejeção 
e o recarregamento ocorrem com o movimento para trás e 
para frente da telha, como se o atirador estivesse acionan-
do uma bomba de encher pneu de bicicleta. Ex.: Espingarda Calibre 12 – PUMP.
2.4. Quanto ao sistema de fundamento
Confira os sistemas de funcionamento.6
De tiro unitário - Simples ou Múltiplo
A arma de tiro unitário simples é aquela que comporta carga para um único tiro, com 
carregamento manual. Para a produção do segundo tiro, a arma deve ser recarrega-
da, após a extração do estojo do primeiro disparo. A arma de tiro unitário múltiplo é 
6 Departamento de Polícia Federal; Academia Nacional de Polícia; Serviço de Armamento e Tiro. Cartilha de Armamento e 
Tiro. Brasília, DF : s.n., 2014.
9
aquela que possui dois ou mais canos, com câmaras e mecanismos de disparo inde-
pendentes. Comporta-se como se fosse duas ou mais armas de tiro unitário simples, 
montadas em uma só coronha.7
Repetição
Arma capaz de ser disparada mais de uma vez antes que seja necessário recarregá-
la. As operações de realimentação são feitas pela ação do atirador. Pode ser equipada 
com carregador, tambor ou receptáculo (tubo).
Arma em que o atirador, após a realização de cada disparo, necessita empregar sua 
força física sobre um componente do mecanismo desta para concretizar as operações 
prévias e necessárias ao disparo seguinte, tornando-a pronta para realizá-lo (inciso 
XVI, art. 3º, R-105).
Semiautomático
Sistema pelo qual a execução do tiro se dá pela ação do atirador (um acionamento da 
tecla do gatilho para cada disparo); as operações de extração, ejeção e realimentação 
se darão pelo reaproveitamento dos gases oriundos de cada disparo, salvo a primeira 
munição, que é carregada manualmente.
Nos termos do regulamento, R-105:
“Arma que realiza, automaticamente, todas as operações de funcionamento com ex-
ceção do disparo, o qual, para ocorrer, requer, a cada disparo, um novo acionamento 
do gatilho”. (inciso XXIII, art. 3º, R-105).
Automático
Nos termos do regulamento, R-105:
“Sistema pelo qual a arma, mediante o acionamento da tecla do gatilho e enquanto 
esta estiver premida, atira continuamente, extraindo, ejetando e realimentando a arma 
até que se esgote a munição de seu carregador ou cesse a pressão sobre o gatilho”. 
(inciso X, art. 3º, R-105).
7 Cabral, Antônio Benício de Castro e Silva Junior, Benedito Pereira da. Curso de Manuseio de Arma de Fogo. Belo Horizon-
te; Piracicaba, MG : s.n., Agosto de 2007.
10
2.5. Quanto ao sistema de carregamento
Confira agora os sistemas de carregamento:8
Antecarga
Qualquer arma de fogo que deva ser carregada pela boca do 
cano.
Retrocarga
Arma de fogo carregada pela parte de trás ou extremidade da culatra.
2.6. Quanto ao sistema de acionamento
No sistema de acionamento, temos as seguintes ações:9
Ação Simples
No acionamento do gatilho apenas uma operação ocorre, o disparo; sendo que a ope-
ração de armar o conjunto de disparo já foi feita antes.
Assim, podemos afirmar que a característica fundamental é que o acionamento do 
gatilho provoca apenas uma ação, a saber: a liberação do mecanismo de disparo da 
armadilha em que se encontra retido desde o movimento precedente de armar. Logo, 
deriva-se o nome “ação simples”.
Ação dupla
No acionamento do gatilho ocorrem duas operações, a primeira é o armar do conjunto 
de disparo e a segunda é o disparo propriamente dito.
Dupla ação
Nos termos da Cartilha de Armamento e Tiro do Departamento de Policia Federal 
(DPF), a dupla ação é um sistema em que é possível a execução do tiro tanto em ação 
simples, como em ação dupla.
8 Departamento de Polícia Federal; Academia Nacional de Polícia; Serviço de Armamento e Tiro. Cartilha de Armamento e 
Tiro. Brasília, DF : s.n., 2014.
9 Departamento de Polícia Federal; Academia Nacional de Polícia; Serviço de Armamento e Tiro. Cartilha de Armamento e 
Tiro. Brasília, DF : s.n., 2014.
11
Esta definição consiste em inovação contida na cartilha do DPF. Roti-
neiramente a indústria de armamento nacional representa uma arma 
capaz de disparar tanto em ação simples quanto em ação dupla pela 
indicação dos dois sistemas simultaneamente, fazendo constar em 
suas publicações: DA/SA (double action/single action) ou por extenso 
ação simples e dupla.
Ação híbrida
Nos termos da Cartilha do DPF, a operação de armar o conjunto de disparo ocorre em 
duas etapas, uma antes e outra depois do disparo (acionamento do gatilho).
De forma mais clara, podemos definir ação híbrida como aquela em que o sistema de 
disparo é parcialmente armado com o aproveitamento da energia do disparo ou de 
fonte externa (ciclar o ferrolho). Seu processo de armar é finalizado com o emprego 
da força muscular do atirador sobre o sistema de gatilho no momento do disparo. 
Portanto, trata-se de um sistema que mescla ação simples e dupla.
3. Enquadramento das armas nas principais classificações
Pistolas
Conforme o art. 3°, LXVII, do R-105:
“LXVII - pistola: arma de fogo de porte, geralmente semi-automática, cuja única câ-
mara faz parte do corpo do cano e cujo carregador, quando em posição fixa, mantém 
os cartuchos em fila e os apresenta seqüencialmente para o carregamento inicial e 
após cada disparo; há pistolas de repetição que não dispõem de carregador e cujo 
carregamento é feito manualmente, tiro-a-tiro, pelo atirador;”
Revólveres
Conforme o art. 3°, LXVII, do R-105:
“LXXIV - revólver: arma de fogo de porte, de repetição, dotada de um cilindro giratório 
posicionado atrás do cano, que serve de carregador, o qual contém perfurações pa-
ralelas e eqüidistantes do seu eixo e que recebem a munição, servindo de câmara”.
12
Fuzil (Rifle)
Arma longa, de alma raiada, portátil, que pode ser de uso militar/policial ou desportivo; 
monotiro, de repetição, semiautomática ou automática, manejada com as duas mãos 
e que deve ser disparada apoiada no ombro do atirador.
Fuzil de assalto
Fuzil Militar de fogo seletivo, de tamanho intermediário entre um fuzil propriamente 
dito e uma carabina.
Curiosidade: A origem do termo remonta às forças alemãs de assalto 
das duas guerras mundiais, tendo encontrado sua forma atual na 
Segunda Guerra Mundial.
Originalmente, sua munição é derivada da utilizada dos fuzis conven-
cionais de cada exército, reduzidas para permitir um recuo controlável 
em fogo automático, bem como o transporte da maior quantidade de 
munição requerida.
A reduçãodo cartucho decorre primariamente da modificação da 
missão destas tropas. Ao invés de montar guarda em posições estáti-
cas, as forças de assalto buscavam ativamente avançar e tomar 
áreas controladas pelo inimigo em ações rápidas onde os combates 
ocorriam em distâncias tipicamente inferiores aos 600 metros ou os 
milhares de metros da luta de trincheiras. O reduzido alcance neces-
sário permitiu a utilização de munições menores e seu transporte em 
maior quantidade.
Esta situação vem sendo ultrapassada com o design de novas armas 
desta classe que utilizam munições ainda menores e mais leves do 
que suas irmãs de classe pós-Segunda Guerra. Estes novos arma-
mentos são essencialmente projetados para as distâncias menores 
do cenário de combate moderno e suas munições não mais derivam 
daquelas empregadas em fuzis de linha, sendo utilizados desenhos 
originais ou modificados de munições de caça. 
Saiba Mais
13
Curiosidade: A origem do termo remonta às forças alemãs de assalto 
das duas guerras mundiais, tendo encontrado sua forma atual na 
Segunda Guerra Mundial.
Originalmente, sua munição é derivada da utilizada dos fuzis conven-
cionais de cada exército, reduzidas para permitir um recuo controlável 
em fogo automático, bem como o transporte da maior quantidade de 
munição requerida.
A redução do cartucho decorre primariamente da modificação da 
missão destas tropas. Ao invés de montar guarda em posições estáti-
cas, as forças de assalto buscavam ativamente avançar e tomar 
áreas controladas pelo inimigo em ações rápidas onde os combates 
ocorriam em distâncias tipicamente inferiores aos 600 metros ou os 
milhares de metros da luta de trincheiras. O reduzido alcance neces-
sário permitiu a utilização de munições menores e seu transporte em 
maior quantidade.
Esta situação vem sendo ultrapassada com o design de novas armas 
desta classe que utilizam munições ainda menores e mais leves do 
que suas irmãs de classe pós-Segunda Guerra. Estes novos arma-
mentos são essencialmente projetados para as distâncias menores 
do cenário de combate moderno e suas munições não mais derivam 
daquelas empregadas em fuzis de linha, sendo utilizados desenhos 
originais ou modificados de munições de caça. 
Saiba Mais
Carabina
Geralmente uma versão mais curta de um fuzil de dimensões compactas, cujo cano é 
superior a 10 polegadas e inferior a 20 polegadas (geralmente entre 16 e 18 polegadas).
Atualmente, com a evolução dos conceitos militares e mesmo policiais de operações 
especiais, a contínua compactação dos fuzis e o desenvolvimento dos fuzis de as-
salto, tem se tornado difícil a distinção entre uma carabina e um fuzil. Em geral, quem 
determina isso é o próprio fabricante.10
O que mais ocorre é que quando há duas armas idênticas, porém calçando calibres 
diferentes, a de calibre maior é o fuzil e a de calibre menor é a carabina. Ocorre ainda, 
a mesma arma ser lançada em duas versões de cano, sendo o mais longo o fuzil e 
o mais curto a carabina. Outra possibilidade é o fuzil possuir regime automático de 
fogo, enquanto que a carabina só possui regime semiautomático.
10 Cabral, Antônio Benício de Castro e Silva Junior, Benedito Pereira da. Curso de Manuseio de Arma de Fogo. Belo Horizon-
te; Piracicaba, MG : s.n., Agosto de 2007.
14
Fuzis e Carabinas 5,56mm - IMBEL
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
Os Fuzis e a Carabina 5,56 IMBEL foram projetados para atenderem as tendências 
mundiais de utilização da munição 5,56x45mm.
Fz MD97L Ca MD97LC
Munição (mm) 5,56x45 5,56x45
Carregador
Comprimento (m)
30 cartuchos
Aberto: 1,01
Fechado: 0,77
30 cartuchos
Aberto: 0,85
Fechado: 0,60
Passo (pol)
Peso (g)
7,10 ou 12
3710
7,10 ou 12
3300
Coronha Rebatível Rebatível
Cano (m) 0,437 0,330
Regime de tiro Semi-automático
Automático
Semi-automático
Comparativo entre fuzil e carabina IMBEL – www.imbel.gov.br
Ferrolho
Moderno conceito de 
funcionamento com ferrolho 
rotativo
Cano
Cano em aço forjado a frio
Trilhos Picatinny
Permitem o acoplamento de 
diversos dispositivos
Guarda-mão
Com chapa defletora e 
isolador de temperatura, 
permitindo significativa 
redução do aquecimento na 
região da empunhadura 
durante a realização 
continuada de tiros
Protetor do trilho Picatinny
Além de proteger o trilho de 
detritos e outros resíduos 
serve como apoio à mão do 
atirador (Acessório)
Coronha Rebatível
Confeccionada com polímero de 
alta resistência e sistema 
simplificado de travamento e 
destravamento
Carregador
Com capacidade para 30 tiros
15
Submetralhadora
Também conhecida no meio Militar como metralhadora de mão, é classificada assim 
por possuir cano de até 10 polegadas de comprimento e utilizar cartuchos de calibres 
equivalentes aos das pistolas semiautomáticas.
Metralhadora
Arma automática, que utiliza cartuchos de calibres equivalentes ou superiores aos 
dos fuzis; geralmente necessita mais de uma pessoa para sua operação.
Espingarda
Arma longa, de alma lisa, que utiliza cartuchos de projéteis singulares (balote), ou 
múltiplos (bagos).
As espingardas podem ter um sistema redutor do diâmetro do cano (choque), fixo ou 
acoplado ao extremo do cano. Este dispositivo, chamado na língua inglesa de choke 
(estrangulamento) tem como finalidade controlar a dispersão dos bagos de chumbo. 
O choke funciona ao produzir um estrangulamento da carga de chumbo forçando sua 
concentração ao passar pela porção final do cano.
Como resultado da concentração dos bagos de chumbo provocada pela redução do 
diâmetro do cano, forma-se uma carga mais densamente agrupada que pode atingir 
um alvo distante com um número maior de projéteis (bagos de chumbo) do que seria 
possível para a mesma arma e munição sem o choque.
16
4. Munição
Munição é um artefato completo, pronto para carregamento e disparo de uma arma, 
cujo efeito desejado pode ser: destruição; iluminação ou ocultamento do alvo; efeito 
moral sobre pessoal; exercício; manejo ou outros efeitos especiais.11
A munição é basicamente composta de um estojo, espoleta, propelente 
(pólvora) e projétil.12
12
1
2
3
4
1 - Projétil
2 - Propelente
3 - Estojo
4 - Espoleta
2 3 4 5
1
4.1. Estojo
O estojo é, normalmente, um cilindro de latão ou de outro material, aberto na parte 
de cima e fechado no fundo, com um aro externo, o qual tem a função de ser aciona-
do pela garra do extrator. O estojo é a base, ou seja, a verdadeira estrutura do cartu-
cho, embora não participe diretamente na detonação.13
11 Decreto 3665. Regulamento para Fiscalização de Produtos Controlados (R-105). Brasília, DF : s.n., 2000.
12 Cabral, Antônio Benício de Castro e Silva Junior, Benedito Pereira da. Curso de Manuseio de Arma de Fogo. Belo Horizon-
te; Piracicaba, MG : s.n., Agosto de 2007.
13 Cabral, Antônio Benício de Castro e Silva Junior, Benedito Pereira da. Curso de Manuseio de Arma de Fogo. Belo Horizon-
te; Piracicaba, MG : s.n., Agosto de 2007.
17
Importante
A invenção do estojo metálico revolucionou a construção das 
armas de fogo, permitindo a construção de uma arma com 
folgas aceitáveis para o bom funcionamento da culatra móvel 
que resta vedada pela estrutura de latão do estojo metálico.
Além de operar como vedação da culatra, o estojo metálico também permitiu a cons-
trução de um cartucho completo e robusto.
Cilíndrico Cônico Garrafa
4.2. Espoleta
É um pequeno recipiente metálico, em forma de cápsula, contendo uma mistura de-
nominada iniciadora (carga de inflamação), a qual é instalada no centro do culote do 
estojo (para os cartuchos metálicos, no ouvido para as armas de antecarga e percus-
são).
Ao ser percutida, a queima desta mistura gera o calor necessário para ativar o pro-
pelente. Existem pequenos furos no estojo denominados “eventos” com a função de 
ligar o propelente à espoleta.14
14 Cabral, Antônio Benício de Castro e Silva Junior, Benedito Pereira da. Curso de Manuseio de Arma de Fogo. Belo Horizon-
te; Piracicaba, MG : s.n., Agosto de 2007.
18
Em relação à mistura iniciadora, existem dois tipos de cartucho:de 
fogo circular e de fogo central.15
15
O cartucho de fogo circular não possui uma espoleta, pois a mistura iniciadora é 
colocada por dentro do culote do estojo, no entorno (nunca no centro), o que impõe que 
a percussão se dê, necessariamente, em uma lateral qualquer do fundo do cartucho. 
Tal tipo de cartucho não possui bolso para espoleta. Ex. Calibre .22 (LR e Curto).
O de fogo central é o cartucho que possui uma espoleta construída como uma peça 
separada do estojo que fica em um bolso, exatamente no meio do círculo formado 
pelo fundo do cartucho. A percussão se dá precisamente no centro.
Existem três tipos principais de espoleta para cartuchos de fogo central:16
Boxer
É a mais usada atualmente. Possui embutida nela uma espécie de mini-bigorna, con-
tra a qual é pressionada a mistura, ao ser percutida.
15 Cabral, Antônio Benício de Castro e Silva Junior, Benedito Pereira da. Curso de Manuseio de Arma de Fogo. Belo Horizon-
te; Piracicaba, MG : s.n., Agosto de 2007.
16 Cabral, Antônio Benício de Castro e Silva Junior, Benedito Pereira da. Curso de Manuseio de Arma de Fogo. Belo Horizon-
te; Piracicaba, MG : s.n., Agosto de 2007
19
Berdan
Essa espoleta não possui a mini-bigorna, pois ela é feita para estojos Berdan, os 
quais possuem esse dispositivo dentro do bolso da espoleta.
A construção do estojo é mais complexa, razão pela qual são raros os cartuchos 
modernos fabricados para empregar espoletas berdan.
Bateria
Caracteriza-se por ser constituída por cápsula, bigorna e estojo próprio, com evento; 
a espoleta tipo bateria é montada no alojamento existente nos cartuchos de caça.
4.3. Propelente
É o produto químico cuja combustão rápida (frações de segundo), gradual e contro-
lada, iniciada dentro do estojo e continuada ao longo do cano da arma, produz gases 
quentes em rápida expansão, cuja pressão empurra o projétil para frente, embutindo 
nele enorme quantidade de energia cinética. O propelente mais conhecido e mais 
usado é a pólvora. O estampido típico do tiro, semelhante a uma explosão, é causado 
pela rápida queima da pólvora.17
17 Cabral, Antônio Benício de Castro e Silva Junior, Benedito Pereira da. Curso de Manuseio de Arma de Fogo. Belo Horizon-
te; Piracicaba, MG : s.n., Agosto de 2007.
20
Importante
Uma característica é a não necessidade de oxigênio exterior para 
a combustão, já que os próprios componentes possuem o oxigê-
nio necessário para a deflagração.18
18
Outra característica dos propelentes é a velocidade com que queimam, que é mais 
lenta do que a dos explosivos convencionais e, como produto comercial, padroniza-
da. Esta queima controlada e padronizada é característica fundamental para a esco-
lha da carga de pólvora para um determinado calibre ou arma.
Tubular mono 
perfurador
Disco 
compacto
Disco 
1 2 3
As pólvoras com grãos tipo tubular monoperfurado são de queima 
mais lenta(entre 1,75ms e 2,4ms) e destinam-se às munições de armas 
longas raiadas. As do tipo disco e disco compacto são de queima mais 
rápida (entre 0,35ms e 0,95ms) e destinam-se às armas curtas ou 
longas de alma lisa.19
19
18 Tocchetto, Domingos. Balística Forense - Aspectos Técnicos e Jurídicos - 5a ed., 2009.
19 CBC. [Online] Companhia Brasileira de Cartuchos. www.cbc.com.br.
21
4.4. Funcionamento
Quando a espoleta é percutida, ela imediatamente produz uma faísca, ou pequena 
chama, que é lançada em direção à pólvora, fazendo com que esta inicie a queima. 
Ao ser acionado o mecanismo de disparo, a ponta do percussor deforma a espoleta, 
comprimindo-a contra a bigorna e esmagando violentamente a mistura iniciadora. 
Esta, ao ser detonada, produz chamas de alto poder calorífico que passam por orifí-
cios (eventos) existentes no fundo do alojamento da espoleta e dão início à combus-
tão dos grãos de pólvora.20
A
B
C
D
E F
O percursor (A) atinge a espoleta (B), detonando a mistura iniciadora. A centelha 
resultante passa através de um orifício (evento) de dimensões reduzidas localizado 
na base do estojo (C) para incendiar o propelente (pólvora) que queima rápida e 
sequencialmente, produzindo gases em expansão (D). É este gás que impulsiona o 
projétil (E) para fora do estojo e ao longo do cano (F). As paredes de latão do cartucho 
se expandem momentaneamente para formar uma vedação na câmara, mas em 
seguida se contraem, voltando ao normal, o que facilita a extração do cartucho.
Durante o percurso dentro do cano da arma, a aceleração sofrida 
pelo projétil é idealmente sempre crescente, haja vista que o prope-
lente está em processo contínuo de queima, produzindo, portanto, 
cada vez mais gases em expansão.
Observe
Por esse motivo, até um determinado valor e dependendo do tipo de pólvora, quanto 
maior o comprimento do cano da arma, maior a aceleração sofrida pelo projétil e, 
consequentemente, maior a energia cinética que este absorve.
20 Tocchetto, Domingos. Balística Forense - Aspectos Técnicos e Jurídicos - 5a ed., 2009
22
4.5. Projétil
O projétil é a parte da munição que será lançada através do cano. É o diâmetro do 
projétil que determina o calibre da arma de fogo.21
Os formatos de projéteis mais comuns são:
Ogival - CHOG
Ogival ponta plana
Canto-vivo
Semicanto-vivo - CSCV
Ponta oca(hollow-point)
Chumbo 
ponta plana
CHPP CHOG CSCV EXPP ETPP ETOG EXPO FRANGÍVEIS
CXPO CXPO CXPO
Chumbo 
ogival
Expansivo 
ponta plana
Encamisado 
total 
ponta plana
Encamisado 
total ogival
Encamisado 
ponta oca
.40 S&W 9mm Luger
45 AUTO + P .45 S&W 9 mm LUGER
Chumbo 
semi 
canto vivo
1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 3 5
Existem projéteis comuns (liga de chumbo), semiencamisados e encamisados, além 
dos projéteis de cobre. A camisa é um envoltório, de liga de cobre ou outro material, 
que cobre o núcleo de chumbo, e que tem como fim dar uma rigidez externa maior 
para o projétil. Geralmente, a jaqueta ou camisa é construída de uma liga específica, 
chamada Tomback, uma forma maleável de latão.22
21 Cabral, Antônio Benício de Castro e Silva Junior, Benedito Pereira da. Curso de Manuseio de Arma de Fogo. Belo Horizon-
te; Piracicaba, MG : s.n., Agosto de 2007.
22 Cabral, Antônio Benício de Castro e Silva Junior, Benedito Pereira da. Curso de Manuseio de Arma de Fogo. Belo Horizon-
te; Piracicaba, MG : s.n., Agosto de 2007.
23
Importante
Os projéteis de liga de chumbo apresentam uma ou mais ranhu-
ras nas quais é colocado um lubrificante sólido, evitando a ade-
rência de chumbo do projétil às paredes do cano, fenômeno 
conhecido como chumbamento.
Os projéteis encamisados não necessitam do lubrificante. Por outro lado, a sua ação 
é mais abrasiva para o cano, com desgaste maior do raiamento. Visando reduzir o 
atrito do projétil com o cano, bem como o desgaste do raiamento, também foram 
desenvolvidos projéteis de chumbo ou cobre envoltos em nylon (comercialmente 
nyclad, desenvolvido inicialmente pela Smith & Wesson) ou em Teflon.
Liga de Chumbo (CH) Encamisado Total Semiencamisado
4.6. Munição de armas de alma lisa
Os estojos de cartuchos de espingardas podem ser de metal, mas muito comumente 
são de plástico ou de papelão, possuindo apenas a base de latão. Eles também pos-
suem uma espoleta, uma carga de pólvora e uma bucha, que separa a pólvora dos 
bagos de chumbo, que são os projéteis (pode ser um só, no caso do balote).
Importante
As munições do tipo balote precisam recorrer a sulcos no projétil 
para que, através de efeito aerodinâmico, obtenham a rotação 
necessária para sua estabilização em voo.
24
5. Calibre (1,3,4)
Neste tópico veremos os conhecimentos pertinentes ao calibre.
5.1. Definições de calibre
É o diâmetro de um cilindro oco. Medida do diâmetro interno do cano de uma arma, 
medido entre os fundos do raiamento. Medida do diâmetro externo de um projétil sem 
cinta. Dimensão usada para definir ou caracterizar um tipo de munição ou de arma.23
Calibre real 
(diâmetro entre cheios)
Calibre do 
projétil
Raiamento
Cano
5.2. Calibre real
Calibre real é uma grandeza concreta. É sempre uma medida exata, expressa e aferí-vel com precisão, dentro dos limites de tolerância. Alguns autores, como Domingos 
Tocchetto (2009), afirmam que o calibre real nas armas raiadas “deve ser medido 
entre dois cheios diametralmente opostos”.
23 Decreto 3665. Regulamento para Fiscalização de Produtos Controlados (R-105). Brasília, DF : s.n., 2000.
25
5.3. Calibre nominal
É o nome próprio pelo qual uma determinada munição, com uma determinada forma 
de estojo, projétil e desempenho balístico é comercialmente conhecido.
A referência mais comum na Europa é o calibre real seguido do com-
primento do estojo (ex.: 9x19mm, 5,56x45mm) enquanto nos Esta-
dos Unidos a referência é um tanto diferente.
Tome Nota
Nos EUA, é comum a referência ao calibre do projétil em polegadas seguido de algum 
outro identificador como a referência ao fabricante inicial ou à carga de pólvora em-
pregada em grains.
Por Exemplo
Exemplos comuns da opção pela indicação pelo diâmetro do projétil em 
polegada seguido pela carga em grains são: .44-40 (.44 de polegada no 
diâmetro do projétil, aproximadamente e 40 grains de pólvora negra 
como carga propelente à época de seu desenvolvimento, similarmente: 
.30-30, 32-20 etc.
A indicação pelo diâmetro em polegadas mais um sufixo indicador ocorre no .357 
Magnum, .45ACP, .380Auto, .45GAP, dentre outros. Um caso digno de nota é o co-
nhecido .38SPL, cuja nomenclatura surgiu de uma fraude. Inicialmente, estas armas 
foram vendidas como se utilizassem projéteis com diâmetro de 0,38” quando na rea-
lidade utilizam projéteis com diâmetro de 0,357”. O nome do calibre permaneceu por 
razões históricas e é até hoje um dos mais populares do planeta.
26
A importância do sobrenome – .50 BMG e .50 AE
CARTUCHOS/CALIBRES MAIS CONHECIDOS (armas curtas)
Nome Arma PesoDiâmetro Velocidade Energia
.22 LR R e P 0,222 40 346 155
.25 Auto ou 6,35 mm P 0,251 45 247 90
.32 S&W R 0,315 98 213 144
.7,65 mm ou .32 ACP P 0,315 71 276 175
.380 Auto ou 9 mm K P 0,355 85 300 255
9 mm Parabellum P 0,355 115 350 530
.38 Special ou SPL R 0,357 158 229 268
.357 Magnum R e P 0,357 158 372 710
.40 S&W P 0,400 180 300 524
.44-40 (Winchester) R 0,427 200 358 833
.44 Magnum R 0,430 180 490 1400
.45 Auto ou .45 ACP P e R 0,451 185 300 555
Colt .45 Cowboy R 0,452 225 280 570
27
CALIBRES MAIS CONHECIDOS (armas curtas)
Armas curtas – Revólveres
Uso
Aspecto
Regulamentar
Calibre Configuração
Peso do 
projétil em 
gramas
Energia na boca 
do cano em Jou-
les (j)
PERMITIDO
.22LR Chumbo ogival 2,59 162
.22LR Chumbo ponta oca 2,59 133
.22LR Chumbo ponta oca lato-nado 2,14 224
.32 SW L Chumbo ogival 6,35 147
.32 SW L Expansivo ponta oca 6,35 178
.38 SPL Chumbo Ogival 10,24 271
.38 SPL Expansivo Ponta Oca 10,24 310
.38 SPL Expansivo Ponta Oca +P+ 8,1 382
RESTRITO 
.357 
Magnum Expansivo Ponta Plana 10,24 724
.357 
Magnum Expansivo Ponta Oca 10,24 724
.357 
Magnum Chumbo Semi canto vivo 10,24 724
.44 
Magnum Expansivo ponta plana 15,25 1010
.44 SPL Chumbo ponta plana 15,25 418
.454 
Casul
Encamisado total ponta 
plana 16,85 2536
.500 S&W Expansivo ponta plana 21,06 3174
28
Armas curtas - Pistolas
Uso 
Aspecto Regu-
lamentar
Calibre Configuração
Peso do 
projétil em 
gramas
Energia na boca 
do cano em 
Joules (j)
PERMITIDO
.25 AUTO Encamisado total ogival 3,24 87
.32 AUTO Encamisado total ogival 4,60 175
9x17mm (.380 
AUTO) Encamisado total ogival 6,15 259
9x17mm (.380 
AUTO) Expansivo Ponta oca 6,15 259
9x17mm (.380 
AUTO) Expansivo Ponta oca +p 6,15 299
RESTRITO
9x19mm 
(9 mm Luger) Encamisado total ogival 8,03 459
9x19mm 
(9 mm Luger)
Encamisado total ponta 
plana subsônico 9,52 434
9x19mm 
(9 mm Luger) Expansivo ponta oca +P 7,45 462
9x19mm 
(9 mm Luger)
Gold Expansiva ponta oca 
+P+ 7,45 610
9x19mm 
(9 mm Luger)
Cobre expansiva ponta 
oca 6,00 568
9x21mm Encamisado total ogival 8,03 491
.38 Super 
Auto Encamisado total ogival 8,42 576
.40 S&W Encamisado total ogival – TREINA não tóxica 11,66 532
.40 S&W Encamisado total ponta plana 11,66 532
.40 S&W Gold Expansiva ponta oca 10,04 677
.40 S&W Cobre expansiva ponta oca 8,42 641
.45 ACP   14,90 484
.45 ACP Gold Expansiva ponta oca 12,00 735
.45 ACP Cobre expansiva ponta oca 10,69 655
29
Assim, o calibre nominal é sempre designativo de um tipo particular 
de munição e também da arma na qual este tipo de munição deve 
ser usado corretamente. O uso de munições com calibres nominais 
diferentes (ainda que com calibres reais iguais) poderá causar danos à 
arma e ao atirador.
5.4. Calibre das espingardas
Em relação ao calibre das espingardas, quanto menor o número (indicativo do cali-
bre), maior é o calibre da espingarda. Isso porque a medição é feita por um critério 
inventado pelos britânicos, que é o número de esferas de chumbo cujo diâmetro equi-
vale à boca do cano da arma, que totalizam uma libra-peso. No caso do calibre 12, 
por exemplo, a esfera de chumbo é tão grande que bastam 12 dessas esferas, para 
atingir uma libra.24
Calibre
10 19,3 - 19,7
18,2 - 18,6
16,8 - 17,2
15,6 - 16,0
14,7 - 15,1
14,0 - 14,4
12,75 - 13,15
10,414
12
16
20
24
28
32
36 (410)
Diâmetro (mm)
Pb
1 Lb
453,6g
=
Uma libra de chumbo é dividida em doze partes. A esfera feita com 
uma dessas partes representa o calibre 12.
Tome Nota
24 Cabral, Antônio Benício de Castro e Silva Junior, Benedito Pereira da. Curso de Manuseio de Arma de Fogo. Belo Horizon-
te; Piracicaba, MG : s.n., Agosto de 2007.
30
6. Balística (3, 25)
O termo “balística” refere-se ao estudo do itinerário percorrido por um projétil de arma 
de fogo, desde a detonação da espoleta até a sua parada total, no alvo. A seguir, 
abordaremos alguns pontos.
Balística inicial
Analisa a quebra da inércia do projétil e seu movimento ao longo do cano.
No caso das armas de cano raiado, uma vez que o projétil rompe a inércia e inicia seu 
movimento para frente, ele começa, ao mesmo tempo, a girar no sentido das raias. 
Esse giro causado pelas raias do cano é que dará estabilidade e precisão ao projétil, 
durante o seu voo.
O estudo do comportamento do projétil dentro da arma, bem como das 
pressões e mecanismos físicos envolvidos em sua impulsão é campo 
da balística interna ou inicial.
Balística externa
É o estudo do movimento do projétil desde a saída total do cano da arma até encon-
trar o alvo.
Ao deixar o cano de uma arma de fogo raiada, o projétil apresenta movimentos se-
cundários, diversos de seu deslocamento avante, movimentos de rotação, mutação 
e precessão, tais movimentos também presentes no momento do impacto produzem 
pequenas diferenças de trajetória evidentes quando registradas no interior do alvo 
(gelatina balística, plastilina, tecido humano).
31
Importante
As principais forças que atuam no projétil durante a sua viagem 
na atmosfera são: a força da gravidade, a resistência do ar e o 
vento, se houver.
Devido à força da gravidade, o projétil tende a descrever, em seu itinerário, uma pa-
rábola descendente, a partir da saída do cano, considerando-se o seu eixo. Normal-
mente há uma pequena angulação do cano para o alto, visando compensar a altura 
do aparelho de pontaria e, assim, a trajetória inicial parece elevar-se em relação ao 
eixo do cano, mas na realidade ela apenas eleva-se em relação à linha de visada.25
5. m 10. m 15. m 20. m 25. m 30. m 40. m 50. m 60. m 70. m
2o ponto zero1o ponto zero
Arco de trajetória
Linha de visada
A resistência do ar provoca a desaceleração do projétil, que é proporcional ao quadra-
do da velocidade e inversamente proporcional ao coeficiente balístico da munição. 
Quanto maior for o número do coeficiente balístico, maior será a eficiência aerodinâ-
mica do projétil, ou seja, o projétil “cortará o ar” com mais facilidade. Segundo Cabral 
25 Plaxco, J. Michael. Shooting from Within. 1991.
32
e Silva Jr26: “quanto à melhor aerodinâmica, o projétil ideal deveria ser uma longa e 
pesada “agulha”, que levaria a reduzir o arrasto. Na verdade, os projéteis de munições 
dos fuzis atuais têm, geralmente,esse perfil, ou seja, são (em termos aproximados) 
cones longos com ponta muito fina.”
Balística terminal
É o estudo do movimento do projétil a partir do ponto em que toca o alvo até a sua 
completa parada.
Ao tocar qualquer superfície, diferente do ar, o projétil tende a alterar 
sua trajetória, sofrendo interferências e atuando sobre esse meio, 
até encerrar seu movimento, com a completa descarga da sua ener-
gia cinética.
Observe
O projétil é um objeto extremamente pequeno em relação ao corpo de uma pessoa 
adulta e chega ao alvo carregando grande quantidade de energia cinética. Ao encontrar 
qualquer resistência, o projétil começa a perder estabilidade, inicia uma vibração 
crescente, desvia seu curso (esse desvio pode ocorrer diversas vezes, até a parada 
total) e começa a se deformar, em um processo chamado de expansão.
Quanto mais leve o projétil, maior a tendência a vibrar e a desviar o curso. Uma 
característica típica da balística terminal é o dano causado pelo projétil nos tecidos 
humanos da pessoa atingida. À medida que o projétil penetra e se move, vai perfurando, 
rasgando, deformando tecidos e até quebrando ossos.
Os danos causados pelos projéteis foram classificados em três grupos:
1) Laceração e esmagamento;
2) Cavitação (formação de cavidades);
3) Ondas de choque.
26 Cabral, Antônio Benício de Castro e Silva Junior, Benedito Pereira da. Curso de Manuseio de Arma de Fogo. Belo Horizon-
te; Piracicaba, MG : s.n., Agosto de 2007.
33
O projétil causará danos, temporários ou permanentes, em todos os tecidos por onde 
passar, deixando em seu caminho um orifício. Ao mesmo tempo, o projétil causa 
esticamento e expansão dos tecidos no entorno de seu itinerário. Os efeitos de furo 
e esticamento dos tecidos são conhecidos como cavitação permanente e cavitação 
temporária, respectivamente.
O grau de cavitação, seja permanente, seja temporária, dependerá de 
vários fatores, como o tamanho, o formato e a velocidade do projétil. A 
cavitação será maior em função do maior diâmetro, da menor aerodi-
nâmica de seu perfil e da maior velocidade do projétil.
Transferência de energia
O objetivo pretendido quando, em ação defensiva, o servidor da RFB efetua disparo 
de arma de fogo sobre seu agressor é fazer cessar a agressão e o método utilizado 
para tal fim é a transferência de parte da energia gerada pela detonação do prope-
lente (carga de pólvora) para o corpo do agressor, nada mais é pretendido, quaisquer 
outros efeitos são indesejáveis.
Importante
O disparo ideal transfere a energia suficiente para fazer cessar a 
agressão, sem transpassar o alvo, produzir desvios imprevistos 
ou provocar dano desnecessário.
A transferência de energia para o alvo pode ser melhorada com o aumento da secção 
transversal do projétil empregado, entretanto, tal aumento, caso resultante do simples 
uso de projétil de maior calibre, resulta também em um aumento da massa do projétil, 
redução da capacidade do carregador e maior diâmetro interno do cano.
Diante deste dilema, foram desenvolvidas munições que, no momento do disparo, 
apresentam calibre compatível com as dimensões de uma arma de porte, mas, que 
no momento do impacto, expandem a porção inicial do projétil aumentando a secção 
transversal em contato com o alvo aumentando a área de transferência de energia.
34
Tais projéteis, ditos expansivos, podem ser construídos com ou sem 
jaqueta externa. Para aumentar a capacidade de deformação, esses 
projéteis apresentam pequenas fendas na sua extremidade, no entorno 
da borda da cavidade. Outra maneira de obter esse resultado é com a 
utilização de materiais diferentes.
A presença de uma jaqueta externa em um projétil de chumbo permite o controle 
da abertura da porção expansiva (forma e espessura da jaqueta), bem como evita o 
acúmulo de chumbo no raiamento do cano, entretanto, seu uso não é sem inconve-
nientes.
Importante
Quanto um projétil expansivo jaquetado (que não é uniforme, 
composto de núcleo e jaqueta) atinge um anteparo este projétil, 
geralmente não consegue manter uma trajetória retilínea além 
de ser menos efetivo contra alvos protegidos por barricadas 
leves. Nestes cenários também é comum a separação da jaqueta 
do núcleo de chumbo bem como a fragmentação do projétil.
35
Cavidades
Do impacto de um projétil de arma de fogo contra um alvo sólido resulta uma cavidade 
permanente, visível após o sistema retornar à condição de repouso de uma cavidade 
temporária, cuja observação é possível com o uso de fotografias ou filmagens em alta 
velocidade.
Cavidade temporária: é a que ocorre no momento da passagem do projétil, sendo maior 
do que a permanente e associada ao choque traumático.
Cavidade permanente: aquela restante após a passagem ou parada do projétil.
7. Stopping power - Poder de parada (3,18)
O Stopping Power expressa a relação entre calibre e incapacitação efetiva de um 
oponente com um só disparo, impedindo que o mesmo continue sua ação. A obtenção 
de um bom poder de parada é essencial para o exercício da defesa pessoal, onde se 
busca não matar, mas sim incapacitar o oponente.
O “stopping power” deriva da capacidade que um projétil tem de des-
carregar sua energia cinética real sobre o alvo, imediatamente após 
o impacto.
Tome Nota
A incapacitação imediata do alvo (pessoa atingida), a rigor, é uma ilusão, quando 
trata-se de armas curtas. Conforme Evan Marshall, em seu livro Handgun Stopping 
Power – The Definitive Study, stopping power é uma ilusão:
“É importante começar um livro sobre stopping power de armas curtas, tendo-se isso 
em mente. Não há munições mágicas. Não há calibres incapacitantes... Qualquer 
um que leia este livro tomará mais decisões orientadas à sua sobrevivência, caso 
acreditem que sua munição terá pouco, ou nenhum, efeito no alvo...”.
Até mesmo o conceito de “imediato”, para o caso de efeitos de ferimentos por projétil 
de arma de fogo, é muito polêmico e impreciso. A não ser que o projétil atinja e cause 
danos a estruturas do sistema nervoso central, ao coração ou a vasos sanguíneos 
36
de grosso diâmetro (o que causa grande hemorragia), não há razão fisiológica real, 
comprovada, para a pessoa ficar imediatamente incapacitada, nem tombar ao levar 
um tiro. Na maioria dos casos, têm muito mais importância as condicionantes emo-
cionais do alvejado, para efeito de incapacitar imediatamente, do que fatores físicos.
A quantidade de energia que um projétil descarrega no corpo humano 
equivale, aproximadamente, a receber uma bolada de beisebol. 
Assim, a única possível causa física para a chamada incapacitação 
imediata (excluídos os fatores psicológicos) é a maciça destruição 
de tecidos.
Observe
Um disparo sobre um alvo humano somente pode ser considerado confiavelmente 
incapacitante quando atinge e destrói o cérebro, ou parte dele, e quando atinge a parte 
superior da espinha dorsal, onde ficam as vértebras cervicais. Fora desses casos, 
a incapacitação depende de uma enorme gama de fatores físicos e psicológicos, a 
maioria dos quais fora do controle do atirador. Um determinado projétil expansivo 
que tiver grande capacidade de penetração será melhor do que o não expansivo, haja 
vista que a expansão favorecerá a maior destruição de tecidos.
Por Exemplo
No treinamento em estande de tiro, a pessoa é instruída a fazer acertos 
no centro da região correspondente ao tórax, do alvo humanoide, e não 
na cabeça ou no coração, especificamente. Para maior eficácia e, conse-
quentemente, maior segurança, o tiro policial deve ser sempre orientado 
para o “centro da massa”, ou seja, não importa qual parte do alvo está 
visível, a visada deve ser feita sempre no meio dessa área. Quando o 
adversário estiver de frente, a visada deve se dar no centro do tórax.
37
De acordo com a mais recente doutrina do FBI, notamos que Energia Cinética, For-
mação de Cavidades Temporárias e Choque Hidrostático do Projétil não garantem 
sozinhos o poder de parada. O elemento crítico é a penetração. O projétil deve passar 
por vários tecidos,causando grandes danos e, em particular, é importante que atinja 
órgãos fornecedores de sangue, de modo a causar rápida hemorragia. Uma capaci-
dade de penetração menor que 25 cm é considerada insuficiente.
Importante
Outra ilação importante é que, dado um ótimo nível de penetra-
ção do projétil, quanto maior for o seu diâmetro, mais efetivo ele 
será, em termos da severidade da ferida, por aumentar o furo, 
propiciando maior perda de sangue. Portanto, entre os calibres 
que penetram mais, devem ser escolhidos os de maior diâmetro.
8. Munições adotadas pela RFB
Atualmente, as munições operacionais adotadas pela RFB para o seu armamento 
institucional de porte são as munições Copper Bullet Tactical – CXPO (com cobertura 
de estanho) e a Gold Hex Tactical.
Ambas apresentam características próprias com diversas vantagens em relação aos 
projéteis convencionais totalmente encamisados.
Para treinamento, a RFB adota a munição NTA da CBC (Non Toxic 
Ammunition), que busca proteger a saúde do operador e não agredir o 
meio ambiente.
38
8.1. Copper Bullet Tactical
Projétil totalmente de cobre 
Camada especial de estanho 
Estojo de latão 
Munição Copper Bullet Tactical com detalhe do projétil em corte. 
O projétil é monobloco, fabricado em cobre e prensado. Entre as vanta-
gens técnicas destacadas pelo fabricante estão:
 § Precisão decorrente da utilização de um projétil monobloco;
 § Retenção de 100% de sua massa (peso) quando do impacto com 
o alvo. Não há jaqueta, logo não existe possibilidade de separa-
ção;
 § Expansão quando do impacto contra alvos não rígidos, garantin-
do transferência de sua energia ao alvo e mínima possibilidade 
de transfixação;
 § Projéteis possuem uma camada especial de estanho em sua su-
perfície externa. Devido às propriedades lubrificantes, o estanho 
garante menor atrito do projétil no raiamento do cano da arma, 
possibilitando à Cooper Bullet Tactical maior velocidade e ener-
gia quando comparada com a geração anterior da mesma mu-
nição (sem cobertura de estanho).
39
 § Melhor manutenção de trajetória retilínea mesmo após transfi-
xação de alvos rígidos.
 § Embora possua projétil ponta oca, a Munição Copper Bullet 
Tactical possui grande capacidade de penetração nos materiais 
de “barricadas”, pelo fato de seu projétil ser monobloco de 
cobre. Essa capacidade de penetração seria equivalente àquela 
dos projéteis totalmente encamisados, de uso recomendado e 
consagrado na perfuração de chapas de aço (como as existentes 
em veículos), portas, vidros etc.
Munição Projétil Balística Utilização / Características
Calibre
. 40 S&W
Peso
Grains
V
(m/s)
E
(Joules)
Provete
Cm
 
CXPO Tac-
tical 130 385 624 4”
Retenção 100% massa. Exce-
lente expansão e penetração. 
Maior velocidade e energia 
em relação à CXPO tradicio-
nal
8.2. Gold Hex Tactical
A nova geração de munições Gold possui projétil com geometria 
especial, que potencializa sua eficiência.
Os projéteis Gold Hex possuem ponta oca, camisa de tombak (liga de 
cobre e zinco) e configuração hexagonal em seu interior, o que garante 
alto desempenho e a perfeita equação entre expansão e penetração 
ideal, sem transfixação do alvo.
Entre as principais características das munições Gold Hex CBC, pode-
mos destacar sua excelente expansão quando do impacto (formação 
do “cogumelo”), garantindo completa e total transferência de sua ener-
gia balística ao alvo.
40
Munição Projétil Balística Utilização / Caracterís-
ticas
Calibre
. 40 S&W
Peso
Grains
V
(m/s)
E
(Joules)
Provete
Cm
 
EXPO Gold Hex 
Tactical
155 367 677 4” Retenção 100% massa. 
Excelente expansão 
e penetração. Maior 
velocidade e energia em 
relação à CXPO tradi-
cional
8.3. NTA – Treina
A munição NTA CBC não gera gases ou resíduos tóxicos durante o 
tiro, pois possui projétil totalmente encapsulado, pólvora química sem 
fumaça e mistura iniciadora livre de metais pesados, protegendo a 
saúde do operador.
Mantêm as mesmas características do tiro real: mesmo recuo, exce-
lente precisão e ausência de negas e falhas de funcionamento que são 
comuns nas munições recarregadas.
41
As espoletas convencionais atuais contêm como princípio ativo 
estifinato de chumbo (sal de chumbo), que, após a detonação, libera 
partículas sólidas extremamente pequenas, gases contendo óxido 
de chumbo e vapores de chumbo metálico, permanecendo no ar por 
longo tempo. O bário (nitrato de bário) é utilizado como oxidante na 
composição da mistura iniciadora (contida na espoleta), sendo também 
liberado para o ar sob a forma de partículas sólidas e gases. Já os 
projéteis, em geral, são fabricados integralmente de liga de chumbo ou, 
quando do tipo encamisado, possuem sua base de chumbo exposta à 
ação erosiva dos gases extremamente quentes originados na queima 
do propelente. De um modo geral e quando são utilizados projéteis 
totalmente de chumbo, 20% do metal encontrado no ar é proveniente 
da mistura iniciadora e 80% do próprio projétil.
A intoxicação do ser humano ocorre por aspiração ou inalação des-
ses elementos tóxicos. Outra forma é a ingestão direta de partículas 
aderidas às mãos: o simples manuseio de estojos deflagrados ou de 
projéteis de chumbo, fato bastante comum na prática de recarga de 
munição, já é fonte de contaminação. O chumbo causa uma intoxica-
ção conhecida tecnicamente como saturnismo e particularmente pe-
rigosa por ser cumulativa, já que o metal é dificilmente eliminado pelo 
organismo.
Projétil totalmente Encapsulado: O núcleo é totalmente recoberto, 
impedindo o escape de gases da base do projétil durante o disparo. 
Pólvora Química sem Fumaça: As modernas pólvoras químicas — de base 
simples ou dupla, não são consideradas poluentes nas quantidades com que 
são liberadas nos disparos. 
Composição: (Centralite I ou Nitrocelulose, Nitroglicerina, DPA). 
Mistura Iniciadora - Não Tóxica: Isenta de metais pesados — chumbo e 
bário. 
Composição: (Diazodinitrofenol (DDNP), Tetrazeno, Nitrocelulose, Nitrato 
de Potássio, Alumínio em pó). 
A munição NTA CBC exige procedimentos diferenciados em todas as etapas 
do processo produtivo, devido à composição química da espoleta isenta de 
chumbo e bário (lead and barium free), incluindo uma impermeabilização 
especial entre as junçães do 'estojo-projétil' e 'estojo-espoleta', a fim de 
impedir a entrada de umidade na munição e garantir a manutenção das 
propriedades da espoleta. 
42
Munição Projétil Balística Utilização / 
Características
Calibre
. 40 S&W
Peso
Grains
V
(m/s)
E
(Joules)
Provete
Cm
 
NTA – EOPP 
(Encamisa-
do Obturado 
Ponta Plana)
180 302 532 4” Excelência no treina-
mento, pois mantêm as 
mesmas características 
do tiro real
Identificação
As munições NTA CBC podem ser facilmente identificadas pela gravação das siglas 
“CR” na espoleta e “NTA” no culote do estojo.
Por meio de um sistema de identificação, as munições NTA CBC podem ser rastreadas, 
o que proporciona às instituições maior confiabilidade e segurança no controle da 
utilização e de seus acervos de munição.
8.4. Fachos de luz provocados pelas munições utilizadas pela RFB
43

Continue navegando