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Espiroquetas (sífilis) 1 Espiroquetas (sífilis) Class Bacteriologia Humana Created Materials Property Reviewed Type Anotações de aula Grupo grande e heterogêneo de bactérias espiraladas e móveis Morfologia "ondulada" (saca-rolhas) Móveis → endoflagelos ou filamento axial (movimentação por rotação) Família Spirochaetaceae, Gêneros borrelia e treponema Treponema Gram negativos LPS, membrana externa), fracamente corados Extremamente finas 0,2um de diâmetro) Forma helicoidal, espiralada ou em saca-rolhas Duas espécies mais importantes: Treponema pallidum Subespécie pallidum (sifilis) Subespécie pertenue (framboesia ou bouba - doença cutânea em países tropicais) Subespécie edemicum (sifílis endêmica ou bejel - infecção cutânea em países africanos) T. carateum (pinta - doença cutânea em países asiáticos) Treponema pallidum - Subespécie pallidum (sífilis) Oct 1, 2020 302 PM Espiroquetas (sífilis) 2 Exclusiva do ser humano Extremamente finas 0,2um de diâmetro), compridas 5 a 15 um). Regularmente espaçadas, com 8 a 14 espirais Motilidade ativa com giro constante em torno dos endoflagelos Difícil visualização (muito delgadas) → indicação de imunofluorescência, iluminação de campo escuro, impregnação pela prata, ouro coloidal Pallidum → porque se cora fracamente Patogênicos (nunca conseguiu-se cultivar in vitro) ou saprofíticos (cepa de Reiter - permite cultivo) Muito sensíveis fora do hospedeiro às condições ambientais adversas (temperatura, ressecamento, antibióticos, desinfetantes) No soro ou sangue a 4ºC conseguem se permanecer viável até 24 horas (importância clínica na transfusão sanguínea) Cromossomo circular com 1.138.00 pares de bases → genoma pequeno para uma bactéria patogênica, e altamente conservado entre os gêneros (difícil identificação de espécie) Poucas vias metabólicas biossintéticas → recrutam tudo que elas precisam do hospedeiro >>> precisam de condições adequadas para sua multiplicação Tempo de reprodução de 30 horas ou mais 1 → 2 : 30 horas), difícil cultivo → lenta captação de nutrientes Praticamente não tem fatores de virulência evidentes Capacidade de invasão do tecido do hospedeiro Produção de lipoproteínas como a hialuronidase que induzem resposta inflamatória associada com a sintomatologia da sífilis Cardiolipina: importante antígeno treponêmico Tratamento: penicilina, não se viu resistência até hoje Sífilis IST Diferentes fases: Períodos de atividade (sintomáticas) Espiroquetas (sífilis) 3 Períodos de inatividade (latência) Classificação: Recente: até um ano de evolução Primária, secundária ou latente precoce Tardia: + de um ano de evolução Latente tardia ou sífilis terciária Via de transmissão: sexual, vertical (sífilis congênita - transplacentária ou canal do parto), transfusão de sangue e hemoderivados (rara) e inoculação acidental (manuseio de material infectado) Espiroquetas (sífilis) 4 Se tratada nesse período, a infecção desaparece. Se não, entra-se na sífilis secundária → Acometimento sistêmico, pois a bactéria entra na corrente sanguínea. Lesão cancro duro no local de entrada da factéria, pode causar nódulos (íngua) no sistema linfático, por ser uma linfadenopatia. Espiroquetas (sífilis) 5 Principal sintoma: exantema (manchas que podem ocorrer em todo o corpo) Manchas e vesículas - exantemas Sifílides roséas (principalmente mãos, pés) : altamente infeciosas e contagiosas. Sifílides papulosas Espiroquetas (sífilis) 6 Condiloma plano: pele e membranas mucosas Alopécia e madarose (perda dos cílios e principalmente da parte distal da sobrancelha) Febre, mal estar. Se tratado: não entra em fase latente nem terciária. Senão, remissão. Espiroquetas (sífilis) 7 Após 3 a 5 anos: não transmite mais, mas em gestante mesmo assim pode ser transmitido por via transplacentária Comorbidades, óbito. Espiroquetas (sífilis) 8 Acometimento da aorta: insuficiência cardíaca Ossos, fígado, neurosífilis (diversos sintomas). Gestante Sempre fazer o teste. Mesmo na fase latente deve ser feito, pois ainda é transmissível nesse caso. Tratamento com penicilina. Síntomas recentes, tardios, aborto, natimorto. 40% nascimentos mortos 40 a 70% infectados 12% morrem nos primeiros anos de vida Principal apresentação é a Goma sifilítica: destruição tecidual intensa Espiroquetas (sífilis) 9 Interação treponema e HIV A sífilis aumenta a eficácia de transmissão do HIV - lesões como porta de entrada do vírus O HIV afeta o curso natural da sífilis de diversas maneiras → manifestações terciárias nas secundárias etc Prevalência 8x maior da sifílis no HIV Transmissibilidade Para o feto: 1ª - 90% 2ª - 70 a 90% 3ª e tardia - 30% Epidemiologia Brasil: Aumento de 30% casos, quase 90.00 casos em 2016. 55% - 20 a 39 anos Aumento da sífilis congênita Diagnóstico Espiroquetas (sífilis) 10 Análise da história do paciente, dados clínicos (sintomatologia...), detecção de antígenos e anticorpos por testes laboratoriais. Deve-se ser considerada o tempo todo, pelo ser diagnóstico cruzado com uma série de doenças. Não existe teste ideal, sempre exige combinação de testes para fechamento do diagnóstico Pesquisa direta do agente etiológico Coleta da linfa, lesões em atividade, secreções e tecidos contaminados. Sífilis primária e secundária. Fontana-Tribondeaux: microscopia direta em campo escuro após engrossamento da bactéria com nitrato de prata Imunofluorescência direta: fases sintomáticas, pouco utilizada Testes sorológicos (anticorpos treponêmicos ou não treponêmicos) Testes treponêmicos: anticorpos específicos para a bactéria. Qualitativos. Primeiro a positivar. Positivam mesmo após tratamento e não podem ser usados no monitoramento do tratamento e prognóstico. Mais específicos e sensíveis. Principais: FTA-abs (imunofluorescência indireta) e testes rápidos (imunocromatrografia) Testes não treponêmicos: não específicos. Qualitativos (triagem), quantitativos (verificação do prognóstico, resposta ao tratamento) ou tituláveis (seguimento da doença). Identificação da cardiolipina → possibilidade de faltos positivos. Principal: VDRL (venereal diseases research laboratory) - teste de floculação composto de cardiolipina, colesterol e lecitina. Título: última diluição da amostra que ainda apresenta reatividade ou floculação visível. Cai conforme tratamento 1/32 → 1/4 = melhora). É feita combinação entre ambos para diagnóstico. Sífilis congênita Espiroquetas (sífilis) 11 Exames da gestante (testes protocolares normais) e tratamento adequado Tratamento Primária, secundária ou latente precoce → Penicilina G Benzatina 1 dose única) Latente tardia, terciária ou duração ignorada → Penicilina G Benzatina 3 doses 1x por semana em 3 semanas) Outras alternativas: Azitromicina, doxicilina.
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