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modulo 1 Prevenção e Controle de infecções em ambiente hospitalares enfermagem Uniplan

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Profa. Dra. Patricia Sampaio
UNIDADE I
Prevenção e Controle
de Infecção em 
Instituição de Saúde
 O ideal seria que as pessoas não adoecessem, adoecendo, que fossem tratadas sem 
necessidade de hospitalização, que hospitalizadas recebessem alta o mais rápido 
possível, pois o hospital é um lugar insalubre por vocação.”
(Carlos Gentile de Mello, renomado sanitarista brasileiro)
“Primeiro não cause o dano.”
Hipócrates (460 a 370 a.C.)
“Talvez pareça estranho enunciar 
como primeiro dever de um hospital 
não causar mal ao paciente.”
Florence Nightingale (1859)
Definição 
 Infecção relacionada à assistência à saúde (IRAS) abrange não só a infecção adquirida 
no hospital, mas também aquela relacionada a procedimentos realizados em ambulatório, 
durante cuidados domiciliares e a infecção ocupacional adquirida por profissionais de 
saúde (médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, entre outros).
(HINRICHSEN, 2016)
 Consideram-se infecções hospitalares as infecções adquiridas durante a hospitalização e 
que não estavam presentes, e nem em período de incubação, por ocasião da admissão 
do paciente.
 São diagnosticadas, em geral, a partir de 72 horas após a internação.
 Também são consideradas hospitalares aquelas infecções manifestadas antes de 
72 (setenta e duas) horas de internação quando associadas a procedimentos
diagnósticos e/ou terapêuticos realizados depois da mesma.
Critério temporal
 ANVISA: 72 horas
 CDC: 48 horas
Infecção comunitária
 Infecção comunitária: “é a infecção constatada ou em incubação no ato de admissão do 
paciente, desde que não relacionada com internação anterior no mesmo hospital”. 
São também comunitárias:
1. As infecções associadas a complicações ou extensão da infecção já presente na 
admissão, a menos que haja troca de microrganismo ou sinais ou sintomas fortemente 
sugestivos da aquisição de nova infecção.
Infecção comunitária
2. Infecção em recém-nascido, cuja aquisição por via transplacentária é conhecida ou foi 
comprovada e que tornou-se evidente logo após o nascimento (ex.: herpes simples, 
toxoplasmose, rubéola, citomegalovirose, sífilis e AIDS).
 Adicionalmente, são também consideradas comunitárias todas as infecções de recém-
nascidos associadas com bolsa rota superior a 24 horas.
Fonte: Adaptado de: Anbio (Associação Nacional de Biossegurança)
Apenas 1% dos centros 
de saúde do país seguem 
normas de biossegurança
100 mil pessoas 
morrem por ano no país 
por infecção hospitalar
Hospitais de alto risco
Os índices de contaminação ainda são 
elevados no Brasil
Os índices 
de infecção 
hospitalar chegam 
a 80% dos 
pacientes
“ISO” dos hospitais
Entenda o que a Anbio quer fazer para evitar infecções hospitalares
1. Hospitais e centros de saúde poderão solicitar à Anbio um certificado que atesta que a 
instituição segue normas que reduzem os riscos de infecção hospitalar a partir de janeiro.
2. A instituição que desejar poderá, antes da auditoria, solicitar uma consultoria da Anbio
para analisar seus procedimentos.
3. O certificado deverá ser renovado a cada dois anos.
Fonte: Adaptado de: Anbio 
(Associação Nacional de Biossegurança)
Lavar as mãos por cerca 
de cinco minutos após 
cada atendimento
Limpar 
adequadamente os 
ambientes do hospital
Usar luvas cirúrgicas e 
material descartável nos 
procedimentos
Descartar adequadamente 
o material hospitalar 
utilizado
Infecção hospitalar: importância
EUA: 2 milhões de infecções hospitalares por ano
Pneumonia
Infecção da 
corrente 
sanguínea
Infecção do 
sítio 
cirúrgico 
Infecção do 
trato 
urinário
Aumento no tempo 
de hospitalização 
(dias)
7 - 30 7 - 21 7 - 8,2 1 - 4
Mortalidade 14 - 71% 24 - 50% --------------- --------------
Custo ($) 4.947,00 3 - 40.000,00 2.734,00 593,00
Fonte: Adaptado de: Jarvis, W. R. Infect
Control Hosp Epidemiol 1996; 17:552.
Fatores da IRAS
 Resistência bacteriana
 Aumento da sobrevida dos pacientes
 Procedimentos invasivos
Riscos
 Relacionados aos cuidados prestados: associados aos microrganismos presentes 
nas mãos dos profissionais de saúde, no ambiente ou no organismo do paciente, 
procedimentos invasivos.
 Relacionados à organização: sistemas de ventilação de ar e de água, disponibilidade 
de profissionais e estrutura física.
 Relacionados à condição clínica do paciente: infecção 
associada à gravidade da doença, ao comprometimento da 
imunidade do paciente, ao tempo da internação etc.
 Infecções preveníveis são aquelas em que se pode interferir na cadeia de transmissão 
dos microrganismos. 
 Infecções não preveníveis são aquelas que ocorrem a despeito de todas as precauções 
adotadas, como se pode constatar em pacientes imunologicamente comprometidos, 
originárias a partir da sua microbiota.
 Aproximadamente dois terços das IH são de origem autógena, significando o 
desenvolvimento da infecção a partir da microbiota do paciente, que pode ter origem 
comunitária ou intra-hospitalar. 
 São causadas por um desequilíbrio da relação existente entre a microbiota humana 
normal e os mecanismos de defesa do hospedeiro. Isso pode ocorrer devido à própria 
patologia de base do paciente, procedimentos invasivos e alterações da população 
microbiana, geralmente induzida pelo uso de antibióticos.
 A supressão da flora natural do organismo gera um vazio do nicho ecológico 
rapidamente preenchido por microrganismos ambientais ou de outras topografias do 
hospedeiro, que podem atuar como germes oportunistas ou até 
mesmo patogênicos.
 Mudanças na microbiota humana normal podem ocorrer em pacientes hospitalizados, 
principalmente na faringe, pele, vagina e intestino.
 A microbiota permanente não é invasiva, mas pode ser 
veiculada nos procedimentos hospitalares atingindo novas 
topografias onde não está ecologicamente adaptada, 
podendo desencadear um processo infeccioso. 
Interatividade
Em relação à epidemiologia hospitalar, considere as informações a seguir:
I. A vigilância epidemiológica das infecções nosocomiais, pela comparação das taxas de 
infecção hospitalar interinstitucional e intrainstitucional, representa importante 
instrumento de avaliação da assistência hospitalar.
II. Uma das grandes dificuldades para usar itens de controle que envolvam resultados é a 
influência padronizável da matéria-prima presente nos resultados.
III. O modelo de coleta de dados para análise epidemiológica 
hospitalar mais eficaz é a concorrente por contar com 
dados completos. 
IV. Os vieses epidemiológicos representam apenas um erro 
na condução do estudo, tendo pouca influência na 
estimativa do efeito da exposição no risco 
do evento investigado.
Interatividade
Assinale a afirmativa correta:
a) Somente a afirmativa I.
b) Somente a afirmativa III.
c) Somente as afirmativas I, II e IV.
d) Somente as afirmativas II, III e IV.
e) Somente as afirmativas II e III.
Resposta
Em relação à epidemiologia hospitalar, considere as informações a seguir:
I. A vigilância epidemiológica das infecções nosocomiais, pela comparação das taxas de 
infecção hospitalar interinstitucional e intrainstitucional, representa importante 
instrumento de avaliação da assistência hospitalar.
Resposta correta:
a) Somente a afirmativa I.
Contaminação x infecção
 Contaminação: presença de microrganismo sem invasão tecidual e reação clínica e sem 
imunológica do hospedeiro.
 Infecção: presença de microrganismo com resposta imune do hospedeiro.
Pressupostos para a doença microbiana
1. Existência de agente infeccioso em número suficiente;
2. Via de acesso ao hospedeiro;
3. Porta de entrada;
4. Hospedeiro suscetível.
 Qualquer microrganismo pode causar doença, desde que haja uma via de transmissão, 
uma porta de entrada e uma resistência suficientemente baixa.
Fatores que afetam a suscetibilidade à infecção
 Genética
 Idade
 Inibição dos mecanismos naturais de defesa
 Integridade anatômica, estrutural e funcional dostecidos
 Sexo
 Modo de vida
 Estado psicoemocional
 Paciente: reservatório
(local onde o microrganismo habita, metaboliza e se reproduz).
 Profissionais de saúde: disseminadores.
 Fonte: objeto inanimado ou animado que transporta o agente infeccioso. 
As mãos da equipe de saúde são a principal fonte de infecção hospitalar, que se 
contaminam ao manipular locais de alta concentração microbiana, como por exemplo, 
feridas infectadas, fezes, lixo e saco coletor de urina. 
 Os microrganismos que predominam nas infecções nosocomiais raramente causam 
infecções em outras situações. Eles apresentam baixa virulência, mas em decorrência 
do seu inóculo e da queda de resistência do hospedeiro, o processo infeccioso se 
desenvolve. 
Luvas: vilãs ou mocinhas?
 Podem ser um importante veículo de infecção cruzada se forem mantidas após o 
procedimento de risco, pois os microrganismos contaminantes sobrevivem mais tempo, 
porque não enfrentam a competição da flora permanente da pele e nem os mecanismos 
locais de defesa anti-infecciosa.
Procedimentos invasivos
 Os procedimentos invasivos podem veicular germes no momento de sua realização ou 
durante a sua permanência. 
 Por representar corpo estranho, os cateteres e sondas favorecem o desenvolvimento de 
infecções, que podem ocorrer pela luz ou superfície externa colonizada. 
 Na aquisição das infecções hospitalares, os microrganismos têm um papel passivo, 
cabendo ao homem o papel ativo, logo será sobre suas ações o enfoque do controle 
dessas patologias. 
Complicações infecciosas x doenças infectocontagiosas
 Doenças infectocontagiosas: decorrem da agressão física, direta ou indireta, de um 
patógeno primário proveniente do meio externo. São causadas por agentes patológicos 
mesmo para indivíduos sadios. Estão estabelecidos métodos claros de prevenção. 
Ex.: malária, dengue.
 Complicações infecciosas: resultam do desequilíbrio entre o paciente e o agente que 
habita seu corpo. Não existem métodos específicos e são causadas por agentes 
incapazes de causar doenças em indivíduos sadios. Não existem métodos de prevenção. 
Ex.: colite pseudomembranosa, monilíase esofágica.
 Portanto, a maior parte das infecções hospitalares são 
complicações infecciosas.
 A higidez não decorre da ausência de microrganismos, mas do equilíbrio entre a defesa 
e o microrganismo.
Pacientes com maior risco:
 Recém-nascidos;
 Acidentados;
 Portadores de neoplasias malignas;
 Receptores de órgãos;
 Diabéticos;
 Idosos;
 Imunodeprimidos.
Leitura obrigatória
Fonte: http://www.cqh.org.br/files/ARTIGORAS08.pdf
Leitura obrigatória
A INFECÇÃO HOSPITALAR E SUAS IMPLICAÇÕES PARA O CUIDAR DA
ENFERMAGEM 
HOSPITAL INFECTION AND ITS IMPLICATIONS TO THE NURSING CARE
LA INFECCIÓN HOSPITALARIA Y SUS IMPLICANCIAS PARA EL CUIDADO
DE LA ENFERMERIA
Milca Severino Pereira1, Adenícia Custódia Silva e Souza2,
Anaclara Ferreira Veiga Tipple2, Marinésia Aparecida do Prado3
1 Reitora da Universidade Federal de Goiás – UFG. Doutora em Enfermagem. 
Professora Titular da Faculdade de Enfermagem – FEN/UFG. 
2 Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Professora Adjunta da FEN/UFG.
3 Enfermeira. Mestre em Enfermagem. Professora Assistente da FEN/UFG.
Fonte: Texto Contexto Enferm 2005 Abr-Jun; 14(2):250-7.
-250- Pereira MS, Souza ACS, Tipple AFV, Prado MA
Interatividade
De acordo com a ANVISA, as infecções hospitalares são muito frequentes nas Unidades de 
Terapia Intensiva, elevando consideravelmente o risco de morbimortalidade dos pacientes 
internados. Nesse aspecto, as três infecções mais frequentes nessas unidades são:
I. De pele, da corrente sanguínea e de sítio cirúrgico.
II. Da corrente sanguínea, do sítio cirúrgico e pneumonia.
III. Do sítio cirúrgico, do trato urinário e de pele.
IV. Da corrente sanguínea, do trato urinário e pneumonia.
Interatividade
Assinale a alternativa correta:
a) Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas.
b) Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas.
c) As afirmativas I, II, III e IV estão corretas.
d) Apenas a afirmativa IV está correta.
e) Apenas as afirmativas II, III e IV estão corretas.
Resposta
De acordo com a ANVISA, as infecções hospitalares são muito frequentes nas Unidades de 
Terapia Intensiva, elevando consideravelmente o risco de morbimortalidade dos pacientes 
internados. Nesse aspecto, as três infecções mais frequentes nessas unidades são:
IV. Da corrente sanguínea, do trato urinário e pneumonia.
Alternativa correta:
d) Apenas a afirmativa IV está correta.
Legislação e panorama atual
 No BRASIL, apenas nas duas últimas décadas, esse importante tema tem sido 
abordado de maneira mais efetiva e científica. 
 Passos importantes foram dados nesse sentido, a partir da promulgação de várias 
leis e portarias.
1976
1983
1997
1999
Fonte: Autoria Própria
Decreto N° 77.052, de 19 de janeiro de 1976
 Nenhuma instituição poderia funcionar se não dispusesse de meios de proteção capazes 
de evitar efeitos nocivos à saúde dos pacientes e circunstantes.
 A fiscalização é responsabilidade dos órgãos estaduais – que devem avaliar as condições 
de exercício das profissões e ocupações técnicas e auxiliares diretamente relacionadas 
com a saúde.
 “Nunca se soube quantos desses hospitais seguiram a 
ordem, já que não houve fiscalização. Os que mantiveram 
o trabalho do controle de infecções o fizeram apenas por 
iniciativa e motivação da própria instituição e de seus 
profissionais.” (Lacerda, 1995)
Portaria 196, de 24 de junho de 1983
 Determina que todos os hospitais dos países deverão manter uma Comissão de Controle 
de Infecção Hospitalar (CCIH).
 Embora com uma série de conceitos polêmicos e imprecisos, essa portaria foi importante 
para a constituição das CCIHs.
 “Desta forma, o modelo brasileiro para a prevenção e 
controle das infecções relacionadas à atenção à saúde foi 
oficializado com a publicação, pelo Ministério da Saúde, da 
Portaria 196, de 24 de junho de 1983.”
 Entretanto, segundo Lacerda, em 1993, por ocasião da avaliação dos 10 anos 
de controle de infecção hospitalar no país, constatava-se a sua pouca efetividade: 
"Apesar da determinação ministerial, dos investimentos federais e do esforço de 
inúmeros profissionais, estima-se que apenas 10% – ou aproximadamente 600 
instituições – tenham criado as CCIH”.
Lei Federal n° 9431, de 6 de janeiro de 1997
 Os hospitais ficaram obrigados a constituir um programa de CIH e, para isso, foram 
orientados a criar comissões. 
 Dessa forma, fica expresso, em Lei, que as infecções hospitalares não podem ser 
eliminadas, mas reduzidas dentro de um limite máximo, que permanece desconhecido.
Portaria n° 2.616/98
Composta por 5 anexos:
 Anexo I: organização e competências da CCIH e do PCIH.
 Anexo II: conceito e critérios diagnósticos das infecções hospitalares.
 Anexo III: orientações sobre a vigilância epidemiológica das infecções hospitalares e 
seus indicadores.
 Anexos IV e V: recomendações sobre a lavagem das 
mãos e outros temas – como o uso de germicidas, 
microbiologia, lavanderia e farmácia, dando ênfase à 
observância de publicações anteriores do Ministério da 
Saúde. Os hospitais deverão constituir CCIH para produzir 
normas para orientar a execução do PCIH.
Lei n° 9782, de 26 de janeiro de 1999
 Em 26 de janeiro de 1999, Lei nº 9782, foi criada a Agência Nacional de Vigilância 
Sanitária (Anvisa). 
 Nesse mesmo ano, o Programa Nacional de Controle de Infecção Hospitalar passou a 
ser de responsabilidade da Anvisa.
Situação atual
Apesar de muitos esforços, o Brasil ainda enfrenta uma realidade adversa daquilo 
que se pode julgar satisfatório:
 Carência de recursos humanos e materiais nas instituições, 
principalmente nas públicas.
 Ausência de CCIH atuantes em grande parte dos hospitais.
 Profissionais exercendo a função sem conhecimento adequado.
 Infecção hospitalar, ocorrência de surtos nãodetectados 
em berçários e unidades de terapia intensiva.
 Emergência de bactérias resistentes a diversos antibióticos 
e elevado risco ocupacional.
Sistema Nacional de Informação para o Controle de Infecções 
em Serviços de Saúde (SINAIS)
 Em setembro de 2005, a Anvisa colocou à disposição dos serviços de saúde, pela 
internet, um programa de computador gratuito, destinado ao monitoramento das 
infecções nos hospitais. 
 O sistema conta com instrumentos para obtenção de relatórios com tabelas e gráficos. 
 Além de possibilitar a análise local da informação epidemiológica, permite o envio 
eletrônico de dados para consolidação pelos gestores municipais, estaduais e pela 
própria Anvisa. 
 O objetivo é melhorar a qualidade e permitir ampla 
utilização da informação. O projeto nacional ainda está 
em implantação e seus resultados e impacto ainda não 
foram divulgados.
Interatividade
No momento da internação, o paciente apresenta uma evidência clínica ou laboratorial de 
infecção, não relacionada com internações anteriores e/ou procedimentos ou, ao contrário, 
pode apresentar uma doença infectocontagiosa. Nesse caso, podemos definir essa 
infecção como:
a) Hospitalar.
b) Nosocomial.
c) Clínica.
d) Comunitária.
e) Latente.
Resposta
No momento da internação, o paciente apresenta uma evidência clínica ou laboratorial de 
infecção, não relacionada com internações anteriores e/ou procedimentos ou, ao contrário, 
pode apresentar uma doença infectocontagiosa. Nesse caso, podemos definir essa 
infecção como:
a) Hospitalar.
b) Nosocomial.
c) Clínica.
d) Comunitária.
e) Latente.
Comissão de Controle de Infecção Hospitalar
O que é CCIH? 
 A CCIH é um órgão de assessoria à autoridade máxima da instituição e de planejamento 
e normatização das ações de controle de infecção hospitalar, que serão executadas pelo 
Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH). A CCIH deverá ser composta por 
profissionais da área da saúde de nível superior. 
O presidente ou coordenador deverá ser formalmente designado pela direção do hospital.
A CCIH deverá ser composta, no mínimo, por membros dos seguintes serviços:
 Serviço médico (clínico e cirúrgico)
 Serviço de Enfermagem
 Serviço de Farmácia 
 Laboratório de microbiologia
 Administração 
Competências da CCIH:
 Elaborar e aprovar o regimento interno da CCIH. 
 Auxiliar na implantação da PCIH.
 Adequar e supervisionar as normas e rotinas técnicas e operacionais, principalmente 
aquelas relacionadas a procedimentos invasivos.
 Cooperar com o treinamento dos profissionais de saúde.
 Definir junto com a Comissão de Farmácia e Terapêutica as normas para o uso racional 
de antimicrobianos – tanto para a terapêutica como para a profilaxia de infecções –
germicidas, antissépticos e materiais médico-hospitalares.
 Elaborar e supervisionar a implantação de medidas para a 
prevenção da transmissão de microrganismos no ambiente 
hospitalar por meio da implantação de normas de 
precauções e isolamento de doenças transmissíveis. 
Competências da CCIH:
 Comunicar ao organismo de gestão do SUS, na ausência de um núcleo de epidemiologia, 
as doenças de notificação compulsória (aids, tuberculose, meningite meningocócica etc.).
 Notificar ao Serviço de Vigilância Epidemiológica e Sanitária do organismo de gestão do 
SUS os casos e surtos diagnosticados ou suspeitos de infecções associadas à utilização 
de produtos industrializados.
 A CCIH, pela sua constituição, tem caráter consultivo e 
normativo, enquanto o SCIH é o executor do Programa 
de Controle de Infecção Hospitalar. Por isso, o SCIH tem 
importância fundamental na implantação das medidas 
de prevenção e controle de IH. 
Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH)
Composição do SCIH:
 Um dos membros executores deve ser, preferencialmente, um enfermeiro.
 No mínimo, deve haver dois técnicos de nível superior da área da saúde para cada 200 
leitos ou fração desse número, com carga horária diária mínima de seis horas para o 
enfermeiro – e quatro horas para o médico.
 À carga horária recomendada anteriormente (seis horas diárias para o enfermeiro e quatro 
horas diárias para o outro profissional, para cada 200 leitos) foram acrescidas duas horas 
de trabalho diárias, para cada 10 leitos destinados aos 
pacientes de alta gravidade (terapia intensiva, berçário 
de alto risco, queimados, transplante de órgãos, 
pacientes hemato-oncológicos ou com aids).
 Isso parte do princípio de que a vigilância e as medidas 
de controle nessas unidades requerem 
atenção diferenciada.
Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH)
O que é SCIH? 
 O Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) é composto por executores do 
PCIH e todos os hospitais devem constituir e possuir nomeação formal realizada pelo 
dirigente da instituição.
Programa de Controle de Infecção Hospitalar (PCIH)
O que é PCIH? 
 É um conjunto de ações desenvolvidas, deliberadas e sistematizadas, com vistas à 
redução máxima possível da incidência e da gravidade das infecções hospitalares.
 Pesquisa realizada em 2003 com 4.148 hospitais.
 24% sem CCIH. 
 Puramente de uma ação nominativa.
 Por parte do administrador.
 23% não tinham vigilância epidemiológica.
 51% não desenvolviam programas de prevenção de infecção hospitalar.
 Sobre critérios para determinar uma IRAS: 7,2% CDC; 
3,9% hospitais informaram usar critérios diagnósticos 
próprios; 35,6% critérios da Portaria GM/MS no 2.616/98; 
31,4% hospitais disseram não utilizar critérios; e 14,5% 
instituições não informaram sobre este tópico!
Os resultados são confiáveis?
Gráfico 08 – Distribuição dos Hospitais de acordo com os critérios 
diagnósticos utilizados no monitoramento das infecções hospitalares
Mais adequado
Fonte: Adaptado 
de: Banco de 
Dados Anvisa. 
Brasil, 2001/02.N = 3.478
35,6%
31,4%
14,5%
7,2%
3,9%
7,3%
Critérios próprios
Critérios do NISS/CDC
Critérios da portaria GM/MS 2616/98
Critérios 1, 2 e 3 combinados
Sem critério definido
Perda da informação
Tabela 01 – Indicadores de infecção hospitalar em Unidades de Terapia 
Intensiva de Adultos
 Taxa subestimada
Fonte: Adaptado de: Banco de 
Dados Anvisa. Brasil, 2001/02.
Nº de hospitais * 182
Casos de IH (1) notificados 9.197
Nº de saídas informadas 97.946
Taxa de IH global / 100 saídas (2) 9,0%
Nº de óbitos por IH notificados 1.320
Letalidade 14,4%
Nota (1): Infecção Hospitalar; (2): altas + óbitos + transferências.
* Os hospitais do Estado de São Paulo, que foram avaliados no estudo 
piloto, cujos questionários não contemplavam a pergunta sobre 
movimento anual da UTI, não são incluídos nesta análise.
Gráfico 09 – Distribuição das infecções hospitalares em pacientes de 
Unidades de Terapia Intensiva de Adultos
 Por topografia em 182 hospitais brasileiros participantes do inquérito, que informaram 
utilizar critérios diagnósticos validados
Sistema Respiratório Sistema urinário 
Corrente Sanguínea Pele e tecidos moles
Outras
Fonte: Adaptado de: Banco de 
Dados Anvisa. Brasil, 2001/02.
14%
12%
20%
48%
Gráfico 05 – Distribuição dos hospitalares de acordo com a disponibilidade de 
laboratório de microbiologia, por região geográfica
 A restrição do acesso a exames microbiológicos acarreta a adoção de terapias empíricas, 
sem conhecimento do padrão de resistência local, favorecendo o uso desnecessário de 
antimicrobianos, o prolongamento da internação e o aumento na morbidade, na 
mortalidade e nos 
custos assistenciais.
Fonte: Adaptado de: Banco de 
Dados Anvisa. Brasil, 2001/02.
N = 4.148
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
Sul
Não responderam
Possuem laboratório de microbiologia
Não possuem laboratório de microbiologia
Sudeste Nordeste Norte Centro-oeste
Gráfico2 – Hospitais que notificaram IPCS,
no ano de 2010, segundo a Unidade da Federação
IPCS: infecção primária de corrente sanguínea
Fonte: Adaptado de: Anvisa, 2010
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O
300
250
200
150
100
50
0
Gráfico 3 – Proporção (%) de hospitais que notificaram IRAS nos doze meses 
de 2010, segundo a Unidade da Federação
Fonte: Adaptado de: Anvisa, 2010
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Conclusões
 No seu formato atual, os resultados da vigilância epidemiológica das infecções hospitalares 
não podem ser usados pela maioria dos gestores de saúde e administradores hospitalares 
para a identificação, a priorização e a avaliação do impacto de ações de prevenção. 
 A existência de CCIH, dependente puramente de uma ação nominativa por parte do 
administrador, aparece como aquela mais relatada.
 No formato em que é realizada, trata-se de simples coleta 
de informações, sem compromisso com método, 
desconhecimento da importância da adoção de critérios 
validados para se ter indicadores confiáveis e falta de 
sensibilização sobre a importância dessa informação 
na tomada de decisões.
Conclusões
 Atividades como educação para medidas de controle foram menos incorporadas. Essas 
ações estão presentes em apenas 29,4% dos 944 hospitais municipais estudados. 
Essas atividades demandam compromisso institucional multidisciplinar, com 
organização de horários, priorização de temas, envolvimento das equipes de trabalho.
 Hospitais de pequeno porte, ou menores do que 50 leitos, apresentam as piores 
condições de organização para a prevenção dos riscos relacionados a infecções 
hospitalares, de acordo com o modelo vigente.
Interatividade
 O método de vigilância epidemiológica das Infecções Relacionadas à Assistência (IRAS) 
mais utilizado é o método ativo, conhecido como National Nosocomial Infections
Surveillance System – NNISS (Sistema Nacional de Vigilância de Infecções Nosocomiais).
Sobre esse método, considere as afirmações:
I. Consiste em uma busca ativa, diária, prospectiva. Requer contato com intervalos 
regulares entre os profissionais que fazem o controle de infecções e as fontes de 
informação (equipes de atendimento, laboratório e demais serviços de apoio).
II. Permite comparações entre setores com o mesmo 
score de gravidade.
III. Avalia tempo de permanência, de procedimentos e sua 
relação com a infecção. Permite melhor conhecimento 
quali-quantitativo do comportamento dos agravos à saúde.
Interatividade
a) As alternativas I, II e III estão corretas.
b) As alternativas I e II estão corretas.
c) Apenas a alternativa III está correta.
d) Apenas a alternativa II está correta.
e) As alternativas I, II e III estão incorretas.
Resposta
I. Consiste em uma busca ativa, diária, prospectiva. Requer contato com intervalos 
regulares entre os profissionais que fazem o controle de infecções e as fontes de 
informação (equipes de atendimento, laboratório e demais serviços de apoio).
II. Permite comparações entre setores com o mesmo score de gravidade.
III. Avalia tempo de permanência, de procedimentos e sua relação com a infecção. 
Permite melhor conhecimento quali-quantitativo do comportamento dos agravos à saúde.
Alternativa correta:
a) As alternativas I, II e III estão corretas.
ATÉ A PRÓXIMA!

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